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AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE GARANHUNS 
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA 
CLÍNICAS INTEGRADAS I – TICS 
 
 
 
 
FELIPE DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
HEPATITE C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GARANHUNS- PE 
2024 
 
FELIPE DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEPATITE C 
 
Trabalho apresentado na Disciplina de Clínicas 
Integradas I como requisito de avaliação do 6º 
período do curso de Graduação em Medicina na 
Faculdade de Ciências Médicas de Garanhuns 
(Afya Garanhuns). 
G8 – Sala D 
 
Orientador: 
Prof. Dr. André Luiz Marques Marinho 
 
 
 
 
 
 
GARANHUNS- PE 
2024 
 
HEPATITE C 
Como podemos, do ponto de vista laboratorial, definir um paciente que já teve 
contato com o Vírus da Hepatite C como "caso ativo" e como "cicatriz sorológica"? 
Como proceder em caso de acidentes de trabalho com perfurocortantes para, do 
ponto de vista laboratorial, afastar contágio pelo vírus da Hepatite C? 
A maioria dos pacientes com infecção crônica pelo HCV é assintomática. 
Portanto, na maior parte das vezes o diagnóstico é feito ao acaso, em exames de 
rotina ou na investigação de alteração de enzimas hepáticas (Côco et al., 2022; 
Salomão, 2023; Reis et al., 2024). 
O diagnóstico laboratorial é feito pela positividade do anticorpo anti-HCV por 
ensaio imunoenzimático de terceira geração. A constatação do anticorpo indica 
contato com o vírus da hepatite C, mas não permite distinguir entre cura da infecção 
e o estado de portador crônico do vírus. Para tanto, é necessária a pesquisa do 
HCV-RNA, detectável no soro por técnica de reação em cadeia da polimerase 
(PCR). A presença do HCV-RNA indica viremia, e, em geral, se associa à doença 
hepática histológica, mesmo na vigência de níveis normais das aminotransferases. 
Atualmente, o método mais utilizado para a determinação do HCV-RNA é o PCR em 
tempo real (real-time PCR), que permite detecção e quantificação do genoma viral, 
com elevada sensibilidade (limite de detecção em torno de 10 UI/mℓ) (Côco et al., 
2022; Salomão, 2023; Reis et al., 2024). 
Dessa forma, um paciente é considerado como caso ativo de HCV se tiver 
uma infecção ativa do vírus. Isto é, confirmada por teste de PCR (Polymerase Chain 
Reaction) para HCV-RNA a presença de RNA do HCV, o que indica que o vírus está 
ativo e se replicando no organismo. Além disso, a genotipagem é frequentemente 
realizada para determinar o tipo específico do vírus, importante para direcionar o 
tratamento. Já a cicatriz sorológica (infecção passada) é demonstrada em um 
paciente que teve contato com o HCV, mas que não apresenta infecção ativa. Isso é 
caracterizado por um Anti-HCV positivo e HCV-RNA negativo. A presença de 
anticorpos anti-HCV (Anti-HCV positivo) indica contato prévio com o vírus, mas a 
ausência de RNA viral sugere que não há infecção ativa. Este resultado pode ocorrer 
em casos de cura espontânea, onde o sistema imunológico eliminou o vírus, ou em 
 
pacientes que responderam ao tratamento antiviral (Côco et al., 2022; Salomão, 
2023; Reis et al., 2024). 
Em caso de acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes, é essencial 
realizar exames laboratoriais para monitorar a possível infecção pelo vírus da 
hepatite C (HCV). O primeiro passo é fazer testes de anticorpos anti-HCV e carga 
viral (HCV-RNA) por PCR imediatamente após o acidente, para estabelecer a 
condição inicial do trabalhador e confirmar se já havia infecção prévia (Duarte et al., 
2021; Salomão, 2023). 
Caso os resultados iniciais sejam negativos, recomenda-se repetir o teste de 
HCV-RNA em 4 a 6 semanas, 3 meses e 6 meses após o acidente, já que o RNA 
viral pode ser detectado antes da presença de anticorpos. Se todos os resultados 
permanecerem negativos até 6 meses, considera-se que não houve infecção. A 
detecção precoce permite intervenção rápida, caso a infecção pelo HCV seja 
confirmada (Duarte et al., 2021; Salomão, 2023). 
 
REFERÊNCIAS: 
CÔCO, L. T. et al. Fatores associados à adesão ao tratamento da hepatite C: revisão 
integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, p. 1359-1376, 2022. 
 
DUARTE, G. et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 
2020: hepatites virais. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 30, p. e2020834, 
2021. 
 
REIS, B. V. et al. O IMPACTO DA HEPATITE C NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE 
BRASILEIRO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. RICS-Revista Interdisciplinar das 
Ciências da Saúde, v. 1, n. 1, p. 1-14, 2024. 
 
SALOMÃO, R. Infectologia: Bases Clínicas e Tratamento. 2ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2023. E-book. p. 367. ISBN 9788527739849. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527739849/. Acesso em: 
06 nov. 2024. 
 
SANTOS, E. C. C.; PEREIRA, M. A. Situação epidemiológica brasileira sobre as 
hepatites B e C no período de 2000 a 2016. Brazilian Journal of Health Review, v. 
4, n. 5, p. 18612-18629, 2021.

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