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1 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S 2 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S 3 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S 6 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professoras: Gisele Medina Rosivany Gomes 7 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Em decorrência de diversas falhas constantes nas edifica- ções, as ocorrências de patologias são cada vez mais presentes. Elas surgem por várias causas mencionadas ao longo deste material. Em síntese, essa análise tem como meta principal retratar para os profis- sionais e estudantes de Engenharia e Arquitetura a relevância da in- vestigação sobre as ocorrências patológicas existentes na construção civil. Desejamos entender as predominantes causas e as suas prová- veis soluções, embasando-se em livros técnicos, artigos de revistas, boletins técnicos e através de pesquisas eletrônicas provenientes de sites consideráveis confiáveis via internet. Com essa investigação po- demos evidenciar os distintos estágios das patologias vistas nas edifi- cações e as suas repercussões. Patologias. Construção Civil. Edificações. 9 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 FISSURAS E UMIDADE Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 14 Definições e Causas ___________________________________________ Características e Aspectos dos Modos de Constituíção das Físsuras em Alvenaria ____________________________________________________ CAPÍTULO 02 DESLOCAMENTO DE REBOCO E PISO Definições e Causas da Patologias mais Frequentes em Rebocos Tradicionais ____________________________________________________ 32 29Recapitulando ________________________________________________ Sistema de Piso de Revestimento Cerâmico ____________________ 43 23Origem da Umidade nas Edificações ___________________________ 37Rebocos Tradicionais Fendilhação ______________________________ Recapitulando _________________________________________________ 47 CAPÍTULO 03 CARBONATAÇÃO E TRINCAS Carbonatação ________________________________________________ 50 Trincas ________________________________________________________ 63 10 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Recapitulando __________________________________________________ 66 Fechando a Unidade ____________________________________________ 69 Referências _____________________________________________________ 72 11 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Entendemos por patologia das construções esse inédito ramo da Engenharia Civil que se encarrega da investigação dos princípios, maneiras de manifestações, repercussões e mecanismos de episódios das falhas e das sistematizações de deterioração das edificações. Essa análise é de fundamental relevância para estabelecer em qual momento é necessário realizar a manutenção, ampliando desta forma o período útil da construção. As inovações tecnológicas, englobando a construção civil, es- tão associadas a frequentemente buscar uma melhor comodidade e a produção, que cresce em larga escala com o emprego de metodologias inovadoras. As máquinas e equipamento são capazes de proporcionar uma produção sem pausa e de larga escala, isso favorece na qualidade da produtividade. Além disso, no quesito sustentabilidade, essa área tem um papel bastante significativo na reutilização dos materiais e na mini- mização de resíduos perdido. Mesmo com essas inovações comprometidas na construção civil, as patologias continuam existentes pelo fato de uma edificação não durar eternamente e encontra-se frequentemente necessitando de ajustes e manutenções. O melhor que se pode executar é estende a vida útil da edifi- cação com a regularidade das manutenções, conseguindo perceber, de maneira geral, a partir de laudos emitidos por profissionais responsá- veis da área. Lapa (2008), em um de seus artigos sobre patologias, enfatiza que depois de concluída a etapa de diagnóstico e prognóstico, a pessoa especializada passará para o estágio de escolhaAutoportantes De acordo com Braga (2010), geralmente, as coberturas regu- lares encontram-se mais vulneráveis às variações térmicas da natureza quando se comparado aos elementos verticais, acontecendo, por isso, movimentações distintas entre estes elementos posicionados na hori- zontalidade. Tais movimentações podem ainda ser intensificadas pelas diferenças nos coeficientes de expansão térmica dos materiais construtivos desses compo- nentes. São significativas, também, as diferenças de movimentações entre as super- fícies superiores e inferiores das lajes de cobertura, sendo que, geralmente, as primeiras são solicitadas por movimentações mais bruscas e de maior intensidade. Isso ocorre com as lajes sombreadas: parte da energia calorífica absorvida pelas telhas é reirradiada para a laje, além de ocorrer, através do ático, trans- missão de calor por condução e convecção. Nesse caso, as movimentações térmicas a que serão submetidas às lajes ocorrem em função de diversos fatores, como: - natureza do material que compõe as telhas; - altura do colchão de ar presente entre o telhado e a laje de cobertura; - intensidade de ventilação; - e rugosidade das superfícies internas do ático etc. (BRAGA, 2010, p. 22) 65 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 53 – Irradiação das tensões em uma laje de cobertura Fonte: (BRAGA, 2010). Figura 54 – Movimentação que acontece em uma laje de cobertura Fonte: (BRAGA, 2010). Segundo Braga (2010), as trincas encontram-se normalmente nas alvenarias, configurando exibições típicas, representadas nas ilus- trações 46 e 47. Isso aparece por causa da expansão plana das lajes e também da convexidade disponibilizada pelo nível de temperatura ao decorrer de suas alturas, o que lança tensões de tracionamento e de cisalhamento das alvenarias das construções. 66 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S TREINO INÉDITO QUESTÃO 01 A reação entre o gás carbônico dissolvido e o hidróxido de _________ dissolvido, assim como com outros produtos carbona- táveis da pasta de cimento, formando carbonatos. Escolha a me- lhor opção para preencher a lacuna. a) Potássio. b) Cálcio. c) Enxofre. d) Sódio. QUESTÃO 02 Para Sousa e Gomes (2018), quanto maior o acúmulo de _________ no cocreto, ficará mais ácido e, por consequência, maior será seu ex- trato carbonatado. Escolha a melhor opção para preencher a lacuna. a) Dióxido de carbono. b) Óxido de ferro III. c) Óxido de potássio. d) Óxido de magnésio. QUESTÃO 03 Sousa e Gomes (2018) comentam que a metodologia para o ensaio de mensuração da frente de cabonatação, utilizando a fenolftaleí- na, é realizado por ________________________________. Escolha a melhor opção para preencher a lacuna. a) pontos bastante aleatórios desprovidos de cautela em sua escolha. b) pontos que nunca precisam de critérios para sua escolha. c) qualquer tipo de ponto independente da região em que se encontrar. d) pontos de aferições que precisarão ser cautelosamente escolhidos. QUESTÃO 04 Qual é o nome do aparelho utilizado em ensaios não destrutivo para estabelecer a dureza na superfície do concreto? a) Teodolito. b) Dinamômetro. c) Esclerômetro. d) Trena. QUESTÃO 05 De acordo com Braga (2010), as trincas são mais frisadas e notá- veis que as fissuras, acarretando a __________ das partes. Esco- 67 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S lha a melhor opção para preencher a lacuna. a) Segmentação. b) Junção. c) Somatório. d) Totalização. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Como podemos evitar uma das manifestações patológicas conhecida como carbonatação? uma grande quantidade de ações pode e precisa ser empregada para controlar ou diminuir a eminência dessa anomalia ocorrer. O controle de qualidade faz-se necessário desde a elaboração do traço até o momento da cura do concreto. Geralmente, a boa mistura dos agregados e a empregabilidade de aditivos viabilizam para a diminuição de água no preparo do concreto. Ao minimizar a quantidade de poros, as misturas com uma quantia mínima considerada suficiente do fator água/ cimento propiciarão menores desencadeamento de carbonatação. Sobre o enunciado, comente acerca da temática mencionada e a sua aplicação. NA MÍDIA CARBONATAÇÃO DO CONCRETO: ANÁLISE COMPARATIVA DA PROFUNDIDADE DA CARBONATAÇÃO EM CONCRETOS COM AGREGADOS CONVENCIONAIS E RECICLADOS De acordo com Silva (2020), desde o início quando introduziram a uti- lização do concreto armado em várias estruturas, o mesmo vem su- portando às muitas sobrecargas e intervenções do meio externo, como tempo, variações de temperatura e agressividades de determinados ambientes. Esse modo é instaurado na superfície do concreto, conce- bendo a frente de carbonatação, e começa adentrar pelos poros atingin- do à armadura. O concreto geralmente tem meio não ácido aproximada- mente 13 de potencial hidrogênico - pH. Fonte: Repositório UNIS Data: 2020. Leia a notícia na íntegra: http://repositorio.unis.edu.br/bitstream/prefix/1316/1/H%C3%A9bo- ri%20Cristine%20Silva.pdf Acesso em: 27 de jun. 2021. NA PRÁTICA Além de retratar particularidades mecânicas bastante convenientes, o concreto armado tem comprovado possuir uma durabilidade admissível para a maioria da empregabilidade a que se confere. Esta característica de durabilidade é a repercussão natural que o concreto executa sobre o aço, por uma parte, transversalmente do cobrimento de concreto, que 68 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S não deixa de ser um obstáculo físico que assegura, por impermeabilida- de, a defesa deste a investida de agentes nocivos do meio externo, e, a alta alcalinidade do concreto que progride sobre o aço capa passiva que a conserva isento de alterações por um tempo não definido. PARA SABER MAIS Título: O que é e como ocorre a carbonatação do concreto? Data de publicação: 2021 Fonte: Título: Carbonatação em estruturas de concreto armado: Diagnóstico do processo de carbonatação em lajes de concreto armado presentes no estacionamento de um edifício comercial na cidade de São Luís - MA. Data de publicação: 2020 Fonte: 69 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S GABARITOS CAPÍTULO 1 TREINO INÉDITO QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Alguns erros causados pela infiltração de umidade nas edificações têm como consequência não apenas a falta de conforto no recinto, mas inclusive pode ocasionar várias outras divergências gravíssimas, atin- gindo até ao desuso do empreendimento. Apesar da transformação na maneira de construção, que anteriormente era do formato corretivo e hoje em dia tem se pensado cada vez mais em algo como preventivo, determinadas partes inseridas nos projetos ainda apresentam uma cer- ta resistência para serem incluídas no planejamento de algumas obras, como por exemplo, a ação de impermeabilizar de forma correta deter- minados elementos constituintes da edificação. 70 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 2 TREINO INÉDITO QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Existem várias pesquisas e estratégias para minimização dos episódios de manifestações patológicas. Em destaque, em nosso país, existe a norma de desempenho, que é a NBR 15575. Esta norma define critérios mínimos para o desempenho das construções, desde a conservação até manute- nibilidade. É fundamental enfatizar o papel da manutenção predial, que é um procedimento referencial para preservar as construções em perfeitas condições e alcançar mais durabilidade em situações harmoniosas.71 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 3 TREINO INÉDITO QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Alguns estudos já demonstraram que em patologias das estruturas, os aglomerantes hidráulicos, como o cimento, com poucas adições possuem a tendência de serem mais apropriados para uma significativa vida útil ao tratarmos de estruturas sujeitas à carbonatação. Porém, os mesmos especialistas que estudam sobre essa temática enfatizam que é possível executar um excelente concreto, resistente a manifestação patológica da carbonatação, com qualquer espécie de cimento, desde que se preocupe em desenvolver um bom traço. Além disso, a atenção no momento da execução é decisória para a ocorrência de carbonatação e está associa- da às fases de lançar, adensar e inclusive curar o concreto. 72 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S ABNT. Associação brasileira de normas técnicas. NBR 5674/1999. Ma- nutenção de Edificações: Procedimento. Rio de Janeiro, 1999. ABNT. Associação brasileira de normas técnicas. NBR 7584/2012. Ava- liação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão: Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 2012. BERTOLLINI, L.. Materiais de Construção: Patologia, Reabilitação, Pre- venção. São Paulo: Oficina de textos, 2010. CASCUDO, O.; CARASEK, H.. Ação da carbonatação no concreto. In: ISAIA, G. E. Concreto: Ciência e Tecnologia. 1 ed. São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto, 2011. p.1984 DAL MOLIN, D. C. C. Fissuras em estruturas de concreto armado: aná- lise das manifestações típicas e levantamento de casos ocorridos no estado do Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1988. DUARTE, R. B. Fissuras em alvenaria: causas principais, medidas pre- ventivas e técnicas de recuperação. Porto Alegre: CIENTEC, 1998. (Bo- letim técnico, 25). ELDRIDGE, H. J.; Construcción defectos comunes. Barcelona: Gustavo Gili, 1982. FANTINI, P. R. Patologias em revestimentos cerâmicos em escolas de Maringá. Universidade Federal do Paraná, Maringá, 2010. FONTENELLE, A. M. MOURA, Y. M. Revestimento Cerâmico em fa- chadas-estudo das causas da patologia. Fortaleza, 2004. Disponível em:. Acesso em 19 jun. 2021. HELENE, P.. Manutenção para Reparo, Reforço e Proteção de Estrutu- ras de Concreto. 2 ed. São Paulo: Pini, 1997. LEAL, António Belo Cardoso. Argamassas tradicionais de revestimen- tos de paredes: fendilhação e sua reparação. Disponível em:. Acesso em 12 jun. 2021 73 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S MAGALHÃES, Ernani Freitas. Fissuras em alvenarias: configurações típicas e levantamento de incidência no estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: . Acesso em: 07 jun. 2021. MASSETO, L. T.; SABBATINI, F. H. Estudo comparativo da resistência das alvenarias de vedação de blocos utilizadas na região de São Paulo. In: Congresso Latino-americano em tecnologia e gestão na produção de edifícios, soluções para o terceiro milênio, São Paulo. Anais... São Paulo: EPUSP, 1998. P. 79-86. MEDEIROS, Jonas Silvestre; SABBATINI, Fernando Henrique. Tecno- logia e projeto de revestimentos cerâmicos de fachadas de edifícios. 1999.Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M.. Concreto: microestrutura, proprie- dades e materiais. 3 ed. São Paulo: IBRACON, 2008. MELO, Gustavo de Oliveira. 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Monografia (Bacharelado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2016. 74 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S SILVA, Hébore Cristini. Carbonatação do concreto: Análise compara- tiva da profundidade de carbonatação em concretos com agregados convencionais e reciclados. Disponível em:. Acesso em 27 jun. 2021. SOUSA, Pamella Abreu; Gomes, Taís. Estudos dos efeitos da carbona- tação da vida útil de pontes de concreto armado. Disponível em:. Acesso em 26 jun. 2021. SOUZA, Marco Ferreira. Patologias ocasionadas pela umidade nas edi- ficações. Disponível em: . Acesso em 08 jun. 2021. THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo: Pini, 1989. VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sa- gra, 1991. 75 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A Sdas prováveis ações ao problema. As intercessões podem ser resultantes sob três distintas cau- sas, que são: o reparo – que corresponde em reparar mínimas falhas; recuperação – que pretende fazer uma devolutiva de melhor desem- penho ao elemento comprometido; e o reforço – que tem por objetivo ampliar o potencial do elemento construtivo. No entanto, este material está organizado em três capítulos. Além desta abordagem introdutória anteriormente colocada, o primeiro capítulo vai tratar das temáticas de fissuras e umidades, já que essas patologias causam uma importante preocupação aos responsáveis técnicos com re- lação ao risco à segurança e à diminuição de desempenho da edificação. Logo adiante, o segundo capítulo menciona sobre o deslo- camento de reboco e piso, já que os revestimentos de paredes das construções são os primeiros componentes da edificação passíveis de 12 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S alguma desagregação nítida decorrente da exposição às intervenções de impacto relacionados ao ecossistema e efeito de ações mecânicas. E, finalmente, no terceiro capítulo, trataremos dos assuntos refe- rentes à carbonatação e seus efeitos especificamente em pontes de con- creto armado, e trincas que apresentam aberturas maiores que 0,05mm. Como resultado, após a análise dos temas aqui abordados, ficará notório aos estudantes uma série de elementos relevantes que precisão ser bem-conceituados nos processos decisórios dentro de am- bientes profissionais, os quais você fará parte. 13 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S DEFINIÇÕES E CAUSAS De acordo com Dal Molin (1988), as edificações precisam ser geradas de modo a suportar o trabalho de cargas de sua respectiva estru- tura e aplicação, aos efeitos de agentes e fenômenos da natureza, bem como as repercuções da associação entre seus compontes e materias integrantes. Desta maneira, inclusive as alvenarias, como partes inter- venientes dos sistemas edificados, estão passíveis a eventualidades de indícios patológicos e de seus vários indicativos, como as fissuas. FISSURAS E UMIDADE P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S 13 14 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S A inovação da tecnologia que possibilitou a evolução de estruturas mais finas e, por consequência, mais deformáveis, tam- bém deu início nas alvenarias grandes tensões que resultaram em alterações, tornando maior sua exposição à probabilidade de oca- sião de fissuras (MASSETTO; SABBATINI, 1998). Para Sharade (2016), as fissuras são manifestações recorren- tes de patologia nas construções e tem possibilidade de intervir na estética, na durabilidade e nos aspectos da estrutura da edificação. Não somente nas alvenarias como também em estruturas de concre- to, a fissura acontece por causa da ação de tensões nos materiais. No momento em que a solicitação ultrapassa o potencial de resistência do material, a fissura tem a propensão de diminuir suas tensões. De modo que, quanto maior for a contenção exigida a movimentação dos materiais, e quanto mais vulnerável este for, maiores serão a significância e a expressividade da fissuração. CARACTERÍSTICAS E ASPECTOS DOS MODOS DE CONSTITUI- ÇÃO DAS FISSURAS EM ALVENARIA Para Eldridge (1982), as fissuras são concebidas no momento em que as cargas influentes ultrapassam a capacidade rígida da estru- tura requerida. São causadas por tensões de tração e têm direção ortogonal à direção do esforço de tração atuante. Tensões de tração podem ser originadas em es- forços ortogonais de compressão, esforços de cisalhamento ou tração direta. Os materiais de construção e elementos construtivos apresentam movimen- tações por variação de volume causadas por esforços internos ou externos. Restrições a estas movimentações podem causar tensões internas nos ele- mentos construtivos que resultam em fissuras. (MAGALHÃES, 2004, p. 35) Conforme Brink Industry association (1991), em uma obra exis- tem relevantes interelações entre os seus vários elementos integrantes capazes de propagar movimentos e esforços de alguns para os outros. Desta forma, uma movimentação aceitável em uma artefato construtivo de metal, por exemplo, pode ocasionar movimentações inapropriadas em uma parade constituída em alvenaria de justaposição, manifestando fissuras. O contanto frequentemente presente entre parede e estrutura 15 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S de concreto com armação é, possívelmente, a mais relevante razão das fissuras em elementos construtivos, como as paredes de alvenaria. Conforme podemos observar na figura 1, Magalhães (2004) abor- da que as fissuras em paredes de alvenaria podem ser ocosionadas pelo movimento da própria parede ou de outros artefatos construtivo, tais como: Figura 1 – Elementos construtivos Fonte: (AUTORA, 2021). Segundo Massetto; Sabbatini (1998), diversos podem ser os motivos de movimentos em artefatos contrutivos capazes de causar fis- suras nas paredes de alvenaria, de acordo com a ilustração a seguir. 16 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 2 – Elementos construtivos Fonte: (AUTORA, 2021). De acordo com Eldridge (1982), as fissuras em elementos de alvenaria podem expor-se de distintas maneiras. Acontencendo em ân- gulo de 90° à orientação das cargas de tração influentes, surgem em paredes de alvenaria sob aparência de fissuras de direção, principal- mente verticalizada, horizontalizada ou inclinada. Segundo Molinari Neto (1990), as juntas de argamassa agem como categorias de fragilidade e, conforme a orientação da somatória das forças empregada e da direção das juntas em associação a esta resultante, as fissura têm a possibilidade de configurar-se em segmento majoritariamente reto, por descontinuidade dos compontes integrantes da alvenaria, ou em linha segmentada, seguindo a inteface entre o es- paço regula da junta de argamassa e o elemento, e pelas carcterísticas das peças sob tracionamento. Os componentes de alvenaria e as juntas de argamassa são os princípais elementos constituintes das alvenarias e, por sua condição de pétreos, apre- sentam uma baixa resistência aos esforços de tração. Por esse motivo, a ruptura de elementos de alvenaria costuma produzir-se segundo superfícies normais à rede de esforços de tração atuante, conforme se justifica na teoria e conceitos da elasticidade. As paredes de alvenaria, no entanto, possuem comportamento resistente ortotrópico, em função de sua execução artesanal 17 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S e qualidade dependente da mão-de-obra. (MAGALHÃES, 2004, p. 36) O significado da palavra “ortotropia”, que foi mencionada pelo autor subescrito, confome o MeuDicionário.org (2021), pode ser enten- dido visualizando a figura abaixo. Figura 3 – Significado do vocábulo “ortotropia” Fonte: (AUTORA, 2021). Thomaz (1989) relata elementos construtivos, como paredes de alvenaria uniforme, com significativa ligação entre a junta da arga- massa e os constituintes da alvenaria que tem uma tendência em exibir fissuras, cuja aparência responde aos conceito teóricos, principalmente retas e ortogonais à orientação das cargas de tração (figura 4). No caso de paredes compósita ou herogênea, com pouca aglu- tinação entre junta e elementos, visam dispor fissuras nesta inferface, reproduzindo linhas segmentadas ou seguindo as fiadas, alterando o sistema comum de fissuração (figura 5). 18 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 4 – Fissuras normalmente visualizadas em paredes homogêneas Fonte: (MAGALHÃES, 2004). Figura 5 – Fissuras normalmentevisualizadas em paredes heterogeneas Fonte: (MAGALHÃES, 2004). Classificação das Fissuras Segundo Magalhães (2004), as fissuras identificadas em elemen- tos construtivos, como paredes de alvenaria, podem ser apontadas segun- 19 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S do distintos parâmetros, conforme podemos observar na ilustração abaixo. Figura 6 – Classificação das fissuras Fonte: (AUTORA, 2021). Classificação das Fissuras Conforme a Abertura De acordo com Duarte (1998), as fissuras podem ser conside- ras, em conformidade com a sua abertura, como demonstra a figura 7. Figura 7 – Classificação das fissuras segundo sua abertura Fonte: (AUTORA, 2021). Duarte (1998) menciona que outros pesquisadores apontam distintas escalas, também conforme a sua abertura, como podemos ob- servar na figura a seguir. 20 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 8 – Escalas de fissuras segundo sua abertura Fonte: (AUTORA, 2021). De acordo com Magalhães (2004), “além disto, fissuras com aberturas inferiores à 0,1mm são chamadas capilares e consideradas insignificantes, não causando prejuizos à durabilidade das edificações”. Classificação das Fissuras Conforme a Atividade Segundo Duarte (1998), a classificação das fissuras ativas e inativas, de acordo com a sua atividade, pode ser obsevada nas ilustra- ções 9a e 9b abaixo. Figura 9a – Classificação das fissuras ativas segundo sua atividade Fonte: (AUTORA, 2021). 21 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 9b – Classificação das fissuras inativas segundo sua atividade Fonte: (AUTORA, 2021). Classificação das Fissuras Conforme o Formato Para Duarte (1998), ao classificar as fissuras através de sua forma, é possível reconhecer que existem as isolada e as dissemina- das, como se podemos ver na figura a seguir: Figura 10 – Classificação das fissuras segundo sua forma Fonte: (AUTORA, 2021). 22 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Classificação das Fissuras Conforme as Causas Thomaz (1989) emprega a classificação de fissuras de acordo com o seu fenômeno originador, que tem a possibilidade de ser associa- das da seguinte maneira apresentada na figura abaixo. Figura 11 – Classificação das fissuras segundo as causas Fonte: (AUTORA, 2021). Classificação das Fissuras Conforme a Direção Eldridge (1982) relaciona as fissuras em concordância com a sua direção da seguinte forma, como é retratada na figura a seguir. Figura 12 – Classificação das fissuras segundo a direção Fonte: (AUTORA, 2021). 23 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Magalhães (2004, p. 40) comenta que “por sua simplicidade, a classificação de fissuras segundo a sua direção é apropriada para análise prévia de fissuras, como parte de um processo de diagnóstico”. ORIGEM DA UMIDADE NAS EDIFICAÇÕES Souza (2008) enfatiza que, no setor da construção civil, as fa- lhas mais recorrentes são causadas pela penetração de água ou por causa da disposição de manchas de umidade. Essas falhas geram com- plicações muito graves e de complexas soluções, como: - Malefício de cunho funcional da construção; - Descomodidade dos usuários e, em situações extremas, os mesmos podem prejudicar à saúde de alguns moradores; - Panes em equipamentos e bens existentes nos interiores das construções; - E várias perdas financeiras. As incoveniências da umidade podem se evidenciar em vários elementos das construções, conforme podemos observar na figura abaixo. Figura 13 – Elementos das edificações Fonte: (AUTORA, 2021). De acordo com Verçoza (1991), a umidade não é somente uma manifestação patológica, ela atua inclusive como um modo fundamental para que uma significativa parte das patologias em edificações aconte- ça. Conforme ilustrado abaixo: 24 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 14 – Patologias das construções Fonte: (AUTORA, 2021). Na figura 15, podemos observar algumas origens das umida- des nas edificações, segundo Verçoza (1991). Figura 15 – Origens de umidade na construção civil Fonte: (AUTORA, 2021). Segundo Verçoza (1991), a umidade proveniente da execução da edificação é aquela imprescindível para a obra, porém que vai desa- parecendo ao longo de um período de seis meses. Elas estão presentes no interior dos poros dos insumos com as águas usadas para a confec- ção de concretos e também argamassas, pinturas, dentre outros. 25 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Ao se referir à umidade por capilaridade, Verçoza (1991) enfa- tiza que é devido à umidade que vem subindo do solo que se encontra úmido. Souza (2008, p.9): Ela ocorre nos baldrames das edificações, devido às próprias condições do solo úmido, assim como a falta de obstáculos que impeçam a sua progres- são. Também ocorre devido aos materiais que apresentam canais capilares, por onde a água passará para atingir o interior das edificações. Têm-se como exemplos destes materiais os: - blocos cerâmicos; - concreto; - argamassas; - madeiras, etc. A chuva é o agente mais comum para gerar umidade, tendo como fatores Importantes: - a direção e a velocidade do vento, - a intensidade da precipitação, - a umidade do ar e fatores da própria construção (impermeabilização, poro- sidade de elementos de revestimentos, - sistemas precários de escoamento de água, dentre outros). Este tipo de umidade pode ocorrer ou não com as chuvas. O simples fato de ocorrer precipitação, não implica em patologias de umidades com esta causa. Ao se tratar da origem por causa dos vazamentos de redes hidráulicas, Verçoza (1991) menciona que é complexo o reconhecimen- to da localização e também de sua reparação. Isso acontece porque estes vazamentos normalmente se encontram encobertos pela edifica- ção, sendo bastante prejudicial para a expectativa de desempenho do empreendimento. Quanto à umidade de condensação, Verçoza (1991) dispõe uma maneira significativamente distinta das outras já abordadas, visto que a água já está presente no ambiente e se depõe na superfície da estrutura, e não se encontra mais infiltrada. Na tabela a seguir, dispõe-se o elenco das origens com as localizações com possibilidades de serem vistas. 26 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 16 – Origem da umidade nas edificações Fonte: (SOUZA, 2008). Umidade ou Infiltração na Cobertura No ponto de vista de Verçosa (1991), a umidade gerada por infiltrações nos telhados das construções tem como uma das fontes provedoras as águas pluviais. Isto é em razão das telhas de coberturas trazerem muitos vazamentos na sistematização de fluxo dessas águas das chuvas. Vazamentos na Rede Pluvial De acordo com Verçoza (1991), são muito corriqueiros “os va- zamentos em calhas, condutores, algerozes” e os demais elementos que são empregados com a intenção de se captar as águas pluviais. Estes vazamentos são mostrados por meio de manchas na forração ou 27 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S paredes que se localizam abaixo, e também com as goteiras. Nesse tipo de vazamento, a localização, a identificação e o diagnóstico deste defeito são muito simples, podendo ser feito através de uma inspeção visual logo após uma chuva. Através de um teste pode-se constatar o problema sem a presença de chuva. Para isso basta dividir a calha em trechos com buchas de pano e papel for- mando barreiras, represando a água. Em seguida, se enche cada trecho de uma vez, observando possíveis vazamentos e a causa dos mesmos. Caso fi- que verificado que o motivo são soldas incompletas ou danificadas, a soluçãoserá uma nova solda no local. Para garantir uma maior segurança, é aconse- lhável acrescentar uma cinta envolvendo a parte que estava com vazamento. A ferrugem de pregos pode causar furos nas calhas. Nesta situação, uma nova solda pode não trazer resultado. Aconselha-se a efetuar a troca de toda a peça. (SOUZA, 2008, p.11) Segundo Souza (2008), há um tipo de vazamento nos siste- mas de calhas que não é inspecionado com este tipo de teste confor- me mencionado acima. Neste caso, ocorre porque a seção do trecho é insuficiente. Desta maneira, na ocorrência de chuvas intensas, vai transbordar a água. De acordo com Souza (2008), o problema da identificação des- te tipo de vazamento é pela questão de ocorrer somente com fortes chuvas, que não é tão frequente assim, dependendo da localidade. Para Souza (2008), o interessante para solucionar essa situ- ação é a substituição do elemento inteiro por outro que disponha de maior seção, já que este é capaz de suportar um maior volume de água. Para se estabelecer o adequado tamanho da seção é preciso empregar os cálculos exatos do sistema hidráulico. Em média, quando se tem um caimento de 1%, a seção útil da peça (calha) deverá possuir no mínimo a 1 cm² de seção por m² de projeção horizontal do telhado, mas levando em consideração situações que podem requerer outros valores, principalmente porque para áreas pequenas o valor é pouco e para áreas grandes é excessivo. (SOUZA, 2008, p. 12) Conforme Souza (2008), é comum situações que podem acon- tecer em que o caimento se situa contraposto, ou ainda com bacias de acumulamento. Esses cenários retratados também terão como decor- rência, em chuvas intensas, o escoamento extravasado de água. Na tabela abaixo são retratadas as principais localidades de vazamento e em que etapa foi originada a inconveniência, bem como sua razão e manifestação. 28 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Tabela 1 – Vazamento pela cobertura Fonte: Adaptado, (SOUZA, 2008) 29 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S TREINO INÉDITO QUESTÃO 01 O que podemos afirmar com a análise de problemas de fissuração em paredes de alvenaria? a) é um fenômeno de origem em incorreções técnicas objetivas. b) esse tipo de patologia não ocorre atualmente em nenhuma edificação. c) a patologia em questão não interfere no desempenho de fachadas das construções. d) a patologia mencionada no enunciado não afeta no desempenho nas paredes internas das edificações. QUESTÃO 02 Escolha a melhor opção abaixo de acordo com o enunciado. As fissuras são manifestações recorrentes de patologia nas constru- ções e tem possibilidade de intervir: a) na durabilidade e nos aspectos da estrutura da edificação. b) na estética e nos aspectos da estrutura da edificação. c) na estética, na durabilidade e nos aspectos da estrutura da edificação. d) na estética, na durabilidade. QUESTÃO 03 Qual das alternativas está correta? Magalhães (2004) aborda que as fissuras em paredes de alvenaria podem ser ocosionadas pelo movimento da própria parede ou de outros artefatos construtivo, tais como: a) lajes, dentre outros, exceto os elementos constituintes das funda- ções. b) vigas, dentre outros, exceto os componentes diversos da cobertura. c) pilares da estrutura do concreto armado, dentre outros, exceto os pisos. d) lajes, vigas ou pilares da estrutura do concreto armado, entre outros. QUESTÃO 04 Escolha uma das alternativas para responder ao enunciado. Com relação a origem das umidades nas edificações, quando a origem é trazida por capilaridade, está presente: a) na execução do concreto. b) na terra através dos lençóis freáticos. c) na execução de pintura. d) na execução da cobertura. 30 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 05 Escolha a alternativa correta com relação à umidade proveniente da execução da edificação, aquela imprescindível para a obra, po- rém que vai desaparecendo ao longo de um período de: a) dez anos. b) cinco anos. c) dois anos. d) seis meses. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE O Setor da construção civil vem se atentando em realizar obras com um baixo índice de imperfeições em curto prazo, isso se dá pela necessi- dade no mercado, já que o setor tem buscado constantemente novas tecnologias, inclusive para serem implementadas em construções mais simples, além da melhoria na compatibilização de projetos, o que torna construções mais inovadoras e adequadas para cada tipo de utilização. Ainda com a globalização de informações para a excelência, tanto no planejamento quanto na execução das obras, ocorrem diversas mani- festações patológicas que apresentam uma significativa insatisfação no período de utilização da edificação. NA MÍDIA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO: ESTUDO, ANÁLISE E DIAGNÓS- TICO NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO DE UMA CONSTRUÇÃO CIVIL RECENTE A cada dia que se passa mais manifestações patológicas se encontram presentes em uma edificação. Estas que poderão ser ocasionadas pe- las mais variadas circunstâncias, a patologia é vista como uma enfermi- dade que se constitui em uma construção com a tendencia de deteriorar a mesma. Seja em curta ou larga dimensão, a existência de patologias exige uma significativa atenção direcionada a ela. Fonte: Repositório UNIS.edu Data: 18 nov. 2020. Leia a notícia na íntegra: http://repositorio.unis.edu.br/bitstream/pre- fix/1414/1/Ricardo%20Luiz%20Pereira.pdf Acesso em: 16 de jun. 2021. NA PRÁTICA Na área da Engenharia Civil, as edificações estão sujeitas a ocasionalida- des. Devido ao fato de se encontrarem expostas ao ambiente, têm a possi- bilidade de se danificar ao longo do tempo ou também por uma falha cons- trutiva. As obras na construção civil, ainda que possuam uma significativa 31 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S durabilidade, não dispõem de um ciclo de vida eterno. Além de que, deter- minadas condições intervêm de maneira direta para a minimização deste ciclo de vida útil. Com a intensão de não diminuir os lucros, as construtoras de obras obrigaram-se, então, a se adequar às inovações tecnológicas. Neste cenário, a conveniência de entender manifestações patológicas no setor da Engenharia Civil se tornou de fundamental importância para alcan- çar gradativamente menores danos nas futuras edificações. PARA SABER MAIS Título: Principais patologia estruturais e atuais metodologias de controle na construção. Data da publicação: 2019 Fonte: Título: Estudos das causas e consequências das principais patologias identificadas nas atividades de impermeabilização em obras de cons- trução civil. Data da publicação: 2020 Fonte: 32 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S DEFINIÇÕES E CAUSAS DAS PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES EM REBOCOS TRADICIONAIS No momento da realização do projeto, os erros, como a es- colha de materiais não compatíveis com as necessidade de uso e as falhas técnicas por exemplo quando os profissionais não estão habilita- dos com a metodologia de execução, ou ainda os reponsavéis pela obra deixam de controlar adequadamente o processo da produção, podem provocar o deslocoamento de reboco e piso. DESLOCAMENTO DE REBOCO E PISO P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S 32 33 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Eflorescências e Criptoflorescências De acordo com Leal (2009), as Eflorescências e Criptoflores- cências são transpirações provenientes de sais minerais solúveis em H20, que se identificam pela geração de uma substância de aspecto cristalino ou filamentoso, frequentementede cor branca e que emerge à superfície, transformando a aparência do revestimento. Figura 17 – Eflorescência na parede Fonte: (ISTOCK. 2021) Segundo Leal (2009), a aquosidade, a presença de sais solúveis nos materiais integrantes do revestimento ou na sustentação, a pressão hidrostática para carregar os sais desfeitos para a superfície, que depois de um tempo de secagem, formam cristais, são as circunstâncias impres- cindíveis para que se realize esta manifestação patológica. Os carbonatos de cálcio e magnésio, os sulfatos de cálcio, magnésio, sódio e potássio, os cloretos de cálcio, potássio e magnésio; os nitritos e os nitratos de potássio, sódio e amónio são os tipos de sais solúveis que podem causar as patologias referidas. As eflorescências surgem quando a cristalização dos sais se efetua na su- perfície exterior do revestimento. As criptoflorescências acontecem quando a cristalização dos sais ocorre an- tes de estas chegarem à superfície nos poros e nos vasos capilares dos materiais. (LEAL, 2009, p. 6) Perda de Aderência Para Leal (2009), a perda de aderência entre o reboco e a sua 34 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S base ou entre os estratos de reboco podem ocorrer por meio da desa- fixação, da proeminência ou do destacamento no material do reboco. A desafixação é reconhecida no momento em que no reboco sujeito à percussão se escuta uma sonorização cava, desempenhado pelo dis- tanciamento do reboco parcialmente a sua base. De acordo com Leal (2009), a proeminência corresponde a loco- moção do reboco em conjunto, saliências em pontos localizados da sua superfície. O destacamento é evidenciado pela divisão permanente do re- boco com referência ao seu suporte. A desafixação do reboco com relação a seu encosto ocorre pelo fato da perda de aderência do reboco à base. A perda de aderência pode ter origem na falta de rugosidade do suporte, na sujidade do suporte, na falta de humedecimento conveniente do suporte, no excesso de água na amassadura, no pouco doseamento de ligante na arga- massa de revestimento e na aplicação do chapisco em condições atmosféri- cas desfavoráveis como calor excessivo que provoca a evaporação rápida da água da amassadura antes do ligante hidratar e ganhar presa e a espessura excessiva do reboco. (LEAL, 2009, p. 6 e 7) Segundo Leal (2009), a desafixação entre os estratos de re- boco convencional poderá ter início nas disposições climáticas não fa- voráveis, a desconsideração pelos tempos mínimos de cura entre as aplicabilidades das consecutivas camadas, o descumprimento da de- gressividade da proporção em ligante desde a camada inicial até à final empregada e falta de rugosidade da superfície da camada anterior. Leal (2009) afirma ainda que a desafixação do reboco pode ter como princípio a existência duradoura de água no fulcro, o que de- sencadeia a formação de cristais de sais expansivos presentes entre o reboco e a sustentação, que ao expandirem propiciam descolamento do reboco. “O destacamento é causado por movimentos diferenciais entre o suporte e o reboco, dando origem a rotura por corte da ligação entre os mesmos”. (LEAL, 2009, p.7) Figura 18 – Destacamento da camada de reboco Fonte: (LEAL, 2009). 35 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Biodeterioração De acordo com Leal (2009), a biodeterioração é uma manifes- tação patológica presente na superfície dos revestimentos, ocasionada por alguns organismos ou microrganismos provenientes de vidas: - determinados animais ou até mesmo alguns vegetais; -alguns tipos de musgos; - associações mutualísticas com os líquens; - seres vivos do Reino Protistas como as algas; - organismos heterotróficos como os fungos; quer pela sua presença, quer pela agressão dos mesmos ou eliminação de elementos do seu metabolismo. Nas fendas e cavidades existentes nos revestimentos, os microrganismos depositam-se e multiplicam-se. A falta de ventilação, a presença prolongada de humidade, a iluminação, o pó e a sujidade agravam a proliferação dos microrganismos na superfície dos revestimentos contribuindo para a sua de- gradação. (LEAL, 2009, p. 8) Figura 19 – Biodeterioração da camada de reboco Fonte: (LEAL, 2009). 36 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Perda de Coesão ou Desagregação Conforme Leal (2009), a perda de coesão ou desagregação é definida pela falta de junção entre os ingredientes do reboco, tornando- -o um material vulnerável e propício à desintegração pelo fato da signi- ficativa extinção das partículas que o constituí. De acordo com Leal (2009), este tipo de manifestação patológica da construção civil pode ocorrer pelo fato de um reboco estar enfraque- cido bem como em algumas circunstâncias retratadas na figura abaixo. Figura 20 – Possíveis causas na camada do reboco que geram perda de coesão ou desagregação Fonte: (AUTORA, 2021). Erosão Segundo Leal (2009), a erosão corresponde ao desmorona- mento, por degradação, do reboco, com eliminação de parte do seu material ou transformação da sua superfície. A patologia na superfície do reboco, tem origem na ação de: - agentes atmosféricos, - esforços mecânicos, - perda de coesão do reboco, - água infiltrada no interior dos poros superficiais do reboco conduzindo a micro-fissuração no interior e posteriormente à erosão. (LEAL, 2009, p. 9) 37 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S REBOCOS TRADICIONAIS FENDILHAÇÃO Para Leal (2009), sobre os elementos construtivos denomina- dos revestimentos de paredes se pode afirmar que são normalmentes um dos primeiros constituintes das edificações sujeitas a um desgas- te perceptível, consequente da exposição aos impactos mecânicos e ações de intempéries. Segundo Leal (2009), as argamassas convencionais utilizadas em revestimentos de paredes exibem uma grande sensibilidade de desempe- nho, considerando a sua composição, estrutura e estado de superfície das sustentações onde estão empregados e ao meio no qual se adentram, sen- do capaz de conceber patologias variadas, dentre as quais a fendilhação. De acordo com Leal (2009), a fendilhação é uma manifestação patológica considerada não estrutural, muito recorente, que se verifica nas camadas de rebocos de paredes. Esta patologia, quando encontra- da especialmente nos rebocos de paredes externas, mantém a capaci- dade do revestimento, possibilitando o infiltramento de água por meio de fendas, prejudicando “o conforto termohigrométrico, a estética e a durabilidade dos parmentos”. (LEAL, 2009, p. 11) Conforme Leal (2009), a fendilhação é uma ruptura visível, lo- calizada, que aparece constantemente que as ações atuantes que os revestimentos estão submetidos vão além de sua capacidade de soli- dez. Na figura a seguir visualizamos estas referidas ações atuantes. Figura 21 – Ações atuantes que os rebocos estão sujeitos Fonte: (AUTORA, 2021). Para Leal (2009), o potencial dos rebocos suportarem as in- tervenções influentes depende das peculiaridades dos materiais, dos ingredientes que os compõem, da forma de execução, da estrutura e 38 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S condição da base em que são empregados e do desempenho dos ma- teriais no meio ambiente em que estão postos. A fendilhação de argamassas tradicionais de revestimento de paredes é uma das patologias mais difíceis de avaliar e controlar devido à sua dependência de vários fatores e à complexidade dos fenómenos envolvidos. Aos fenômenos da fendilhação estão associadas diversas causas que se podem relacionar com determinadas tipologias, cujo conhecimento tem como objetivo uma reparação adequada e minimizar uma nova ocorrência de fen- dilhação. (LEAL, 2009, p. 11) Caracterização da Fendilhação Os critérios, segundo Leal (2009), queidentificam uma tipolo- gia de fendilhação podem ser avistados na figura abaixo. Figura 22 – Ações atuantes que os rebocos estão sujeitos Fonte: (AUTORA, 2021). De acordo com Leal (2009), com a finalidade de esclarecer o motivo que deu início a uma específica tipologia de fendilhação no reboco convencional, é preciso realizar uma descrição geral, quando praticável a fendilhação, levando em consideração os seguintes tópicos descritos na figura a seguir. 39 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 23 – Aspectos das fendilhações Fonte: (AUTORA, 2021). Variação de Umidade dos Materiais A argamassa é uma mistura de um tipo de aglomerante (ci- mento), agregado miúdo (areia), água e em alguns casos aditivo. Uma das empregabalidades das argamassa, podemos citar, é a junção entre blocos de concreto ou blocos cerâmicos, As argamassas de revestimento, bem como o tijolo cerâmico, apresentam uma estrutura porosa que permite trocas permanentes de humidade com o ambiente onde estão inseridos. As trocas de humidade provocam alterações de volume, expansões e con- trações que no caso de existirem barreiras a impedir essas movimentações, criam tensões que originam fendilhações. (LEAL, 2009, p. 18) Na ilustração abaixo, podemos observar um exemplo de aber- turas de pequenas fendas próximo ao vão da janela de uma edificação. 40 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 24 – Fendilhação de reboco por expansão da parede Fonte: (LEAL, 2009). Segundo Leal (2009), a dilatação, por crescimento do teor de umidade, só ocasiona fendilhação significativa em paredes não enclau- suradas, em fachadas-cortina com suportes e grampeamento inapro- priados ou em componentes construtivos limítrofe, nomeadamente, em paredes ortogonais, aquelas em que se encontra a expansão. Figura 25 – Fendilhação de reboco pela variação do teor de umidade dos materiais Fonte: (LEAL, 2009). A fendilhação apresentada na Figura 25 segue o traçado das juntas, se os tijolos apresentam uma resistência à tração elevada e a argamassa é mais fraca. A fendilhação é vertical, podendo mesmo atravessar os tijolos, se estes têm uma baixa resistência à tração. Figura 26. (LEAL, 2009, p. 19) Uma das propriedades necessárias que o bloco cerâmico, ou mais conhecido popularmente com tijolo, tem é a resistência à tração, 41 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S essa é imprecindível que esteja dentro dos valores esperados para evi- tar as patologias ilustradas nos exemplos a seguir. Figura 26 – Fendilhação de reboco pela variação do teor de umidade dos materiais com reduzida resitência à tração Fonte: (LEAL, 2009). A ilustração abaixo representa uma patologia encontrada em determinados tipos de elementos estruturais, como é o exemplo dos pi- lares de uma edificação que estão comprometidos devido à fendilhação do reboco. Figura 27 – Fendilhação de reboco pela variação do teor de umidade dos materiais junto aos pilares Fonte: (LEAL, 2009) Nas ilustrações 10 e 11, paredes de enchimento de sustenta- ções retiformes, a fendilhação é perceptível ao centro das paredes ou adjacente aos pilares. 42 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 28 – Fendilhação de reboco nos cantos de uma abertura Fonte: (LEAL, 2009). Na Figura 29, “observa-se fendilhações em zonas singulares, nos cantos de aberturas e nas zonas sujeitas a um aquecimento dife- rencial”. (LEAL, 2009, p. 20) Figura 29 – Fendilhação de reboco ocasionada pela tranferência de umidade do solo para a parede (ilustrativa) Fonte: (LEAL, 2009). Podemos observar através da foto abaixo fendas no reboco, que tiveram origem pela presença de água vinda do solo e que atingiu a parede de alvenaria. 43 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 30 – Fendilhação de reboco ocasionada pela tranferência de umidade do solo para a parede (in locu) Fonte: (LEAL, 2009). Na situação ilustrada a seguir, conseguimos verificar que a fendilhação ocorrida no reboco é causada pela distribuição inadequada das forças dos elementos construtivos. Figura 31 – Fendilhação de reboco ocasionada pela concentração excessiva de esforços Fonte: (LEAL, 2009). SISTEMA DE PISO DE REVESTIMENTO CERÂMICO Segundo Melo (2020), o sistema de piso configurado com re- vestimento cerâmico é constituído por alguns estratos fundamentais: - base de contrapiso, - camada de fixação e - revestimento de acabamento. 44 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Esse sistema precisa ter um desempenho monolítico aglutina- do ao solo quando incorporados em edificações térreas ou a estruturas em construções que apresentem mais do que dois pavimentos. O cená- rio pode ser observado na figura abaixo. Figura 32 – Sistema de pisos Fonte: (MELO 2020). Segundo Melo (2020), o contrapiso tem atribuições, como base para a colagem de revestimentos e outros objetos, normalização do ali- cerce para inserção do piso e diferença de níveis entre ambientes. Melo (2020) enfatiza o que se relaciona ao contrapiso na etapa de execução, além do traço perfeito, é preciso que o insumo cimentício seja adequadamente hidratado para que não ocorra o esfarelamento após a se- cagem, com esforços causados através das pisadas dos operários ou ob- jetos pontudos. Ainda mais fundamental é a secagem bem realizada para assegurar o endurecimento correto do aglomerante hidráulico (cimento). Para Melo (2020, p.3), “esta camada deve oferecer trabalha- bilidade, aderência, capacidade de absorver deformações e uma maior resistência mecânica.” De acordo com Fantini (2010), a camada do contrapiso é o ponto central do revestimento, porque se a marca de resistência for excedida pelas cargas presentes, ocorre a remoção das placas ou até mesmo a deslocação da faixa de contrapiso. As placas cerâmicas por fim são componentes do sistema estrutural que são assentadas sobre uma terceira camada, são o componente principal, sendo a camada mais externa do sistema. As placas cerâmicas apresentam uma capacidade de absorção de água através da extrusão tipo(a) e prensagem tipo (b). Abaixo segue uma classificação genérica em função da capacidade de absorção de água. (MELO, 2020, p. 3) 45 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 33 – Correção entre o processo produtivo e a absorção da peça cerâ- mica Fonte: (MELO 2020). Patologias nos Pisos Para Melo (2020, p.5), as patologias em pisos de revestimentos cerâmicos acontecem por diversos fatores. Os mais corriqueiros “são des- tacamentos, trincas, fissuras, gretamentos, eflorescência e deterioração das juntas”. Geralmente, as manifestações patológicas mais percebidas em revestimentos provenientes de peças cerâmicas são denominadas de deslocamento, e são frequentemente as mais severas, podendo oferecer riscos aos usuários e danos das funcionalidades do revestimento. Essas patologias ocorrem por diversas razões, as mais comuns são por falta de projeto bem elaborado que define as características dos revestimentos a serem inseridos no seu devido local, falta de qualidade da mão de obra do profissional que assenta a placa, na regularização correta do contrapiso, no preparo e fixação correta e bom estado de conservação da argamassa. (MELO, 2020, p. 5) De acordo com Medeiros e Sabattini (1999), as fissuras e os deslocamentos nos revestimentos são manifestações patológicas que decorrem de uma somatória de condições, ocasionando da dissemina- ção de fissuras que surgem nas suas áreas de interação com a estrutu- ra, ausência de argamassa na execução do assentamento, inexistência de juntas de controle, camada de emboço praticamente sem reforço, preenchimentoinapropriado das juntas de colocação e falta de atenção com as limitações de tempo aberto dos insumos de assentamento. 46 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Destacamentos Conforme Fontenelle (2004), os destacamentos acontecem quando deixa de apresentar aderência às peças cerâmicas ou da ar- gamassa colante, deste modo o tensionamento nos revestimentos ex- cedem o potencial de aderência entre a camada de contrapiso com a argamassa e o revestimento cerâmico. De acordo com Fontenelle (2004), um dos primeiros aponta- mentos que manifesta esse tipo patológico é a som cavo nas peças quando percutidas e o inchaço da faixa de acabamento. A figura a se- guir retrata um exemplo de destacamento. Figura 34 – Destacamento Fonte: (MELO 2020). Segundo Melo (2020), essa manifestação patológica acontece frequentemente nos andares iniciais e finais das construções, por en- contrar uma grande tensão nestas localidades. O destacamento destas regiões pode ser rápido ou não, sendo suscetíveis a acidentes envol- vendo pessoas que transitam por lá. Por esse motivo “essa patologia é uma das mais sérias e perigosas aos moradores”. (MELO, 2020, p. 5) 47 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S TREINO INÉDITO QUESTÃO 01 As ____________ surgem quando a cristalização dos sais se efetua na superfície exterior do revestimento. a) Fissuras. b) Eflorescências. c) Trincas. d) Rachaduras. QUESTÃO 02 A __________ é reconhecida no momento em que no reboco sujei- to à percussão se escuta uma sonorização cava. a) Desafixação. b) Eflorescências. c) Trincas. d) Rachaduras. QUESTÃO 03 A ___________ é uma manifestação patológica presente na super- fície dos revestimentos, ocasionada por alguns organismos ou mi- crorganismos. a) Fissuras. b) Eflorescências. c) Trincas. d) Biodeterioração. QUESTÃO 04 A ___________ corresponde ao desmoronamento, por degradação, do reboco, com eliminação de parte do seu material. a) Fissuras. b) Eflorescências. c) Erosão. d) Biodeterioração. QUESTÃO 05 A _________ de argamassas tradicionais de revestimento de pa- redes é uma das patologias mais difíceis de avaliar e controlar, devido à dependência de vários fatores e à complexidade dos fe- nômenos envolvidos. a) Fendilhação. b) Eflorescências. 48 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S c) Erosão. d) Biodeterioração. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE As manifestações patológicas presentes são inúmeras e podem ter vá- rias origens. O cenário de patologias é bastante corriqueiro. Algumas delas são naturais, ou seja, aparecem ao longo do tempo e da utiliza- ção das edificações, enquanto outras, surgem em decorrência de erros construtivos ou de elaboração de projeto. Uma construção com patolo- gia pode ser desconfortável, gerando um incômodo visual e até mesmo psicológico. Além disso, é necessário gastos para reparos que podem ser mais desconfortantes ainda. Sobre o enunciado, comente acerca da temática mencionada e a sua aplicação. NA MÍDIA PATOLOGIA EM REVESTIMENTO: APLICAÇÃO CONVENCIONAL DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA COM GESSO EM CONSTRU- ÇÃO CIVIL Levando em consideração que as camadas de reboco ou emboço como inclusive é chamado, trata-se de uma espécie de revestimento que irá estabelecer o acabamento de uma edificação e se emprega a qualquer atividade de construção. De acordo com os especialistas e profissionais da Engenharia Civil e Arquitetura, corresponde-se de um dos compo- nentes mais relevantes da obra, já que o revestimento é a aparência explícita da edificação. Fonte: Núcleo do conhecimento Data: 09 mai. 2019. Leia a notícia na íntegra: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/en- genharia-civil/revestimento-de-argamassa Acesso em: 14 de mai. 2021. NA PRÁTICA É imprescindível que os profissionais que irão desempenhar o papel dire- tamente na execução de assentamento de revestimentos com argamassa sejam habilitados e se encontrem preparados para respeitar as normas de especificação, já que, nos dias atuais, elas dispõem de vários subterfúgios para evitar manifestações patológicas. Ela menciona sobre a indispensa- bilidade das juntas de dilatação e de que maneira precisa ser realizado o reboco de paredes ou pisos internos e externos, por exemplo. Depois disso, é fundamental ter um procedimento bem estabelecido, de que forma executar e inclusive é preciso atentar-se especialmente à manutenção. 49 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S PARA SABER MAIS Título: Revestimento de Argamassa. Data da publicação: 2021 Fonte: Título: Levantamento das patologias de um edifício histórico na cidade de Pombal/PB: Escola estadual de ensino fundamental João da Mata. Data da publicação: 2019 Fonte: 50 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S CARBONATAÇÃO De acordo com Silva (2016), as patologias das edificações são mencionadas como um campo da engenharia que analisa os indícios, prin- cípios e razões das “doenças” que têm a possibilidade de ocorrer nas cons- truções. A palavra patologia quer dizer algum tipo de anomalia em área ou determinado material. Seria um defeito que foi ocasionado por algum pro- blema não detectado em projeto ou até mesmo na realização da obra, ten- do a possibilidade de impactar a estética e inclusive a segurança do imóvel. Segundo Sousa e Gomes (2018), as investigações das mani- festações patológicas são de extrema relevância, pois a construção pode apresentar uma aparência desconfortável, e intensificando-se pode pre- judicar a estrutura. A redução de existências de patologia minimiza custos CARBONATAÇÃO E TRINCAS P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S 50 51 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S de execução e manutenção, com a evolução de metodologias construti- vas que contribuem ao atendimento das exigências coletivas. Com o progresso da urbanização, Possan (2010) enfatiza que houve um crescimento das emissões de dióxido de carbono, também co- nhecido como gás cabônico, que podemos abreviá-lo desta maneira: (CO2) na atmosfera, impactando negativamente as estruturas de concreto nas cidades. Isso acontece por causa da profundidade de carbonatação que amplia a concentração do dióxido de carbono no ecossistema, danificando o ciclo de vida das estruturas e minimizando o tempo de duração destas. A carbonatação é um processo físico-químico caracterizado pela formação de sais de carbonato pela reação de neutralização do hidróxido de cálcio (CH) pelo gás carbônico (CO2). Na fase aquosa dos poros, ocorre a dissolução do hidróxido de cálcio, forma- do nas reações de hidratação do cimento. Por difusão, o gás carbônico penetra no concreto e se desloca através da fase aquosa do poro da matriz, se dissolvendo na solução aquosa. Por fim, temos a reação entre o gás carbônico dissolvido e o hidróxido de cálcio [Ca(OH)2] dissolvido, assim como com outros produtos carbonatáveis da pasta de cimento, formando carbonatos (CASCUDO, et al., 2011 apud SOUSA & GOMES, 2018, p.2). Como o CH é a reserva alcalina responsável por manter o pH da pasta de cimento elevado (valores superiores a 12,5), caso seja consumido na rea- ção de carbonatação, tem-se um efeito de redução do pH do concreto para valores inferiores a 8,3, e essa camada de concreto perde a capacidade de proteger quimicamente as barras de aço dos elementos estruturais (MEHTA et al., 2008 apud SOUSA & GOMES, 2018, p 2). Para Sousae Gomes (2018), quanto maior o acúmulo de dióxido de carbono no cocreto, ficará mais ácido e, por consequência, maior será seu extrato carbonatado. A agilidade com que o progresso da carbonata- ção acontece depende tanto dos estados de exposição, que induzem na propagação do gás carbônico, como também das propriedades do con- creto, que intervêm no estoque alcalino disponível e no conjunto de poros. Quanto maior o teor de CO2 no ambiente, maior será a carbonatação. A car- bonatação cresce também com o aumento da temperatura ambiente. Acrés- cimos de temperatura aumentam a mobilidade das espécies iônicas, aumen- tando a velocidade das reações químicas. A umidade relativa do ambiente influi na quantidade de água presente nos poros, a qual governa a velocidade de difusão dos gases. (SOUSA & GOMES, 2018, p 2) Poros saturados (100%) causam baixa velocidade de difusão e em poros com umidadecom 16 impactos Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). Na foto abaixo, podemos visualizar um tipo de aparelho em- pregado na realização de ensaios não destrutível para a verificação da dureza da camada de concreto endurecido. Figura 40 – Esclerômetro de reflexão Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). Resultados – Manifestações Patológicas Conforme Sousa e Gomes (2018), perante o inspecionamento visual executado na ponte, quase nenhum problema foi observado, mos- trando uma ponte em bom estado de conservação. Foram empregadas 57 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S britas juntamente com argamassa, para realizar acabamento do fluxo: Diante da inspeção visual realizada na ponte, poucos problemas foram iden- tificados, indicando uma ponte bem conservada. Foram utilizadas pedras juntamente com argamassa, para fazer acabamento da passagem do tubo da estação de água da cidade; EPS utilizado como aparelho de apoio, prática comum na época de constru- ção; (SOUSA & GOMES, 2018, p. 6) Conforme a foto a seguir, foi observado que, por causa da falta de estabilidade do nível da água, ocasionou-se a manifestação patoló- gica, denominada lixiviação na base inferior dos pilares. Figura 41 – Pedra aparente na superfície Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). Na ilustração abaixo, foi utilizado um tipo de material alternati- vo para servir como suporte. Figura 42 – EPS empregado como suporte Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). 58 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S As manchas do pilar retratadas na figura abaixo podem de- monstrar que a água sofre variação de níveis, possibilitando os proble- mas causados pela lixiviação. Figura 43 – Lixiviação no pilar Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). Ensaio de Esclerometria Metodologia aplicada para obtenção do valor próximo da resis- tência à compressão superficial do concreto no seu estado endurecido e de sua uniformidade. A execução do ensaio de esclerometria correspon- de em uma massa martelo que, arremessada por mola, colide-se com a superfície a ser ensaiada. O esclerômetro foi aplicado no sentido horizontal e antes de levá-lo a ponte, ele foi devidamente calibrado no Laboratório de Materiais da ITPAC Porto. Todos os dados foram registrados ‘in loco’ em uma planilha para depois se- rem analisados. (SOUSA & GOMES, 2018, p. 7) Uma das preocupações com o ensaio da Esclerometria é a ca- libragem do aparelho utilizado para a realização do processo, para que no momento da execução dos testes os dados encontrados possam ser o mais confiável possível. Figura 44 – Gabarito do pilar Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). 59 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Segundo Sousa e Gomes (2018), a superfície dos pilares de- monstrou ser regular pelo fato do grande perímetro dos pilares de for- mato circular e ser apropriado para o ensaio e, por estarem secas e isentos de sujeira, aumetou a exatidão dos resultados. O quadro abaixo retrata os índices esclerométricos, originados através do instrumento na aplicabilidade dos pontos executados nos pilares. Figura 45 – Esclerometria dos pilares Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). Os valores que estão com um ‘asterisco’ representam os que estão dentro da tolerância de +/- 10% da média total do grupo inteiro. Para se obter a resistência dos pilares (Mpa), foi utilizado o ábaco esclerométrico (Gráfico 1). Para detalhar melhor esse estudo de caso, será feito a média do índice esclerométrico de cada pilar, individualmente, mais detalhado no Quadro 3. (SOUSA & GOMES, 2018, p. 8) Os valores finais com relação a resistência à compressão do con- creto são normalmente obtidos através da correção do percentual esclero- métrico médio, com o auxílio do ábaco demonstrado na figura abaixo. 60 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 46 – Ábaco da aquisição do índice esclerométrico Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). No quadro a seguir, podemos observar a resistência medida em Mpa do concreto encontrado nos pilares em estudo. Figura 47 – Resistência adquirida por pilar Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). 61 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Dimensionamento da Profundidade de Carbonatação Uma das patologias do concreto, a denominada carbonatação, é desencadeada através de um composto químico corriqueiro nos gran- des centros urbanos. Foram medidas as profundidades de carbonatação e cobrimento do concreto em todos os pilares (Quadro 4). Dentre os pilares a maior profundidade car- bonatada encontrada foi de 23,75 mm no pilar 3, valor este que será usado para a correção do índice esclerométrico, uma vez que a carbonatação in- fluencia os resultados da resistência superficial pelo I.E., com a introdução do CO2 para o interior do concreto, ocorre a formação de carbonato de cálcio nos poros, o que densifica a superfície do concreto, interferindo na reflexão do esclerômetro. (SOUSA & GOMES, 2018, p. 8) Conforme se pode observar nas figuras abaixo, a carbonata- ção de alguns pontos escolhidos para a verificação desta manifestação patológica. Figura 48 – Verificação da carbonatação Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018) O quadro a seguir demonstra a profundidade em milímetros que tem uma variação de aproximadamente 16mm a pouco mais do que 23 milímetros. 62 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S Figura 49 – Profundidade da carbonatação e cobrimento do concreto Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). Podemos observar no gráfico abaixo que existe uma diferença entre os valores de carbonatação e também os valores de resitência do concretos nos diferentes pilares das investigações. Figura 50 – Profundidade e resistência superficial do concreto Fonte: (SOUSA; GOMES, 2018). De acordo com Sousa e Gomes (2018), o gráfico 2 retrata o correlacionamento entre dois ensaios executados. Verifica-se que os pi- lares de n° 2 e de n° 3 possui uma profundidade de carbonatação mais volumosa do que os pilares de n° 1 e n° 4. Pode constatar inclusive que nenhuma frente de carbonatação atingiu as armaduras. Sousa e Gomes (2018), porém, tornam-se importantes ao acom- panhamento ao longo do tempo da progressão dessa circunstância de car- 63 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S bonatação, já que, apesar da brevidade de difusão do gás carbônico mini- mizar com o passar do tempo em decorrência da densificação dos orifícios, o extrato de proteção averiguado nos pilares é somente de 1 a 2 cm. Já em relação à dureza superficial, temos maiores valores para os pilares 2, 3 e 4, onde a literatura afirma que o índice esclerométrico aumenta de acordo com aumento da profundidade de carbonatação. (SOUSA & GOMES, 2018, p. 9) Para Sousa e Gomes (2018), fazendo a utilização do modelo de Helene (1997) para a progressão da carbonatação, que associa a “espessura de cobrimento com a resitência a compressão do concre- to”, foi executável a poderação da quantidade de vida útil da estrutura de concreto, possibilitanto antever a exigência futura de influências. De acordo com a ilustração da figura 51: Figura 51 – Carbonatação/tempo/fcd Fonte: (HELENE, 1997 apud SOUSA; GOMES, 2018, p. 9). TRINCAS De acordo com Braga (2010), as trincas são mais frisadas e notáveis que as fissuras, acarretando a segmentação das partes. Po- 64 P A TO LO G IA S N A C O N ST R U Ç Ã O C IV IL - G R U P O P R O M IN A S dem apontar que determinada situação considerada de estado grave está acontecendo e, por isso, necessita de uma atenção especial dos responsáveis pelo empreedimento. Exibem aberturas de no mínimo 0,05 milímetros e de no máximo 1,5 milímetros. Figura 52 – Exemplo de trinca na alvenaria Fonte: (BRAGA, 2010). Laje de Cobertura sobre Alvenaria