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Romance de Cavalaria

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Universidade Acadêmica de Garanhuns
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Professora: Érica Tavares
Disciplina: Literatura Portuguesa I Período: 3° 
Alunos: Lucas de Carvalho Cavalcanti RG: 8.125.519
Comentário sobre Romance de Cavalaria
O gênero épico, há muito, tem como objetivo principal retratar uma história mantendo, ao máximo, sua verossimilhança com o mundo físico. As epopéias são exemplos de que as histórias aconteciam em decorrer dos atos dos personagens, cada ação levava a outra ação e assim o enredo era elaborado, porém na Idade Média os pensamentos mudam e com elas as idéias de religiosidade. Outrora os Deuses do Olimpo quem ditavam as regras do mundo, porém novos pensamentos são disseminados entre a população, é então quando o cristianismo atinge seu ápice e como de costume, as obras artísticas acompanham seus pensamentos.
	O Romance de Cavalaria tem suas origens no gênero épico-narrativo, contendo características desse gênero em sua essência. Porém em muito difere das anteriores epopéias, nessa os personagens principais eram heróis que não temiam a morte, passavam por cima de todos os obstáculos, inclusive da própria tragédia, para alcançar seus objetivos, lutavam por sua nação (casa) e no decorrer da batalha poderiam ser ajudados, ou atrapalhados, pelos deuses. Já o herói medieval não lutava por um objetivo bem definido, por não estar na sua terra natal, ou seja, por não ter uma identidade com o lugar, batalhava para superar as adversidades que ali estavam para atrapalhá-lo.
	Contudo, os temas a serem retratados mudam, o cavaleiro medieval luta por algo mais pessoal. Na maioria das vezes uma bela donzela é alvo de suas lutas, mantendo assim o espírito de susserania e vassalagem vigentes à época. As idéias anteriores se contrapõem aos heróis gregos que lutavam em prol de uma coletividade, esses morreriam por seu povo, pois sua identidade está ligada diretamente a sua nação.
	Toda narrativa desenrola-se dentro do fluxo de tempo, tanto no plano da diegese, quanto no tempo do discurso, porém ambos os elementos se manifestam diferentemente em cada narrativa. Pois bem, é o que acontece com os dois gêneros que estão sendo equiparados ao longo desse texto. 
As narrativas mais antigas, como a Epopéia, mantém, chegando a ser uma obrigação, o tempo cronológico da história em evidencia, portanto, a diegese e o discurso são muito bem separados para manter a idéia de tempo real na história. Já no romance de cavalaria os autores não se preocupavam muito e deixar essa ou aquela característica em evidência, o importante mesmo era passar ao narratário as idéias principais que o texto continha. 
É comum ao gênero medieval a utilização das anacronias( desencontro entre diegese e discurso) e analepse( recuo no tempo). Vale salientar também que a construção do tempo psicológico está, também, ligado aos romances de cavalaria, chegando às vezes a ser confundido com o decorrer da história.
O espaço onde o romance medieval é narrado se assemelha aos campos e bosques, o contato direto com a natureza e suas belezas. É nesse palco que os grande amores acontecem, que a beleza da mulher chega a ser confundida com a criação divina (natureza). O que não acontece com os gregos pois seu objetivos estéticos, em relação a escrita, eram outros. 
Por fim destaca-se a idéia de que os romances são abertos, portanto, aptos a terem uma continuidade, é assim com Divina Comédia de Dante, onde um ato leva a outro. Essa idéia é aplicada também aos personagens, pois várias histórias foram lançadas a partir de um mesmo personagem, é o exemplo mais conhecido, as histórias do Rei Arthur.

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