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Resumo - PABLO STOLZE - LINDB

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https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
Direito Civil 
- Pablo stolsz- 
 
Lei de introdução às normas no direito brasileiro 
1. Objetivo de uma lei de introdução 
➢ Era denominada Lei de introdução ao Código Civil brasileiro 
➢ Não é parte integrante do código civil 
➢ Mais técnico denominar “Lei de introdução às leis” 
➢ Norma máxima de compreensão do sistema jurídico 
➢ Modificação pela lei 12.376/2010 que alterou a ementa para determinar que o 
referido preceito normativo passasse a ser conhecido como “Lei de introdução às 
normas do Direito Brasileiro” 
 
2. Interpretação das normas 
➢ Hermenêutica 
➢ Toda norma precisa ser interpretada 
➢ Técnicas para auxiliar na interpretação: 
a) Literal/gramatical: Exame de cada termo, isolada ou sintaticamente (escola de exegese) 
b) Lógico: Utilização de raciocínio lógico (dedutivo e indutivo) 
c) Sistemático: Análise a partir do ordenamento jurídico, relacionando-a com outras. 
d) Histórico: Análise partindo da premissa dos seus antecedentes históricos, verificando as 
circunstâncias fáticas e jurídicas que lhe antecederam, bem como o próprio processo 
legislativo. 
e) Finalístico/teleológico: Análise tomando como parâmetro a sua finalidade declarada, 
adaptando-as as novas exigências sociais. 
➢ Outras classificações: 
a) Quanto à origem: 
→ Doutrinária, 
→ Jurisprudencial 
→ Autêntica (realizada pelo legislador por meio de lei interpretativa) 
b) Quanto aos resultados: 
→ Declarativa (apenas declara o exato alcance da norma) 
→ Extensiva (estende o alcance eficacial da norma) 
→ Restritiva (restringe o alcance eficacial da norma) 
→ Ab-rogante (Reconhece que o preceito interpretado é inaplicável) 
➢ Nenhum método se impõe sobre o outro 
➢ É apenas um conjunto de instrumentos teóricos à disposição do aplicador do direito para 
a realização da regra de interpretação contida no art. 5º da LINDB 
“Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e 
às exigências do bem comum”. 
➢ A interpretação judicial, busca também atualizar o entendimento da lei, dando-lhe uma 
interpretação atual que atenda as necessidades do momento histórico em que está sendo 
aplicada. 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
➢ Em algumas matérias, a interpretação pelo tribunal antecipa muitas vezes a atividade 
legislativa. 
➢ A interpretação é o momento próprio de construção da norma jurídica 
 
3. Algumas noções sobre a integração normativa 
➢ Quando inexiste a lei para o caso, deve o juiz se valer de outras fontes do direito 
➢ Art. 4º LINDB → O juiz decidirá de acordo com a analogia, costumes e princípios gerais 
do direito. 
➢ A essas fontes supletivas, somam-se a doutrina, a jurisprudência e a equidade. 
➢ PS: Não se confunde método analógico de integração normativa com interpretação 
extensiva. (na primeira, não existindo lei aplicável, o juiz aplicará a analogia; a segunda diante 
da lei aplicável ao caso, nada se acresce a ela, estabelecendo novos limites da norma) 
 
4. Aplicação temporal de normas 
➢ A vigência surge com a publicação no diário oficial 
➢ Art. 3º da LINDB → ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece 
➢ A partir da publicação a obrigatoriedade da lei surge, mas não necessariamente a vigência 
e vigor imediatamente. 
➢ Salvo disposto ao contrário, a lei só vigorar no país após 45 DIAS depois da publicação 
➢ Nos estados estrangeiros a obrigatoriedade só vigora após 3 MESES da publicação 
➢ Para que vigore imediatamente, deve-se estar previsto expressamente no corpo. 
➢ VACATIO LEGIS → período em que a lei, após a publicação, aguarda o início da sua 
vigência. por: 
a) Ser fixada data posterior para o início dos efeitos 
b) Entrar em vigor após 45 dias, em face da omissão da norma 
c) Estar pendente de regulamento, explicita ou implicitamente (normas de eficácia 
limitada) 
➢ Correções de lei em vigor considera-se lei nova, devendo recomeçar a vacatio legis. 
➢ ULTRATIVIDADE → quando uma norma não mais vigente, continua a vincular os fatos 
anteriores a sua saída. 
➢ As normas tendem a terem duração indeterminada, devendo ser consideradas como 
exceções as normas temporárias, motivo pelo qual terão vigência até outra lei as modifique 
ou revogue. 
➢ Revogação de lei: 
a) Expressa: Quando a nova norma enuncia a revogação 
b) Tácita: Quando a nova norma disciplina matéria de forma diferenciada da regra original 
 
➢ Quanto a abrangência: 
a) Total (Ab- rogação) 
b) Parcial (derrogação) 
 
➢ Regras reguladoras da revogação: 
a) Lex superior: A norma que dispõe, formal e materialmente, sobre a edição de outras 
normas prevalece sobre essas. Ex. Confronto entre CF e lei ordinária. 
b) Lex posterior: Se as normas do mesmo escalão estiverem em conflito, deve-se 
prevalecer a mais recente. 
c) Lex specialis: a norma especial revoga a geral no que esta dispõe especificamente. 
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau 
➢ REPRISTINAÇÃO → Restauração da lei revogada pela revogação da sua lei revogadora. 
 → Em regra, não é aceito pelo ordenamento jurídico (art. 2º §3º) 
 Caducidade também é uma forma de extinção de normas 
jurídicas, a norma caduca, pois, as condições por ela previstas não 
existem mais. Ex. normas temporárias. 
 
5. Conflito de normas no tempo (direito intertemporal) 
➢ Art. 6º dispõe que as leis em vigor terão “efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.” 
➢ A lei civil é irretroativa 
➢ Não pode um dos contratantes invocar a aplicação de uma lei posterior, sob o argumento 
de ser-lhe mais benéfica, pelo fato que a nova lei revogadora poderá ser prejudicial aos 
interesses da outra parte. 
➢ Nem o Estado poderá pretender retroagir os efeitos de lei nova. 
➢ Admite-se a retroatividade se expressa e não ofender direito adquirido, ato jurídico perfeito 
e coisa julgada. 
 
6. Aplicação espacial de normas 
➢ A norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado que a editou. 
➢ Princípio da territorialidade 
➢ Extraterritorialidade → admissão de aplicabilidade, no território nacional, de leis de outro 
Estado, segundo princípios e convenções internacionais. 
➢ ESTATUTO PESSOAL→ a norma de um Estado acompanha seu nacional para regular 
seus interesses em outro país. 
 
7. Conflito de normas no espaço 
a) Em questões sobre o começo e fim da personalidade, o nome, a capacidade e 
os direitos de família, deve ser aplicada a lei do país de domicílio da pessoa (art. 7º). 
b) Em questões sobre a qualificação e regulação das relações concernentes a 
bens, deve ser aplicada a lei do país onde estão situados (art. 8º). 
c) Em questões envolvendo obrigações, deve ser aplicada a lei do país onde foram 
constituídas, reputando-se constituída no lugar em que residir o proponente (art. 
9º, § 2º). 
d) Em questões envolvendo sucessão por morte (real ou presumida — ausência), 
deve ser aplicada a lei do país de domicílio do “de cujus”, ressalvando-se que, 
quanto à capacidade para suceder, aplica-se a lei do domicílio do herdeiro ou 
legatário. Finalmente, quando a sucessão incidir sobre bens do estrangeiro, 
situados no Brasil, aplicar-se-á a lei brasileira em favor do cônjuge brasileiro e 
dos filhos do casal, sempre que não lhes for mais favorável a lei do domicílio do 
defunto (art. 10, §§ 1º e 2º). 
https://www.passeidireto.com/perfil/ellicalhau
 
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➢ Sobre as empresas estrangeiras no Brasil, devem obedecer à lei do Estado que se 
constituíram, mas somente poderão ter aqui filiais, agencias ou estabelecimentos depois de 
terem seus atos constitutivos aprovados pelo governo brasileiro, ficando as sucursais 
submetidas à lei nacional. 
➢ Não pode utilizar provas que a lei brasileira não admita 
➢ Compete ao STJ processar e julgar a homologação das sentenças estrangeiras ea 
concessão do exequatur (autorização do STJ para cumprimento da diligencia estabelecida 
em decisão estrangeira) às cartas rogatórias. 
 
8. Segurança jurídica e eficiência na criação e aplicação de normas por agentes públicos 
➢ Alteração da LINDB com a Lei 13.655/2018 que acrescentou os novos art. 20 a 30. 
➢ Busca-se restringir o âmbito de atuação interpretativa do agente público, nas searas 
administrativa, controladora ou judicial, prestigiando-se uma perspectiva “pragmática” ou 
“consequencialista” em suas decisões. 
➢ Insegurança jurídica 
 
 
 
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