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Áurea Pereira de Almeida A importância da Educação Especial no ensino regular. 2024 Brasília de Minas Áurea Pereira de Almeida A importância da Educação Especial no ensino regular. Projeto de Intervenção da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso da Segunda Graduação em Educação Especial p/ Licenciados – Faculdade Única EaD, como requisito obrigatório para conclusão do curso. 2024 Brasília de Minas SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1. Apresentação 1.2. Situação Problema 1.3. Local da Intervenção 1.4. Sujeitos Envolvidos na Intervenção 2. OBJETIVOS 2.1. Geral 2.2. Específicos 3. JUSTIFICATIVA 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5. PERCURSO METODOLÓGICO 6. RECURSOS 7. AVALIAÇÃO 8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 9. RESULTADOS ESPERADOS REFERÊNCIAS Segunda Graduação: Educação Especial p/ Licenciados INTRODUÇÃO Apresentação Anteriormente, tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A educação inclusiva aparece visando acabar com essa separação. Ela é a educação especial na escola regular para permitir a convivência e a integração social dos alunos com deficiência, favorecendo a diversidade. A educação especial é o ramo da educação voltado para o atendimento e educação de pessoas com alguma deficiência. Ela se dá preferencialmente em instituições de ensino regulares ou ambientes especializados, por exemplo, as escolas para surdos. Uma escola inclusiva é melhor para todos, tanto para a instituição quanto para a comunidade, pais e estudantes. Algumas das vantagens que podemos destacar são: melhora da imagem da instituição: ao abraçar práticas inclusivas, a escola tem a chance de se tornar referência no mercado e se mostrar alinhada ao futuro e uma nova visão da educação, estímulo ao respeito e às diferenças: cada vez mais, escolas contemporâneas têm se preocupado com a formação integral dos estudantes, indo além do conhecimento técnico. Ou seja, a escola tem um papel importante no ensino de conceitos como tolerância, cooperação e respeito às diferenças e desenvolvimento de uma comunidade mais próxima: o grupo de educadores, pais e alunos que fazem parte da comunidade escolar tende a formar vínculos mais profundos e coesos por meio do exercício da inclusão. Situação Problema Os impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de uma pessoa se constituem em deficiência quando a sua interação com o ambiente forma barreiras que impossibilitam a sua participação plena na sociedade. Para que o ambiente social, político e econômico inclua essas pessoas de maneira efetiva, surgem os direitos das pessoas com deficiência, que visam garantir as condições necessárias de igualdade e acessibilidade para as pessoas com deficiência (PcD). A integração e a inclusão plena das pessoas com deficiência (PcD) na sociedade encontram desafios e obstáculos que dificultam a implementação dos direitos dessas pessoas. Um desses desafios diz respeito ao capacitismo, relacionado à discriminação contra pessoas com deficiência, que acaba contribuindo para a exclusão e o não acesso das PcD em espaços e ambientes essenciais para a sua cidadania e o seu desenvolvimento humano. Ainda há falta de preparo e capacitação dos professores para lidarem com os alunos com algumas deficiências como o Braile. O número de professores especialistas em Libras ou Braile, por exemplo, ainda está aquém do desejado. Muitas escolas públicas também não têm os recursos financeiros necessários para fazer as adaptações ou comprar os equipamentos fundamentais às necessidades de seus alunos com deficiência Local da Intervenção Escola de Ensino Regular que possui sala de recursos e alunos com Educação Especial que é a . Escola Estadual Mestra Bila. Sujeitos Envolvidos na Intervenção Professores, demais funcionários da escola, alunos, comunidade e pais ou responsáveis, . OBJETIVOS Geral • Assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, • Orientar os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação. • Incluir os alunos de Educação especial aos demais alunos do ensino regular Específicos • Conhecimento: Relatar. Enunciar. Inscrever. • Análise: Investigar Experimentar Comparar. • Avaliação: Validar. Igualar Ordenar. JUSTIFICATIVA Esta atividade me trouxe inúmeros benefícios tanto profissionais, quanto pessoais para minha aprendizagem. Foi muito enriquecedor para minha bagagem educacional, pois através deste projeto eu consegui difundir conhecimentos sobre o tema, a fim de garantir que recursos de acessibilidade sejam verdadeiramente aplicados. Na prática, a educação especial é um importante instrumento para reduzir desigualdades e barreiras que atrapalham o desenvolvimento educacional e social de pessoas com alguma deficiência ou alta habilidade Me facilitou na inclusão dos alunos no ambiente escolar, além de promover metodologias, pedagogias, estratégias e adaptações de acordo com a necessidade do aluno e foi fundamental aprender e difundir conhecimentos sobre o tema, a fim de garantir que recursos de acessibilidade sejam verdadeiramente aplicados., FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Desde 1961, com a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Estado brasileiro busca fundamentar o atendimento educacional às pessoas com deficiência. Apesar de o texto possuir alguns termos que estão em desacordo com os direitos das pessoas com deficiência, o texto prevê que a educação de PCDs deve equiparar-se à educação geral. A segunda LDB, a lei 5692 de 1971, foi feita na época da ditadura militar. Esse texto afirmava que os alunos com deficiência, com atraso considerável – ou superdotação – quanto à idade regular, devem receber tratamento especial. Contudo, a lei não promovia a inclusão correta, crianças com deficiência deveriam ir para escolas especiais. Com a aprovação da Constituição Federal, de 1988, a Educação Básica passou a ser obrigatória dos 4 aos 17 anos. Além disso, a Carta Magna brasileira afirmava que é dever do Estado garantir o atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. No ano de 1994, surgiu a Política Nacional de Educação Especial, que foi considerada um atraso no que diz respeito à inclusão escolar. Porque propunha um processo que permitia aos alunos com deficiência ingressarem em classes regulares, apenas se as crianças fossem capazes de desenvolver as atividades da mesma maneira que os demais estudantes. A evolução das leis e da política para educação especial e inclusiva é um reflexo dos estudos na área. Em especial, na área da psicologia da educação. >> Aprofunde seu entendimento sobre Psicologia da Educação A atual Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, a lei 9394, possui um capítulo específico para a educação especial. Esse prevê o apoio especializado na escola regular para atender os alunos com deficiência. Além disso, o texto afirma que o atendimento só será feito em classes, escolas ou serviços especiais, quando não for possível a integração em classes regulares. Ao longo dos anos, até 2014, muitos decretos e leis foram aprovados e revogados. Neste ano em questão, o Plano Nacional de Educação foi aprovado e tinha como objetivo universalizar a educação para população, entre 4 e 17 anos, com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. Neste período, surgiram muitos cursos de pós-graduação em educação especial e inclusiva. Além disso, o ensino de libras na escola passou a ser estimulado. >> Leia sobre ensino de libras na escola Em 2020, o Governo Federal instituiu a Política Nacional de Educação Especial, cujo objetivo é substituir o Plano Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, de 2008. É considerada um retrocesso na inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. Afinal, o documento atual estimula a matrícula de alunos com deficiência em escolas especiais, nas quais os estudantes ficarão segregados. PERCURSO METODOLÓGICO Para existir uma práticapedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível, são requeridas mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, como também na formação humana dos professores e nas relações família-escola. Portanto, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns exige que a escola regular se organize. Acompanhe as adaptações necessárias para receber alunos com necessidades especiais: • Adaptação do projeto pedagógico: além de receber a matrícula de alunos com necessidades especiais de educação, as escolas precisam oferecer um projeto pedagógico inclusivo. Mas além dessas mudanças necessárias, também é importante eliminar as barreiras arquitetônicas, introduzir recursos e tecnologias assistivas e dispor de profissionais do ensino especial. • Preparo do corpo docente: a capacitação dos professores deve incluir um plano para que eles e demais funcionários aprendam como podem contribuir com a educação inclusiva. Assim, dentro de suas funções específicas, todos precisam estar preparados para atuar de forma positiva na educação desses alunos. • Uso de recursos tecnológicos: a utilização da tecnologia contribui muito para o desenvolvimento dos estudantes com necessidades específicas. E muitas vezes isso não está relacionado a aparatos caros, mas sim a recursos inteligentes que ajudam a garantir o aprendizado. Logo, quanto mais variadas forem as atividades, maiores serão as chances de respostas positivas dos estudantes. • Medição do desempenho: também é importante que os educadores pensem nas lógicas inclusivas na hora de avaliar os conhecimentos de cada estudante. Assim, é recomendado que os processos avaliativos não sejam diferenciados, pois essa diferenciação não é saudável. Portanto, é necessário prover os recursos de acessibilidade fundamentais para que as crianças com alguma deficiência participem da mesma avaliação dos demais colegas. • Conhecer o estudante de forma integral: outra maneira de proporcionar o desenvolvimento para alunos especiais é buscando compreender profundamente as individualidades de cada um. Isso pode ser feito ao conhecer seu histórico escolar, suas preferências e habilidades. Dessa maneira, é possível encontrar formas mais favoráveis para promover seu crescimento socioemocional. • Fomentar um ambiente de cooperação e livre de preconceitos: a escola não deve ser um ambiente de discriminação e exclusão. Portanto, é desejável que os professores e colaboradores ofereçam atividades colaborativas, incentivem a noção de respeito ao próximo e compreendam que todos têm o mesmo valor e importância. Nesse sentido, é importante criar um planejamento para discutir com alunos e pais temas como bullying, questões de direito, respeito e acolhimento. • Realizar parceria entre escola e família: a família também não pode deixar de contribuir para o engajamento das crianças na escola. O diálogo entre instituição e familiares deve permanecer aberto, de modo a proporcionar a oportunidade de detectar o que está funcionando bem no processo de ensino-aprendizagem e as dificuldades que são encontradas pelos alunos com necessidades especiais. RECURSOS Livro didático, computador. data Show, quadro, caderno, lápis, borracha, caneta. AVALIAÇÃO Eu optei por avaliar de forma comparativa, que consiste na modalidade que se propõe a mensurar e averiguar o aproveitamento e o nível de conhecimento e as habilidades dos alunos. Tem como objetivo qualificar o ensino, possibilitando a reflexão sobre o que foi aprendido e o que ainda precisa ser ensinado. Aplicada durante ou depois de uma aula, ela pode acontecer por meio de: testes rápidos e/ou trabalhos simples durante ou ao final das aulas, resumo dos conteúdos trabalhados, observação de desempenho, relatórios, atividades para casa, autoavaliação e avaliações em pares. É importante reforçar que as avaliações escolares devem acontecer de maneira contínua e fazer parte de um ciclo avaliativo. Seus resultados são essenciais para fundamentar decisões e possibilitar uma atuação estratégica dos educadores. Por meio dos dados levantados, a escola pode identificar o valor de estar alinhada às tendências do futuro da educação por meio da escola digital, ou ainda experimentar novos recursos para transmitir o conteúdo aos estudantes, a partir de metodologias ativas de aprendizagem, por exemplo. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Previstas pelo menos 10h a distância para realização das leituras e elaboração de produções, Orientação em pesquisas a referenciais teóricos Rodas de discussão fundamentada com os profissionais da escola, reuniões com os pais ou responsáveis e a passeata pela comunidade. RESULTADOS ESPERADOS A educação inclusiva é um processo contínuo e dinâmico, que implica a participação de todos os envolvidos, inclusive do próprio educando. Por isso, é importante, antes de qualquer coisa, garantir sua presença na escola. Para que a equipe pedagógica possa conhecê-lo bem e assim buscar identificar meios de garantir sua inclusão efetiva. REFERÊNCIAS Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/1996 – Lei nº 4.024/1961. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 20151Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) 13 image1.png