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Resumo Teórico Completo sobre os
Poderes Administrativos
Os poderes administrativos são prerrogativas conferidas à Administração Pública para
cumprir seus deveres e alcançar o interesse público, sempre dentro dos limites da lei. São
instrumentos essenciais que permitem à Administração exercer suas funções com
autoridade e eficácia. Os principais poderes administrativos são:
1. Poder Vinculado
2. Poder Discricionário
3. Poder Hierárquico
4. Poder Disciplinar
5. Poder Regulamentar
6. Poder de Polícia
Cada um desses poderes possui características específicas, aplicações práticas e
limitações que serão detalhadas a seguir. Também serão abordados conceitos relacionados,
como abuso de poder, desvio de finalidade, excesso de poder, e os atributos dos atos
administrativos (discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade).
1. Poder Vinculado
Conceito
O poder vinculado é aquele em que a lei estabelece de forma precisa todos os elementos
do ato administrativo (competência, finalidade, forma, motivo e objeto), não deixando
margem para valoração subjetiva pelo agente público. Neste caso, a atuação da
Administração é estritamente determinada pela lei, sem espaço para discricionariedade.
Características
● Atuação Obrigatória: O agente público deve praticar o ato conforme a lei
determina, sem qualquer liberdade de escolha.
● Elementos Rígidos: Todos os elementos do ato são previamente definidos pela
norma.
● Controle de Legalidade: O controle judicial é pleno, pois todos os aspectos do ato
estão vinculados à lei.
Exemplos
● Concessão de aposentadoria compulsória ao servidor que atinge a idade limite
estabelecida em lei.
● Emissão de alvará de funcionamento quando o requerente cumpre todos os
requisitos legais.
● Licença para dirigir veículos (CNH) quando o candidato atende às exigências legais.
Importante
● Sem Margem de Escolha: O agente público não pode alterar, omitir ou acrescentar
qualquer elemento ao ato.
● Vinculação Total à Lei: A atuação administrativa é mero cumprimento da norma
legal.
2. Poder Discricionário
Conceito
O poder discricionário é aquele em que a lei confere ao agente público certa margem de
liberdade para decidir sobre a melhor forma de atender ao interesse público, dentro dos
limites legais. Essa discricionariedade recai, principalmente, sobre o motivo (circunstâncias
de fato que justificam o ato) e o objeto (conteúdo do ato).
Características
● Liberdade Dentro da Lei: O agente público pode escolher, entre as opções
legalmente permitidas, aquela que melhor atenda ao interesse público.
● Juízo de Conveniência e Oportunidade: Avaliação sobre o momento adequado e
a melhor medida a ser tomada.
● Limitações: A discricionariedade não é absoluta; está sujeita aos princípios da
legalidade, moralidade, razoabilidade e proporcionalidade.
Exemplos
● Escolha do local e momento para realização de uma obra pública.
● Aplicação de sanção disciplinar ao servidor, escolhendo a penalidade mais
adequada dentro das previstas em lei.
● Concessão de licença para estabelecimento comercial, avaliando o impacto na
comunidade.
Limitações e Controle
● Princípios Administrativos: A atuação discricionária deve observar os princípios
da administração pública.
● Controle Judicial: O Poder Judiciário pode controlar os atos discricionários quanto
à legalidade, incluindo desvio de finalidade, violação de princípios e abuso de poder.
Importante
● Discricionariedade Não é Arbitrária: O agente público não pode agir de forma
caprichosa ou injustificada.
● Motivação dos Atos: Embora nem sempre exigida, é recomendável que os atos
discricionários sejam motivados para possibilitar o controle de legalidade.
3. Poder Hierárquico
Conceito
O poder hierárquico é a prerrogativa que permite à Administração organizar-se
internamente, estabelecendo níveis de subordinação entre órgãos e agentes, distribuindo
funções, competências e responsabilidades. Visa à coordenação, controle e fiscalização
das atividades administrativas.
Características
● Subordinação: Relação de hierarquia entre superiores e subordinados.
● Ordenação: Emissão de ordens e comandos aos subordinados.
● Fiscalização e Controle: Supervisão das atividades dos subordinados, podendo
rever, confirmar, anular ou revogar atos.
● Delegação e Avocação: Transferência ou assunção de competências entre os
níveis hierárquicos.
Delegação
● Conceito: Transferência de competências de um agente ou órgão para outro,
visando à eficiência administrativa.
● Regras: Deve ser formalizada, especificando as competências delegadas; não pode
incluir competências exclusivas.
Avocação
● Conceito: Assunção, pela autoridade superior, de competência atribuída a
subordinado.
● Regras: Deve ser excepcional, motivada e não pode abranger competências
exclusivas do subordinado.
Limitações
● Legalidade das Ordens: Ordens ilegais não devem ser cumpridas; o subordinado
tem o dever de recusar ordens manifestamente ilegais.
● Âmbito Interno: O poder hierárquico produz efeitos internos na Administração, não
se estendendo a particulares.
Importante
● Não Confundir com Poder Disciplinar: Embora relacionados, o poder hierárquico
refere-se à organização e ao controle interno, enquanto o poder disciplinar trata da
aplicação de sanções.
4. Poder Disciplinar
Conceito
O poder disciplinar é a prerrogativa da Administração Pública de apurar infrações e aplicar
sanções aos agentes públicos e, em certos casos, a particulares que têm vínculo jurídico
específico com a Administração (como contratos administrativos ou concessões).
Características
● Relação Jurídica Especial: Aplica-se a quem tem vínculo específico com a
Administração.
● Aplicação de Sanções: Advertência, suspensão, demissão, multas contratuais,
entre outras.
● Devido Processo Legal: Observância do contraditório e ampla defesa nos
processos disciplinares.
Exemplos
● Aplicação de suspensão a servidor público por infração disciplinar.
● Rescisão de contrato com empresa contratada pela Administração por
descumprimento contratual.
● Sanções aplicadas a alunos em escolas públicas por infrações ao regimento escolar.
Importante
● Não Confundir com Poder de Polícia: O poder disciplinar aplica-se a quem tem
vínculo específico com a Administração; já o poder de polícia aplica-se a particulares
em geral.
● Limitações Legais: As sanções e procedimentos devem estar previstos em lei ou
regulamento.
5. Poder Regulamentar
Conceito
O poder regulamentar é a atribuição conferida ao Chefe do Poder Executivo (Presidente
da República, Governadores e Prefeitos) para editar decretos e regulamentos com o
objetivo de detalhar e viabilizar a fiel execução das leis, sem inovar no ordenamento
jurídico.
Características
● Atos Normativos Secundários: Os decretos regulamentares complementam as
leis, mas não criam direitos ou obrigações novas.
● Competência Exclusiva: É prerrogativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo.
● Limitação à Lei: Os regulamentos não podem contrariar ou extrapolar o conteúdo
da lei que regulamentam.
Tipos de Regulamentos
● Regulamentos Executivos: Destinam-se a detalhar as leis para sua correta
aplicação.
● Regulamentos Autônomos: Nas hipóteses constitucionais (art. 84, VI, da CF/88),
podem dispor sobre organização e funcionamento da administração, desde que não
impliquem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos.
Limitações e Controle
● Legalidade: Regulamentos que excedem os limites legais podem ser sustados pelo
Poder Legislativo (art. 49, V, da CF/88) e anulados pelo Poder Judiciário.
● Vício de Excesso de Poder: Quando o regulamento cria obrigações não previstas
em lei, configura abuso de poder.
Importante
● Poder Normativo vs. Poder Regulamentar: O poder normativo é mais amplo e
abrange a edição de atos normativos por outras autoridades (ministros, secretários),
enquanto o poder regulamentar é exclusivo do Chefe do Executivo.
6. Poder de Polícia
Conceito
O poder de polícia é a prerrogativa da Administração Pública de restringir ou condicionar o
exercíciode direitos individuais em benefício do interesse público. Atua sobre atividades,
direitos ou bens particulares, visando à segurança, ordem, saúde, tranquilidade pública,
entre outros valores coletivos.
Características
● Discricionariedade: A Administração tem margem para escolher a melhor forma de
atuação dentro dos limites legais.
● Autoexecutoriedade: A Administração pode, em certos casos, executar
diretamente suas decisões sem necessidade de autorização judicial.
● Coercibilidade: As medidas de polícia são coercitivas, podendo impor obrigações
ou restrições aos particulares.
Fases do Poder de Polícia
1. Legislação ou Ordem de Polícia: Criação das normas legais que fundamentam a
atuação administrativa.
2. Consentimento de Polícia: Atos que autorizam ou permitem o exercício de certas
atividades (licenças, autorizações).
3. Fiscalização de Polícia: Verificação do cumprimento das normas pelos particulares.
4. Sanção de Polícia: Aplicação de penalidades em caso de infrações (multas,
interdições).
Exemplos
● Fiscalização sanitária em estabelecimentos comerciais.
● Aplicação de multas de trânsito por infrações às normas de circulação.
● Interdição de estabelecimentos que não cumprem normas de segurança.
Delegação do Poder de Polícia
● A Particulares: Em regra, não se pode delegar o poder de polícia a entidades
privadas não integrantes da Administração Pública.
● A Entidades da Administração Indireta: É possível delegar a entidades de direito
público (autarquias) e, em certos casos, a entidades de direito privado integrantes da
Administração, desde que atendidos os requisitos legais e jurisprudenciais
(conforme entendimento do STF).
Limitações e Controle
● Legalidade e Proporcionalidade: A atuação deve ser adequada e necessária para
atingir o interesse público.
● Controle Judicial: O Poder Judiciário pode avaliar a legalidade e a
proporcionalidade dos atos de polícia.
Importante
● Polícia Administrativa vs. Polícia Judiciária: A polícia administrativa atua
preventivamente sobre atividades e bens, enquanto a polícia judiciária atua
repressivamente sobre pessoas, investigando infrações penais.
7. Abuso de Poder
Conceito
O abuso de poder ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência
ou desvia-se da finalidade pública, praticando atos ilegais. É um gênero que abrange duas
espécies:
1. Excesso de Poder
2. Desvio de Finalidade (ou Desvio de Poder)
Excesso de Poder
● Conceito: Ocorre quando o agente público atua fora dos limites de sua competência
legal.
● Exemplo: Um agente municipal aplicando sanção que somente poderia ser imposta
por autoridade estadual.
● Consequências: O ato é nulo por vício de competência.
Desvio de Finalidade
● Conceito: Ocorre quando o agente, embora competente, pratica o ato com
finalidade diversa da prevista em lei.
● Exemplo: Remoção de servidor para puni-lo ou persegui-lo, sob pretexto de
necessidade do serviço.
● Consequências: O ato é nulo por vício de finalidade.
Características Gerais
● Atos Comissivos ou Omissivos: O abuso de poder pode ocorrer tanto pela ação
quanto pela omissão do agente público.
● Vício de Legalidade: Configura ilegalidade que pode ser controlada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
● Responsabilização do Agente: O agente pode ser responsabilizado civil, penal e
administrativamente.
Importante
● Princípios Violados: O abuso de poder viola os princípios da legalidade,
moralidade, impessoalidade e finalidade.
● Controle Judicial: O Judiciário pode anular atos abusivos e determinar reparação
de danos.
8. Atributos dos Atos Administrativos Relacionados
aos Poderes
Discricionariedade
● Conceito: Liberdade conferida ao agente público para decidir, dentro dos limites
legais, considerando a conveniência e a oportunidade.
● Aplicação: Presente nos atos discricionários, como no poder de polícia e poder
disciplinar.
Autoexecutoriedade
● Conceito: Possibilidade de a Administração executar diretamente seus atos sem
necessidade de autorização judicial prévia.
● Aplicação: Atos do poder de polícia que exigem atuação imediata (ex: apreensão
de mercadorias irregulares).
● Limitações: Deve estar prevista em lei ou ser indispensável para a eficácia do ato.
Coercibilidade
● Conceito: Capacidade de impor obrigações aos administrados, mesmo contra sua
vontade, inclusive com uso legítimo da força.
● Aplicação: Atos de polícia administrativa, como interdição de estabelecimento.
Importante
● Limites aos Atributos: Devem ser exercidos dentro dos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade.
● Controle Judicial: A utilização inadequada dos atributos pode ser revista pelo
Judiciário.
9. Delegação e Avocação
Delegação
● Conceito: Transferência de competências de um agente ou órgão para outro, com o
objetivo de descentralizar e agilizar a administração.
● Regras:
○ Facultativa: Salvo quando a lei determinar.
○ Formalização: Deve ser formalizada por meio de ato administrativo.
○ Limitações: Não pode incluir competências exclusivas ou atos normativos.
Avocação
● Conceito: Assunção, pela autoridade superior, de competência atribuída a
subordinado.
● Regras:
○ Excepcionalidade: Deve ocorrer em casos excepcionais e ser devidamente
motivada.
○ Limitações: Não pode abranger competências exclusivas do subordinado.
Importante
● Princípio da Eficiência: Delegação e avocação visam melhorar a prestação dos
serviços públicos.
● Transparência: Atos de delegação e avocação devem ser publicados para
conhecimento dos interessados.
10. Controle dos Atos Administrativos
Controle Administrativo
● Princípio da Autotutela: A Administração tem o poder-dever de rever seus próprios
atos, anulando-os quando ilegais e revogando-os por motivo de conveniência ou
oportunidade.
● Anulação: Extinção do ato ilegal, com efeitos retroativos (ex tunc).
● Revogação: Extinção do ato válido, mas inconveniente ou inoportuno, com efeitos
prospectivos (ex nunc).
Controle Legislativo
● Fiscalização Política: O Poder Legislativo pode fiscalizar os atos do Executivo,
especialmente quanto ao exercício do poder regulamentar.
● Sustação de Atos Normativos: O Congresso Nacional pode sustar atos normativos
do Executivo que exorbitem do poder regulamentar (art. 49, V, da CF/88).
Controle Judicial
● Legalidade: O Poder Judiciário pode controlar a legalidade dos atos administrativos,
anulando aqueles que forem ilegais ou ilegítimos.
● Limitações: Não pode apreciar o mérito administrativo (conveniência e
oportunidade), salvo em casos de abuso de poder.
Importante
● Independência dos Poderes: O controle judicial não viola a separação dos
poderes, pois atua para garantir a legalidade.
● Direito de Petição: Qualquer cidadão pode provocar o controle dos atos
administrativos.
11. Princípios Constitucionais da Administração
Pública
Legalidade
● Conceito: A Administração só pode atuar conforme previsto em lei.
● Aplicação: Todos os atos devem estar embasados em norma legal.
Impessoalidade
● Conceito: Vedação de favorecimentos ou perseguições pessoais.
● Aplicação: Atuação objetiva, visando ao interesse público.
Moralidade
● Conceito: Atuação ética e honesta, observando padrões de probidade.
● Aplicação: Rejeição de atos imorais, ainda que legais.
Publicidade
● Conceito: Transparência dos atos administrativos.
● Aplicação: Necessidade de divulgação oficial para produção de efeitos.
Eficiência
● Conceito: Atuação administrativa com qualidade e produtividade.
● Aplicação: Busca pela otimização dos recursos e melhoria dos serviços.
Importante
● Princípios Implícitos: Além dos explícitos na Constituição, outros princípios como
razoabilidade e proporcionalidade também orientam a Administração.
● Hierarquia dos Princípios: Em caso de conflito, deve-se buscar harmonização,
ponderando os princípios envolvidos.
12. Polícia Administrativa vs. Polícia Judiciária
Polícia Administrativa
● Natureza: Preventiva e, em alguns casos, repressiva.
● Objeto: Atividades, bens e direitos dos particulares.
● Órgãos Atuantes:Diversos órgãos da Administração Pública (vigilância sanitária,
meio ambiente, trânsito).
● Finalidade: Assegurar o bem-estar da coletividade, prevenindo infrações
administrativas.
Polícia Judiciária
● Natureza: Repressiva, atuando após a ocorrência de infrações penais.
● Objeto: Pessoas, investigando a autoria e materialidade de crimes.
● Órgãos Atuantes: Polícias Civil e Federal.
● Finalidade: Apurar infrações penais e auxiliar o Poder Judiciário.
Distinções Importantes
● Competências: A polícia administrativa não atua em matéria penal; a polícia
judiciária não exerce poder de polícia administrativa.
● Atribuições: Convocar testemunhas, realizar investigações criminais são
atribuições da polícia judiciária.
13. Jurisprudência Relevante
Delegação do Poder de Polícia
● Entendimento do STF: Admite-se a delegação de atividades de fiscalização e
aplicação de sanções a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da
Administração Pública (ex: autarquias, fundações públicas), desde que atendidos
certos requisitos:
○ Capital Social Majoritariamente Público: A entidade deve ser controlada
pelo poder público.
○ Prestação de Serviço Público Próprio do Estado: A atividade deve ser
típica de Estado.
○ Regime Não Concorrencial: A entidade não deve atuar em mercado
competitivo visando lucro.
Competência das Agências Reguladoras
● Poder de Polícia Normativo: O STF reconheceu que as agências reguladoras
exercem poder de polícia ao editar atos normativos que organizam e fiscalizam as
atividades reguladas.
● Limitações: Devem atuar dentro dos limites legais, sem inovar o ordenamento
jurídico de forma autônoma.
Importante
● Atos Normativos Secundários: As agências podem detalhar a lei, mas não criar
obrigações não previstas em lei.
● Controle Judicial e Legislativo: Atos que extrapolem os limites legais podem ser
sustados ou anulados.
14. Dicas para Evitar Confusões Comuns
● Não Confundir Poder Disciplinar com Poder de Polícia: O poder disciplinar
aplica-se a quem tem vínculo específico com a Administração; o poder de polícia
aplica-se a particulares em geral.
● Não Confundir Poder Hierárquico com Poder Regulamentar: O poder hierárquico
refere-se à organização interna; o poder regulamentar é exercido pelo Chefe do
Executivo para detalhar leis.
● Atentar para as Limitações Legais: Todos os poderes administrativos estão
sujeitos à lei e aos princípios administrativos.
● Identificar os Atributos dos Atos: Saber diferenciar entre discricionariedade,
autoexecutoriedade e coercibilidade ajuda a compreender a natureza do ato.
15. Conclusão
Os poderes administrativos são fundamentais para que a Administração Pública cumpra
seus objetivos e atenda ao interesse público. Compreender suas características, limitações
e aplicações práticas é essencial para o estudo do Direito Administrativo e para a atuação
profissional na área. Sempre que estudar ou enfrentar questões sobre o tema, é importante
lembrar dos princípios que regem a Administração e dos controles existentes para prevenir
e corrigir abusos.

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