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Aula 03 - Filósofos pré-socráticos

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13/03/2013 
1 
Os pré-socráticos: a 
unidade e a multiplicidade 
Universidade Estácio de Sá 
Disciplina: Filosofia 
Professora: Liana Ximenes 
 
Pré-Socráticos 
 Termo que designa, na história da 
filosofia, os primeiros filósofos 
gregos anteriores a Sócrates 
(sécs VI-V a.C.). 
 Também denominados fisiólogos por 
se ocuparem com o conhecimento do 
mundo natural (physis). 
(Japiassú e Marcondes, 
2001) 
Surgimento do Pensamento 
Filosófico 
 O pensamento filosófico nasce 
basicamente de uma insatisfação 
com o tipo de explicação do real 
que encontramos no pensamento 
mítico. 
 A explicação do pensamento mítico 
está ligada ao sobrenatural, ou 
seja, exatamente aquilo que não 
se pode explicar, na 
impossibilidade do conhecimento. 
(Marcondes, 2002) 
Contexto Histórico 
 Perda de poder do pensamento mítico 
resultam de um longo período de 
transição e de transformação da 
sociedade grega. 
 Decadência da civilização micênico-
cretense da Grécia, por volta do século 
XII a.C. 
◦ uma estrutura baseada em uma monarquia 
divina em que a classe sacerdotal tinha 
grande influencia. 
◦ Poder político era hereditário 
◦ Economia agrária 
◦ Aristocracia militar 
(Marcondes, 2002) 
Contexto Histórico – condições 
favoráveis para surgimento da filosofia 
 Invasão das tribos dóricas vindas 
provavelmente da Ásia Central, em 
torno de 900 a 750 a.C, começaram a 
surgir as cidades –Estado. 
 Pólis – cidade-Estado grega 
◦ Participação política mais ativa dos 
cidadãos 
 Religião tem seu papel reduzido 
 Surgimento de uma nova ordem 
econômica baseada em atividades 
comerciais e mercantis. 
 
 (Marcondes, 2002) 
Contexto histórico 
 Filosofia grega não surgiu no continente 
grego, mas nas colônias gregas no 
Mediterrâneo Oriental, no mar Jônico. 
 Estas colônias, dentre as quais destacam-se 
Mileto e Éfeso, foram importantes postos 
comerciais. 
 Por este motivo, nessas cidades conviviam 
diferentes culturas e de forma harmoniosa. 
 Interesses comerciais motivavam maior 
tolerância entre os povos 
 Pluralismo cultural 
 Presença de diversas línguas, tradições, 
culturas e mitos 
(Marcondes, 2002) 
13/03/2013 
2 
Mapa da Grécia Antiga Jônia – Escola de Mileto 
 
 
Características Gerais da 
filosofia dos Pré-
Socráticos 
Physis 
 Buscam explicação do mundo natural (physis 
- natureza). 
 Primeiros filósofos foram também chamados 
de physiólogos (estudiosos ou teóricos da 
natureza) 
 Naturalismo 
◦ Explicações baseadas em causas naturais. 
◦ Objeto de investigação dos primeiros filósofos 
é o mundo natural. 
◦ Teorias buscam dar uma explicação causal dos 
fenômenos naturais a partir de causas puramente 
naturais. 
◦ Causas encontradas na natureza, no mundo 
concreto e não em um mundo sobrenatural. 
 
Causalidade 
 Apelo a noção de causalidade 
 Estabelecimento de uma conexão causal 
entre os fenômenos naturais. 
 Cada fenômeno pode ser tomado como 
efeito de uma nova causa, o que poderia 
levar uma causa anterior até o infinito. 
 Para evitar que isso aconteça, ocorre a 
necessidade de se estabelecer uma causa 
primeira 
◦ um primeiro princípio, ou conjunto de 
princípios, que sirva de ponto de partida 
para todo o processo racional. 
 
Arché 
 Princípio material constitutivo de 
todas as coisas; princípio 
substancial, substância primordial. 
 Elemento primordial, que dá unidade 
a natureza.Origem. 
 Tentativa de explicação da realidade 
num sentido mais profundo, 
estabelecendo um princípio que 
permeie toda a realidade, e que de 
certa forma a unifique. 
 
 
13/03/2013 
3 
Arché 
Filósofo Arché 
Tales de Mileto Água 
Anaximandro de Mileto Apeiron (um princípio abstrato 
significando algo de ilimitado, 
indefinido) 
Anaxímenes de MIleto Ar 
Heráclito de Éfeso Fogo 
Demócrito átomo 
Logos 
 Logos – significa discurso 
 Logos difere fundamentalmente de mythos 
(narrativa de caráter poético que recorre aos 
deuses e ao mistério na explicação do real). 
 Logos – Discurso racional, argumentativo, em 
que as explicações são justificadas e 
sujeitas à crítica e a discussão. 
 Pressupostos básicos dos primeiros filósofos: 
◦ Correspondência entre a razão humana e a 
racionalidade do real. 
◦ Possibilitando discurso racional sobre o real. 
Caráter crítico 
 Teorias não eram apresentadas como 
verdades absolutas e definitivas 
(dogma), e como passíveis de serem 
discutidas. 
 Ideias sempre abertas à discussão, a 
reformulação, as correções. 
 A única exigência é que as 
propostas diferentes pudessem ser 
justificadas, explicadas e 
fundamentadas pelos autores. 
 Tradição dogmática é substituída 
por tradição crítica. 
Caráter crítico 
 Crítica – exame ou julgamento de 
teses. 
◦ Característica que marca a relação 
entre os primeiros filósofos e, 
mesmo, a própria filosofia, 
perdurando como característica na 
relação entre os filósofos até hoje. 
 
Obra dos filósofos pré-
socráticos 
 Suas obras se perderam na 
Antiguidade, e só a conhecemos 
por meios indiretos. 
 Em alguns casos, é possível que 
não tenha obra escrita. 
 Tradição filosófica grega 
valorizava mais a linguagem oral 
Escola de Mileto 
 Tales de Mileto 
 Anaximandro de Mileto 
 Anaxímenes de Mileto 
13/03/2013 
4 
Tales de Mileto 
 Citado por Aristóteles, no livro I da 
Metafísica como primeiro filósofo grego. 
 Explicou a realidade natural a partir 
dela mesma, sem recorrer ao 
sobrenatural. 
 Formulou a doutrina da água como 
elemento primordial, princípio 
explicativo de todo processo natural. 
 Caráter crítico –admitiu e incentivou 
seus discípulos desenvolvessem outros 
pontos de vista. 
Anaximandro de Mileto 
 Principal discípulo e sucessor de 
Tales. 
 Propôs o apeiron (ilimitado ou 
indeterminado). 
 Esforço na direção de uma 
explicação mais abstrata ou 
genérica do real. 
Anaxímenes de Mileto 
 Provavelmente discípulo de 
Anaximandro. 
 Adotou o ar (pneuma) como arché. 
 O ar é incorpóreo e se encontra 
em toda a parte. 
 Pode ser visto como uma tentativa 
de encontrar, em um elemento de 
caráter invisível e incorpóreo, 
uma explicação abstrata da 
realidade. 
 
Heráclito de Éfeso 
 Considerado, juntamente com os 
atomistas, o maior representante do 
Mobilismo (concepção segundo a 
realidade natural se caracteriza 
pelo movimento, todas as coisas 
estando em fluxo). 
 Famosa frase atribuída a Heráclito: 
“Panta rei” (Tudo passa). 
 Concebeu o fogo como o princípio 
eterno que causa a mudança. 
◦ Fogo - elemento do qual deriva tudo o 
que nos circunda. 
 
 
 
Heráclito de Éfeso 
 Considerado o filósofo do devir, do vir-
a-ser, do movimento, o grego (nascido em 
Éfeso). 
 Filósofo melancólico e obscuro, de 
estilo oracular. 
 O universo muda e se transforma 
infinitamente a cada instante. 
 A substância única do cosmo é um poder 
espontâneo de mudança e se manifesta 
pelo movimento. 
 Tudo é movimento: 'Panta rei", isto é, 
"tudo flui", nada permanece o mesmo. As 
coisas estão numa incessante mobilidade. 
(Japiassú e Marcondes, 
2001) 
Heráclito de Éfeso 
 E a verdade se encontra no devir, não no 
ser: "Não nos banhamos duas vezes no 
mesmo rio.“ 
 E a unidade da variedade infinita dos 
fenômenos é feita pela "tensão oposta 
dos contrários". "Tudo se faz por 
contraste", declarou. "Da luta dos 
contrários é que nasce a harmonia." 
 Se nossos sentidos fossem bastante 
poderosos. veríamos a universal 
agitação. Tudo o que é fixo é ilusão. A 
imortalidade consiste em nos 
ressituarmos no fluxo universal. 
 
(Japiassú e Marcondes, 
2001) 
13/03/2013 
5 
Heráclito de Éfeso 
 O pensamento humano deve participar 
do pensamento universal imanente ao 
universo. E o princípio unificador 
que governa o mundo é o logos. 
 Logos – principio unificador do real 
e da racionalidade do cosmo. 
 Tudo é movimento, tudo está em 
fluxo, mas a realidade possui uma 
unidade básica, uma unidade na 
pluralidade. 
 
EscolaPitagórica 
 Principal representante - 
Pitágoras, originário de Samos, 
emigrou para a Itália. 
◦ Trata-se de uma figura misteriosa ou 
quase lendária. 
 Representa a presença de 
elementos místicos ou religiosos 
ao pensamento filosófico. 
 Grande tradição na Antiguidade. 
 
Escola Pitagórica 
 "O número é tudo", isto é o 
"número era a substância de todas 
as coisas". 
 Os números eram a base de todos 
os fenômenos físicos. 
 Ex: constelação no céu podia ser 
caracterizada não só pela sua 
forma geométrica como também pelo 
número de estrelas. 
Escola Pitagórica 
 Teoria da harmonia musical – 
concepção pitagórica de que há uma 
proporção ideal em todo o universo 
que se reflete na concepção da 
escala musical. 
 Essa mesma concepção, que busca um 
princípio geométrico de proporção 
como representante da harmonia 
cósmica, é encontrado na arquitetura 
grega, escultura e até na ginástica 
e no culto ao físico. 
Escola Pitagórica 
 O numero é o elemento básico 
explicativo de toda a realidade. 
 Pitagóricos tiveram grande 
importância no desenvolvimento da 
matemática grega, principalmente 
na geometria. 
Escola Pitagórica 
 De acordo com os pitagóricos, sob 
aparência do monismo dos números, 
encontra-se a dualidade 
constitutiva do Cosmo por meio de 
uma tabela de oposições. 
13/03/2013 
6 
Parmênides e a escola Eleata 
 Era de Eléia, cidade-estado 
situada na região ao sul da 
Itália. 
 Eleatismo - doutrina, geralmente, 
associada aos nomes de Parmênides 
e Zenão, que defende que o que é 
verdadeiramente é uno, eterno e 
em repouso. 
 O movimento e a multiplicidade 
são da ordem das aparências. 
 
Parmênides 
 Parmênides representa, face a Heráclito, o 
outro pólo do pensamento humano. 
 Para ele, é a mudança e o movimento que são 
ilusões. 
 O devir não passa de uma aparência. 
 São nossos sentidos que nos levam a crer no 
fluxo incessante dos fenômenos. 
 O que é real é o Ser único, imóvel, 
imutável,eterno e oculto sob o véu das 
aparências múltiplas. 
 "O Ser é, o não-ser não é", quer dizer: o 
ser eterno. substância permanente das coisas. 
por conseguinte, imutável e imóvel, é o 
único que existe. 
 
Zenão 
 Um dos mais famosos filósofos pré-
socráticos. 
 Zenão de Eléia defendia a filosofia 
monista e era contra a noção de 
movimento. 
 Zenão inventou os paradoxos (para = 
contra; doxa = opinião), que 
permitiam a ele refutar as teses 
apresentadas como meras opiniões, 
vias do não ser, características das 
confusões causadas pela percepção 
humana. 
 
Paradoxos de Zenão 
 Um dos exemplos clássicos dos paradoxos de Zenão 
é o da corrida entre Aquiles (o herói mais veloz 
da mitologia grega) e a tartaruga. 
 Segundo Zenão, numa disputa entre os dois, se 
fosse dada uma pequena vantagem à tartaruga, 
Aquiles jamais a alcançaria. 
 Isso porque se o espaço é divisível ao infinito 
(observe os divisores de uma régua, por exemplo), 
Aquiles sempre deveria passar por um ponto 
dividido entre o infinito e o ponto de partida, 
impossibilitando o movimento. 
 Isso significa que em tempo finito, jamais alguém 
poderá percorrer uma distância infinita. 
Paradoxo da flecha imóvel 
 A Flecha: Se todas as coisas estão em 
repouso ou em movimento, quando elas 
ocupam um lugar no espaço igual a si 
mesmas e se elas se movem num instante 
de tempo, por exemplo, uma flecha em 
movimento está em repouso. 
 Em qualquer parcela de tempo, não há, ou 
presumimos que não haja diferença 
física entre uma flecha em movimento e 
uma flecha em repouso. 
 Portanto, para Zenão, a exemplo de seu 
mestre Parmênides, o movimento não pode 
existir. 
Anaxágoras 
 Viveu em Atenas. 
 Concebeu a realidade como composta de uma 
multiplicidade infinita de elementos a que 
denomina de homeomerias. 
 Para ele, em cada coisa há uma partícula de 
todas as demais, o que permite explicar que a 
vida ocorra por meio de uma transformação 
permanente. 
 Nous (espírito) – causa da existência do cosmo. 
◦ Anaxágoras foi um dualista, pois acrescentou o 
"nous" - espírito ou inteligência - aos elementos 
físicos que compõem a realidade. 
◦ “Nous" é o organizador e a causa de todas as 
coisas. 
 
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7 
Empédocles 
 É conhecido por sua doutrina dos 
quatro elementos (fogo, água, 
terra e ar), que de certa maneira 
procura sintetizar a doutrina de 
pensadores anteriores sobre os 
elementos primordiais. 
 Esses elementos são vistos como 
raízes de todas as coisas, e de 
sua combinação resulta 
pluralidade do mundo natural. 
Escola Atomista 
 A escola dos Atomistas foi iniciada 
por Leucipo (meados do século V a.C.), 
e supunha que a matéria seria 
constituída por átomos e vácuo. 
 Demócrito desenvolveu o atomismo, uma 
das doutrinas pré-socráticas de maior 
influência de toda a Antiguidade. 
 A doutrina atomista sustenta que a 
realidade consiste em átomos e no vazio, 
os átomos se atraindo e se repelindo, e 
gerando com isso os fenômenos naturais e 
o movimento. 
Atomismo 
 A atração ou repulsão dos átomos 
dependem de suas formas 
geométricas. 
 Átomos de formas geométricas 
semelhantes se atraem e átomos de 
formas diferentes se repelem. 
 Átomos são imperceptíveis e 
existem em número infinito. 
 Todos os átomos são constituídos 
por uma mesma substância. 
Conceitos importantes 
 Unidade 
 Multiplicidade 
 Monismo 
 Dualismo 
 Pluralismo 
 Mobilismo 
 Repouso 
 
Unidade 
 Qualidade do que é único e 
uniforme; 
 Qualidade do que não pode ser 
dividido; 
 homogeneidade, identidade, 
uniformidade; 
 qualidade de um todo complexo 
formado por partes, caráter do 
que é uno, dentre outras 
concepções. 
Multiplicidade 
 Qualidade daquilo em que se 
reconhece grande número de partes 
ou exemplares constituintes; 
 qualidade de multíplice. 
 
13/03/2013 
8 
Monismo 
 Doutrina filosófica segundo a qual o 
conjunto das coisas pode ser 
reduzido à unidade, quer do ponto de 
vista da sua substância (e o monismo 
poderá ser um materialismo ou um 
espiritualismo), quer do ponto de 
vista das leis (lógicas ou físicas) 
pelas quais o Universo se ordena (e 
o monismo será lógico ou físico). 
 Monismo é qualquer doutrina baseada 
na premissa de um único princípio 
subjacente. 
Dualismo 
 Doutrina filosófica segundo a qual o 
conjunto das coisas pode ser 
reduzido à dualidade. 
 Dualismo é uma concepção filosófica 
do mundo baseada na presença de dois 
princípios ou duas substâncias ou 
duas realidades opostas e 
inconcilíaveis, irredutíveis entre 
si e incapazes de uma síntese final 
ou recíproca subordinação. 
Pluralismo 
 Doutrina filosófica segundo a 
qual o conjunto das coisas só 
pode ser explicado à partir de 
mais de dois princípios, quer do 
ponto de vista da sua substância, 
quer do ponto de vista das leis 
(lógicas e físicas) pelas quais o 
Universo se ordena. 
 
Mobilismo x Repouso 
 Mobilismo - Doutrina filosófica 
segundo a qual tudo está em 
constante movimento, devir. 
◦ Geralmente, associada a Heráclito 
como seu fundador. 
 Repouso – imobilidade; negação do 
movimento. 
Escola Filósofos Características 
Escola de Mileto 
Naturalismo 
Tales de Mileto (585 a.C) Arché: água 
Anaximandro de Mileto (610-547 a.C) Arché: Apeiron 
Anaxímes de Mileto (585-528 a.C) Arché: Ar 
Escola Jônica – 
Heráclito e filósofos 
da Escola de Mileto 
Heráclito de Éfeso (500 a.C) Arché: Fogo 
Filósofo do devir, do movimento 
Mobilismo 
Escola Pitagórica Pitágoras de Samos (530 a.C) "Número era a substância de todas 
as coisas". 
Escola Eleata ou 
Eleática 
Parmênides de Eléia (500 a.C) O que é real é o Ser único, imóvel, 
imutável. 
Zenão de Eléia (464 a.C) Defendia movimento 
Paradoxos de Zenão 
Anaxágoras de Clazômena (500-428 a.C) Realidade composta de uma 
multiplicidade infinita de elementos 
(homeomerias). 
Nous- espírito, causa da existência do 
cosmo 
Empédocles de Agrigento (450 a.C) Quatro elementos (fogo, água, 
terra e ar);Pluralidade 
Escola Atomista Leucipo de Abdera 
Demócrito de Abdera 
(460 e 370 a.C) 
Realidade consiste em átomos e no 
vazio, os átomos se atraindo e se 
repelindo.

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