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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
Elaboração de Peças Práticas 
Núcleo de Prática Jurídica IV (Turma A) 
UEMG, campus Diamantina (2024.1) 
Discentes: Kelly Nataliana e Nathalia Castro 
 
● Situação-problema 01: 
 
AO JUÍZO DA ... VARA DO TRABALHO DE JUIZ DE FORA/MG 
 
CONSTRUFORT ENGENHARIA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob 
o CNPJ n° ...., com sede na rua ..., n° ..., bairro ..., cidade Juiz de Fora, CEP ..., 
no Estado de Minas Gerais, por intermédio de seu advogado que esta subscreve 
(procuração anexa), com endereço profissional à rua ..., n° ..., bairro ..., cidade 
..., CEP ..., no Estado de ..., vem respeitosamente perante esse juízo, com fulcro 
no artigo 539 do Código de Processo Civil, propor: 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
Em face de Gael dos Santos, pessoa física, inscrita sob o CPF n° ...., domiciliado 
na rua ..., n° ..., bairro ..., cidade ..., CEP ..., no Estado de ..., pelas razões de 
fato e de direito que passa a expor: 
 
I - DOS FATOS 
O consignatário foi admitido aos quadros de empregados da consignante em 
05/01/2023, para exercer a função de pedreiro. Contudo, diante da necessidade 
de redução do seu quadro de pessoal, mas também porque o trabalho de Gael 
não se mostrava de boa qualidade, concedeu-lhe aviso prévio, em 10/10/2023, 
na forma indenizada. 
Foi previamente marcado pelo consignante o dia 15/10/2023 para o pagamento 
das verbas rescisórias devidas e a entrega dos documentos hábeis para o 
requerimento de outros direitos, no próprio local de trabalho, oportunidade na 
qual o trabalhador faria, também, a retirada dos seus pertences pessoais. 
No entanto, nesta data, a sociedade empresária não tinha em caixa o dinheiro 
suficiente para realizar a quitação do devido e, por isso, pediu desculpas a Gael, 
anotou a dispensa na sua CTPS e solicitou que ele retornasse 60 dias após, para 
que fossem feitos o pagamento e a retirada dos pertences. 
Entretanto, nesta data, o consignatário não compareceu para receber a quitação 
de suas verbas rescisórias e seus pertences pessoais, tendo o consignante que 
fazer contato telefônico e foram enviados dois telegramas para o endereço 
informado por ele na ficha de registro de empregados, mas tudo em vão. Até 
mesmo os ex-colegas de trabalho enviaram mensagens para o Instagram de 
Gael, na tentativa de fazê-lo ir à sociedade empresária para o acerto de contas, 
mas igualmente não houve sucesso. 
Todavia, não restou outra alternativa ao consignante a não ser propor a presente 
ação, a fim de que possa dar quitação ao contrato de trabalho. 
 
II - DO MÉRITO 
A ação de consignação em pagamento é um procedimento especial previsto nos 
artigos 539 ao 549 do Código de Processo Civil e nos artigos 334 ao 345 do 
Código Civil, sendo aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho, nos 
termos do artigo 769 da CLT. 
Neste sentido, a presente ação de consignação em pagamento é compreendida 
como aquela em que o devedor quer pagar para liberar-se de uma obrigação, 
mas há uma impossibilidade, não por sua culpa, de fazê-lo pelos meios normais 
ou pactuados. Conforme declara Marioni, tem-se que: 
É ação que visa à liberação do devedor de determinada obrigação. O objetivo do 
demandante é a obtenção de declaração judicial no sentido de que não se encontra 
mais obrigado-de que o depósito realizado satisfaz os requisitos legais do pagamento 
devido. O pedido e a sentença de procedência possuem natureza declaratória. 
(MARINONI, Luiz Guilherme) 
Ademais, dentre as hipóteses de ação de consignação em pagamento no 
processo do trabalho tem-se na recusa do credor, na inércia do credor, como 
também, quando o credor se mostra ausente, não encontrado, ou em lugar 
ignorado ou inacessível, dentre outras possibilidades. No caso em questão, o 
consignatário encontrava-se ausente. 
Conforme julgado do TRT da 3° região, exemplifica-se: 
AÇÃO DE CONSIGNÇÃO - PROCESSO DO TRABALHO - ESCOPO LIMITADO - No 
processo do Trabalho, o objeto da ação de consignação em pagamento restringe-se à 
quitação dos valores ou à entrega de objetos/documentos que o empregador entende 
devidos ao empregado, quando este se recusa ao recebimento ou não é encontrado, 
ou quando não se sabe a quem pagar. (TRT-3 - RO:XXXXX20195030178 XXXXX-
89.2019.5.03.018, Relator: Paulo Roberto de Castro, Sétima Turma). 
Neste sentido, em razão da extinção do contrato de trabalho sem justa causa, 
são devidas ao consignatário as seguintes verbas trabalhistas no importe de 
R$..., as quais o consignante pretende depositar, com o objetivo de que seja 
declarada extinta a obrigação: 
1) Saldo de salário: R$... 
2) Aviso Prévio: R$... 
3) 13° salário proporcional: R$... 
4) Férias Proporcionais: R$... 
5) Depósito das guias para saque do FGTS: R$... 
6) Multa de 40% do FGTS: R$... 
7) Multa referente ao artigo 477, parágrafo 8°, CLT: R$... 
Valor total devido: R$... 
Requer, ainda, a devolução das fotografias do consignatário com a esposa e 
uma camisa do seu time de futebol, nos moldes do artigo 542, I, CPC. 
 
III - DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante do exposto, requer: 
1) A procedência do pedido afim de conferir quitação judicial; 
2) O deferimento do depósito na quantia de R$..., no prazo de 05 dias, conforme 
artigo 542, I, CPC e entrega das fotografias e da camisa do time de futebol; 
3) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos; 
4) Requer, por fim, a procedência do pedido com a declaração de extinção da 
obrigação e condenação do consignatário em custas e honorários advocatícios 
no importe de 15%, nos termos do artigo 791-A, CLT. 
 
Valor da causa: R$... 
 
Nestes termos, pede-se deferimento. 
 
Local..., data... 
Advogado..., OAB... 
 
● Situação-problema 02: 
 
AO JUÍZO DA 2° VARA DO TRABALHO DE POÇOS DE CALDAS/MG 
 
Processo número: 12345 
CONFORTO TROPICAL LTDA, já qualificada nos autos do processo em 
epigrafe, em que contende com BERNARDO VALENTE, igualmente já 
qualificada nos autos, vem a presença de Vossa Excelência, por seu advogado, 
com fundamento no art. 895, I, da CLT, interpor: 
RECURSO ORDINÁRIO, em razão da sentença prolatada 
Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidade se encontram 
presentes, tendo efetuado o pagamento das custas no valor de RS... e o depósito 
recursal no valor de RS..... 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da 
parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o presente 
remetido para o Egrégio Tribunal Regional. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local... data... 
Advogado... OAB.... 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO 
 
RECORRENTE: CONFORTO TROPICAL LTDA 
RECORRIDO: BERNARDO VALENTE, 
PROCESSO NÚMERO: 12345 
 
Eminentes Julgadores, 
Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada sentença que julgou 
parcialmente procedente os pedidos, porém a sentença não merece ser mantida 
na integralidade, pelas razões que passa a expor: 
 
- DAS VERBAS RESILITÓRIAS E ACORDO NA CCP 
O Juízo de primeiro grau reconheceu o pagamento das verbas resilitórias e o 
acordo realizado perante a Comissão de Conciliação Prévia (CCP), sem 
ressalva, no valor de R$ 2.000,00. Entretanto, rejeitou a preliminar suscitada pela 
recorrente, limitando-se a deduzir o valor pago. A recorrente entende que, nos 
termos do artigo 625-E da CLT, o acordo firmado na CCP deve ter eficácia 
liberatória geral, abrangendo todas as parcelas objeto da conciliação, não 
cabendo a presente reclamação trabalhista. 
- DAS HORAS EXTRAS 
Foi deferido o pedido de duas horas extras diárias e sua integração nas demais 
verbas (13º salário, férias, FGTS e repouso semanal remunerado), com base na 
confissão do preposto. A recorrente sustenta que houve cerceamento de defesa, 
uma vez que a confissão do preposto foi obtida sem a devida contextualização 
e que os cartões de ponto apresentados não foram corretamente considerados.- DOS 15 MINUTOS EXTRAS 
Quanto à condenação ao pagamento de 15 minutos extras por violação ao artigo 
384 da CLT, a recorrente argumenta que tal dispositivo não é aplicável ao caso, 
uma vez que se refere ao trabalho da mulher e o recorrente é homem. 
- DA INDENIZAÇÃO POR DANO ESTÉTICO 
Foi deferida indenização por dano estético no valor de R$ 5.000,00 em razão de 
acidente de trabalho. A recorrente alega que a condenação indevida porque a 
perda funcional de um órgão não gera alteração morfológica, na harmonia física 
do trabalhador. Assim sendo, ausentes os requisitos da responsabilidade civil 
presentes no Art.186 e no Art. 927, ambos do CC. 
- DA APLICAÇÃO DA TAXA SELIC 
O magistrado determinou que os juros observassem a Taxa Selic. A recorrente 
entende que a aplicação da Taxa Selic é inadequada, não se aplicando a taxa 
Selic porque há lei própria regulando a matéria, conforme o Art. 39 da Lei nº 
8.177/91. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso 
para acolher as preliminares, e, no mérito, para reformar a sentença, nos termos 
da fundamentação. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data... 
Advogado... OAB... 
 
● Situação-problema 03: 
 
AO JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE RIBEIRÃO PRETO/SP 
 
Processo número: ... 
AEROLIMP, já qualificada nos autos do processo em epigrafe, em que contende 
com CASIMIRO PEREIRA, igualmente já qualificada nos autos, vem a presença 
de Vossa Excelência, por seu advogado, com fundamento no art. 895, I, da CLT, 
interpor: 
RECURSO ORDINÁRIO, em razão da sentença prolatada 
Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidade se encontram 
presentes, tendo efetuado o pagamento das custas no valor de RS... e o depósito 
recursal no valor de RS..... 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da 
parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o presente 
remetido para o Egrégio Tribunal Regional. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local... data... 
Advogado... OAB.... 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO 
 
RECORRENTE: AEROLIMP 
RECORRIDO: CASIMIRO PEREIRA 
PROCESSO NÚMERO: ... 
 
Eminentes Julgadores, 
Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada sentença que julgou 
parcialmente procedente os pedidos, porém a sentença não merece ser mantida 
na integralidade, pelas razões que passa a expor: 
 
- DA PRODUÇÃO DE PROVAS TESTEMUNHAL E PERICIAL 
A segunda ré teve indeferidos os requerimentos para a produção de provas 
testemunhal e pericial, que visavam comprovar que o EPI fornecido ao 
reclamante eliminava a insalubridade. Esse indeferimento prejudicou a defesa 
da Aerolimp, configurando cerceamento de defesa. O direito à ampla defesa é 
garantido pelo artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, sendo imprescindível 
a realização de prova pericial para a verificação da eficácia do EPI fornecido. 
- DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
A condenação ao pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo foi 
fundamentada exclusivamente na revelia da primeira ré. No entanto, a Aerolimp 
apresentou documentos que comprovam a entrega regular de EPI eficaz para a 
proteção auditiva do reclamante, conforme recibos anexados. A ausência de 
realização de prova pericial impediu a correta apuração da insalubridade, 
devendo a sentença ser reformada para que se permita a realização da prova 
pericial. Tal obrigatoriedade encontra-se fundamentada no artigo 195, § 2º, CLT 
e OJ 278. 
- DA CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O VALOR DOS SALÁRIOS 
O reclamante pleiteou a incidência de correção monetária sobre os salários 
pagos após o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. A sentença acolheu 
tal pedido, porém, a jurisprudência majoritária do Tribunal Superior do Trabalho 
(TST), súmula 381, entende que a correção monetária é devida a partir do 
momento em que a obrigação se torna exigível, ou seja, na data do vencimento 
do salário, não havendo previsão legal para a correção monetária antes desse 
momento. 
- QUANTO À REVELIA 
Não há que se falar da existência da revelia porque microempresa pode se fazer 
representar por alguém que não seja empregado, conforme previsão da súmula 
377 TST. 
- DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
Inexistência de responsabilidade subsidiária em razão da fiscalização contratual, 
conforme súmula 331, V, TST 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
A) Nulidade da sentença pelo indeferimento da prova testemunhal; 
B) Nulidade da sentença pelo indeferimento da prova pericial; 
C) Requerimento de admissibilidade/conhecimento do recurso; 
D) Requerimento de provimento/reforma da decisão. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data... 
Advogado... OAB... 
 
● Situação-problema 04: 
 
AO JUÍZO DA 1° VARA DO TRABALHO DE RONDONÓPOLIS/MT 
 
Processo número: 0050000-80.2023.5.22.0090 
SONO DOS JUSTOS LTDA, já qualificada nos autos do processo em epigrafe, 
em que contende com OLÍVIA DE MENEZES, igualmente já qualificada nos 
autos, vem a presença de Vossa Excelência, por seu advogado, com 
fundamento no art. 895, I, da CLT, interpor: 
RECURSO ORDINÁRIO, em razão da sentença prolatada 
Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidade se encontram 
presentes, tendo efetuado o pagamento das custas no valor de RS... e o depósito 
recursal no valor de RS..... 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da 
parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o presente 
remetido para o Egrégio Tribunal Regional. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local... data... 
Advogado... OAB.... 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO 
RECORRENTE: MORADA ETERNA LTDA. 
RECORRIDO: DÉBORA PIMENTA 
PROCESSO NÚMERO: 0050000-80.2023.5.22.0090 
 
Eminentes Julgadores, 
Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada sentença que julgou 
parcialmente procedente os pedidos, porém a sentença não merece ser mantida 
na integralidade, pelas razões que passa a expor: 
 
- DA PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA 
Na sentença foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período 
trabalhado, sendo que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de duas 
testemunhas trazidas pela recorrente, que seriam ouvidas para provar que ela 
entregava o valor da passagem em espécie diariamente à trabalhadora. Tal 
atitude gera cerceamento de defesa, conforme o Art. 5º, inciso LV, da CRFB/88 
e Art. 369 do CPC. Diante do exposto, requer a anulação do processo e retorno 
à Vara de origem para oitiva das testemunhas e prolação de nova sentença. 
- DA PRELIMINAR DE INÉPCIA 
Na sentença foi deferido o pagamento de horas extras pelos feriados, conforme 
requerido pela trabalhadora na inicial, que pediu extraordinário em todo e 
qualquer feriado brasileiro” sendo rejeitada a preliminar suscitada na defesa. 
Contudo, há inépcia do pedido, porque indicados de forma genérica, eis que 
“todo e qualquer feriado brasileiro” abrange inclusive os feriados locais e 
regionais do país inteiro, conforme Art. 330, inciso I, Art. 330, § 1, inciso II, do 
CPC e Art. 840, § 1º, da CLT. Assim, requer seja acolhida a preliminar, 
reformando-se a sentença, para extinguir o processo sem a análise do mérito 
quanto ao pedido de horas extraordinários, pelo trabalho em feriados. 
- DO INTERVALO INTRAJORNADA 
Na sentença foi reconhecido que a jornada se desenvolvia de 2º a 6ª feira, das 
10 às 16 horas, com intervalo de 10 minutos para refeição, conforme confessado 
pelo preposto em interrogatório, sendo, então, deferido o pagamento de 15 
minutos com adicional de 50%, em razão do intervalo desrespeitado, e reflexos 
nas demais verbas salariais. Porém, é indevido o pagamento integral do 
intervalo, mas apenas do tempo suprimido, e com caráter indenizatório, sem 
repercussão em outras parcelas, na forma do Art. 71, §4, da CLT. Diante doexposto, requer a reforma da sentença para limitar a condenação ao tempo 
suprimido e como verba indenizatória. 
- DANO EXTRAPATRIMONIAL 
Na sentença também foi deferida indenização de R$ 6.000,00 a título de dano 
moral por acidente do trabalho em razão de doença degenerativa da qual a 
trabalhadora foi vítima, conforme laudos médicos juntados aos autos. Porém, a 
doença degenerativa não é considerada doença do trabalho, conforme previsto 
no Art. 20, §1, alínea a, da Lei n° 8.213/91, não gerando responsabilidade do 
empregador. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para excluir a 
condenação em indenização. 
- DEVOLUÇÃO DE DESCONTOS EM DOBRO 
Foi julgado procedente o pedido de devolução em dobro, feito pela Reclamante, 
de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta 
reconheceu que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não 
continham CID (Classificação Internacional de Doenças). Porém, não existe 
previsão legal na CLT para pagamento em dobro em tal situação, não podendo 
existir condenação por ofensa ao princípio da legalidade previsto no Art. 5°, 
inciso II, da CRFB/88. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para 
excluir a condenação em dobro dos descontos. 
- DA CESTA BÁSICA 
Ainda, foi deferido o pagamento correspondente a 1 cesta básica mensal, porque 
sua entrega era prevista na convenção coletiva que vigorou no ano anterior (de 
janeiro de 2021 a janeiro de 2022) e, no entendimento do julgador, uma vez que 
não houve estipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi, 
automaticamente, prorrogada no tempo. Mas a norma coletiva não tem 
ultratividade, conforme Art. 614, § 3º, da CLT, daí por que é indevida para a 
Reclamante, pois ela foi admitida após o término da convenção coletiva anterior. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para excluir a condenação ao 
pagamento de cesta básica. 
- DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA 
Por fim, foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da 
autora na razão de 20% da liquidação. Porém, o percentual deferido em favor do 
advogado da autora ultrapassa o limite legal, que é de 15%, conforme o Art. 791-
A, da CLT, pelo que deve ser reduzido. Diante do exposto, requer a reforma da 
sentença para reduzir os honorários, atendo-se aos limites legais. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso 
para acolher as preliminares, e, no mérito, para reformar a sentença, nos termos 
da fundamentação. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data... 
Advogado... OAB... 
 
● Situação-problema 05: 
 
AO JUÍZO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/MG 
 
Processo número: 1000/2023 
TELARIX TECELAGEM, já qualificada nos autos do processo em epigrafe, por 
seu procurador (procuração em anexo, com endereço profissional completo...), 
vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 847 da CLT, 
oferecer: 
CONTESTAÇÃO 
Aos termos da Reclamação Trabalhista ajuizada por Isabela Rodrigues, já 
qualificada nos autos do processo, pelas razões de fato e de direito que passa a 
expor: 
- DOS FATOS 
A reclamante ajuizou a presente reclamação trabalhista em face da reclamada, 
Telarix Tecelagem Ltda., pleiteando indenização por dano moral, integração do 
plano odontológico como salário utilidade, pagamento de cestas básicas 
referentes aos meses de agosto e setembro de 2023, remuneração por horas 
extras pela participação em culto ecumênico, anulação do pedido de demissão 
e reconhecimento de dispensa sem justa causa, pagamento de adicional por 
acúmulo de funções e adicional de periculosidade. 
- DO DANO MORAL 
Alega a reclamante ser vítima de doença profissional devido ao mobiliário da 
empresa não respeitar as normas de ergonomia. Contudo, tal alegação não 
encontra respaldo nos fatos. O mobiliário da empresa cumpria com as normas 
de ergonomia estabelecidas, sendo que a reclamante não apresentou qualquer 
evidência ou laudo técnico que comprove o contrário. Ademais, nos termos do 
artigo 373, inciso I, do CPC, cabe à parte autora o ônus de provar os fatos 
constitutivos do seu direito, ônus do qual a reclamante não se desincumbiu. 
- SALÁRIO IN NATURA 
Quanto ao fornecimento do plano odontológico gratuitamente, a reclamante 
requer a sua integração como salário utilidade. Entretanto, nos termos do artigo 
458 da CLT, não há previsão legal para a integração de plano odontológico ao 
salário, pois tal benefício é concedido de forma voluntária pela empresa, não 
possuindo natureza salarial. 
- DA ULTRATIVIDADE DA NORMA COLETIVA 
Sobre a suposta supressão da cesta básica, a reclamante alega violação de 
direito adquirido. No entanto, nos termos da súmula 277 do TST, a convenção 
coletiva vigente estabelece que a obrigação do fornecimento da cesta básica é 
temporária, não gerando direito adquirido à sua manutenção, ou seja, a norma 
coletiva não tem ultratividade e assim, a cesta básica é indevida. 
- QUANTO AO TEMPO À DISPOSIÇÃO 
Quanto às horas extras pela participação no culto ecumênico, a reclamante alega 
tempo à disposição do empregador. No entanto, nos termos do artigo 4º da CLT, 
não são consideradas como tempo à disposição do empregador as atividades 
religiosas praticadas pelo empregado fora do horário de trabalho. 
- QUANTO AO PEDIDO DE DEMISSÃO 
Sobre a alegação de coação moral para pedir demissão cabe o ônus pertencente 
à autora nos termos do 818, I, CLT. 
- DO ACÚMULO FUNCIONAL 
Quanto ao suposto acúmulo de funções, a reclamante alega ter sido contratada 
como cozinheira, mas obrigada a desempenhar também atividades de 
garçonete. No entanto, as atividades desempenhadas pela reclamante estavam 
dentro das atribuições do seu cargo, não configurando acúmulo de funções nos 
termos do artigo 456, parágrafo único. 
- DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
A reclamante formulou pedido de adicional de periculosidade, mas não 
apresentou qualquer fundamentação na causa de pedir, tampouco provas que 
justifiquem o pleito. Assim, deve ser indeferido o pedido por ausência de 
fundamentação e provas. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se: 
A) A total improcedência dos pedidos formulados pela reclamante; 
B) A condenação da reclamante ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios; 
C) A produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a 
documental e a testemunhal; 
D) O deferimento de todos os demais pedidos de direito da reclamada. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local... Data... 
Advogado... OAB... 
 
● Situação-problema 06: 
 
AO JUÍZO DA 5ª VARA DO TRABALHO DE SÃO LUÍS/MG 
 
Distribuir por dependência processo número: ... 
MANUELA AZEVEDO, pessoa física, inscrita sob o CPF n° ...., domiciliado na 
rua ..., n° ..., bairro ..., cidade ..., CEP ..., no Estado de ..., vem à presença de 
Vossa Excelência por seu advogado, procuração em anexo (com endereço 
profissional completo...), com fundamento no art. 840, § 1º, da CLT, ajuizar: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito ... 
Em face de GRUPO EPSILON LTDA., qualificação completa...., endereço 
completo..., pelas razões de fato e de direito que seguem: 
 
- DA PREVENÇÃO ou DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA: 
A reclamante informa que tinha ajuizado uma ação anteriormente e que, como 
perdera a confiança no antigo advogado, não compareceu à audiência para a 
qual fora intimada. Essa ação havia sido distribuída à 5ª Vara Do Trabalho De 
São Luís/MG e em consulta pela Internet, foi verificado o seu arquivamento. 
Assim, em razão do que dispõe o artigo 286, II, do CPC, a ação deve ser 
distribuída com dependência para a 5ª Vara Do Trabalho De São Luís/MG, já 
que nestes autos o pedido está sendo reiterado. 
- DO PAGAMENTO DAS CUSTAS 
Informa que fez o recolhimento das custas da ação anteriormente ajuizada, 
atendo ao disposto no Art. 844, parágrafos segundo e terceiro da CLT. 
- DA JUSTIÇA GRATUITA 
AtualmenteManuela está desempregada, mas, na época em que atuava na 
Grupo Epsilon LTDA ganhava 1 salário mínimo mensal. Em razão disso, faz jus 
a concessão do benefício da justiça gratuita, pois recebe menos que 40% do 
limite do teto dos benefícios da previdência social, conforme art. 790, § 3º, da 
CLT. 
- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA /REINTEGRAÇÃO/ 
ESTABILIDADE 
Manuela é presidente do seu sindicato de classe, ao qual está filiada desde a 
admissão, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2022 para um mandato 
de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por e-mail. Mesmo 
assim, foi dispensada em 30/12/2023, sem justa causa. Ocorre que, conforme o 
art. 543, § 3º, da CLT e art. 8°, VIII, da CF, a reclamante tinha garantia de 
emprego, e o empregador não poderia dispensar sem justa causa. Em razão 
disso, a reclamante deve ser reintegrada no emprego, e, subsidiariamente 
receber uma indenização correspondente, inclusive com o pagamento de todos 
os salários até o momento da reintegração. Ademais, estão presentes os 
requisitos para o deferimento da reintegração imediata da reclamante, já que o 
direito se apresenta como provável, e há perigo de dano, pois a reclamante está 
sem receber salário e desempregada. Em razão disso, deve ser deferida a tutela 
provisória, nos termos do art. 300 do CPC, para imediata reintegração da 
reclamante. Podendo o juiz deferir tal pedido, nos termos do art. 659, X, da CLT. 
- DO INTERVALO INTERJORNADA 
A reclamante trabalhava de 2º a 6ª feira das 13:30h às 22.30h, com intervalo de 
1 hora, e aos sábados, das 8:00h às 12:00h, sem intervalo. Em razão disso, 
percebe-se que a reclamante não tinha respeitado seu intervalo entre jornadas 
na sexta para sábado, pois não tinha 11 horas de intervalo entre uma jornada e 
outra, o que é assegurado pelo art. 66 da CLT, bem como art. 382 da CLT e OJ 
355 da SDI-1 do TST. Assim, por analogia ao parágrafo § 4º do art. 71 da CLT, 
deve ser pago o período suprimido, com adicional de 50%, como verba 
indenizatória. 
- ADICIONAL NOTURNO 
A reclamante trabalhava de 2º a 6ª feira das 13:30h às 22:30h, com intervalo de 
1 hora, e aos sábados, das 8:00h às 12:00h, sem intervalo. Assim, a reclamante 
trabalhava em horário noturno, após às 22h. E tal horário, ou seja, 30 minutos 
por dia, de segunda a sexta, deve ser pago com adicional de 20%, conforme 
previsto no art. 73, caput e § 2º da CLT. Diante disso, requer o pagamento de 
adicional noturno, com seus respectivos reflexos. 
- DO SALÁRIO IN NATURA 
A reclamante recebia graciosamente alimentação (almoço e lanche), sendo que 
tal verba deve ser integrada ao seu salário, com o pagamento das diferenças 
respectivas, conforme o Art. 458, caput ou § 3º, da CLT. 
- DO SALÁRIO-FAMÍLIA 
Manuela tem três filhos saudáveis, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme 
certidões de nascimento que apresentou. Nos seus contracheques, em todos os 
meses desde a admissão, havia o lançamento de crédito de um salário mínimo 
e de duas cotas de salário-família. Ou seja, é devida mais uma cota de salário 
família, conforme determinada o art. 66 da Lei 8.213/91, pois os três filhos da 
reclamante são menores de 14 anos de idade. Assim, requer o pagamento de 
uma cota de salário-família que não lhe foi paga durante a contratação. 
- DA DEVOLUÇÃO DO DESCONTO 
A reclamante, no ano de 2022, comprovadamente, doou sangue em duas 
ocasiões, faltou ao emprego em ambas e foi descontada a título de falta. Porém, 
o artigo 473, IV, da CLT autoriza a falta ao trabalho para doação de sangue, uma 
vez a cada 12 meses, e, razão disso a reclamante não poderia ter desconto no 
salário. Assim, requer o pagamento de 1 dia de desconto no salário em razão de 
falta para doação de sangue. 
- DA SUBSTITUIÇÃO 
Em 2020, em razão de doença, Benjamin ficou afastado do serviço por 90 dias 
e a reclamante o substituiu até o seu retorno. Em razão disso, lhe é devido o 
pagamento do período de substituição, com a remuneração do substituído, 
conforme súmula 159, I, do TST. 
- DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS 
Em razão da previsão do artigo 791-A da CLT, deve a reclamada ser condenada 
ao pagamento de honorários de sucumbência, sendo estes devidos entre 5% e 
15% do valor que resultar a liquidação de sentença, do proveito econômico, ou, 
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS: 
Diante do exposto, reclama: 
A) A distribuição por dependência; 
B) A reintegração ao emprego da reclamante, pelas razões apresentadas; OU, 
subsidiariamente, o deferimento de indenização compensatória no valor de 
R$.... 
C) A condenação da reclamada ao pagamento do intervalo interjornada que não 
foi respeitado, pois suprimido 1h30 de intervalo, com adicional de 50%, no valor 
DE R$... 
D) O pagamento de adicional noturno, pelo período de trabalho após às 22h, ou 
seja, 30 minutos de segunda a sexta, com adicional de 20%, no valor de R$... e 
reflexos; 
E) O pagamento de uma cota de salário-família que não foi paga durante a 
contratação, no valor de R$...; 
F) A devolução do desconto de um dia de trabalho do ano de 2022, em razão de 
doação de sangue, no valor de R$...; 
G) O pagamento do período de substituição do colega Benjamin, com o 
recebimento do salário do substituído, no valor de R$... e reflexos; 
H) o pagamento dos salários devidos até a reintegração, no valor de R$... e 
reflexos; 
 
POR FIM, REQUER: 
A) A notificação da reclamada para, querendo, apresentar resposta à presente 
reclamatório trabalhista, sob pena de revelia; 
B) O deferimento da tutela provisória de urgência, determinando-se a imediata 
reintegração ao emprego da reclamante; 
C) A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial o 
depoimento pessoal do representante legal da reclamada, a oitiva de 
testemunhas, prova pericial e juntada de novos documentos; 
D) A procedência dos pedidos, com a condenação da reclamada ao pagamento 
de todas as verbas postuladas, acrescidas de juros e correção monetária, bem 
como de honorários sucumbenciais; 
E) O deferimento do benefício da justiça gratuita. 
 
Valor da causa R$... 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local... Data... 
Advogado... OAB... 
 
● Situação-problema 09: 
 
AO JUÍZO DA 5º VARA DO TRABALHO DE BOM JESUS DA LAPA/BA. 
 
Processo número: 12345 
BANCO PRIME S/A, pessoa jurídica de direito privado, já qualificada nos autos, 
por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, com fundamento no art. 847 da CLT, apresentar: 
CONTESTAÇÃO 
à reclamação trabalhista proposta por Elis Montenegro, já qualificada nos autos 
do processo em epígrafe, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
- DA JORNADA DE TRABALHO E HORAS EXTRAS 
A reclamante alega jornada de trabalho das 08h00 às 20h00, de segunda a 
sexta-feira, com intervalo de 20 minutos. No entanto, tal jornada não corresponde 
à realidade, pois a reclamante exercia cargo de confiança e detinha autonomia 
em sua jornada, conforme artigo 62, inciso II, da CLT. 
- DO INTERVALO INTRAJORNADA 
Considerando que a jornada de trabalho da reclamante não se submete ao 
controle de horário, não há falar em descumprimento do intervalo intrajornada, 
conforme disposto no artigo 71, § 4º, da CLT. 
- DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
A reclamante alega atraso no pagamento das verbas rescisórias. Entretanto, tal 
alegação não encontra respaldo nos fatos, pois o pagamento foi realizado dentro 
do prazo previsto em lei, não havendo, portanto, violação ao artigo 477, § 6°, b, 
CLT da CLT. 
- DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
A reclamante requer equiparação salarial ao do funcionário Francisco de Paula, 
no entanto, tal equiparação salarial é indevida porque as funções eram diferentes 
conforme previsão do Art. 461, caput, CLT e Súmula 6, III TST. 
- ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA 
A reclamante requer adicional de transferência em razão da mudançada mesma 
para Bom Jesus Da Lapa, e lá fixando sua residência. No entanto, é indevido 
porque a transferência foi definitiva conforme previsão do Art. 469, § 3o, CLT e 
OJ 113 TST. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que sejam julgados totalmente 
improcedentes os pedidos formulados na reclamação trabalhista, condenando o 
reclamante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local... Data... 
Advogado... OAB... 
 
● Situação-problema 12: 
 
AO JUÍZO DA 5ª VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA/PB 
 
Processo número: 98.765 
FLORICULTURA JARDIM ENCANTADO LTDA., já qualificada nos autos do 
processo em epigrafe, por seu procurador (procuração em anexo, com endereço 
profissional completo...), vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento 
no art. 847 da CLT e art. 343 do CPC, oferecer: 
CONTESTAÇÃO com RECONVENÇÃO 
Aos termos da Reclamação Trabalhista ajuizada por HELENA TELLES, já 
qualificada nos autos do processo, pelas razões de fato e de direito que passa a 
expor: 
- DA PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
A Reclamante requer a aplicação da penalidade criminal cominada no art. 49 da 
CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido a infração 
prevista no referido diploma legal. Porém, a Justiça do Trabalho não tem 
competência criminal, conforme art. 114 da CF, sendo que o inciso IX apenas 
possibilita a discussão de outros assuntos quando relacionados com o trabalho. 
Ademais, a Súmula, nº 62 do STJ refere que a competência nesse caso será da 
Justiça Estadual. Diante do exposto, requer seja acolhida a presente preliminar 
para declarar a incompetência da justiça do trabalho para a análise de questão 
criminal. 
- DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL 
A reclamante afirmou ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano 
de saúde, tendo assinado, na admissão, contra a sua vontade, um documento 
autorizando a subtração mensal. Porém, em momento algum apresenta pedido 
corrente a tal, alegação, razão pela qual deve ser reconhecida a inépcia da 
petição inicial, nos termos do art. 330, 5 1º, I do CPC. Assim, requer seja acolhida 
a preliminar, com extinção do feito sem resolução de mérito quanto ao tema dos 
descontos. 
- DA PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
A reclamante ajuizou a presente ação em 27/02/2024, sendo que foi contratada 
em 25/10/2018. Diante disso, conforme art. 11 da CLT, art. 7º, XXIX da CF e 
Súmula, nº 308, I do TST, as pretensões anteriores aos últimos cinco anos, 
contados da data do ajuizamento estão prescritas. Assim, requer seja acolhida 
a prejudicial de prescrição extinguindo-se o feito quanto às parcelas anteriores a 
27/02/2019, com resolução de mérito. 
- DO ADICIONAL DE PENOSIDADE 
A Reclamante alega que no exercício da sua atividade, era constantemente 
furada pelos espinhos das flores que manipulava, e em razão disso requer o 
pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base. 
Ocorre que, o adicional de penosidade não foi regulamentado, embora previsto 
no art. 7°, XXIII da CF. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido da 
reclamante. 
- DAS HORAS EXTRAS 
A Reclamante requer o pagamento de horas extras com adição de 50%, 
explicando que cumpria a extensa jornada de segunda à sexta-feira, das 10h às 
20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, 
sem intervalo. Porém, a jornada da reclamante não ultrapassa o limite 
estabelecido no art. 7°, XIII da CF e art. 58 da CLT, pois não labora além de 8 
horas diárias ou 44 semanais. Diante do exposto, requer seja julgado 
improcedente o pedido da reclamante. 
- DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS MULTA DO ART. 477 
A Reclamante requer o pagamento da multa do art. 477, § 8°, da CLT, porque o 
valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a 
comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o 
prazo legal. Contudo o pagamento foi feito 20 dias após o aviso prévio, e por 
essa razão, dentro do prazo legal estabelecido no art. 477, §6 da CLT. Assim, 
requer seja julgado improcedente o pedido da reclamante. 
- DO DESCONTO DO PLANO DE SAÚDE - VÍCIO DE VONTADE 
A reclamante afirmou ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano 
de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento 
autorizando a subtração mensal. Ocorre que, conforme documento em anexo, 
assinado pela empregada, houve autorização para o desconto de plano de 
saúde. Assim, cabia a reclamante provar eventual vício no seu consentimento, 
conforme art. 818, I da CLT, bem como Súmula, nº 342 do TST e OJ 160 da 
SBDI-1 do TST. Diante disso, requer seja julgado improcedente o pedido da 
reclamante. 
- DA RECONVENÇÃO 
A sociedade empresária informou que assim que foi cientificada do aviso prévio, 
Estela teve uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude 
do empregador. A situação chegou a tal ponto que a segurança terceirizada 
precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanha-la até a porta de 
saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Estela começou a correr, 
pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente contra o prédio da 
empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. Em razão disso, a reclamada 
apresenta reconvenção, com fundamento no art. 343 do CPC, já que o dano 
causado pela empregada é doloso e gera a possibilidade de desconto pelo 
empregador, conforme art. 462, § 1º da CLT. Ademais, trata-se de ato ilícito que 
gera o dever de reparar, conforme os arts. 186 e 927 do CC. Diante do exposto, 
requer a condenação da reclamante ao pagamento para a reclamada de RS 
300,00, referente à recolocação do vidro atingido, conforme nota fiscal em anexo. 
- HONORÁRIOS - Reconvenção 
Além disso, a reclamante deve ser condenada ao pagamento de honorários de 
sucumbência, na reconvenção, conforme art. 791-A, § 5º da CLT. 
- HONORÁRIOS - Ação Principal 
Pelas razões apresentadas, a ação deve ser julgada improcedente, e em razão 
disso, deve a reclamante ser condenada ao pagamento de honorários de 
sucumbência ao advogado da reclamada, conforme art. 791-A da CLT. 
 
DOS PEDIDOS DA CONTESTAÇÃO 
Diante do exposto, requer: 
A) Seja colhida a preliminar de incompetência absoluta, bem como a preliminar 
de inépcia, pelas razões apresentadas; 
B) Seja acolhida a prejudicial de prescrição, com a extinção do feito com 
resolução de mérito quanto aos pedidos anteriores a 27/02/2019. 
C) Sejam, no mérito, julgados improcedentes os pedidos da reclamante; 
D) A condenação da reclamante em honorários de sucumbência; 
E) Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas. 
 
DOS PEDIDOS DA RECONVENÇÃO 
Diante do exposto requer: 
A) A procedência da reconvenção, para que a reclamante seja condenada ao 
pagamento de RS 300,00 para a reclamada; 
B) A intimação da reclamante para responder aos termos da reconvenção; 
C) A condenação da reclamante, ora reconvinda, ao pagamento de honorários 
de sucumbência; 
D) Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas. 
 
Dá à reconvenção o valor de R$ 300,00 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data... 
Advogado... OAB...

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