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1 1 Sistema Digestório III Processos Fermentativos Prof. Dr. Maicon Pinto 2 Tipos de Digestão Fermentativa Hidrolítica MAIOR PARTE DAS ESPÉCIES É UMA COMBINAÇÃO DE AMBOS SISTEMAS 3 Tipos de Digestão 4 Tipos de Digestão 5 Digestão Fermentativa • Principal diferença é a origem das enzimas • Velocidade das reações • Grau de alteração do substrato • Compartimentos especializados antes ou após o estômago e ID 6 Digestão Fermentativa • Os locais devem permitir o crescimento microbiano • pH, umidade força iônica e oxirredução mantidas em faixa compativel com o cresc. microbiano • O padrão de fermentação do intestino grosso parece ser semelhante ao dos pré-estômagos 2 7 Digestão fermentativa • Capacidade do TGI • HOMEM : 6 L • PORCO : 27 L • CAVALO : 90 L • BOVINO : 260 L • OVINO : 30 L 8 Características Anatômicas 9 Características Anatômicas 10 Características Anatômicas 11 Características Anatômicas 12 Características Anatômicas 3 14 Ruminantes • Temperatura constante ( 39º C ) • Anaerobiose • pH : 5,5 a 7,4 ( acidez regulada pela saliva ) • Suprimento contínuo de alimento • Contrações • Formação e expulsão de gases : CO2 e CH4 • Produção de : 75% C2, 15% C3, 10% de C4 • Absorção de AGV, amônia, H2O 15 População de microorganismos ruminal • Bactérias: • 1010 a 1011 • Fungos: • Papel incerto • Protozoários: • Retarda o processo fermentativo amido e controla o número de bactérias 16 População de microorganismos ruminal • celulolíticas • hemicelulolíticas • pectinolíticas • amilolíticas • ureolíticas • utilizadoras de açúcares, ácidos e/ou lipídeos • proteolíticas • metanogênicas • amoniogênicas 17 População de microorganismos ruminal Celulolíticos Hemicelulolíticos Bacteriodes succinogenes Butyrivibrio fibrisolvens Ruminococcus flavefaciens Bacteriodes ruminicola Ruminococcus albus Ruminococcus sp. Butyrivibrio fibrisolvens Utilizadores de azúcar Utilizadores de ácidos Treponema bryantii Megasphaera elsdenii Lactobacillus vitulinus Selenomonas ruminantium Lactobacillus ruminus Pectinolíticos Utilizadores de lípidos Butyrivibrio fibrisolvens Anaerovobrio lipolytica Bacteriodes ruminicola Butyrivibrio fibrisolvens Lachnospira multiparus Treponema bryantii Succinivibrio dextrinosolvens Eubacterium sp. Treponema bryantii Fusocillus sp. Steptococcus bovis Micrococcus sp. Amilolíticos Proteolíticos Bacteriodes amylophilus Bacteriodes amyliphylus Bacteriodes ruminicola Bacteriodes ruminicola Steptococcus bovis Butyrivibrio fibrisolvens Succinimonas amylolytica Steptococcus bovis Productores de amoniaco Productores de metano Bacteriodes ruminicola Methanobrevibacter ruminantium Selenomonas ruminantium Methanobacterium formicicum Megasphaera elsdenii Methanomicrobium mobile Ureolíticos Succinivibrio dextrinosolvens Ruminococcus bromii Bacteriodes ruminicola Butyrivibrio sp. Selenomonas sp. Treponema sp. Church DcC(ed): The Ruminant Animal, Digestive Physiology and Nutrition. Englenwood Cliffs.Nj,Prentice hall,1988. 18 População de microorganismos ruminal • Ecossistema extremamente complexo • Os resíduos de uma spp serve de substrato para outra • Ruminococcus albus X bacteroides ruminicola • Vitamina B • É um processo global resultado de um equilibrio entre as diversas spp. 4 19 Digestão Fermentativa • Ruminantes aproveitam dietas muito fibrosas para animais monogástricos • Desdobramento da celulose para gerar energia • Síntese protéica microbiana de alto valor biológico 20 Substratos e Produtos da Digestão Fermentativa 21 Substratos Digestão Fermentativa • Forragem (alimentos volumosos) • Parede celular: celulose (colágeno) • Cimento: hemicelulose, pectina e lignina (ac. hialurônico e sulf. de condroitina) • Grãos (alimentos concentrados) • CHO’s não estruturais • Amidos e frutosanos • Açucares simples 22 Vias de Fermentação • Celulose • Amido • Proteína dietética (desaminação) • NNP e uréia salivar • Lipídios dietéticos 23 Produtos da Digestão Fermentativa 24 Produtos da Digestão Fermentativa • AGV: • Propiônico • Acético • Butírico • Ácido lático • Gases • Amônia 5 25 Substratos e Produtos da Digestão Fermentativa 26 Substratos e Produtos da Digestão Fermentativa 27 Motilidade Ruminorreticular • O hospedeiro não tem controle direto sobre o metabolismo dos microorganismos • Para uma fermentação adequada deve manter as condições favoráveis aos processos benéficos • Fatores fisiológicos influenciam o processo de fermentação no TGI 28 Motilidade Ruminorreticular • Substrato para fermentação deve ser fornecido • Temperatura, osmolaridade, pH, potencial de oxirredução • Resíduos não fermentáveis devem ser removidos • Remoção dos microorganismos deve ser compatível com a regeneração • AGV removidos ou tamponados 29 Motilidade Ruminorreticular • Ingestão de alimentos • Mecanismos homeostáticos • Anaerobiose • Estratégias especiais do TGI: • Padrões de motilidade característicos, absorção direta de AGV e produção saliva 30 Motilidade Ruminorreticular • Anatomia do rúmen característica: • Paredes musculares • Pilares e prega ruminorreticular • Divisões em “sacos” • Durante as contrações, os pilares se elevam e se relaxam alternadamente, acentuando ou reduzindo as divisões dentro da luz do ruminorretículo 6 31 Motilidade Ruminorreticular 32 Motilidade Ruminorreticular • Contrações Primárias ou de mistura • Contrações secundárias ou de eructação 33 Motilidade Ruminorreticular • Estratificação e segregação por gravidade e motilidade 34 Motilidade Ruminorreticular • Eficácia de estratificação: • Alimento recém deglutido (1 a 2cm) • Redução para 2mm • Orifício Reticulomasal • Digestibilidade e preparação da forragem • Taxa de passagem 35 Eructação • Acúmulo de gás e distensão do saco dorsal desencadeiam reflexo: • Gas movido região do cárida no retículo • Reflexo de abertura do cárdia e esfincter esofágico caudal • Propelido à boca para eliminação • Timpanismos 36 Ruminação • Remastigar a ingesta do rúmen • Contração reticular extra antecedente ao ciclo primário associado a um movimento inspiratório • Material que vem é da zona pastosa, já com ação de líquido e microbiana • O bolo é espremido pela língua e bochechas retirando água e pequenas partículas 7 37 Controle da motilidade Ruminorreticular • Nucleo motor do Vago, no tronco cerebral, há um centro de controle da motilidade • Sistema nervoso intrínseco mas a inervação vagal é fundamental para coordenar os movimentos • Ruminantes vagotomizados não sobrevivem 38 Controle da motilidade Ruminorreticular • Volume do rúmen influencia na motilidade • Consistência da ingesta • pH e concentração de AGV’s • Mecanismo de proteção • Osmolaridade muito alta atrai água para o rúmen 39 Função Omasal • Ausente nos pseudoruminantes • Recebe conteúdo após a contração do retículo • Partículas menores que 1mm • Orifício reticulomasal não tem função de controle 40 Função Omasal • Importante local de absorção de AGV’s, eletrólitos e água • Mesma capacidade por área • Usa mais cloreto e menos bicarbonato na difusão facilitada 41 Função Omasal • Menor capacidade de fermentação pela capacidade cúbica • Local de absorção devido à area de superfície • Auxilia regular a propulsão da digesta para o abomaso 42 Função Abomasal • Órgão secretor de HCL e pepsinogênio • Recebe influxo contínuo • Ponto de digestão enzimática e estabilizador do influxo para o duodeno • Distenção pilórica, pH e os AGV’s = HCL 8 43 Função Abomasal • Padrão motilidade abomasal permite receber influxos variáveis e garantir mistura e propulsão ao duodeno estáveis • Duodeno também controla esvaziamento abomasal • Distenção e acidificação influenciam a motilidade ruminorreticular
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