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Paulo Malala

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1 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
2 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
Sumário 
 
 
DISPNEIA ......................................................................................................................................................................... 3 
TOSSE CRÔNICA .............................................................................................................................................................. 9 
PNEUMONIAS ............................................................................................................................................................... 13 
SÍNDROMES BACTERIANAS ........................................................................................................................................... 19 
SÍNDROMES FEBRIS ...................................................................................................................................................... 24 
SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA .......................................................................................................... 29 
SÍNDROMES DIARREICAS .............................................................................................................................................. 36 
INTOXICAÇÕES .............................................................................................................................................................. 45 
SÍNDROMES ICTÉRICAS ................................................................................................................................................. 49 
SÍNDROME METABÓLICA (HAS / DM) ........................................................................................................................... 61 
SÍNDROMES ENDÓCRINAS ............................................................................................................................................ 71 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS ............................................................................................................................................ 80 
GERIATRIA ..................................................................................................................................................................... 81 
TERAPIA INTENSIVA ...................................................................................................................................................... 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DISPNEIA 
DOENÇA VASCULAR DO PULMÃO 
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR 
TVP > TEP 
 
a. Clínica – súbito! 
 Dor torácica pleurítica 
 Hemoptise 
 Sibilância 
 Taquipneia – principal sinal 
 Dispneia – principal sintoma 
 TVP (íleofemoral) – sinal de Homans (dor à dorsiflexão) 
 
TEP maciço: 
 Hipotensão – choque obstrutivo 
 Cor pulmonale (IVD por alteração pulmonar) – turgência jugular 
 Aumenta BNP e troponina 
 
b. Exames complementares 
▪ ECG 
 Taquicardia sinusal – mais comum 
 S1Q3T3 (S em D1 + Q em D3 + T invertida em D3) – mais específico 
 Inversão da onda T V1-V4 
 
▪ RX TÓRAX 
 Sinal de Westermark: oligoemia localizada 
 Sinal da corcova de Hampton: hipotransparência triangular periférica 
(infarto pulmonar) 
 Sinal de Fleischner/Palla: distensão da artéria pulmonar 
 
▪ ECOCARDIOGRAMA 
 Disfunção de VD – pior prognóstico 
*Sinal de McConnel: hipocinesia do VD, poupando ápice 
 
▪ MARCADORES 
 BNP, troponina – pior prognóstico 
 D-dímero – alto VPN 
 
c. Diagnóstico 
1) Avaliar a probabilidade 
ESCORE DE WELLS 
TVP 3 
Sem outro diagnóstico mais provável 3 
FC > 100 1.5 
Imobilização ou cirurgia recente 1.5 
Episódio prévio de TVP/TEP 1.5 
Hemoptise 1 
Malignidade 1 
 
E – episódio prévio 
M – malignidade 
B – batata inchada 
O – outro diagnóstico 
L – lung bleeding 
I – imobilização 
A – alta FC 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
opacidade
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Nota
SINAL DE SOBRECARGA DE VD
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4 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
BAIXA PROBABILIDADE 
≤ 4 
ALTA PROBABILIDADE 
> 4 
 
D-dímero 
 500: imagem 
Imagem 
AngioTC 
Cintilografia – gestante 
Doppler MMII 
Arteriografia – padrão-ouro 
*Iniciar tratamento na suspeita! 
d. Tratamento 
Anticoagulação por 3m 
*O anticoagulante NÃO dissolve o trombo (o próprio organismo o faz), apenas evita o aumento do trombo! 
 
TEP não grave 
 Heparina + Warfarin 5mg/dia > 2x RNI 2-3 > suspende Heparina 
 Heparina por 5 dias > Dabigatrana 150mg 2x/dia 
 Rivaroxabana 15mg 2x/dia 
TEP maciço – 
instabilidade 
 Trombólise (rtPA, estreptoquinase) até 14 dias 
Filtro de VCI: se contraindicação/falha da anticoagulação 
*Preferir HNF se DRC ou risco de sangramento – antídoto: protamina 
 
EMBOLIA GORDUROSA 
Fraturas de ossos longos e pelve > micropartículas de gordura na circulação provenientes da MO amarela > 
obstrução + vasculite (após 12-72h) 
 
a. Clínica 
 Alteração neurológica 
 Hipoxemia 
 Rash petequial 
*TC: vidro fosco 
 
b. Tratamento 
 Suporte 
 Metilprednisolona (?) 
 
c. Prevenção 
 Tratamento ortopédico precoce 
 
DOENÇAS DO PARÊNQUIMA PULMONAR 
ESPIROMETRIA 
 VEF1: volume expiratório forçado no 1º 
segundo 
 CVF: capacidade vital forçada 
 
 OBSTRUTIVO – 
asma, DPOC 
RESTRITIVO – 
pneumopatias intersticiais difusas 
VEF1 Muito reduzido Reduzido 
CVF Reduzido Reduzido 
VEF1/CVF (Tiffenau) 12% 
 
Obstrutivo: dificuldade em colocar o ar pra fora – ar tem dificuldade de sair no 1º s, 
mas o paciente prolonga o tempo de expiração pra compensar 
Restritivo: pulmão fica duro (fibrose) – entra menos ar, sai menos ar (proporcional) 
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Arthur Tagliaferre
Riscado
 
5 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
SE VEF1 60-80%: 
Repetir 
 
SE OBSTRUTIVO: 
Prova broncodilatadora – diferencia asma x DPOC 
VEF1 > 200ml + > 12% = ASMA! 
 
SE CLÍNICA DE ASMA + ESPIROMETRIA INICIAL NORMAL: 
Teste provocativo (metacolina, histamina, carbacol): 
diminui VEF1 > 20% 
*Parâmetro mais sensível (altera 1º): FEF 25-75% 
 
DPOC 
Obstrução crônica e geralmente irreversível 
 
Inflamação > fibrose > bronquite crônica obstrutiva 
Enzimas proteolíticas > destruição dos septos alveolares > enfisema pulmonar 
 
a. Fator de risco 
 Tabagismo – bronquite + enfisema centroacinar (lobos superiores) 
 Deficiência de alfa1-antitripsina – enfisema panacinar (lobos inferiores), 
p-ANCA positivo 
 Fogão a lenha 
 
b. Clínica 
Obstrução ao fluxo de ar  Hiperinsuflação – ar entra, mas não sai todo 
Hipoventilação 
 MVF diminuído 
 Dispneia 
 Cianose de extremidades 
 Retenção crônica de CO2 
Cor pulmonale Hipoxemia crônica > vasoconstrição de artéria pulmonar > IVD 
*No DPOC, o drive respiratório responde à hipoxemia (o normal é responder à retenção de CO2) – 
a hiperóxia reduz ventilação, piorando a retenção de CO2 (encefalopatia hipercápnica) 
 
Gasometria típica – compensado 
 Hipoxemia 
 PaCO2 alta 
 Bic alto 
 BE alto 
 pH normal ou levemente reduzido 
 
c. Classificação 
 
ESTÁGIO VEF1 (% do previsto) 
I ≥ 80% 
II 50-79% 
III 30-49% 
IVIV (anti-toxina B) 
≥ 3 recorrências: transplante de microbiota fecal 
 
CÓLERA – Vibrio cholerae 
 Fator de risco: desastres naturais, ausência de saneamento básico 
 Clínica: diarreia aquosa MUITO volumosa (“água de arroz”) + desidratação rápida e intensa 
 Diagnóstico: campo escuro / PCR 
 Tratamento: SRO + Doxiciclina (adultos) / Eritromicina (crianças, gestantes) 
*Notificação compulsória! 
 
b. Conduta 
Investigar se sinais de alarme: 
 Desidratação 
 Fezes francamente sanguinolentas 
 Febre ≥ 38.5 
 Sem melhora > 48h 
 Idosos ≥ 70 anos 
 Imunocomprometidos 
 Uso recente de ATB 
 
Exames: 
 Hemograma 
 Bioquímica 
 Exame das fezes – lactoferrina, toxina, cultura, EPF 
 
c. Tratamento 
 Hidratação 
 Loperamida – NÃO fazer na disenteria! 
 ATB por 3-5 dias (quinolona - ciprofloxacina) – se sinais de alarme 
*Se suspeita de E. coli entero-hemorrágica (disenteria + afebril): NÃO prescrever ATB!!! 
 
DIARREIA CRÔNICA 
DOENÇA CELÍACA 
a. Fisiopatologia 
Predisposição genética (HLA-DQ2, HLA-DQ8) + contato com glúten (trigo, centeio, cevada) + fator ambiental (gatilho) 
> reação imunomediada ao glúten > destruição da mucosa intestinal 
 
*Todos os celíacos tem o HLA-DQ2/DQ8, mas pessoas normais também podem ter! – alto VPN 
 
b. Clínica – variável, criança que iniciou introdução alimentar 
 Assintomático 
 Disabsorção parcial (cálcio, ferro, esteatorreia) – osteoporose, anemia ferropriva refratária 
 Disabsorção total 
 Manifestações neuropsiquiátricas (depressão, miopatia, ataxia) 
 Déficit de crescimento / atraso puberal 
 Atrofia glútea 
 
Associações: dermatite herpetiforme (pruriginosa), síndrome de Down, deficiência de IgA 
Complicações: linfoma não Hodgkin 
Lactoferrina = diarreia inflamatória 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
leucocitos as fezes
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38 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
85% dos pacientes com dermatite herpetiforme tem DC! 
 
c. Diagnóstico – sorologia > biópsia 
1) Sorologia: antigliadina / antiendomísio / antitransglutaminase IgA 
2) EDA + biópsia da porção mais distal do duodeno: atrofia de vilosidades com infiltrado linfocitário + 
hiperplasia de criptas + Marsh 2-3 – não é patonomônico! 
 
*Se antitransglutaminase > 10x + antiendomísio ou dermatite herpetiforme: diagnóstico 
*Não pode excluir o glúten antes dos anticorpos e biópsia 
 
d. Tratamento 
 Excluir glúten da dieta 
*Controle: sorologia 6m / 12m / anual – sorologias negativam 
 
DOENÇA DE 
WHIPPLE 
 Etiologia: Tropheryna whipplei 
 Homens, 50 anos, zona rural 
 Clínica: esteatorreia + artralgia/artrite migratória + miorritmia oculomastigatória 
 Biópsia de intestino delgado: macrófagos PAS positivo 
 Tratamento: Ceftriaxona IV por 2 semanas + SMX/TMP por 1 ano 
 
PARASITAS INTESTINAIS 
▪ PROTOZOÁRIOS 
Características: 
 Unicelulares – não são visíveis a olho nu! 
 Não causam eosinofilia 
 Maioria assintomática – tratar sempre! 
 Transmissão fecal-oral 
 
Ciclo evolutivo: 
Ingestão (cisto) > intestino (trofozoíta) > fezes (cisto) 
 
Diagnóstico: 
 EPF – trofozoíta ou cisto 
 Antígenos/anticorpos fecais 
 Sorologia – se forma extraintestinal 
 
Tratamento: 
 “..nidazol” – metro/sec/ti 
 Nitazoxanida – cobre tudo, inclusive vírus 
 
 
 
 
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Arthur Tagliaferre
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39 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Amebíase – Entamoeba hystolitica Giardíase – Giardia lamblia 
 Invasiva – cólon 
 Disenteria 
 Ameboma – formação de granulomas na parede 
intestinal (massa abdominal palpável) 
 Abscesso hepático – dor no QSD, febre, 
leucocitose, sinal de Torres (NÃO drena!) 
 
 Tratamento: 
- Assintomático: só Teclosan/Etofamida 
- Sintomático: + Teclosan/Etofamida 
 
ATENÇÃO! Entamoeba coli, Iadomoeba butschlii, 
Endolimax nana NÃO trata, pois são amebas comensais! 
 Não invasiva – int. delgado 
 Atapeta o intestino delgado 
 Má absorção 
 
 Tratamento: Albendazol por 5 dias – pega 
helminto e giárdia, mas NÃO pega ameba! 
*Mais comum 
 
▪ HELMINTOS 
Características: 
 Visíveis a olho nu 
 Causam eosinfolia 
 Maioria assintomática – tratar sempre! 
 Transmissão fecal-oral / pele / carne 
 
Ciclo evolutivo: 
Ingestão (ovo) > larva > intestino (verme) > fezes (ovo) 
 
Tratamento: 
 “..bendazol” (me/tia/al) 
 Nitazoxanida 
 
ASCARIDÍASE – Ascaris lumbricoides 
a. Ciclo evolutivo 
Ingestão do ovo > ovo eclode no intestino > larva perfura parede do intestino e cai na circulação > larva no pulmão > 
inflamação no pulmão > larva sobe pela traqueia, chega na glote e é deglutida > larva se transforma em verme no 
intestino > verme faz oviposição > ovo nas fezes 
 
Ciclo pulmonar – Síndrome de Loeffler 
Tosse seca 
Infiltrado pulmonar migratório 
Eosinofilia 
 
SANTA 
Strongyloides stercoralis 
Ascaris lumbricoides 
Necator americanus 
Toxocara canis 
Ancylostoma duodenale 
 
b. Clínica 
 Síndrome de Loeffler 
 Obstruções – intestinal, colédoco, apêndice.. 
 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
transmissão pela pele(NEA)
>ancilostoma- anemia ferropriva
>estrongyloides- sepse por gran - entericos
>necator- mesma coisa do ancilo
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Arthur Tagliaferre
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Arthur Tagliaferre
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40 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Diagnóstico 
 EPF – ovo 
 
d. Tratamento 
 “..bendazol” 
 Levamisol 
 Pirantel 
 Ivermectina 
 
SUBOCLUSÃO INTESTINAL 
1) Suporte: SNG aberta + hidratação 
2) Piperazina + óleo mineral 
3) Após eliminação: “..bendazol” 
 
TOXOCARÍASE – Toxocara canis 
a. Ciclo evolutivo 
 Hospedeiro definitivo: cachorro 
 Hospedeiro acidental: homem 
 
Cachorro elimina ovos nas fezes > ingestão do ovo (criança come areia) > ovo eclode no intestino e libera larva > 
larva perfura intestino e cai na corrente sanguínea > síndrome de Loeffler > larva não consegue retornar para o 
intestino (não conhece o caminho) > larva disseminada por todo o organismo 
 
b. Clínica – criança! 
 Síndrome de Loeffler 
 Hepatomegalia 
 Febre 
 Eosinofilia intensa 
 
c. Diagnóstico 
 Sorologia (ELISA) 
 
d. Tratamento 
 Albendazol + corticoide (se grave) 
 
ANCILOSTOMÍASE – Ancylostoma duodenale, Necator americanos 
a. Ciclo evolutivo 
Verme adulto no intestino > oviposição > ovo nas fezes > no solo, o ovo eclode e libera larva rabditoide (RN) > larva 
filarioide (infectante, fura) > fura a pele e cai na circulação > síndrome de Loeffler > verme no intestino > verme fica 
sugando sangue 
 Transmissão: cutânea! 
 
b. Clínica 
 Síndrome de Loeffler 
 Lesão cutânea 
 Anemia ferropriva 
 
c. Diagnóstico 
 EPF – ovo 
Ascaris do cachorro – larva migrans visceral 
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41 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
d. Tratamento 
 “..bendazol” 
 Pirantel 
 
ESTRONGILOIDÍASE – Strongyloides stercoralis 
a. Ciclo evolutivo 
Verme adulto no intestino > oviposição (fêmea partenogenética – não precisa do macho!) > ovo eclode no intestino 
e liberalarva rabditoide (RN) > larva rabditoide sai nas fezes > no solo, larva rabditoide se transforma em larva 
filarioide (fura) > pele > síndrome de Loeffler > verme no intestino 
 
Imunossupressão: 
Larva rabditoide se transforma em larva filarioide no próprio intestino > autoinfestação + translocação de bactérias 
intestinais > sepse por bactérias gram negativas entéricos 
 
b. Clínica 
 Síndrome de Loeffler 
 Lesão cutânea 
 Larva currens – dermatite serpenginosa 
 Forma disseminada e sepse – autoinfestação! 
*Antes de qualquer imunossupressão, afastar estrongiloidíase! 
 
c. Diagnóstico 
 EPF (Baermann-Moraes) – larvas 
 
d. Tratamento 
 Ivermectina 
 Albendazol / Tiabendazol 
 
ENTEROBÍASE/OXIURÍASE – Enterobius vermiculares 
a. Ciclo evolutivo 
Ingestão do ovo (autoinfestação – coça ânus e leva mão na boca) > ovo eclode no intestino e libera larva > larva vai 
para margem anal à noite fazer oviposição 
 
b. Clínica 
 Prurido anal noturno 
 Corrimento vaginal na infância 
 
c. Diagnóstico 
 Fita gomada (Graham) 
 
d. Tratamento 
 “..bendazol” / Pirvínio / Pirantel 
 
TRICURÍASE/TRICOCEFALÍASE – Trchuris trichiura 
a. Clínica 
 Prolapso retal – invade parede retal > fraqueza da musculatura 
FR para forma disseminada: 
HTLV-1 (paraparesia espástica tropical) 
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42 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
b. Diagnóstico 
 EPF – ovo 
 
c. Tratamento 
 “..bendazol” 
 Ivermectina 
 
TENÍASE 
a. Ciclo evolutivo 
 Hospedeiro intermediário: Taenia solium (porco) / Taenia saginata (boi) 
 Hospedeiro definitivo: homem 
 
Ingestão de carne mal cozida com larva > cisticerco no intestino > cisticerco se transforma em verme adulto > 
oviposição > ovos + proglótides saem nas fezes > porco/boi ingere o ovo > ovo eclode e libera cisticerco dentro do 
boi/porco, se disseminando (músculo!) 
 
 Transmissão: ingestão de carne crua ou malcozida 
 
b. Clínica 
 Quadro intestinal inespecífico 
 
c. Diagnóstico 
 EPF com ovos ou proglótides 
 
d. Tratamento 
 Praziquantel / Niclosamida 
 
HIMENOLEPÍASE – Hymenolepis nana 
 Tênia anã 
 Diagnóstico: EPF 
 Tratamento: Praziquantel / Niclosamida 
 
TRIQUINOSE – Trichinella 
 Transmissão: ingestão de carne de porco malcozida 
 Clínica: edema periorbitário + miosite + eosinofilia + aumento de CPK, LDH 
 Tratamento: Mebendazol / Albendazol 
 
DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIAS 
a. Clínica 
 
 DOENÇA DE CHRON (DC) RETOCOLITE ULCERATIVA (RCU) 
Características 
 
 Transmural 
 Boca ao ânus – qualquer parte do TGI 
 Não contínua, salteado 
 Fístulas, úlceras 
 Mais comum: íleo terminal (50%) 
 Diarreia + dor abdominal + emagrecimento 
 FR: tabagismo 
 
 Só mucosa 
 Limitada ao reto e cólon 
 Poupa ânus 
 Progressão contínua e ascendente 
 Mais comum: reto (50%) 
 Diarreia baixa com sangue e muco 
*Pode acometer o íleo terminal por ileíte de refluxo 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
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Arthur Tagliaferre
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43 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Diagnóstico 
 
 ASCA positivo, p-anca negativo 
 Imagem: “pedras de calçamento”, úlceras 
 Biópsia: granuloma não caseoso – muito 
específico! 
 
 
 p-anca positivo, ASCA negativo 
 Imagem: mucosa eritematosa, 
friável, edemaciada, 
pseudopólipos / perda de 
haustrações (“cano de chumbo”) 
 Biópsia: criptite (microabscessos) 
 
*Principal FR: HF 
 
 
 DC – pedras de calçamento RCU 
 
Manifestações extra-intestinais – mais comuns na DC 
CUTÂNEAS 
 Eritema nodoso (nódulos dolorosos) – atividade de doença 
 Pioderma gangrenoso – independente, RCU 
HEPATOBILIARES 
 Cálculos biliares (diminuição da reabsorção de sais biliares > cálculos de colesterol) – 
DC 
 Colangite esclerosante – independente, RCU 
ARTICULARES 
– mais comum 
 Artrite periférica (migratória) – atividade de doença, DC 
UROLÓGICAS 
 Nefrolitíase (cálcio gruda na gordura não absorvida e sobra oxalato > hiperoxalúria) – 
DC 
 Fístulas (entero-vesical) – DC 
LABORATORIAIS  EPF com lactoferrina e calprotectina – prediz recaída e diagnóstico de bolsite 
 
R – reposta imune com febre, leucocitose, PCR 
C – colangite esclerosante (RCU) 
U – uveíte 
E – eritema nodoso (DC) / pioderma gangrenoso (RCU) 
D – dor articular / espondilite anquilosante (DC) 
C – cálculos renais e biliares 
 
 
Eritema nodoso Pioderma gangrenoso 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
-
ARTHUR BORGES
Texto digitado
desce calculos'
ARTHUR BORGES
Texto digitado
DC
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44 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Tratamento 
1) FARMACOLÓGICO 
Derivados 5-ASA – anti-inflamatório tópico 
 Sulfassalazina: age no cólon 
 Pentasa: age em todo o intestino 
 
Imunomoduladores 
 Azatioprina 
 Mercaptopurina 
 Metotrexato 
 
Imunobiológicos – 1ª escolha para doença moderada/grave (top-down) 
 Anti-TNF 
 Anti-integrina 
 
Corticoide 
 Apenas na crise!! 
 
DC 
Leve: derivado 5-ASA – step up 
Moderada/grave: imunobiológico + imunomodulador – top down 
RCU 
Leve/moderada: derivado 5-ASA + corticoide 
Grave/fulminante: ATB + corticoide + imunobiológico 
 
2) CIRURGIA 
RCU DC 
Indicações: 
 Casos refratários 
 Displasia/CA 
 Complicações – megacólon, sangramento maciço 
Indicações: 
 C(hr)omplicações – obstrução/perfuração 
intestinal, abscesso, sangramento maciço 
 
Eletiva: protocolectomia com IPAA (bolsa ileal com 
anastomose anal/retal) 
 
Urgência: colectomia + ileostomia (à Hartmann) 
*Não tira o reto! 
 
 
Ressecção segmentar – cuidado com síndrome do 
intestino curto! 
*Múltiplas estenoses: estricturoplastia 
 
c. Complicações 
▪ MEGACOLÓN TÓXICO – principalmente RCU 
 Inflamação acomete camada muscular > perda do tônus > afinamento da parede intestinal + dilatação 
 Clínica: distensão, dor, febre, leucocitose, anemia, taquicardia, hipotensão, rebaixamento do nível de 
consciência 
 RX: cólon > 6cm 
 Tratamento: ATB (gram -, anaeróbios) + corticoide IV 
 
▪ CA COLORRETAL – principalmente RCU 
 FR: extensão e duração da doença 
 Rastreio: colonoscopia + biópsia anual após 8-10 anos de doença 
 
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL 
a. Características 
 Distúrbio funcional 
Atividade de doença: 
Artrite + Eritema nodoso 
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Arthur Tagliaferre
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45 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Mulheres (30-50 anos) 
 Associação com alteração psiquiátrica (80%) – depressão 
 
b. Clínica 
 Dor abdominal 
 Alternância entre diarreia e constipação 
 Muco nas fezes (50%) 
 
c. Diagnóstico 
 Exclusão + critérios de ROMA IV 
*Solicitar: hemograma, PCR, antitransglutaminase, EPF 
 
Critérios de ROMA IV 
Dor abdominal ≥ 1x/semana há pelo menos 3 meses + pelos menos 2: 
 Relação com evacuação 
 Alteração na frequência 
 Alteração na forma das fezes 
 
d. Tratamento 
 Sintomático 
 
TUMOR NEUROENDÓCRINO INTESTINAL 
 Derivado de células enterocromafins – amarelado (teor elevado de lipídeos) + cora com cromato de potássio 
(serotonina) 
 Apêndice > delgado 
 Risco de metástase:1-2cm (50%), > 2cm (90%) – principalmente no íleo 
 Síndrome carcinoide (10%): produção de serotonina > diarreia + flush cutâneo + lesão orovalvar direita – 
associada à metástase hepática!!! 
 Diagnóstico: dosagem de 5-HIAA urinária 
 Localização: PET-CT 
 Tratamento: ressecção segmentar + octreotide pré anestesia 
 
INTOXICAÇÕES 
 
Abordagem geral 
SUPORTE CLÍNICO Prioridades: via aérea e circulação 
DESCONTAMINAÇÃO – 
diminuir absorção 
Oral 
 Lavagem gástrica – até 1h, substância NÃO corrosiva 
 Carvão ativado 1g/kg – até 4h 
 Vômito (?) 
 
Cutânea 
 Água 
ANTÍDOTO Se existir.. 
 
PARACETAMOL / 
ACETAMINOFENO 
Dose máxima: 4g/dia 
Intoxicação: 10g/dia 
*Metabolizado pelo P450 – 
potencializador (estimula p450): álcool 
24h: sintomas gerais 
inespecíficos 
24-48h: insuficiência hepática / 
hepatite fulminante 
(hepatotoxicidade) + 
insuficiência renal (NTA) 
1-2 semanas: recuperação 
Suporte clínico 
Controlar a falência 
hepática: hipoglicemia, 
coagulopatia 
*Se grave: avaliar 
transplante hepático 
 
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46 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Descontaminação 
Carvão ativado aumenta força de 
contração 
*Dose terapêutica muito próxima da 
dose tóxica 
 
Fatores de risco: 
I – insuficiência renal 
D – doença cardíaca 
A – alterações eletrolíticas 
(hipocalemia, hipomagnesemia, 
hipercalcemia) 
D – drogas (amiodarona, BCC, 
ciclosporina, diurético) 
I – idade avançada 
 Náuseas/vômitos, dor 
abdominal, alteração 
visual (borramento, 
cromatopsia / 
xantopsia) 
 Hipercalemia 
 Alteração elétrica 
cardíaca: 
- Mais comum e mais precoce: 
extrassístole ventricular 
- Mais específicos: TV 
bidirecional, taquicardia atrial 
com BAV 
- Mais raros: FA 
 
*Efeito digitálico: infra de ST em “pá 
de pedreiro” – não indica intoxicação 
Suporte clínico 
Correção eletrolítica 
(potássio) + cuidado com 
arritmia (fenitoína – 
antiarrítmico) 
 
Descontaminação 
Carvão ativado necrose e úlcera de difícil 
cicatrização 
 Cutânea-visceral (1%): hemólise intravascular 
+ IRA + CIVD 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ACIDENTE POR ARANHA MARROM (LOXOSCELES) 
 LEVE MODERADA GRAVE 
CLÍNICA Lesão atípica Lesão 3cm / 
hemólise 
TRATAMENTO 
ESPECÍFICO 
- Prednisona por 5 dias 
Soro + Prednisona por7-10 
dias 
SEGUIMENTO 
Retorno diário por 3 
dias 
Retorno diário por 5 dias Centro de envenenamento 
 
 
 
ESCORPIONISMO – escorpião 
TITYUS SERRULATUS – 
escorpião-amarelo 
 Mais comum e mais grave que o araneísmo 
 Sudeste 
 Óbitos em crianças 
 Local: dor local intensa e imediata 
 Sistêmica (crianças): arritmia, 
hipo/hipertensão, IC (EAP), agitação, 
sonolência, tremor, sudorese 
 Membros superiores 
*Principal dd: aranha-armadeira 
*Ativação dos canais de Na 
Leve (apenas local): 
analgesia 
Moderado-grave 
(sistêmico): soro 
antiescorpiônico / 
antiaracnídeo 
 
 
 
SÍNDROMES ICTÉRICAS 
a. Fisiologia 
Hemoglobina > Heme + Globina 
- Globina: haptoglobina carreia a globina 
- Heme: metabolizado em ferro + protoporfirina IX 
 Ferro é reaproveitado 
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50 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Protoporfirina é metabolizado em biliverdina > bilirrubina indireta (insolúvel) > a albumina carreia a BI para o 
fígado > no hepatócito, ocorre: 
1. Captação: BI + albumina vai pra dentro do hepatócito 
2. Conjugação: BI se liga ao ácido glicurônico (glucuronil-transferase) = formação da BD 
3. Excreção: eliminação da BD através da bile > no cólon: metabolização > fezes acastanhadas 
*A BI não consegue ser excretada pelos rins, pois está ligada a albumina, que não é filtrada! 
*Quando há acúmulo de BD, por ser solúvel, ela retorna pro sangue e é filtrada pelos rins > colúria! E, por não 
alcançar o cólon, as fezes tornam-se esbranquiçadas > acolia fecal! 
 
Aumento de BI Aumento de BD 
 Hemólise 
 Distúrbio do metabolismo 
 Colestase (obstrução biliar) 
 Hepatite 
*Na lesão hepatocelular (hepatite), a função mais comprometida inicialmente é a excreção, pois é a que mais gasta 
energia! 
b. Etiologia 
Aumento de BI 
Hemólise 
Anemia 
Aumento de LDH 
Diminuição de haptoglobina (livre) 
Distúrbio do metabolismo - 
Aumento de BD 
– acolia fecal, colúria, prurido 
Hepatite 
Aumento de TGO e TGP 
*TGP > TGO + > 1000: viral 
*TGO > TGP: alcóolica 
Colestase 
Aumento de FA e GGT 
Prurido – mais específico de obstrução biliar 
(acúmulo de sais biliares na pele) 
 
DISTÚRBIO DO METABOLISMO 
AUMENTO DE BI 
▪ SÍNDROME DE GILBERT – do bem 
 Glucuronil-transferase “lenta” > acúmulo de BI 
 Fatores desencadeantes: jejum, exercícios físicos, estresse, álcool 
 BI baixa ( 8% em adultos 
 Tratamento: fenobarbital, dieta hipercalórica – sem necessidade.. 
 
▪ SÍNDROME DE CRIGLER-NAJJAR – do mal 
 Deficiência total (tipo I) ou parcial (tipo II) da glucuronil-transferase > acúmulo de BI 
- Tipo I: BI muito alta > kernicterus 
- Tipo II: BI alta 
 Tratamento: transplante (tipo I), fenobarbital (tipo II) 
 
AUMENTO DE BD 
▪ SÍNDROME DE DUBIN-JOHNSON / SÍNDROME DE ROTOR 
 Defeito na excreção – benignas! 
 
HEPATITES 
HEPATITES VIRAIS AGUDAS 
a. Classificação 
Aguda 6 meses 
Fulminante Encefalopatia sistema imune agride hepatócito > cura 
 Crônica: pouca resposta imune > sistema imune não agride hepatócito > cronifica 
 Fulminante: resposta imune exagerada > sistema imune agride demais o hepatócito > forma fulminante 
 
b. Fisiopatologia 
Período de incubação (contato com o vírus) > Fase prodrômica (formação de imunocomplexos com sintomas 
inespecíficos – “virose”) > Fase ictérica (resposta imune direcionada ao fígado, onde o vírus se instalou) > Fase de 
convalescência (sistema imune “limpa” vírus dos hepatócitos) 
 
 
Período de 
incubação 
Fase 
prodrômica 
Fase ictérica 
Fase de 
convalescência 
Complicações 
A 4 semanas 
Dias a semanas 
Dias a semanas 
*Presente em 
apenas 30% 
Dias a semanas 
Colestase 
B 8-12 semanas Fulminante, cronifica, autoimunes 
C 7 semanas Cronifica, autoimunes 
D 8-12 semanas - 
E 5-6 semanas - 
*Fase prodrômica + ictérica + convalescência = até 6 meses! 
 
c. Clínica 
Características gerais 
 Leucopenia “com linfocitose” 
 Histologia: necrose periportal ou em ponte (resposta 
imune exagerada!) 
 
HEPATITE B – único vírus de DNA 
a. Marcadores sorológicos 
HBsAg Anti-HBs (anti vírus) 
HBcAg Anti-HBc (c de contato!) 
HBeAg Anti-HBe (replicação) 
DNA-HBV Replicação 
 
Período de incubação (8-12 semanas) surge HBsAg > Anti-HBc IgM > fase prodrômica > fase ictérica > fase de 
convalescência (Anti-HBs) ou cronificação 
 
1) Olhar HBsAg 
 Negativo: não tem hepatite B ou janela imunológica 
 Positivo: tem hepatite B – aguda ou crônica? 
 
 
2) Olhar anti-HBc total (IgG + IgM) 
 Negativo: não tem e nunca teve hepatite B 
 Positivo: tem hepatite B – aguda ou crônica? 
IgM positivo: hepatite B aguda 
IgG positivo: hepatite B crônica ou curada 
 
3) Olhar anti-HBs 
 Negativo: hepatite B crônica 
 Positivo: hepatite B curada 
 
Hepatite alcóolica, isquêmica, congestiva, 
medicamentosa: necrose centrolobular! 
HBSAg
Anti HBC 
Anti HBS
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52 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Mutante pré-core 
HBsAg positivo + aumento de TGO e TGP + HBeAg negativo 
 
 Falha na síntese do HBeAg – está em replicação viral, mas com HBeAg negativo! 
 Confirmação: DNA-HBV em altos títulos 
 Mais risco de forma fulminante, cirrose e câncer 
 
b. Evolução – 95% cura, 5% cronifica 
 Assintomática 
 Anictérica/ictérica 
 Forma fulminante – 1%, resposta imune exacerbada (marcadores sorológicos precoces) 
 Crônica – adultos: 1-5%, crianças: 20-30%, RN: 90% 
 
*Associação: PAN, GN membranosa, Gianotti-Crosti (lesão papular, eritematosa, não pruriginosa) 
 
c. História natural 
Hepatite B aguda: 
 95% > cura 
 1% > forma fulminante 
 5% > forma crônica > 20-50% > cirrose > 10% > CA hepatocelular 
 
d. Transmissão 
 Sexual – mais importante 
 Vertical – perinatal! 
 Percutânea 
 
Transmissão vertical: 
 Mãe HBeAg positivo tem 90% de chance de transmissão 
 RN: vacina + imunoglobulina nas primeiras 12h 
 Não tem indicação de cesárea! 
 Aleitamento materno é permitido 
 Mãe: Tenofovir a partir de 28-32 semanas – indicação: HBeAg positivo 
 
e. Profilaxia 
Pré-exposição – Vacina 
 RN: 4 doses (0, 2, 4 e 6m) – 1HB + 3pentavalente 
 Adultos não vacinados: 3 doses (0, 1 e 6m) 
 Imunodeprimido, DRC, transplantado: 4 doses duplas (0, 1, 2 e 6m) > dosar anti-HBs 
 Anti-HBS negativo após 3 doses: 
 2m: + 1 dose 
 
Pós-exposição – Imunoglobulina 
 Perinatal (até 12h): vacina + imunoglobulina 
 Percutâneo (até 7 dias), vítima sexual (até 14 dias) não vacinado: dosar anti-HbS > negativo > 
imunoglobulina 
 Imunodeprimido: imunoglobulina (mesmo vacinado!!!)A hepatite B pode evoluir para CA 
hepatocelular sem passar pela cirrose! 
Anti-HBs > 10: proteção! 
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53 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
f. Tratamento 
 Apenas se forma fulminante (aumento de TAP/RNI) 
 
HEPATITE D – só existe com o vírus B 
Coinfecção Superinfecção 
 D + B agudas 
 Não aumenta risco de cronificação 
 D + B crônica 
 Aumenta risco de cronificação e forma 
fulminante 
 
 Comum no Mediterrâneo/Amazônia 
 Profilaxia: vacinar contra hepatite B 
 
*Associação: anti-LKM3 
 
HEPATITE A 
a. Características 
 Transmissão: fecal-oral 
 Relação com baixo nível socioeconômico, má higiene 
 Endêmica 
 Maioria assintomática 
 
b. Marcador sorológico 
Período de incubação (4 semanas) é o período de maior viremia (sangue e fezes) > anti-HAV IgM > fase prodrômica > 
fase ictérica > fase de convalescência > anti-HAV IgG 
*Como o vírus não sofre mutação, uma vez adquirido o IgG a pessoa está imune para o resto da vida! 
 
c. Profilaxia 
Pré-exposição e pós-exposição 
 1a: vacina com 15m (MS) / vacina com 12 e 18m (SBP) 
 
Exceção: pré-exposição em 6m-1a tem que ser com VACINA! 
 
d. Tratamento 
 Suporte + Isolamento por 7-15 dias após icterícia 
 
HEPATITE E 
a. Características 
 Transmissão: fecal-oral 
 Relação com baixo nível socioeconômico, má higiene 
 Não é comum no Brasil 
 Grávidas: maior risco de forma fulminante (20%) 
 
HEPATITE C 
a. Características 
 Transmissão: parenteral (usuário de droga injetável) – 50% não descobre forma de transmissão 
 Maior risco de cronificação (80-90%) 
 Geralmente é assintomática, pois não gera muita resposta imune – por isso cronifica, já que o sistema imune 
não consegue “limpar” o hepatócito! 
 Tipo 1 é o mais comum 
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54 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
*Associação: crioglobulinemia, GN mesângiocapilar, líquen/porfiria, anti-LKM1 
 
b. Marcador sorológico 
 HCV-RNA – surge nas primeiras semanas e atinge o pico antes do pico da TGO/TGP, podendo coincidir com 
os sintomas 
 Anti-HCV 
*Sempre pedir genotipagem! 
 
c. Tratamento 
 Antivirais – sempre!!! 
 
Tipo 1 Ledipasvir + Sofosbuvir 
Por 8-24 semanas + Ribavirina (se cirrose) Outros Velpatasvir + Sofosbuvir 
DRC Glecaprevir + Pirentasvir 
 
HEPATOPATIAS AUTOIMUNES 
HEPATITE AUTOIMUNE 
 Agressão autoimune aos hepatócitos – lesão hepatocelular 
 Diagnóstico: aumento de TGO e TGP + hipergamaglobulinemia policlonal (IgG) + excluir vírus, álcool e 
medicamentos 
 Tratamento: corticoide + imunossupressor (azatioprina) 
 
Tipo 1 Tipo 2 
 Mulher jovem 
 FAN, antimúsculo liso 
 Meninas, homens 
 Anti-LKM1, anticitosol hepático 1 
 
HEPATITE ALCÓOLICA 
 Ocorre após libação no bebedor crônico – enzimas hepáticas hiperfuncionantes convertem grande 
quantidade de etanol em acetaldeído > agressão hepática 
 Clínica: febre + icterícia + dor abdominal 
 Diagnóstico: TGO > TGP ( 1000, GGT, FA + icterícia 
 Biópsia: necrose centrolobular 
 
Paracetamol 
 Lesão tipo hepatocelular dose-dependente (> 10-15g) 
 Tratamento: N-acetilcisteína 
Amiodarona  Lesão tipo esteatose 
ACO  Lesão tipo colestática 
 
HEPATITE ISQUÊMICA 
 Necrose tecidual hepática por redução do aporte sanguíneo ao órgão 
 Ocorre após episódio de instabilidade hemodinâmica 
 Diagnóstico: paciente grave + aumento de TGO/TGP + aumento de LDH 
 Biópsia: necrose centrolobular 
Risco: 
Homens: > 40-80g/dia 
Mulheres: > 20-40g/dia 
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55 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
HEPATITE CONGESTIVA 
 Necrose tecidual hepática por aumento da pressão venosa hepática secundário a congestão venosa 
sistêmica (origem cardíaca) 
 Suspeitar em caso de hepatopatia em um paciente cardiopata sem evidencia de outra causa que não a 
própria doença cardíaca! 
 Diagnóstico: turgência jugular + edema de MMII + hepatomegalia + refluxo hepatojugular + ascite + icterícia 
 Biópsia: fígado em noz moscada, necrose centrolobular 
 
HEPATITE FULMINANTE (INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA) 
a. Conceito 
 Não hepatopata: encefalopatia 10x: 
 Hepatite viral 
 Hepatite isquêmica 
 Hepatite medicamentosa 
(paracetamol) 
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56 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DOENÇA CALCULOSA BILIAR 
Tipos de cálculos 
Amarelo 
 Mais comum (80%) 
 Formado por colesterol – muito colesterol ou pouco sal biliar 
 Radiotransparente (não aparece no RX) 
 Fator de risco: mulher, obesidade, doença ileal (RCU, DC), emagrecimento 
Preto 
 2º mais comum 
 Formado por bilirrubinato de cálcio 
 Fator de risco: hemólise, cirrose, doença ileal 
Castanho/Marrom 
 Raro 
 Formado por bilirrubinato de cálcio + colesterol 
 Formado no colédoco! 
 Fator de risco: colonização bacteriana por obstrução (cisto, tumor), parasita 
(Clonorchis sinensis) 
*Fator de proteção: cafeína 
*Fatores de risco para lama biliar: gravidez, ceftriaxona, octreotide 
 
COLELITÍASE 
a. Conceito 
 Cálculos na vesícula biliar 
 
b. Clínica 
 Assintomático (80%) 
 “Cólica” biliar (20%): dor em HD após libação alimentar que dura– risco de CA 
Associação com pólipo – risco de CA 
Cálculo > 2.5-3cm – risco de CA 
Anemia hemolítica – risco de outros cálculos, mais graves 
 
COLECISTITE AGUDA 
a. Conceito 
 Inflamação/infecção da vesícula causada por uma obstrução duradoura 
 
b. Clínica 
 Dor em HD progressiva que dura > 6h 
 Febre 
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57 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Sinal de Murphy – interrupção súbita da inspiração profunda durante a compressão do ponto cístico 
*Não causa icterícia! 
 
c. Diagnóstico 
 USG: cálculo impactado no infundíbulo da vesícula, parede espessada 
(> 3mm), líquido perivesicular, sinal de Murphy ultrassonográfico 
 Cintilografia biliar (padrão-ouro): ausência de contraste na vesícula 
 
 
Colecistite 
d. Tratamento 
 Medidas gerais + ATB (cobrir gram negativo) + colecistectomia videolaparoscópica precoce ( 5mm), cálculo no colédoco – suspeita 
 ColangioRM: falha de enchimento – confirma , não precisa de contraste 
 CPRE: falha de enchimento – confirma (padrão-ouro), também é terapêutico (papilotomia) 
 USG endoscópico 
 
 
ColangioRM CPRE 
 
INVESTIGAÇÃO DA COLEDOCOLITÍASE – sintomáticos ou pré-op de colelitíase 
Alta probabilidade 
 US com cálculo no colédoco 
 Colangite aguda (icterícia + febre) 
 Colédoco dilatado (> 5mm) + BT > 4 
CPRE 
Moderada probabilidade 
 Colédoco dilatado (> 5mm) 
 > 55 anos 
 Exames hepáticos alterados 
ColangioRM / 
USG endoscópico / 
ColangioRM intraoperatória 
Baixa probabilidade  Nenhum anterior - 
 
d. Tratamento 
 CPRE (esfincterotomia, dilatação papilar com balão, terapia intraductal) + colecistectomia 
 Derivação biliodigestiva se: primário, > 6 cálculos, colédoco > 2cm, intra-hepático 
 Coledocotomia: colocar dreno de Kehr (em T) – impede aumento de pressão e permite infusão de contraste 
(colangiografia) 
 
Complicações do tratamento: 
 Coledocolitíase residual ( estase biliar > sais biliares lesam 
mucosa > inflamação + infecção 
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60 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
d. Tratamento 
 ATB + colecistectomia / colecistostomia percutânea 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
TUMORES PERIAMPULARES 
Tipos 
CA de cabeça de pâncreas – mais comum 
CA de ampola de Vater 
Colangiocarcinoma distal 
CA de duodeno 
 
a. Clínica 
 Icterícia progressiva 
 Vesícula de Courvoisier – palpável e indolor 
 Emagrecimento 
 
b. Diagnóstico 
 USG de abdome – primeiro exame 
 TC de abdome – padrão-ouro 
 
c. Tratamento 
 Whipple (duodenopancreatectomia) 
 
d. Complicações 
 Colangite aguda 
 
Particularidades 
CA DE CABEÇA DE PÂNCREAS 
 CA 19.9 
 Síndrome de Trousseau: paraneoplásica – tromboflebite migratória 
 Mais comum: adenocarcinoma 
 Ressecável (T1-T3, N1): cirurgia / Irressecável: biópsia 
CA DE AMPOLA DE VATER 
 Icterícia flutuante + melena + vesícula de Courvoisier 
 Melhor prognóstico 
 
TUMOR DE KLATSKIN (COLANGIOCARCINOMA PERI-HILAR) 
 É o colangiocarcinoma mais comum 
 Acomete a junção dos ductos hepáticos direito e esquerdo 
 Prognóstico muito ruim! 
 
a. Clínica 
 Icterícia colestática progressiva 
 Emagrecimento 
 Vesícula murcha – dd com tumor periampular! 
 
b. Diagnóstico 
 USG de abdome: vesícula murcha + dilatação de vias biliares intra-hepáticas – suspeita 
 ColangioRM – confirma 
 TC de abdome – confirma 
 
 
Opção paliativa para icterícia: 
endoprótese ou derivação biliodigestiva 
ARTHUR BORGES
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Arthur Tagliaferre
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61 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Classificação 
Bismuth 
I Apenas hepático comum 
II Junção do hepático direito e esquerdo 
III 
IIIa) Hepático direito 
IIIb) Hepático esquerdo 
IV Ambos os hepáticos 
 
 
DOENÇA AUTOIMUNE DA VIA BILIARImpossibilidade de eliminar bile > sais biliares irritam hepatócitos + dificuldade em absorver gordura > agressão 
contínua > cirrose 
 
Colestase Disabsorção 
 Icterícia 
 Prurido 
 Hiperpigmentação 
 Xantelasma 
 Esteatorreia 
 Deficiência de KEDA – fraqueza 
óssea, tendência ao sangramento 
 
COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA 
 Agressão autoimune aos ductos biliares do espaço porta (microscópica!) 
 Mulher 40-60 com fadiga 
 Associada à AR, Sjogren, Hashimoto 
 Clínica: fadiga, prurido, icterícia colestática, hiperpigmentação 
cutânea, xantelasma 
 Diagnóstico: aumento de FA e GGT + antimitocôndria (IgM) + USG normal 
 Tratamento: ácido ursodesoxicólico + colestiramina / transplante hepático 
 
COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA 
 Agressão autoimune às grandes vias biliares (macroscópica!) 
 Imagem: áreas de estenose intra e extra-hepáticas intercaladas com áreas de 
dilatação – “contas de rosário” 
 Homem 
 Associada à RCU 
 Diagnóstico: aumento de FA e GGT + p-anca 
 Tratamento: transplante hepático 
RESUMO 
AUMENTO DE BI 
Com anemia Hemólise - 
Sem anemia Distúrbio do metabolismo Gilbert, Crigler-Najjar 
AUMENTO DE BD 
Aumento de TGO/TGP Hepatite História + sorologia 
Aumento de FA/GGT Colestase USG para detectar local de obstrução 
Enzimas normais Distúrbio do metabolismo Dubin-Johnson, Rotor 
 
SÍNDROME METABÓLICA (HAS / DM) 
SÍNDROME DE RESISTÊNCIA À INSULINA 
Pelo menos 3: 
Circunferência abdominal > 102 (H) / > 88 (M) – IDF: 85-94 (H) / 80-90 (M) de acordo com etnia 
Pressão arterial ≥ 130 x 85 
Triglicérides ≥ 150 
HDL artéria calcificada (arteriosclerose) – dx: manobra de Osler (artéria palpável após 
insuflação do manguito) 
 
b. Classificação 
BR EUA 
Ótima 3 
 K > 5.5 
 Estenose bilateral 
da AR 
 Gravidez 
DIU TIAZÍDICO – 
clortalidona, HCTZ 
 Negros, idosos 
 Osteoporose 
 4 hipo: hipovolemia, 
hiponatremia, hipocalemia, 
hipomagnesemia 
 3 hiper: hiperglicemia, 
hiperlipidemia, hiperuricemia 
 Gota 
BCC – 
dipinas (vaso) / 
diltiazem, verapamil 
(coração) 
 Negros, idosos 
 DAP 
 FA 
 Cefaleia 
 Rubor facial 
 Edema 
 Bradicardia / IC 
 ICFEr (não diidro) 
 Coronariopatia – 
taquicardia reflexa 
 
Medicamentos de 2ª linha 
Medicamento Indicação Efeito adverso 
BB 
 IC 
 Enxaqueca 
 DAC 
 Taquiarritmias 
 Tremor essencial 
 Hipertireoidismo 
 Broncoespasmo 
 Bradicardia 
 Insônia / pesadelo 
 Disglicemia 
METILDOPA / HIDRALAZINA  Gestante 
 LES farmacoinduzido 
(hidralazina) 
PRASOZIN  Hiperplasia prostática benigna  Hipotensão postural 
ARTHUR BORGES
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64 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Feocromocitoma  Incontinência urinária 
CLONIDINA  Urgência  Efeito rebote 
ALISQUIRENO  Cara, não é superior ao IECA/BRA - 
 
HAS RESISTENTE – PA não controlada com 3 drogas (incluindo diurético) em doses otimizadas 
1) Descartar pseudo-resistência: baixa adesão, “jaleco branco”, medida errada 
2) Investigar HAS secundária: 50 anos, grave, LOA 
3) Adicionar 4ª droga: Espironolactona – porque a principal causa de HAS 2ª é o hiperaldosteronismo 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DE HAS 2ª 
Hipocalemia Hiperaldosteronismo – relação A/R 
Sopro abdominal + hipocalemia Renovascular – angioTC/angiografia 
Aumento de Cr, proteinúria Doença renal parenquimatosa – USG, ClCr 
Ronco, sonolência Apneia do sono – polissonografia 
Cefaleia, sudorese, palpitação Feocromocitoma – metanefrinas (plasma, urina) > TC > cintilografia com 
MIBG 
Jovem, pulso femoral reduzido Coartação da aorta – Doppler, angioTC 
 
HIPERALDOSTERONISMO – renina > AT1 > ECA > AT2 > aldosterona (córtex da adrenal) 
HAS refratária sem edema + hipocalemia (apenas 40%!) + alcalose metabólica 
 
Primário Secundário – renovascular 
 Adenoma / Hiperplasia da adrenal 
 Renina baixa 
 Relação A/R > 30 
 Pedir TC – adenoma (unilateral): 
cirurgia / hiperplasia (bilateral): 
espironolactona 
 
Hiperaldosteronismo hiporreninêmico 
 Estenose da artéria renal 
 Renina alta 
 Relação A/RangioRM / arteriografia 
 
Hiperaldosteronismo hiperreninêmico 
 
FEOCROMOCITOMA – tumor de células cromafins na medula da suprarrenal 
Crises de HAS + cefaleia + palpitações + sudorese 
 
 Regra dos 10%: malignos, bilaterais, familiares, pediátricos, extra-suprarrenais 
 Diagnóstico: dosagem de metanefrinas (urina 24h ou plasma) > TC/RM > cintilografia com MIBG 
 Tratamento: alfa-bloqueador > + BB > adrenalectomia 
 
*Paraganglioma: tumor de células cromafins em paragânglios – NÃO produzem adrenalina, apenas noradrenalina! 
 
CRISE HIPERTENSIVA 
Aumento súbito e expressivo da PA, geralmente ≥ 180 x 120 
*Perda do mecanismo de autorregulação do fluxo sanguíneo 
EMERGÊNCIA URGÊNCIA 
 Lesão aguda de órgão-alvo: encefalopatia, IAM, 
EAP, dissecção de aorta, IRA 
 Reduzir 20-25% da PAM na 1ª hora 
 
IV: Nitroprussiato, Nitroglicerina (IAM), BB 
 
 Sem lesão aguda de órgão-alvo: crise 
adrenérgica, epistaxe, pré-operatório 
 PA 160 x 100 em 24-48h 
 
VO: Captopril, furosemida, clonidina 
 
 
ARTHUR BORGES
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ARTHUR BORGES
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ARTHUR BORGES
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65 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
EXCEÇÕES: 
 Dissecção de aorta / AVE hemorrágico: normalizar (e 
não reduzir) a PA 
 AVE isquêmico: PA quilomícron no sangue > LPL retira TG do quilomícron nos tecidos 
 
Fígado – via endógena 
Produção de lipídios > VLDL no sangue > LPL retira TG do VLDL nos tecidos > ILD > LDL 
HDL > retira colesterol da periferia através da LCAT e leva para o fígado (transporte reverso do colesterol) 
 
 
 
 
 
 Alvo Tratamento 
TRIGLICÉRIDES 
 500) 
HDL > 40 Ácido nicotínico (sem recomendação) 
LDL 
Depende do risco 
*Crianças CT 10x, TGO/TGP > 3x ou sintomas 
 
Fórmula de Friedewald 
LDL = CT – HDL – VLDL (TG/5) 
*Não é confiável se TG > 400! 
 
ApoA HDL 
ApoB100 VLDL, IDL, LDL 
ApoB48 Quilomícron 
ApoC Controla LPL 
ApoE Captação de quilomícron, VLDL, LDL pelo fígado 
GI + NEURO = INTOXICAÇÃO 
INTOXICAÇÃO POR NITROPRUSSIATO 
Nitroprussiato > hemácia > cianeto > fígado > tiocianato > 
rim > excreção 
 Metabólitos: cianeto e/ou tiocianato 
 Acidose metabólica 
 Risco maior: uso > 48h, dose elevada, disfunção 
hepática/renal 
 Tratamento: reduzir/suspender Nitroprussiato + 
vitamina B12 (hidroxicobalamina) 
ARTHUR BORGES
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66 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DIABETES 
a. Fisiopatologia 
Distúrbio do metabolismo relacionado ao hipoinsulinismo 
Deficiência absoluta ou relativa de insulina > corpo em constante estado de “jejum” > catabolismo 
 
CATABOLISMO (“jejum”) – diminui glicose > diminui insulina > aumenta 
contrainsulínicos (glucagon, adrenalina, cortisol, GH) > catabolismo 
1) Glicogenólise > hiperglicemia 
2) Lipólise > ácidos graxos e corpos cetônicos > gliconeogênese > 
hiperglicemia 
3) Proteólise > aminoácidos > gliconeogênese > hiperglicemia 
 
b. Classificação 
TIPO 1 – 
Hipoinsulinismo absoluto 
TIPO 2 – 
Resistência à insulina 
 45 anos, obeso 
 Genético, ambiental 
 Assintomático 
 HOMA-IR 
 Estado hiperosmolar hiperglicêmico 
LADA: “DM1” tardio – evolução lenta 
MODY: “DM2” precoce 
c. Diagnóstico 
DM – 2 testes 
Glicemia de jejum ≥ 126 
Glicemia 2h pós TOTG ≥ 200 
HbA1c ≥ 6.5% 
Glicemia ≥ 200 + sintomas 
Se 1 normal e 1 alterado: repetir alterado 
 
PRÉ-DM – 1 teste 
Glicemia de jejum 100-125 
Glicemia 2h pós TOTG 140-199 
HbA1c 5.7 - 6.4% 
d. Rastreamento 
 ≥ 45 anos ou IMC ≥ 25 + 1FR: 3/3 anos 
 HIV: antes e depois da TARV 
 
e. Metas 
 
HbA1c pico de GH > hiperglicemia matinal 
 3h: normoglicemia 
 Conduta: dar NPH mais tarde 
 Pico de NPH no meio da madrugada > 
hipoglicemia > aumenta contrarregulares > 
hiperglicemia matinal 
 3h: hipoglicemia 
 Conduta: diminuir NPH da noite ou lanchar 
antes de dormir 
*NÃO aumenta NPH! 
 
DM2 
Mecanismo de ação Medicamentos Efeitos Contraindicações 
Diminui resistência a 
insulina 
Metformina 
(fígado) 
 Perda de peso 
 Diminuição da B12 
 Acidose lática 
Insuficiências 
(TFG “Neutra” para peso - 
 
Análogos do GLP1 – 
Liraglutida 
 
 Perda de peso 
 Pode usar se TFG 300 
 Sintomáticos 
 Gestante 
 Disfunção renal/hepática 
 Estresse (cirurgia, infecções) 
 
g. Complicações agudas 
CETOACIDOSE DIABÉTICA 
Fisiopatologia 
Ausência de insulina com hipercatabolismo 
 
Hiperglicemia + cetonemia (ácido B-hidroxibutirato, ácido acetoacético, acetona) + acidose metabólica com AG 
elevado 
Clínica 
 Poliúria, desidratação, confusão mental 
 Hálito cetônico 
 Hiperventilação – respiração de Kussmaul 
 Dor abdominal 
 Leucocitose com desvio à esquerda 
ARTHUR BORGES
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69 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 IRA pré-renal 
 Aumento da amilase 
 Aumento de TG 
 
Diagnóstico 
Glicose > 250 
Cetonemia/cetonúria (3+/4+) 
pH 135: trocar para NaCl 0.45% 
Na 5.2: iniciar insulina 
K 3.3 - 5.2: iniciar insulina + repor 20-30mEq/l de soro 
K 7.3 
Bicarbonato > 15 
AG ≤ 12 
*Cetonúria piora com o tratamento, por isso não é utilizado como parâmetro! 
Após compensação: 
 Liberar dieta VO 
 Aplicar Insulina Regular SC 2h antes de parar a IV 
 
Complicações 
 Edema cerebral – crianças! 
 Hipocalemia grave 
 Mucormicose – Anfotericina B + debridamento 
 Trombose 
 Hipoglicemia – tríade de Whipple: hipoglicemia + sintomas adrenérgicos/neuroglicopênicos + melhora com 
glicose 
 
 
 
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70 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR 
Fisiopatologia 
Deficiência de insulina 
 
Hiperglicemia em um idoso diabético sem acesso à água > desidratação (glicosúria leva água) + pico de estresse com 
hormônios contrarregulares > hiperosmolaridade > como ainda tem um pouco de insulina, não produz corpos 
cetônicos e, consequentemente, não faz cetoacidose 
 
Diagnóstico 
Glicose > 600 
Osmolaridade > 320 
pH > 7.3 
Bicarbonato 30 
3) Macroalbuminúria 
Albuminúria > 300mg/g 
 
Na biópsia: 
Glomeruloesclerose difusa – mais comum 
Glomeruloesclerose nodular (Kimmelstiel) – mais específico 
Controle da HAS 
*Associação com retinopatia!!! 
 
 
▪ NEUROPATIA DIABÉTICA 
 Rastreamento: exame neurológico (monofilamento) 
 Pé diabético: polineuropatia + deformidades + trauma 
 Tratamento: pregabalina, duloxetina, amitriptilina 
 
Polineuropatia 
Simétrica distal (“em luvas e botas”) com comprometimento 
sensitivo precoce e motor tardio – mais comum 
Autonômica 
Hipotensão postural, bexiga neurogênica, gastroparesia, 
disfunção erétil 
Mononeuropatia III par, síndrome do túnel do carpo (1º ao 3º dedo) 
 
SÍNDROMES ENDÓCRINAS 
TIREOIDE 
ANATOMIA 
Irrigação: 
 Tireóidea superior (ramo da carótida externa) 
 Tireóidea inferior (ramo do tronco tireocervical) 
 
Inervação – ramos do nervo vago 
 Laríngeo recorrente (inferior) – lesão: rouquidão + insuficiência 
respiratória 
 Laríngeo superior – lesão: alteração do timbre da voz 
 
FISIOLOGIA Hipotálamo (TRH) > Hipófise (TSH) > Tireoide (T4, T3) 
 
 Unidade funcional: folículo tireoidiano (conjunto de células foliculares + células parafoliculares/C) 
 Hormônios (T4 e T3): tireoglobulina (células foliculares) + iodo (dieta) 
 Tireoperoxidase (TPO): enzima que junta a tireoglobulina com o iodo 
 Coloide (interior do folículo): armazena T4 e T3 
 
Tireoide secreta 20x mais T4 (meia vida longa) que T3 > nos tecidos, T4 é convertido em T3 (desiodase I e II) > T3 é o 
hormônio com atividade biológica 
 
T4 é convertido em T3 reverso (desiodase III) > inibe a desiodase I 
 
Funções: 
 Forma receptores B-adrenérgicos 
Hipoaldosteronismo hiporreninênico 
Degeneração do aparelho justaglomerular 
ATR tipo IV: Hipercalemia desproporcional à TFG + 
acidose metabólica hiperclorêmica 
*Na DRC, a hipercalemia só ocorre com TFG aumenta PAS 
B2 (vasos): vasodilatação > diminui PAD 
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72 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Estimula o metabolismo basal (rim, fígado, coração, SNC) 
 Produz calor 
Hiper primário T4 alto TSH baixo 
Hiper secundário T4 alto TSH alto 
Hipo primário T4 baixo TSH alto 
Hipo secundário T4 baixo TSH baixo ou N 
T4 livre: define se é hipo ou hiper 
TSH: define se é primário ou secundário – mais sensível (primeiro que se altera) 
*T4 livre normal + T4 total alterado: problema na TBG (estrogênio aumenta TBG!) 
*Anti-TPO e anti-Tg indicam doença autoimune e só 
Sobre o Bócio: 
 Ocorre pelo excesso de TSH!!!! 
 Independente se é hipo ou hiper – estímulo trófico 
 
Wolff-Chaikoff Jod-Basedow 
Dá iodo e faz hipotireoidismo 
Dá iodo e faz hipertireoidismo – 
situaçõesde carência de iodo 
*Angiografia, TC com contraste.. – muito iodo 
 
Síndrome do eutireoideo doente – pacientes internados 
Citocinas inibem desiodase I/II > diminui conversão de T4 em T3 > T4 que sobra é convertido em T3r pela desiodase 
III > aumento de T3r + queda do TSH 
NÃO SOLICITAR FUNÇÃO TIREOIDEA EM PACIENTE DOENTE! – esperar 1-2m 
 
TIREOTOXICOSE 
Hipertireoidismo Tireotoxicose 
Hiperfunção da glândula 
Síndrome do excesso de hormônio tireoidiano 
Por hipertireoidismo ou não (ex: hormônio exógeno) 
 
a. Clínica 
Aumento dos receptores B-adrenérgicos 
 Insônia 
 Tremor 
 Taquicardia, FA 
 Sudorese 
 HAS divergente 
Aumento do metabolismo basal 
 Polifagia 
 Emagrecimento 
 Hipercalcemia – acelera turn over ósseo 
Produção de calor 
 Intolerância ao calor 
 Aumento da temperatura corporal 
 
b. Causas 
Com hipertireoidismo Sem hipertireoidismo 
 Doença de Graves 
 Bócio multinodular tóxico 
 Adenoma tóxico (doença de Plummer) 
 Tumor hipofisário produtor de TSH 
 Tireoidite 
 Tireotoxicose factícia – uso inadvertido do 
hormônio 
 
Como diferenciar? 
RAIU – cintilografia quantitativa da tireoide 
Normal 5-30% 
Com hipertireoidismo 35-95% 
Sem hipertireoidismo se liga aos receptores de TSH (imita o TSH) > estimula tireoide > hipertireoidismo 
Anti-TPO e anti-Tg também podem estar presentes > evolução para hipotireoidismo 
 
b. Clínica 
Tireotoxicose + 
 Bócio difuso com sopro/frêmito – “TSH falso” estimula receptor 
 Mixedema pré-tibial – infiltração de proteoglicanos no subcutâneo 
 Oftalmopatia – exoftalmia/proptose 
 Baqueteamento digital – acropaquia 
 
c. Diagnóstico 
 Clínica – TSH baixo, T4 e T3 altos 
 Na dúvida: anti-TRAB / RAIU 
*Em 5% dos casos só há aumento de T3 
 
d. Tratamento 
Medicamentoso 
 Betabloqueador (Propranolol) – sintomático!! 
 Metimazol – inibe TPO 
 Propiltiuracil (1º trimestre de gestação, puerpério, crise tireotóxica) – inibe TPO e desiodase I 
*Acompanhamento: T4 – o TSH demora cerca de 3m para normalizar 
 
Iodo radioativo 
 Recidiva ou reação tóxica as drogas 
 CI: gestante/lactante, grandes bócios, oftalmopatia moderada/grave 
 Efeito ocorre em até 6m 
 Reação adversa: piora da oftalmopatia 
 
Tireoidectomia – geralmente subtotal 
 Sem melhora farmacológica, CI ao iodo radioativo 
 Preparação: PTU/MMZ por 6 semanas (evita crise tireotóxica durante cirurgia) + iodo por 10 dias (diminui 
sangramento e faz efeito Wolff-Chaikoff) 
 Principal complicação: hipocalcemia transitória 
 
HIPERTIREOIDISMO APÁTICO – 
idosos 
 Sintomas cardiovasculares (FA, IC refratária) + astenia 
intensa, perda de peso, depressão grave 
*Não tem sintomas adrenérgicos! 
TIREOTOXICOSE FACTÍCIA 
 TSH baixo, T4 baixo, T3 alto 
 Tireoglobulina baixa 
 
BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO 
 Múltiplos nódulos autônomos e hiperfuncionantes 
 Mulheres idosas com carência de iodo 
 
a. Clínica 
Tireotoxicose + 
 Sintomas compressivos – sinal de Pemberton 
 
TRÍADE DE GRAVES: 
Bócio (80-90%) + Oftalmopatia (20-40%) + 
Mixedema pré-tibial (5%) 
Efeitos colaterais 
MMZ: agranulocitose (febre + odinofagia) 
PTU: hepatoxicidade 
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Arthur Tagliaferre
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Arthur Tagliaferre
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74 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Diagnóstico 
 TSH baixo, T4 e T3 altos – hiper 1º 
 Cintilografia 
 
c. Tratamento 
 Iodo radioativo 
 Cirurgia (tireoidectomia subtotal) 
 
ADENOMA TÓXICO (DOENÇA DE PLUMMER) 
 Nódulo solitário ( hipertireoidismo (Jod Basedow) 
Tipo II (RAIU normal ou baixo): tireoidite leve 
 
CRISE TIREOTÓXICA 
 Fatores precipitantes: infecções, cirurgia, trauma 
 Aumento de catecolaminas + aumento súbito de T4 livre 
 Confusão, delirium, psicose, coma + febre alta + IC de alto débito + HAS divergente + FA aguda + icterícia 
 Tratamento: PTU altas doses + iodo após 1h + BB IV + corticoide IV 
 
TIREOIDITES 
a. Fisiopatologia 
Subagudo Crônico 
Inflamação rápida > liberação dos hormônios contidos 
nos folículos > tireotoxicose > eutireoidismo > 
hipotireoidismo 
Inflamação lenta e progressiva > hipotireoidismo 
 
b. Causas 
Infecciosa 
– aguda 
 S. aureus, S. pyogenes 
 Dor + febre + flogose + supuração 
 Leucocitose com desvio 
 Não altera função tireoidiana! 
 ATB + drenagem 
Granulomatosa subaguda de 
DeQuervain 
– subaguda 
 Dolorosa – dor quevein 
 1-3 semanas pós infecção viral 
 VHS + tireoglobulina aumentados 
 Autolimitada 
Esclerosante de Riedel 
– crônica 
 Fibrose progressiva da tireoide e tecidos adjacentes 
ARTHUR BORGES
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75 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Linfocítica crônica (Hashimoto) 
– crônica 
 Causa mais comum de hipotireoidismo no nosso meio – no 
mundo, é a carência de iodo 
 Autoimune (anti-TPO 95-100%, anti-Tg, TRAB inibidor) 
 Clínica: tireotoxicose (hashitoxicose), hipotireoidismo com 
bócio (maioria) 
 PAAF: células de Askanazy (fibrose) 
 Maior risco de linfoma de tireoide 
*Tireoglobulina aumentada: destruição da tireoide – inflamação 
c. Tratamento 
Na fase de tireotoxicose: 
 Betabloqueador – sintomático! 
*A tireoide NÃO ESTÁ funcionando, há apenas liberação dos hormônios armazenados! 
 
No hipotireoidismo: 
 Levotiroxina (T4) 
 
HIPOTIREOIDISMO 
a. Clínica 
Diminuição dos receptores B-adrenérgicos 
 Bradicardia 
 HAS convergente – aumento da RVP 
Diminuição do metabolismo basal 
 Dislipidemia 
 Ganho de peso 
 Anemia 
 Depressão 
Diminuição da produção de calor 
 Intolerância ao frio 
 Diminuição da temperatura corporal 
Outros 
 Hiperprolactinemia 
 Amenorreia 
 Mixedema – duro, sem cacifo 
 
b. Diagnóstico 
 TSH e T4 livre 
 
HIPO 1º HIPO CENTRAL (2º ou 3º) 
TSH alto, T4 baixo TSH baixo ou normal, T4 baixo 
Hashimoto, outras tireoidites, iatrogênica/drogas, 
carência de iodo 
Doença hipofisária ou hipotalâmica 
Anti-TPO 
- Positivo: Hashimoto 
- Negativo: outras tireoidites 
RM de sela túrcica 
 
c. Tratamento 
Levotiroxina (T4) 
 1.6 mcg/kg/dia 
 1x/dia, pela manhã, em jejum 
 Idoso, coronariopatia: iniciar com 25-50 mcg/dia, aumentar em 4-8 semanas 
 Gestante: aumentar 30% da dose 
*Acompanhamento: TSH 
 
HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO – TSH alto, T4 normal 
Tratar se: 
 Gestante / intenção de engravidar 
 TSH > 10 (normal: 0,5-5) 
ARTHUR BORGES
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76 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Sintomático – depressão, doença CV 
 Anti-TPO em altos títulos 
 Dislipidemia 
 
COMA MIXEDEMATOSO 
 Fatores precipitantes: infecções 
 Rebaixamento doe M. catarrhalis 
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6 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
d. Tratamento 
▪ EXACERBAÇÃO AGUDA – piora aguda dos sintomas respiratórios com necessidade de mudança no tto 
A – ATB ATB 5-7 dias se escarro purulento ou aumentado / piora da dispneia / VNI / IOT 
B – BRONCODILATADOR DE 
CURTA DURAÇÃO 
B2 agonista (Fenoterol 10-20gts) + anticolinérgico (Ipratrópio 20-40gts) 
3x 20/20min 
C – CORTICOIDE SISTÊMICO Prednisona VO, Metilprednisolona IV por 5-7 dias 
D – DAR O2 
Alvo: 88-92% 
VNI: acidose respiratória / hipoxemia persistente / fadiga 
IOT: redução do nível de consciência / falha VNI 
 
▪ DE MANUTENÇÃO 
0-1 exacerbação/ano ≥ 2 exacerbações/ano ou 1 internação 
A: pouco sintoma C: pouco sintoma CAT 300 eosinófilos/asma 
 
O2 domiciliar – min 15h por dia 
 paO2 ≤ 55 em repouso 
 satO2 ≤ 88% em repouso 
 paO2 56-59 + policitemia (Ht > 55%) ou cor pulmonale 
*Gasometria deve ser coletada após 4-6 semanas da exacerbação! 
 
ASMA 
Inflamação crônica (alergia, poluição, idiossincrática..) às custas de eosinófilos (IgE), com episódios de hiper-
reatividade brônquica (broncoespasmo) 
 
a. Clínica – variável, intermitente, exacerbado por gatilhos, pior à noite 
 Tosse 
 Dispneia 
 Sibilância – passagem de ar pela via aérea estreita 
 Aperto no peito 
 
b. Tratamento 
▪ CRISE ASMÁTICA – FR: maior resposta ao broncodilatador 
Clínica e Peak-Flow (pico de fluxo expiratório) 
LEVE / MODERADA  PFE > 50% 
GRAVE 
 PFE ≤ 50% 
 Alcalose respiratória 
 Frases incompletas 
 FC > 120 
Compensado: retenção de CO2 + pH normal 
Descompensado: retenção de CO2 + pH alterado 
Gasometria: 
alcalose respiratória – taquipneia 
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7 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
MUITO GRAVE – IOT! 
 Sonolência, confusão mental 
 Acidose respiratória 
 MV reduzido, sem sibilos (tórax silencioso) 
 
O2  Alvo: 93-95% 
B2 agonista de curta duração – 
Fenoterol, Salbutamol 
 3 doses de 20/20min 
Sem melhora ou grave: + Ipratrópio 
Corticoide sistêmico (VO / IV) 
 Iniciar na 1ª hora 
*Não tem diferença entre IV e VO! 
Refratário: considerar Sulfato de Magnésio IV 
 
Na hora da alta: 
 Manter corticoide VO por 5-7 dias (criança: 3-5 dias) 
 Iniciar ou otimizar tratamento crônico – aumentar step 
 
▪ DE MANUTENÇÃO 
 
*Últimas 4 semanas 
 
1 
(SOS) 
CI dose baixa (Budesonida) + B2 de longa (Formoterol) SN 
ou 
CI dose baixa (Budesonida) + B2 de curta (Salbutamol) SN 
LEVE 
2 
SOS 
ou 
CI dose baixa (Budesonida) 
3 CI dose baixa (Budesonida) + B2 de longa (Formoterol) 
MODERADA 
4 CI dose média + B2 de longa (Formoterol) 
5 Especialista (anti-IgE/IL-5/tiotrópio) GRAVE 
*Iniciar na etapa 2 ou 3 (se grave) 
 
Se controlada por 3m: reduzir etapa 
Se não controlada: avaliar adesão > aumentar etapa 
 
FIBROSE CÍSTICA – autossômica recessiva 
Mutação genética > acúmulo de Cl e Na dentro da célula > deslocamento da água para o intracelular > desidratação 
+ aumento da viscosidade das secreções mucosas > inflamação + fibrose 
 
a. Clínica 
 Tosse produtiva crônica, dispneia, IVAS / PNM de repetição, baqueteamento digital 
 Pólipos nasais 
 Insuficiência pancreática exócrina 
 Diarreia crônica com esteatorreia 
 Colestase 
 Íleo meconial (1º dia de vida) 
A – atividades limitadas 
B – broncodilatador de alívio > 2x/sem 
C – calada da noite (sintoma noturno) 
D – dia (sintoma diurno) > 2x/sem 
0 Controlada 
1-2 Parcialmente controlada 
3-4 Não controlada 
 “dobrada” 
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8 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
b. Diagnóstico 
 Teste do suor com cloro ≥ 60 – 2 ocasiões 
 Mutação do gene CFTR 
 
Teste do pezinho (teste do tripsionogênio imunorreativo – IRT) > Repetir após 2 semanas > 
Teste do suor (2x) / Mutação CFTR 
 
c. Tratamento 
 Inalação com salina hipertônica 
 ATB – Pseudomonas, S. aureus 
 Oxigenioterapia (= DPOC) 
 Reposição de enzimas pancreáticas e vitaminas lipossolúveis (KEDA) 
 
PNEUMOPATIAS 
INTERSTICIAIS 
DIFUSAS – 
restritivas 
✓ Fibrose pulmonar idiopática: estertores em velcro nas bases + baqueteamento digital 
✓ Pneumonite por hipersensibilidade: tabagismo protege + aprisionamento de ar + 
linfocitose 
✓ Granulomatose de células de Langerhans: pneumotórax (cistos) + hemoptise + 
grânulos de Birbeck 
✓ Sarcoidose: adenopatia hilar bilateral + alteração cutânea (eritema nodoso) + uveíte 
 
 TC: vidro fosco (alveolite, fase precoce) > faveolamento (fibrose, fase tardia) 
subpleurais 
 Teste de difusão do CO – 1º exame que altera 
 Diagnóstico: biópsia pulmonar a céu aberto / guiada por toracoscopia 
 
Fibrose superior Fibrose inferior 
 Silicose 
 Sarcoidose – granulomas não caseosos 
 Granulomatose de células de Langerhans 
 Pneumonite por hipersensibilidade 
 Fibrose pulmonar idiopática 
 Asbestose 
 
 
Vidro fosco (alveolite) + Faveolamento (fibrose) 
 
 
 Sarcoidose – adenopatia hilar bilateral simétrica 
 
PNEUMOCONIOSE – doença ocupacional por inalação de partícula 
Inalação de micropartícula ( inflamação (alveolite) > fibrose (doença restritiva) 
SARCOIDOSE 
 Tosse – adenopatia hilar 
 Uveíte anterior 
 Eritema nodoso 
 Nefrocalcinose / Nefrolitíase 
(hipercalcemia) – produção de vit D ativa 
 Paralisia facial periférica 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
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9 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Diagnóstico 
 História ocupacional + RX + espirometria com padrão restritivo 
 
SILICOSE 
 FR: mineração, jateamento de vidro/areia 
 Infiltrado micronodular em lobos superiores > fibrose + linfonodo com calcificação em casca 
de ovo (periférica) + associação com TB 
ASBESTOSE 
 FR: amianto (construção civil) 
 Opacidades em lobos inferiores + espessamento pleural + placas pleurais calcificadas + 
derrame pleural exsudativo 
 Mesotelioma 
*Síndrome de Caplan: nódulos reumatoides periféricos + pneumoconiose (silicose, carvão) 
 
TOSSE CRÔNICA 
Classificação 
Aguda 
*Resolução 
espontânea! 
 8 semanas 
 Tosse de VAS (alergia) – gotejamento pós-nasal 
 Asma 
 DRGE 
 
TUBERCULOSE 
a. Característicasnível de consciência + hipoventilação (hipercapnia) + hipotermia + bradicardia + 
hipoglicemia + hiponatremia 
 Tratamento: Levotiroxina altas doses IV + corticoide IV 
 
SUPRARRENAL 
FISIOLOGIA 
Hipotálamo > CRH > Hipófise > ACTH > Suprarrenal (córtex – cortisol!!) 
 
MEDULA 
Catecolaminas – 
controlado pelo SNA 
 Aumenta tônus vascular 
CÓRTEX 
Cortisol – 
controlado pelo ACTH 
 Efeito catabólico – hiperglicemia 
 Ação permissiva às catecolaminas 
 Neutrofilia, leucopenia, eosinopenia 
*Em altas doses tem efeito mineralocorticoide 
Androgênio 
(SDHEA, androstenediona) 
 Pilificação feminina 
Aldosterona – 
controlado pelo SRAA 
 Reabsorve Na, trocando por K ou H+ 
 
Hipofunção Hiperfunção 
 Insuficiência adrenal 
 Síndrome de Cushing 
 Hiperplasia adrenal congênita 
 Hiperaldosteronismo primário 
 Feocromocitoma 
 
INSUFICIÊNCIA SUPRARRENAL 
1) Dosagem de cortisol 
2) Teste de estimulação com ACTH (cortrosina) 
3) Dosagem de ACTH 
 
Primária – doença de Addison Secundária 
 ACTH alto 
 Cortisol baixo 
 Aldosterona baixa 
 ACTH baixo/normal 
 Cortisol baixo 
 Aldosterona normal 
*Aldosterona não depende do eixo HH! 
 
 Primária – doença de Addison Secundária 
Causas 
 Adrenalite autoimune – destruição 
glandular 
 Infecções (BK) 
 Adrenoleucodistrofia – acúmulo de 
ácidos graxos na adrenal e SNC 
 Suspensão abrupta de corticoide 
 Lesão do hipotálamo/hipófise 
Clínica 
 Hipocortisolismo: hipotensão, 
hipoglicemia, dor abdominal, eosinofilia 
 Hipoaldosteronismo: hiponatremia, 
hipercalemia, acidose 
 Hiperpigmentação – aumento do ACTH 
 Hipocortisolismo: hipotensão, 
hipoglicemia, dor abdominal, eosinofilia 
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77 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Tratamento 
Glicocorticoide (Hidrocortisona) + 
Mineralocorticoide (Fludrocortisona) 
Glicocorticoide (Hidrocortisona) 
 
CRISE ADDISONIANA 
 Desidratação, choque refratário + falso abdome agudo + hipoglicemia e hipertermia inexplicadas 
 Tratamento: Reposição volêmica + Glicocorticoide (Hidrocortisona) em altas doses – tem efeito 
mineralocorticoide 
DESMAME DE CORTICOIDE – 
até 2-3 semanas (independente da dose): suspender abruptamente 
Dose em uso (Prednisona) Redução a cada 2 semanas 
≥ 40mg 10mg 
20-40mg 5mg 
10-20mg 2.5mg 
5-10mg 1mg 
 
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA 
Deficiência de 21-hidroxilase > desvio da cascata para produção de androgênio + deficiência de cortisol e 
aldosterona > virilização + perda de sal 
 
a. Clínica – clássica x não clássica 
 Virilização 
 Vômitos – a partir da 2ª semana de vida 
 Desidratação 
 Hiponatremia 
 Hipercalemia 
 Acidose 
 Hipoglicemia 
*Na forma tardia, faz diagnóstico diferencial com SOP! 
 
b. Diagnóstico 
 17-OH-progesterona alta 
 
c. Tratamento 
 Reposição de volume – SF 0.9% 
 Hidrocortisona 
 Fludocortisona 
*Em casos de estresse, aumentar dose da Hidrocortisona e manter Fludrocortisona 
 
SÍNDROME DE CUSHING 
Excesso de glicocorticoide 
 
a. Causas 
ACTH dependentes ACTH independentes 
 Doença de Cushing – adenoma de hipófise 
produtor de ACTH 
 Secreção ectópica de ACTH – oat cell de pulmão, 
carcinoide, CA medular de tireoide 
 Adenoma/hiperplasia da suprarrenal 
 CA suprarrenal 
*Iatrogênica – mais comum 
Diagnóstico diferencial 
ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO 
 Alcalose 
 Hipocalemia 
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78 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Clínica 
 Obesidade central 
 Gibosidade / face de “lua cheia” 
 Hiperglicemia 
 Hirsutismo 
 Estria violácea 
 Osteopenia 
 Hiperpigmentação – se ACTH alto 
 
c. Diagnóstico 
1) DOSAGEM DE CORTISOL 
 1mg Dexa às 23h – positivo se não houver redução do cortisol às 8h 
 Cortisol livre urinário (24h) 
 Cortisol salivar às 00h 
 
2 exames alterados = síndrome de Cushing 
 
2) DOSAGEM DE ACTH 
ACTH alto/normal: doença de Cushing ou ACTH ectópico 
 RM de sela túrcica (hipófise) 
 Teste de supressão com Dexa (16mg em 2 dias) – diminui cortisol na doença de Cushing 
 Teste do CRH – aumenta cortisol e ACTH na doença de Cushing 
 
RM e testes positivos Doença de Cushing > cirurgia transesfenoidal 
RM e testes negativos ACTH ectópico > imagem + cirurgia 
 
ACTH baixo: doença da suprarrenal 
 TC de abdome (carcinoma, adenoma, hiperplasia) > 
adrenalectomia 
 
INCIDENTALOMA ADRENAL 
Principal causa: adenoma não funcionante (benigna), metástase (maligna) 
 
1) Solicitar hormônios – afastar feocromocitoma (tem que fazer preparo pré-op!) 
2) Avaliar adrenalectomia 
Indicações: 
 > 4cm 
 Hiperfuncionante 
 Características de malignidade – margens irregulares, heterogênea, calcificações, aumento de atenuação, 
delayed washout 
 
PARATIREOIDE 
Causas de hipercalcemia 
Hiperparatireoidismo 1º PTH alto + lesão óssea 
CA (metástase, PTH-rP) PTH baixo + lesão óssea 
Hipervitaminose D PTH baixo + osso saudável 
 
Principais causas 
Ambulatorial: hiperparatireoidismo 1º 
Hospital: CA 
Síndrome de Nelson: ocorre após adrenalectomia bilateral – 
perda do feedback negativo > crescimento da hipófise que 
passa a secretar mais ACTH e comprimir estruturas 
adjacentes (quiasma óptico) 
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79 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO 
PARATORMÔNIO (PTH) – gera hipercalcemia 
Aumenta reabsorção óssea 
Aumenta reabsorção renal de cálcio 
Aumenta excreção de fósforo e bicarbonato 
Aumenta ativação da vitamina D e, consequentemente, absorção de cálcio 
 
a. Causas 
 Adenoma único – mais comum 
 Hiperplasia (todas aumentadas!) 
 CA 
 
b. Diagnóstico 
 Hipercalcemia + PTH alto + fosfato baixo 
 Cintilografia com sestaMIBI 
 
c. Clínica – mulher, pós menopausa 
 Assintomático 
 Fraqueza, mialgia 
 Nefrolitíase 
 Encurtamento do intervalo QT 
 Doença óssea (lesão em “sal e pimenta”, tumor marrom, coluna em Rugger Jersey, osteoporose) – osteíte 
fibrosa cística 
 
d. Tratamento – Paratireoidectomia 
Indicações: 
 Sintomático 
 Assintomático se: 
Rim: ClCr 400mg/24h 
Idade: 1 do limite 
Osso: fratura vertebral ou osteoporose 
 
CRISE HIPERCALCÊMICA 
 Tratamento: Reposição volêmica + Furosemida + Bifosfonato / Denosumabe / Calcitonina + Corticoide 
 
SÍNDROME LEITE-ÁLCALI 
 Uso de carbonato de cálcio (ex: osteoporose, DRC) 
 Hipercalcemia + insuficiência renal + acidose metabólica 
 
PARA GRAVAR 
NEOPLASIAS ENDÓCRINAS MÚLTIPLAS 
NEM1: Hiperparatireoidismo primário + tumor endócrino do pâncreas + tumor hipofisário – 3Ps 
NEM2A: Feocromocitoma + CA medular de tireoide + hiperparatireoidismo primário 
NEM2B: Feocromocitoma + CA medular de tireoide + neuromas 
 
SÍNDROMES POLIGLANDULARES AUTOIMUNES 
Tipo I: insuficiência suprarrenal + candidíase + hipoparatireoidismo – crianças 
Tipo II (síndrome de Schmidt): insuficiência suprarrenal + doença da tireoide +DM1 – adultos 
Hipervitaminose D: 
Hipercalcemia + PTH baixo/normal + 
fosfato alto 
Complicação mais comum: 
hipocalcemia – sinal de Trousseau e 
Chvostek, tetania 
Sobre hipocalcemia: 
tanto a hipo quanto a hipermagnesemia 
podem gerar HIPOcalcemia 
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80 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
TUMORES ENDÓCRINOS DO PÂNCREAS (PET) 
Insulinoma – 
mais comum 
 Maioria benigno 
 Tríade de Whipple: hipoglicemia + sintomas neuroglicopênicos + 
melhora com glicose 
 Diagnóstico: teste com jejum de 72h 
 Tratamento: cirurgia 
Glucagonoma 
 Maioria maligno 
 Dermatite (eritema necrolítico migratório) + DM + perda de peso + 
anemia 
 Hipoaminacidemia 
Somatostatinoma 
 Maioria maligno 
 DM + colelitíase + esteatorreia 
 Tratamento: análogo da somatostatina 
 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
▪ PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
 Estilo de vida saudável: alimentação balanceada, vida ativa, cessar tabagismo e reduzir álcool 
 Vacinação 
20-59 anos – 
A /B / C / D 
 Hepatite B: 3 doses (0, 1 e 6m) 
 dT: 3 doses + reforço 10/10 anos 
 Febre amarela: 1 dose – reforço se dose 20 anos 
 HIV 
 Hepatite B – se alto risco 
 Hepatite C 
*SBC: + Dislipidemia 
> 25 anos  CA colo de útero (citologia) 
> 40 anos  Dislipidemia 
> 45 anos 
 DM (GJ, HbA1c, TOTG) 
*Antes se: IMC ≥ 25 + 1FR 
 CA colorretal (colonoscopia, RSG, colonoTC, sangue oculto) 
> 50 anos 
 CA de pulmão (TC de baixa dosagem) – se tabagista ou cessou 45 
65 anos 
 Osteoporose (densitometria) 
 Aneurisma de aorta abdominal (USG) – homem tabagista prévio ou atual 
 
▪ PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
 Medidas de reabilitação: fisioterapia, oficinas, grupos de apoio 
 
▪ PREVENÇÃO QUATERNÁRIA 
 Prevenção de iatrogenia: avaliar polifarmácia e intervenções 
35 anos
ARTHUR BORGES
Realce
ARTHUR BORGES
Texto digitado
ASILOS/CASA DE REPOUSO
ARTHUR BORGES
Texto digitado
NEURALGIA POS HERPETICA
ARTHUR BORGES
Texto digitado
CD 3 ANOS
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81 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
CRITÉRIOS DE BEERS – 
Evitar em idosos: 
Antidepressivos (tricíclicos) e BZD 
Antivertiginosos 
Polivitamínicos e ginkobiloba 
Digital, diurético 
Anticoagulantes 
AINEs 
Barbitúricos 
*ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (inibidores da recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina): efeitos anticolinérgicos – boca seca, 
constipação intestinal, taquicardia, hipotensão postural, rubor, aumento do peso 
 
GERIATRIA 
1) AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) 
Cognição 
 Mini-mental (28/30) – depende da escolaridade e NÃO dá diagnóstico! 
 Teste da fluência verbal 
 Teste do relógio 
Humor  Escala de depressão geriátrica/Yesavage (0-5) 
Capacidade 
funcional 
 Atividades básicas de vida diária (AVD/Katz): autocuidado – banho, continência, 
comer, vestir 
 Atividades instrumentais de vida diária (AIVD/Lawton): interação – telefonar, fazer 
compras, cozinhar 
Outros 
 Equilíbrio e marcha – teste de Tinetti, time up and go > 20s 
 Continência 
 Visão, audição 
 
2) SÍNDROMES GERIÁTRICAS – 5 I’s da geriatria 
Perda de neurônios e atrofia cerebral Insuficiência cerebral 
Rigidez de VE e alterações reflexas Imobilidade 
Diminuição da água corporal e aumento de gordura (lipossubstituição) Iatrogenia 
Alteração esfincteriana e aumento da próstata Incontinência 
Diminuição da massa óssea e muscular (sarcopenia) Instabilidade (quedas) 
 
SÍNDOME DA INSTABILIDADE – quedas 
 30% dos idosos caem por ano (5% com lesões graves) 
 Fatores intrínsecos (hipotensão, parkinsonismo..) x extrínsecos (ambiente) 
 Maioria por “evento mecânico” na residência – calçados, iluminação, piso, corrimão, obstáculos, escadas 
 
 
SÍNDROME DE FRAGILIDADE – identifica mais vulneráveis 
Neuromuscular (sarcopenia, panturrilha 5% de peso no último ano 
Força reduzida – diminuição da preensão manual 
Física – atividade limitada 
Função motora – marcha lentificada 
 
 
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82 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
SÍNDROME DA IMOBILIDADE 
Demência média/grave com contraturas + 2: 
Úlcera de decúbito 
Disfagia 
Dupla incontinência 
Afasia 
 
SÍNDROME DEMENCIAL 
Perda de funções cognitivas (memória, linguagem, destreza, comportamento..) 
- Progressiva e gradual 
- Interfere nas atividades usuais / profissionais 
 
a. Investigação 
1) Caracterizar perda cognitiva – rastreio 
 Mini-mental 
 Desenho do relógio 
 Fluência verbal 
 
2) Afastar falseadores – 3D’s 
 Droga: benzodiazepínico 
 Delirium: sepse, IAM 
 Depressão: tristeza, pessimismo 
 
3) Afastar causas reversíveis 
 Função renal – uremia 
 Função hepática – encefalopatia 
 TSH – hipotireoidismo 
 B12 – deficiência 
 Cálcio – neoplasia 
 VDRL – neurossífilis 
 HIV – complexo demencial 
 Neuroimagem – RM / TC 
 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
Causa mais comum (> 50%) 
 
a. Fisiopatologia 
 Extracelular: deposição de amiloide > formação de placas 
senis/neuríticas 
 Intracelular: fosforilação da proteina tau > emaranhados 
neurofibrilares 
 
b. Fatores de risco 
 Idade > 60 anos 
 HF 
 Mutação da apoE (E4) 
 Síndrome de Down – precoce 
 Sedentarismo 
 Baixa atividade intelectual 
Atrofia do hipocampo + 
diminuição de acetilcolina 
DEPRESSÃO – 5 critérios 
Humor deprimido ou anedonia + 
Alteração do apetite 
Alteração do sono 
Agitação / Retardo psicomotor 
Fadiga 
Culpa / Inutilidade 
Dificuldade de concentração 
Pensamento de morte 
DELIRIUM – CAM-ICU 
Alteração aguda do estado mental ou de 
curso flutuante + déficit de atenção + 
pensamento desorganizado ou alteração 
do nível de consciência 
 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
proteina beta amiloide
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83 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
c. Clínica – evolução em 10 anos 
 Amnésia anterógrada (fatos recentes) 
 Afasia – linguagem 
 Apraxia – destreza 
 Agnosia – reconhecimento 
 Desorientação 
 Incontinência 
 Imobilidaded. Diagnóstico – de exclusão! 
 TC/RM: atrofia cortical, hidrocefalia compensatória (ex-vacuum) 
 SPECT/PET: diminuição da perfusão/metabolismo temporal-parietal 
 
e. Tratamento 
 Anticolinesterásicos de ação central: Donepezila / Rivastigmina / Galantamina – fase inicial 
 Antagonista do receptor do glutamato (NMDA): Memantina – fase moderada a avançada 
*Se agitação/agressividade: antipsicóticos atípicos – Risperidona, Quetiapina, Olanzapina 
 
DEMÊNCIA VASCULAR 
2º causa mais comum 
 
a. Fatores de risco 
 Doença aterosclerótica + fatores de risco (HAS, DM, dislipidemia, tabagismo..) 
 
b. Classificação 
Cortical Subcortical 
 Vasos calibrosos (carótida, ACM) 
 “Multi-infartos” 
 Evolução súbita, em degraus 
 Vasos perfurantes 
 Infarto lacunar, periventricular 
 Evolução arrastada 
 
c. Tratamento 
 Tratar aterosclerose – HAS, DM.. 
 Anticolinesterásicos de ação central: Donepezila / Rivastigmina / Galantamina – não tem boa resposta 
 
CORPOS DE LEWY 
 Alucinação visual + flutuação do nível de consciência + 
parkinsonismo + alteração do sono REM + hipersensibilidade a 
antipsicóticos 
FRONTOTEMPORAL / 
DE PICK 
 Alteração do comportamento (desinibição sexual, agressividade) + 
parkinsonismo + hiperfagia 
 Mais jovem (60 anos) 
 TC: atrofia frontotemporal 
HIDROCEFALIA 
NORMOBÁRICA / 
HAKIM-ADAMS 
 Ataxia + incontinência urinária + confusão mental 
 TC: hidrocefalia sem atrofia cortical – dd Alzheimer 
 TAP test: punção lombar repetida 
 Tratamento: DVP 
PARALISIA SUPRANUCLEAR 
PROGRESSIVA 
 Desvio do olhar conjugado para cima 
DOENÇA POR PRÍONS / 
CREUTZFELDT-JAKOB 
 Mioclonia + evolução rápida 
 RM: hipersinal em tálamo e núcleos da base 
*Doença da vaca louca 
DOENÇA DE HUNTIGNTON 
 Coreia + alteração do comportamento 
 Autossômica dominante 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
aducanumabe(anticorpo monoclonal contra peptideo beta amiloide)
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84 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
Frontotemporal HPN 
 
SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL 
SÍNDROME PARKINSONIANA: bradicinesia + rigidez 
 
Fisiopatologia 
Degeneração da substância negra mesencefálica > redução da dopamina na via nigroestriatal 
 
Mesencéfalo – substância negra (dopamina) > inibe > Núcleos da base – corpo estriado (acetilcolina) > inibe > 
Córtex pré-motor 
 
DOENÇA DE PARKINSON 
Causa mais comum 
 
a. Fisiopatologia 
 Mutação na alfa-sinucleína (SNCA) > aglomerados tóxicos (deposição de corpos de Lewy) > degeneração da 
substância negra (reduz dopamina) 
*Diminuição da dopamina > não ocorre inibição do corpo estriado > inibição contínua do córtex pré- motor > 
bradicinesia e rigidez 
 
b. Fatores de risco 
 Idade > 50 anos 
 Ambientais – pesticida (?) 
 Gene GBA 
 
c. Clínica – síndrome hipocinética e hipertônica 
NÃO MOTOR – podem ser iniciais MOTOR 
 Hiposmia 
 Disautonomia 
 Dermatite seborreica 
 Depressão 
 Alterações do sono 
 Tremor de repouso, “em contar dinheiro”, 
assimétrico, lento (85%) 
 Rigidez plástica – sinal da roda denteada 
 Bradicinesia – marcha em passos curtos, fácies 
mascarada 
 Instabilidade postural – quedas 
*Tremor essencial: rápido (alta frequência), simétrico, postural, melhora com álcool – tto: BB, Primidona 
*Tremor cerebelar: unilateral (ipsilateral), de intenção, associado a ataxia 
 
d. Diagnóstico 
1) Afastar Parkinsonismo 2º 
 Drogas: metoclopramida, flunarizina, haloperidol 
 Dano direto: trauma, AVC, hidrocefalia 
 Degenerativas: demência por corpos de Lewy 
A ausência de resposta a Levodopa 
afasta o diagnóstico! 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
sistema piramidal=movimentos brutos
sistema extrapiramidal=movimentos finos
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85 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
e. Tratamento 
Levodopa Precursor da dopamina 
 Trata bradicinesia 
 Efeito adverso: discinesia, “on-off” 
Benzerazida Inibidor da descarboxilase periférica 
 Associação com Levodopa 
 Reduz conversão periférica – diminui 
efeitos adversos 
Pramipexol Agonista dopaminérgico 
 Jovens ( não vai pra frente > acumula 
PVC alta, Pcap alta 
*IAM VD = obstrutivo 
Obstrutivo – 
sangue volta + outro lado funciona 
PVC alta, Pcap varia 
*Pneumotórax = hipovolêmico 
 
HIPERDINÂMICO – DC alto, RVP baixa 
Séptico, anafilático, neurogênico PVC baixa/N, Pcap baixa/N 
 
Avaliação da perfusão tecidual: 
 Débito urinário – melhor parâmetro não invasivo 
 Lactato > 2 
 SvcO2 (AD) / SvO2 (capilar)> 13% 
 Elevação de MMII: variação > 15% 
 
d. Tratamento 
HIPOVOLÊMICO 
 Cristaloide (SF 0.9% ou Ringer Lactato) 
 + Transfusão, se classe III/IV 
CARDIOGÊNICO / 
OBSTRUTIVO 
 Inotrópico: Dobutamina (B-adrenérgico) / Dopamina (se dose 3-10 microg/kg/min) 
 Milrinona (inibidor de fosfodiesterase) / Levosimendana (sensibilizador de canais de 
cálcio) – se uso de BB 
 Suporte circulatório / Balão intra-aórtico 
*A Dobutamina também age nos receptores alfa2-adrenérgicos, gerando vasodilatação e consequentemente, 
hipotensão! Por isso, na vigência de hipotensão, deve-se associar Dobutamina + Noradrenalina 
DISTRIBUTIVO 
 Vasopressor: Noradrenalina (alfa-adrenérgico) / Dopamina (se dose > 10 
microg/kg/min) 
 Vasopressina (receptor V1 vascular) – se refratário 
 Adrenalina IM > IV – 1ª escolha na anafilaxia 
 
 
 
 
 
 
ARTHUR BORGES
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87 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Choque hipovolêmico hemorrágico 
 
 
SEPSE 
Infecção + predisposição > tempestade de citocinas (TNF-alfa, IL-1, IL-6) > 
inflamação + vasodilatação + trombose + disfunção celular > disfunção de órgão 
 
a. Conceito 
 Sepse: disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma 
infecção 
 Choque séptico: necessidade de vasopressor para elevar a PAM ≥ 65 e lactato 22 
PAS 2, repetir em 2-4h 
 Cristaloide (30ml/kg em 3h) 
 Vasopressor (Noradrenalina) – durante ou após volume, se 
refratário: Vasopressina / Adrenalina 
 
Sem melhora (SvcO2 9: Dobutamina 
Procalcitonina: marcador específico de 
infecção bacteriana 
ARTHUR BORGES
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88 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
▪ CUIDADOS ADICIONAIS 
 Controle glicêmico rigoroso – meta: 180: insulina na BIC) 
 Avaliar necessidade de hemodiálise – IRA pré > IRA renal (NTA isquêmica) 
 Dieta – iniciar dieta entre 6-48h, se houver sinais de melhora 
da perfusão 
 Desescalonamento de ATB 
 
d. Metas 
 PAM ≥ 65mmHg 
 PVC 8-12mmHg 
 Diurese ≥ 0,5ml/kg/h 
 SVcO2 > 70 
 Queda do lactato > 10% 
 
ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
1) AVALIAÇÃO INICIAL 
 Escalas (Glasgow, Four, Jouvet) – Glasgow ≤ 8: IOT 
 
2) INVESTIGAÇÃO DO COMA – semiologia + imagem 
Localização – lesão de tronco? 
Buscar reflexos 
Fotomotor direto e indireto Mesencéfalo 
Córneopalpebral Ponte 
Oculovestibular Mesencéfalo + Ponte 
Oculocefálico Mesencéfalo + Ponte 
Tosse Bulbo 
 
Avaliar pupilas 
Médio/Midríase fixas Mesencéfalo 
Midríase fixa unilateral Hérnia de uncus 
Puntiformes fotorreativas Ponte 
 
Etiologia – estrutural x tóxico-metabólica 
Sem déficit focal, pupilas 
fotorreativas 
Tóxico-metabólica 
*Exceto hipoglicemia 
Com déficit focal, pupilas 
não reativas 
Estrutural 
 
3) CRITÉRIOS PARA MORTE ENCEFÁLICA 
Pré-requisitos 
 Lesão encefálica conhecida e irreversível 
 Tempo de observação de 6h (24h se hipóxico-isquêmica) 
 Sinais vitais: temperatura > 35 / satO2 > 94% / PAM ≥ 65 
 
Exames clínicos – 2 exames, sendo um dos médicos intensivista / emergencista / neuro 
 Coma 
 Reflexos de tronco ausentes 
Intervalo entre os exames 
7d – 2m 24h 
2m – 2a 12h 
> 2a 1h 
Hipernatremia grave refratária NÃO inviabiliza o 
diagnóstico de ME, exceto quando é a única causa! 
NA CRIANÇA: 
Choque quente: Noradrenalina 
Choque frio: Adrenalina 
*DC baixo, RVP alta – contrário do adulto 
 
Hipotensão: 
RN: PAS 55 e respiração ausente 
 
Exame complementar confirmatório 
 Doppler transcraniano, EEG, angiografia cerebral, potencial evocado – sem atividade 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 
Tipo 1 – Hipoxêmica 
Problema na captação de O2 
Tipo 2 – Hipercápnica 
Problema na eliminação de CO2 
Distúrbio V/Q 
 
Shunt: problema na ventilação – V/Q = 0 
Espaço morto: problema na perfusão – V/Q alta 
*Shunt não responde ao oxigênio suplementar! 
 
Ex: pneumonia, SDRA, IC, TEP 
 
PaO2 10-15 
Hipoventilação 
 
Ex: miastenia gravis, DPOC 
 
PaCO2 > 50 
Gradiente alvéolo-capilar Proliferativa > Fibrótica 
Principal causa: sepse 
 
a. Diagnóstico 
Critérios de Berlim 
S Sete dias – início dos sintomas após exposição 
D Descartar outras causas – cardíacas, hipervolêmicas 
R RX: opacidade bilateral que não é derrame, atelectasia ou nódulo 
A Alteração da relação PaO2/FiO2 
 
Leve ≤ 300 
Moderada ≤ 200 
Grave ≤ 100 
b. Tratamento – tratar doença de base 
▪ VENTILAÇÃO PROTETORA 
 Baixo volume corrente: ≤ 6ml/kg de peso ideal (hipercapnia permissiva) – devido à baixa complacência 
 Pressão de platô (dentro do alvéolo): ≤ 30cmH2O 
 Ajustar PEEP: manter SatO2 > 90% com menor FiO2 possível – aumenta PEEP, diminuindo FiO2 
 Driving pressure (PEEP – Pressão de platô): ≤ 15cmH2O 
 
Refratários (PaO2/FiO2 25%) – determina ciclagem 
*Desmame 
Pressão de pico: pressão máxima dentro do alvéolo – quando o ar entra 
Pressão de platô: pressão do ar acomodado dentro do alvéolo 
PEEP: pressão mínima dentro do alvéolo – quando o ar sai 
 
Consequências de uma PEEP muito alta: aumento da PIC, hipotensão 
 
Modo PCV – o gráfico da pressão tem um limite 
 
 
Modo VCV – o gráfico do volume tem um limite 
 
AUTO-PEEP: 
acúmulo de ar dentro do alvéolo, altamente deletério– no gráfico: fluxo expiratório não toca o zero 
 
Ocorre principalmente em: 
- DPOC, asma, broncoespasmo 
- Grandes VC, altas FR, baixos fluxos inspiratórios (inversão da relação I:E) 
 
Quando não há tempo expiratório suficiente para esvaziar o ar inspirado, ocorre aprisionamento de ar e aumento da 
auto-PEEP, o que pode gerar instabilidade hemodinâmica 
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91 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Tratamento: diminuir tempo inspiratório / diminuir FR / aumentar fluxo inspiratório / aumentar PEEP 
 
 
 
RESOLVENDO SITUAÇÕES 
HIPOXEMIA HIPERCAPNIA 
 Aumentar FiO2 
 Aumentar PEEP 
 Aumentar tempo inspiratório – reduzir fluxo / 
aumentar pausa inspiratória 
 Aumentar VC 
 Aumentar FR 
 
SOBRE VNI 
Indicações 
 DPOC descompensado com hipercapnia 
 EAP cardiogênico 
 Insuficiência respiratória hipoxêmica aguda – ex: TEP 
Contraindicações 
 Rebaixamento do nível de consciência 
 PCR 
 Trauma de face 
 Cirurgia facial/neurológica 
 Obstrução de VAS 
 
 
 
 
PaO2/FiO2 desejados = PaO2/FiO2 do paciente 
 
PaO2 desejada: 80-105 
PaO2 do paciente: olhar na gasometria arterial 
FiO2 do paciente: olhar no respirador 
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Realce Etiologia: Mycobacterium tuberculosis – bacilo de Koch (BAAR) 
 Alta infectividade + baixa patogenicidade 
 Transmissão: aerossóis – gotículas, tosse, fala, espirro 
 Doença urbana (aglomeração!) 
EVOLUÇÃO DA PRIMOINFECÇÃO – infância 
 granuloma caseoso (nódulo de Ghon no RX) 
 
90% > cura ou controle da infecção (ILTB) 
10% > doença – primária (adoece 1º contato) x pós-primária (adoece depois, por reinfecção ou reativação) 
 
b. Clínica 
PULMONAR – 80-85% 
▪ TB PRIMÁRIA – paucibacilífera 
 Criança – após o 1º contato 
 “Pneumonia arrastada” que não melhora com ATB 
 RX: infiltrado persistente (>2 semanas) + linfonodomegalia hilar ipsilateral 
 
TB MILIAR 
 40 
 Diagnóstico: biópsia pleural 90% 
*Baciloscopia, cultura e TRM-TB tem baixa sensibilidade! 
 
▪ TB MENÍNGEA 
 Não vacinados / imunodeprimidos 
 Meningite arrastada, subaguda + alteração de par craniano (II, III, IV, VI, VII) + HIC 
 Líquor: aumento de proteínas + diminuição de glicose + lifomonocitário (no início: pnm) 
 TC: hidrocefalia 
 Diagnóstico: cultura / baciloscopia – tem baixa sensibilidade 
*Forma mais sequelante! 
 
▪ TB GENITURINÁRIA 
 EAS: piúria + cultura negativa 
 US: corrosões calicinais + hidronefrose 
 Diagnóstico: cultura de urina (3 amostras) + urografia excretora 
 
 
Lobo superior: apical (1) e posterior (2) 
Lobo inferior: superior (6) 
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11 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
▪ TB ESQUELÉTICA 
 Mal de Pott: dor lombar + dor à palpação + sudorese noturna 
 
d. Tratamento 
 Rifampicina (R) / Isoniazida (I) / Pirazinamida (P) / Etambutol (E) 
* TARV após 2 semanas 
*Multirresistente (R+I): CLEPT 18m – quinolona 
 
Efeitos adversos 
P > I > R  Hepatotóxicas 
R – rimfanpicina 
 Urina/suor laranjas 
 NIA 
 Penias 
I  Neuropatia – consumo de vit B6 (piridoxina) 
P 
 Hiperuricemia 
 Rabdomiólise 
E – etambutolho  Neurite óptica 
*Suspender se: TGO/TGP > 3x + sintomas, TGO/TGP > 5x ou icterícia 
e. Acompanhamento 
 Baciloscopia mensal 
*TRM-TB não serve, já que identifica bacilo vivo e morto 
 
CRITÉRIOS DE FALÊNCIA 
BAAR positivo ao fim do tratamento 
BAAR 2+/3+ até o 4º mês 
BAAR que volta a ser positivo e se mantém por 2m 
Conduta: cultura + tratamento por sensibilidade 
 
f. Controle 
 Busca ativa de sintomáticos respiratórios (tosse ≥ 3 semanas ou qualquer tosse + índios, HIV, presos, 
imigrantes, situação de rua) 
 Notificação 
 Tratamento diretamente observado (TDO) – observar 24 doses em 2m e 48 doses nos próximos meses (= 3-4 
dias/semana) 
 Vacina BCG – previne formas graves (miliar, meníngea) 
 Avaliação de contactantes 
 
AVALIAÇÃO DE CONTACTANTES – anamnese + exame físico 
Sintomático 
Pesquisar TB ativa (doença) 
Escarro + RX 
Assintomático 
Pesquisar TB latente (risco de doença) 
PT ≥ 5mm / IGRA ( 10mm na 2ª PT em 50 anos, Isoniazida / Rifampicina por 3m > PT 
- PT ≥ 5mm: + 3m de Isoniazida / + 1m de Rifampicina > não vacina 
- PT 30 anos 
 “Mononucleose-like”: febre + 
linfonodomegalia + hepatoesplenomegalia 
 Sintomas respiratórios arrastados 
 Lesão cutâneo-mucosa 
 RX: infiltrado pulmonar bilateral em “asa 
de morcego” 
 
 
c. Diagnóstico 
 Escarro / raspado / aspirado linfonodal: “roda de leme” 
 
d. Tratamento 
 Leve: Itraconazol 6-18m 
 Grave: Anfotericina B 
 
HISTOPLASMOSE – TB da caverna 
a. Etiologia 
 Histoplasma capsulatum – cavernas (fezes de morcego), galinheiros (fezes de aves) 
*Não é contagiosa! 
 
 
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13 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
b. Clínica 
AGUDA CRÔNICA – pneumopatas 
 Síndrome gripal 
 Sintomas respiratórios arrastados 
 RX: infiltrado pulmonar, micronódulos difusos 
= TB! 
 
c. Diagnóstico 
 Cultura/ sorologia / biópsia de medula 
 
d. Tratamento 
 Leve: Itraconazol 12m 
 Grave: Anfotericina B 
 
OUTROS 
Bronquiectasia 
 Brônquios dilatados com paredes espessadas de forma irreversível – 
consequência de inflamação crônica 
 Acúmulo de secreção > tosse mucopurulenta + infecções de repetição (H. 
influenzae, Pseudomonas) + roncos/estertores 
 RX: sinal do trilho de trem 
 TC: sinal do anel de sinete, árvore em brotamento, cistos 
Aspergilose 
 Infecção pulmonar oportunista mais comum em imunodeprimidos 
 FR: imunodepressão 
 Broncopulmonar alérgica (ABPA): asma/fibrose cística + novo infiltrado + 
bronquiectasia central + eosinofilia – tto: Itraconazol + Prednisona 
 Aspergiloma: cavidade (TB, sarcoidose, bronquiectasia) 
 Invasiva: “PNM” + TC com sinal do halo / do ar crescente – tto: Voriconazol 
Actinomicose – 
bactéria gram positiva 
(Actynomices) 
 Crônico + progressão através dos tecidos + parece CA 
 Forma trajeto fistuloso 
 Infecção refratária a ATB 
 Biópsia: grânulos de enxofre 
 Tto: Penicilina a longo prazo 
 
PNEUMONIAS 
PNEUMONIA DA COMUNIDADE 
a. Fisiopatologia 
 Microaspiração de agentes que colonizam a orofaringe – mais comum 
 Inalação de aerossol – Legionella (ar condicionado) 
 Hematogênica – S. aureus (endocardite de valva direita) 
 Extensão direta – foco torácico, pleural 
 
b. Etiologia 
1) S. pneumoniae 
2) Mycoplasma 
3) Chlamydia pneumoniae 
4) Vírus 
5) Haemophilus influenzae 
6) Legionella 
 
TÍPICO ATÍPICO 
 Parede celular de peptideoglicano 
 Cora pelo Gram 
 Parede celular de fosfolipídeo 
 Não cora pelo Gram 
 Responde à Macrolídeo 
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14 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Responde à B-lactâmico (penicilinas, 
cefalosporinas, carbapenêmicos) 
 
Mycoplasma, Chlamydia pneumoniae, Legionella, Vírus 
 
 
c. Clínica 
STREPTOCOCCUS 
PNEUMONIAE 
Diplococo gram 
positivo 
 Mais comum 
 Diagnóstico: antígeno urinário 
 RX: derrame pleural, pneumonia redonda/pseudotumoral 
MYCOPLASMA - 
 Síndrome gripal 
 Miringite bolhosa + anemia hemolítica autoimune + Stevens-
Johnson (eritema multiforme, “lesões em alvo”) + fenômeno 
de Raynaud + Guillain-Barré 
 Aumenta IgM 
CHLAMYDIA 
PNEUMONIAE 
Intracelular gram 
negativo 
 Quadro leve 
 Febre + tosse/dispneia + sintomas de VAS (faringite, laringite, 
sinusite) 
 
C. trachomatis: linfogranuloma, tracoma (ceratoconjuntivite crônica) 
C. psitacci: PNM + pássaros 
VÍRUS INFLUENZA A - 
 Febre alta súbita + odinofagia + tosse seca + fadiga + mialgia 
 Síndrome respiratória aguda grave: síndrome gripal + 
dispneia / satO2 60 anos, imunodeprimido / comorbidade (exceto HAS), 
indígena, IMC > 40, grávida / puérpera 
HAEMOPHILUS 
INFLUENZAE 
Cocobacilo gram 
negativo 
 Quadro típico 
 Bacteriano mais comum da DPOC 
LEGIONELLA 
Bacilo gram 
negativo 
 Quadro típico grave 
 Sinal de Faget + diarreia / dor abdominal + hiponatremia + 
aumento de TGO/TGP 
 Relação com ar condicionado 
 Diagnóstico: antígeno urinário 
MORAXELLA 
CATARRHALIS 
Diplococo gram 
negativo 
 DPOC + uso de corticoide por longo prazo 
KLEBSIELLA 
Bastonete gram 
negativo 
 Quadro grave 
 Etilista e diabético 
 RX: pneumonia do lobo pesado 
STAPHYLOCOCCUS 
AUREUS 
Coco gram 
positivo em 
cachos 
 Quadro grave 
 RN, lactente, pós influenza, usuário de drogas IV, fibrose 
cística, bronquiectasia 
 RX: pneumatocele, derrame pleural, PNM necrosante ( 25 neutrófilos 
 
d. Clínica 
TÍPICA 
– mais comum: Pneumococo 
ATÍPICA 
– mais comum: Mycoplasma 
 Febre alta 
 Tosse com expectoração, dispneia, dor torácica 
pleurítica 
 Crepitações, aumento do FTV, broncofonia 
 RX: broncopneumonia x lobar 
 Febre baixa 
 Tosse seca 
 Exame respiratório pobre 
 RX: intersticial – dissociação clínicorradiológica! 
 
e. Diagnóstico 
Clínica + Imagem (detectar complicações!) 
 
 RX 
 USG – maior sensibilidade e especificidade que RX 
 TC – maior sensibilidade que USG 
*Exame físico tem baixa sensibilidade e especificidade! 
 
 
 Derrame pleural Lobo pesado (Klebsiella) Redonda (S. pneumoniae) 
 
 
Pneumatocele – S. aureus 
f. Prognóstico 
 Procalcitonina – indica etiologia bacteriana, mortalidade 
 PCR 
 
g. Tratamento 
1) ONDE? 
CURB-65 
Confusão mental - 
Ureia ≥ 43 / 50 
Respiração FR ≥ 30 
Baixa PA PAS 50 anos, internados, 
sintomas persistentes 
*As alterações no RX demoram desaparecer! 
 
COMPLICAÇÕES 
DERRAME PLEURAL 
1) TORACOCENTESE 
 RX perfil com altura > 5cm 
 RX decúbito lateral com altura > 1cm 
 
 
 
Critérios de Light (pelo menos 1 = exsudato) 
 PTN pleura / sérica > 0.5 
 LDH pleura / sérica > 0.6 
 LDH pleura > 2/3 da sérica ou > 200 
PNM recorrente acometendo sempre o 
mesmo lobo: obstrução brônquica > 
broncoscopia 
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17 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
2) ANÁLISE DO LÍQUIDO 
PARAPNEUMÔNICO – 
não purulento (exsudato) 
EMPIEMA – 
purulento 
Simples 
 pH e glicose normais 
 
Complicado 
 Bacteriologia positiva 
 Glicose 1000 
Líquido purulento 
 
Conduta 
Simples Manter ATB 
Complicado / Empiema Manter ATB + Drenagem 
*Criança: pleuroscopia + drenagem 
 
Não melhorou: 
Reavaliar ATB e dreno 
Fase fibrinopurulenta: tPA ou Dnase intrapleural + novo dreno / pleuroscopia + lise de aderências 
Fase organizada: videotoracoscopia + decorticação / drenagem torácica aberta 
 
PNEUMONIA HOSPITALAR 
a. Fisiopatologia 
 Microaspiração 
 
b. Classificação 
NOSOCOMIAL / ADQUIRIDA NO HOSPITAL ASSOCIADA A VM 
≥ 48h de internação ≥ 48h de IOT 
 
PRECOCE TARDIA 
 5 dias 
Germes nosocomiais 
 
c. Etiologia – > 5 dias! 
 Pseudomonas aeruginosa (+MDR) – grave / internação > 5d / ATB 10% ou desconhecida, bacilos gram negativos no escarro, 
fibrose cística, bronquiectasias 
+ 
 Aminoglicosídeo 
 Quinolona (Cipro/Levofloxacino) 
Com risco de MSRA – 
prevalência >10% ou desconhecida 
+ 
 Vancomicina 
 Linezolida 
Com risco de morte – 
choque séptico, VM para PNMh, ATB IV suporte 
Dias: pneumonia > tratamento (Clindamicina ou Amoxicilina/Clavulanato) 
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19 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
b. Etiologia 
 Polimicrobiana – anaeróbios + aeróbios 
 
c. Fatores de risco 
Dentes em mau estado + macroaspiração (etilista, rebaixamento do nível de consciência, distúrbios da deglutição) 
 
d. Clínica 
 Evolução lenta 
 Escarro purulento e fétido 
 RX: cavitação com nível hidroaéreo – abscesso 
 
e. Tratamento – por 3 semanas 
 Clindamicina 
 Amoxicilina/clavulanato 
 Cirurgia: sem melhora em 7-10 dias ou abscesso > 6-8cm 
 
 
SÍNDROMES BACTERIANAS 
ENDOCARDITE INFECCIOSA 
a. Fisiopatologia 
Lesão endotelial > formação de trombo/vegetação (plaquetas + fibrina) > endocardite trombótica não bacteriana 
(ETNB) > bacteremia (Staphylo e Strepto – gram positivos) > endocardite bacteriana 
 
b. Fatores de risco 
 Uso de drogas EV 
 Prótese valvar – maior risco! 
 Cardiopatia estrutural (prolapso mitral) 
*Ostium secundum NÃO é FR! 
 
c. Etiologia 
VALVA NATIVA 
Subaguda – insidiosa 
 Streptococcus viridans – mais comum, manipulação dentária 
 Enterococcus faecalis 
 Streptococcus gallolyticus (bovis) – fazer colonoscopia (associação 
com CA colorretal) 
 
Aguda – toxemiante 
 Staphylococcus aureus – usuário de droga IV, lesão de pele 
VALVA PROTÉTICA 
 1 ano da troca 
 = nativa 
*Hemocultura com S. aureus = eco! 
*Hemocultura negativa: HACEK, Bartonella (piolho) 
 
Iniciar ATB apenas se a PNEUMONITE 
evoluir para PNEUMONIA! 
Usuário de droga EV: S. aureus MRSA – 
tricúspide, sem sopro, PNM multilobar 
necrosante, sem lesão valvar prévia 
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20 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
d. Clínica 
 Febre (95%) 
 Sopro (85%) – mitral 
 
e. Diagnóstico 
Critérios de Duke 
Definitivo 
 2 maiores 
 1 maior + 3 menores 
 5 menores 
Provável 
 1 maior + 1 menor 
 3 menores 
 
MAIORES 
HEMOCULTURA – 
5-15% tem hemocultura 
negativa 
 Agentes típicos em 2 amostras (3 amostras em sítios 
diferentes) 
 Persistentemente positivas (> 12h ou 3/4) 
 Coxiella burnetti – sorologia ou 1 cultura positiva 
ECOCARDIOGRAMA 
 Vegetação 
 Abscesso 
 Deiscência 
 Nova regurgitação valvar 
MENORES – 
5 Fs 
FATOR DE RISCO 
 Predisposição 
 Uso de drogas EV 
FEBRE  ≥ 38 
FENÔMENOS 
VASCULARES 
 Embolia arterial – para qualquer órgão 
 Embolia pulmonar séptica 
 Aneurisma micótico – êmbolo na vasa vasorum 
 Hemorragia craniana 
 Petéquias conjuntivais 
 Manchas de Janeway – região palmar e plantar, indolores 
FENÔMENOS 
IMUNOLÓGICOS 
 Manchas de Roth – lesão retiniana 
 Nódulos de Osler – dolorosos 
 GNDA – consumo de complemento 
 FR + 
FALTOU UMA 
HEMOCULTURA 
 Hemocultura que não preenche critério maior 
*Só vale 1 de cada! 
 
 
Nódulos de Osler Manchas de Janeway Manchas de Roth 
f. Tratamento 
VALVA NATIVA – 
4-6 semanas 
Subaguda 
 Aguardar culturas 
 Vancomicina + Ceftriaxona 
 
Aguda/Drogas IV 
 Vancomicina + Cefepime/Gentamicina 
VALVA PROTÉTICA – 
≥ 6 semanas 
≤ 1 ano 
 Vancomicina + Gentamicina + Cefepime/Rifampicina 
 
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21 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
> 1 ano 
= Nativa 
*Rifampicina: atua nos biofilmes (S. aureus aderente à valva) 
*Repetir hemocultura após 4-6 semanas 
g. Profilaxia 
QUANDO? 
 Gengiva, dentes (periapical) 
 Perfuração da mucosa oral / respiratória 
PARA QUEM? 
 Prótese valvar 
 EI prévia 
 Cardiopatia cianótica não operada 
 Correção incompleta de cardiopatia congênita 
COM QUÊ? 
 Amoxicilina 2g VO 1h antes do procedimento 
 Outros: Cefalexina,Clindamicina, Azitromicina 
 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
a. Epidemiologia 
 Mulheres com vida sexual ativa 
 
b. Etiologia 
 E. coli (gram negativo) – fímbrias 
 
c. Classificação 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 
 Assintomático + urocultura com ≥ 100.000 ou ≥ 100 (cateterizado) 
 Tratar se: gestante, procedimento urológico invasivo, pós-transplante, neutropênicos 
 
CISTITE – ITU baixa 
 Disúria, polaciúria, urgência urinária, noctúria + sem febre 
 Diagnóstico: clínico / EAS (piúria, nitrito positivo) / urocultura (não é obrigatório!) 
 
Tratamento: 
Fosfomicina (dose única) 
SMX-TMP (3 dias) 
Nitrofurantoína (5-7 dias) 
B-lactâmico (5-7 dias) 
*Cistite intersticial é NÃO infecciosa! 
 
PIELONEFRITE – ITU alta 
 Febre + dor no flanco, calafrio, sinal de Giordano +/- cistite 
 Diagnóstico: EAS (piúria!!! – alto VPN) + urocultura 
 TC com contraste se: dúvida, falha terapêutica, abscesso/obstrução 
 
Tratamento 
NÃO COMPLICADA COMPLICADA 
Trato urinário normal 
Trato urinário anormal (cateter, cálculo, abscesso..) 
Gestantes / homens / crianças 
Imunodeprimidos 
 
Ambulatorial: 
Quinolona / Ceftriaxona 
7-14 dias 
 
 
Hospitalar: 
Pipetazo / Cefepime / Imipenem – 
cobrir Pseudomonas 
14-21 dias 
SONDA VESICAL: 
Ocorre colonização (EAS com piúria + 
bacteriúria) – retirar sonda! 
*Se sintomas: tratar 
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22 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*NÃO USAR: Nitrofurantoína, Fosfomicina 
*Urocultura após 2-4 semanas 
 
Profilaxia – recorrente (≥ 3/6m), pós-coito 
 Nitrofurantoína / SMX-TMP doses baixas por 6 meses 
 
Complicações 
Pielonefrite enfisematosa 
 E. coli 
 FR: DM / obstrução 
 Gás no rim – gram negativos 
Abscesso retroperitoneal 
 Sem resposta > 48-72h 
 Piúria maciça + massa em flanco + queda do estado geral 
 US/TC + drenagem 
Pielonefrite xantogranulomatosa 
 Cálculo coraliforme 
 Massa palpável + VHS aumentado + anemia 
 Gram negativo 
 
INFECÇÕES CUTÂNEAS 
ERISIPELA CELULITE 
 Superficial 
 Vermelha / aspecto “casca da laranja” 
(linfedema) / bolhas 
 Bem definida 
 Dor intensa 
 FR: alteração na drenagem linfática/venosa, 
intertrigo, DM 
*Pode gerar linfedema/elefantíase se for de repetição 
 
Streptococcus pyogenes 
 
 Profunda – subcutânea 
 Rósea 
 Mal definida 
 Dor 
 FR: trauma 
 
Streptococcus pyogenes / 
Staphylococcus aureus 
 
Penicilina / Cefalosporina de 1ª 
10-14 dias 
Cefalosporina de 1ª 
10-14 dias 
 
 
 
IMPETIGO 
 Crostas melicéricas 
 Não bolhoso (S. aureus / S. pyogenes) x Bolhoso (S. aureus) 
 Tratamento: higienização com antisséptico + ATB tópico (mupirocina) 
SD DA PELE 
ESCALDADA / RITTER 
 Infecção por S. aureus (ex: conjuntivite, faringoamigdalite, otite) > após 1-2 dias, 
toxina cai no sangue > bolhas estéreis + sinal de Nikolsky 
 Tratamento: suporte + Oxacilina 
ECTIMA 
 Crosta dura, grossa, seca, aderente – deixa cicatriz 
 S. aureus / S. pyogenes 
 Tratamento: higienização com antisséptico + ATB tópico (mupirocina) 
SD DO CHOQUE 
TÓXICO 
 Estafilocócico: absorvente interno / Estreptocócico: varicela 
 Tratamento: Clindamicina 
MORDIDA DE 
ANIMAIS 
 Rastejam: Morganela morgani 
 Não rastejam: Pasteurela multocida 
 Tratamento: Amox-Clavulanato / Pipetazo – são produtoras de B-lactamase 
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23 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Impetigo 
 
Sd. da pele escaldada Ectima 
 
OSTEOMIELITE 
Infecção > necrose isquêmica 
a. Classificação 
HEMATOGÊNICA (20%) 
 Crianças (mais comum!): metáfise de ossos longos 
 Adultos: vértebra lombar 
 Aguda/subaguda 
 Febre, dor, leucocitose, aumento de VHS/PCR 
*Anemia falciforme: Salmonella! 
SECUNDÁRIA POR INFECÇÃO CONTÍGUA (80%) 
 Adulto 
 Crônico – ex: pé diabético, fratura exposta, celulite 
*Lesão penetrante no pé: Pseudomonas! 
 
b. Etiologia 
 Staphylococcus aureus 
 Salmonela – principal na anemia falciforme! 
 Pseudomonas – principal na lesão penetrante no pé! 
 
c. Diagnóstico 
 RX: alterações tardias (> 10 dias) – pouco sensível 
 RM: maior acurácia – muito sensível e específico 
 Cintilografia: se prótese – pouco específico, muito sensível 
 PCR/VHS – alto VPN, exclui doença 
 Hemocultura 
 
d. Tratamento – 4-6 semanas (6-8 semanas, se vertebral) 
 Oxacilina 
 Cefazolina 
 Vancomicina 
 + Ceftriaxona – Samonella (anemia falciforme) 
 
OUTROS 
ABSCESSO HEPÁTICO 
PIOGÊNICO 
 Polimicrobiana – E. coli / Klebsiella 
 Causa mais comum: infecção das vias biliares 
 Diagnóstico: US / TC – múltiplos, à direita 
 Tratamento: Ceftriaxona + Metronidazol (cobre ameba) / Pipetazo + 
drenagem 
*Diagnóstico diferencial com abscesso amebiano! 
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24 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
EQUINOCOCOSE / HIDATIDOSE 
 Transmissão: fezes de cães – ovelha é hosp. intermediário 
 Cisto hepático (cistos filhos > calcificação) – ruptura: anafilaxia 
 Diagnóstico: US / TC – “vitória-régia” 
 Tratamento: cirurgia 
PROSTATITE BACTERIANA 
 Idoso + febre + sintomas urinários baixos + recorrência 
 Tratamento: quinolona 4-6 semanas 
 
MRSA 
Vancomicina Qualquer lugar 
Linezolida Pulmão 
Daptomicina Bacteremia 
*MRSA comunitário: SMX-TMP, Clindamicina, Doxiciclina 
 
SÍNDROMES FEBRIS 
ARBOVIROSES 
Viroses transmitidas por artrópodes 
Vetor: Aedes aegypt – fêmea 
Pode transmitir ao mesmo tempo Dengue, Chikungunya e Zika 
Período de incubação: 3-15 dias 
 
DENGUE 
a. Sobre 
 Agente: Flavivírus – sorotipo 1/2/3/4/5 
 Imunidade sorotipo-específica (homóloga) permanente + imunidade sorotipo-diferente (heteróloga) 
temporária 
 Infecção sequencial: maior risco de formas graves (acometimento de vasos sanguíneos + plaquetas) 
 Período de transmissão (viremia): 1 dia antes da febre até 6º dia de doença 
 
b. Clínica – amplo espectro 
 
 
CASO SUSPEITO 
Febre 2cm 
 Letargia / irritabilidade 
 
Plaquetas 
 Sangramento de mucosas 
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Arthur Tagliaferre
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Arthur Tagliaferre
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Arthur Tagliaferre
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Arthur Tagliaferre
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25 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
GRAVE 
Extravasamento plasmático grave 
 Hipotensão 
 PA convergente (PAS – PAD 2s 
 Extremidades frias 
 
Disfunção orgânica grave 
 Encefalite 
 Hepatite 
 Miocardite 
 
Sangramento grave 
 Hemorragia digestiva / SNC 
 
c. Diagnóstico 
 5d: sorologia (ELISA IgM) 
 
QUANDO SOLICITAR? 
Epidemia: grupo C e D 
Sem epidemia: todos 
 
PROVA DO LAÇO – avalia fragilidade capilar (risco de agravamento) 
 Calcular média da PA (PAS + PAD / 2) 
 Manter manguito insuflado com o valor médio da PA por 3 (criança) ou 5 (adulto) minutos 
 No local com maior concentração de petéquias, desenhar quadrado de 2.5cm de lado 
 
Positiva 
Criança ≥ 10 
Adulto ≥ 20 
d. Tratamento 
1) SINTOMÁTICOS 
 Paracetamol ou dipirona – NÃO pode AAS/AINE! 
 
2) SUPORTE 
A B C D 
“Não é B, C, D” 
Prova do laço positiva / 
espontâneo 
Risco social 
Gestante / Lactente / 
Comorbidade 
Sinal de alarme Grave 
Ambulatorial Hemograma Hospitalar Hospitalar (CTI) 
60ml/kg/d VO 
(1/3 de SRO + 2/3 de líquidos) 
Até 48h afebril 
= Grupo A 20ml/kg IV 2h (até 3x) 20ml/kg IV 20min (até 3x) 
Em 48h ou sinais de alarme: 
Reavaliação 
Ht normal: grupo A 
Ht aumentado: grupo C 
Melhorou: 25ml/kg IV 6h 
Não melhorou: grupo D 
Melhorou: grupo C 
Não melhorou: Nora / 
Albumina 
 
CHIKUNGUNYA 
a. Sobre 
 Togaviridae / Alphavirus 
VACINA DENGUE:
10 A 14 2 DOSIS
0 - 3 MESES
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Arthur Tagliaferre
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Arthur Tagliaferre
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26 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
b. Clínica – maioria é sintomático 
AGUDA 
3-10 dias 
Febre articular 
 Artralgia/artrite simétrica e distal em 
mão, pé e punho 
 Leucopenia com linfopenia 
Sorologia + 
PCR 
Repouso articular 
Analgesia – NÃO pode AINE/AAS 
Crioterapia 
Fisioterapia 
SUBAGUDA 
 3m 
 Dor/deformidade 
*Maior risco: mulheres > 45a, artropatia prévia 
Sorologia 
+ Hidroxicloroquina ou 
Metotrexato 
*Subaguda e crônica: causadas pela resposta imune! 
 
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA 
Febre Alta Ausente ou baixa 
Rash 
Menos frequente: 
2-4d após febre 
Mais frequente: 
1-2d junto com a febre 
Dica Mialgia + dor retro-orbitária Artralgia/artrite 
Rash pruriginoso + conjuntivite não 
purulenta 
Prova 
Mais letal 
(choque hipovolêmico por 
extravasamento plasmático) 
Mais mórbida 
(artropatia deformante) 
Transmissão vertical e sexual 
*Há reação cruzada entre Dengue e Zika! 
 
SÍNDROMES FEBRIS ICTÉRICAS 
FEBRE AMARELA 
Flavivírus (RNA) – hepatotrópico 
 
Transmissão 
Ciclo urbano – extinto Ciclo silvestre 
Vetor: Aedes aegypt 
Hospedeiro: homem 
Vetor: Haemagogus 
Hospedeiro: macaco (epizootia) 
*Homem é hospedeiro acidental! 
 
a. Clínica – período de incubação: 3-6d 
LEVE (90%) GRAVE – fígado + rim 
 Febre 
 Sinal de Faget – dissociação pulso-temperatura 
 Ecoturismo 
 Icterícia – aumento de BD + TGO > TGP 
 Hematêmese 
 Oligúria 
 
b. Diagnóstico 
 5d: sorologia (ELISA IgM) 
 
c. Tratamento 
 Suporte 
 
LEPTOSPIROSE 
Leptospira interrogans (espiroqueta) 
Reservatório: rim de ratos/camundongos 
Transmissão: contato prolongado com água contaminada – penetra em pele íntegra 
 
 
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27 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
a. Clínica – vasculite infecciosa 
LEVE – Anictérica ÍCTERO-HEMORRÁGICA – doença de Weil 
 Febre 
 Sufusão conjuntival 
 Dor nas panturrilhas 
*Fase imune: meningite asséptica, uveíte 
 Icterícia rubínica – aumento de BD + GGT + FA 
 Hemorragia alveolar 
 Oligúria – com hipocalemia 
 
b. Diagnóstico 
Inespecífico 
 Aumento de CPK 
 Plaquetopenia 
 
Específico 
 Microaglutinação – padrão-ouro 
 
c. Tratamento 
LEVE GRAVE 
Doxiciclina 
Penicilina cristalina – de escolha 
Ceftriaxona 
 
MALÁRIA 
Plasmodium vivax (mais comum) / falciparum (mais grave) / malariae (mais raro) 
Terçã: vivax, falciparum / Quartã: malariae 
Vetor: Anopheles 
 
a. Ciclo 
 2 etapas: hepática e eritrocitária 
 Principal alvo: hemácias 
 Forma hipnozoíta (latente): P. vivax 
 
b. Clínica 
 Febre em crises 
 Anemia hemolítica – icterícia com aumento de BI 
 Região Norte 
 
c. Diagnóstico 
 Gota espessa – de escolha 
 Teste rápido – regiões não endêmicas 
 
d. Tratamento 
P. vivax Cloroquina + Primaquina 
P. falciparum Artemeter + Lumefantrina 
Graves – qualquer espécie Artesunato + Clindamicina 
*Primaquina: CI na gestação 
 
 FEBRE AMARELA LEPTOSPIROSE MALÁRIA 
“Dicas” Sinal de Faget + ecoturismo Sufusão conjuntival + enchente Febre em crises + região Norte 
Hemograma Leucopenia Leucocitose Anemia 
Bilirrubina BD – lesão hepatocelular BD – colestase BI – hemólise 
Bioquímica TGO > TGP FA + GGT LDH 
 
Proteção natural: 
traço falcêmico e talassemias – a deformidade da 
Hm impede o desenvolvimento do plasmodium 
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28 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
Leishmania chagasi 
Vetor: Luztomyia (flebotomíneo) 
Reservatório: cães 
 
a. Clínica – baixa patogenicidade: maioria não adoece 
Baixa resposta celular 
 Febre arrastada 
 Hepatoesplenomegalia 
 Pancitopenia 
 Hiperglobulinemia policlonal (inversão da relação AG) – o sistema imune humoral tenta compensar a baixa 
resposta celular 
*Febre com um bação por um tempão 
 
b. Diagnóstico 
 Parasitológico (amastigotas): aspirado de MO (S: 70%) / esplênico (S: 95%) 
 Sorologia: IFI / antígeno rk39 – fica positivo para sempre 
 Reação de Montenegro: negativa (baixa resposta celular) 
 
c. Tratamento 
 Glucantine (antimonial pentavalente) – aumenta intervalo QT 
 Anfotericina B lipossomal – gestante, grave (icterícia), insuficiências, imunodeprimido, 50 anos, 
intolerantes 
*Acompanhar por 1 ano! – risco de recidiva 
 
OUTRAS 
DOENÇA DE LYME – 
Borrelia burgdoferi 
(bactéria) 
*Carrapato 
 Localizada: eritema migratório (“em alvo”) 
 Disseminada: acometimento neurológico 
(meningoencefalite, paralisia facial) + cardíaco 
(BAV) 
 Persistente: artrite 
Diagnóstico 
 Cultura / Sorologia 
 
Tratamento 
 Doxiciclina 
FEBRE MACULOSA – 
Rickettsia rickettsii 
(bactéria) 
*Carrapato 
 Febre alta 
 Cefaleia, mialgia 
 Rash maculopapular palmoplantar (2º a 5º 
dia), evolução centrípeta > rash petequial 
Diagnóstico 
 Sorologia / Cultura 
 
Tratamento 
 Doxiciclina 
HANTAVIROSE – 
Vírus 
*Roedores silvestres 
 Síndrome cardiopulmonar – depressão 
miocárdica + ins respiratória 
*Transmissão pode ocorrer por aerossol! 
Diagnóstico 
 Sorologia 
 
Tratamento 
 Suporte 
 
 
Eritema migratório 
Leishmania vive dentro do 
macrófago e o acompanha pelo 
sistema reticuloendotelial 
(fígado, baço, medula óssea) 
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29 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA 
a. Epidemiologia 
 Principal forma de transmissão: sexual – anal receptivo > vaginal receptivo 
 Mais comum em homem (2.6 : 1) 
 Aumento em extremos de idade 
 
b. Etiologia 
 Retrovírus – RNA fita simples > DNA 
 HIV 1 (pandemia) e HIV 2 (África) 
 Principal alvo: linfócitos TCD4 helper 
 
c. Fisiopatologia 
Envelope do HIV é reconhecido pelos receptores do LT > RNA do vírus dentro da célula > transcriptase reversa 
converte RNA em DNA dupla fita > integrase integra o DNA do vírus ao DNA da célula ( proteínas virais são 
produzidas através do maquinário celular > protease “monta” o vírus > vírus, ao sair da célula, leva um pedaço da 
membrana > LT morre 
 
*Ativação imune persistente > inflamação crônica > envelhecimento precoce > maior risco CV e de neoplasia 
 
 Glicoproteínas (GP120/CD4, GP41/CCR5) – para grudar nas células 
 Enzimas de replicação (transcriptase reversa, integrase, protease) 
 Alvos: células dendríticas / macrófagos > linfócitos T helper CD4 
 Infecção pelo HIV > 10 anos > AIDS 
 
d. Fases da infecção 
Infecção aguda – 
altamente infectante 
 Aumenta CV + Diminui CD4 
 Diagnóstico: CV após 10 dias ( 18 meses 
1 IE positivo: CV > positivo > repetir IE 
1 TR positivos: repetir TR 
IE/TR negativo, mas suspeito: repetir em 30 dias – soroconversão? 
Testes discordantes: Western-Blot ou Imunoblot – mais específico 
 
 5.000: repetir imediatamente 
 
ANTI-HIV 
12 meses 
Se positivo: repetir com 18 meses 
 
g. Tratamento 
TARV 
Indicação: 
 Todos – objetiva zerar a transmissão sexual 
*Prioritários: sintomáticos, CD4 20%) 
 
Regras: 
 TARV não é uma emergência – exceto estupro, acidente 
 Iniciou, não para mais 
 Mínimo 3 drogas 
 Diagnóstico na vigência de IO: aguardar 2 semanas para iniciar TARV 
 
Gestante / Criança / TB ativa: 
genotipagem pré-tratamento sem adiar o inicio 
da TARV! 
SÍNDROME DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE: 
melhora imunológica com piora clínica – aumento 
do CD4 gera resposta imune exacerbada 
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ARTHUR BORGES
Texto digitado
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31 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Drogas: 
Inibidores da transcriptase reversa 
 Tenofovir (TDF) 
 Lamivudina (3TC) 
 Efavirenz (EFV) 
 Entricitabina (FTC) 
Inibidores da integrase 
 Dolutegravir (DTG) 
 Raltegravir (RAL) 
Inibidores da protease  Atazanavir/Ritonavir (ATV/r) 
 
Esquemas: 
1ª LINHA Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) 
TUBERCULOSE Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Efavirenz (EFV) 
GESTANTE Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Efavirenz (EFV) ou Dolutegravir (DTG) 
 
Efeitos adversos: 
Tenofovir (TDF) 
Tenefrovir 
 Nefrotoxicidade 
 Osteoporose 
Efavirenz (EFV) 
Efavironha 
 Psicose 
 Rash 
 Resistência ao tratamento – fazer genotipagem! 
Dolutegravir (DTG) 
 Defeito do tubo neural (?) – usar após 1º trimestre 
 Cefaleia 
 
Acompanhamento: 
 CD4 e CV 6/6m – se 2 CD4 > 350 consecutivos: não pedir mais 
 
FALHA VIROLÓGICA 
CV detectável após 6m 
Rebote após supressão 
 
Conduta: 
Genotipagem + trocar esquema 
(considerar inibidores de fusão – enfurvitida / antagonistas do CCR5 – maraviroque) 
 
*Infecções / vacinação recente: aumentam CV e diminuem CD4 (transativação heteróloga do CD4) – 
porque geram ativação de LTCD4 para montar uma resposta imune e, consequentemente, levam a uma maior 
proliferação do HIV > repetir após 60 dias 
 
h. Profilaxia 
▪ PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO – PrEP 
Relação anal ou vaginal, sem preservativo, nos últimos 6m / DST recorrente / PEP recorrente: 
 HSH 
 Transexuais 
 Profissionais do sexo 
 Casais sorodiscordantes 
 
Truvada: Tenofovir (TDF) + Entricitabina (FTC) uso contínuo (enquanto exposto) 
Anal: proteção após 7 dias 
Vaginal: proteção após 20 dias 
 
 
ARTHUR BORGES
Texto digitado
DOLUTEGRAVIR
ARTHUR BORGES
Texto digitado
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ARTHUR BORGES
Texto digitado
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32 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
▪ PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO – PEP 
Tempo  Até 72h 
Material 
 Sangue 
 Fluido genital 
 “Puncionáveis” (pleural, líquor, amniótico..) 
Porta de entrada 
 Percutâneo 
 Mucosa 
 Pele não íntegra 
 Mordedura com sangue 
Fonte e exposto – TR 
 Exposto positivo ou fonte negativa: não fazer 
 Exposto negativo e fonte positiva/desconhecida: fazer 
Repetir TR  Após 30-90 dias – avaliar soroconversão 
 
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 dias 
 
▪ PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL – maior risco: intraparto 
PRÉ-NATAL 
Iniciar TARV + genotipagem 
 1º trimestre: TDF + 3TD + EFV 
 2º ou 3º trimestre: TDF + 3TC + DTG 
PARTO 
Avaliar CV > 34 semanas 
 CV > 1.000 OU DESCONHECIDA: AZT IV 3h antes até clampeamento do cordão + 
cesárea eletiva (38 semanas, bolsa íntegra, dilatação 37s: AZT + 3TC + RAL por 28 dias 
 34-37s: AZT + 3TC por 28 dias + NVP por 14 dias 
 Tratamento: SMX-TMP (+ corticoide se paO2 ≤ 70 em AA) 
*NÃO faz derrame nem linfonodomegalia! 
 
Profilaxia primária – 
SMX-TMP 
 CD4 2 semanas 
 
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33 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
TUBERCULOSE – qualquer CD4 
 Mycobacterium tuberculosis 
 Febre, tosse, sudorese noturna, perda de peso 
 CD4 > 350: forma apical, cavitária / CD4 350 CD4 Fluconazol por 8 semanas +/- 
punção de alívio (se PIC > 25cmH2O) 
*Raramente tem sinais meníngeos 
 
2) LESÃO FOCAL 
NEUROTOXOPLASMOSE – CD4 3 semanas 
 
Topografia 
Alta – int. delgado Baixa – cólon 
 Muito volume – não absorve 
 Pouca frequência 
 Sem tenesmo – cólon preservado 
 Pouco volume – absorve 
 Alta frequência (≥ 10/dia) 
 Tenesmo, urgência fecal – cólon 
comprometido 
 
Mecanismo 
Inflamatória/invasiva – disenteria Presença de sangue, muco e/ou pus 
Osmótica Melhora com jejum, gap fecal alto (> 125) 
Secretória Não melhora com jejum, gap fecal baixo ( 15.000, Cr ≥ 1.5 
Fulminante: hipotensão, íleo paralítico, megacólon 
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37 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Recorrência

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