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Aula 10-ling

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1.
Leia o texto abaixo.
“Procura explicar as regularidades observadas no uso interativo da língua, analisando as condições discursivas em que se verifica esse uso.” (Cunha, 2009:174)
O texto apresentado refere-se:
 
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 1) À Sociolinguística. 
 2) Ao Gerativismo. 
 3) Ao Funcionalismo. 
 4) Ao Estruturalismo. 
 5) À Gramática Normativa. 
Parte inferior do formulário
2.
Os funcionalistas concebem a linguagem como:
Parte superior do formulário
 1) Uma capacidade inata. 
 2) Um fato mental. 
 3) Um instrumento de interação. 
 4) Uma instituição social. 
 5) Um ato individual. 
Parte inferior do formulário
3.
Sobre o funcionalismo, é INCORRETO afirmar que essa corrente linguística:
Parte superior do formulário
 1) Entende a língua como instrumento de interação social entre seres humanos. 
 2) Considera que a capacidade linguística do falante compreende não apenas a habilidade de usar expressões linguísticas mas também a habilidade de usar essas expressões apropriadamente. 
 3) Concebe a linguagem como um fenômeno mental. 
 4) Preocupa-se com o contexto. 
 5) Afirma que a principal função de uma língua natural é estabelecer a comunicação entre seus usuários. 
Parte inferior do formulário
4.
Segundo o Funcionalismo, os elementos “né?", “sabe?”, “entende?”, em contexto de fala espontânea:
Parte superior do formulário
 1) Marcam hesitação ou pausa para que o informante possa reorganizar seu discurso. 
 2) Indicam que o informante está muito seguro acerca do que vai falar. 
 3) São “vícios de linguagem” que mostram a pobreza no uso da língua. 
 4) Fazem parte da fala de crianças e adolescentes apenas. 
 5) Representam a pouca criatividade do informante sobre o assunto. 
Parte inferior do formulário
5.
Segundo o princípio de iconicidade, há uma correlação natural e motivada entre forma e função. Isso significa dizer que há uma correlação natural entre
Parte superior do formulário
 1) O código linguístico (expressão) e seu significado (conteúdo). 
 2) O desempenho linguístico e a competência. 
 3) A língua e a fala. 
 4) A linguagem verbal e a linguagem não-verbal. 
 5) O paradigma e o sintagma. 
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O PRINCÍPIO DA ICONICIDADE
Nem sempre podemos precisar a intenção ou o propósito específico de cada ato verbal. Entretanto, nem tudo na língua é icônico. 
	Exemplo.
	Entretanto significava "no interior de algum espaço físico ou de algum espaço de tempo". 
	Entretanto hoje é uma conjunção de valor adversativo.
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3. Sobre o funcionalismo, é incorreto afirmar que essa corrente linguística: 
entende a língua como instrumento de interação social entre seres humanos.
considera que a capacidade linguística do falante compreende não apenas a habilidade de usar expressões linguísticas mas também a habilidade de usar essas expressões apropriadamente. 
concebe a linguagem como um fenômeno mental.
preocupa-se com o contexto.
afirma que a principal função de uma língua natural é estabelecer a comunicação entre seus usuários. 
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5- Segundo o princípio de iconicidade, há uma correlação natural e motivada entre forma e função. Isso significa dizer que há uma correlação natural entre
o código linguístico (expressão) e seu significado (conteúdo).
o desempenho linguístico e a competência.
a língua e a fala.
a linguagem verbal e a linguagem não-verbal.
o paradigma e o sintagma.
Abraços e felicidades!
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O FUNCIONALISMO
Deixa-se de lado a ideia de que a linguagem é a forma de expressão do pensamento, já que os funcionalistas a concebem como instrumento de interação social. Segundo eles, é preciso investigar a motivação para os fatos da língua, ou seja, explicar as regularidades observadas no uso interativo da língua, um vez que ela é concebida como uma estrutura maleável, adaptativa.
Assim, estuda-se a língua em situação real de comunicação, verificando o modo como os usuários da língua se comunicam eficientemente. Esses usuários são vistos como os responsáveis pelo estado e forma da língua. 
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4- Segundo o Funcionalismo, os elementos “né?", “sabe?”, “entende?”, em contexto de fala espontânea, 
marcam hesitação ou pausa para que o informante possa reorganizar seu discurso.
indicam que o informante está muito seguro acerca do que vai falar.
são “vícios de linguagem” que mostram a pobreza no uso da língua.
fazem parte da fala de crianças e adolescentes apenas.
representam a pouca criatividade do informante sobre o assunto.
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MARCADORES DISCURSIVOS
São usados para reorganizar a linearidade das informações no nível do discurso, quando essa linearidade é momentaneamente perdida por diversos motivos como insegurança ou falhas de memória. 
Sua função no discurso se motiva na medida em que a natureza fluida da fala impede perfeita linearidade das informações e marca:
hesitação e reformulação;
mudança na direção comunicativa;
cria reticências etc.
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	VAMOS PRATICAR?
1- Leia o texto abaixo.
	“Procura explicar as regularidades observadas no uso interativo da língua, analisando as condições discursivas em que se verifica esse uso.” (Cunha, 2009:174)
O texto apresentado refere-se:
à Sociolinguística.
ao Gerativismo.
ao Funcionalismo.
ao Estruturalismo.
à Gramática Normativa 
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2. Os funcionalistas concebem a linguagem como
uma capacidade inata.
um fato mental.
um instrumento de interação.
uma instituição social.
um ato individual.
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MARCADORES DISCURSIVOS
Vícios de linguagem para a Gramática Normativa.
Enquanto o texto escrito é fruto de uma reflexão mais elaborada, a fala, que é por natureza improvisada, impõe maior dificuldade de manter a linearidade que se verifica na escrita.
Exemplos. Sabe? Né? Entende?Aí etc.
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GRAMATICALIZAÇÃO
	Processo que envolve abstratização: o significado gramatical faz com o que o item lexical sofra um esvaziamento semântico. 
	Exemplos. 
‘as preposições durante (latim ‘durar’) e mediante (que serve de auxílio;
as conjunções consoante (do latim “que soa com”), conforme (significava ‘que tem a mesma forma’);
Verbo querer na construção quer ... quer: “Quer chova quer faça sol”;
d) etc.
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GRAMATICALIZAÇÃO
	O deslizamento de sentido de ‘onde’ que passa da noção de espaço físico (b.1) para espaço de tempo (b.2) e para marcador discursivo (b.3)
b.1. “No banheiro ... nós vamos encontrar ... uma prateleira ... onde fica ...”
b.2. “ ... depois disso ... teve a noite onde foi escolhido o grupo de cinco pessoas ...”
b.3. “ ... eu acho que as pessoas deveriam estar lutando ... por melhores condições de vida ... de melhor educação para seus filhos ... onde as pessoas poderiam viver num país bom ...” 
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SUBPRINCÍPIOS DA ICONICIDADE
Subprincípio da quantidade. Quanto maior for a quantidade de informação, maior a quantidade de forma.
	Exemplo. Ele não era motorista dele não.
Subprincípio da integração. O conteúdo que está mais próximo mentalmente coloca-se próximo sintaticamente.
	Usado para justificar problemas na concordância quando o sujeito está longe do verbo.
Subprincípio da ordenação linear. Refere-se à ordenação dos elementos na sentença. Segundo esse princípio, a ordenação dos elementos na oração tende a espelhar a sequência temporalem que os eventos descritos ocorreram.
Ex.: “Vim, vi, venci.” 
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O CONCEITO DE FUNÇÃO
Função = valor de ‘papel’ ou ‘utilidade’ de um termo.
A noção de ‘função’ não se refere aos papeis que desempenham as classes de palavras ou os sintagmas dentro da estrutura das unidades mas ao papel que a linguagem desempenha na vida dos indivíduos. 
Importância desse conceito de função. O funcionalismo leva em conta a capacidade que os indivíduos têm não apenas de codificar e decodificar expressões, mas também de usar e interpretar essas expressões de uma maneira interacionalmente satisfatória. 
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O FUNCIONALISMO E AS METÁFORAS
	PESSOA > OBJETO > ATIVIDADE> ESPAÇO > TEMPO > QUALIDADE
‘Atrás’ (noção espacial) > tempo (2 anos atrás) > atrasado (qualificação).
‘Pé’ (ser humano) > ‘pé da mesa’> ‘pés’ (medida).
'Braço' (parte do corpo) > ‘braços do sofá’ > ‘braço direito’ (qualificação).
‘Cabeça’ (parte do corpo) > ‘cabeça-d’água’ > ‘cabeça do grupo’ (qualificação).
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O PRINCÍPIO DA ICONICIDADE
Princípio que prevê motivação na relação entre forma e significado de modo que os humanos agem intencionalmente em termos linguísticos: existe uma relação não-arbitrária entre forma e função.
Isso implica que na língua nada dá-se ao acaso.
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O PRINCÍPIO DA ICONICIDADE
A arbitrariedade do signo linguístico conforme proposta por Saussure separa o significante do seu correlato mental (o significado). 
Para criar novos rótulos, o falante tende a utilizar material já existente na língua utilizando a motivação: a palavra assume uma forma específica, por um motivo determinado. Assim, tem-se, por exemplo, a: 
motivação semântica: pé da mesa; coração da cidade;
motivação morfológica: apagador, leiteiro (processo de derivação); aguardente, pára-quedas ( composição);
motivação fonética: cocorocó, tilintar.
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O FUNCIONALISMO E O PRINCÍPIO 
DA ICONICIDADE
Gramática e discurso - gramática provém do discurso e ao mesmo tempo o molda; por outro lado, o discurso contribui para moldar a gramática. Discurso é o uso potencial da língua em situação de comunicação. 
Pressões de uso geram regularidades e irregularidades na língua. (áreas que estão em fluxo, o que faz com que surjam novas variações, decorrentes do aspecto criativo do discurso).
A comunicação pressiona a língua em direção a uma maior regularidade e iconicidade. A competição dessas duas forças faz com que as gramáticas das línguas nunca sejam estáticas. 
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A RELAÇÃO ENTRE FORMA E FUNÇÃO
f) Elementos que refletem a emoção do falante: “puxa vida”, “poxa”, “pô”.
g) Expressões como “Olha aí (aí)” e olha só (ossó) que podem funcionar como elementos de aviso ou chamamento.
h) Verbos de percepção: ver, perceber (=saber): percebeu? Agora você vê ... Deixa ver ...
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O FUNCIONALISMO E AS METÁFORAS
O pensamento inicialmente trabalha com conceitos adquiridos pelo contato com o mundo concreto: Interesse - propriedades cognitivas do usuário
É a metáfora que permite que o homem compreenda o mundo das idéias em função do mundo concreto. Segundo Heine et alií (1991) o processo metafórico é unidirecional e se faz de acordo com a seguinte escala de abstração crescente:
	PESSOA > OBJETO > ATIVIDADE> ESPAÇO > TEMPO > QUALIDADE
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A RELAÇÃO ENTRE FORMA E FUNÇÃO
A gramática da língua é acessível às pressões de uso.
Exemplos. 
‘A gente’ passa de substantivo a pronome; 
‘Você’ passa de pronome de tratamento a pronome pessoal; 
O uso de ‘você’ como sujeito indeterminado em manuais e receitas;
as preposições durante (latim ‘durar’) e mediante (que serve de auxílio; como preposição significa por meio de);
as conjunções consoante (do latim “que soa com”), conforme (significava ‘que tem a mesma forma’). 
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O FUNCIONALISMO: ANÁLISE DO CONTEXTO
Vejamos os exemplos: (a) Você é bonita; (b) Bonita você é.
Podemos usar os dois no mesmo contexto?
Contexto 1. 
“Maria: Minha nossa! Não sei com qual roupa irei ao encontro de hoje com o João. Além disso, meu cabelo está horrível.
Ana: Você é bonita. Não se preocupe! Você ficará bem com qualquer roupa.”
Contexto 2. 
“Paula: Menina! Sua pele é ótima! Seu cabelo é incrível! Adorei o seu visual! Você é bonita!
Ana: Que nada! Bonita é você.”
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O FUNCIONALISMO
	Gramática e discurso não são conceitos separados: a gramática molda o discurso e o discurso molda a gramática. 
	
	Funcionalismo - a língua possui uma importância social (=discursiva).
	Língua: 
	a) instrumento de interação social entre seres humanos;
	b) existe em virtude de seu uso para a interação entre seres humanos.
	
	A gramática funcional inclui na sua análise toda a situação comunicativa: o evento de fala, seus participantes e o contexto discursivo. 
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O FUNCIONALISMO
Usuários - criadores, transformadores das estruturas e responsáveis pelo estado e forma da língua
	
Análise da estrutura gramatical dentro de toda situação comunicativa: a situação comunicativa explica ou mesmo determina a estrutura gramatical.
Gramática - não é um organismo geneticamente determinado gerado apenas por fatores cognitivos inatos, mas sobretudo uma consequência da interação dos usuários em situação concreta de comunicação.
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O FUNCIONALISMO: ANÁLISE DO CONTEXTO
	Conclusão: o segundo enunciado só poderia ter sido produzido em um contexto de “réplica”. Por isso, segundo o Funcionalismo, não podemos ignorar o contexto, pois, no caso apresentado, a organização sintática do enunciado é motivada pelo contexto discursivo em que ela ocorre.
	
	Uma das diferenças do funcionalismo para as teorias que o antecederam é essa importância dada ao contexto de produção e à relação entre forma e função. 
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BREVE HISTÓRICO
Saussure: língua como sistema; a linguagem humana pode servir de meio de comunicação e de transmissão de conteúdo. 
Chomsky: língua como capacidade inata ao ser humano.
Labov: estudo da língua em situação real de comunicação, levando em conta fatores externos – sexo, idade, escolaridade, procedência geográfica etc. – como possíveis influenciadores da forma de codificação linguística. 
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BREVE HISTÓRICO
Sociolinguística. Ao estabelecer que a língua é um fenômeno social por ser heterogênea como os grupos que compõem uma sociedade, Labov valoriza a participação dos falantes. 
2) Embora Saussure reconhecesse que a língua é o produto social da faculdade da linguagem, deixou a fala fora dos seus estudos por considerar que sua heterogeneidade seria de difícil descrição. 
	Oposição do funcionalismo a Saussure. A língua não é um fenômeno isolado, mas serve a uma variedade de propósitos dos quais, efetuar a comunicação é apenas um deles. 
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AULA 10 - 	O FUNCIONALISMO
CURSO DE LETRAS – PROFESSORA MARCIA DIAS LIMA DA SILVA
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