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Centro Universitário do Distrito Federal - UDF Enfermagem Saúde da Criança e do Adolescente II Discente Cibele Carnaúba Trabalho da Disciplina Prática Clínica Saúde da Criança e do Adolescente II Brasília 2024 O que é? De acordo com o Cofen - (Conselho Federal de Enfermagem) o significado de PICC - (Peripherally Insertd Central Catheter) é confeccionado em materiais bioestáveis e biocompatíveis e de baixa trombogenic idade (silicone e poliuretano). Segundo Alvares o cateterismo da veia umbilical é bastante utilizado nas unidades de neonatologia, como acesso venoso e via para administração de nutrição parenteral. O cateterismo umbilical venoso é um procedimento comum no manejo de recém -nascidos, portanto podemos considerar que é um procedimento rápido e confiável. PICC - Peripherally Insertd Central Catheter - Indicação Nutrição parenteral; Coleta de sangue frequente; Hemoderivados; Aminas vasoativas; Antibiotecoterapia ou infusão venosa por tempo superior a 6 dias. - Contraindicação Rede venosa periférica prejudicada; Recém-nascido com menos de 48 horas de vida; Policitemia; Lesões cutâneas no lugar da inserção do cateter; Retorno venoso prejudicado; Administração de grandes volumes em bolus e sob pressão (risco de rompimento do cateter); Situações de emergência; Trombose venosa; Malformação congênita na rede venosa. - Localização Veias Periféricas; Basílica; Axilar Safena; Jugular extrema. - Descrição do procedimento Primeiramente este procedimento deve ser realizado em dupla (enfermeiros e/ou médicos com experiência na execução da técnica e habilitado para realizar) segundo o Cofen - Conselho Federal de Enfermagem que normatizou, por meio da resolução n° 258/2001, dando parâmetros para o enfermeiro atuar com segurança nesta área. Antes de iniciar o procedimento selecionar todo o material. Proceder degermação com escovação das mãos e dos antebraços; Colocar a bandeja na mesa de mayo abrindo o campo externo; Vestir o capote e colocar as luvas estéreis; Testar o cateter lavando-o com SF 0,9% em seringa de 10 mL. Injetar lentamente, pois pressões elevadas estão associadas à quebra do cateter; Selecionar a veia, fazer a antissepsia rigorosa do membro a ser puncionado e cobrir o mesmo com o campo fenestrado, deixando exposto somente o local de punção; Medir a distância do ponto de inserção do cateter até a altura desejada da sua implantação (terço médio da clavícula ou crista ilíaca no caso da safena); Garrotear levemente o membro e iniciar a punção introduzindo somente o bisel da agulha; Após o refluxo sanguíneo, retirar o garrote e introduzir o cateter até a marca desejada; Enquanto um profissional fixa o cateter no ponto de inserção, o outro retira a agulha; Observar se o cateter está com seu refluxo e infusão livres; Fixar com o curativo transparente e fitas estéreis; Confirmar a posição do cateter por meio de radiografia. - Cuidados de enfermagem O registro da inserção do cateter deve ser feito em impresso próprio pelo enfermeiro que realizou o procedimento e seu auxiliar. Logo em seguida introduzir ou tracionar o cateter com técnica rigorosamente asséptica. No caso de posição errada na radiografia deve ser realizado novo raio - x contrastado para confirmação final do posicionamento. Após a confirmação radiográfica, realizar a fixação do cateter com gaze e filme transparente, com identificação da data, hora e responsável pelo procedimento. O primeiro curativo deve ser realizado 24 horas, após a inserção, com técnica asséptica e a cobertura indicada é o filme transparente sem a gaze. O acompanhamento do uso do PICC deve ser realizado diariamente e registrado a cada 12 horas em impresso próprio. - Tempo de permanência; O tempo de permanência é de 7 a 14 dias, porém tem que haver cuidados como a assepsia, pois a probabilidade de ter infecção é grande. Logo este procedimento é particularmente útil em recém-nascidos prematuros extremos e bebês em uso de hidratação venosa e nutrição parenteral por mais de sete dias e com manuseio restrito. Ele evita a prática da dissecção venosa e punções periféricas de repetição e tricotomia do couro cabeludo. O PICC - (Peripherally Insertd Central Catheter) é indicado para a necessidade de acesso venoso por tempo prolongado (além de 6 dias), avaliando previamente se há possibilidade de utilizar-se da terapêutica com acesso venoso periférico. - Retirada do cateter Fim de terapia intravenosa; Infecção primária de corrente sanguínea na vigência do cateter; Flebite; Obstrução; Trombose venosa; Eventos decorrentes da má posição do cateter (pneumotórax, tamponamento, perfuração cardíaca); Rompimento do cateter. Cateterismo umbilical arterial e venoso Cateter Venoso Umbilical São as seguintes orientações para o cateterismo umbilical: Arterial: O recém-nascido estiver em estado grave, necessitando de coletas de sangue frequentes para monitorização dos gases sanguíneos. Também necessidade de monitorização de PA invasiva. Venoso: no caso ressuscitação em sala de parto. O recém-nascido em estado grave, necessitando de drogas vasoativas ou concentrações altas de glicose e exsanguineotransfusão. - Descrição do procedimento: Para realizar o cateterismo de vaso umbilical devem estar disponíveis os seguintes materiais, em bandeja estéril: Um recipiente para soro e um para solução antisséptica (pode utilizar seringa com soro em vez de cubas), três pinças Kelly (mosquito) retas, uma pinça Íris reta ou curva sem dente, uma pinça dente de rato micro, duas pinças Backhaus, um porta-agulhas pequeno, um cabo de bisturi e uma tesoura Íris; Cateter número 3,5, 4,0 ou 5,0; Lâmina de bisturi pequena (n° 15); Fios de sutura seda 4,0 ou algodão 3,0; Seringas de 5 e 10 mL; Uma ampola de soro fisiológico; Gorro e máscara; Copotes estéreis; Luvas estéreis; Fita métrica. Clorexedina alcoólica. Importante: cateteres de duplo lúmen podem ser usados no cateterismo venoso. Esses cateteres estão propícios a maior risco de contaminação e devem ser utilizados somente em situações críticas. - Técnica; A técnica correta do cateterismo umbilical compreende os seguintes passos: Colocar o bebê em berço aquecido. Medir a distância ombro-umbigo para verificar o tamanho do cateter a ser inserido; Lavar e escovar as mãos e os antebraços; Paramentar-se com gorro, máscara, capote e luvas; Fazer antissepsia da pele com clorexidina alcoólica e colocar os campos estéreis. Reparar o cordão umbilical com fita cardíaca antes de cortar o coto; Cortar o coto umbilical (pode ser feito pequeno corte apenas acima da artéria); Identificar as duas artérias (parede mais espessa) e a veia; Melhorar a visualização e dar sustentação ao campo com as pinças Kelly; Usar a pinça Íris sem dente, abrir delicadamente a parede da artéria; Introduzir o cateter arterial na medida exatamente estabelecida; Identificar a veia; Introduzir o cateter com muito cuidado até a distância marcada; Verificar se ambos os cateteres refluem; Observar os pés do bebê, procurando algum sinal de isquemia, que pode estar associado à presença do cateter arterial; Retirar a fita cardíaca e fazer sutura em bolsa ao redor do cateter, fixando separadamente o cateter arterial e o venoso; E para finalizar radiografar o tórax e o abdome do bebê para verificar a posição dos cateteres. Referências Bibliográfias https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v2.pdf: Acesso: 30 de Setembro de 2024. https://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/ cateter_central_de_insercao_periferica_picc.pdf: Acesso: 30 de Setembro de 2024. COSTA, Tassio RicardoMartins da (ed.). Unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal: infecção associada à cateter venoso central. 1. ed. [S.l.]: Neurus, 2023. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 30 set. 2024.