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SISTEMA DE ENSINO E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
TEMA 1 – SISTEMAS DE ENSINO – CONCEITOS, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
Saviani (2009, p. 2) alerta que "[...] o sistema não é um dado natural, mas sempre, um produto da ação humana". Esta ação carrega uma intencionalidade e está presente nos sistemas público, privado, filosófico, político e educacional. Um sistema abarca sempre um contexto mais amplo em que está inserido.
O sistema educacional contempla uma estrutura, portanto estão inter relacionados. Além disso, "o sistema exige a articulação entre teoria e prática, entre o pensar e fazer, entre intelecto e ação"
Temos, atualmente, os seguintes sistemas de ensino: o federal, os estaduais e os municipais.
TEMA 2 – LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL – MARCOS LEGAIS: CONCEITO E IMPORTÂNCIA
Perante a lei, todos são iguais, têm os mesmos direitos e deveres como cidadãos. A Constituição Federal é o principal marco de ação de todo o país, e é ela que regula todas as suas relações sociais. Nesse sentido, é um marco importante. A nossa Constituição de 1988 foi denominada de constituição cidadã, pois foi elaborada num clima de ampla participação democrática e popular. Nesse sentido, a participação de todos os sujeitos políticos, dos sindicatos e dos movimentos sociais foi muito importante para a garantia de diversos direitos sociais. Entre esses direitos está a educação. A Constituição coloca no início a educação como um direito social e traz outras questões, como a gratuidade do ensino, a existência de escolas públicas e privadas.
No campo educacional, temos a legislação educacional que orienta o funcionamento da educação formal em nosso país: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, promulgada após oito anos de debate no congresso nacional; o Plano Nacional de Educação 2014-2024, que tem sua elaboração determinada pela CF/1988, constituindo-se uma política nacional de Estado com duração decenal; o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990); as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Res. CNE/CEB – 4/2010).
TEMA 3 – A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDBEN
A CF de 1988 trata a educação: “[...] como um dos direitos sociais inalienáveis”. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito como direito público subjetivo, [...[ a educação é um direito constitutivo da pessoa, de todo cidadão brasileiro, e o Estado (o governo) é o responsável por assegurar que esse direito seja de fato efetivado, garantido” (Soares; Soares, 2017, p. 32)
Entre as questões principais, vale lembrar que a educação, ainda que seja um direto, é também um dever, que faz com que as crianças, os adolescentes e os jovens estejam na escola. Por isso, os pais, quando não matriculam seus filhos menores de idade na escola, ficam passíveis de penalidades
A LDBEN (1996), na área educacional, referindo-se à escolarização formal – escola regular (públicas e privadas). Neste campo, a LDBEN estabelece dois níveis de educação nacional: educação básica e educação superior. Também nesta Constituição está clara a necessidade de a União legislar sobre as diretrizes e bases da educação e formar um plano nacional de educação. No mesmo ano da aprovação da Constituição, começaram as discussões sobre a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A LDB veio, portanto, reforçar alguns princípios: Igualdade de condições para acesso e permanência na escola; Liberdade de pensamento; Garantia de padrão de qualidade; Gratuidade do ensino público em instituições escolares oficiais; Valorização dos profissionais da educação; Gestão democrática da educação; Respeito a liberdade e apreço à tolerância; Valorização da experiência extraescolar; Vinculação entre a educação, as práticas sociais e o trabalho.
A Constituição Federal, assim como a LDB, tem também a tarefa de organizar um plano nacional de educação.
A LDB traz a organização da educação como educação básica. Ela ordena e dá todas as diretrizes a serem seguidas. Lembre-se que a educação está assim dividida: 
3.1 Educação básica – dividida em 3 etapas
 Educação infantil – para crianças da primeira e da segunda infância (0 a 3 anos e 4 e 5 anos de idade); 
 Ensino fundamental – ingresso aos 6 anos com duração de 9 anos;
 Ensino médio – duração mínima de 3 anos, podendo chegar a 5 anos na modalidade educação profissional técnica de nível médio. 
3.2 A educação superior Ensino superior – graduação e pós-graduação.
TEMA 4 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, resultante de um amplo debate social e político, constitui se em um importante documento para assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes na sociedade em geral, na qual, a partir desta lei, são considerados sujeito de direitos, que possuem a garantia de direitos fundamentais, como os direitos à vida, à educação, à saúde e à escola, sem esquecer dos deveres quando esses sujeitos praticam atos infracionais
Quando essas políticas, no caso a política chamada ECA, são analisadas de forma técnica, fazendo-se apenas cumprir as normas ou as regras, corre-se o risco de resolver apenas os itens relacionados a economia, sem sanar as necessidades legítimas da criança e do adolescente, desmerecendo a teoria da proteção integral. Nesse sentido, os conselhos municipais e estaduais e o Governo federal, além das organizações da sociedade civil, apontam o norte das políticas e da gestão por meio do seu planejamento. Esse planejamento é o direcionamento para legitimar as políticas para a infância com a implementação destas, segundo os parâmetros estabelecidos no ECA. Outro ponto fundamental é entender que o sistema de garantia de direitos só existe porque tem como tema central a criança e o adolescente, ou seja, só existe porque existem as crianças e os adolescentes. Pensando assim, entendemos que, para que os direitos das crianças e dos adolescentes sejam respeitados e realmente implementados em comunidades, bairros, cidades e/ou regiões do país, é preciso articular todas as instituições e todos os envolvidos dentro do sistema de garantia de direitos para chegar até as políticas públicas integradas.
TEMA 5 – POLÍTICAS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEAS – CONCEITO E PAPEL
Existem diversas políticas, como as políticas educacionais (estabelecidas no âmbito das políticas sociais e que perpassam reações de poder), as quais destinam-se à área educacional e são constituídas por um conjunto de ações, programas, leis e projetos desenvolvidos em um terreno de disputa no interior da sociedade capitalista.
Por política educacional se entende “um conjunto de ações, programas, projetos, leis que movimenta a área educacional, sempre pautada numa determinada concepção de sociedade e de homem.
A legislação e as políticas educacionais são efetivadas no contexto da prática por meio dos sujeitos envolvidos no espaço escolar. Desse modo, depreende-se que tais políticas estão sujeitas ao processo de hibridização. Ao mesmo tempo que temos as leis, as normas, os decretos, os pareceres escritos e muito bem escritos, temos dificuldade em fazer cumprir essas normatizações e fazer valer o direito à educação para todos. Algumas formas de fazermos com que a escola possa ter acesso a democratização da gestão, autonomia da gestão e, consequentemente, uma participação mais efetiva na gestão escolar é colocarmos em prática os mecanismos da gestão democrática escolar.
TEXTO 2
TEMA 1 – HISTÓRICO DO ATENDIMENTO À CRIANÇA NO BRASIL – DA NEGLIGÊNCIA AOS DIREITOS SOCIAIS
No Brasil, o atendimento às crianças esteve por muito tempo vinculado a um caráter assistencialista e compensatório, em detrimento do educacional ou pedagógico. A oferta da educação pré-primária na LDBEN (Lei n. 4.024/1961) ocorria nas escolas maternais e em jardins de infância. A Lei n. 5692/1971 nada acrescenta à EI. Porém, na década de 1980 o papel dessas instituições de educação infantil foi fortemente criticado pelo meio acadêmico.Com a CF/1988, a educação infantil no Brasil passa a ser responsabilidade do Estado, se constituindo em um direito público subjetivo da criança. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) de 1990 reforça essa conquista: a criança como sujeito de direitos. Porém, é com a LDBEN 1996 que a educação infantil é reconhecida na Educação Básica.
No momento histórico atual, se compararmos com o Brasil colônia, facilmente percebemos a valorização da primeira infância. Podemos citar várias questões: Avanço científico sobre o desenvolvimento infantil; 3 Crescente inserção da mulher no mercado de trabalho; Reconhecimento da criança como sujeito de direitos; Políticas socioeducativas (Estado, família e sociedade); Constituição Federal - CF (1988); Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990); LDBEN, Lei n. 9.394/1996.
O ECA também dispõe sobre a proteção integral das crianças e dos adolescentes. O art. 3° do ECA assegura-lhes a proteção integral, que se traduz em todas as oportunidades e facilidades, afim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. O ECA garante que todas as crianças e adolescentes, independentemente de cor, etnia ou classe social, sejam tratados como pessoas que precisam de atenção, proteção e cuidados especiais, para se desenvolverem e se tornarem adultos saudáveis.
 Algumas dessas legislações: 
 Declaração dos Direitos da Criança (Resolução 1.386 da ONU – 20 de novembro de 1959);
 Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça da Infância e da Juventude – Regras de Beijing (Resolução 40/33 da ONU – 29 de novembro de 1985); 
 Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinquência Juvenil – diretrizes de Riad (ONU, 1º de março de 1988 – RIAD). 
Podemos dizer que o ECA coloca o Brasil numa posição de destaque entre os demais países do mundo, sendo considerada uma das leis mais avançadas na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. A LDBEN n. 9.394/1996 reitera o direito à educação, conforme a CF (1988) e o ECA (1990), reconhecendo a educação infantil como primeira etapa da Educação Básica.
A incumbência na oferta do ensino infantil é dos municípios, que devem oferecer creches com atendimento a crianças de 0 a 3 anos, e pré-escolas para crianças de 4 a 5 anos de idade (obrigatória, prevista na EC59/2009). Os art. 29 e 31 versam sobre a finalidade e a organização da Educação Infantil.
Objetivo da educação infantil: A educação infantil tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança. Na educação infantil, não se aprova ou reprova a criança, apenas acompanha-se o seu desenvolvimento. A educação infantil é dividida em creches e pré-escolas. As creches recebem as crianças de zero a 3 anos e a pré-escola as crianças de 4 a 5. Essa etapa da educação infantil é aquela que vai dar a base; se fossemos pensar em uma árvore, diríamos que a educação infantil é a raiz da árvore. Quando a criança participa da educação infantil, geralmente tem melhores resultados no ensino fundamental e médio. Por isso, a educação tem até 2016 para tornar obrigatório o estudo dos 4 aos 17 anos de idade. Em geral, a educação infantil funciona no período integral. Há inclusive um resquício da assistência social.
Ensino fundamental: durante o ensino fundamental, a criança vai recebendo os conteúdos mínimos para que possa desenvolver-se. Consequentemente, o ensino médio seria os galhos, os ramos, as frutas. Assim, temos um todo articulado, haja vista 5 que um tronco sem raiz não existe, e assim sucessivamente. Trata-se de um todo pensado organicamente para o desenvolvimento da criança. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aponta uma nova forma de determinar nossas crianças, de acordo com faixa etária, nomeando-as de bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas.
TEMA 3 – EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL – O QUE DIZEM O RCNEI, AS DCNEI E O PNE
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), elaborado em três volumes, constitui-se em documento norteador do trabalho pedagógico intencional. Portanto, não é obrigatório, sendo amplamente criticado por seu caráter homogêneo.
As diretrizes têm como princípios norteadores o que é ético, político e estético. Os princípios éticos são autonomia, responsabilidade e respeito. Os políticos estão diretamente ligados aos direitos de cidadania e os estéticos ao respeito à criatividade, sensibilidade e às mais variadas formas artísticas. Esses princípios permeiam toda a educação básica.
Texto 3
TEMA 1 – ENSINO FUNDAMENTAL – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO NA LDBEN
O ensino fundamental na LDBEN (9.394/1996) corresponde à segunda etapa da educação básica, obrigatória e gratuita às crianças a partir dos 6 anos de idade. 
Possui 9 (nove) anos de duração e compreende duas fases: anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano) de ensino.
 Cada fase tem suas especificidades: a primeira abarca a alfabetização e o letramento, já a segunda se volta mais para as bases de português, matemática, geografia, história, ciências, arte e educação física. 
Seu funcionamento se respalda na CF/1988, LDBEN, DCNEF, PNE e a BNCC.
Jornada escolar: A jornada escolar é o tempo de permanência na escola, sendo que a obrigatoriedade, que era dos 6 aos 14 anos, a partir de 2016, passou a ser dos 4 aos 17 anos. 
Horas aula obrigatórias: Então, toda a criança tem que frequentar a escola, o que significa que, minimamente, todos devem ter que dar 800 horas anuais de aula, divididos por 200 dias letivos, então se a escola funciona manhã e tarde com os mesmos alunos, não podemos considerar isso como horas, porque as 800 horas têm de ser distribuídas em, no mínimo, 200 dias letivos. Pode haver mais, claro, mas não pode haver menos. Além disso, a LDB coloca que, dentro dessa jornada escolar, desses 200 dias letivos, nós não podemos considerar os exames finais. Os exames finais não podem ser computados como parte dos 200 dias letivos.
Frequência escolar: É permitido que a criança tenha 25% de faltas, ou seja, ela tem que ter 75% de frequência na escola, para poder ser aprovada. Se ela não tiver isso, ela é reprovada. A avaliação acaba compondo essa jornada, como parte de todos esses 200 dias letivos, mas ela tem que ser diagnóstica. Deve ser uma avaliação que não sirva apenas para quantificar o que o aluno sabe.
TEMA 2 – ENSINO FUNDAMENTAL – ACESSO, PERMANÊNCIA E QUALIDADE 
Acesso, permanência e qualidade, são questões presentes no campo da legislação, como assevera o Art. 3º (LDBEN, 1996): “I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”.
Sobre o acesso ao EF, o art. 208 da Constituição Federal (Brasil, 1988) assevera: “§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”. Entretanto, o acesso se articula com a oferta de vagas, uma vez que na prática, garantir o acesso a todos em idade de frequentar o EF, envolve muitas variáveis. 
De acordo com o Art. 5º da LDBEN (1996), redação dada pela Lei n. 12.796, de 2013: O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo (Brasil, 2013).
TEMA 3 – ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ENTRE A SÉRIE (ANO) E OS CICLOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos anos de 1990, diferentes modalidades de políticas de ciclos na organização da escolarização do EF foram implementadas em atendimento ao art. 23 da LDBEN 9.394/1996: “A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios.”
No regime seriado, a organização do ensino se dá por meio de séries (anos) permeada pela cultura da reprovação e padronização no processo avaliativo.
TEMA 4 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR – ARTICULAÇÕES NECESSÁRIAS
O campo da avaliação da aprendizagemno ensino fundamental se articula com a organização curricular à medida que prioriza aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na dimensão qualitativa, os conteúdos ensinados devem fazer sentido à vida dos alunos e colaborar para a compreensão do mundo em que vivem. 
Trata-se de priorizar conteúdos que se articulam à prática social concreta dos alunos. Para isso, a LDBEN (Brasil, 1996), art. 26, estabeleceu uma base nacional comum (obrigatória) e uma parte diversificada (interesses da comunidade) na definição dos conteúdos escolares de forma integrada.
Essa definição deve-se respaldar nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNEF) instituída pela Resolução n. 7/2010, para que a escola possa assegurar a aprendizagem dos estudantes com significado social.
Toda organização curricular da educação básica tem áreas de conhecimento obrigatório chamadas de base comum, a qual deve ser formada por linguagens, matemática, concepções políticas e permeará toda educação do país. A maior parte do currículo é ocupada pela parte comum, e a parte diversificada é ocupada em menor proporção. A escola tem que procurar atender, nessa parte diversificada, aos interesses da comunidade, na medida de suas condições.
TEMA 5 – ENSINO FUNDAMENTAL NO CAMPO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Dentre as políticas educacionais no campo de EF, situa-se a municipalização dessa etapa de ensino: os municípios devem oferecer com prioridade as matrículas do EF (1º ao 5º ano) regular em atendimento ao regime de colaboração entre os entes federados, como propõe a LDBEN (Brasil, 1996) em seu art. 11. Porém, há de serem consideradas as diferenças socioeconômicas entre o universo municipal em nosso país e que afetam a qualidade da oferta do EF. Nesse ponto, é fundamental o papel dos Conselhos Municipais de Educação (CME) com suas funções consultivas, normativas, deliberativas e fiscais.
· No campo do financiamento da educação, situa-se o Fundeb (2007) em substituição ao Fundef.
· Fundef. A CF de 1988 e a LDBEN de 1996 fixaram que o ensino de qualidade deveria estabelecer padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental e que este deveria ser fixado em cálculo do custo mínimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidade. Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério.
· O Fundef vigorou por dez anos e em 2007 foi substituído pelo Fundeb, no governo de Luis Inácio Lula da Silva, tentando fazer com que a focalização apenas no ensino fundamental não existisse mais. 
O Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC, 2012) contempla 4 eixos, a saber: 1° - Formação continuada de professores alfabetizadores; 2° - Materiais didáticos e pedagógicos; 3° - Avaliações (ANA, Provinha Brasil); 4° - Gestão, controle social e mobilização.
Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional o Plano Nacional da Educação (2014-2024), estabelece prioridade ao ensino fundamental por meio das metas (2; 5; 6 e 7), as quais se desdobram em estratégias políticas e programas educacionais. Destas metas, a mais importante reside na meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
No PNE, encontramos o respaldo legal para a criação da Base Nacional Comum Curricular, considerada referência nacional obrigatória para a elaboração ou adequação dos currículos e propostas pedagógicas. A BNCC tem o intuito de diminuir as desigualdades de oportunidades que a escola pode ofertar. Tem força de lei, e esta seguramente voltada para o fortalecimento da qualidade educacional.
Texto 4
TEMA 1 – A ESTRUTURA DO ENSINO MÉDIO (EM) NO BRASIL – DUAL E ELITISTA
Nas diretrizes do ensino médio, a preocupação é muito maior com a formação, com o conteúdo formal. E ainda há uma grande crise a ser enfrentada, que é a de permanência do aluno no EM. Para que isso aconteça, é preciso que haja preocupação, por parte dos professores, em aplicar metodologias diferenciadas para motivar o aluno a ficar.
TEMA 2 – AS TRÊS FUNÇÕES HISTÓRICAS ATRIBUÍDAS AO ENSINO MÉDIO (EM) BRASILEIRO – PROPEDÊUTICA, PROFISSIONALIZANTE E FORMATIVA
A função propedêutica entende que o EM “[...] tem a função de preparar os alunos para o vestibular, com conteúdos voltados para o ingresso nos cursos superiores, geralmente, com caráter de memorização” (Soares; Soares, 2017, p. 125).
 A função profissionalizante do EM, segundo Soares e Soares (2017, p. 125), “deve preparar para o ingresso no mercado de trabalho promovendo a profissionalização dos alunos em campos específicos para atuação profissional”. 
E a função formativa, ainda segundo Soares e Soares (2017, p. 124), esclarece que o EM “tem a função em si mesmo, não apenas para o mercado de trabalho ou para o vestibular, mas desenvolve o ensino de conhecimentos específicos, importante para o jovem dessa faixa etária por meio de uma formação omnilateral, ou seja, em todas as suas dimensões, uma formação plena".
TEMA 3 – A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO (EM) NA LEGISLAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO PROFISSIONALIZANTE
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Lei n. 9.394/96) estabelece o Ensino Médio (EM) como a terceira etapa da educação básica, e reconhece o potencial formativo dessa etapa de ensino ao "considera-lo como aprofundamento e complemento do ensino fundamental, de modo a se chegar a uma socialização plena do indivíduo" (Cury, 1998, p. 81).
A relação entre o EM e o Ensino Profissionalizante é estabelecida pelos artigos 40 e 42 da LDBEN por meio de dois eixos: o primeiro, articulado com o Ensino Regular (formação geral); o segundo, vinculado aos ambientes de trabalho (profissionalização). Tal articulação é possível desde que a formação geral para o aluno seja atendida.
Em 2004 foi aprovado o Decreto n. 5.154, que representou um avanço à educação profissionalizante em sua articulação com o EM, ao estabelecer uma formação técnica e científica articulada, integrada, em uma perspectiva emancipadora. Trata-se, de acordo com Gramsci, de uma formação técnica e política defendida pela “escola unitária” (Nascimento; Sbardelotto, 2008).
De acordo com o artigo 36-A da LDBEN “[...] o ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas” (Incluído pela Lei n. 11.741/08). 
Os artigos 36-B, 36-C e 36-D (incluídos pela Lei n. 11.741/08) da mesma legislação (LBDEN) asseveram que a oferta da educação profissional técnica será “articulada com o ensino médio”, “integrada e concomitante”, além de “subsequente”. 
A Educação Profissional Técnica de nível médio, em 2012, por meio da Resolução n. 6 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, objetivou a superação da visão assistencialista que acompanhou o EM historicamente.
TEMA 4 – O ENSINO MÉDIO (EM) E AS QUESTÕES CURRICULARES
Nesse sentido, as questões curriculares versam sobre os conteúdos a serem abordados na etapa do ensino médio, sua forma de ensino e metodologia de trabalho. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Lei n. 9.394/96), em seu artigo 26, determina que os currículos devem ter uma base nacional comum obrigatória e outra parte diversificada a critério de cada estabelecimento escolar. O domínio de conhecimentos sobre filosofia e sociologia são fundamentais ao exercício da cidadania.
O artigo 35-A da LBDEN propõe que a “Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação [...]”. E o artigo 36 propõe que o [...] currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: (Redação dada pela Lein. 13.415, de 2017).
I – linguagens e suas tecnologias; [...] II – matemática e suas tecnologias; [...] III – ciências da natureza e suas tecnologias; [...] IV – ciências humanas e sociais aplicadas; [...] V – formação técnica e profissional (LBDEN).
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do EM (Resolução n. 2/12) apresentam e reafirmam a necessidade de a organização curricular contemplar uma base nacional comum e uma parte diversificada, que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado. 
O artigo 8º desse documento apresenta a organização do currículo nas seguintes áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e humanas. 
A BNCC tem reformulando a organização curricular do EM, possibilitando aos estudantes escolher suas disciplinas, entre outros aspectos. Entretanto, tem recebido muitas críticas por parte da sociedade acadêmica.
TEMA 5 – O ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE NO CAMPO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
A Constituição Federal (CF/88), em seu artigo 208, já sinalizava a "[...] progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio", o que vai de encontro à sua universalização. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Lei n. 9.394/96), em seu artigo 4º, reforça esse posicionamento da CF/88, assegurando a oferta – além da organização – do Ensino Médio (EM) pelos sistemas estaduais de ensino mediante os apoios técnico e financeiro da União. 
Além disso, a LDBEN estabelece critérios quanto à formação mínima dos professores para atuar no EM, conforme seu artigo 62, que afirma que “[...] deve ocorrer em nível superior, em curso de licenciatura plena”.
Na meta 3 do Plano Nacional de Educação (PNE), podemos verificar o que se estabeleceu para o EM como meta bastante ousada: a universalização do EM até 2016 à toda a população de 15 a 17 anos, almejando alcançar 85% de matrículas até o fim de sua vigência (2024). Para que isso ocorra são necessários ajustes que requerem financiamento para efetivar e garantir a qualidade do ensino ofertado. Somam-se a essas políticas o Programa Ensino Médio Inovador (2013) e o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) com suas funções.
 O Programa Ensino Médio Inovador (2013) propunha superar a dualidade formar para o mercado versus formar para o mundo do trabalho, ao passo que o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por meio da Portaria n. 109/09, ampliou seus objetivos (ver artigo 2º), contemplando as funções de avaliação sistêmica, certificatória e classificatória.
Texto 5
Nesta aula você irá conhecer as diferentes modalidades de ensino no âmbito da educação básica e suas especificidades. São elas: 
 Educação Especial; 
 Educação Escolar Indígena;
 Educação de Jovens e Adultos (EJA); 
 Educação do Campo
; Educação Escolar Quilombola;
 Educação a Distância (EaD). 
De acordo com o art. 27 da LDBEN 9.394/1996, “A cada etapa da Educação Básica pode corresponder uma ou mais modalidades de ensino” (Brasil, 1996). O termo modalidade corresponde aos modos como os diferentes níveis de educação são desenvolvidos.
TEMA 1 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Lei n. 9.394/1996, art. 58 (Redação da Lei n. 12.796/2013) estabelece a educação especial como “dever do Estado oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e as altas habilidades ou superdotação” (Brasil, 1996). Para isso requer dos sistemas de ensino a organização de currículos, metodologias, recursos educativos e professores especializados para assegurar o princípio da equidade.
A LDBEN (1996), em seu art. 58, parágrafo 1º, assevera que “Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial” (Brasil, 1996). Por sua vez, no art. 58, parágrafo 2º, ela diz o seguinte: “O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular” (Brasil, 1996).
Temos ainda a Lei n. 13.426/2015 (Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. 
Segundo essa Lei, Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: 
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; 
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; 
III - a limitação no desempenho de atividades; e
 IV - a restrição de participação. (Brasil, 2015)
Segundo essa lei, as questões implícitas direcionam no sentido de que toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades como as demais pessoas, sem sofrer nenhum tipo de discriminação.
 Assim como o compromisso da educação para todos tem base na Conferência da Educação para Todos, a educação especial acompanha a Declaração de Salamanca, que prevê que as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ser atendidas preferencialmente na rede regular de ensino, mas garante também o atendimento em escolas especializadas (MEC, 1994). 
A escola precisa ter sala de recursos, salas multifuncionais e com profissionais capacitados para atender A essa demanda. A convivência da criança com necessidades educacionais especiais na escola regular é muito importante e contribui enormemente para o seu desenvolvimento, proporcionando igualdade, respeito e dignidade ao ser humano.
O PNE vigente também trata das questões das modalidades educacionais e traz a educação especial presente em sua Meta 4, em que propõe universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. (Brasil, 2014).
TEMA 2 – EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E QUILOMBOLA NO BRASIL
 A educação escolar indígena se desenvolve em escolas localizadas em território indígena de forma que o trabalho pedagógico aconteça em consonância com as especificidades étnicas e culturais desse povo, que, por sua vez, demanda implicações para a definição do currículo, metodologia e quadro docente. Essa modalidade se respalda na CF/1988 e na LDBEN 9.394/1996, a qual deve respeitar a língua materna e processos próprios de aprendizagem.
A educação escolar indígena será ofertada mediante educação escolar bilíngue e intercultural, cujo desenvolvimento caberá ao sistema de ensino da união, devendo essa apoiar, técnica e financeiramente, os sistemas de ensino que dela participarem.
Outra modalidade da educação básica é a educação quilombola, desenvolvida em unidades educacionais em terras e cultura quilombola com uma pedagogia própria que respeite a especificidade étnico-cultural de cada comunidade, bem como formação específica de seus docentes. Também em 2012 são estabelecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola por meio de Resolução n. 8 que orienta os sistemas de ensino a formular seus Projetos Políticos Pedagógicos considerando as vivências, realidades e a história das comunidades quilombolas.
TEMA 3 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
A EJA (ofertada pelo sistema público e privado) destina-se àqueles que, por algum motivo, não puderam estudar na idade prevista na Lei n. 9.394/1996, ou seja, 15 anos para o ensino fundamentale 18 anos para o ensino médio. O Programa como o Brasil Alfabetizado, o Projovem, o Proeja (governo Lula) e o Pronatec (governo Dilma), apesar de representarem avanços nessa área, não foram e não estão sendo suficientes para alterar o problema social do analfabetismo, tendo em vista que atualmente existem aproximadamente 11,8 milhões de brasileiros entre 15 anos ou mais de idade considerados analfabetos (IBGE, 2017).
A alfabetização na EJA pode ser compreendida como o princípio para a efetivação do direito público subjetivo à educação aos estudantes dessa modalidade de ensino, cabendo ao Estado a oferta de um ensino de qualidade para esse público como um direito social. A EJA se destaca no PNE em suas Metas 8, 9 e 10, que propõem avanços até o final de sua vigência, porém muito se tem a avançar nessa área.
É importante lembrar que a Constituição diz que a educação seria sempre ofertada de forma colaborativa: 
· a União deveria ofertar prioritariamente o ensino superior;
· o Estado, o ensino médio e, em colaboração com os municípios, as séries finais do ensino fundamental; e 
· a educação fundamental séries iniciais e infantil, pelos municípios. 
Nesse sentido, o papel dos estados é muito grande, pois tem a maioria da educação básica sob sua tutela, lembrando que temos os três sistemas de educação: o federal, o estadual e o municipal. O sistema tem obrigação de fiscalizar, junto com o poder público, o que a ele compete. A ideia de sistema vem com a questão de manter uma unidade
De acordo com a CONAE de 2008, para que a EJA possa realmente consolidar-se, deve estar voltada para a formação integral, para a alfabetização e também para as demais etapas ao longo da vida e incluir os que estão privados de liberdade, sendo preso adulto ou jovem em privação de liberdade.
TEMA 4 – EDUCAÇÃO DO CAMPO
A educação do campo destina-se à população que mora e trabalha no espaço rural e requer adaptações e adequações para atender às especificidades dessas pessoas em diferentes regiões do país, desde as questões curriculares, metodologias apropriadas à realidade do espaço rural, organização das escolas e seus calendários letivos, em conformidade com as fases dos ciclos da agricultura e condições climáticas.
No campo das políticas, situam-se a Resolução n. 1 de 2002 - Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo; a Resolução n. 2 de 2008, que estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas no atendimento da educação básica do campo; e o Decreto n. 7.352 de 2010, que trata sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e define população e escola do campo apresentando princípios para essa modalidade de ensino.
Todas as normativas para a educação básica do campo são uma referência para a educação do campo à medida que estabelecem princípios para que possamos adequar o projeto institucional das escolas do campo com as diretrizes de todas as etapas da educação básica e em consonância com as demais modalidades da educação básica.
TEMA 5 – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD) 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/1996), regulamentada inicialmente pelo Decreto n.5.622/2005 e atualizada pelo Decreto n. 9.057/17, tem colaborado para a democratização do ensino e a aquisição dos mais variados conhecimentos, como propõe a Meta 12 do PNE (2014-2024): “elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público” (Brasil, 2014).
O Ministério da Educação regulamentou a Educação a Distância (EaD) em todo território nacional. A partir de agora, as instituições de ensino superior podem ampliar a oferta de cursos superiores de graduação e pós-graduação a distância. Entre as principais mudanças, estão a criação de polos de EaD pelas próprias instituições e o credenciamento de instituições na modalidade EaD sem exigir o credenciamento prévio para a oferta presencial. Com a regulamentação, as instituições poderão oferecer, exclusivamente, cursos a distância, sem a oferta simultânea de cursos presenciais.
O Decreto n. 9.057/2017, publicado na edição do Diário Oficial da União, atualiza a legislação sobre o tema e regulamenta a Educação à Distância no país E define ainda que a oferta de pós-graduação lato sensu EaD fica autorizada para as instituições de ensino superior que obtêm o credenciamento EaD, sem necessidade de credenciamento específico, tal como a modalidade presencial (Brasil, 2017). 
Texto 6
TEMA 1 – DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO – ENTRE A FORMAÇÃO E A CARREIRA DOCENTE
 Os profissionais da educação são reconhecidos pela LDBEN 9.3914/1996 em seu art. 61 e sua formação terá como fundamentos: 
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
 II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço;
 III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades (Lei nº 12.014/2009). 
O art. 62 (LDBEN 9.394/1996) trata da formação de professores para atuar na educação básica (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017). Somam-se também os programas e ações para formações de professores e a formação continuada dos profissionais da educação em EaD. Entre os principais programas, temos: Plataforma Freire Portal do professor Parfor (2009) TV Escola / MEC.
Temos as funções da escola e do professor.
Os profissionais da educação devem ter como formação mínima o ensino superior. Por este exemplo percebe-se que a função do professor é muito maior do que simplesmente ministrar aulas.
TEMA 2 – INDÍCES DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB E SAE
Voltando a falar da questão de provas e exames, a LDB vai dizer que a avaliação da educação básica e fundamental deve ser feita baseada em critérios mais qualitativos do que quantitativos, mas o que isso mostra? Mostra que a avaliação deve ser feita continuamente, diariamente. A avaliação deve ser um processo que acompanha o aluno desde o primeiro dia de aula em que ele chega à escola até o último dia. A avaliação deve buscar ver seu desenvolvimento, não se baseando apenas em nota de prova que são feitas em determinados períodos. É uma avaliação que seria diagnóstica, não para provar o que o aluno sabe, mas para diagnosticar aquilo que o aluno ainda precisa melhorar, e aqueles conceitos que ele já dominou. Nesse sentido, temos um avanço importante em colocar os aspectos qualitativos em detrimento dos quantitativos que foram e prevaleceram durante muito tempo, e que em muitas práticas ainda prevalece.
Entre os diversos índices de avaliação institucional da educação básica (SAEB, IDEB, ENEM, ENCCEJA), chamamos a atenção nesta aula, prioritariamente, para o SAEB, principal ferramenta nas formulações de políticas públicas que é calculado com base nas notas dos exames nacionais: 
 a Prova Brasil (Anresc) - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar-, uma avaliação censitária bianual que envolve alunos dos 5º e 6º ano do ensino fundamental de escolas públicas (urbanas ou rurais) que objetiva mensurar do ensino nas disciplinas de língua portuguesa e matemática e, também;
 a Aneb – Avaliação Nacional da Educação Básica, bianual e se aplica às etapas finais dos três (3) ciclos da EB. 
Enquanto o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), considerado principal indicador nacional bianual, com escala de 0 a 10 (ranking das escolas brasileiras), é calculado da seguinte forma: das taxas de aprovação e evasão (identificadas por meio do censo anual da educação) e; a média nos dois exames do Inep: Prova Brasil e Aneb.
TEMA 3 – FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Programas:
1 - O Bolsa família foi um importante mecanismo que vinculava uma quantia x de dinheiro à sua frequência em sala de aula. As famíliasde baixa renda, para receberem esse auxílio, têm que estar com seus filhos matriculados nas escolas e garantir 85% da frequência nas aulas. Esse programa auxilia diretamente na melhora do indicativo da evasão escolar, pois muitas crianças saíam da escola porque precisavam trabalhar e colaborar com a renda familiar. Se o aluno fica na escola e os pais recebem essa bolsa, consequentemente o aluno não precisa trabalhar. Com isso, o dinheiro que ele só receberia provavelmente em empregos precários acaba recebendo do governo. A bolsa família, além de auxiliar na permanência do aluno na escola, também auxilia na erradicação da extrema pobreza.
2 - Outro programa também muito utilizado é o Saúde em família, que articula o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde. O atendimento é ofertado diretamente na escola, o que faz com que, estando bem de saúde, aprenda mais.
3 - Outro programa importante é o Programa Nacional do Livro Didático, em que os alunos recebem o material e no final do ano devolvem para que possa ser repassado a outros estudantes.
4 - Acompanhando o Programa do Livro, há também o Programa das bibliotecas: o governo distribui um acervo para as escolas como incentivo à leitura e participação em concursos literários olimpíadas de matemática e português. 
5 - Existem também os programas para manutenção e ampliação das escolas infantis em busca do estudo em período integral. Existem também as ligações com a cultura e o esporte por meio de programas específicos. Ou seja, cada vez que a escola se propõe a ampliar seus incentivos ao ensino aprendizagem por meio dos programas, também recebe recursos para isso.
6 - Diversos programas em diversas áreas para melhorar a educação. O ensino superior também traz o aperfeiçoamento para professores pelo programa de consolidação das licenciaturas. 
7 - Outro programa do governo se chama Bolsa de iniciação à docência, que contempla os alunos dos cursos superiores que querem fazer projetos e atuam na escola. 
8 - O Pró-Jovem também disponibiliza renda aos jovens que não têm emprego e não são escolarizados entre 15 e 24 anos e estão em formação. 
9 - O Prouni adquire as vagas nas universidades para estudantes de baixa renda.
10 - O Observatório da Educação é um programa do INEP de pesquisas que, por meio da Prova Brasil, do Saeb, procura estabelecer os estudos sobre a educação brasileira. Enfim, existem inúmeros programas para o financiamento da educação.
De onde vem o dinheiro? O financiamento da educação se respalda no art. 212 da CF/1988, e o art. 69 da LDBEN 9.394/1996, que aponta: “A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento” (Brasil, 1996). 8 Além disso, a meta 20 do atual Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece o mínimo de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do país no 5º (quinto) ano de vigência desta lei como investimento para a educação pública e almeja alcançar 10% do PIB para a educação até o final do decênio. Outras fontes adicionais colaboram com o financiamento da educação básica, como as taxas, contribuições, empréstimos, salário educação arrecadado do empregador e ganho de capital. É importante lembrar que o salário educação consiste em uma contribuição social recolhida pelas empresas destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para o financiamento da educação básica pública.
Como o valor é gasto? Os recursos destinados à educação não podem ser gastos de forma indiscriminada. Segundo a Constituição, em seu art. 212, “a aplicação dos recursos de impostos deve ser feita em Manutenção e Desenvolvimento de Ensino – MDE” (Brasil, 1988). Os arts. 70 e 71 da LDB 9394/96 definem quais são esses gastos. E ainda os recursos provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica ج FUNDEB, criado em 2006 pela EC n. 53 e regulamentado em 2007, em substituição ao FUNDEF (1998 a 2006).
TEMA 4 – PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO (PNE)
O PNE determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. O PNE atual (Lei n. 13.005/2014) possui 3 grupos de metas, totalizando 20 metas e diversas estratégias e apresenta 10 (dez) diretrizes.
 1º grupo: visa à garantia do direito à educação básica com qualidade, e que assim promovam a garantia do acesso, à universalização do ensino obrigatório e à ampliação das oportunidades educacionais. 
 2º grupo: refere-se especificamente à redução das desigualdades e à valorização da diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade.
 3º grupo: trata da valorização dos profissionais da educação, considerada estratégica para que as metas anteriores sejam atingidas, 
 4º grupo: refere-se ao ensino superior. O PNE é um Projeto de Nação!
TEMA 5 – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem caráter normativo para as redes de ensino (instituições públicas e privadas), sendo uma referência obrigatória para nortear a elaboração de currículos escolares e propostas pedagógicas para a educação infantil e ensino fundamental.
 A BNCC está prevista nas metas 1, 2 e 3 do PNE. Tem uma base comum e uma parte diversificada. Orienta o PPP da escola e deve ser implementada até 2019. Além disso, objetiva o estabelecimento de conhecimento, competências e habilidades a serem adquiridas ao longo da vida por meio de uma formação humana e integral à educação brasileira. 
Em suma, visa à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva!
Texto 7
Atualizações da legislação:
· O livro base foi escrito em 2017 e de lá para cá algumas mudanças ocorreram no campo da legislação.
· Estas mudanças são de certa maneira normais, pois as leis são históricas.
· Entre as mudanças destacamos: 
· A BNCC, Base Nacional Comum Curricular (2017 e 2018)
· Decreto nº 9.765, de 11 de abril de 2019 – Tempo de aprender / política nacional de alfabetização
· a LEI Nº 13.803, DE 10 DE JANEIRO DE 2019 que altera dispositivo da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, sobre a obrigatoriedade de notificação de faltas escolares ao Conselho Tutelar quando superiores a 30% (trinta por cento).
· Ensino Médio - O ENCEJA passa em 2017 a certificar, no lugar do ENEM.
PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO:
· O PNE, Plano Nacional de Educação, Lei 10.172 de 2001, vigência 2001 – 2011 (10 anos)
· O PNE, Plano Nacional de Educação, Lei 13.005 de 2014, vigência 2014 – 2024 (10 anos)
· Conhecendo o PNE:
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf 
· Para acompanhamento do PNE:
https://www.observatoriodopne.org.br/ 
FUNDEB
FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, foi criado em 2007 e acabaria em 31/12/2020.
A Emenda Constitucional 108 (26/08/2020), ampliou o alcance e tornou o FUNDEB permanente. Segue ampliação dos recursos de acordo com o artigo 60:
· PANDEMIA
Lei nº 13.979, 06/02/2020 - medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública.
· Parecer CNE/CP nº 5, 28/4/20 - Reorganização do Calendário Escolar e cômputo de atividades não presenciais.
· Parecer CNE/CP 11, 7/7/20 - Aulas e Atividades Pedagógicas Presenciais e Não Presenciais.
· Resolução CNE/CP nº 02, 10/12/2020 - dispensa obrigatoriedade 200 dias letivos e possibilita a adoção de continuum curricular.
Questão 1/4 - Sistema de Ensino e Legislação Educacional 
 
[...] 
Levando em consideração as informações contidas no excerto e nos conteúdos do 
livro-base Sistemas de ensino: legislação e política educacional para a educação básica 
sobre processos educativos, cite duas das características fundamentais do PNE em 
relação a educação infantil. 
 
Resposta: 
Livro-base, p. 213 
 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em 
creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de 
até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. 
 
 
Questão 2/4 - Sistemade Ensino e Legislação Educacional 
 
Levando em consideração as informações contidas no excerto e nos conteúdos do 
livro-base Sistemas de ensino: legislação e política educacional para a educação básica 
sobre processos educativos com respeito a função propedêutica do ensino médio, descreva 
a sua principal característica. 
 
Resposta: 
Livro-base, p. 213 
  Função propedêutica - Entende que o ensino médio tem a função de 
preparar os alunos para o vestibular, com conteúdos voltados para o ingresso nos 
cursos superiores, geralmente com caráter de memorização. 
 
Questão 3/4 - Gestão Educacional 
 
Considerando as informações contidas no excerto e nos conteúdos do livro-base 
Sistemas de ensino: legislação e política educacional para a educação básica sobre 
processos educativos quanto a função da avaliação sistêmica do Exame Nacional do 
Ensino Médio (Enem), apresente sua principal característica. 
 
Resposta: 
Livro-base, p. 141 
 A avaliação sistêmica é a base para a formulação de políticas públicas.
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