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O TÉRMINO DA VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA Duas situações: 1. Normas Jurídicas com fim predeterminado / vigência temporária. 2. Normas Jurídicas com caráter permanente. 1. Término da vigência para normas com fim predeterminado. Ocorre quando o próprio texto dispõe a data de seu fim. Lei n° 8.685, de 20.07.93 Cria mecanismos de fomento à atividade audiovisual e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Até o exercício fiscal de 2003, inclusive, os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido as quantias referentes a investimentos feitos na produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente. Brasília, 20 de julho de 1993; 172º da Independência e 105º da República. ITAMAR FRANCO Ocorre quando a lei é posta em vigor e sua vigência está subordinada a fato ou situação jurídica – estado de guerra, estado de sítio, calamidade pública... Estado de Guerra = declaração formal de guerra. Estado de Sitio = crise econômica, social e política. Calamidade Pública = inundação, seca, peste. Medidas Provisórias = têm 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias para poderem ser transformadas em lei – caso contrário, perdem a eficácia desde a data de sua publicação. - Vigoraram nesses 60 dias, prorrogáveis por mais 60, porém, se não transformadas em lei, perdem a eficácia = qualidade da norma vigente de produzir efeitos no seio da coletividade. - Se a MP perder a eficácia, o Congresso Nacional vai disciplinar as relações jurídicas ocorridas no seio da coletividade neste período de tempo. 2. Término da vigência para Normas Jurídicas com caráter permanente. Revogação – As normas jurídicas, em regra, podem deixar de ter vigência quando substituídas por outras. Conceito: revogar significa tirar de vigor uma norma jurídica, mediante a colocação em vigor de outra mais nova. Art. 2o LICC – Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique. Divide-se em: Ab-rogação: supressão total da norma jurídica anterior. Derrogação: supressão parcial na norma jurídica anterior –capítulo, artigo, parágrafo, inciso. Distinção doutrinária. Para estudos de técnica legislativa utilizamos o termo genérico REVOGAÇÃO. Critérios que conduzem à revogação: Hierárquico: uma norma jurídica apenas pode revogar outra se pertencer ao mesmo plano hierárquico ou se for de plano hierárquico superior. Cronológico: a norma jurídica nova revoga a antiga. Quando surge uma nova Constituição, pode ocorrer uma série de revogações automáticas de normas de hierarquia inferior – tais normas não foram RECEPCIONADAS pelo novo texto constitucional. A revogação pode ser: Expressa: Quando a norma jurídica, revogadora, declara qual(is) norma(s) jurídica(s) anterior(es), ou aspecto(s) está(ao) sendo revogado(s). Tácita: não declara qual(is) norma(s) jurídica(s) está(ao) sendo revogada(s), tornando todas aquelas – ou parte delas – que forem incompatíveis com a nova norma revogadas. ESPECIALIZAÇÃO: impropriamente chamado de critério de revogação – art. 2o, § 2º LICC - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. REPRISTINAÇÃO (significa restituir-se ou retornar ao valor ou estado primitivo). Repristinação da norma jurídica: fazer retornar à vida uma norma já revogada, pelo fato de a norma revogadora ter perdido a sua vigência. Não existe em nosso ordenamento = segurança jurídica. A norma só volta a ter vigência se a norma jurídica revogadora ou outra mais nova assim o declare. Art. 2o, § 3º, LICC - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Normas Jurídicas que não podem ser revogadas: “Cláusulas Pétreas” – normas definitivas – única alternativa = elaborar por inteiro nova CF. Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: ... § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.
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