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Faculdade Uni mais Disciplina: Pesquisa e Prática da Educação V Professora Orientadora: Luci Batista Costa Tema: O papel da escola e da sociedade no combate a violência. Alunas: Andreia Shirley de Souza Tavares R.A – 17000018 Isabella Maria C. Camargo Bonfim R.A – 17000029 Curso de Pedagogia - 5º Semestre São Paulo, 22 de maio de 2019. Andreia Shirley de Souza Tavares Isabella Maria Cristina Camargo Bonfim O papel da escola e da sociedade no combate a violência Relatório final apresentado a Universidade Uni Mais, como parte das exigências para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. Orientadora: Luci Batista Costa. Volume l São Paulo, 2019 Andreia Shirley de Souza Tavares Isabella Maria Cristina Camargo Bonfim O papel da escola e da sociedade no combate a violência Relatório final apresentado a Universidade Uni Mais, como parte das exigências para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. São Paulo, 24 de Maio de 2019. BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Professora (Luci Batista Costa) Afiliações Resumo na língua vernácula: A violência vem se tornando um fator de preocupação ao longo dos anos, o objetivo desta pesquisa é demonstrar quais fatores colaboram para que esse comportamento se perpetue na comunidade, é um produto de desenvolvimento que tem suas raízes na história, muitas vezes o que acontece dentro do espaço escolar é reflexo do que acontece no âmbito social deste aluno, atualmente o papel da escola além de educar contém uma obrigação social, é muito mais que ensinar a ler e escrever ou fazer contas. A escola deve estar contextualizada sobre os diversos assuntos inclusive sobre a violência, que com o passar dos anos veio tendo um aumento em seus casos em locais considerados seguros e educacionais, qual é o papel da escola enquanto instituição educacional? , Qual é o papel da sociedade? O que podemos fazer para que essas situações de violência sejam evitadas no âmbito escolar? Esse será o assunto discorrido ao longo do desenvolvimento da pesquisa. Palavras-Chaves: Educação, Violência, âmbito social, comportamento, reflexo, obrigação social da escola. Abstract: Violence has become a concern factor over the years, the aim of this research is to demonstrate what factors contribute to perpetuating this behavior in the community, is a product of development that has its roots in history, often what happens inside of the school space is a reflection of what happens in the social context of this student, currently the role of school besides educating contains a social obligation, is much more than teaching reading and writing or accounting. The school should be contextualized on the various subjects including violence, which over the years has seen an increase in its cases in places considered safe and educational, what is the role of the school as an educational institution? , What is the role of society? What can we do to prevent such situations of violence in school? This will be the subject of the research. Keywords: Education, Violence, social scope, behavior, reflex, social obligation of the school Introdução: A definição de violência se faz necessária para uma maior compreensão da violência escolar. É uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. É o atentado direto, físico contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade individual correm perigo a partir da ação de outros. E para o corpo docente “a violência, enquanto descumprimento das leis e da falta de condições materiais da população, associando a violência à miséria, à exclusão social e ao desrespeito ao cidadão” (Aida Monteiro, 2013). È importante refletir a diferença entre agressividade, crime violência. A agressividade é o comportamento adaptativo intenso, ou seja, o indivíduo que é vítima constante de violência e têm dificuldade de se relacionar com o próximo e estabelecer limites porque este as vezes não foram construídos no âmbito familiar. O sujeito agressivo tem atitudes agressivas para se defender e não é tido como violento. Existem alguns tipos de violência praticados comumente dentro do âmbito escolar que são estes a violência contra o patrimônio, a violência doméstica, a violência simbólica e a violência física. São inúmeros os fatores que podem levar uma criança ou adolescente a um ato delitivo são fatores econômicos, culturais, sociais, convivência de grupos considerados quadrilhas ou gangues, que oferecem um acolhimento a essas crianças ou jovens e incentivam esta prática. É bem verdade que a escola não pode ser omissa a esse tipo de problema, e se esse assunto assume o controle de uma instituição educacional, então essa escola também falhou para que se chegasse a tal ponto. Desenvolvimento da pesquisa: A escola é fundamental para o pleno desenvolvimento do indivíduo, devendo ser um dos contextos sociais que estimule as habilidades intelectuais, as habilidades sociais e a absorção crítica dos conhecimentos produzidos em nossa sociedade. A escola deve ser importante no tempo presente e no tempo futuro, sendo referência para o aluno de um local seguro, prazeroso e no qual ele pode se conhecer, conhecer aos seus próximos e a sociedade em que vive, projetando como quer atuar no mundo. Enquanto instituição de escolarização formal, a escola deve ser defendida, os processos de desenvolvimento do indivíduo que nela ocorrerem deve ser estudado, e as melhorias, buscadas, a fim de que desenvolvamos indivíduos felizes, justos, críticos e transformadores, que possam retornar à sociedade o desejo e os meios para a construção de uma sociedade mais igualitária. Discorrido brevemente a respeito da importância social da escola, fica mais evidente o quanto é importante estudar a violência escolar e delimitar, de forma mais precisa, o que seja esse problema. Para se definir o que vem a ser a violência na escola, deve-se primeiramente abordar, ainda que não exaustivamente, alguns dos aspectos existentes na violência escolar para inseri-la no fenômeno da violência. A Organização Mundial de Saúde (2002) refere-se à violência como: Mesmo essa perspectiva mais explícita do que seja violência pode suscitar debates como o que seria "uso intencional", o que consiste em "poder" e o uso deste, quais as implicações legais das diferenças entre resultar em danos ao indivíduo e a grande possibilidade de resultar em dano (para uma discussão pormenorizada a respeito dessa definição, ver Stelko-Pereira e Williams (2010)). Apesar de tal conceito permitir polêmica, subentende-se pela definição que a violência é algo explícito, capaz de ser percebido pela vítima. Contudo, há outro aspecto mais sutil e de difícil apreensão no conceito de violência e, por conseguinte, no termo violência escolar: o que se entende por violência simbólica. Odalia (2004) assim expõe: Nem sempre a violência se apresenta como um ato, como uma relação, como um fato, que possua estrutura facilmente identificável. O contrário, talvez, fosse mais próximo da realidade. Ou seja, o ato violento se insinua, frequentemente, como um ato natural, cuja essência passa despercebida. Perceber um ato como violento demanda do homem um esforço para superar sua aparência de ato rotineiro, natural e como que inscrito na ordem das coisas (p. 22-23). Um aspecto da definição de violência escolar é a localização geográfica. A violência escolar pode ocorrer dentro do espaço físico da escola, no trajeto casa-escola, em locais em que se programem passeios e/ou festas escolares (Furlong & Morisson, 2000), e, mesmo, na própria residência e bairro do aluno, como em situações nas quais conflitos mal resolvidos dentro da instituição gerem violência em outros espaços. Adicionalmente, a violência na escola pode não ter uma localização geográfica precisa, sendo virtual, como nas situações em que mensagens agressivas são encaminhadas entre membros da escola por meio eletrônico (internet e/ou celular). Assim,apesar de comumente se situar a violência escolar como a violência que ocorre dentro da estrutura física da escola, há uma diversidade de localidades em que ela pode ocorrer. Portanto, não se deve basear o conceito de violência escolar apenas na localização geográfica dos eventos violentos. Adicionalmente, no caso da violência simbólica que ocorre na escola, esta se refere mais à dinâmica diária de ensino do que propriamente a atos específicos em um determinado local. Um acréscimo à definição diz respeito a quem são os atores envolvidos na violência escolar. Alunos e professores são comumente os personagens mais lembrados quando se discute violência na escola, contudo, qualquer indivíduo que trabalhe na instituição escolar ou que esteja envolvido nela pode ser inserido no conceito. Isso é importante porque a violência pode ocorrer em qualquer relação interpessoal, ainda que costume ocorrer com maior frequência e intensidade quando há desigualdade de condições de poder entre os indivíduos (Williams, 2003). Desse modo, cantineiras, porteiros, faxineiras, inspetores, diretores, recepcionistas, voluntários da escola, pais e/ou responsáveis pelos alunos podem cometer e/ou sofrer e/ou testemunhar atos de violência a outros do contexto escolar e não devem ser esquecidos em pesquisas, intervenções e programas preventivos. Além de pessoas relacionadas ao contexto da escola, pode haver outros indivíduos não relacionados que nela ingressam a fim de cometer atos violentos, como quando a escola é assaltada, quando traficantes nela ingressam para intimidar alunos presentes, etc. Charlot (2002) também expõe tal situação em que a violência ocorre dentro do espaço escolar, "sem estar ligada à natureza e às atividades da instituição escolar (...)" (p. 434) e em que "(...) a escola é apenas o lugar de uma violência que teria podido acontecer em qualquer outro local" (p. 343). O autor denomina tal situação como violência na escola, porém faz-se a ressalva que o termo por si só não é esclarecedor, sendo mais simples denominar que os envolvidos são outros não relacionados à instituição escolar. Outra questão referente aos envolvidos é que em nossa sociedade há grupos que comumente são mais afetados por violência e violência escolar, como termos ofensivos praticados a pessoas de etnia negra ou com menor status socioeconômico (Warner, Weist & Krulak, 1999; Abramovay & Rua, 2002) e, ainda, a homossexuais (Castro & Abramovay, 2003). Portanto, ao se analisar quais são os envolvidos no fenômeno da violência escolar, pode-se particularizar também se o problema se relaciona a uma questão de preconceito, discriminação social e étnica e desrespeito à diversidade sexual. Os envolvidos com a violência escolar podem desempenhar diversos papéis como atores do fenômeno. Estes podem ser autores de comportamentos violentos, alvos de tais comportamentos ou testemunhas de tais atos e/ou de suas consequências. Comumente, encontra-se tal divisão de papéis em pesquisas a respeito de bullying, contudo esta é válida não só para casos de bullying, mas também é empregada em outras áreas como a da violência intrafamiliar e para questões jurídicas. É imprescindível entender que um mesmo indivíduo no contexto da violência escolar pode intercambiar essas diferentes posturas, ora sendo o autor, ora a vítima (Watson, Andreas, Fischer & Smith, 2005) e ora testemunha/espectador (Fante, 2005; Neto & Saavedra, 2003), sobretudo quando há situações de violência frequentes. Ainda sobre a questão do modo como os indivíduos se envolvem na violência escolar, também se deve levar em conta os casos em que a própria instituição escolar é produtora dessa violência. A esse respeito Finley (2006) discute que determinadas políticas da instituição, tais como regras, procedimentos e práticas, podem acarretar impactos adversos nos membros participantes da escola. Muitas vezes tais políticas são instituídas com boas intenções, como aumentar a aprendizagem e diminuir violência. Entende-se por tal perspectiva que é importante ampliar a responsabilidade pela violência que ocorre na escola para além do âmbito individual, incentivando que pesquisadores, sociedade e os próprios membros da escola busquem alterar as circunstâncias do sistema escolar e não “culpabilizar” indivíduos. Em uma mesma perspectiva, Charlot (2002) aponta esse tipo de violência, porém a denomina de violência da escola e a relaciona fortemente a situações de violência em que os alunos buscam provocar danos diretamente à instituição e aos que a representam, como vandalismos e agressões a professores, sendo tais situações nomeadas pelo autor de violência à escola. O mesmo autor é citado por Abramovay e Rua (2002) para ilustrar esse conceito quando expõem que a violência simbólica ou institucional é compreendida como: a falta de sentido de permanecer na escola por tantos anos; o ensino como um desprazer, que obriga o jovem a aprender matérias e conteúdos alheios aos seus interesses; as imposições de uma sociedade que não sabe acolher os seus jovens no mercado de trabalho; a violência das relações de poder entre professores e alunos. Também o é a negação da identidade e da satisfação profissional aos professores, a sua obrigação de suportar o absenteísmo e a indiferença dos alunos (Charlot citado por Abramovay & Rua, 2002, p. 69). Apesar de didática, tal divisão da Organização Mundial da Saúde (2002) é artificial, uma vez que as consequências emocionais negativas tais como medo, ansiedade, tristeza, podem ser ocasionadas tanto por atos de violência psicológica, quanto de violência física, contra o patrimônio e sexual. O mesmo é válido para consequências físicas negativas, como sintomas psicossomáticos (sendo alguns exemplos: gastrite, queda de cabelos, alergias, cefaleias, etc.), as quais também podem ser em decorrência de violência psicológica, contra o patrimônio e sexual. Além dessa divisão, pode-se separar a violência escolar em duas categorias: agressões verbais, que compreendem xingamentos, desrespeito, ofensas, modos grosseiros de se expressar e discussões (Abramovay, 2005) e violência não verbal (agressões físicas, destruição de material, roubo, etc.). Uma outra maneira comum de categorização é por violência direta ou violência indireta e emocional (Neto & Saavedra, 2003). A violência direta engloba ações que podem ser físicas (como chutar, bater, empurrar, roubar) ou verbais (apelidos, insultos). Já a violência indireta diz respeito a ações com o objetivo de fazer com que uma pessoa seja discriminada e/ou excluída de seu grupo social, como por rumores ou disseminação de boatos. A configuração dos atos violentos é outro aspecto importante para ser discutido em relação à definição de violência escolar. Os atos violentos são únicos em si, pois cada um tem uma configuração em relação aos envolvidos, duração, motivos, espaço geográfico ocorrido, características das ações violentas, data e horário de ocorrência e desfecho. Contudo, quando determinados atos violentos tendem a ter características semelhantes, eles costumam ser agrupados em categorias específicas a fim de que obtenham destaque pelos pesquisadores, instituições escolares e sociedade. A violência que emerge no contexto educacional possui uma raiz complexa e variada. Podemos pensar desde a violência simbólica que, de acordo com o sociólogo francês Pierre Bourdieu está associado a toda ação pedagógica, até a violência que surge dos conflitos na relação entre professor e alunos e da falta de um diálogo aberto e empático, no qual se compreenda o outro emocionalmente. Fato é que vivenciar a violência na escola, seja no papel de vítima, de agressor, e/ou de ambos, ou até mesmo de espectador pode acarretar danos psíquicos aos indivíduos, bem como dificuldades de inserção social e de aprendizagem. Sabemos que a relação entre professor e alunos, assim como entre os alunos, pode se tornar conflituosa por inúmeros motivos, que surgem de variáveis presentes nas relações pessoais, familiares, culturais ou escolares. No entanto, hoje já se sabe, igualmente,que há maneiras de se administrar esses conflitos, evitando que eles acabem gerando manifestações de violência. A mais importante e comprovadamente eficaz delas é a promoção de uma Cultura de Paz nas escolas, que incentive o estabelecimento de um clima emocional adequado aos processos de ensino e aprendizagem. A identificação e expressão das emoções dos alunos e professores, para o diálogo e para a aprendizagem e prática de competências socioemocionais, é, sem dúvida, um caminho seguro para transformar relações, tornando-as mais harmoniosas e, consequentemente, prevenindo a ocorrência de atos violentos, sejam eles físicos ou psicológicos, em contexto escolar. A família é que tem que estabelecer o que é reprovável e o que é aceitável, em casa e nas relações sociais. Segundo os especialistas em agressão escolar, a ausência de regras, a falta de supervisão e de controles razoáveis da conduta dos filhos fora do colégio, do que fazem e com quem andam, é uma tarefa muito difícil. A falta de comunicação e a ocorrência de tensões e de brigas na família, podem levar aos filhos adquirirem condutas agressivas. As campanhas anuais de sensibilização também podem funcionar para prevenir a agressão escolar. Quanto aos meios de comunicação seria interessante e muito viável que controlassem mais os conteúdos que exibem ou publicam. A sociedade em geral deve prevenir e cortar possíveis sinais de agressão. É necessário estar atento e não deixar passar nada ou pensar que tudo é normal ou se trata de uma piada. Quando uma criança zomba, ameaça ou bate em outra criança, deve-se intervir para que isso não se repita. Quando no pátio do colégio alguém zomba do aspecto de outra pessoa, deve-se repreendê-lo. O mal se corta pela raiz. Para os adolescentes, a violência dentro da escola começa com a falta de aceitação das diferenças, que pode ocorrer entre os alunos, entre professores e alunos e, também, entre funcionários e alunos. “A direção da escola e os professores também são considerados agentes de violência quando são extremamente autoritários, deixando de ouvir o que os alunos têm a dizer”, conta a pesquisadora. Quanto ao papel da família, muitas vezes os pais se envolvem de forma insuficiente na vida dos filhos, sendo possível perceber uma relação pouco harmoniosa entre família e escola. A violência psicológica e a física, diz a pesquisadora, são aplicadas em algumas famílias como medidas punitivas e disciplinatórias e não são raros os relatos de filhos que presenciaram ou que ainda presenciam a violência sofrida por suas mães. “A instituição família precisa ser fortalecida, ter os seus princípios e os seus valores devidamente alicerçados e reconhecidos na parceria junto à escola”, conclui (Michelly Rodrigues Esteves09/março/2016Publicado em: Educação) Para evitar a violência dentro da escola e facilitar a convivência social existem normas, regras de conduta e de funcionamento do local. Para a pesquisadora, os sistemas de ensino devem introduzir, desde os primeiros anos, a Educação para a Paz e a mediação de conflitos nos currículos escolares. “As escolas devem estimular as crianças e os adolescentes para terem capacidade de reflexão, contextualização, e mostrar que todos os seres humanos apresentam suas diversidades e por mais diferentes que pareçam têm necessidades comuns aos demais e devem ser trabalhadas na comunidade escolar a intolerância com as diferenças”, diz a orientadora do trabalho professora Maria das Graças Bomfim de Carvalho. E essa violência não consiste apenas nos episódios com armas, agressões físicas e casos de abuso que vemos nos noticiários. E também não se confunde com as ocasionais brigas entre alunos e o empurra-empurra na cantina. Existem também casos de violência simbólica que ocorrem o tempo todo: podemos citar o bullying como um exemplo disso. Isso sem contar os episódios de racismo, as piadinhas por questões de gênero ou religião, além de pequenas agressões físicas que, vez por outra, acabam passando despercebida, assim como o isolamento social, a intimidação e até pequenos furtos. Por esse motivo, detectar e combater a violência vem se tornando um grande desafio para profissionais da área da educação. Afinal, o que fazer quando ela acontece? De um modo geral, a violência miúda que acontece nas escolas é bastante discreta, mas pode vir a ser nocivo o suficiente para gerar sofrimento e aprisionar as vítimas no silêncio. A escola precisa ser reconhecida pelos alunos e seu familiar como um ambiente social seguro, por isso, mantenha canais de comunicação sempre abertos com os alunos e suas famílias. Esse hábito ajuda na construção de um vínculo de confiança entre vocês. Afinal, quando o aluno e a família se sentem seguros e acolhidos no ambiente escolar, ao sinal de qualquer problema eles se sentirão mais confortável para buscar ajuda. Caso a criança apresente baixa autoestima ou demonstre não gostar de ir à escola, fique atento: ela pode estar sendo vítima de algum tipo de violência. Nesses casos, nem sempre ela se sente segura para se abrir com a família, muito menos com os professores. Observe ainda mudanças de comportamento, como deixar de se alimentar ou ficar mais quieto ou recluso. Esses podem ser alguns sinais de que algo não está indo bem na vida dessas crianças ou adolescentes. Então, caso sinta que há algo errado com algum aluno, é fundamental que a escola não hesite em investigar. Observe se a criança tem amigos na escola, se apresenta marcas de agressão no corpo, roupas rasgadas etc. Nem sempre um boletim com notas altíssimas é garantia de que “o aluno vai bem na escola”. Além da saúde física, é importante cuidarmos da saúde psicológica de nossos alunos. Professores e funcionários das escolas precisam se manter atentos a ocorrências de brincadeiras ou piadas carregadas de preconceito entre os alunos. Geralmente o agressor investe contra algum colega — possivelmente, contra um mais tímido ou reservado. Observar se as crianças apresentam alguma marca estranha no corpo também é fundamental para identificar a ocorrência de violência física. O acompanhamento permanente e a cooperação entre família e escola representam aspectos essenciais para prevenir comportamentos indesejáveis e extinguir situações de violência na escola. Vale lembrar que quem cresce em um ambiente em que a violência é recorrente, tenderá a reproduzi-la, seja entre os alunos, contra os professores ou mesmo na forma de vandalização do patrimônio escolar, seja ele material ou imaterial. Caso algum aluno insista em praticar qualquer tipo de hostilidade, o melhor a fazer é conversar com sua família para buscar, junto a ela, metas de mudanças comportamentais. Isso significa que o agressor também precisará de muito apoio. É preciso considerar que a escola é um dos primeiros espaços sociais da criança. Assim, se no passado a criança foi vítima de algum tipo de violência fora da escola, ela poderá trazer das ruas ou da própria casa algum tipo de história ou expressão violenta. O fenômeno é complexo e a causalidade, multifatorial. Antes de se revelar como agressor, esse mesmo aluno pode ter sido vítima de agressão na forma de autoritarismo, permissividade, ausência de limites, falta de afeto, abandono e, até mesmo, violência física. Pode ser que a motivação para que o jovem seja protagonista em situações de violência tenha relações mais profundas e problemáticas. Seja ela qual for, investigar essas relações é fundamental para que a escola mantenha um ambiente saudável. Trata-se de tarefa delicada e a busca por soluções deve acontecer em parceria com a família e pode demandar o apoio de profissionais especializados. Quando a escola favorece o diálogo em torno desse tema, ela ajuda a desenvolver o senso crítico em seus alunos e ganha força no sentido de valorizar o respeito, a solidariedade e a convivência entre seres humanos que chegam à escola com origens, histórias, bagagens e limitações muito diferentes. Abordagens coletivas, como mostrar filmes e promover debates entre os alunos, são estratégias importantes para sensibilizaros alunos e encorajá-los a enfrentar o problema. Palestras sobre o assunto também contribuem nessa direção. A tomada de consciência coletiva é um passo importante no caminho da prevenção. Dependendo de como essa violência física e/ou simbólica estiver refletindo no comportamento de uma criança ou adolescente, a família pode buscar o auxílio de um psicólogo, profissional especializado na área, e a escola poderá orientá-la nessa situação. Já aqueles que praticam a violência precisam desenvolver a criticidade sobre os atos que visam ridicularizar o outro para satisfazer seus desejos primitivos. Diante desse cenário, torna-se cada vez mais urgente ensinar as crianças a desenvolver empatia, respeito, cidadania e compaixão desde cedo, a fim de que elas saibam distinguir o que é engraçado do que é desumano. Sem dúvida, a violência escolar é um tema que pode ser abordado em reuniões entre família e professores. Fingir que o problema não existe significa negligenciar aqueles que sofrem com ele. A violência acontece em todas as escolas, pelo menos, em uma de suas formas, e quando se reconhece a existência dela, as soluções podem ser buscadas por todos, em conjunto. É fato que desentendimentos, discussões e brigas ocorrem, sim. Porém, o que não é saudável é que comportamentos que constranjam, envergonhem, agridam física e moralmente outras pessoas se tornem algo comum, rotineiro em ambientes familiares e escolares. A participação mais efetiva da família no contexto escolar, e uma aproximação maior desta com os filhos, o incentivo da escola em preparar melhor seu corpo docente e seus funcionários para que se dediquem a promover atitudes de tolerância e respeito entre os alunos, são medidas que ajudam significativamente no combate à violência na escola, estimulando um convívio mais saudável entre os grupos sociais. Outra maneira de lidar com a violência na escola pela perspectiva da prevenção está em estabelecer normas de convivência que incentivem o respeito entre as pessoas. É importante assumir uma postura de diálogo e falar a língua dos estudantes. Eles precisam se sentir ouvidos, compreendidos e participantes do processo. Mas toda a escola precisa ser mobilizada, por isso as normas devem estar claras e ao alcance de todos. Ao existir um conjunto de regras que indicam como se comportar diante dos colegas, professores e equipe escolar, subentende-se que o não cumprimento dessas normas gera algum tipo de consequência. No entanto, não confunda essa ação como uma medida coercitiva. Não se trata de punir os alunos que tiverem algum desentendimento ou briga, mas de conscientizá-los que atitudes violentas não são saudáveis para suas vidas dentro e fora da escola. Manter a família informada sobre as regras e como a escola lida com esse tipo de situação também é relevante para que a violência na escola seja combatida. O cotidiano escolar é um dos primeiros modelos de sociedade vivenciados por uma pessoa. Nesse sentido, é dever da escola criar um ambiente que tenha representações dos aspectos sociais que as crianças vão experimentar no mundo “lá fora”. Em outras palavras, para que os alunos aprendam a viver em sociedade, é necessário que a escola os incentive a interagirem e se relacionarem em ambientes que não estejam necessariamente ligados à sala de aula. ncanas, times esportivos, rodas de leitura, passeios e viagens com a turma são alguns exemplos de como reduzir a pressão das responsabilidades escolares e estimular a interação social entre os estudantes. Além disso, os professores podem sugerir a criação de grupos de estudo e a realização de atividades práticas em conjunto para que eles desenvolvam um senso de colaboração também dentro da sala de aula, o que pode melhorar o desempenho escolar de muitos. Tão importante quanto criar oportunidades de interação entre os alunos é incentivá-los a expressarem seus sentimentos dentro do ambiente escolar. Para isso, a escola pode disponibilizar espaços e atividades que promovam debates e formas de expressão cultural. Nesse sentido, a instituição pode incentivar a criação de grupos de teatro ou dança, clubes de leitura ou cinema, saraus literários; ajudar os alunos a criarem jornais, blogs e programas de rádio; oferecer aulas de circo e esportes de grupo; entre outros. Além de ensinar crianças e adolescentes a se sentir mais à vontade para lidar com seus problemas de maneira mais sensível, as artes e os esportes apresentam grandes resultados por ocuparem o tempo de livre com atividades produtivas e capazes de satisfazê-los emocionalmente. Muitas crianças acabam passando muito mais tempo na escola, na presença dos educadores, do que em casa, na companhia da família. E cabe às escolas, entre outras competências, zelar pela integridade moral e física dos seus alunos. Uma maneira de conseguir garantir a educação e a integridade dos estudantes é a aproximação com eles, conhecer verdadeiramente seus alunos, saber dos seus anseios e aflições, além de proporcionar ambiente acolhedor e humano para que eles possam se sentir seguros. Todos esses cuidados favorecem a integração e a coesão de uma comunidade escolar e vai possibilitar que ela esteja segura para identificar os casos e fazer alguma interferência assertiva quando for necessário. Para a responsável pelos cursos, desembargadora Leila Mariano, a sentença judicial não basta para atenuar a violência escolar. "Na escola, as relações são continuadas. A professora e o aluno que brigam estão ali no dia seguinte. Se a gente não resolver o problema emocional deles, a questão não vai parar aí", afirma. Essas medidas, contudo, têm se revelado insuficientes para coibir a agressividade dos alunos e conter a escalada da violência nas escolas. "A violência física é a ponta de um iceberg de outras violências que acontecem e não são tratadas. Ninguém dá um soco do nada. Começa com olhares, xingamentos e empurrões", diz o pesquisador Renato Alves, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, depois de lembrar que as escolas já não se preocupam mais em estimular o bom relacionamento, como no passado. O problema estaria na ênfase excessiva no vestibular, que privilegiou o individualismo em detrimento do estímulo à convivência. "Temos uma educação do século 19 para alunos do século 21, com uma linguagem que não chega aos jovens", afirma Miriam Abramovay, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. No ensino fundamental, a violência escolar tornou-se um problema tão grave quanto o da má qualidade da educação. E não é só por meio da oferta de cursinhos de mediação que ele será equacionado. Barros (2012) informa que, a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários. Porém, o que vemos são ações coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula. Assim ao mesmo tempo em que ela expressa relações entre classes sociais, expressa também relações interpessoais (...) está presente nas relações intersubjetivas, àquelas que se verificam, entre homens e mulheres, entre adultos e crianças, entre profissionais de categorias distintas. Seu resultado mais visível é a conversão de sujeitos em objetos, sua coisificação. (...) A violência é simultaneamente negação de valores considerados universais: a liberdade, a igualdade, a vida (KOEHLER, 2008, p. 03). De acordo com Melo (2010), além disso, existe a violência presente nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conformeesses modelos sociais. Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição. A violência escolar pode envolver tanto a violência entre Classes Sociais (violência macro) como a Violência Interpessoal (violência micro). No primeiro caso, a escola pode ser cenário de atos praticados contra ela (vandalismo, incêndios criminosos, atentados em geral). No entanto, a escola - enquanto organismo de mediação social – também pode ser veículo da violência de classe: a violência da exclusão e da discriminação cuja resultante maior tem sido o fracasso escolar (KOEHLER, 2008, p. 03). A revisão bibliográfica demonstra que os atos violentos estão sujeitos a um grande sistema de relações interpessoais, nas quais as emoções, os sentimentos, os aspectos cognitivos estão presentes no âmbito educativo; na verdade, o problema começa quando se aborda o conflito através do exercício da autoridade, do castigo, das humilhações, provocando um clima de tensão dentro da sala de aula, o qual o professor não sabe resolver, pois o núcleo desta questão está submerso em um currículo oculto de relações interpessoais no processo ensino-aprendizagem. O mesmo poderia ser dito para os acidentes no trabalho e no domicilio, quando relacionados a negligencia e a falta de segurança (BRASIL, 2010). Vejamos os tipos mais comuns de violência em nossa sociedade: · Violência Física: A violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns, murros, estalos e agressões com diversos objetos e queimaduras. · Violência Psicológica: A violência psicológica ou agressão emocional, tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. É uma violência que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente provoca cicatrizes para toda a vida. Existem várias formas de violência psicológica, como a mobilização emocional da vítima para satisfazer a necessidade de atenção, carinho e de importância, ou como a agressão dissimulada, em que o agressor tenta fazer com que a vítima se sinta inferior, dependente e culpada. · Violência verbal: A violência verbal não é uma forma de violência psicológica. A violência verbal normalmente é utilizada para oportunar e incomodar a vida das outras pessoas. Pode ser feita através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento que os métodos utilizados habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os questionários infindáveis. · Violência sexual: Violência na qual o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência física. A violência sexual acaba por englobar o medo, a vergonha e a culpa sentidos pela vítima, mesmo naquelas que acabam por denunciar o agressor, por essa razão, a ocorrência destes crimes tende a ser ocultada. · Negligência: A negligência é o ato de omissão do responsável pela criança/idoso/outra (pessoa dependente de outrem) em proporcionar as necessidades básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento (ABRAMOVAY, 2009, p. 01). Comportamentos intrigantes que marcam o nosso tempo, como a pratica de violências sem nenhum motivo aparente, insistentemente presentes na mídia: grupos de adolescentes e jovens que trafegam com seus veículos na contramão de avenidas movimentadas, causando acidentes e mortes; espancam mulheres na rua porque pensam serem elas prostitutas; depredam espaços públicos; agridem outros adolescentes e jovens, sozinhos ou em menor numero; sofrem e praticam bullying. Como resultado do desenvolvimento contemporâneo. Temos a competição desenfreada, a lei da vantagem, o individualismo exacerbado, o consumismo. Falta-se sentido, vínculo, sentimento de identidade e de pertença, falta o próprio sujeito - não ha reprodução simbólica da sociedade (MELO, 2010, p. 41). Segundo Melo (2010), a violência seria também representada pela exclusão e desigualdades sociais ou estaria a elas associada, ou seria explicada como violência estrutura pela clássica relação entre capital e trabalho. Nas sociedades modernas, em especial, destacam-se, por um lado, o desemprego estrutural ou diminuição dos postos de trabalho resultante do desenvolvimento tecnológico e, por outro, a horizontalizarão e flexibilização do trabalho. Levar esse tema para a sala de aula desde os anos iniciais e uma forma de trabalhar uma questão controversa presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social (PEREIRA, 2010, p. 260). Sabemos ainda, que, os problemas de violência e agressividade no ambiente escolar são sinais de uma sociedade marcada por desigualdades sociais, entre outros fenômenos. Assim, esse círculo de violência deve ter um olhar mais universal, principalmente, por aqueles que pensam sobre a educação. É necessário ver que a violência contra a instituição escolar, contra colegas e professores e, de certo modo, a violência dos adultos contra as crianças, também, contém elementos de caracterização bem comuns. A não aceitação das diferenças em toda a sua amplitude – se é diferente, é hostilizado, desprezado, humilhado. E quando a vítima reage é violentada. Um fator determinante para a violência é a não aceitação das diferenças, também, perpassa pela escola como instituição, com seus próprios professores, funcionários e com os próprios alunos. Essa uniformização, isto é, uniformizar o diferente, é feita com violência – em todos os casos. E esse comportamento institucional, gera violência. A falta de afeto e de valores está relacionada com a frequente ausência dos pais, que, em busca da sobrevivência diária para a família, deixam seus filhos com irmãos mais velhos ou babás, o que reduz cada vez mais o tempo de convívio familiar entre pais e filhos. Essa mudança nas relações familiares tem várias implicações. O abandono pode decorrer tanto da necessidade de trabalho dos pais, quanto do total despreparo por parte dos mesmos no trato com a criança, e ainda pela inversão de valores com relação ao papel da escola. A escola e um local importante para trabalhar conhecimento, habilidades e mudanças de comportamento. Ela representa um contexto próprio e adequado para o desenvolvimento de ações educativas, atuando nas diferentes áreas do ser humano. Nessa perspectiva, a escola contemporânea não pode ser um fim em si mesmo, mas um espaço para a formação integral, em que conhecimentos e competências afetivas, cognitivas e relacionais se desenvolvem do modo mais harmonioso possível. · Palestras para a família e a escola sobre a caracterização da violência e formas de prevenção e erradicação; · Reunião para laboração de um projeto diagnostica e prevenção das diversas formas de violência · Discussão a partir dos relatos e falas dos participantes; · Atividades culturais (teatro, música), sobre a temática da violência na escola; · Avaliação semanal do projeto. A escola deve contribuir para a humanização da criança enquanto ser em desenvolvimento; deve ser reparadora das mazelas da violência que permeiam nosso cotidiano nestes últimos tempos. Nas conquistas e desafios da Declaração Universal de Direitos Humanos, incluem-se o exercício da e na cidadania, a ética, os valores morais; estes sem dúvida devem ser vivenciados na escola, culminando com o (re) significado da infância no século XXI, a partir da legitimação dos direitos da criança e do adolescente, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990). Assim, devemos entender que o trabalho educativo do professor não pode conter, de forma alguma, em seu bojo, o rancor, a rispidez, o mau humor, o desrespeito, a ofensa, o cinismo, o autoritarismo que humilha e envergonha, pois, O professor deve ensinar a condiçãohumana, individual e coletiva. Eis aqui um desafio para todos os professores, comprometidos com o “agir pedagógico” que privilegie, interventivamente, o vínculo pessoal saudável, a tolerância, a capacidade de cuidar do outro e se deixar ser cuidado. Esta é uma tarefa qual devemos disseminar em nossas reflexões sobre as ações que permeiam nossas práticas educativas: a pessoa do professor enquanto profissional do desenvolvimento de “corações e mentes” (KOEHLER, 2008, p. 11). Nesse entendimento, o contexto atual mostra-nos que a violência no mundo adulto, tem aguçado a situação de risco de crianças e jovens, além de reproduzir os valores desumanos. Precisamos compreender que uma das possibilidades para se atingir o paradigma de pleno desenvolvimento humano está em investir nas relações interpessoais, na educação e, portanto, na pessoa do professor como educador. Escolas grandes e nas quais convivem alunos em diferentes faixas etárias devem ser mais difíceis de administrar. De fato, os resultados mostram que maiores aglomerações de alunos relacionam-se inequivocamente à violência escolar. Instituições educacionais com maior número de alunos, as chances de ocorrerem atos violentos devem ser mais elevadas. Além disso, também se observa que, em escolas que oferecem etapas da escolarização distintas, os atos violentos tipicamente cometidos por alunos (depredação, ameaça e agressão) são mais frequentes. Ao contrário do que se poderia esperar em princípio, a maior qualificação dos docentes não parece se traduzir em maior habilidade por parte dos professores em controlar o comportamento dos alunos. A correlação entre a qualificação do professor e a ocorrência de atos violentos, portanto, deve refletir o efeito que diferentes tipos de treinamento que os professores recebem nos cursos de formação docente podem exercer sobre sua capacidade de lidar com o comportamento e a disciplina dos alunos. Um achado interessante refere-se ao efeito da variável 'relação aluno-professor'. Os resultados sugerem que a qualidade da interação entre alunos e professores influencia positivamente na prevenção ou inibição dos casos de violência. Entende-se por isso que professores que estabelecem vínculos mais próximos com seus alunos e geram um ambiente escolar mais acolhedor podem ter grande potencial de influir em sua opção por um comportamento socialmente aceitável. Este resultado sugere que, mais do que as características observáveis frequentemente utilizadas para medir a qualidade do professor, o impacto que o docente exerce sobre o comportamento dos estudantes está associado a características em geral não observáveis, associadas à qualidade de seu relacionamento com os estudantes. Em relação à associação entre as condições socioeconômicas e a violência, nota-se que, depois de controlar pela renda média do entorno escolar, a renda média dos estudantes não parece exercer impacto estatisticamente significante sobre a ocorrência de violência, na maioria dos casos. Vale mencionar, no entanto, que em escolas com estudantes mais ricos em média ocorrem mais casos de furto e roubo contra a pessoa. Além disso, depois de controlar pela renda do entorno e do alunado, a escolaridade da mãe também não parece impactar a ocorrência de violência escolar, com exceção dos casos de agressão e ameaça contra alunos, sugerindo que a propensão dos estudantes em se envolver em conflitos com colegas é menor quanto maior for a escolaridade da mãe. Ainda no âmbito das variáveis que retratam as características do meio familiar dos alunos, a participação dos pais nas atividades escolares parece estar associada ao menor nível de violência nas escolas, atuando sobre as ocorrências de atos tipicamente cometidos por alunos. Isto porque a proxy adotada para representar essa relação apresentou coeficientes negativos e estatisticamente significantes nas regressões para as ocorrências de depredação, ameaça e agressão. Este resultado é interessante, na medida em que esta variável parece captar não só a qualidade da interação entre pais e filhos, como também a dimensão da parceria da família com a escola. Neste sentido, este resultado pode sugerir, ao mesmo tempo, que crianças e jovens estão menos propensas a engajar-se em atos violentos quando convivem em bom ambiente familiar e quando percebem que os pais e a escola atuam em conjunto sobre sua formação e seu comportamento. A maior proporção de alunos do sexo masculino está associada a mais casos de violência tipicamente cometidos pelos estudantes (depredação, ameaça e agressão), bem como a um maior número de ocorrências de consumo e tráfico de drogas. Este resultado é intuitivo, uma vez que se espera que meninos sejam mais engajados em atos violentos do que as meninas. Escolas que possuem mais estudantes do sexo masculino sofrem menos com invasões, furtos e roubos de bens e equipamentos, o que sugere que os estudantes atuem em alguma medida como protetores da escola da ação de agentes externos. A mesma relação negativa é encontrada na regressão para furto e roubos contra a pessoa, embora não seja estatisticamente significante. A média de idade dos estudantes apresenta efeito positivo e decrescente sobre a ocorrência de atos violentos mais comumente deflagrados por alunos, tais como vandalismo, ameaças e agressões, bem como aos atos relacionados ao consumo e tráfico de drogas. Este resultado é esperado, já que a manifestação de comportamento violento ocorre tipicamente na fase da adolescência. Como esperado, esta variável não está associada aos atos violentos provavelmente cometidos por agentes externos à escola (invasões, furtos e roubos de bens, equipamentos e contra a pessoa). A maior concentração de alunos brancos estaria menos associada à ocorrência de crimes em geral, sendo esta relação estatisticamente significante em apenas alguns poucos casos. Finalmente, observa-se a importância do coeficiente da variância da cor ou raça na explicação dos diferentes tipos de crimes que podem ocorrer no ambiente escolar. Em primeiro lugar, esta variável capta as diferenças sociais e econômicas do entorno e entre os alunos da escola. Assim, sua forte correlação positiva com as diferentes medidas de violência reforça a ideia já conhecida na literatura de que a violência estaria bastante associada às desigualdades (mais do que ao nível médio de renda). Além disso, esta variável também capta as diferenças culturais e as referências de valores e comportamentos entre os estudantes. Desta forma, seu impacto positivo sobre os atos violentos, principalmente sobre aqueles relacionados aos problemas interpessoais, traz mais uma evidência empírica sobre a ideia de que o convívio de jovens com grupos sociais heterogêneos reforçaria a violência, já que já que esta pode ser uma forma de expressão comportamental de autoafirmação ou de pressão para adesão de membros às normas sociais de um dado grupo. Conclusão: Conclui-se que ao longo da pesquisa sobre o tema mencionado fica claro que os fatores que levam a violência no espaço escolar dá-se a inúmeras probabilidades, mas, que o dever da sociedade é o não incentivo da prática, evitar demonstrar tais atos, tendo plena ciência de quem casos mais urgentes como agressão domestica, essa pesquisa não corresponde com a realidade desta exceção. Em outro momento é dever da sociedade encorajar os bons atos e juntamente com as escolas desenvolver atividades que falem sobre o assunto, tanto os pais como crianças e adolescentes devem estar numa roda de conversa que fale sobre a conscientização desses assuntos, e reserve espaço para que possam manifestar artisticamente, expressivamente, culturalmente e que dessa forma pais e escola, pratiquem a lei da escuta e que deem espaço para que eles falem abertamente sobre seus problemas. É dever de a escola garantir um bom espaço, um clima agradável para que dessa forma as aulas ocorram sem ânimos exacerbados, dando ao aluno atenção, observação, dedicação essa maioria das vezes dedicada aos inspetores no intervalo. E observar comportamentos doconjunto de funcionários, pois o abuso de “poder” pode fazer com que alunos se rebelem contra os mesmos. Trazer temas que tratem de respeito sobre a diversidade que existe em nossa sociedade também faz com que esses jovens em vez de praticar atos de violência contra aquele que é “diferente”, ter consciência, empatia e respeito ao próximo. Durante todo o processo de pesquisa fica claro que o processo de conscientização não deve acontecer somente nas crianças e nos adolescentes, mas também com os pais ou aqueles que possuem a guarda daquela criança. Não é responsabilidade de a escola atender essa demanda sozinha, tudo que envolve a escola tem que obrigatoriamente envolver a sociedade que a cerca. 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