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ESTAGIO SUPERVISIONADO BASICO 1 EM PSICOLOGIA Aula 06 PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 02: ALGUMAS TEORIAS DA PSICOLOGIA. A PSICOLOGIA NO BRASIL. A INTERSEÇÃO ENTRE A PSICOLOGIA E O DIREITO ENTREVISTA PSICOLOGICA e AS ABORDAGENS CAMPOS DE ATUAÇÃO E ÊNFASES CURRICULARES NA PSICOLOGIA A psicoterapia se baseia em métodos científicos e técnicas psicoterapêuticas estruturadas para promover mudanças no comportamento, nos pensamentos e nas emoções dos pacientes./clientes. Na psicologia clínica, existem várias abordagens de psicoterapia, cada uma com suas próprias teorias e técnicas. Psicanálise: Desenvolvida por Sigmund Freud, esta abordagem se concentra na exploração do inconsciente e das experiências passadas para entender e resolver conflitos emocionais. Técnicas como a interpretação dos sonhos e a livre associação são comumente utilizadas. Terapia Humanista: Inclui abordagens como a Terapia Centrada no Cliente (desenvolvida por Carl Rogers) e a Terapia Gestalt. Esta perspectiva enfatiza a importância do autoatualização e da realização pessoal, com foco na experiência subjetiva e no potencial humano. Terapia Sistêmica: Utilizada principalmente em terapia de casal e familiar, esta abordagem se concentra nas interações e padrões dentro de sistemas relacionais, como famílias e casais, e como essas dinâmicas afetam o comportamento individual. Terapia Psicodinâmica: Derivada da psicanálise, esta abordagem se concentra nos processos inconscientes e nas experiências passadas, mas geralmente é mais breve e focada em problemas específicos do que a psicanálise tradicional. As abordagens psicológicas da segunda onda da psicologia são principalmente conhecidas por sua ênfase na terapia cognitivo-comportamental (TCC), que integra tanto os princípios do behaviorismo (primeira onda) quanto os elementos cognitivos. A segunda onda da psicologia focou na mudança de pensamentos disfuncionais e comportamentos mal-adaptativos através de intervenções estruturadas e baseadas em evidências. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) Aaron Beck: Desenvolveu a TCC focada na identificação e reestruturação de pensamentos automáticos negativos e crenças disfuncionais que contribuem para distúrbios emocionais e comportamentais. Estratégias: Reestruturação cognitiva, registro de pensamentos automáticos, exposição e prevenção de resposta, técnicas de resolução de problemas. Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC) Albert Ellis: Criou a TREC, enfatizando a identificação e alteração de crenças irracionais que levam a emoções e comportamentos disfuncionais. Modelo ABC: A (evento ativador) - B (crenças) - C (consequências emocionais e comportamentais), focando na mudança de B para alterar C. Terapia Cognitiva para Transtornos Específicos Michael Mahoney e outros: Aplicaram princípios cognitivos para tratar distúrbios específicos como ansiedade, depressão e fobias. Intervenções: Treinamento em habilidades sociais, exposição gradual, desensibilização sistemática. Modelo de Aprendizagem Social Albert Bandura: Introduziu a Teoria da Aprendizagem Social, que integra aspectos cognitivos e comportamentais, enfatizando a aprendizagem por observação e modelagem. Autoeficácia: Foco na crença de uma pessoa em sua capacidade de executar comportamentos específicos. Terapia de Solução de Problemas D'Zurilla e Goldfried: Desenvolveram a terapia de solução de problemas, que visa melhorar as habilidades de enfrentamento e resolução de problemas dos indivíduos. Etapas: Identificação do problema, geração de soluções alternativas, tomada de decisão, implementação e avaliação. Terapia de Reestruturação Cognitiva Donald Meichenbaum: Introduziu a terapia de reestruturação cognitiva, que combina técnicas cognitivas e comportamentais para modificar pensamentos disfuncionais. Treinamento de Autoinstrução: Técnicas para ajudar os indivíduos a controlar o autodiálogo e os pensamentos negativos. Terapia de Dessensibilização Sistemática Joseph Wolpe: Desenvolveu a dessensibilização sistemática, uma técnica baseada na exposição gradual a estímulos temidos enquanto se pratica técnicas de relaxamento. Hierarquia de Ansiedade. Criação de uma hierarquia de situações temidas para exposição progressiva. Terapia de Condicionamento Operante B.F. Skinner: Embora suas ideias sejam mais associadas à primeira onda, os princípios do condicionamento operante foram integrados à TCC para modificar comportamentos através de reforço e punição. Aplicações: Programas de reforço, economia de fichas, extinção de comportamentos indesejados. Terapia de Controle de Estímulos Nathan Azrin e outros: Desenvolveram técnicas de controle de estímulos para ajudar os indivíduos a modificar comportamentos através da manipulação dos estímulos ambientais. Intervenções: Identificação e modificação de estímulos que desencadeiam comportamentos indesejados. Terapia de Habilidades Sociais Gerald Patterson: Focou na terapia de habilidades sociais para melhorar a competência social e reduzir comportamentos problemáticos. Técnicas. Treinamento em habilidades de comunicação, assertividade e resolução de conflitos. Terapia de Ativação Comportamental Jacobson e colegas: Desenvolveram a terapia de ativação comportamental, uma abordagem que visa aumentar os comportamentos positivos e reduzir os comportamentos evitativos. Intervenções: Planejamento de atividades, monitoramento de atividades, identificação e superação de barreiras para a ativação. As terapias da terceira onda da psicologia, também conhecidas como terapias comportamentais contextuais, representam uma evolução das abordagens cognitivo-comportamentais tradicionais. Elas se concentram não apenas na mudança dos conteúdos dos pensamentos, mas também na forma como as pessoas se relacionam com seus pensamentos, emoções e experiências. Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)** Encoraja a aceitação das emoções e pensamentos sem tentar alterá-los ou eliminá-los. Técnicas de mindfulness são frequentemente utilizadas para ajudar os clientes a observar suas experiências internas sem julgamento. Encoraja ações que estejam alinhadas com os valores pessoais, mesmo na presença de emoções ou pensamentos desconfortáveis. Terapia Comportamental Dialética (DBT) Técnicas de mindfulness são usadas para aumentar a consciência e aceitação do momento presente. Ensina habilidades para compreender e gerenciar emoções intensas.Técnicas para lidar com a angústia e situações de crise sem recorrer a comportamentos destrutivos. Habilidades para melhorar a comunicação e a eficácia nas relações interpessoais. Terapia Baseada em Mindfulness (MBCT) Práticas formais de meditação para aumentar a consciência do momento presente e reduzir a reatividade automática aos pensamentos e emoções. Técnicas para ajudar os clientes a reconhecer e descrever seus pensamentos e sentimentos sem se envolver neles. Encoraja a prática contínua de mindfulness para prevenir a recaída em depressão e outros transtornos emocionais. Terapia Comportamental Analítica Funcional (FAP) Foco nos comportamentos que ocorrem na relação terapêutica (o comportamento clinicamente relevante). Uso de princípios de reforço positivo para promover mudanças comportamentais dentro da relação terapêutica. Ajuda os clientes a transferirem os comportamentos aprendidos na terapia para contextos externos. Terapia Comportamental Integrativa de Casal (IBCT) Foco na aceitação mútua e na compreensão empática das emoções e comportamentos do parceiro. Técnicas para aumentar a tolerância e reduzir a reatividade negativa nas interações do casal. Intervenções para promover comportamentos mais adaptativos e satisfatórios na relação. Psicoterapia Comportamental Positiva (PBT) Identificação e utilizaçãodos pontos fortes e recursos pessoais do cliente. Promoção de emoções positivas através de técnicas de gratidão, otimismo e resiliência. Ajuda os clientes a definir e perseguir objetivos significativos e congruentes com seus valores pessoais. Compassion-Focused Therapy (CFT) Técnicas para aumentar a autocompaixão e reduzir a autocrítica. Combinação de mindfulness com práticas de compaixão para lidar com a dor emocional. Exploração das três aflições emocionais principais (ameaça, impulso e afiliação) e como equilibrá-las. Estas técnicas terapêuticas da terceira onda se concentram em melhorar a flexibilidade psicológica, a aceitação e a relação dos indivíduos com suas experiências internas, promovendo uma vida mais plena e alinhada com seus valores pessoais. A análise da entrevista psicológica varia conforme a abordagem teórica adotada, pois cada escola de pensamento em psicologia possui suas particularidades sobre o processo de entrevista e seus objetivos. Cada abordagem orienta o terapeuta a adotar posturas e técnicas específicas para alcançar os objetivos terapêuticos alinhados à sua teoria Gestalt-terapia O processo de entrevista psicológica é focado na experiência presente do paciente, com ênfase na consciência, responsabilidade e autossuporte. Na Gestalt-terapia, a entrevista psicológica possui características particulares, refletindo a filosofia da abordagem, que valoriza a consciência, o aqui e agora, e a experiência do cliente. A relação entre as técnicas e os objetivos da entrevista é profundamente conectada à abordagem teórica da Gestalt, destacando a integralidade do ser e a promoção do autoconhecimento. Psicanálise Na psicanálise, a entrevista psicológica tem um caráter exploratório e visa acessar o inconsciente do paciente. Técnicas como a associação livre são utilizadas, e o entrevistador deve adotar uma postura não diretiva para permitir que o entrevistado fale livremente. O objetivo central é entender os conflitos internos e experiências passadas que moldam o comportamento atual do paciente. Cognitivo-Comportamental: A entrevista cognitivo-comportamental também é estruturada, mas foca tanto nos comportamentos quanto nos pensamentos e crenças do paciente. O objetivo é identificar distorções cognitivas que influenciam negativamente as emoções e os comportamentos. Técnicas como questionamento socrático e reestruturação cognitiva são utilizadas para explorar e modificar esses padrões disfuncionais. Humanista: Na abordagem humanista, a entrevista psicológica é centrada no cliente, com o objetivo de promover a autoexploração e o autoconhecimento. O terapeuta adota uma postura empática e não diretiva, criando um ambiente de aceitação incondicional. O foco está na experiência subjetiva do cliente, e técnicas como reflexões e perguntas abertas são usadas para facilitar a expressão pessoal. Na psicanálise Postura do analista: O analista adota uma postura de neutralidade, ouvindo o paciente de forma atenta e não diretiva, evitando julgamentos ou conselhos diretos. A ideia é permitir que o paciente sinta liberdade para falar sobre seus pensamentos, sentimentos e lembranças. Associação livre: O paciente é incentivado a falar sobre o que vier à mente, sem censura ou direção, o que permite que conteúdos inconscientes possam emergir. Através da fala livre, o analista busca identificar padrões, símbolos e resistências que revelam conflitos internos. Transferência: O analista observa o fenômeno da transferência, em que o paciente projeta sentimentos e atitudes inconscientes em relação ao analista, que muitas vezes estão ligados a figuras importantes do passado, como pais ou cuidadores. Interpretação: O analista interpreta os conteúdos trazidos pelo paciente, ajudando-o a compreender como os processos inconscientes influenciam suas emoções e comportamentos atuais. Essas interpretações são feitas de forma cuidadosa, respeitando o ritmo do paciente. Resistência: Ao longo do processo, o paciente pode demonstrar resistência ao abordar certos temas ou reconhecer determinadas emoções. O analista trabalha com essas resistências para ajudar o paciente a confrontar conteúdos que estão sendo reprimidos. Objetivo: O principal objetivo da entrevista psicanalítica é trazer à consciência os conflitos inconscientes do paciente, permitindo uma elaboração emocional e a resolução desses conflitos. O processo é geralmente longo, requer várias sessões e pode levar o paciente a uma maior compreensão de si mesmo e de suas dinâmicas internas. Na Gestalt-terapia Foco no "aqui e agora": A Gestalt prioriza o presente, buscando trazer à consciência o que o paciente está vivenciando no momento da entrevista. O terapeuta encoraja o paciente a se concentrar em suas sensações, sentimentos e pensamentos no presente, em vez de explorar o passado de forma extensiva. Aumentar a consciência sobre os sentimentos e comportamentos presentes. Durante a entrevista, o terapeuta incentiva o cliente a concentrar-se no que está acontecendo no momento, no que sente, pensa e faz agora. Perguntas como "O que você está sentindo agora?" ou "Como está seu corpo nesse momento?" são frequentes, pois a Gestalt-terapia enfatiza que a consciência plena do presente é essencial para o autoconhecimento. Diálogo autêntico: O terapeuta adota uma postura autêntica e igualitária, promovendo um diálogo aberto. O processo é colaborativo, e o terapeuta não se coloca como uma autoridade, mas como um facilitador do autoconhecimento e da autorregulação. Técnicas vivenciais: Durante a entrevista, o terapeuta pode utilizar técnicas como dramatizações, encenações ou explorações corporais para ajudar o paciente a experimentar seus sentimentos de forma concreta. O objetivo é aumentar a conscientização e promover o contato com as emoções reprimidas ou inacabadas. Experimentando diretamente suas emoções, como a técnica da cadeira vazia, onde o cliente encena um diálogo com uma pessoa ou parte de si mesmo. Isso ajuda o cliente a trazer sentimentos reprimidos à tona e lidar com eles. Conscientização e aceitação: A entrevista é voltada para aumentar a consciência do paciente sobre seus processos internos (sentimentos, pensamentos, comportamentos) e como eles afetam seu modo de agir no mundo. Não se trata de modificar diretamente esses processos, mas de aceitá-los e integrá-los. O cliente não apenas fala sobre seus problemas, mas vivencia-os no momento da entrevista, o que facilita o processo de conscientização e resolução de conflitos emocionais Responsabilidade: A Gestalt-terapia enfatiza a responsabilidade do paciente por suas escolhas e comportamentos. O terapeuta incentiva o paciente a perceber como ele próprio cria suas dificuldades e a reconhecer seu poder de mudança. Fenomenologia: O terapeuta busca compreender a experiência subjetiva do paciente, sem impor interpretações, valorizando o que o paciente sente, percebe e vivencia no momento. O objetivo final da entrevista na Gestalt é ajudar o paciente a integrar suas partes fragmentadas, aumentar a consciência de si mesmo e alcançar uma autorregulação mais saudável, atuando com mais autenticidade em sua vida cotidiana. O terapeuta adota uma postura autêntica e transparente, evitando a autoridade ou o papel de especialista. Em vez de interpretar o que o cliente diz, o terapeuta faz perguntas que incentivam a autoconsciência e a autorregulação do cliente. O cliente sente-se mais à vontade para explorar suas próprias respostas e descobrir soluções por si mesmo, o que promove a autonomia e o autossuporte. Promover a responsabilidade do cliente por suas escolhas e ações. A Gestalt-terapia incentiva o cliente a reconhecer e assumir responsabilidade por seus sentimentos e comportamentos. O terapeutapode usar perguntas como "O que você está fazendo?" ou "Como você está contribuindo para essa situação?" para ajudar o cliente a perceber sua própria agência. Isso ajuda o cliente a deixar de se ver como vítima das circunstâncias e assumir o controle sobre suas escolhas e mudanças. Aumentar a percepção corporal como uma forma de acessar emoções reprimidas. A Gestalt utiliza técnicas de conscientização corporal, onde o terapeuta pede ao cliente para prestar atenção às sensações físicas, posturas ou tensões. Essa exploração das sensações corporais pode revelar emoções ou conflitos que ainda não foram verbalizados. O corpo é visto como uma porta de entrada para sentimentos inconscientes. Ao prestar atenção ao corpo, o cliente se torna mais consciente de suas emoções e das formas como as reprime ou expressa. Ajudar o cliente a integrar diferentes partes de si mesmo que estão desconectadas ou em conflito. A Gestalt frequentemente trabalha com polaridades (por exemplo, a parte que deseja mudar versus a parte que resiste à mudança). Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) A entrevista é planejada e direcionada. O terapeuta começa explicando o formato da sessão, o foco no comportamento atual e os objetivos terapêuticos. Isso cria um ambiente organizado e previsível. Identificação de comportamentos-alvo: O terapeuta faz perguntas diretas e objetivas para identificar comportamentos problemáticos que o paciente deseja mudar. Essas perguntas incluem quando, onde e como os comportamentos ocorrem, além de fatores desencadeantes e consequências associadas. Avaliação funcional: O terapeuta realiza uma análise funcional do comportamento, investigando a relação entre estímulos (situações que desencadeiam o comportamento), respostas (o comportamento propriamente dito) e consequências (os resultados do comportamento). O objetivo é entender os padrões de reforço e punição que mantêm o comportamento. Metas terapêuticas: Junto com o paciente, o terapeuta define metas claras e específicas relacionadas aos comportamentos-alvo. As metas são mensuráveis e viáveis, visando a modificação de comportamentos desadaptativos e o desenvolvimento de habilidades adaptativas. Planejamento de intervenção: Baseado na avaliação funcional, o terapeuta sugere intervenções comportamentais específicas, como técnicas de reforço positivo, dessensibilização sistemática ou treino de habilidades sociais. O plano é compartilhado e ajustado conforme necessário. Monitoramento e feedback: O terapeuta coleta dados ao longo do processo terapêutico, avaliando o progresso em relação às metas estabelecidas. Durante as entrevistas subsequentes, é fornecido feedback contínuo ao paciente, e ajustes nas intervenções são feitos conforme necessário. O objetivo da TCC Comportamental é modificar os padrões de comportamento desadaptativos, utilizando técnicas baseadas em princípios de aprendizado, como o reforço e a modelagem, sempre de maneira estruturada e focada em resultados práticos. Na abordagem humanista Postura do terapeuta: O terapeuta adota uma postura não diretiva, empática e autêntica. Ele se coloca como um facilitador do processo de autodescoberta, sem impor interpretações ou direcionar o curso da entrevista. Enfoque no cliente: A ênfase está na experiência subjetiva do cliente. O terapeuta valoriza o que o cliente sente e pensa, encorajando-o a expressar suas emoções e percepções com total liberdade. Aceitação incondicional: O terapeuta oferece aceitação incondicional, criando um ambiente de segurança emocional onde o cliente se sente livre de julgamentos. Essa aceitação permite que o cliente explore seus sentimentos mais profundos sem medo de rejeição. Escuta ativa: Durante a entrevista, o terapeuta pratica a escuta ativa, refletindo o que o cliente diz para garantir que ele se sinta compreendido. Isso pode incluir reformulações e reflexões sobre as emoções expressas, ajudando o cliente a esclarecer e explorar melhor seus próprios pensamentos. Foco no presente e na experiência: Embora aspectos do passado possam ser discutidos, o foco principal é no presente e na experiência imediata do cliente. O terapeuta estimula a pessoa a se concentrar no "aqui e agora", buscando compreender como as suas percepções atuais afetam seu bem-estar. Autonomia e responsabilidade: A abordagem humanista enfatiza que o cliente tem dentro de si os recursos necessários para crescer e se autorrealizar. O terapeuta ajuda a promover essa autonomia, incentivando o cliente a assumir a responsabilidade por suas escolhas e a confiar em sua capacidade de autossuporte. O objetivo final da entrevista na abordagem humanista é facilitar o processo de crescimento pessoal e a autorrealização do cliente, permitindo que ele se torne mais consciente de suas emoções, pensamentos e potencial, e viva de maneira mais autêntica e plena. Em resumo, a relação entre técnicas e objetivos da entrevista psicológica depende fortemente da abordagem teórica adotada, variando desde a exploração do inconsciente até a modificação de comportamentos e crenças. Cada abordagem orienta o terapeuta a adotar posturas e técnicas específicas para alcançar os objetivos terapêuticos alinhados à sua teoria. O normal e o patológico tem sido presente na construção política da psicologia no Brasil, assim como a reflexão acerca das perspectivas monista e dualista de entendimento do ser humano, no que se refere ao binômio mente/corpo. Nesse sentido, o que significa apresentar saúde mental? Saúde mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não se define apenas pela ausência de transtornos mentais, mas também pela presença de fatores positivos, como o bem-estar emocional, a capacidade de enfrentar desafios e estresses do dia a dia, a construção de relacionamentos saudáveis e o ser produtivo em atividades cotidianas. Uma pessoa com boa saúde mental é capaz de gerenciar emoções de forma saudável e equilibrada. Lidar com o estresse e dificuldades, sem que estes a impeçam de seguir com suas responsabilidades. Manter relacionamentos saudáveis e colaborativos. Sentir-se satisfeita com sua vida e realizações. A saúde mental está em constante mudança, influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, e pode ser promovida com práticas de autocuidado, apoio social e busca de ajuda profissional, quando necessário. Assim, o foco está não apenas na prevenção de doenças, mas na promoção do bem-estar integral. Identifiquem e compreendam as diferentes características e fatores que influenciam a saúde mental, promovendo uma visão integrada sobre o conceito. Discussão em Grupo: Características da Saúde Mental. Cada grupo discutir e listar características que eles acreditam ser essenciais para definir uma boa saúde mental. Quais são os sinais de uma boa saúde mental? O que contribui para uma saúde mental positiva? Quais são os fatores que podem prejudicar a saúde mental? As características podem ser relacionadas a aspectos emocionais, sociais, cognitivos e comportamentais. Podem dividir as características em categorias como: • Emocional (ex.: regulação emocional, controle da ansiedade) • Cognitivo (ex.: clareza de pensamento, tomada de decisão) • Social (ex.: qualidade dos relacionamentos, apoio social) • Comportamental (ex.: hábitos saudáveis, rotina equilibrada) Formulem perguntas que gostariam de direcionar a profissionais formados em psicologia, que atuem na área da saúde, com o objetivo de melhor conhecerem suas práticas e posteriormente realizarem entrevistas com os mesmo AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. ADELAIDE FELIX Instagram: adelaiidefelix E-mail: adelaide.felix@outlook.com PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 02: ALGUMAS TEORIASDA PSICOLOGIA. A PSICOLOGIA NO BRASIL. A INTERSEÇÃO ENTRE A PSICOLOGIA E O DIREITO 33 image2.jpg image3.jpeg image4.png image5.jpg image6.png image1.jpg