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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO PETRONIO PORTELA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS CURSO DE BACHARELADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS SOCIOLOGIA GERAL E DAS ORGANIZAÇÕES PEDRO LUCAS DE SOUSA CRUZ RESUMO I Capítulo 9: O Poder nas Organizações, do livro “Sociologia das Organizações”, de Reginaldo Dias. TERESINA 2024 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PEDRO LUCAS DE SOUSA CRUZ RESUMO I: Capítulo 9, O Poder nas Organizações, do livro “Sociologia das Organizações”, de Reginaldo Dias. Trabalho entregue à disciplina Sociologia Geral e das Organizações do Centro de Ciências Humanas e Letras, a ser utilizado para obtenção de nota. Professor(a): Ana Beatriz Martins Dos Santos Saraime TERESINA 2024 SUMÁRIO 1. Introdução .......................................................................................................................... 4 2. Fontes e Tipos de Poder .................................................................................................... 4 3. O Exercício do Poder e os Jogos Políticos ....................................................................... 4 4. Poder e Conflito ................................................................................................................. 4 5. Cultura Organizacional e Legitimação do Poder ........................................................... 5 7. Conclusão ........................................................................................................................... 5 Referências ................................................................................................................................ 7 4 1. Introdução No capítulo que abrange o diz respeito a respeito ao poder nas organizações, contemplado entre as páginas 185 e 210 do livro “Sociologia das Organizações” de Reinaldo Dias, referência trabalhada na disciplina e objeto deste resumo, o autor apresenta uma análise detalhada sobre como o poder se manifesta, é exercido e impacta o ambiente organizacional. Dias parte do ideal de que o poder é uma peça-chave nas relações humanas, especialmente em contextos organizados, onde estruturas hierárquicas e interesses eu tenham dicotomias tornam suas dinâmicas ainda mais desafiadoras. Ele define o poder como a capacidade de influenciar comportamentos, tomar decisões ou controlar recursos, seja por meio de persuasão, coerção ou recompensas. 2. Fontes e Tipos de Poder Inicialmente, o autor explora as diferentes origens do poder, como surgem e se estabelecem no contexto formal, que podem incluir a autoridade formal, a especialização técnica, o controle de informações e as redes de relacionamentos. A autoridade formal, vinculada às posições hierárquicas, é uma das formas mais evidentes de poder dentro das organizações, uma vez que se relaciona diretamente com os cargos ocupados e as responsabilidades atribuídas. Contudo, Dias ressalta que o poder formal não explica em sua totalidade todas as relações de influência no ambiente corporativo, já que fatores informais, como o carisma, a habilidade de persuasão e a influência interpessoal, também desempenham papéis e impacto. O autor recorre a abordagens de teóricos clássicos para embasar seu pensamento e sustentar seu pressuposto para o viés acadêmico, como as de Max Weber, que divide o conceito de autoridade em três tipos principais: tradicional, carismática e racional-legal, sendo esta última a mais recorrente nas organizações modernas. A autoridade racional-legal é baseada em regras e normas previamente estabelecidas, delegando assim legitimidade ao poder exercido pelos gestores ou alta hierarquia. Além disso, o texto dialoga com as ideias de Michel Foucault, destacando que o poder não se limita a indivíduos específicos, mas sim está presente em todas as relações sociais como uma rede que conecta diferentes agentes. 3. O Exercício do Poder e os Jogos Políticos Outro aspecto central explorado por Dias é a forma como o poder é exercido nas organizações. Destacando que o poder pode ser imposto de maneira direta ou utilizado de maneira mais sutil, por meio da inserção do consenso e da cooperação. Nesse prisma, surgem os jogos políticos, que consistem na negociação de interesses, na formação de alianças e na manipulação de informações para alcançar objetivos individuais ou coletivos. Esses jogos refletem a realidade política das organizações, onde seja o indivíduo ou o grupo cujo está inserido competem por recursos, reconhecimento e influência. Ressaltando que esses jogos políticos podem ter reflexos tanto positivos quanto negativos na organização, macro ou micro. Por um lado, podem alavancar a inovação, a adaptação e a mudança organizacional. Por outro lado, se conduzidos de maneira errônea, podem gerar conflitos, prejudicar o ambiente de trabalho e criar um clima de desconfiança entre os colaboradores. 4. Poder e Conflito 5 O autor também analisa a ação e reação entre poder e conflito, apontando que o poder geralmente está atrelado a disputas e oposição de interesses. Em uma organização, é tácito que surjam desentendimentos entre diferentes escalas hierárquicas, departamentos ou grupos com finalidades distintas. No entanto, nem todos os conflitos são maléficos. É seguido na argumentação que, quando bem gerenciados, os conflitos podem ser construtivos, incentivando a criatividade, a busca por soluções inovadoras e o aprimoramento dos processos organizacionais. Além disso, aborda-se o parâmetro da resistência ao poder. Os subordinados nem sempre aceitam de maneira passiva as decisões ou ordens impostas pela liderança, tal qual “A Revolução dos Bichos”, ensaio de Orwell, que apresenta que a estabilidade de um grupo inserido em um sistema só obtém manutenção através da inércia do mesmo, quando essa se rompe a união faz a força e o sistema se remodela. Essa resistência pode se manifestar de diversas formas, desde a não conformidade até atos mais explícitos de oposição. Compreender essas manifestações é essencial para que os gestores possam equilibrar o uso da autoridade e o incentivo ao diálogo, promovendo maior alinhamento e cooperação. 5. Cultura Organizacional e Legitimação do Poder Outro ponto destacado no texto é o papel que a cultura organizacional desempenha na legitimação do poder. A cultura, estruturada por valores, normas e crenças compartilhadas, influencia diretamente como o poder é exercido e refletido no âmbito da organização. Nas que tangem a órbita das autoritárias, por exemplo, o poder tende a ser centralizado e imposto de maneira rígida. Em contrapartida, em ambientes mais colaborativos, o poder é mais visto e distribuído de forma mais equilibrada, incentivando a participação de todos os membros, inclinando-se semelhante à cultura da organização descentralizada, mas ponderando limites. Segundo Dias, essa legitimação pode se basear em diferentes fontes, como a tradição, o carisma dos líderes ou a racionalidade das estruturas organizacionais. A cultura tem um papel central nesse processo, pois fornece uma base simbólica que ajuda a justificar e consolidar o poder de quem lidera. No entanto, essa legitimação não é algo fixo, ela precisa ser constantemente reforçada e adaptada às mudanças no contexto interno e externo. Entender essa relação entre cultura e poder é essencial para perceber como as organizações se estruturam e lidam com desafios ao longo do tempo. 6. Poder e Liderança Dedicando atenção à relação entre poder e liderança, destacando como os líderes utilizam diferentes nuances de poder para inspirar, influenciar e motivar suas equipes. Para exercer uma liderança eficaz, não basta contar apenas com a autoridade formal conferida pelocargo. É necessário desenvolver habilidades interpessoais e de comunicação que construam confiança, engajamento e colaboração entre os colaboradores. Explorando os diferentes tipos de poder, como o coercitivo, o legítimo, o de recompensa, o de referência e o de especialização, mostrando como cada um pode ser usado pelos líderes em diferentes contextos. Além disso, enfatiza que a liderança eficaz está relacionada à capacidade de equilibrar essas formas de poder, promovendo cooperação, motivação e um ambiente organizacional saudável. Assim, o poder e a liderança tornam-se ferramentas indispensáveis para a gestão e o sucesso das organizações. 7. Conclusão 6 Ao concluir do resumo, percebe-se que Reinaldo Dias enfatiza que o poder é uma dimensão necessária para o funcionamento das organizações. No entanto, também são enfatizados os riscos associados ao seu uso não condizente com finalidades plausíveis, que podem gerar desequilíbrios, tensões e ineficácias dentro do espaço amostral da instituição onde tais conceitos e práticas serão aplicados. Portando, foi defendido no capítulo que o poder deve ser exercido e aplicado de forma ética e transparente, respeitando os valores e culturas do espaço organizacional e os direitos individuais. Logo, se fazer entendedor da manutenção das dinâmicas de poder não é apenas um saber de esfera teórica, mas uma necessidade tangível para gestores e líderes, ocupantes das altas hierarquias, que buscam equilibrar autoridade, influência e participação. Quando bem utilizado, o poder pode ser um fator decisivo para promover ambientes de trabalho produtivos, equitativos e alinhados aos objetivos organizacionais. Dessa forma, o texto oferece uma visão abrangente e acessível, ainda nos conformes da escrita acadêmica, sobre a relevância do poder nas organizações, conectando fundamentos sociológicos à prática cotidiana da gestão. 7 Referências DIAS, Reinaldo. O poder nas organizações. In: Sociologia das Organizações. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 185-210.