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Aluna: Flávia Maria da Silva 
Curso: Educação Física Período: 4º 
Disciplina: Ética na formação profissional Professo: Arnaldo 
 
Trabalho 
Filme: Fome de Poder 
 
 O filme Fome de Poder (2016), dirigido por John Lee Hancock, conta a 
história da ascensão do McDonald's, uma das maiores redes de fast food do 
mundo, sob a liderança de Ray Kroc. Baseado em fatos reais, o longa-metragem 
revela como Kroc transformou um pequeno restaurante administrado pelos 
irmãos Richard e Maurice McDonald em um império global. No entanto, o filme 
também suscita questões importantes sobre ética e moral nos negócios, ao 
explorar as decisões tomadas por Kroc ao longo do caminho. No início, os irmãos 
McDonald apresentam uma abordagem inovadora ao setor alimentício: um 
restaurante eficiente e focado em um menu limitado, capaz de atender 
rapidamente seus clientes. Eles são retratados como empreendedores éticos, 
preocupados em manter a qualidade de seu produto e o controle sobre o 
negócio. Contudo, a chegada de Kroc altera drasticamente a dinâmica. Seu 
objetivo inicial, de expandir o negócio por meio de franquias, parece legítimo, 
mas ele rapidamente passa a utilizar métodos questionáveis para alcançar o 
sucesso. 
 Um dos aspectos centrais do filme é o conflito entre a ética, que diz 
respeito aos valores universais e coletivos, e a moral, ligada às normas 
individuais ou de um grupo específico. Enquanto os irmãos McDonald agem 
moralmente de acordo com seus princípios — prezando pela transparência e 
honestidade —, Kroc desafia essas regras ao priorizar o lucro e o crescimento 
acima de tudo. Ele manipula contratos, desrespeita acordos e, eventualmente, 
toma o controle da marca McDonald's, deixando os fundadores praticamente 
sem nada. O comportamento de Kroc levanta um debate sobre o limite entre 
ambição e falta de escrúpulos. De um lado, sua visão de negócios e persistência 
são admiráveis, pois ele conseguiu transformar uma ideia local em um fenômeno 
global. Por outro lado, as suas escolhas expõem uma clara falta de ética, 
especialmente ao desconsiderar os valores e esforços dos irmãos McDonald, 
que idealizaram o conceito original. 
 Ao longo do filme, percebe-se que o sucesso nem sempre está associado 
a práticas morais ou éticas. Kroc justifica suas ações com a lógica do 
"capitalismo selvagem", onde a sobrevivência pertence aos mais fortes e 
ambiciosos. Essa visão relativiza os conceitos de certo e errado, destacando 
como, no mundo corporativo, as decisões muitas vezes são tomadas com base 
em interesses pessoais e econômicos, ignorando as consequências humanas. 
Fome de Poder é, portanto, mais do que uma narrativa sobre a criação de uma 
rede de fast food. Ele é um estudo sobre o impacto das escolhas no âmbito ético 
e moral, levantando questões importantes sobre o preço do sucesso. O filme nos 
desafia a refletir sobre até que ponto é aceitável comprometer valores em busca 
de ambição e poder, deixando claro que nem todo sucesso vem sem um custo. 
O filme Fome de Poder aborda os conceitos de ética e moral ao retratar os 
eventos que levaram à transformação do McDonald's em um império global, 
destacando as escolhas e os dilemas enfrentados pelos personagens principais, 
especialmente Ray Kroc. 
 A moral é representada no filme pelos valores individuais e princípios dos 
irmãos McDonald. Eles acreditavam na honestidade, qualidade e simplicidade 
como pilares de seu negócio. Esses princípios refletem sua visão moral de como 
um empreendimento deve ser conduzido: com respeito ao consumidor e 
integridade nas relações comerciais. Por outro lado, Ray Kroc, embora 
inicialmente impressionado pela eficiência e inovação dos irmãos, demonstra 
uma moral bastante flexível, adaptando suas ações de acordo com seus 
interesses e objetivos. 
 A ética, por sua vez, envolve questões mais amplas sobre o impacto social 
e coletivo das ações dos indivíduos. O filme explora como Kroc rompe com as 
normas éticas ao manipular contratos e explorar as ideias dos irmãos McDonald 
para seu próprio benefício. Ele toma decisões que priorizam o lucro e a expansão 
a qualquer custo, desconsiderando os efeitos sobre aqueles que confiaram nele. 
Seu comportamento suscita um debate ético: até que ponto a ambição pode 
justificar práticas que prejudicam outros? 
 Um exemplo claro do conflito entre moral e ética no filme é a forma como 
Kroc lida com o contrato inicial assinado com os irmãos. Ele descumpre o acordo 
de royalties verbais, prejudicando-os financeiramente, enquanto mantém a 
aparência de um empresário bem-sucedido. Essa atitude demonstra como ele 
ignorou os valores éticos universais de honestidade e justiça para alcançar seus 
objetivos pessoais. 
 Além disso, a ambição desenfreada de Kroc reflete uma ética pragmática, 
em que o fim justifica os meios. Ele acredita que sua visão de crescimento e 
expansão global é mais importante do que os laços de confiança e os valores 
morais defendidos pelos fundadores do McDonald’s. Essa abordagem ressalta 
o contraste entre a ética empresarial e a ética pessoal, revelando como 
interesses econômicos podem entrar em conflito com princípios éticos. 
 No contexto do filme, a moralidade dos irmãos McDonald os torna vítimas 
de um sistema que valoriza mais a esperteza e a agressividade do que a 
integridade. Por outro lado, a ética individual de Kroc, embora eficaz no mundo 
dos negócios, levanta questões sobre a legitimidade de suas conquistas. 
 Assim, Fome de Poder nos apresenta uma reflexão sobre como ética e 
moral se manifestam de formas distintas em um ambiente competitivo, expondo 
as consequências de escolhas baseadas exclusivamente na ambição, sem 
considerar seus impactos sobre outras pessoas e a sociedade.

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