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Necessidades Psicológicas

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Necessidades
Psicológicas
Psicologia da Motivação e Emoção
Processo psicológico subjacente ao desejo de buscar interações com o ambiente para ganhar experiências e promover a vitalidade, o crescimento e o bem-estar psicológico.
Exemplos: 
Autonomia
Competência
Relacionamento
Necessidades Psicológicas
Necessidades Psicológicas - causam em nós uma disposição de exploração e de envolvimento com um ambiente que seja capaz de satisfazer essas necessidades.
Quando as pessoas se encontram em ambientes que apoiam suas necessidades psicológicas experimentam um desenvolvimento saudável e emoções positivas.
Necessidades Psicológicas
Necessidades Psicológicas - são inerentes aos esforços próprios da natureza e do desenvolvimento de saúde dos seres humanos. Existem na natureza humana e, portanto, são inerentes a todas as pessoas.
Distinção entre Necessidades Psicológicas e Sociais 
As teorias organísmicas tem seu nome proveniente do organismo, ou seja, uma entidade viva em uma troca ativa com seu ambiente.
Essas teorias reconhecem que os ambientes estão continuamente mudando e, em função disso, os organismos necessitam de flexibilidade para se ajustar e se acomodar a essas mudanças.
Os organismos também precisam de recursos ambientais para crescerem e para utilizarem seus potenciais latentes.
Foco desta abordagem - em como os organismos iniciam suas interações com o ambiente e como os organismos se adaptam, se modificam e crescem em função dessas transações ambientais.
Abordagem Organísmica da Motivação
O oposto da abordagem organísmica é uma abordagem mecanicista.
Nas teorias mecanicistas, o ambiente atua sobre o indivíduo, e o indivíduo reage.
Por exemplo: ambiente produz calor, e o indivíduo reage suando.
Uma direção única (ambiente-pessoa).
Oposto da abordagem organísmica
Teorias organísmicas rejeitam essa representação que leva em conta uma direção única (ambiente pessoa).
Na dialética, o ambiente atua sobre a pessoa e a pessoa sobre o ambiente.
Necessidades da pessoa são satisfeitas pelo ambiente, e o ambiente produz na pessoa novas formas de motivação.
O organismo é inerentemente ativo.
Os eventos ambientais afetam o indivíduo, oferecendo-lhes desafios, feedback, oportunidades de escolha, atividades interessantes e relações de apoio.
Dialética pessoa-ambiente
As necessidades psicológicas organísmicas (autonomia, competência e de relacionamento) fornecem às pessoas uma motivação natural para aprender, crescer e desenvolver-se.
E o sucesso ou fracasso na obtenção dessa aprendizagem, desse crescimento é algo que depende do fato de os ambientes apoiarem ou frustrarem a expressão de suas necessidades de autonomia, competência ou relacionamento.
Necessidades Psicológicas e o Ambiente
Autonomia - ocorre quando nossos interesses, nossas preferências e nossas vontades guiam nosso processo de tomada de decisões sobre participarmos ou não de uma atividade em particular.
Autonomia (autodeterminação) é a necessidade de experimentar uma escolha na iniciação e na regulação do comportamento, o que reflete o desejo de fazer suas próprias escolhas, em vez de deixar que os eventos ambientais determinem as ações que se deve tomar.
Autonomia
Três qualidades experienciais operam juntas:
Lócus de controle percebido (LCP) - refere-se à compreensão de que o indivíduo tem da fonte causal de suas ações motivadas.
Seu comportamento é iniciado a partir de uma fonte pessoal? LCP interno.
Seu comportamento é iniciado a partir de uma fonte ambiental? LCP ambiental.
Volição - Vontade que o indivíduo tem de se engajar em uma certa atividade, porém sem ser pressionado a fazê-lo.
Volição está centrada no quanto de liberdade versus coação a pessoa sente enquanto está fazendo algo que ela quer.
O oposto da volição é sentir-se pressionado ou coagido a praticar uma ação.
Escolha percebida - refere-se àquele sentido de escolha que experimentamos quando nos encontramos em ambientes que nos fornecem uma certa flexibilidade na tomada de decisão, e que nos apresentam diferentes oportunidades de escolha.
Autonomia
Alguns ambientes apoiam e satisfazem nossas necessidades de autonomia, ao passo que outros ignoram e frustam essas necessidades.
Instituições, contextos sociais e culturas também variam no grau que apoiam a autonomia dos indivíduos. Ex: Exército, Igreja etc.
O oposto de um ambiente apoiador da autonomia é um ambiente controlador, que ignora a necessidade de autonomia dos indivíduos, pressionando estes, em vez disso, a se ajustarem a uma maneira predeterminada. 
Apoiando a autonomia
Estilo motivacional - como as pessoas tentam motivar as outras.
Estilo motivacional controlador
Motiva as outras pessoas através da comunicação de uma agenda informando o que elas devem pensar, sentir e fazer, e depois, oferecendo-lhes motivadores extrínsecos e uma linguagem coerciva, com o objetivo de fazer as pessoas se enquadrarem nessa agenda.
Estilo motivacional apoiador da autonomia 
A motivação se dá através da identificação e do apoio aos interesses, às preferências e à autorregulação autônoma dos indivíduos.
Estilo motivacional
Estilos motivacionais apoiadores incentivam as pessoas promovendo seus recursos motivacionais internos.
Identificam interesses, preferências, competências dessas pessoas.
Exemplos
Promovendo recursos motivacionais internos
Professor apoiador da autonomia
Professor controlador da autonomia
Coordenará um plano de lições de acordo com os interesses, preferências, o senso de desafio e as competência dos alunos.
Desconsiderará recursos motivacionais internos, buscando motivadores extrínsecos como incentivos, consequências, datas-limites, tarefas etc.
As vezes, as pessoas que tentamos motivar encontram-se despreparadas, ou podem apresentar um mau desempenho ou podem se comportar de maneira inadequada.
Atuação daqueles com estilo motivacional apoiador - tratam o despreparo e o comportamento inadequado como problemas que precisam ser resolvidos, e não como alvo de críticas. Procuram utilizar uma linguagem informal.
Escutar com atenção, compartilhar materiais didáticos, criar oportunidade para os outros falarem e trabalharem à própria maneira, perguntar interesses, sugerir, incentivar o esforço, 
elogiar o progresso, e reconhecer o ponto de vista de outras 
pessoas.
Atuação daqueles com estilo motivacional controlador -
linguagem coercitiva, rígido, que procura falar sério, e que procura dizer o que o outro deve fazer.
Motivando pessoas
Pesquisas sugerem que o estilo apoiador da autonomia tem resultados mais favoráveis no engajamento das atividades.
Maior competência percebida
Maior autoestima
Maior compromisso
Tom emocional positivo
Prazer com os desafios
Maior flexibilidade de pensamento
Melhora no desempenho
Manutenção da alteração comportamental
Estilo apoiador da autonomia
 É uma necessidade psicológica que faz com que forneça uma fonte inerente de motivação, capaz de fazer as pessoas buscarem algo e se esforçarem para alcançar o que for necessário para dominar desafios em nível ótimo.
Situações que podem envolver e satisfazer nossas necessidades de competência ou frustrá-las.
O ambiente pode satisfazer a necessidade de competência quando ocorre a presença de um desafio e de uma estrutura em nível ótimo.
Competência
Quando o desafio encontra-se em um nível superior à habilidade (a habilidade é baixa; e o desafio é alto) o indivíduo sente seu senso de competência ameaçado, que pode se expressar através de preocupação e ansiedade.
Quando o desafio se equipara com o nível de habilidade (a
habilidade e o desafio são moderadamente elevados) surgem a concentração, o envolvimento e o prazer.
Quando a habilidade é superior ao desafio (a habilidade é alta ; e o desafio é baixo) engajamento na tarefa se 
caracteriza por uma redução na concentração, por um 
envolvimento mínimo na tarefa. Manifestação emocional -
tédio ou indiferença. 
Competência
Quando o ambiente tolera o fracasso há um incentivo maior para buscar tentar dominar os desafios.A tolerância ao erro, ao fracasso fundamentam-se na crença de que aprendemos mais com o fracasso do que com o sucesso.
O fracasso produz oportunidades de aprendizagem porque tem seus próprios aspectos construtivos, que se verificam quando as pessoas identificam as causas do insucesso, tentam adotar novas estratégias, vão em busca de conselho e instrução.
Tolerância ao fracasso
A estrutura é a comunicação clara do que o ambiente espera que a pessoa faça para que obtenha os resultados desejados.
Fornecer uma estrutura para os outros é fornece-lhes:
Informações sobre os caminhos para obter os resultados desejados;
Apoio e orientação para eles realizarem o que for necessário para conseguirem seu objetivo.
Estrutura
Fontes do feedback 
A tarefa em si.
Comparações que a pessoa faz de seu desempenho com desempenhos anteriores.
Comparações que a pessoa faz de seu desempenho com o desempenho de outras pessoas.
Avaliações feitas por outras pessoas.
Feedback de desempenho em suas diversas formas fornece informações que as pessoas precisam para formular uma avaliação cognitiva de seu nível de competência.
Feedback positivo
O relacionamento com os outros é uma necessidade que sentimos de estabelecer elos e vínculos emocionais com outras pessoas, refletindo nosso desejo de estar emocionalmente conectados e interpessoalmente envolvidos em relações calorosas.
Todos desejamos interagir socialmente .
Todos queremos que os outros nos compreendam como indivíduos e também queremos que as outras pessoas nos aceitem e valorizem.
Queremos reciprocidade nas amizades e nas trocas com as pessoas.
O desejo de ter relações com indivíduos estende-se para os grupos, com as organizações e com as comunidades.
Relacionamento com os outros
Relações que não envolvem afeto, a apreciação, a aceitação e a valorização não satisfazem à necessidade de relacionamento.
Qualidade do relacionamento parece ser mais importante do	que a quantidade de relacionamentos.
Emoções como tristeza, depressão, ciúme e solidão podem ser sinais típicos de uma vida sem vínculos sociais íntimos e de alta qualidade.
Percepção de vínculo social
Relações de troca - são aquelas que ocorrem entre conhecidos ou entre pessoas que fazem negócios entre si. Não existe qualquer obrigação em se preocupar com as necessidades e o bem-estar do outro.
Relações de comunhão - São aquelas que ocorrem entre as pessoas que se importam com o bem-estar do outro , tal como amizades, na família e nos relacionamentos românticos. Ambas as partes se sentem na obrigação de apoiar as necessidades e o bem-estar do outro.
Somente as relações de comunhão satisfazem a necessidade de relacionamento. 
Relações de comunhão e de troca
Reflete a tendência do individuo de voluntariamente adotar e integrar em seu self os valores e as regras de outras pessoas (ou da sociedade). 
O relacionamento com os outros oferece o contexto social para a ocorrência da internalização. 
O fato de existir um alto grau de relação com o outro não significa que a internalização ocorrerá. Para que a internalização se verifique , também é preciso que o indivíduo veja valor, significado e utilidade nas prescrições (“faça isso”) e proscrições (“não faça aquilo”) dadas pelo outro.
Internalização 
O apoio à autonomia, o fornecimento de uma estrutura e o 
envolvimento são aspectos importantes do contexto social, uma vez que fornecem meios pelos quais os ambientes adquirem a capacidade de envolver e satisfazer as necessidades psicológicas. 
 Quando as pessoas se engajam nas atividades recebem os 
nutrientes psicológicos (para a satisfação de suas necessidades) e que permite lhes engajar no que fazem e viver com experiências subjetivas de vitalidade e de bem-estar psicológico. 
Internalização

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