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Introdução às separações HPLC Profa. Ana Carolina Costa ana.costa@ufsc.br Análise Instrumental Técnicas de Separação CAL 410012 A FASE ESTACIONÁRIA em cromatografia é imobilizada em uma coluna ou sobre uma superfície plana. A FASE MÓVEL em cromatografia movimenta-se através da fase estacionária transportando a mistura dos analitos. A fase móvel pode ser um gás, um líquido ou um fluido supercrítico. A ELUIÇÃO é um processo no qual os solutos são levados através da fase estacionária pelo movimento de uma fase móvel. A fase móvel que deixa a coluna é denominada eluato. Um ELUENTE é um solvente empregado para transportar os componentes de uma mistura através de uma fase estacionária. Conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa 2 Conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa (a) Diagrama descrevendo a separação de uma mistura dos componentes A e B por eluição em cromatografia em coluna. (b) O sinal do detector em vários estágios da eluição mostrados em (a) 3 Conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Perfis de concentração dos solutos A e B na coluna no t1 e mais tarde no t2 B é mais fortemente retido pela fase estacionária do que A, portanto B se atrasa durante a migração. A distância aumenta a medida que os dois se movem pela coluna. Alargamento das bandas = perda de eficiência 4 Conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatograma original com picos sobrepostos Melhoria proporcionada pelo aumento da separação das bandas Melhoria proporcionada pela diminuição das larguras Muitas variáveis físicas e químicas influenciam as velocidades das bandas e seu alargamento. Como consequência, melhores separações podem ser geralmente obtidas pelo controle de variáveis que aumentam a velocidade de separação das bandas ou diminuem a velocidade de alargamento delas. 5 A extensão do alargamento de uma banda depende do tempo que a FM fica em contato com a FE, o qual por sua vez depende da vazão da FM. VOLUME DE RETENÇÃO (VR) é o volume da fase móvel necessário para eluir o analito a uma dada vazão (F). Volume de retenção, VR = tR F VOLUME MORTO (VM) é o volume total de solvente na coluna entre as partículas da fase estacionária (partículas não porosas) e no interior dos poros das partículas (partículas porosas, tipo esponja). Portanto, se o tempo para que a fase móvel ou o soluto não retido passe pela coluna é tM, e a vazão é F: VM = tM F Conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa 6 FATOR DE RETENÇÃO*: o fator de retenção (k) é o grau de retenção de um componente da amostra na coluna, sendo definido como o tempo necessário para eluir o pico (tR) menos o tempo necessário para a FM passar através da coluna (tM). Conceitos *Fator de capacidade em algumas referências. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa k = tR – tM tM = t‘R tM Rever! 7 Um pico com k = zero, indica um componente não retido pela FE e eluído com o solvente. Portanto, quando k é 1, separação ruim, tR tM. Quando k é > 20 ou 30, a separação é lenta, indica que o soluto está altamente retido, apresentando tempos de eluição muito longos. Sendo de difícil detecção, uma vez que apresentam alargamento das bandas. Na maioria das análises, os compostos eluem com k entre 1 e 20, então esses possuem “oportunidade suficiente” para interagir com a FE, resultando em uma migração diferenciada. Separação ideal: k entre 1 e 5. Conceitos – Fator de retenção Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa 8 A eficiência de uma coluna cromatográfica em separar dois solutos depende em parte das velocidades relativas segundo as quais as duas espécies são eluídas. Essas velocidades, por sua vez, são determinadas pelas razões das concentrações dos solutos em cada uma das fases. Todas as separações cromatográficas estão baseadas em diferenças de extensão na qual os solutos são distribuídos entre as fases móvel e estacionária. Para o soluto de espécie A, o equilíbrio envolvido é descrito pela equação A constante de equilíbrio K para essa reação é denominada constante de distribuição, a qual é definida como: onde, [A]E e [A]M são a concentração do analito A na FE e FM, respectivamente. A (móvel) A (estacionária) Conceitos – Constante de distribuição K = [A]E [A]M Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Idealmente a constante de distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 9 Então, a distribuição do analito A é governada pela constante de distribuição (também chamada de coeficiente de partição), K. O fator de retenção (k) também pode ser descrito pela razão do número total de mols do analito em cada fase: , sendo Onde VE é o volume da fase estacionária e VM é o volume da fase móvel na coluna ou o volume morto. k é primariamente controlado pela força da fase móvel, a natureza da fase estacionária, e a temperatura em que a separação é realizada. OU SEJA, Conceitos – Constante de distribuição k = mols do soluto A na FE mols do soluto A na FM [A]E [A]M VE VM então, k = K k = K = [A]E [A]M VE VM Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Idealmente a constante de distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 10 Fatores que influenciam a retenção de um soluto A separação é efetuada tendo por base a afinidade química relativa de cada componente da amostra pelas fases móvel e estacionária. Este parâmetro depende de: Tipo e propriedades da fase estacionária Tipo e propriedades da fase móvel Forças intermoleculares: Analito e fase móvel Analito e fase estacionária Temperatura Forças de dispersão de London (interações dipolo induzido – dipolo induzido) Interações dipolo – dipolo induzido Interações iônicas Pontes de hidrogênio Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa O fator de seletividade (ou fator de separação) para os solutos 1 e 2 é definido como a razão entre a constante de distribuição do soluto mais retido (2) e a constante de distribuição para o soluto menos retido (1). A seletividade deve ser > 1,0 para que haja a separação dos picos. Seletividade é dependente de muitos fatores que afetam K tal como a natureza da FE, composição da FM, e propriedades dos solutos. Conceitos – Fator de separação (seletividade) Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa K, constante de distribuição; k = fator de retenção 12 Exercícios: Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Em uma análise cromatográfica de ácido de baixo peso molecular, o ácido butírico elui com um tempo de retenção (tR) de 7,63 min. O tempo de retenção da fase móvel (tM) é 0,31 min. Calcule o fator de retenção (k) do ácido butírico. (23,6) Na mesma análise cromatográfica para ácidos de baixo peso molecular do exemplo anterior, o tempo de retenção para o ácido isobutírico é 5,98 min. Qual o fator de separação (α) para o ácido butírico e isobutírico? (1,29) 13 Conceitos – Resolução A resolução Rs de uma coluna nos diz o quanto duas bandas se distanciam uma em relação a outra em comparação com as suas larguras. A resolução fornece uma medida quantitativa da habilidade da coluna em separar dois analitos. Rs = (tR)2–(tR)1 w1 + w2 2 Rs = (tR)2–(tR)1 (w1 + w2)/2 Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Idealmente a constantede distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 14 Conceitos – Resolução Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Idealmente a constante de distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 15 Conceitos – Resolução Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Idealmente a constante de distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 16 Exercício Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa 3) Um pico com tempo de retenção de 407 s tem uma largura na base de 13 s. Um pico vizinho é eluído a 424 s com uma largura de 16 s. Encontre a resolução entre esses dois componentes. (1,17) Idealmente a constante de distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 17 Conceitos – Descrição quantitativa da eficiência da coluna TEORIA DOS PRATOS MARTIN e SYNGE: em 1920 estabeleceram analogias entre a cromatografia, a destilação e a extração com solventes; Consideraram que uma coluna cromatográfica consistia de vários estágios de extração líquido-líquido, ou pratos teóricos (termo emprestado da teoria da destilação, técnica popular na época) sendo conhecido como teoria dos pratos. PRÊMIO NOBEL em 1952 Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa 18 Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa TEORIA DOS PRATOS Entretanto, uma coluna cromatográfica não possui os pratos como na destilação, mas a fase estacionária é distribuída uniformemente, de maneira que vários estágios de equilíbrio entre a FE e a FM irão ocorrer. Pela inexistência de pratos reais como em destilação, estes pratos foram denominados de pratos teóricos. Contudo, o modelo de pratos não é bem sucedido ao tentar explicar o alargamento das bandas, mas serve para explicar o formato gaussiano dos picos cromatográficos, bem como os fatores que influenciam as nas velocidades de migração dos solutos. Conceitos – Descrição quantitativa da eficiência da coluna 19 Conceitos – Descrição quantitativa da eficiência da coluna Dois termos relacionados são empregados amplamente para as medidas quantitativas da eficiência da coluna cromatográfica Altura de prato H Contagem de pratos ou número de pratos teóricos N As duas estão relacionadas pela equação: em que L é o comprimento (geralmente em cm) do recheio da coluna. A eficiência cromatográfica aumenta à medida que o número de pratos se torna maior, e, conforme a altura do prato H torna-se menor. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa H ou HETP = L N 20 A altura do prato, H, foi adaptado da teoria da destilação (já discutido anteriormente) , onde a separação pode ser feita em estágios discretos denominados pratos. A altura do prato também é conhecida como altura equivalente a um prato teórico (HETP ou H). Ela é, aproximadamente, o comprimento da coluna necessário para que o soluto atinja um equilíbrio entre as fases móvel e estacionária. Quanto menor a altura do prato, menor a largura da banda. A capacidade de uma coluna em separar os componentes de uma mistura aumenta com a diminuição da altura do prato. Dizemos que uma coluna eficiente tem mais pratos teóricos do que uma coluna ineficiente. H ou HETP= L N Conceitos – Altura equivalente a um prato Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Idealmente a constante de distribuição permanece invariável sobre uma faixa ampla de concentração do soluto; isto é, cE é diretamente proporcional a cM. 21 Solutos diferentes, passando através da mesma coluna, possuem alturas de pratos diferentes, pois possuem coeficientes de difusão diferentes. H = L N Conceitos – Altura equivalente a um prato Curiosidade: as alturas dos pratos se situam na faixa de 0,1 a 1 mm na CG, 10 µm na HPLC e– Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Eficiência cromatográfica CAMINHOSMÚLTIPLOS termo A DIFUSÃO LONGITUDINAL termo B TRANSFERÊNCIA DE MASSA NA FASE MÓVEL termo Cm TRANSFERÊNCIA DE MASSA NA FASE ESTACIONÁRIA termo Cs H = A + B/u + (CE + CM) u Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa EQUAÇÃO de van DEEMTER o termo A (caminhos múltiplos) A = 2 l dP Detector Sinal detectado Tempo Uma vez que diferentes moléculas do mesmo soluto tomam diferentes caminhos, elas chegarão ao final do leito em diferentes tempos, e a zona como um todo vai se alargar. Por que o leito cromatográfico apresenta caminhos irregulares. o diâmetro da partícula caminhos múltiplos de fluxo l: constante que depende da qualidade do enchimento da coluna Página 888 do Skoog as extensões desses caminhos podem diferir significativamente; assim, os tempos de residência na coluna para moléculas da mesma espécie são também variáveis. As moléculas do soluto atingem o final da coluna após um certo intervalo de tempo, o que leva a um alargamento de banda. Esse efeito dos múltiplos caminhos, que às vezes é denominado eddy diffusion, deveria ser independente da velocidade do solvente se este não fosse parcialmente afetado pela difusão ordinária, a qual leva as moléculas a ser transferidas de uma corrente que segue um determinado caminho para outra que percorre outra rota. Se a velocidade de fluxo é muito baixa, um grande número dessas transferências vai ocorrer e cada molécula vai experimentar numerosos caminhos ao se deslocar pela coluna, permanecendo um breve intervalo de tempo em cada um deles. 30 Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa EQUAÇÃO de van DEEMTER o termo B/u (difusão longitudinal) B/u = (2 g DM) / u as moléculas da amostra irão difundir de uma região de maior concentração (banda inicial ou centro da zona) para uma região de concentração menor. contribuição da difusão longitudinal é inversamente proporcional à velocidade da fase móvel: com o aumento de u, soluto permanece na coluna por períodos mais curtos (difusão tem menos tempo para ocorrer). : constante que depende da qualidade do enchimento da coluna DM: coeficiente de difusão do soluto na FM a grandeza do termo B é predominantemente determinada pelo coeficiente de difusão DM do analito na fase móvel e é diretamente proporcional a essa constante. Em cromatografia, a difusão longitudinal resulta na migração do soluto do centro da banda (na qual a concentração é maior) para as regiões mais diluídas de qualquer lado (isto é, na direção do fluxo e na direção oposta do fluxo). A difusão é uma fonte comum de alargamen-to de banda em cromatografia gasosa, na qual a velocidade dedifusão das moléculas é alta. O fenômeno é de pequena importância em cro-matografia líquida, na qual as velocidades de difusão são muito menores. Como mostrado pela Equação 30-27, a contribuição da difusão longitudinal na altura do prato é inversamente proporcional à velocidade linear do eluente. Essa relação não é surpreendente, uma vez que o analito permanece na coluna por um período mais breve quando a vazão é alta. Assim, a difusão a par-tir do centro da banda para as duas laterais tem menos tempo para ocorrer. 31 EQUAÇÃO de van DEEMTER o termo C (coeficientes de transferência de massa na FM) ao passar no interstício de partículas, as moléculas que viajam perto das paredes da fase estacionária terão velocidades menores daquelas que viajam no centro. a velocidade da fase móvel aumenta o valor de H, porém, o diâmetro da partícula contribui ainda mais por estar ao quadrado. CM u = (f(k) dp2 / DM) u o termo C (coeficientes de transferência de massa na FE) CE u = (f(k) df2 / DE) u após a difusão das moléculas dentro do poro, elas penetram na FE ou se ligam a ela por algum mecanismo. Se algumas penetram mais profundamente dentro da FE, também demorarão mais a sair e consequentemente se atrasarão em relação a outras e como consequência o pico se alargará. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa 0,0060 0,0040 0,0020 0 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 H, cm u, cm/s (velocidade da fase móvel) CM u H = A + B/u + (CE + CM) u l, : constantes que dependem da qualidade do recheio DS, DM: coeficientes de difusão do soluto na fase estacionária e móvel, respectivamente dp, df: diâmetro da partícula e espessura do filme que recobre o suporte da fase estacionária EQUAÇÃO de van DEEMTER CE u H B/u Contribuição dos vários termos de transferência de massa para a altura do prato. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa High Performance Liquid Chromatography Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Cromatografia a líquido Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa HPLC “HPLC usa pressões elevadas para forçar a passagem do solvente através de colunas fechadas que contém partículas muito finas capazes de proporcionar separações muito eficientes (com alta resolução)”. Daniel C. Harris. Cromatografia líquida de alta eficiência Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Recipientes contendo fase móvel que será bombeada dentro do sistema analítico. Características desejadas para reservatórios de FM são: Reservatórios com capacidade de 1 a 2 L, vidro (borossilicato) ou dependendo da FM – outro polímero conveniente ou teflon; Sua tampa deve conter furos para a passagem de tubulações, as quais servirão de canal de passagem de fase móvel (linha de solvente). A superfície livre dos furos deve ser a menor possível a fim de evitar a difusão de solvente para a atmosfera; É comum proceder-se a desgaseificação da FM, com a intenção de eliminar gases nela dissolvidos que poderão, principalmente na bomba, criar bolhas, causando aumento do ruído da linha de base; A linha de solvente deve possuir obrigatoriamente um filtro para reter partículas sólidas porventura existente – vidro sinterizado. Instrumentação reservatório da fase móvel e sistemas de tratamento de solvente Instrumentação Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Equipados com dispositivo para remoção de gases dissolvidos (evitar formação de bolhas: causam alargamento ou interferem na eficiência do detector) Desgaseificadores: bomba de vácuo dispositivos para aquecimento e agitação do solvente borbulhamento de gases inertes (He ou N2) junto com agitação Câmara de mistura: eluições em gradiente Solventes misturados à soluções tampão altas concentrações de ácidos orgânicos e sais devem ser evitadas corrosão da bomba e outras partes do equipamento; precipitação de sais, etc. reservatório da fase móvel e sistemas de tratamento de solvente Instrumentação Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa sistemas de bombeamento REQUISITOS: pressões de até 10 000 psi ( 690 bars) a maioria das partes de uma bomba de LC que entram em contato com a FM são construídas de aço inoxidável vazão contínua, sem pulsos (ou, se pulsando, com amortecedor de pulsos) vazões de 0,01 a 10 mL/min (aplicações analíticas) e até 100 mL/min (aplicações preparativas) devem ser capazes de pressurizar os solventes com precisão e exatidão (melhor que 0,5 %) devem ser compatíveis com ampla faixa de fluxo do solvente, fáceis de trocar de solvente, e atender aos gradientes de eluição 2 TIPOS: bombas de pressão (ou pneumáticas) recheio de colunas (gera elevadas pressões) bombas mecânicas: recíprocas mais utilizadas (equipamentos comerciais) deslocamento (tipo seringa) reservatório da FM Instrumentação Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa bombas recíprocas 2 válvulas(esferas de safira) são abertas e fechadas alternadamente para controlar a vazão de solvente dentro e fora do cilindro; solvente está em contato direto com o pistão VANTAGENS: pequeno volume interno (35 a 400 mL) pressões elevadas de saída (até 10000 psi) fácil adaptação a eluição em gradiente vazão constante fluxo independe da pressão de retorno da coluna e da viscosidade do solvente DESVANTAGENS: fluxo pulsado que deve ser amortecido (ruído de fundo na linha de base) pistão recíproco vedação coluna amortecedor de pulso válvulas de controle do tipo bola solvente motor Instrumentação Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa tipos de eluição Isocrática: A composição da fase móvel (%) permanece constante durante toda a análise cromatográfica. É realizada com um único solvente ou mistura constante de solventes. Gradiente: Ocorre alterações da composição da fase móvel (%) durante a execução da análise. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação sistema de injeção de amostras fator limitante da precisão: repetibilidade da injeção volumes devem ser pequenos (evitar alargamento de banda e sobrecarga da coluna, “overload”): US$ 1000) Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação colunas Descrição Polaridade/ interação Octadecil (C18) Altamente apolar Octil (C8) Moderadamente apolar Etil (C2) Fracamente apolar Metil (C1) Fracamente apolar Fenil (PH) Moderadamente apolar Cicloexano (CH) Moderadamente apolar Cianopropil (CN) Moderadamente apolar/polar Diol ( 2 OH) Polar Sílica (Si) Polar Ácido Carboxílico (CBA) Troca catiônica fraca Ácido Propilsulfônico (PRS) Troca catiônica forte Ácido Benzenossulfônico (SCX) Troca catiônica forte Aminopropil (NH2) Troca aniônica fraca/polar Amina Primária/Secundária (PSA) Troca aniônica fraca/polar Dietilaminopropil (DEA) Troca aniônica fraca/polar Amina Quaternária (SAX) Troca aniônica forte Ácido Fenilborônico (PBA) Covalente Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação colunas Colunas analíticas: em geral de 10 a 30 cm; 4 a 10 mm diâmetro com partículas de 1,8, 3, 5 e 10 mm (60 000 pratos/m) Colunas de guarda ( de pré-coluna): introduzida antes da coluna de separação para aumentar a vida útil desta remove material particulado e contaminantes provenientes do solvente (que se ligam irreversivelmente a FE) serve para saturar a fase móvel com fase estacionária minimizando a sangria da coluna composição deve ser similar a da coluna analítica, com tamanho de partícula em geral maior (minimizar queda de pressão) Termostatização: em geral coluna é operada a temperatura ambiente; no entanto, cromatogramas de melhor qualidade são obtidos quando a temperatura da coluna é controlada; fornos aquecidos até 150 C estão disponíveis Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação características de um detector Monitoramento do eluente que sai da coluna ESTRATÉGIAS: medidas diferenciadas de propriedades gerais de ambas, amostras e fase móvel medidas de uma propriedade da amostra que não é apresentada pela fase móvel Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação características de um detector Detectabilidade adequada: nem sempre é desejável, deve ser compatível com a concentração do analito na amostra Resposta linear para os solutos que se estenda por várias ordens de grandeza: faixa linear é aquela região da curva de calibração que se ajusta bem a uma reta Baixo volume interno: grande volume pode gerar alargamento das bandas geradas Tempo de resposta curto: detectores com respostas lentas geram bandas deformadas (baixa e larga) e com cauda longa. Boa estabilidade e reprodutibilidade: aumenta a confiabilidade nos resultados. Não deve ser destrutivo: permite coletar frações e utilizar detectores em linha. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação tipos de detectores 2 TIPOS BASICAMENTE: SELETIVO versus UNIVERSAL Os detectores em cromatografia líquida são de 2 tipos: DETECTORES DE PROPRIEDADES UNIVERSAIS: respondem às propriedades da fase móvel como um todo, como índice de refração, constante dielétrica ou densidade, a qual é modulada pela presença do soluto. DETECTORES DE PROPRIEDADE DO SOLUTO ou SELETIVOS: respondem a algumas propriedades do soluto (absorvância no UV-vis, fluorescência ou corrente de difusão, que não incluem a fase móvel. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação parâmetros de desempenho sensibilidade: relação entre o sinal produzido e a quantidade de amostra que gera este sinal (termo relativo, depende da amostra) linearidade: faixa linear do sistema onde o sinal do detector é diretamente proporcional à concentração do soluto; se concentração da amostra é muito alta (diluições apropriadas) limite mínimo de detecção: menor quantidade da substância que pode ser detectada, produzindo um sinal igual ao triplo do nível de ruído do instrumento; ruído é a variação do sinal do instrumento que não é atribuída à amostra e pode ser produzida por falhas eletrônicas, aparelhos mal aterrados, variações de vazão ou temperatura, flutuações na tensão, bolhas de ar no detector, componentes da matriz, etc. variações na composição da fase móvel podem produzir grandes flutuações na linha de base, principalmente nos casos de eluição por gradiente Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação detectores de absorvância PRINCÍPIO: absorvância da luz por parte da amostra ao passar através desta qualquer radiação eletromagnética (normalmente do ultravileta até o infravermelho) resposta seletiva: só detecta os componentes da amostra que absorvem a radiação no comprimento de onda selecionado; grande maioria das substâncias absorvem radiação UV (substâncias com elétrons ou elétrons desemparelhados), por exemplo: Olefinas ( hidrocarboneto alifático, ou seja, de cadeia aberta, apresentando pelo menos uma ligação dupla entre os carbonos – alcenos), compostos aromáticos e compostos contendo >C=O, >C=S, -N=O e –N=N- Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Instrumentação detectores de absorvância volume é mantido pequeno para minimizar alargamento de banda: 1-10 mL comprimento: 2-10 mm Pdesejáveis alto grau de pureza ou de fácil purificação (permitir alta sensibilidade nos detectores de absorvância ou fluorescência) dissolver a amostra sem decompor os seus componentes (se possível, solvente da amostra é a própria fase móvel) não decompor ou dissolver a fase estacionária (uso da pré-coluna para saturação da fase móvel com fase estacionária; fase ligada ou sólida dispensam esse procedimento) ter baixa viscosidade (favorecer transferência de massa) ser compatível com o tipo de detector utilizado (particularmente importante na eluição por gradiente) ter polaridade adequada para permitir separação conveniente dos componentes da amostra Fase móvel características desejáveis SOLVENTE ÍNDICE DE VISCOSIDADE PONTO DE ÍNDICE DE FORÇA DO REFRAÇÃO cP EBULIÇÃO C POLARIDADE ELUENTE* n-Hexano CCL4 Éter dietílico THF Clorofórmio Etanol Acetato de etila MeOH ACN Etileno glicol Água 1,.372 1,457 1,350 1,405 1,433 1,359 1,370 1,326 1,341 1,431 1,333 0,30 0,46 0,54 0,34 0,89 81 66 65 82 100 0,04 4,0 5,1 5,8 10,2 -0,2 0,57 0,95 0,65 grande *sobre Al2O3 Tipo mais utilizado de cromatografia, na qual a FE é um segundo líquido que é imiscível com o líquido da FM. Líquido-líquido: o líquido estacionário é mantido por adsorção física. Fase ligada: o líquido estacionário encontra-se quimicamente ligado, resultando em recheios altamente estáveis, insolúveis na FM – compatíveis com as técnicas de eluição por gradiente. Mais de 90% das análises atuais são realizadas com fase ligada. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia por partição Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição Fase ligada Si OH silanol livre •• Si-OH + R3SiCl Si-O-Si-(CH3)2R + HCl Ciano (-C2H4CN) Diol (-C3H6OCH2CHOHCH2OH) Amina (–C3H6NH2) R = A superfície da sílica completamente hidrolisada (por aquecimento com HCl 0,1 mol L-1 por um ou dois dias) é constituída de grupos silanóis quimicamente reativos. Os recobrimentos com fase ligada mais empregados são os siloxanos formados pela reação da superfície hidrolisada da sílica com um organoclorossilano. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição Fase normal: fase estacionária polar; fase móvel menos polar que a FE (n-alcanos, clorofórmio, acetato de etila); solutos neutros; polaridade soluto t. retenção; mecanismo retenção: adsorção. fase normal x fase reversa Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição Fase normal Nos trabalhos pioneiros usou-se fases altamente polares, como trietilenoglicol adsorvidos sobre sílica ou alumina e solventes apolares, como hexano ou éter isopropílico, eram usados como fase móvel; por razões históricas, este tipo de cromatografia é chamado de fase normal Em fase normal, o componente menos polar elui primeiro, devido a sua maior solubilidade na fase móvel; aumentando a polaridade da fase móvel tem o efeito de diminuir o tempo de eluição. Polaridade do soluto: a > b > c c b a tempo c b a tempo Polaridade da fase móvel Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição Fase normal Partícula de sílica – partículas uniformes, porosas, mecanicamente rígidas, tendo comumente diâmetros de 3 a 5 µm. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição fase normal x fase reversa Fase reversa: fase estacionária apolar (geralmente um HC); fase móvel é um solvente relativamente polar (tampões, água, metanol, acetonitrila, THF); solutos apolares, não-iônicos; polaridade f. móvel t. retenção; mecanismo retenção: interações apolares com radicais da coluna. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição fase reversa Na cromatografia de fase reversa, a fase estacionária é apolar, um hidrocarboneto por exemplo (C18) e a fase móvel é relativamente polar (água, metanol, acetonitrila, etc) Em fase reversa, o componente mais polar elui primeiro, devido a sua maior solubilidade na fase móvel; aumentando-se a polaridade da fase móvel aumenta-se o tempo de eluição Polaridade do soluto: a > b > c a b c tempo a b c tempo Polaridade da fase móvel 62 Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição fase reversa Fase ligada Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição fase reversa Fase ligada Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição fase reversa Si-OH + R3SiCl Si-O-Si-R3 + HCl Si-O-SiR2 Si-O-SiR2 Si-O-SiR2 Si-O-SiR2 soluto cadeias do hidrocarboneto (C18) partição (solubilização) Obs. nas fases ligadas, tem-se também a possibilidade de adsorção do soluto devido aos sítios ativos (silanóis residuais) Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Cromatografia de partição fase reversa A sílica tem aproximadamente 8 M de grupos Si-OH por m2. A cobertura superficial por silanização esta limitada a 4 M devido a efeitos estéricos. Os Si-OH restantes são prejudiciais causando alargamento das bandas devido a polarização da superfície. Principalmente na análise de analitos básicos. Reação com trimetilsilano (efeito estérico reduzido -CH3) minimiza o problema (encapados) Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel tipos de eluição Isocrática: A composição da fase móvel (%) permanece constante durante toda a análise cromatográfica. É realizada com um único solvente ou mistura constante de solventes. Gradiente: Ocorre alterações da composição da fase móvel (%) durante a execução da análise. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel tipos de eluição A eluição isocrática é feita com um único solvente (ou mistura de solventes). Se um solvente não propiciar uma eluição suficientemente rápida de todos os componentes, então pode ser utilizada uma eluição por gradiente. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel tipos de eluição Separação isocrática por HPLC de uma mistura de compostos aromáticos a 1 mL/min em uma coluna C18. Solvente A: água; solvente B: acetonitrila (pH 3,5 aj. com KH2PO4) 1) Álcool benzílico 2) Fenol 3) 3’-4’-dimetoxia cetofenona 4) benzoína 5) Benzoato de etila 6) Tolueno 7) 2,6-dimetoxi tolueno 8) ortometoxi bifenila Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel ISOCRÁTICO Em uma separação em fase reversa, a força do eluente diminui quando o solvente se torna mais polar. força Compostos eluídos + rápidos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel ISOCRÁTICO Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel ISOCRÁTICO duas horas de corrida cromatográfica Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel tipos de eluição Com base nas eluições isocráticas foi elaborado o gradiente a seguir. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel GRADIENTE Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Fase móvel tipos de eluição Pode haver várias formas de se separar um dado conjunto de analitos, entretanto algumas informações são essenciais para determinação do modo de operação ESCOPO DA CROMATOGRAFIA A LÍQUIDO Figura 28-1 Skoog p642 vp espécies MM>104: cromatografia por exclusão espécies iônicas de baixa MM: cromatografia por troca iônica espécies pequenas e polares,mas não-iônicas: métodos de partição (série homóloga) espécies não-polares: cromatografia por adsorção (isômeros estruturais, hidrocarbonetos alifáticos) TROCA IÔNICA PARTIÇÃO ADSORÇÃO fase normal fase reversa EXCLUSÃO filtração em gel permeação em gel insolúvel em água solúvel em água não-polar iônico polar não-iônico POLARIDADE DO SOLUTO 102 103 104 105 106 massa molecular Conceitos TEMPO DE RETENÇÃO (tR): é o tempo decorrido entre a injeção da amostra e o aparecimento do pico do soluto no detector de uma coluna cromatográfica. tR = tE + tM TEMPO MORTO ou tempo de retenção da FM (tM ou t0): é o tempo necessário para que um soluto não retido passe através de uma coluna cromatográfica. TEMPO DE RETENÇÃO AJUSTADO (t’R): é igual a (tR – tM), ou seja, o tempo que o soluto permanece na fase estacionária. Então tR = t’R + tM ou o tempo de retenção, é o tempo total que o soluto permanece na FE (t’R) e na FM (tM), então: t’R = tE 77 Relembrando alguns conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Onde: tR = tempo de retenção t’R = tempo de retenção ajustado t0 = volume morto Wb = largura da base do pico em unidade de tempo W1/2 = largura a meia altura em unidade de tempo Inject W1/2 Wb t0 ou tM Cromatograma t’R Constante de distribuição: constante de equilíbrio para a distribuição do soluto A entre as duas fases (móvel e estacionária) A constante de distribuição pode ser manipulada dentro de limites pela escolha apropriada da fase móvel, da fase estacionária ou de ambas. Podemos alterar a razão molar das duas fases pelo ajuste do volume da fase. Fator de retenção: parâmetro experimental importante amplamente usado para comparar as velocidades de migração dos solutos nas colunas. A razão pela qual k é tão útil é que ele não depende da geometria da coluna ou da vazão. Isso significa que para uma dada combinação de soluto, FM e FE em qualquer coluna, com qualquer geometria e operando em qualquer vazão de FM se dará o mesmo fator de retenção, definido como: ou Relembrando alguns conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa A (móvel) A (estacionária) K = [A]E [A]M K = nE/VE nM/VM k = K VE VM k = tR – tM tM = t‘R tM Separação ideal: k entre 1 e 5. Fator de separação: é uma medida da retenção relativa k2/k1 de dois componentes da amostra. Onde k2 e k1 são os fatores de retenção para os solutos 2 e 1, respectivamente. A substituição da Eq. para os dois solutos na Eq. resulta em uma expressão que permite a determinação de a partir de um cromatograma obtido experimentalmente. Relembrando alguns conceitos Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa = k2 k1 k = tR – tM tM = k2 k1 = (tR)2 – tM (tR)1 – tM Descrição quantitativa da eficiência da coluna: a eficiência da coluna cromatográfica aumenta à medida que o número de pratos N torna-se maior e à medida que a altura de prato H torna-se menor. A origem dos termos “altura de pratos” e “número de pratos” encontra-se em um estudo teórico pioneiro, feito por Martin e Synge, no qual eles trataram uma coluna cromatográfica como se fosse similar a uma coluna de destilação que, em vez de ser constituída por numerosos pratos discretos, apresentava camadas estreitas e contínuas denominadas pratos. Considera-se que em cada prato ocorre o equilíbrio do soluto entre FM e FE. O movimento do soluto através da coluna é, então, tratado como transferência em etapas da FM em equilíbrio de um prato para o próximo. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa H = L N Relembrando alguns conceitos N Onde: L = comprimento da coluna H = altura do prato Determinação experimental de H e N: o número de pratos pode ser calculado a partir de duas medidas de tempo, tR e wb; para obter H, o comprimento do recheio da coluna L também deve ser conhecido. Como as determinações experimentais de H e N descritos são baseadas em picos cromatográficos Gaussianos, os cálculos são considerados estimativas. Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa Relembrando alguns conceitos N = 16 tR wb 2 N = 5,546 tR w ½ 2 Cromatografia planar e de coluna Análise Instrumental – Técnicas de separação Profa. Ana Carolina Costa EQUAÇÃO de van DEEMTER B/u = (2 g DM) / u Em cromatografia, a difusão longitudinal resulta na migração do soluto do centro da banda (na qual a concentração é maior) para as regiões mais diluídas de qualquer lado (isto é, na direção do fluxo e na direção oposta do fluxo). A difusão é uma fonte comum de alargamen-to de banda em cromatografia gasosa, na qual a velocidade dedifusão das moléculas é alta. O fenômeno é de pequena importância em cro-matografia líquida, na qual as velocidades de difusão são muito menores. Como mostrado pela Equação 30-27, a contribuição da difusão longitudinal na altura do prato é inversamente proporcional à velocidade linear do eluente. Essa relação não é surpreendente, uma vez que o analito permanece na coluna por um período mais breve quando a vazão é alta. Assim, a difusão a par-tir do centro da banda para as duas laterais tem menos tempo para ocorrer. 84 image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.jpeg image16.png image17.png image18.png image19.jpeg image20.jpeg image21.png image22.gif image23.jpeg image24.jpeg image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.jpeg image31.jpeg image32.png image33.png image34.gif image35.png image36.png image37.png image38.png image39.gif image40.gif image41.png image42.png image43.gif image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png