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Módulo 1 – Avaliação ambiental e auditoria ambiental 
Conceito de avaliação ambiental
A avaliação ambiental é definida por lei e é parte obrigatória para instalação e operação de empreendimentos que possam causar danos ao meio ambiente.
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) está disposta na Lei nº 6.938/81. E, apesar de essa não ser a única norma que trata sobre direito ambiental no país, é ela, junto com a Constituição Federal, que dispõe as diretrizes gerais que toda legislação brasileira sobre o meio ambiente deve seguir.
A PNMA, em seu art. 9º, inciso III, define a Avaliação de Impacto Ambiental como um importante instrumento para preservar, melhorar e recuperar o meio natural. É uma ferramenta essencial para a gestão de planos, programas e projetos em todos os âmbitos da federação.
A avaliação ambiental é tratada na legislação brasileira com diferentes finalidades e abordagens, de acordo com as características do impacto ambiental e com os objetivos de cada estudo.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) foi a primeira forma de avaliação ambiental definida por lei no país, ainda em 1981. Seu principal objetivo é identificar e analisar possíveis impactos que determinada atividade possa causar ao meio ambiente, de modo que seja possível traçar planos para mitigar eventuais impactos negativos e acentuar eventuais impactos benéficos.
A AIA é um complexo processo, obrigatório para toda atividade potencialmente causadora de impacto ambiental, que envolve estudos das características do meio natural em que os impactos do empreendimento serão verificados. É realizada desde a fase prévia à instalação da atividade, durante a etapa de instalação, durante sua operação e, em alguns casos, mesmo após o encerramento da atividade.
Consiste em um documento público, realizado com participação popular e de extrema importância para a gestão do meio ambiente do país. Nela são definidos os principais impactos de cada atividade, abrangendo impactos econômicos e socioambientais, com as respectivas diretrizes para mitigação de cada um deles.
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)
É uma forma de avaliação ambiental derivada da AIA. No entanto, a AAE não está relacionada somente a um empreendimento que potencialmente possa causar danos ambientais, mas a toda uma área.
O objetivo da AAE é antecipar e integrar políticas públicas, planos e programas que visam preservar e recuperar o meio natural. Tal avaliação é proativa e antecipa-se aos danos ao meio ambiente, procurando evitar impactos.
Avaliação Ambiental Integrada (AAI)
A Avaliação Ambiental Integrada (AAI) surgiu da necessidade de prevenir e mitigar impactos ambientais em áreas em que são dispostas mais de uma atividade que potencialmente possa causar impactos ambientais. Imagine o seguinte cenário:
A AAI é um processo interdisciplinar e social, ligando conhecimento e ação no contexto de decisão pública, para a identificação, análise e avaliação de todos os relevantes processos naturais e humanos e suas interações. Envolve análise do cenário atual e futuro do estado da qualidade do meio ambiente e recursos nas apropriadas escalas de tempo e espaço, facilitando a definição e implementação de políticas e estratégias.
Ainda existem outras ferramentas para avaliação ambiental no país, como:
· Avaliação de Desempenho ambiental (ADA);
· Perícia e arbitragem ambiental;
· Relatório Ambiental Preliminar (RAP);
· Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);
· Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV);
· Plano de Controle Ambiental (PCA);
· Relatório de Controle Ambiental (RCA);
· Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
Auditoria Ambiental 
Conceito de auditoria ambiental
Auditoria ambiental é o processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, os eventos, sistemas de gestão e as condições ambientais especificadas ou as informações relacionadas a eles estão em conformidade com os critérios de auditoria e, para comunicar os resultados desse processo ao cliente (ABNT, 1996b).
Por meio da auditoria, uma série de parâmetros de qualidade ambiental serão determinados e verificados com periodicidade pré-programada pelos auditores, que verificarão se o posto de gasolina está se comprometendo com os resultados prometidos. O resultado da auditoria pode, então, ser divulgado para clientes e órgãos fiscalizadores, de modo a melhorar a imagem do posto de gasolina no que tange à responsabilidade com a questão ambiental. Atualmente, as auditorias ambientais ocorrem em todo o mundo e são voluntárias. Por meio delas, as empresas comprovam que se preocupam com o meio ambiente e trabalham a imagem da marca por meio do marketing verde. Além da vantagem competitiva com os consumidores, empresas que utilizam a auditoria ambiental também têm a vantagem de melhorar seu relacionamento com os órgãos fiscalizadores, o que pode evitar ou, ao menos, reduzir as sanções administrativas ou penai
Normas de auditoria ambiental
A realização de uma auditoria ambiental depende necessariamente de uma norma. Assim, no processo de auditoria, verifica-se se aquela instituição está atendendo ao escopo determinado por aquela norma específica.
A primeira norma específica para a realização de auditorias ambientais surgiu em 1992, no Reino Unido, e chamava-se BS 7750. Em 1995, a Comunidade Econômica Europeia criou o Environmental Management and Auditing Schemes (EMAS).
Internacionalmente, a normatização das auditorias ambientais deu-se no âmbito da International Organization for Standardization (ISO), utilizada até hoje. No Brasil, as auditorias ambientais tiveram suas principais normas reconhecidas pela ABNT, a partir de 1996, por meio das NBR ISO 14010, 14011 e 14012. Vamos conhecer um pouco melhor cada uma a seguir:
· A NBR ISO 14010 estabelece princípios gerais aplicáveis a todos os tipos de auditoria ambiental. É estruturada em três grandes temas:
1. Definições;
2. Requisitos;
3. Princípios gerais.
Para essa norma devem estar bem definidos o objeto em foco para ser auditado e os responsáveis por tais objetos devem estar claramente definidos e documentados.
· A NBR ISO 14011 estabelece procedimentos para condução de auditorias de sistema de gestão ambiental. É estruturada em 4 grandes temas:
1. Definições;
2. Objetivos, funções e responsabilidades da auditoria do sistema de gestão ambiental;
3. Etapas da auditoria de sistema de gestão ambiental;
4. Encerramento de auditoria.
· A NBR ISO 14012 estabelece diretrizes quanto aos critérios que qualificam um profissional a atuar como auditor e como auditor-líder ambientais, tanto externo como interno.
Módulo 2 – Métodos de avaliação de recursos faunísticos e florísticos 
Monitoramento dos ciclos de vida e populações 
Os principais parâmetros espaciais que influenciam na dinâmica das comunidades são:
· Isolamento e área
Ex.: Ilhas vs. continentes.
· Gradiente latitudinal
Ex.: Latitude ao longo da Mata Atlântica.
· Gradiente altitudinal
Ex.: Altitude ao longo de uma montanha como a cordilheira dos Andes.
· Gradiente em relação à profundidade
Ex.: Ao longo de diferentes zonas do oceano Atlântico.
Os parâmetros temporais, aqueles relacionados ao tempo, também podem ser muito importantes na dinâmica das comunidades na natureza e devem ser levados em consideração nas avaliações ambientais. Veja:
· Efeito fundador
É o estabelecimento de uma nova população em nova área a partir de um pequeno número de indivíduos da população base.
· Dominância
Quando há uma espécie em maior número que exerce grande influência na comunidade.
· Estágios sucessionais
É a sequência de mudanças estruturais e funcionais que ocorrem nas comunidades ao longo do tempo. São definidos a partir da análise das formações vegetais de uma floresta em pioneira, intermediária e clímax.
Módulo 3 – Métodos de avaliação de recursos límnicos 
A água como um importante recursos 
Na análise estrutural dos ecossistemas aquáticos dois aspectos básicos devem ser incluídos (Tundisie Tundisi, 2008):
· A descrição dos componentes abióticos
Suas propriedades, fatores físicos e químicos, concentrações, intensidades.
· A avaliação das comunidades bióticas
Composição de espécies, abundância, biomassa, ciclos de vida.
Classificação dos corpos hídricos 
Classes da água
Atualmente, algumas resoluções do Conama e do CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos) são responsáveis por enquadrar os recursos hídricos em classes. É importante que tenhamos em mente as seguintes normativas principais:
· Resolução Conama nº 357/2005
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
· Resolução CNRH nº 91/2008
Estabelece os procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos d’água superficiais e subterrâneos.
· Resolução Conama nº 396/2008
Estabelece o enquadramento das águas subterrâneas.
· Resolução Conama nº 397/2008
Altera o art. 34 da Resolução Conama nº 357/2005.
A seguir, conheceremos alguns dos principais conceitos contidos na resolução Conama nº 357/2005, importantes nas avaliações ambientais de corpos aquáticos.
· Classe de qualidade
É o conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros.
· Classificação das águas
É a qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e futuros.
· Condição de qualidade
Qualidade apresentada por um segmento de corpo d'água, em determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às classes de qualidade.
· Controle de qualidade da água
Conjunto de medidas operacionais que visa avaliar a melhoria e a conservação da qualidade da água estabelecida para o corpo de água.
· Enquadramento
Estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo.
· Efetivação do enquadramento
Alcance da meta final do enquadramento.
· Monitoramento
Medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e do controle da qualidade do corpo de água.
· Padrão
Valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro de qualidade de água ou efluente.
· Parâmetro de qualidade da água
Substâncias ou outros indicadores representativos da qualidade da água.
Qualidade da água e avaliação ambiental 
Parâmetros físico-químicos da água para a avaliação ambiental
De acordo com sua classificação, as águas precisam atender a critérios de qualidade, que se baseiam, principalmente, na avaliação de parâmetros físicos, químicos e biológicos.
As principais parâmetros físico-químicos utilizados na avaliação ambiental dos corpos aquáticos:
· Águas doces de classe 1 
Condições de qualidade de água:
a) Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
b) Óleos e graxas: virtualmente ausentes;
c) Substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;
d) Corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;
e) Resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;
f) DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias a 20°C até 3 mg/L O2 (oxigênio);
g) OD (oxigênio dissolvido), em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2 (oxigênio);
h) Turbidez até 40 unidades nefelométrica de turbidez (UNT);
i) Cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L;
j) pH: 6,0 a 9,0.
· Águas doces de classe 2 
Aplicam-se a essas águas as condições e padrões da classe 1 previstos anteriormente, à exceção do seguinte:
I. Não será permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
II. Cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;
III. Turbidez: até 100 UNT;
IV. DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias a 20°C até 5 mg/L O2;
V. OD (oxigênio dissolvido), em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/L O2;
VI. Densidade de cianobactérias: até 50.000 cel/mL ou 5 mm³/L;
VII. Fósforo total:
a) Até 0,030 mg/L, em ambientes lênticos;
b) Até 0,050 mg/L, em ambientes intermediários, com tempo de residência entre 2 e 40 dias, e tributários diretos de ambiente lêntico.
· Águas doces de classe 3 
Essas águas observarão as seguintes condições e padrões:
I. Condições de qualidade de água:
a) Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
b) Óleos e graxas: virtualmente ausentes;
c) Substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;
d) Não será permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
e) Resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;
f) DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias a 20°C até 10 mg/L O2;
g) OD (oxigênio dissolvido), em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2;
h) Turbidez até 100 UNT;
i) Cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;
j) pH: 6,0 a 9,0
· Águas doces de classe 4
Essas águas observarão as seguintes condições e padrões:
I. Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
II. Odor e aspecto: não objetáveis;
III. Óleos e graxas: toleram-se iridescências;
IV. Substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de canais de navegação: virtualmente ausentes;
V. Fenóis totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) até 1,0 mg/L de C6H5OH (fenol);
VI. OD (oxigênio dissolvido), superior a 2,0 mg/L O2 (Oxigênio) em qualquer amostra;
VII. pH: 6,0 a 9,0.
Parâmetros biológicos da água para a avaliação ambiental
Entre os principais parâmetros biológicos importantes na avaliação ambiental da água doce, podem ser citados:
· Presença ou ausência de coliformes termotolerantes, que são bactérias gram-negativas, em forma de bacilos, oxidase negativas, caracterizadas pela atividade da enzima galactosidase. Podem crescer em meios contendo agentes tensoativos e fermentar a lactose nas temperaturas de 44 - 45°C, com produção de ácido, gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes ambientais que não tenham sido contaminados por material fecal.
· Presença ou ausência de Escherichia coli (E.coli), bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae caracterizada pela atividade da enzima glicuronidase. Produz indol a partir do aminoácido triptofano. É a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes, cujo hábitat exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas.
A classificação dos corpos aquáticos, de acordo com seu uso preponderante no que diz respeito aos principais parâmetros biológicos utilizados na avaliação ambiental.
· Águas doces de classe 1
Essas águas observarão as seguintes condições de qualidade:
a) Não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido.
b) Coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverão ser obedecidos os padrões de qualidade de balneabilidade, previstos na Resolução Conama 274, de 2000. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 200 coliformes termotolerantes por 100mL em 80% ou mais, de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliforme termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
· Águas doces de classe 2
Aplicam-se a essas águas as condições e padrões da classe 1 previstos anteriormente, à exceçãodo seguinte:
I. Coliformes termotolerantes: para uso de recreação de contato primário deverá ser obedecida a Resolução Conama 274, de 2000. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliforme termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;
II. Densidade de cianobactérias: até 50.000 cel/mL ou 5 mm³/L.
· Águas doces de classe 3 
I. Essas águas observarão as seguintes condições e padrões:
a) Não verificação de efeito tóxico agudo a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;
b) Coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato secundário não deverá ser excedido um limite de 2.500 coliformes termotolerantes por 100mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. Para dessedentação de animais criados confinados não deverá ser excedido o limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 4.000 coliformes termotolerantes por 100mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com periodicidade bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;
c) Cianobactérias para dessedentação de animais: os valores de densidade de cianobactérias não deverão exceder 50.000 cel/ml, ou 5 mm³/L.
Módulo 4 – Biomonitoramento 
Monitoramento pode ser definido como a medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e do controle da qualidade.
O monitoramento dos recursos naturais, há muito tempo, é utilizado na avaliação ambiental. Avaliar constantemente o meio ambiente é um importante instrumento para a conservação da natureza. No entanto, somente nas últimas décadas marcadores biológicos começaram a ser utilizados de forma frequente como instrumentos de proteção da natureza, por meio do biomonitoramento.
O biomonitoramento pode ser definido como o uso sistemático das respostas de organismos vivos para avaliar as mudanças ocorridas no ambiente, geralmente, causadas por ações antropogênicas (BUSS et. al., 2003).
Espécies bioindicadoras são aquelas escolhidas por sua tolerância ou sensibilidades às condições ambientais. Tais espécies terão uma “resposta biológica” aos estímulos recebidos pelo meio em que vivem. De acordo com a resposta das espécies bioindicadoras, pode-se prever o que está acontecendo ou acontecerá com determinado ambiente natural.
Bioindicadores e biomonitoramento na avaliação ambiental
Características dos bioindicadores
Ao selecionar um bioindicador ou indicador biológico, ou seja, uma espécie que será utilizada como bioindicadora, Buss e colaboradores (2003) definem alguns critérios importantes. 
· Ser taxonomicamente bem definido e facilmente reconhecível por não especialistas.
· Apresentar distribuição geográfica ampla.
· Ser abundante ou de fácil coleta.
· Ter baixa variabilidade genética e ecológica.
· Preferencialmente possuir tamanho grande.
· Apresentar baixa mobilidade e longo ciclo de vida.
· Dispor de características ecológicas bem conhecidas
· Ter possibilidade de uso em estudos em laboratório.
Os macroinvertebrados bentônicos são utilizados com frequência como bioindicadores dos ecossistemas aquáticos. Isso acontece, pois esses grupos de organismos possuem características que facilitam a análise e a interpretação das respostas obtidas. Entre tais características estão:
· São ubíquos, podendo responder a perturbações em todos os ambientes aquáticos e em todos os períodos.
· Incluem grande número de espécies, oferecendo um amplo espectro de respostas.
· Mesmo em rios de pequenas dimensões, sua fauna pode ser extremamente rica.
· Têm natureza relativamente sedentária na maioria das espécies, o que permite uma análise espacial eficiente dos efeitos das perturbações.
· Requerem metodologias de coleta simples e de baixo custo, que não afetam adversamente o ambiente.
· São relativamente fáceis de se identificar/nomear segundo as metodologias existentes.

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