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EENNFFEERRMMAAGGEEMM EEMM DDOOEENNÇÇAASS TTRRAANNSSMMIISSSSÍÍVVEEIISS http://materialenfermagem.blogspot.com 1. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.............. 02 2. Doenças Preveniveis por vacina .. ........................................ 12 3. Doenças Veiculadas pela Água e por Alimentos ................... 25 4. Doenças Transmitidas por Vetores ....................................... 31 DOENÇAS TRANSMISSIVEIS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST), antigamente chamadas de doenças venéreas, são aquelas que você adquire ao ter contato sexual (vaginal, oral ou anal) com alguém que já tenha DST. AS DST’S SE DIVIDEM EM DOIS GRUPOS: 1. LESÃO GENITAL ( Ex. Sífilis , Cancro mole, linfo-granuloma venéreo, e Granuloma inguina); 2. INFECÇÃO PURULENTA (Ex. Gonorréia , Uretrites , Vaginites e Inflamações do Colo do Útero atribuíveis ao contato sexual ). * AGENTE ETIOLÓGICO: Gonococo Neisseria gonorrheae. * TRANSMISSÃO : 1. Contato Sexual com parceiro contaminado (a). 2. No parto , caso a mãe esteja infectada. 3. É através de contaminação indireta , com utilização de artigos de uso íntima pessoa contaminada. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO : - De 2 à 4 dias, podendo chegar a 10 dias, em casos raros à 30 dias. * SINTOMAS : ♦ NO HOMEM: 1. Ardência na micção; 2. Disúria,acompanhada de febre baixa; 3. Aparecimento de corrimento amarelado e purulento saindo da uretra . ♦ NA MULHER: 70% são assintomática, nas sintomáticas podem surgir disúria , podendo ocorrer incontinência urinária, e corrimento vaginal. * DIAGNÓSTICO : - Análise Clínica, mais exame bacteriológico e Cultura se necessário. * TRATAMENTO : Uso de antibióticos, como: Ciprofloxacino, azitromicina, Ceftriaxonia ( dose única). I - DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) E AIDS I - GONORRÉIA A SÍFILIS é uma doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. * AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum * TRANSMISSÃO: A transmissão é essencialmente sexual ou materno-fetal, podendo produzir, respectivamente, a forma adquirida ou congênita da doença. * SINAIS E SINTOMAS: ● SÍFILIS PRIMÁRIA : CANCRO DURO classicamente caracteriza-se pela presença de lesão rosada ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa, com base endurecida, fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa. A lesão aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o contato infectante. Podendo ocorrer também linfonodomegalia. ● SÍFILIS SECUNDÁRIA : Geralmente caracteriza-se pela presença de lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas, após 6 a 8 semanas do aparecimento da sífilis primária (cancro duro). ● SÍFILIS TERCIÁRIA : Os sinais e sintomas geralmente ocorrem após 3 a 12 anos de infecção, principalmente por lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas), neurológicas ("tabes dorsalis", demência), cardiovasculares (aneurisma aórtico) e articulares (artropatia de Charcot). * DIAGNÓSTICO : - VDRL. * TRATAMENTO : Tratamento é a base de antibiótico (Penicilina). * AGENTE ETIOLÓGICO: Trichomonas vaginalis. * TRANSMISSÃO : •••• Contato sexual; •••• Uso em vasos sanitário mau higienizados. •••• Roupas íntimas e toalhas compartilhadas. II - SIFILIS III – TRICOMONIASE * PERÍODO DE INCUBAÇÃO : - De 10 à 30 dias em média . * SINAIS E SINTOMAS : ● NA MULHER: Disúria, ardência na micção, corrimento (abundante, fétido, de cor amarelada esverdeada), prurido, vaginite e pontos de hemorrágicos na mucosa vaginal interna e cérvix . ● NO HOMEM: Geralmente é assintomática, mas pode ocorrer quadro agudo de infecção genital (uretrites). * DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é feito pela observação do parasita ao microscópio óptico em amostras do liquido de corrimento. Os tricomonas têm movimentos "aos tropeções" caracteristicos. * TRATAMENTO: O tratamento é com Metronidazol. Ambos os parceiros devem tomar o fármaco simultaneamente, de outro modo a infecção recorrerá já que não há imunidade. * AGENTE ETIOLÓGICO: Haemophylus ducreyi. * TRANSMISSÃO : - RELAÇÃO SEXUAL (contato com órgãos sexuais ou a secreção vaginal ou sêmen na relação vaginal, oral ou anal); * PERÍODO DE INCUBAÇÃO: - Entre um dia e duas semanas em média . * SINAIS E SINTOMAS: ULCERAÇÃO (FERIDA) DOLOROSA, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca , língua e garganta. Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, freqüentemente múltiplas. Em alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária). IV – CANCRO MOLE * DIAGNÓSTICO: - Exame direto bacteriológico, cultura. * TRATAMENTO: Uso de antibióticos, o mais utilizado é Eritromicina, Ciprofloxacino, Sulfametoxazol. Conhecido como : Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital. * AGENTE ETIOLÓGICO : A infecção é causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses). * TRANSMISSÃO : Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração o vírus pode ser transmitido. Eventualmente uma criança pode ser infectada pela mãe doente, durante o parto. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO : - Semanas a anos. * SINAIS E SINTOMAS : Ocorrem lesões papilares as quais, ao se fundirem, formam massas com o aspecto de couve-flor. Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos podem ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal. * DIAGNÓSTICO : - Penoscopia. * TRATAMENTO: Local (cáusticos, quimioterápicos, cauterização). As recidivas (retorno da doença) são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado. Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente. A infecção do vírus HIV no hospedeiro humano. HIV ( VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA) * TIPOS: - HIV-1 (mais virulento , mundo inteiro) - HIV-2 ( Endêmico na África Ocidental, Índia e Portugal) V – CONDILOMA / HPV VI – AIDS * CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA Uma suscetibilidade à infecção por patógenos oportunistas ou pela ocorrência de uma forma agressiva de sarcoma de Kaposi , acompanhada da diminuição acentuada do número de linfático TCD4. * MEIOS DE INFECÇÃO - Transferência de fluidos orgânicos feitos por meio de contato sexual, sanguineo, receptores de sangue ou hemoderivados não testados , usuários de drogas injetáveis , parto ,leite materno. FORMAS CLÍNICAS DA INFECÇÃO PELO HIV: � INFECÇÃO AGUDA: Gripe, altos títulos de vírus no sangue periférico, queda nos altos níveis de células, CD4, sono conversão ( produção de anticorpos) � FASE ASSINTOMÁTICA: Resposta Imune adaptativa controla a doença , restaura níveis de células TCD4; não erradica o vírus. � FASE SINTOMÁTICA: Queda progressiva do número de células TCD4 (500 células/ml) , o portador apresenta sinais e sintomas inespecíficos e de menor gravidade. � AIDS: Queda crítica do s níveis de células TCD4(200 células/ml), , instalação de infecções oportunistas e cânceres de maior gravidade ( ex.: Cândida , Mycobacterium tuberculosis,sarcoma de Kaposi, herpes) * MANIFESTAÇÕES: De 2 a 4 semanas *SINTOMAS: Febre , mal-estar , linfadenopatia, eritemas, perda de peso, diarréia, sudorese noturno. * DIAGNÓSTICO:Teste de Elisa, westwrn blot, Pcr. * TRATAMENTO: AZT , nervirapina, dilavirdina , nelfinavir. * PREVENÇÃO : Preservativo. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Este período pode oscilar entre 6 meses a dois anos ( entretanto a literatura registra de até 10 anos). * PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Ocorre desde a infecção até óbito. O agente causador dessa DST é a Chlamydia trachomatis, e seu período de incubação pode ser de 7 a 30dias. VII – LINFOGRANULOMA VENÉREO � SINAIS E SINTOMAS: O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Essa lesão é passageira e não é facilmente identificada pelos pacientes. Após a cura da lesão primária, que acontece geralmente entre duas a seis semanas, surge um inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas , denominada bubão. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus. � FORMAS DE CONTÁGIO A transmissão do linfogranuloma venéreo se dá por via sexual. � PREVENÇÃO Uso do preservativo em todas relações sexuais e higienização dos órgãos genitais após o ato sexual. � TRATAMENTO Consiste no tratamento das feridas. São utilizados medicamentos à base de antibióticos que, entretanto, não revertem seqüelas, tais como o estreitamento do reto e a elefantíase dos órgãos sexuais. Quando necessário, também é feita a aspiração do bubão inguinal. O parceiro também deve ser tratado. ECTOPARASITOSE conhecida há séculos, a pediculose do púbis é causada pelo Phthirus pubis, um piolho pubiano. É para alguns autores a mais contagiosa das doenças sexualmente transmissíveis. � SINAIS E SINTOMAS: Os sintomas surgem de uma a duas semanas após a infestação ou em menor tempo, se o paciente apresentou infestação prévia pelo piolho. O piolho adulto e as lêndeas são encontrados fixados aos pêlos pubianos e também nas regiões pilosas do abdômen inferior, coxas e nádegas. Ocasionalmente, o piolho adulto pode ser encontrado nas axilas, pálpebras e supercílios. COCEIRA INTENSA é a principal queixa do paciente. Lesões de urticária, bolhas e manchas azuladas podem ocorrer após as picadas dos piolhos. VIII – PEDICLOSE PUBIANA � FORMAS DE CONTÁGIO: Transmite-se por meio do contato sexual, mas pode ser veiculada por meio de vestuário, roupas de cama e toalhas. � PREVENÇÃO: Evitar contato com os piolhos e das lêndeas aderidos aos pêlos. Boa higiene corporal. � TRATAMENTO: Os produtos e esquemas usados para o tratamento da escabiose também são eficazes no tratamento da pediculose pubiana. Não é necessário depilar a região. Quando utilizados corretamente, os medicamentos empregados topicamente apresentam toxicidade quase nula. Devem ser aplicados nas áreas afetadas, em duas aplicações, com intervalo de sete dias entre uma e outra. Na primeira aplicação, eliminam-se todos os insetos adultos e na segunda, os que ainda não são capazes de reprodução. A aplicação deve incluir, além da região pubiana, as áreas das coxas, tronco e axilas. Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV), conhecida anteriormente como soro-homóloga. O agente etiológico é um vírus DNA, hepatovírus da família Hepadnaviridae, podendo apresentar-se como infecção assintomática ou sintomática. Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Varia de 30 a 180 dias (média de 70 dias). * FORMAS DE HEPATITE B: ■ HEPATITE B AGUDA: A evolução de uma hepatite aguda consiste de três fases: • PRODRÔMICA OU PRÉ-ICTÉRICA: Com aparecimento de febre, astenia, dores musculares ou articulares e sintomas digestivos, tais como: anorexia, náuseas e vômitos, perversão do paladar, às vezes cefaléia, repulsa ao cigarro. A evolução é de mais ou menos quatro semanas. Eventualmente essa fase pode não acontecer, surgindo a icterícia como o primeiro sinal. • ICTÉRICA: Abrandamento dos sintomas digestivos e do surgimento da icterícia que pode ser de intensidade variável, sendo, às vezes, precedida de colúria. A hipocolia pode surgir por prazos curtos, sete a dez dias, e às vezes se acompanha de prurido. • CONVALESCENÇA: Desaparece a icterícia e retorna a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a astenia pode persistir por vários meses. Noventa a 95% dos pacientes adultos acometidos podem evoluir para a cura. IX – HEPATITE B ■ HEPATITE B CRÔNICA Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Somente 20 a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática. Em uma parcela dos CASOS CRÔNICOS, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. A Hepatite B crônica pode também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose. * TRANSMISSÃO • Relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sêmen e secreções vaginais. • Realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings; • Uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos; • Transfusão de sangue e derivados contaminados; • Transmissão vertical (mãe/filho); • Aleitamento materno; • Acidentes perfurocortantes. * OBS: Apesar do vírus da hepatite B poder ser encontrado no leite materno, o alei- tamento em crianças de mães portadoras do vírus B, está indicado logo após a aplicação da primeira dose do esquema vacinal e da imunoglobulina humana hiperimune contra a hepatite B. * PREVENÇÃO: ♦ Controle efetivo de bancos de sangue por meio da triagem sorológica; ♦ Vacinação contra hepatite B, disponível no SUS. ♦ Uso de imunoglobulina humana anti-vírus da hepatite B nas seguintes situações: 1. Recém-nascidos de mães portadoras do HBsAg; 2. Contatos sexuais com portadores ou com infecção aguda (o mais cedo possível e até 14 dias após a relação sexual); 3. Vítimas de violência sexual (o mais cedo possível e até 14 dias após o estupro); 4. Acidentes ocupacionais segundo Manual de Exposição Ocupacional – Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C; ♦ Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da Saúde; ♦ Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas. * DIAGNOSTICO A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos do HBV. * TRATAMENTO • HEPATITE AGUDA: Acompanhamento ambulatorial, com tratamento sintomático, repouso relativo, dieta conforme a aceitação, normalmente de fácil digestão, pois freqüentemente os pacientes estão com um pouco de anorexia e intolerância alimentar; abstinência de consumo alcoólico por pelomenos seis meses; e uso de medicações para vômitos e febre, se necessário. • HEPATITE CRÔNICA: A persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a infecção crônica pelo vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para algumas formas da doença crônica e, devido à sua complexidade, deverá ser realizado em ambulatório especializado. Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), conhecido anteriormente por “hepatite Não A Não B”, quando era responsável por 90% dos casos de hepatite transmitida por transfusão de sangue sem agente etiológico reconhecido. O agente etiológico é um vírus RNA, da família Flaviviridae podendo apresenta-se como uma infecção assintomática ou sintomática. Em média, 80% das pessoas que se infectam não conseguem eliminar o vírus, evoluindo para formas crônicas. Os restantes 20% conseguem eliminá-lo dentro de um período de seis meses do início da infecção. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Varia de 15 a 150 dias. * FORMAS DE HEPATITE C: • HEPATITE C AGUDA: A manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto, quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites. • HEPATITE C CRÔNICA: Quando a reação inflamatória nos casos agudos persiste sem melhoras por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. X – HEPATITE C Uma parcela das FORMAS CRÔNICAS pode evoluir para cirrose, com aparecimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. O hepatocarcinoma também faz parte de uma porcentagem do quadro crônico de evolução desfavorável. * TRANSMISSÃO ♦ Uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos; ♦ Transfusão de sangue e derivados contaminados; ♦ Realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings; ♦ Acidentes perfurocortantes. * OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1. RELACIONAMENTO SEXUAL: esse NÃO é um mecanismo freqüente de transmissão, a não ser em condições especiais. O risco de transmissão sexual do HCV é menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST. 2. TRANSMISSÃO VERTICAL: a transmissão do vírus da hepatite C durante a gestação ocorre em menos de 5% dos recém-nascidos de gestantes infectadas por esse vírus. O risco de transmissão aumenta quando a mãe é também infectada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). 3. ALEITAMENTO MATERNO: A transmissão do HCV pelo aleitamento materno não está comprovada. Dessa forma, a amamentação não está contra-indicada quando a mãe é infectada pelo vírus da hepatite C, desde que não existam fissuras no seio que propiciem a passagem de sangue. * PREVENÇÃO Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção primárias e secundárias. ■ Controle efetivo de bancos de sangue por meio da triagem sorológica; ■ Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da Saúde; ■ Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas. ■ Abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias hepatotóxicas. ■ Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam a reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores, quando presentes, podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de formas graves de doença hepática. * DIAGNOSTICO A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos do HBC. Utiliza-se o teste ELISA (anti-HCV) para essa pesquisa de anticorpos. A presença do anticorpo contra o vírus da hepatite C (anti-HCV) significa que o paciente teve contacto com o vírus. Sua presença não significa que a infecção tenha persistido. Cerca de 15 a 20% das pessoas infectadas conseguem eliminar o vírus por meio de suas defesas imunológicas, obtendo a cura espontânea da infecção. A presença de infecção persistente e atual pelo HCV é demonstrada pela pesquisa do vírus no sangue, pelo exame HCV RNA qualitativo. Portanto, os pacientes que apresentarem anti-HCV reagente deverão ser encaminhados para um centro de referência para uma avaliação com um especialista. * TRATAMENTO O tratamento da hepatite C constitui-se em um procedimento de maior complexidade, devendo ser realizado em serviços especializados. Nem todos os pacientes necessitam de tratamento e a definição dependerá da realização de exames específicos, como biópsia hepática e exames de biologia molecular. Quando indicado, o tratamento poderá ser realizado por meio da associação de interferon com ribavirina ou do interferon peguilado associado à ribavirina. A chance de cura varia de 50 a 80% dos casos, a depender do genótipo do vírus. TUBERCULOSE é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. ● QUADRO CLINICO: ♦ Tosse (por mais de 15 dias). ♦ Febre (mais comumente ao entardecer). ♦ Suores noturnos. ♦ Falta de apetite. ● TRANSMISSÃO A tuberculose se dissemina através de GOTÍCULAS NO AR que são expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirram, falam ou cantam. II - DOENÇAS PREVENIVEIS POR VACINAS I – TUBERCULOSE Contatos próximos (pessoas com contacto prolongado, frequente ou intensivo) têm alto risco de se infectarem. A transmissão ocorre somente a partir de pessoas com tuberculose infecciosa ativa (e não de quem tem a doença latente). A probabilidade da transmissão depende do grau de infecção da pessoa com tuberculose e da quantidade expelida, forma e duração da exposição ao bacilo, e a virulência. A CADEIA DE TRANSMISSÃO PODE SER INTERROMPIDA isolando-se pacientes com a doença ativa e iniciando-se uma terapia anti-tuberculose eficaz. ● DIAGNOSTICO O diagnostico completo é feito atraves de historia clinica, exame fisico, baciloscopia, teste subcutaneo de Mantoux, radiografia do torax e culturas microbiologicas. ● TRATAMENTO Os tratamentos recentes para a tuberculose ativa incluem uma combinação de drogas, às vezes num total de quatro, que são reduzidas após certo tempo, veja os exemplos abaixo. ► CASOS NOVOS DE TODAS AS FORMAS DE TUBERCULOSE * ESQUEMA BÁSICO (ESQUEMA I) - 2RHZ/4RH Siglas: Rifampicina = R; Isoniazida = H; Pirazinamida = Z. ► CASOS DE TUBERCULOSE MENINGOENCEFÁLICA (ESQUEMA II) - 2 RHZ/7RH Siglas: Rifampicina = R; Isoniazida = H; Pirazinamida = Z. ► CASOS DE RECIDIVA APÓS CURA OU RETORNO APÓS ABANDONO ESQUEMA BÁSICO + ETAMBUTOL (ESQUEMA IR) - 2RHZE/4RHE Siglas: Rifampicina = R; Isoniazida = H; Pirazinamida = Z; Etambutol = E. ► CASOS DE FALÊNCIA DE TRATAMENTO ESQUEMA PARA FALÊNCIA (ESQUEMA III) - 3SZEEt/9Eet Siglas: Estreptomicina = S; Pirazinamida = Z; Etambutol = E; Etionamida = Et. ● PREVENÇÃO A imunização com vacina BCG dá entre 50% a 80% de resistência à doença. A VACINA BCG, altamente eficaz, é aplicada em única dose, é administrada por via intra dermica, ao nascer. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. HEPATITE é o termo usado para a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, medicamentos e consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Hepatite B é o nome de um dos vírus que causam a hepatite. II –HEPATITE B Quando o fígado é infectado por um vírus, ele fica inflamado e sensível e pode também ficar inchado (hepatomegalia).As partes afetadas do tecido podem ser destruídas pela inflamação. A hepatite B é um tipo de hepatite séria e às vezes muito forte e fatal. O vírus que causa a hepatite B (VHB) é um vírus DNA ● QUADRO CLINICO: Os sintomas da hepatite B podem aparecer no período de 4 semanas a 6 meses depois da pessoa ter sido infectada pelo vírus. Muitas pessoas que desenvolvem o tipo crônico da doença têm somente sintomas leves ainda que o vírus possa estar danificando o fígado. OS PRIMEIROS SINTOMAS PODEM SER: - Perda de apetite; - Febre; - Mal-estar geral; - Fadiga. - Urticária; - Dor em determinadas juntas; - No caso dos fumantes, perda do gosto pelo cigarro. SINTOMAS QUE PODEM APARECER ALGUNS DIAS DEPOIS: ♦ Náusea e vômito; ♦ Falta de ar e gosto amargo na boca; ♦ Urina de cor marrom escuro; ♦ Pele e olhos amarelados (ICTERICIA); ♦ Dor logo abaixo das costelas do lado direito, principalmente quando pressionadas ♦ Fezes de cor pálida e intestino mais solto do que o normal. ● TRANSMISSÃO Via parenteral, vertical (gestação-mãe/filho) e relação sexual. ● DIAGNOSTICO A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos do HBV. ● TRATAMENTO Não há tratamento eficaz para a hepatite B. ● PREVENÇÃO A única medida é a PREVENÇÃO PELA VACINA, que é eficaz. A VACINA de Hepatite B, é aplicada em 3 (três) doses, é administrada por via intra muscular (i.m), sendo a primeira ao nascer, a segunda no 1º mês e a terceira os 6 meses. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. A POLIOMIELITE OU PARALISIA INFANTIL, como é mais conhecida, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que se manifesta de diversas formas. O quadro clássico é caracterizado por paralisia flácida de início súbito e acomete geralmente os membros inferiores. Em algumas pessoas a doença pode levar a paralisia dos músculos respiratórios e da deglutição: situação que deixa a vida do paciente ameaçada. ● CAUSA : Poliovírus. ● EPIDEMIOLOGIA: � É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos, como a transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal - oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos. ● QUADRO CLÍNICO: O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias. A descrição seguinte refere-se à poliomielite maior, paralítica, mas esta corresponde a uma minoria dos casos. Na maioria o sistema imunitário destroi o virus em alguma fase antes da paralisia. A INFECÇÃO é oral e há invasão e multiplicação do tecido linfático da faringe (tonsilas ou amígdalas). Ele é daí ingerido e sobrevive ao suco gástrico, invadindo os enterócitos do intestino a partir do lúmen e aí multiplicando-se.As manifestações iniciais são parecidas com as de outras doenças virais. Podem ser semelhantes às infecções respiratórias (febre e dor de garganta, gripe) ou gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal). Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e vai infectar por essa via os orgãos. Os mais atingidos são o sistema nervoso incluindo cérebro, e o coração e o fígado. A multiplicação nas células do sistema nervoso (encefalite) pode ocasionar a destruição de neurônios motores, o que resulta em paralisia flácida dos músculos por eles inervados. AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INFECÇÃO SÃO VARIADAS E PODEM SER DESCRITAS EM QUATRO GRUPOS: ● DOENÇA ASSIMPTOMÁTICA: mais de 90% dos casos são assimptomáticos, com limitação efectiva pelo sistema imunitário da infecção à faringe e intestino. Não há sintomas e a resolução é rapida sem quaisquer complicações. ● POLIOMIELITE ABORTIVA OU DOENÇA MENOR: ocorre em 5% dos casos, com febre, dores de cabeça, dores de garganta, mal estar e vómitos, mas sem complicações sérias. III - POLIOMELITE ● POLIOMIELITE NÃO-PARALÍTICA COM MENINGITE ASSÉPTICA: ocorre em 1 ou 2% dos casos. além dos sintomas iniciais da doença menor, ocorre inflamação das meninges do cérebro com dores de cabeça fortes e espasmos musculares mas sem danos significativos neuronais. ● POLIOMIELITE PARALÍTICA OU DOENÇA MAIOR: de 0,1 a 2% dos casos. Após os três ou quatro dias depois dos sintomas iniciais da doença menor desaparecerem (ou cerca de 10 dias depois de se iniciarem), surge a paralisia devido a danos nos neurônios da medula espinhal e córtex motor do cérebro. A paralisia flácida (porque os membros afectados são maléaveis ao contrário da rigidez que ocorre noutras doenças) afeta um ou mais membros, e músculos faciais. O número de músculos afectados varia de doente para doente e tanto pode afectar apenas um grupo discreto como produzir paralisia de todos os músculos do corpo. Se afectar os músculos associados ao sistema respiratório ou o centro neuronal medular que controla a respiração subconsciente directamente, a morte é provável por asfixia. A paralisia respiratória é devida à poliomielite bulbar, que afecta esses nervos: ataxa de mortalidade da variedade bulbar é 75%. As regiões corporais paralisadas conservam a sensibilidade. Se o doente sobreviver alguns poderão recuperar alguma mobilidade nos músculos afectados, mas frequentemente a paralisia é irreversivel. A mortalidade total de vítimas da poliomielite paralítica é de 15 a 30% para os adultos e 2 a 5% para crianças. O SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE atinge cerca de metade das vítimas de poliomielite muitos anos depois da recuperação (por vezes mais de 40 anos depois). Caracteriza-se pela atrofia de músculos, presumivelmente pela destruição no tempo da doença de muitos neurónios que os inervavam. Com a perda de actividade muscular da velhice a atrofia normal para a idade processa-se a taxas muito mais aceleradas devido a esse facto. ● DIAGNOSTICO: O diagnóstico é por detecção do seu DNA com PCR ou isolamento e observação com microscópio electrônico do virus de fluídos corporais. ● TRATAMENTO: A POLIOMIELITE não tem tratamento específico. ● PREVENÇÃO : A ÚNICA MEDIDA EFICAZ É A VACINAÇÃO. A VACINA da Poliomelite é a SABIN, é aplicada em 3 (tres) doses mais 1 (um) reforço, é administrada por via oral, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o reforço aos 15 meses. A DIFTERIA OU CRUPE é uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae, que provoca inflamação da mucosa da garganta, do nariz e, às vezes, da traquéia e dos brônquios. ● QUADRO CLINICO: O período de incubação é de 3 a 5 dias. A Corynebacterium Diphteriae coloniza inicialmente as tônsilas e a faringe, onde se multiplica desenvolvendo-se uma pseudomembrana de pús vísivel no fundo da boca dos individuos afectados. Também pode infectar o nariz, e a conjunctiva, assim como raramente, feridas noutras localizações. É uma possibilidade preocupante que a pseudomembrana, bem aderente, impeça o lúmen do tubo respiratório, levando à asfixia, o que não é raro em crianças pequenas.. ♦ A faringite produz sintomas como dor de garganta, febre baixa, tosse, fadiga, dificuldade em deglutir e náuseas. As crianças podem ter febres altas. Os ganglios linfáticos regionais (no pescoço) ficam muito inchados. ● DIAGNÓSTICO: ♦ Faz-se por identificação da toxina, através do teste de Elek. Este teste consiste numa reação de imunodifusão (identificação da toxina no soro do doente através de anticorpos exogenos especificos para a toxina. A cultura e observação microscópica e através de testes bioquimicosdo patogénio recolhido de amostras do exudado faringeal é importante na confirmação. ● TRATAMENTO: ♦ Em doentes, administra-se antídoto, que é constituído por anticorpos recombinantes (produzidos em leveduras) humanos, que inactivam a toxina no sangue. São também usados antibióticos, especialmente penicilina e eritromicina, para destruir as bactérias produtoras da toxina. ♦ Se há obstrução do canal respiratório pelo exsudato, deve-se fazer traqueostomia (incisão de canal da traqueia para o exterior) de emergência. ● PREVENÇÃO : A prevenção, ATRAVÉS DE VACINA, evita o surgimento da doença, que se tornou rara nos países com sistemas de vacinação eficientes. A VACINA da Difeteria é a TETRA VALENTE (Tríplice viral + Hib) e a TRIPLICE BACTERIANA (DTP), é aplicada em 3 (tres) doses (tetravalente) MAIS 2 (dois) reforço (tríplice bacteriana). IV – DIFTERIA É administrado por via subcutânea, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o REFORÇO aos 15 meses e depois aos 4 a 6 anos. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. A COQUELUCHE é uma infecção aguda na região da traquéia, brônquios e bronquíolos, conhecida também como pertussis ou tosse ferina. É causada pelo bacilo de Bordet-Gengou ou Bordetella pertussis, ou ainda Hemophilus pertussis. ● TRANSMISSÃO: A transmissão é direta, através de gotículas expelidas durante a tosse. A eliminação máxima de germes efetua-se no período catarral ( 1ª e 2ª semana). ● QUADRO CLÍNICO: O início é indistinguível de outras afecções das vias aéreas, como tosse, a princípio não característica, evoluindo para tosse intensa com ruído respiratório profundo e prolongado . ● TRATAMENTO: Para os doentes, não há tratamento específico; opta-se pelo isolamento, para evitar a disseminação, e pelo uso de antibióticos, para evitar complicações. ● PREVENÇÃO: A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. A VACINA do Coqueluxe é a TETRA VALENTE (Tríplice viral + Hib) e a TRIPLICE BACTERIANA (DTP), é aplicada em 3 (tres) doses (tetravalente) MAIS 2 (dois) de reforço (tríplice bacteriana). É administrado por via subcutânea, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o REFORÇO aos 15 meses e depois aos 4 a 6 anos. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. O TÉTANO é uma doença infecciosa grave que frequentemente pode levar à morte. É causada pela neurotoxina tetanospasmina que é produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium tetani. ● TRANSMISSÃO: A bactéria é encontrada nas fezes de animais ou humanos que se depositam na areia ou na terra. A infecção se dá pela entrada das bactérias por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado com areia ou terra. Queimaduras e tecidos necrosados também são porta de entrada para a bactéria. V – COQUELUXE VI – TÉTANO ● EPIDEMIOLOGIA : O Bacilo de Clostridium tetani podem ser encontrados no solo (especialmente aquele utilizado para agricultura), nos intestinos e fezes de cavalos, carneiros, gado, ratos, cachorros, gatos, porquinhos da Índia e galinhas. Os esporos são encontrados também em solos tratados com adubo animal, na superfície da pele e em heroína contaminada. Hoje em dia, com os programas de vacinação universais, o tétano é raro nos países desenvolvidos. Há, contudo, 300 mil casos mundiais por ano, com mortalidade de 50%. ● QUADRO CLÍNICO: A contaminação de feridas com esporos leva ao desenvolvimento e multiplicação local de bacilos. Eles não são invasivos e não invadem outros órgãos, permanecendo junto à ferida. Aí formam as suas toxinas, que são responsáveis pela doença e por todos os sintomas. O TÉTANO caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. Eles são provocados pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos prolongados. O primeiro sinal de tétano é o TRISMUS, ou seja contração dos músculos mandibulares, não permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoço, costas, risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), dificuldade de deglutição, rigidez muscular do abdômen. O paciente permanece lúcido e sem febre. ● DIAGNÓSTICO: Recolhimento de amostras de líquido da ferida rico em toxina e inoculação em animal de laboratório (rato). Observação de sinais de tétano no animal. ● TRATAMENTO: A ferida deve ser limpa. É administrado antídoto, um anticorpo que se liga à toxina e inibe a sua função. São também administrados fármacos relaxantes musculares, como curare. A PENICILINA E O METRONIDAZOL eliminam as bactérias mas não têm efeito no agente tóxico que elas produzem. Os depressores do sistema nervoso central DIAZEPAM E DTP também são dados, reduzindo a ansiedade e resposta espásmica aos estímulos. ● PREVENÇÃO: A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. A VACINA do Tétano é a TETRA VALENTE (Tríplice viral + Hib) e a TRIPLICE BACTERIANA (DTP), é aplicada em 3 (tres) doses (tetravalente) MAIS 2 (dois) de reforço (tríplice bacteriana). É administrado por via subcutânea, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o REFORÇO aos 15 meses e depois aos 4 a 6 anos. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. Doença infecciosa, altamente contagiosa, faz parte do grupo das doenças que se manifestam por alterações marcantes da pele, exantema eritematoso (pele avermelhada, com placas tendendo a se unirem) e com comprometimento de vários órgãos. O sarampo é causado por um vírus chamado morbili vírus. � TRANSMISSÃO: Gotículas da respiração e mesmo o ar com o vírus ainda vivo são responsáveis pela disseminação da doença. O período de contaminação se inicia 3 a 4 dias antes e vai até 4 a 5 dias após o surgimento das lesões da pele (rash cutâneo). O tempo que leva entre a contaminação e o aparecimento dos sintomas (período de incubação) é em média 2 semanas. � SINAIS E SINTOMAS � Febre muito alta; � Tosse intensa; � Coriza; � Conjuntivite e � Exantema máculo-papular (pele com placas ásperas avermelhadas). O exame interno da bochecha permite identificar pequenos pontos branco- amarelados (exantema de Koplick) que confirma o diagnóstico. � DIAGNÓSTICO A história do paciente e o exame clínico permitem o diagnóstico na quase totalidade dos casos. Em situações mais difíceis, a presença de anticorpos (reação do organismo para se defender desse vírus) no sangue é confirmatória da moléstia. � TRATAMENTO Na imensa maioria das vezes o tratamento é voltado para diminuir os sintomas como febre e tosse, ou para combater alguma complicação quando antibióticos são usados. Casos muito especiais podem necessitar medicação do tipo gama globulina anti- sarampo, visando o próprio vírus ou o reforço da capacidade de defesa geral. � PREVENÇÃO A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. VII - SARAMPO A VACINA ANTI-SARAMPO (MMR), altamente eficaz, é aplicada em 1 (uma) dose MAIS 1 (um) reforço, administrada por via intramuscular, sendo a primeira aos 12 meses e o reforço aos 4 a 6 anos. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. É uma doença infecciosa sistêmica, causada por um vírus da família Paramyxoviridae do gênero Rubulavirus que se caracteriza pela infecção de uma ou mais glândula salivares mais comumente a parótida. � TRANSMISSÃO É doença altamente contagiante, de transmissão preferentemente respiratória. Os vírus se propagam por contato direto, gotículas aéreas (espirro ou tosse), objetoscontaminados por saliva e provavelmente urina. O homem é o único hospedeiro natural. O vírus atravessa a placenta, não há relatos de malformação pelo vírus, mas é causa de abortamento espontâneo no primeiro trimestre da gravidez. O período de incubação (do contato até os primeiros sintomas) varia de 2 a 3 semanas. � SINAIS E SINTOMAS O QUADRO CLÍNICO MAIS CARACTERÍSTICO É : � O aumento não supurativo de uma ou ambas as glândulas parótidas, Mas outras glândulas salivares e outros órgãos também podem ser acometidos. O vírus entra pela boca e alcança a parótida onde inicia sua multiplicação, invade a circulação sanguínea (viremia) tendo, então, a possibilidade de atingir outros órgãos como classicamente descritos: � Testículos (orqui-epididimite), � Ovários (ooforite), � Pâncreas (pancreatite), � Cérebro (encefalite). � DIAGNÓSTICO O diagnóstico depende do quadro clínico e da complementação laboratorial dirigida à comprovação etiológica ou às eventuais complicações. O diagnóstico microbiológico se faz por sorologia e cultura viral,. A cultura do vírus da caxumba pode ser feito. O teste cutâneo não é confiável nem para diagnóstico nem para determinar suscetibilidade. VIII - PAROTIDITE INFECCIOSA - CAXUMBA � TRATAMENTO Não existe tratamento curativo. � PREVENÇÃO A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. Ela é eficaz e sem efeitos colaterais apreciáveis. A VACINA da Caxumba é a TRÍPLICE VIRAL (MMR), é aplicada em 1 (uma) dose MAIS 1 (um) reforço, administrada por via intramuscular, sendo a primeira aos 12 meses e o reforço aos 4 a 6 anos. Doença infecciosa causada por vírus (classificado como um togavirus do gênero Rubivirus), que acomete crianças e adultos, embora esteja entre as que os médicos comumente denominam como próprias da infância. � TRANSMISSÃO Através da inalação de gotículas de secreção nasal de pessoas contaminadas que contém o vírus ou via sangüínea, no caso do feto, a partir da mãe grávida. Os períodos mais “contaminantes” ocorrem desde 10 dias antes do “rash” até 15 dias após o seu surgimento. Crianças nascidas com rubéola, por contágio da mãe grávida (rubéola congênita) podem permanecer fonte de contágio por muitos meses. � SINAIS E SINTOMAS Após o contágio leva-se em média 18 dias até ter o primeiro sintoma ( período de incubação). A apresentação inicial é em geral indistinguível de uma gripe comum e dura de 7 a 10 dias com: ���� Febre ; ���� Dores nos músculos e articulações; ���� Prostração; ���� Dores de cabeça ; ���� Corrimento nasal transparente até o surgimento das ínguas (linfonodomegalias) e ���� Posteriormente o “rash” (manchas na pele), que duram 3 dias e desaparecem sem deixar seqüelas, estes dois últimos achados com início na face e no pescoço e disseminação pelo tronco até a periferia. IX - RUBÉOLA � DIAGNÓSTICO O diagnóstico clínico (pelo conjunto dos sintomas e achados ao exame físico feito pelo médico) somente é confiável em vigência de epidemia, uma vez que os sintomas são comuns a muitas viroses, inclusive a gripe comum, e as manchas de pele também são achados de um significativo número de viroses (mononucleose, sarampo, dengue, etc). E é justamente esta a forma mais freqüente de diagnóstico. Naqueles casos em que há necessidade de precisão no diagnóstico (excluir doenças mais graves que determinarão intervenções e/ou tratamentos) dispõe-se de exames de detecção de anticorpos (substâncias que o nosso corpo produz contra o vírus da rubéola) no sangue que são bem mais específicos e sensíveis. � TRATAMENTO Não há tratamento específico antiviral. Poucos pacientes demandam tratamentos sintomáticos, em geral analgésicos comuns controlam as dores articulares e musculares ou febre. � PREVENÇÃO A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. A VACINA da Rubéola é a TRÍPLICE VIRAL (MMR), é aplicada em 1 (uma) dose MAIS 1 (um) reforço, administrada por via intramuscular, sendo a primeira aos 12 meses e o reforço aos 4 a 6 anos. � Isolamento: todas as crianças e adultos devem ficar afastados de outras pessoas durante o período da doença. � As gestantes devem fazer controle por exames de sangue quando necessário. Para as pessoas hospitalizadas é feito isolamento até a cura da doença. A FEBRE AMARELA é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da febre amarela (vírus amarílico), conhecido cientificamente como Arbovírus, do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, doença de curta duração (máximo 10 dias), com gravidade extremamente variável, abrangendo desde casos assintomáticos até casos fatais, que ocorre de forma endêmica na América do Sul e na África. X - FEBRE AMARELA � TRANSMISSÃO Existem, entre nós, dois tipos diferentes de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. � SINAIS E SINTOMAS ���� Febre, ���� Dor de cabeça, ���� Calafrios, ���� Náuseas, ���� Vômito, ���� Dores no corpo, ���� Icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e ���� Hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Após a picada do mosquito transmissor a doença começa a se manifestar dentro de 3 a 6 dias (chamado período de incubação). � TRATAMENTO Não existe tratamento curativo, ele é baseado em evitar complicações e dar suporte efetivo caso as funções vitais estejam comprometidas. ► DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico, os exames complementares informam sobre as complicações e comprometimento das funções vitais. Os exames virológicos são decisivos na confirmação dos primeiros casos. � PREVENÇÃO As únicas formas de evitar a Febre Amarela Silvestre é VACINAÇÃO contra a doença. A VACINA da Febre Amarela, é aplicada em 1 (uma) dose MAIS reforço, administrada por via intramuscular, sendo a primeira aos nove meses e o reforço aos 10 anos, depois a cada 10 anos. MALÁRIA OU PALUDISMO é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. � TRANSMISSÃO A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre. � QUADRO CLÍNICO A malária causada pelo protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem durar vários dias (seis para P.falciparum, várias semanas para as outras espécies). Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre intensos São seguidas de palidez da pele e tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora. Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas de febre a 41°C, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois e até à crise seguinte, dois a três dias depois , pode haver sintomas adicionais mais graves como: choque circulatório, síncopes (desmaios), convulsões, delírios e crises vaso- oclusivas. A morte pode ocorrer a cada crise de malária maligna. Pode também ocorrer a chamada MALÁRIA CEREBRAL: a oclusão de vasos sanguíneos no cérebropelos eritrócitos infectados causa déficit mentais e coma seguidos de morte (ou déficit mental irreversível). Danos renais e hepáticos graves ocorrem pelas mesmas razões. � TRATAMENTO O tratamento farmacológico da malária baseia-se na susceptibilidade do parasita aos radicais livres e substâncias oxidantes, morrendo em concentrações destes agentes inferiores às mortais para as células humanas. Os fármacos usados aumentam essas concentrações. III - DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES I - MALÁRIA � PREVENÇÃO A melhor medida, até o momento, é a erradicação do mosquito Anopheles. Ultimamente, o uso de inseticidas potentes mas tóxicos, proibidos no ocidente, tem aumentado porque os riscos da malária são muito superiores aos do inseticida. O uso de redes contra mosquitos é eficaz na proteção durante o sono, quando ocorre a grande maioria das infecções. Os cremes repelentes de insetos também são eficazes, mas mais caros que as redes. A leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é a doença provocada pelos parasitas unicelulares do gênero Leishmania. Há três tipos de leishmaníase: visceral, que ataca os órgãos internos, cutânea, que ataca a pele, e mucocutânea, que ataca as mucosas e a pele. � QUADRO CLÍNICO 1 - LEISHMANIOSE CUTÂNEA Após a picada do inseto os parasitas se multiplicam localmente dando origem a uma mancha avermelhada ou a um nódulo (endurecimento local) formando uma ferida de bordos elevados. As lesões são tipicamente localizadas em áreas expostas (face e extremidades) as lesões podem se acompanhar de lesões satélites ou de ínguas gânglios aumentados. As lesões podem permanecer por anos ou semanas geralmente deixam uma cicatriz permanente. 2 - LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA A partir de uma lesão cutânea inicial os parasitas podem se disseminar pela mucosa da boca ou do nariz. Em alguns pacientes há uma formação de úlceras que leva à desfiguração facial, infecção secundária e perfuração da mucosa após muito tempo da cura da lesão cutânea. 3 - LEISHMANIOSE VISCERAL (VISCERAL) Após a inoculação do protozoário os parasitas se disseminam das células de defesa do organismo e concentram-se no baço, fígado e medula óssea. Outras manifestações de comprometimento de todo o organismo se apresentam: febre,perda de peso e do apetite,crescimento do baço, fígado e gânglios linfáticos, anemia, modificação dos glóbulos brancos, plaquetas, hemorragias e infecções bacterianas são comuns. II - LEISHMANIOSE � TRANSMISSÃO A transmissão da Leishmania se faz pela picada de uma mosca do tipo Lutzomia (mosca de arena – em inglês sandfly). Estes phlebotomus (insetos que chupam sangue) pertencem ao grupo Díptero, ou seja ao mesmo grupo das moscas, mosquitos, borrachudos e maruins. � DIAGNÓSTICO 1. Exame direto de biópsia de baço, aspirado de medula, sangue (na forma visceral). 2. Raspado da lesão, biópsia da lesão (forma tegumentar). 3. Cultura de tecidos. � TRATAMENTO Nas formas: visceral e mucocutânea o tratamento medicamentoso é indicado principalmente nos casos de lesões incapacitantes ou desfigurantes. Existem vários esquemas terapêuticos baseados de forma geral em Antimônios, Anfotericina B, Paromomicina e Pentamida. Cetoconazol e Itraconazol, entre outros, também são usados. Nas formas cutâneas a remissão espontânea das lesões pode ocorrer dispensando o tratamento com drogas. É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz. � TRANSMISSÃO A transmissão ocorre através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por triatomas, os populares barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil. � QUADRO CLÍNICO � NA FASE AGUDA, ocorrem febre moderada, hepatomegalia discreta (grande fígado), inflamação dos gânglios linfáticos, miocardia aguda, meningoencefalite (dores na meninges), etc. É comum a diminuição dos sintomas. III - DOENÇA DE CHAGAS � NA FASE CRÔNICA, ocorre o comprometimento do coração e do sistema digestivo. A duração depende de vários fatores, desde idade e estado nutricional do paciente até os intrínsecos dos parasitas. O s sintomas mais importantes são a cadiomegalia (coração grande), o megaesôfago (esôfago grande) e o megacólon (cólon grande). � DIAGNÓSTICO O diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados. � TRATAMENTO A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações. A DENGUE é uma doença infecciosa (é uma virose). Tem como etiologia (causa) qualquer uma das quatro variedades (sorotipos), do vírus da dengue. Os sorotipos (variedades) são identificadas pelas siglas DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. � TRANSMISSÃO Transmitido ao homem por um vetor (transmissor) um artrópodo hematófago (animal que tem os membros articulados e alimenta-se com sangue - O MOSQUITO AEDES AEGYPTI). Não há transmissão homem-homem, sem a ação do vetor. � SINAIS E SINTOMAS Existem QUATRO SÍNDROMES CLÍNICAS da dengue: 1. Febre indiferenciada; 2. Febre de dengue (Dengue Clássica); 3. Dengue hemorrágica, o DH; 4. Síndrome do choque da dengue. ► FEBRE INDIFERENCIADA. A infecção da dengue, em sua forma de febre indiferenciada, não difere das viroses habituais. IV - DENGUE ► FEBRE DA DENGUE. A febre da dengue é uma enfermidade viral aguda que pode ser diferenciada por: 1. Febre, de início súbito; 2. Dor atrás do olho (retro-ocular) e forte dor de cabeça (cefaléia) às vezes muito intensa. 3. Dores nos músculos (mialgias) e nas juntas (artralgias) que podem ser relatadas como muito intensas. 4. Vômitos de difícil controle e/ou náuseas ; 5. Erupção cutânea (exantema) que pode surgir em diferentes momentos da doença, tem aspecto variável, desde predominância de petéquias (pontos de sangue) até somente eritematosa (avermelhada). Em pessoas de pele mais clara se notam mais as petéquias e o eritema, nas de pele mais escura chama atenção o aspecto maculopapular (manchas com alguma elevação) . ► HEMORRÁGIAS DA DENGUE ���� Hemorragias cutâneas: petéquia,púrpura,equimose, ���� Gengivorragia,(sangramento gengival). ���� Sangramento nasal (epistaxe) ���� Sangramento gastrointestinal: hematêmeses (vômito com sangue; melena (evacuação de sangue digerido, fezes pretas) e hematoquezia ( sangue misturado com fezes) ���� Hematúria (sangue na urina) ���� Aumento do fluxo menstrual. ► CHOQUE DA DENGUE ♦ Pulso fraco (amplitude diminuída) ♦ Aumento da freqüência cardíaca ♦ Diminuição da pressão do sangue em relação à idade referida, redução das diferenças da tensão entre pressão Máxima e Mínima igual ou menor a 20 mm Hg. ♦ Modificação do estado mental, pele úmida e fria ♦ O choque franco evidencia por si a insuficiência circulatória. � DIAGNÓSTICO ADEMAIS DO EXAME CLÍNICO COMPLETO NECESSITA ATENÇÃO ESPECIAL: ● Prova de torniquete; ● Determinação de Pressão arterial ● Procura por sangramentos ● Hemograma com contagem de plaquetas ● Dosagem de Albumina e Proteínas séricas ● Provas de função hepática e coagulação ● Urina procurando hematuria microscópica ● Isolamento do vírus (amostrade entre 5º-7º dias) ● Sorologia IgG e IgM anticorpos antidengue(12º dias) � TRATAMENTO ■ Não existe tratamento curativo . É PRECISO APENAS ASSEGURAR A: ■ Hidratação; ■ Aliviar, dor, febre e vômitos; ■ Tranqüilizar o paciente; ■ Vigiar e prevenir as eventuais complicações e tratá-las precocemente; ■ Repouso, alimentação. � PREVENÇÃO Não existe vacina ou medicamento que proteja individualmente contra a dengue. A prevenção é não permitir a reprodução do Aedes (que em grego significa “indesejado”), não permitido o nascimento de novos mosquitos. Não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente como: ♦ Garrafas; ♦ Pneus; ♦ Pratos de vasos de plantas e xaxim; ♦ Bacias; ♦ Copinhos descartáveis; * TAMPAR: ♦ Caixas d'água; ♦ Poços e cisternas; A FEBRE AMARELA é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da febre amarela (vírus amarílico), conhecido cientificamente como Arbovírus, do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, doença de curta duração (máximo 10 dias), com gravidade extremamente variável, abrangendo desde casos assintomáticos até casos fatais, que ocorre de forma endêmica na América do Sul e na África. � TRANSMINSSÃO Existem, entre nós, dois tipos diferentes de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os V - FEBRE AMARELA principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. � SINAIS E SINTOMAS ���� Febre, ���� Dor de cabeça, ���� Calafrios, ���� Náuseas, ���� Vômito, ���� Dores no corpo, ���� Icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e ���� Hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Após a picada do mosquito transmissor a doença começa a se manifestar dentro de 3 a 6 dias (chamado período de incubação). � TRATAMENTO Não existe tratamento curativo, ele é baseado em evitar complicações e dar suporte efetivo caso as funções vitais estejam comprometidas. ► DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico, os exames complementares informam sobre as complicações e comprometimento das funções vitais. Os exames virológicos são decisivos na confirmação dos primeiros casos. � PREVENÇÃO As únicas formas de evitar a Febre Amarela Silvestre são a VACINAÇÃO CONTRA A DOENÇA, a educação da população e a conscientização sobre sua responsabilidade na prevenção FEBRE AMARELA - DENGUE. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano e nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) presentes em todos os portos e aeroportos do País. É uma diarréia aguda causada por uma bactéria denominada vibrião colérico (Vibrio cholerae), que se multiplica rapidamente na luz intestinal. Embora esta bactéria não seja invasiva tem a propriedade de produzir uma toxina que atua sobre o intestino provocando IV - DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA E ALIMENTOS I - CÓLERA aumento descontrolado da secreção de cloro, sódio e água para a luz intestinal. Isto acarretando diarréia de tal intensidade que se torna freqüentemente mortal � TRANSMISSÃO A cólera se transmite por ingestão de água e ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doentes ou portadores assintomáticos que estejam eliminando grandes quantidades de vibrião colérico. O homem é o único animal atingido pela doença e também é o principal reservatório desta bactéria, embora alguns frutos do mar possam ser contaminados. � SINAIS E SINTOMAS A infecção assintomática é mais comum do a infecção acompanhada de sintomas. As queixas decorrem das perdas de líquidos e de sais minerais. Após um período de incubação de um a cinco dias inicia abruptamente uma � Diarréia aquosa, descrita como semelhante à água de arroz. As perdas de líquidos podem alcançar vinte litros por dia. As perdas sem reposição de água e eletrólitos (sais minerais) acabam se complicando com � Vômitos, � Cólicas � Diminuição acentuada do volume circulante que determina aumento da freqüência cardíaca, choque e insuficiência renal. � DIAGNÓSTICO A identificação da bactéria é essencial para a confirmação diagnóstica. A cólera é doença de notificação compulsória o que mantém um estado de alerta para novos casos. O surgimento de diarréia de grande intensidade chama atenção para a doença. Exames laboratoriais contribuem decisivamente para orientar a reposição dos líquidos e eletrólitos. � TRATAMENTO O tratamento da cólera consiste basicamente em reidratação. A desidratação pode ser danosa em qualquer idade, mas é particularmente perigosa em crianças pequenas e idosos. Nos casos leves e moderados, o médico pode recomendar que o tratamento seja feito em casa, com a solução de reidratação oral. É necessário evitar a desidratação decorrente da diarréia (de qualquer causa) ingerindo bastante líquidos, preferentemente uma solução reidratatante contendo eletrólitos (sais) e glicose, em concentrações adequadas. � PREVENÇÃO A vacina contra a cólera só é indicada em casos muito especiais, tem uma eficácia de cerca de 50% e uma duração protetora não superior a seis meses. A ingestão de água tratada é a recomendação para que a doença não se torne epidêmica. As Hepatites (A, B, C, D e E) são doenças virais. As A e E são transmitidas por via enteral através de água contaminada. � QUADRO CLÍNICO As diversas formas de hepatite viral aguda apresentam características clínicas em comum. Os quadros podem ser leves, praticamente assintomáticos ou com sintomas semelhantes a uma gripe, porém, sempre com o inchaço na região abdominal. As hepatites podem se apresentar com graus variados de gravidade, desde formas ictéricas, envolvimento extra-hepático, até insuficiência hepática aguda grave (hepatite fulminante). A FORMA ICTÉRICA é geralmente precedida por um período sintomático, que dura alguns dias. Nessa fase, podem surgir manifestações como: Anorexia, náuseas, desconforto ou dores no abdômen, cefaléia e febre baixa. Há a apresentação de urina escura (cor de coca-cola) e fezes brancas e icterícia. Transitoriamente, pode haver queixa de coceira, comichão ou ardência anal. No entanto, os sintomas tendem a diminuir quando a ICTERÍCIA se instala. Na maior parte dos pacientes, o fígado torna-se facilmente palpável (hepatomegalia). Em cerca de 20% dos casos, o baço se dilata (esplenomegalia). Aranhas vasculares podem estar presentes, porém logo desaparecem. Habitualmente, o período ictérico dura entre uma e quatro semanas; contudo, a recuperação total, clínica e bioquímica, pode demorar até seis meses. � TRATAMENTO Não há medicação específica. Quando necessário, usam-se remédios contra enjôo, dor e febre. Repouso estrito não é necessário, cabendo ao paciente respeitar os limites conforme sua tolerância. Certas pessoas, devido ao mal estar e à náusea, não conseguem manter uma ingesta mínima de água e alimentos, necessitando de hidratação intravenosa. Os raros casos de Hepatite fulminante podem necessitar de transplante de fígado como única forma de tratamento. � PREVENÇÃO: O vírus é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho levam a doença a novos indivíduos. É II - HEPATITE importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas. Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção deanticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença. É uma doença infecciosa causada por um protozoário ou parasita. O agente causador é a Entamoeba hystolitica. � QUADROCLÍNICO O início dos sintomas pode ser de duas a quatro semanas, podendo variar de dias, meses ou anos. A diarréia é o mais característico dos sintomas, que pode ser de forma branda com dores abdominais leves até formas mais violentas, com sangue ou muco nas fezes e sintomas como febre e calafrios. Nas formas graves os cistos do parasita se disseminam pela corrente sanguínea, podendo contaminar o fígado, pulmões ou cérebro,onde se formam abscessos ou granulosas podendo levar o paciente a óbito se não diagnosticados e tratados a tempo. � TRATAMENTO: O tratamento se faz com antimicrobianos específicos, a maioria por via oral. No tratamento dos abscessos pode ser necessária a drenagem, por aspiração ou cirurgia. � PREVENÇÃO: A prevenção se faz principalmente por medidas de saneamento básico, que impedem a contaminação da água e alimentos e o tratamento de todas as pessoas contaminadas. Cuidados mais específicos incluem: lavagem das mãos após uso do sanitário, lavagem de frutas e verduras com água corrente e depois deixá-los mergulhados em vinagre ou solução de água sanitária para eliminar os cistos. A fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos pela vigilância sanitária é de suma importância. Os pacientes internados devem ser separados dos demais para não haver contaminação pelas fezes. É uma infecção intestinal causada por um protozoário chamado Giardia lamblia que ataca principalmente a porção superior do intestino. É contraída por contaminação direta pela ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada ou por ingestão de água III - AMEBÍASE IV - GIARDÍASE ou alimento contaminado. O reservatório é o homem e alguns animais domésticos como gato e cachorro. � QUADRO CLINICO O período de incubação é de 1 a 4 semanas; a apresentação clínica principal é de diarréia e dor abdominal, podendo o quadro cronificar-se, acompanhado de fadiga, anemia, perda de peso, distensão abdominal. Não há invasão intestinal. � TRATAMENTO Existem medicações específicas, via oral. Se houver internação hospitalar, devem ser adotadas medidas de precaução entérica e controle de cura, com realização de exames de controle após término do tratamento. � PREVENÇÃO: É uma doença de distribuição universal. As epidemias podem ocorrer em locais fechados, sendo que educação em saúde e cuidados sanitários individuais e coletivos são as medidas de controle mais eficientes. Doença infecciosa com envolvimento de vários órgãos do corpo, causada por uma bactéria chamada leptospira. Os roedores são os principais reservatórios da doença. Atuam como portadores os bovinos, ovinos e caprinos. A transmissão se dá pelo contato da água ou solo contaminado pela urina desses animais. É muito rara a contaminação entre as pessoas doentes. � QUADROCLINICO Pode parecer apenas um simples estado gripal, com febre, dor no corpo, tosse, dor de cabeça ou podem se desencadear quadros de infecção muito grave, que podem levar ao óbito se não diagnosticados e tratados a tempo. A apresentação da doença grave pode ter inchaço de fígado e baço, sangramento pelo nariz e boca, dores musculares fortes, principalmente nas panturrilhas, manchas pelo corpo e até sinais de meningite. � TRATAMENTO: É importante dizer que o tratamento só tem validade se iniciado até o quinto dia do início da doença, senão, não haverá modificação na sua evolução. O antibiótico indicado para o tratamento é a penicilina em altas doses ou outro antibiótico se houver probabilidade de alergias. Os pacientes graves têm indicação de hospitalização devido às altas taxas de mortalidade da doença. � PREVENÇÃO: É um problema de saúde pública. Enchentes e chuvas fortes contribuem, nos países V - LEPTOSPIROSE tropicais e subtropicais, para o contato do homem com as águas contaminadas com a urina de roedores, favorecendo os surtos da doença. No Brasil, a maior parte dos casos está ligada às condições de vida da população. Alguns profissionais têm maior facilidade de contato com as bactérias, tais como veterinários, pescadores, caçadores, agricultores, bombeiros. A TENÍASE é uma doença causada pela forma adulta das tênias (Taenia solium e Taenia saginata, principalmente), com sintomatologia mais simples. Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado. São duas fases distintas de um mesmo verme, causando, portanto, duas parasitoses no homem, o que não significa que uma mesma pessoa tenha que ter as duas formas ao mesmo tempo. As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso, o portador traz apenas um verme adulto. � CICLO EVOLUTIVO : A pessoa parasitada (hospedeiro definitivo ) elimina fezes com proglotes grávidas , que se rompem no meio e liberam ovos . Os hospedeiros intermediários de Taenia saginata são os bovinos , os de Taenia solium são os suínos. Ingeridos pelo hospedeiro intermediário , os ovos rompem-se no interior do intestino , liberam um embrião , que atravessa a mucosa do intestino delgado e cai na corrente circulatória , podendo alcançar músculos , coração , cérebro e outros órgão . Neles , o embrião transforma-se em uma larva cística – o cisticerco- , que contamina o escólex do futuro parasita . Quando uma pessoa ingere carne crua ou malpassada , o cisticerco se abre no intetino delgado e libera o escólex , que se fixa na mucosa intestinal e se desnvolve na forma de parasita adulto. � QUADRO CLÍNICO Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia. � TRATAMENTO Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc. VI - TENÍASE O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes. � PROFILAXIA A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinha bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.) A CISTICERCOSE HUMANA ocorre quando o ser humano assume o papel de hospedeiro intermadário, ingerindo ovos de Taenia solium , em água e/ ou alimentos, como verduras mal lavadas. Os ovos rompem-se no intestino , os embriões penetram na circulação , instalam-se em algum órgão e desenvolvem-se , originando cisticercos. Pode ocorrer a auto-infecção. ► QUADRO CLÍNICO O quadro mais grave é da neurocisticercose , em que os cisticercos se instalam no sistema nervoso , particularmente no encéfalo. Outra localização temida é no interior do globo ocular . As principais manifestações da neurocisticercose são cefaléia, convulsões e distúrbios psíquicos. A cicticercose ocular pode provocar distúrbios visuais. ► PROFILAXIA A profilaxia da teníase e da Cisticercose , envolve : educação sanitária ; saneamento basico ( com enfase para o desino adequado da fezes humanas); cozimento dos alimentos principalmente das carnes ; Tratamento das pessoas parasitadas . A ascaridíase ou ascaríase é uma parasitose geralmente benigna causada pelo verme nemátode Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga. Apresentam dimorfismo sexual , sendo a fêmea maior que o macho , habitam o intestino delgado. � CICLO EVOLUTIVO: O indivíduo infectado , elimina , com as fezes , os ovos do parasita . Em locia quentes e úmidos se desnvolvem as larvas dentro do ovo. A infecção ocorre por ingestão de ovos em água e / ou alimentos . principalmente verduras mal lavadas . VII - CISTICERCOSE HUMANA VIII - ASCARIDÍASE No intestino delgado , os ovos liberam as larvas , que penetram através da parede do intestino e alcançam a corrente circulatória . Passam pelo coraçã e seguem para os pulmões (ciclo pulmonar ), onde rompem os capilares sanguíneos e caem no interior dos alvéolos pulmonares , às vezes determinando manifestações semelhantes às de uma pneumonia . As larvas chegam à faringe , de onde são eliminadas com expetoração ou deglutidas, passando pelo estômago, atingem o intestino delgado, onde completam o desenvolvimento convertendo-se em vermes adultos. � MANIFESTAÇÕES : Infecções leves costumam ser assintomática , infecções maciças chegam a centenas de parasitas e são potencialmente graves . Na fase pulmonar , as larvas podem causar tosse, expectoração , falta de ar , hemoptise , mal-estar , cefaléia e fraqueza . Na fase intestinal , os parasitas adultos têm ação espoliativa , pois retiram nutrientes da cavidade intestinal, podem enovelar-se no interior do intestino delgado , causando obstrução mecanica , impedindo o fluxo normal dos alimentos. � PROFILAXIA : As medidas de prevenção envolvem educação sanitária ; saneamento basico ( com enfase para o desino adequado da fezes humanas), tratamento da água usada para consumo humano ; cuidado no preparo dos alimentos , Higiene pessoal , tratamento das pessoas parasitadas. A ESQUISTOSSOMOSE OU BILHARZÍASE é a doença crónica causada pelos parasitas multicelulares platelmintos do género Schistosoma. Conhecida popularmente como “barriga-d’agua”. � CICLO EOLUTIVO Em vasos sanguíneos do intestino grosso da fêmea de Shistossoma mansoni põem seus ovos , que atravessam a parede dos vasos e a do intestino e são eliminados com fezes . Se as fezes atingirem a água , sai do ovo o miracídio , uma larva ciliada que nada ativamente até alcançar o caramujo , em cujo interior se IX - ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA transforma em outra larva, o esporocísto . Nele transforma-se as cercárias , larvas infedtantes que escapam do caramujo e passam para a água. As cercárias penetram ativamente através da pele e das mucosa humanas , em seguida atingem vasos do fígado , onde se alimentam de sangue e completam seu desenvolvimento . Qando atigem a maturidade sexual . machos e fêmeas acasalam e migram para os vasos do intestino grosso , em cujo interior eliminam os ovos. � QUADRO CLINICO Pode ocorrer reação de sensibilidade com urticária (dermatite cercariana) e prurido ou pápulas na pele no local penetrado, que duram alguns dias, como afirma o ditado popular ‘Nadou e coçou , é porque pegou ”. Na fase aguda , iniciam-se as manifestações gerais surgindo febre, mal estar, cefaléias (dores de cabeça), astenia (fraqueza), dor abdominal, diarreia sanguinolenta, dispnéia (falta de ar), hemoptise (tosse com sangue), artralgias, linfonodomegalia e esplenomegalia, um conjunto de sintomas conhecido por síndrome de Katayama. � PROFILAXIA: As medidas de prevenção incluem : educação sanitária ; saneamento básico (destino das fezes ) combate aos caramujos (empregos de predadores parasitas, competidores ou drogas moluscocidas) evitar contato com água contaminada; tratamento das pessoas parasitadas. A Ancilostomíase , também denominada de amarelão , é causada por vermes das espécies Ancylostoma duodenale e Necator americanus . Esses vermes apresentam dimorfirmos sexual , prendendo-se à mucosa do intestino delgado da pessoa parasitada, de onde retiram sangue. � CICLO EVOLUTIVO Os ancilostomídeos são monoxênicos : o ser humano é seu único hospedeiro . Os ovos dos ancilostomíneos são eliminados com as fezes, caindo em local úmido e quente, os ovos embrionam, liberando larvas rabditóide, que se transformam em larvas filarióides infectantes, penetrando ativamente através da pele, geralmente pelos pés, as larvas filarióides alcançam as veias, chegam ao coração e passam para os pulmões. X - ANCILOSTOMÍASE Rompendo-se os capilares, caem no interior dos alvéolos pulmonares , nos quais sofrem muda. Sobem pelas vias aéreas , alcançam a faringe e são deglutidas , indo fixar-se no intestino delgado , onde se convertem em adultos. � QUADRO CLINICO Na passagem dos parasitas pelos pulmões podem ocorrer tosse , dispnéia e febre. Outras manifestações são : dor abdominal , diarréia , náuseas e vômitos. A anemia , porém , é o maior sinal dessa parasitose. � PROFILAXIA As medidas de prevenção envolvem: educação sanitária, saneamento básica (com ênfase no destino adequado das fezes humanas ); uso de calçados, tratamento das pessoas parasitadas. É infecção por oxiúros (Enterobius vermicularis), que são vermes nematôdeos que parasitam o intestino dos mamíferos, principalmente primatas, incluindo o homem. É a única parasitose que ainda é hoje comum nos países desenvolvidos, atingindo particularmente as crianças. � CICLO EVOLUTIVO Os vermes adultos vivem no intestino grosso e, após a cópula, o macho é eliminado. As fêmeas fecundadas não fazem oviposição no intestino e têm seu útero abarrotado com aproximadamente 11.000 ovos. Em um determinado momento o parasita se desprende do ceco e é arrastado para a região anal e perianal, onde se fixa e libera grande quantidade de ovos. E vermicularis é o parasita de maior poder de infecção, pois seus ovos necessitam de apenas seis horas para se tornar infectantes. Ao serem ingeridos, os ovos sofrem a ação do suco gástrico e duodenal, libertando as larvas que se dirigem ao ceco, onde se fixam e evoluem até o estágio adulto. A duração do ciclo é em média de 30 a 50 dias. XI - OXIURÍASE � MANIFESTAÇÃO O sintoma característico da enterobíase é o PRURIDO ANAL, que se exacerba no período noturno devido à movimentação do parasita pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia. Em relação às manifestações digestivas, a maioria dos pacientes apresenta náuseas, vômitos, dores abdominais em cólica, tenesmo e, mais raramente, evacuações sanguinolentas. Nas mulheres, o verme pode migrar da região anal para a genital, ocasionando prurido vulvar, corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário, e até excitação sexual � PROFILAXIA A higiene permite reduzir a probabilidade de contaminação. As roupas das crianças devem ser trocadas frequentemente, e as suas unhas cortadas de modo a não reter ovos se se coçarem. Outro grande cuidado deve ser o banho diário e o lavar as mãos antes de qualquer refeição para evitar a reinfeção. Capanull Sumárionull I - Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aidsnull II - Doenças Preveníveis por Vacinasnull III - Doenças Transmitidas por Vetoresnull IV - Doenças Veiculadas pela Água e Alimentosnull
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