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1 
 
MODELOS DE TESES PARA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
 
Conforme já falado diversas vezes, as teses jurídicas podem ser consideradas o coração da petição 
inicial, sendo os principais temas que pontuarão na correção da prova da 2ª fase. 
 
Para elaboração das teses e direitos debatidos na petição inicial, sugerimos que sejam adotados os 
modelos abaixo apresentados. Frisa-se que se trata apenas de uma sugestão, podendo ser adaptado 
para cada caso em particular, bem como à escrita e estilo de cada candidato. Não obstante, sempre 
busque estabelecer uma linha de raciocínio lógica, com a aplicação do silogismo, ou seja, com a 
elaboração de PREMISSA MAIOR, PREMISSA MENOR e CONCLUSÃO. Igualmente, busque utilizar um 
padrão de escrita, se possível, utilizando o texto da lei/súmula/oj como fundamentação da própria peça. 
 
 
A) PRELIMINARES DA PETIÇÃO INICIAL 
 
1) Benefícios da Justiça Gratuita 
 
O Reclamante preenche os requisitos legais previstos no artigo 790, § 3º e § 4º, da CLT, uma vez que 
desempregado, motivo pelo qual requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita. 
OU 
O Reclamante preenche os requisitos legais previstos no artigo 790, § 3º e/ou § 4º da CLT, uma vez que 
recebia salário inferior a 40% do teto do INSS, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), motivo pelo qual 
requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita. 
 
2) Tramitação Preferencial 
 
O Reclamante tem mais de sessenta anos, motivo pelo qual requer a tramitação preferencial do presente 
processo, nos termos do artigo 1048, inciso I, do CPC. 
OU 
O Reclamante é portador de doença grave, conforme documentos, motivo pelo qual requer a tramitação 
preferencial do presente processo, nos termos do artigo 1048, inciso I, do CPC. 
OU 
O Reclamante é menor, pois possui idade abaixo de dezoito anos, motivo pelo qual requer a tramitação 
preferencial do presente processo, nos termos do artigo 1048, inciso II, do CPC. 
OU 
O Reclamante foi vítima de violência doméstica e familiar, conforme documentos, motivo pelo qual 
requer a tramitação preferencial do presente processo, nos termos do artigo 1048, inciso III, do CPC. 
 
 
 
 
 
2 
OU 
O Reclamante ingressou com a presente ação em face da Reclamada, que é uma massa falida, motivo 
pelo qual requer a tramitação preferencial do presente processo, nos termos do artigo 652, § único, da 
CLT. 
 
3) Prevenção – Distribuição por dependência 
 
O Reclamante já havia distribuído ação anterior, que foi arquivada, conforme documentos, motivo pelo 
qual requer a distribuição por dependência à este juízo da .... Vara do Trabalho de .........., nos termos do 
artigo 286, inciso II, do CPC. 
 
4) Tutela Provisória 
 
O Reclamante é portador de estabilidade provisória, tendo sido dispensado sem justa causa, motivo pelo 
qual se faz necessária a sua reintegração imediata no quadro de empregados da Reclamada, através de 
concessão de tutela provisória de urgência, pois ainda se encontra dentro do período de estabilidade, 
nos termos do artigo 300 do CPC. 
OU 
O Reclamante foi dispensado sem justa causa pela empresa Reclamada, não lhe sendo fornecidos os 
documentos para saque do FGTS e habilitação no seguro-desemprego, motivo pelo qual requer a 
concessão de tutela provisória de urgência para liberação de alvarás para saque do FGTS e habilitação 
no seguro-desemprego, nos termos do artigo 300 do CPC. 
 
 
B) MÉRITO – TESES DA PETIÇÃO INICIAL 
 
1) Reconhecimento de vínculo de emprego 
 
O Reclamante foi contratado pela Reclamada, porém, não teve a sua CTPS assinada e nem o contrato 
de trabalho reconhecido, tendo sido contratado de forma fraudulenta na condição de autônomo. 
 
Todavia, é certo que durante a prestação de serviços, o Reclamante possuía todos os requisitos para 
caracterização do vínculo de emprego, quais sejam, a subordinação, a habitualidade, a onerosidade e a 
pessoalidade, previstos no artigo 3º da CLT, motivo pelo qual deve ser reconhecido o contrato de 
trabalho existente entre as partes. 
 
Assim, requer o reconhecimento de vínculo de emprego entre o Reclamante e a Reclamada, no período 
de 12.03.2018 até 20.04.2021, com o pagamento de todas as verbas trabalhistas e rescisórias, em 
especial, saldo de salário, aviso prévio proporcional, 13º salários integrais e proporcionais, férias + 1/3, 
 
 
 
 
 
3 
vencidas e proporcionais, depósitos de FGTS e multa de 40%, além da entrega das guias para saque do 
FGTS e habilitação no seguro-desemprego. 
 
Por fim, requer a anotação do contrato de trabalho na CTPS do Reclamante, nos termos do artigo 29 da 
CLT, com a devida projeção do aviso prévio, nos termos da OJ 82 da SDI-1 do TST. 
 
2) Anulação da dispensa por justa causa 
 
O Reclamante foi dispensado por justa causa pela Reclamada no dia 28.09.2020. 
 
Todavia, é certo que o Reclamante jamais praticou qualquer ato faltoso que pudesse ensejar a aplicação 
da falta grave para rescindir o seu contrato de trabalho por justa causa. Importante expor que para a 
dispensa por justa causa, é fundamental que o Reclamante tenha praticado algum ato faltoso elencado 
no artigo 482 da CLT, que relaciona as hipóteses de dispensa por justa causa, sendo que na ausência 
da prática de qualquer das hipóteses previstas, a dispensa por justa causa merece ser anulada. 
 
Assim, requer seja anulada a dispensa por justa causa, revertendo a rescisão contratual para dispensa 
sem justa causa e condenando a Reclamada ao pagamento das verbas rescisórias devidas, em 
especial, aviso prévio proporcional, 13º salário proporcional, férias + 1/3 proporcionais, multa de 40% do 
FGTS e entrega das guias para saque do FGTS e habilitação no seguro-desemprego. 
 
Por fim, requer a retificação da data de saída do contrato de trabalho na CTPS do Reclamante, com a 
devida projeção do aviso prévio, nos termos da OJ 82 da SDI-1 do TST. 
 
3) Rescisão indireta 
 
O Reclamante é empregado da empresa Reclamada, estando com o contrato ativo; porém, a empresa 
Reclamada está sem pagar os salários do Reclamante há mais de quatro meses. 
 
Nos termos do artigo 483, alínea d, da CLT, o empregado poderá considerar rescindido o contrato e 
pleitear a devida indenização quando não cumprir o empregador as obrigações do contrato. No caso, a 
mora salarial por mais de quatro meses caracteriza falta grave do empregador e enseja a caracterização 
da rescisão indireta do contrato de trabalho, nos termos do artigo 2º, § 1º, do Decreto 368/68. 
 
Assim, requer seja caracterizada a rescisão indireta do contrato de trabalho para declarar a rescisão 
contratual, condenando a Reclamada ao pagamento das verbas rescisórias devidas, em especial, saldo 
de salário, aviso prévio proporcional, 13º salário proporcional, férias + 1/3 vencidas e proporcionais, 
multa de 40% do FGTS e entrega das guias para saque do FGTS e habilitação no seguro-desemprego. 
 
 
 
 
 
 
4 
Por fim, requer a baixa do contrato de trabalho na CTPS do Reclamante, com a devida projeção do aviso 
prévio, nos termos da OJ 82 da SDI-1 do TST. 
 
4) Responsabilidade Subsidiária – terceirização 
 
O Reclamante foi contratado pela 1ª Reclamada para prestar serviços para a 2ª Reclamada, através de 
contrato de terceirização. 
 
Nos termos da súmula 331, item IV, do TST, o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações. 
Este é o mesmo entendimento do artigo 5º-A, § 5º, da Lei 6.019/74. 
 
Assim, requer a responsabilidade subsidiária da 2ª Reclamada por todas as obrigações trabalhistas 
devidas pela 1ª Reclamada. 
 
5) Responsabilidade solidária – grupo econômico 
 
O Reclamante foi contratado pela 1ª Reclamada, que pertence ao mesmo grupo econômico da 2ª 
Reclamada. 
 
Nos termos do artigo 2º, § 2º, da CLT, sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma 
delas, personalidade jurídica própria,estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou 
ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão 
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 
 
Requer a responsabilidade solidária da 2ª Reclamada por todas as obrigações trabalhistas devidas pela 
1ª Reclamada. 
 
6) Depósitos de FGTS – depósitos mensais 
 
O Reclamante foi contratado pela Reclamada, sendo que durante o contrato de trabalho a empresa 
jamais depositou os valores devidos a título de FGTS na sua conta vinculada. 
 
Nos termos do artigo 15 da Lei 8.036/90, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, em conta 
bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga, no mês anterior, a cada 
trabalhador. Da mesma forma, nos termos do artigo 18, § 1º, da mesma legislação citada, na dispensa 
sem justa causa, o empregador depositará a importância igual a 40% do montante de todos os depósitos 
realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e 
acrescidos dos respectivos juros. 
 
 
 
 
 
 
5 
Portanto, necessária a condenação da Reclamada ao pagamento dos depósitos de FGTS, no importe de 
8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, bem como da respectiva multa 
fundiária, correspondente a 40% (quarenta por cento) do montante de todos os depósitos realizados na 
conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho. 
 
7) Aviso prévio proporcional – em caso de pagamento de apenas 30 dias 
 
O Reclamante foi dispensado sem justa causa pela empresa Reclamada, quando possuía seis anos 
completos de contrato de trabalho, sendo que apenas fora pago o aviso prévio de 30 dias quando da 
rescisão contratual. 
 
Nos termos do artigo 1º, § único, da Lei 12.506/11, ao aviso prévio devido ao empregado, em caso de 
dispensa sem justa causa, serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, 
até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias. 
 
Requer, portanto, o pagamento do aviso prévio proporcional, de 18 dias, quando da rescisão do contrato 
de trabalho, uma vez que quitado o período de 30 dias, conforme acima exposto. 
 
8) Horas extras acima da 8ª diária / 44ª semanal – excesso de jornada 
 
Durante o pacto laboral, a Reclamante prestava serviços à Reclamada, em média, de segunda-feira até 
sábado, das 13h45min às 22h00min, com apenas trinta minutos para descanso e refeição. 
 
Cabe expor que a jornada informada caracteriza labor em sobrejornada em violação ao limite de oito horas 
diárias e quarenta e quatro horas semanais, o que viola o artigo 7º, XIII, da CRFB, e artigo 58 da CLT. 
 
Posto isto, requer a condenação das Reclamadas ao pagamento das horas laboradas acima da 8ª diária e 
44ª semanal, com o adicional de 50% (cinquenta por cento), a teor do disposto no artigo 7º, inciso XVI, da 
CRFB, bem como seus reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS. 
 
9) Horas extras acima da 6ª diária – turno ininterrupto de revezamento 
 
O Reclamante laborava em regime de revezamento nos turnos da empresa Reclamada, durante os 
seguintes horários: nos dez primeiros dias do mês, das 7h às 15h30min; nos dez dias seguintes, das 
22h30min às 7h30min; e nos últimos dez dias do mês, das 15h00min às 23h0min, sempre com 1 hora de 
intervalo intrajornada. 
 
Tal jornada de trabalho caracteriza regime de turno ininterrupto de revezamento, atraindo a incidência do 
disposto no artigo 7º, inciso XIV, da CRFB, que dispõe ser limitada a jornada nesta situação em 6 (seis) 
horas diárias, sendo consideradas extraordinárias as horas prestadas acima da 6ª diária. 
 
 
 
 
 
6 
 
Ocorre que a Reclamada jamais remunerou as horas extras laboradas pelo Reclamante. 
 
Destarte, requer a condenação da Reclamada ao pagamento das horas laboradas acima da 6ª diária e 36ª 
semanal, com o adicional de 50% (cinquenta por cento), a teor do disposto no artigo 7º, inciso XVI, da 
CRFB, bem como seus reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS. 
 
10) Horas extras acima da 8ª diária / 44ª semanal – 12x36 sem acordo escrito 
 
O Reclamante cumpria escala de trabalho 12 x 36, com início às 18 horas e término às 06 horas, com 
uma hora de intervalo para descanso e refeição, conforme acordo verbal firmado entre as partes. 
 
Nos termos do artigo 59-A da CLT, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção 
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta 
e seis horas ininterruptas de descanso. Ora, evidente que para a validade da jornada 12x36 faz-se 
necessária a existência de acordo escrito entre as partes, o que não foi observado pela Reclamada no 
presente caso, motivo pelo qual resta caracterizada a invalidade da jornada pactuada, acarretando o 
pagamento das horas trabalhadas acima do limite legal de 8 horas diárias, conforme artigo 58 da CLT. 
 
Posto isto, requer a condenação das Reclamadas ao pagamento das horas laboradas acima da 8ª diária e 
44ª semanal, com o adicional de 50% (cinquenta por cento), a teor do disposto no artigo 7º, inciso XVI, da 
CRFB, bem como seus reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS. 
 
11) Adicional noturno – urbano 
 
O Reclamante trabalhava das 20 horas até as 4 horas da manhã, com intervalo de apenas 15 minutos. 
 
Porém, o Reclamante jamais recebeu adicional noturno, sendo que o artigo 73, § 2º, da CLT, prevê que 
se considera noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 
 
Assim, necessária a condenação da Reclamada ao pagamento do adicional noturno pelas horas 
trabalhadas entre 22 horas de um dia até as 4 horas do dia seguinte. 
 
Nos termos do artigo 73, § 1º, da CLT, faz jus o Reclamante ao percebimento do adicional noturno, no 
importe de 20% (vinte por cento), e reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e FGTS. 
 
12) Intervalo Intrajornada 
 
Durante o pacto laboral, a Obreira usufruía, em média, apenas 30 (trinta) minutos de intervalo para 
descanso e alimentação. 
 
 
 
 
 
7 
 
O artigo 71 da CLT estabelece que para jornada acima de seis horas diárias, será devido ao empregado 
a concessão de, no mínimo, uma hora diária para descanso dos empregados, sob pena de aplicação das 
consequências previstas no § 4º do mesmo dispositivo. 
 
Portanto, faz jus a Reclamante ao percebimento de valor equivalente à 30 (trinta) minutos para cada 
dia trabalhado, com o adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário/hora, nos termos do artigo 
71, § 4º, da CLT. 
 
13) Intervalo Interjornada 
 
O Reclamante trabalhava de segunda até sexta-feira, das 14 horas às 22 horas, e aos sábados, das 8 
horas até as 12 horas. 
 
Assim, evidente que restou ofendido o direito do Reclamante ao intervalo interjornada, previsto no artigo 
66 da CLT, uma vez que não usufruía 11 horas entre o término da jornada de sexta-feira, às 22 horas, e 
o início da jornada de trabalho no sábado, às 8 horas. Verifica-se que entre estas duas jornadas, o 
Reclamante apenas usufruía de 10 horas. 
 
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no artigo 66 da CLT acarreta, por analogia, os 
mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT, nos termos da OJ 355 da SDI-1 do TST. 
 
Portanto, faz jus o Reclamante ao percebimento de valor equivalente a uma hora semanal entre o 
trabalho de sexta-feira e sábado, com o adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário/hora, nos 
termos do artigo 71, § 4º, da CLT. 
 
14) Descanso semanal remunerado – trabalho no DSR 
 
Durante o pacto laboral, o Obreiro sempre trabalhou durante todos os finais de semana, sem usufruir de 
descanso semanal remunerado ou sem qualquer folga semanal compensatória. 
 
Nesta linha, a súmula 146 do c. TST estabelece que o trabalho prestadoem domingos e que não é 
compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. 
 
Inclusive, a Orientação Jurisprudencial nº 410, da SBDI-1 do c. TST, dispõe que a concessão de repouso 
semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho viola o art. 7º, inciso XV, da CRFB, 
importando no pagamento em dobro do dia laborado. 
 
 
 
 
 
 
8 
Portanto, requer a condenação das Reclamadas ao pagamento pelo labor nos domingos, durante todo o 
pacto laboral, com o adicional de 100%, bem como os reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e 
FGTS. 
 
15) Integração no salário – salário in natura 
 
O Reclamante recebia a concessão de marmita diária pela Reclamada, havendo o consumo nas próprias 
dependências da empresa. 
 
Neste aspecto, é certo que os benefícios concedidos pelo empregador a título de alimentação devem ser 
considerados como salário in natura, nos termos do artigo 458 da CLT, para fins de cálculo das demais 
verbas trabalhistas. 
 
Cumpre frisar que o c. TST já firmou posicionamento no sentido de que o vale para refeição, fornecido 
por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para 
todos os efeitos legais, conforme disposto na Súmula nº 241. 
 
Assim sendo, requer o Reclamante a incorporação deste valor em sua remuneração mensal, devendo 
refletir, portanto, sobre as demais parcelas do contrato de trabalho, em especial, aviso prévio, férias + 
1/3, 13º salário, horas extras, DSR e FGTS com a multa fundiária. 
 
16) Integração no salário – salário por fora 
 
A Reclamante foi contratada pela Reclamada para exercer a função de serviços gerais, com salário 
mensal de R$ 1.105,00 (mil cento e cinco reais), conforme anotação na sua CTPS ora anexada 
 
Ocorre que a Reclamante sempre recebeu o pagamento de valores “extrafolha”, ou seja, sem constar nos 
holerites e sem integrar na sua remuneração para pagamento dos demais haveres trabalhistas, no valor 
médio e quantia mensal de R$ 300,00 (trezentos reais), o que viola a legislação trabalhista, caracterizando 
a natureza salarial da verba, nos termos do artigo 457, § 1º, da CLT. 
 
Destarte, requer a integração do salário “por fora” nos vencimentos mensais da Reclamante, com a 
condenação da Reclamada ao pagamento dos reflexos legais do salário “extrafolha” em aviso prévio 
proporcional, 13º salários, férias + 1/3, FGTS e multa fundiária. 
 
17) Equiparação salarial 
 
Desde a admissão, o Reclamante exerceu as mesmas funções que os Srs. EDUARDO e JOÃO; todavia, 
o Reclamante recebeu remuneração inferior do que os paradigmas ora indicados, em plena violação do 
artigo 461 da CLT. 
 
 
 
 
 
9 
 
Para caracterização da equiparação salarial, é necessária a presença cumulativa dos requisitos previstos 
pelo artigo 461 da CLT, a saber: a) identidade nas funções exercidas; b) trabalho de igual valor; c) 
mesmo empregador; d) mesmo estabelecimento empresarial; e) diferença de tempo de serviço inferior a 
dois anos na função e quatro anos no emprego. 
 
No caso, estão presentes todos os requisitos, sendo imperioso o reconhecimento da equiparação salarial 
ora pleiteada. 
 
Assim, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de diferenças salariais pela equiparação 
salarial, bem como aviso prévio proporcional, 13º salários, férias + 1/3, FGTS e multa fundiária. 
 
18) Acúmulo de funções 
 
A Reclamante foi contratada para exercer a função de vendedora no comércio varejista em quiosque de 
artigos para celular, conforme anotação de sua CTPS. 
 
A partir de 2019, a Reclamante passou a acumular atividades alheias às suas funções de vendedora, em 
especial, a abertura e fechamento das dependências do quiosque da Reclamada e a operação do caixa 
da empresa no lançamento das vendas e recebimento de valores. 
 
Tal pedido encontra fundamento, por aplicação analógica, no artigo 13 da Lei Federal nº 6.615/78, que 
dispõe ser devido, ao trabalhador que acumular funções, um adicional de remuneração que pode variar 
entre 10% e 40%. 
 
Requer a condenação da Reclamada ao pagamento de diferenças salariais, em razão do acúmulo de 
funções acima narrado, e reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS. 
 
19) Desvio de função 
 
O Reclamante foi contratado pela Reclamada no dia 25 de março de 2019, para exercer a função de 
analista de projetos II; todavia, na prática, exercia a função de comprador, cuja remuneração mensal é 
muito superior. 
 
Verifica-se pela análise da norma coletiva aplicável à categoria profissional do Reclamante que o salário 
mensal para quem exerce a atividade de comprador é de R$ 3.000,00, enquanto o salário pago ao 
Reclamante era de apenas R$ 1.500,00, motivo pelo qual o Reclamante faz jus ao recebimento das 
diferenças salariais pelo desvio de função. 
 
 
 
 
 
 
10 
Requer a condenação da Reclamada ao pagamento de diferenças salariais, em razão do desvio de 
função acima narrado, e reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS. 
 
20) Salário-substituição 
 
Durante o contrato de trabalho, a Reclamante substituía o seu superior hierárquico, Sr. Eduardo, durante 
o período de férias anuais, durante 30 dias por ano, sem receber qualquer importância pela substituição. 
 
Nos termos da Súmula 159, item I, do colendo TST, enquanto perdurar a substituição que não tenha 
caráter meramente eventual, inclusive nas férias, como era o caso da Reclamante durante o contrato de 
trabalho, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. 
 
Requer condenação da Reclamada ao pagamento de diferenças salariais em razão da substituição, 
correspondente ao valor do salário do Sr. Eduardo, bem como seus reflexos em aviso prévio, 13º 
salários, férias + 1/3 e FGTS 
 
21) Adicional de periculosidade 
 
O Reclamante sempre laborou em ambiente perigoso, em constante contato com agentes inflamáveis e 
explosivos; porém, a empresa Reclamada jamais quitou qualquer valor em folha de pagamento a título 
de adicional de periculosidade. 
 
Nos termos do artigo 193, inciso I, da CLT, são consideradas atividades ou operações perigosas aquelas 
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição 
permanente do trabalhador a inflamáveis ou explosivos, gerando o direito do trabalhador ao recebimento 
do respectivo adicional de periculosidade. 
 
Tais fatos serão comprovados através da realização de perícia ambiental, a qual, desde já, requer seja 
realizada, nos termos do artigo 195, § 2º, da CLT. 
 
Neste sentido, necessária a condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de periculosidade, 
no importe de 30% (trinta por cento) sobre o salário base do Reclamante, com fulcro no artigo 193, § 1º, 
da CLT, bem como reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS. 
 
22) Adicional de insalubridade 
 
Desde a sua admissão, a Reclamante era responsável pela aplicação de medicamentos injetáveis nos 
clientes da Reclamada, muito embora não tenha recebido adicional de insalubridade pelos riscos 
biológicos aos quais ficou exposta. 
 
 
 
 
 
 
11 
Nos termos do artigo 192 da CLT, o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de 
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente 
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo, segundo 
se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 
 
Requer a realização de perícia ambiental, nos termos do artigo 195, § 2º, da CLT, para que, em sendo 
constatada a existência de agentes insalubres. 
 
Igualmente, requer a condenação da Reclamada ao pagamento do referido adicional de insalubridade 
em grau mínimo, médio ou máximo, conforme apurado em perícia ambiental, bem como os reflexos em 
aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3, FGTS e multa fundiária.23) Adicional de transferência – transferência provisória 
 
Durante o pacto laboral, a Reclamante foi transferida, de forma provisória e unilateral, para exercer as 
suas atividades laborais na cidade de Fortaleza - CE, pelo período de três meses, sendo que a empresa 
Reclamada não quitou qualquer verba a título de adicional de transferência. 
 
Nos termos do artigo 469, § 3º, da CLT, o pressuposto legal apto a legitimar a percepção do adicional é 
a transferência ser provisória, a qual se demonstra inequívoca no caso em tela, motivo pelo qual a 
Reclamante faz jus ao recebimento do respectivo adicional. 
 
Posto isto, requer a condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de transferência, bem como 
os reflexos em reflexos em aviso prévio, 13º salários, férias + 1/3, FGTS e multa fundiária. 
 
24) Reembolso de descontos – contribuições ao sindicato sem autorização 
 
A Reclamada sempre promoveu o desconto no salário da Reclamante sob o título de contribuição sindical, 
assistencial ou confederativa. 
 
Ocorre que a Reclamante jamais autorizou tal desconto, sendo que a parcela em questão não é 
compulsória, mas apenas devida e podendo ser descontada quando autorizada expressa e 
individualmente pelos empregados, nos termos do artigo 545 da CLT. 
 
Requer seja a Reclamada condenada ao reembolso dos descontos indevidos correspondentes às 
contribuições sindicais, confederativas e/ou assistenciais. 
 
25) Multa do artigo 477 da CLT – pagamento fora do prazo 
 
A Reclamada não efetuou o pagamento das verbas rescisórias após a rescisão do contrato de trabalho. 
 
 
 
 
 
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Assim, tendo em vista que a Reclamada não observou o prazo de dez dias para pagamento das verbas 
rescisórias, previsto no artigo 477, § 6º, da CLT, faz jus o Obreiro ao recebimento da multa prevista no 
artigo 477, § 8º, da CLT, no valor de um salário mensal. 
 
Assim, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de um salário mensal a título da multa do 
artigo 477, § 8º, da CLT. 
 
26) Reintegração – estabilidade provisória 
 
A Reclamada dispensou a Obreira sem justa causa no dia 06 de agosto de 2019, sendo que o término 
do contrato de trabalho foi projetado para o dia 17 de setembro de 2019, em razão da concessão de 
aviso prévio na forma indenizada, conforme anotação em sua CTPS. 
 
Ocorre que, quando da rescisão contratual, a Obreira estava grávida, fazendo jus à estabilidade prevista 
no artigo 10, inciso II, alínea b, do ADCT, conforme atesta o incluso exame médico. 
 
Nem há que se alegar que a confirmação da gravidez no curso do aviso prévio afastaria o direito à 
estabilidade provisória, pois a trabalhadora gestante mantém a estabilidade mesmo que a confirmação 
da gravidez ocorra durante o curso do aviso prévio indenizado, nos termos do artigo 391-A da CLT. 
 
Requer seja reconhecida a nulidade da rescisão contratual, fazendo jus a Reclamante à sua reintegração 
ao trabalho no quadro de empregados da Reclamada, percebendo toda a remuneração correspondente 
ao seu período de afastamento, salários vencidos e vincendos até a afetiva reintegração, ou então o 
pagamento de indenização equivalente. 
 
27) Indenização por danos morais 
 
A Reclamante sofreu nítido danos morais durante o pacto laboral em razão de assédio moral praticado 
pelos prepostos da Reclamada, tendo em vista que era cotidianamente xingada e ofendida pelo seu 
superior hierárquico. 
 
Frisa-se que o artigo 223-B da CLT prevê que causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou 
omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física, o que ocorreu no caso em questão 
pelas constantes ofensas realizadas contra a pessoa da Reclamante. Necessária, portanto, a 
condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, nos termos do artigo 5º, 
incisos V e X, da CRFB, e artigos 186, 187 e 927 da CCB. 
 
Assim, caracterizada a conduta Ilícita da Reclamada, requer a sua condenação ao pagamento de 
indenização por danos morais.

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