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Família Retroviridae

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Mestranda: Sheyla Michele Rodakiewicz
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A família Retroviridae é composta por um grande número de vírus que podem ser encontrados em todos os vertebrados
A maioria dos retrovírus infecta células do sistema imunológico  monócitos/macrofágos e/ou linfócitos
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Retrovírus  enzima transcriptase reversa
Função:
Síntese de uma molécula de DNA  transcrição do seu genoma
Outras atividades essenciais para a replicação viral
 Evento central da multiplicação do retrovírus
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Infecções persistentes  integração da cópia do DNA viral ao genoma da célula
Etapa essencial para a expressão gênica e para a produção de progênie viral
Alguns retrovírus  indutores de tumores em humanos e animais
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Howard Temin (1970)  nobel pela descoberta da enzima RT (DNA polimerase dependente de RNA)
1º  quebra de um paradigma: transcrição só ocorria de DNA para RNA
2º  grande avanços em Biologia Molecular: utilização da RT para obtenção de DNA complementar aos RNAm
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Vírions envelopados, esféricos, 80 a 120nm
Genoma: duas moléculas idênticas de RNA de fita simples linear (diplóides)
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Nucleo/core  genoma viral condensado + nucleoproteína (Protease (PR), RT e integrase (IN))
Capsídeo cópias proteínas do capsídeo
Nucleocapsídeo (core + capsídeo) cópias da proteína da matriz
 Glicoproteínas: TM, SU
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3 genes:
Gag: MA,NC,CA
Pol: RT, IN, PR
Env: glicoproteínas TM e SU
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Genes adicionais  acessórios ou auxiliares – retrovírus complexos
Retrovírus simples  aqueles que não possuem estes genes
Função: regulação de diversas etapas da replicação viral
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Tat  não essencial
Rev  deleção impede a produção da progênie viral
Vif  codifica um fator de infectividade viral
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RT é parcialmente responsável pela variabilidade observada no genoma dos retrovírus
Taxa de erros 10³-10⁴ nucleotídeos incorporados = uma mutação em cada novo genoma produzido
Enzimas de replicação do DNA celular  taxa de erros é estimada em um em cada 10⁹
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Deltaretrovírus
HTLV-1 e HTLV-2  humano
Descrito  1871 na Lituânia
Retrovírus complexo  genes que codificam produtos acessórios como Tax e Rex - regulação da expressão gênica desses vírus
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Distribuído mundialmente
Alguns países europeus erradicaram em 1980
Brasil  amplamente distribuído
Maior prevalência no gado leiteiro  perdas 10% na produção de leite
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Infecção natural 
Infecção experimental 
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Transmissão iatrogênica:
Aplicação de vacinas  uso compartilhado de agulhas hipodérmicas
Administração de medicamentos
Toque retal, descorna, tatuação, colocação de brinco, castração
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Animais PI  via sangue (linfócitos B) 
1uL do sangue infectado de um animal com linfocitose persistente
Transmissão transplacentária  menos de 10% dos animais nascidos dessas fêmeas são portadores do vírus ao nascer
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Infecta LB  infecção persistente
Maioria das vezes assintomático  testes sorológicos
30%  LP (assintomáticos)
1 a 5%  linfossarcomas (fatal)
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Tumores:
Não está relacionada a oncogenes presentes no genoma viral
Proteína viral Tax parece ter um papel importante na sua produção
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Viremia  detectável nas 2 primeiras semanas após a infecção
Resposta sorológica  2 a 8 semanas pós-infecção
Anticorpos  contra as glicoproteínas do envelope (TM, SU) e contra as proteínas do capsídeo
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Os anticorpos são persistentes  níveis podem variar de acordo com a condição fisiológica e imunológica do animal
O provírus integrado é detectado  30% dos linfócitos circulantes
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Maior incidência entre 5 e 8 anos
Diferenciar os tumores leucose esporádica bovina (animais com idade inferior a 1 ano e não tem relação com BLV)
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Aumento generalizado de linfonodos (superficiais e internos)  superfície branco-amarelada, sem distinção entre a cortical e medular
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Proliferação das células da linhagem linfocítica
 
Infiltração maciça dessas células nos órgãos afetados
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Sinais clínicos = PRESUNTIVO
Exames histopatológicos de linfonodos superficiais obtidos por biópsia (in vivo)
Achados patológicos macro e microscópicos (pós mortem)
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Testes sorológicos:
IDGA  p24/gp51(oficial)
Animais com + 6 meses
Animais com – 6 meses (falso positivo)
Falso negativo  fêmeas prenhês
 Os AC passivos  desaparecer até os 6 ou 7 meses de idade(IDGA nesses animais deve tornar-se negativo após este período)
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ELISA
PCR  detecção do DNA proviral
Leucócitos (sangue com anticoagulante)
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Identificação dos animais soropositivos (testes sorológicos)
Descarte/separação do rebanho (marcados)
Bezerros nascidos de mães positivas  separados até 6-8 meses de idade
Monitoramento a cada 6 meses, com a qual se avalia a eficácia das medidas adotadas
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Medidas de controle:
Utilização de agulhas estéreis individuais
Utilização de luvas de palpação individuais
Lavagem e desinfecção de instrumentos cirúrgicos
Controle de insetos hematófagos
Uso de inseminação artificial
Separação dos bezerros filhos de mães positivas
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As propriedades livres do vírus devem adotar medidas para evitar a sua introdução
 Atualmente não existem vacinas disponíveis contra o BLV
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Descrita inicialmente em 1930
Caracterizado em 1960, na Islândia, em ovinos que apresentavam pneumonia progressiva e encefalite degenerativa
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Maedi e Visna = dispinéia e definhamento
Lentivírus
Juntamente com o vírus da artrite encefalite caprina  lentivírus de pequenos ruminantes
Similaridade genômica, antigênica e de apresentação da doença em caprinos e ovinos
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Ovinos
Infecção cruzada com caprinos
O vírus é excretado em secreções como partículas livres ou associado com células (monócitos e macrófagos)
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Transmissão:
Contato direto ou indireto
Equipamentos contaminados
Colostro/leite
Aerossóis *  multiplicação nos pulmões
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Evolução lenta e progressiva 
Longo período de incubação até o aparecimento dos sinais clínicos
Infecção persistente
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Patologias pulmonares  folículos linfóides  pneumonia  resposta inflamatória *
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Glândula mamária  folículos linfóides  mastite
Manifestações neurológicas  encefalite (raro)
Artrite 
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Podem levar meses ou anos para se manifestarem
Apenas uma parcela dos animais infectados desenvolve a sintomatologia
Soropositivos  30% manifestam os sinais clínicos
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SC = respiratórios *
IDGA
ELISA
Western blot
Radioimunoprecipitação
 Não há um teste padrão
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Isolamento viral  sincícios
Imunohistoquímica
Hibridização in situ
PCR/RT PCR  provirus ou genoma viral
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Identificação e segregação dos animais infectados
Não há vacina
Separação do recém-nascido da fêmea infectada, impedindo a ingestão do colostro*
Aquecimento do colostro  56ºC a 1h
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Descrito pela primeira vez em 1980
Causa artrite* e encefalite em caprinos
A classificação é a mesma do MVV
Patogenia e transmissão semelhantes
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Transmissão: 
Colostro e leite
Sangue contaminado
Uso de agulhas dérmicas e de material cirúrgico contaminado
Feridas abertas
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A doença se manifesta principalmente em rebanhos com alta soroprevalência, sendo pouco significativa em rebanhos com baixa prevalência de animais soropositivos
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Artrite  animais adultos com + 2 anos
Articulações do carpo (joelhos)  big knee (joelho grande)
Dificuldade de locomoção e perda de peso
Quanto maior o título de AC no soro e/ou no líquido sinovial, mais severas são as lesões
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Encefalite  animais com idade inferior a 6 meses
Alterações na glândula mamária (úbere duro) e pneumonia
Acima de 90% dos animais portadores podem não apresentar manifestações clínicas
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IDGA
ELISA
Western blot
IFA indireta  AC
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Doença infecciosa potencialmente fatal que afeta os eqüídeos
O EIAV  Lentivirus
Descrita em 1843, na França
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Etiologia viral(1904)  Vallée e Carré
A enfermidade é facilmente confundível com outras infecções que cursem
com febre (influenza e as encefalites eqüinas)
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Distribuição mundial, com maior ocorrência em áreas tropicais ou subtropicais pantanosas
Populações numerosas de vetores artrópodes – moscas, tabanídeos e mosquitos
Áreas endêmicas  prevalência 70% adultos
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Transmissão:
Picada de insetos hematófagos  tabanídeos (vetores mecânicos)
Homem  utilização de agulhas, seringas e materiais cirúrgicos não-descartáveis
2ª  ingestão de leite ou pela inseminação artificial (sêmen contaminado)
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O curso clínico da infecção é variável e está relacionado com a susceptibilidade do hospedeiro,dose e virulência da cepa do EIAV envolvida
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1 a 2 semanas após infecção  hipertermia, anemia e trombocitopenia
A maioria dos animais infectados  infecção subclínica (portadores assintomáticos)
Forma clínica aguda ou crônica  estresse, trabalho pesado ou a ocorrência concomitante de outras doenças
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Glomerulonefrite, linfoadenopatia e infiltração de macrófagos e linfócitos no fígado e em outros órgãos
Infecção pelo EIAV é persistente, ou seja, os animais infectados tornam-se portadores do agente por toda a vida
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A diferença entre a infecção pelo EIAV daquelas causadas por outros lentivírus é o fato de o EIAV desencadear picos de viremia, que não são observados em infecções pelo CAEV, MVV ou FIV
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Após a viremia 1ª:
Anemia profunda e morte (forma aguda)
Recuperação e recidivas coincidentes com novas viremias (forma crônica)
O animal pode tornar-se um portador,mas sem recidivas ou manifestações clínicas aparentes (forma inaparente)
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As recidivas e novas viremias estão associadas com o surgimento de variantes virais
À medida que o sistema imune reage à infecção pela produção de anticorpos e pela resposta celular  redução da carga viral no sangue, correspondendo aos períodos assintomáticos
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Forma crônica:
Depressão e letargia
Petéquias nas mucosas
Emagrecimento progressivo
Edema nas partes baixas
Anemia
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SC  sugestivo
Teste padrão  IDGA (MAPA) - monitoramento de rebanhos e da condição sanitária de animais submetidos a transporte, comércio importação / exportação
IFA, ELISA
Detecção RNA viral/DNA proviral RT PCR/PCR
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Não existem vacinas comerciais disponíveis
Identificação e restrição ao trânsito e comércio de animais positivos
No Brasil, os animais positivos na IDGA devem ser sacrificados, conforme Programa Nacional de Sanidade dos Eqüinos do MAPA
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Isolamento dos animais positivos até o sacrifício
Não compartilhar seringas e outros utensílios
Combate a insetos vetores em áreas endêmicas
Minimizar o contato de eqüinos com secreções, sangue ou outros eqüinos de status sanitário desconhecido
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Gênero Gamaretrovirus
Subgrupos (FeLV-A, FeLV-B, FeLV-C e FeLV-T)  variabilidade das seqüências de aminoácidos das glicoproteínas do envelope
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Variações de seqüências detectadas na proteína SU  responsáveis pela utilização de diferentes receptores celulares
Diferenças de tropismo e patogenia entre isolados de campo
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Distribuição mundial
Prevalência é notadamente maior em locais de grande densidade de felinos,como os gatis e abrigos  33%
Densidade é baixa  1%
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Transmissão:
Contato direto e indireto  saliva (favorecida durante as brigas)
Gatos com infecção persistente podem excretar até 10⁶ vírions por mL de saliva
Utilização de seringas e outros equipamentos contaminados com sangue e transmissão vertical
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Animais jovens, mais susceptíveis do que animais adultos
Infecção pelo FeLV é essencialmente persistente
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Forma mais comum  imunodeficiência (subgrupo A) - oncovírus felino associado à membrana – depleção das células linfóides
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Ocorrência de toxoplasmose também é favorecida
Subgrupo C (gerados a partir de mutações de vírus do subgrupo A)  associados com os casos de anemia
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Linfossarcomas  30% dos tumores felinos (maioria associados ao Felv)
Tumores  timo, trato gastrintestinal, sistema nervoso, pele e outros
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Abortiva  sem detecção do DNA proviral e antígeno viral
Regressiva  sem detecção do antígeno viral e a carga proviral é transitória ou baixa
Latente  antigenemia transitória e carga proviral moderada
Progressiva  antigenemia e carga proviral elevadas e persistentes
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IFA (mais utilizado)
ELISA
RT- PCR e PCR  detecção de RNA viral e DNA proviral na saliva de animais infectados
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Isolamento dos animais positivos
Vacinas com vírus completo inativado  cultivos celulares
Vacinas recombinantes  proteínas virais
 O uso das vacinas inativadas pode resultar em uma redução de 70% de incidência da doença nos animais imunizados
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A vacina para o FeLV foi a 1ª desenvolvida e utilizada na prevenção de uma doença causada por retrovírus em mamíferos
Algumas  capazes de proteger completamente o animal vacinado (alguns animais podem erradicar totalmente o vírus quando infectados naturalmente)
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Descrito em 1986, Petaluma, Estados Unidos
Gênero Lentivirus
Quadro de imunodeficiência
5 genótipos: A,B,C,D e E
A e B mais detectados em todo o mundo
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Distribuição mundial
Felinos selvagens e gatos domésticos (machos)
Soroprevalência na população geral pode variar de 1 a 30%
Mundialmente  prevalência de aproximadamente 12% nos felinos domésticos
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Gatos com mais de 1 ano de idade
Transmissão:
Contato direto, através da saliva, pelas mordidas durante as brigas entre animais (machos)
Sêmen durante a cópula e pelo leite de fêmeas infectadas
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Imunossupressão  resultado da depleção dos linfócitos T auxiliares (CD4+)
Infecções oportunistas, que caracterizam os estágios finais da doença
Disseminação  linfócitos infectados, monócitos e macrófagos
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O vírus pode ser detectado em órgãos linfóides, nos pulmões, fígado, rins e no plexo coróide
Achados histopatológicos hiperplasias no tecido linfóide associados às mucosas (MALT), nos linfonodos,tonsilas, timo e medula óssea
AC  2 a 4 semanas após a infecção
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Investigação de quadros sugestivos de imunossupressão
ELISA
IFA
Western Blot
PCR  DNA de leucócitos
Animais com testes negativos devem ser testados novamente após 60 dias
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Separação dos animais positivos
Limitação do acesso de gatos domésticos às ruas
Testes de vacinas  inativadas, proteínas recombinantes, DNA
EUA  vacina com dois genótipos pra FIV que protege pra um terceiro genótipo (comercializada)
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Tratamento com interferon recombinante para o tratamento da infecção, aumentando a sobrevida dos animais tratados
Drogas que estimulam o sistema imune, como a Immunoregulin®
AZT (Retrovir®), usado no tratamento da AIDS em humanos, também é utilizado em gatos com sinais clínicos de FIV
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