Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM I 
@veterinariasouanimal 
 
 
 
Métodos de diagnósticos por imagem: 
• Raios-X convencional 
• Raios-X digital 
• Fluoroscopia 
• Tomografia computadorizada 
Ambas usam radiação ionizante: 
• Medicina nuclear 
• Ultrassonografia 
• Ressonância magnética 
• Endoscopia. 
 
Antes de pedir o exame é necessário indicação com histórico, exame 
físico e suspeita diagnóstica para que se escolha o melhor método. 
Para escolher é necessário objetivo claro, usando conhecimentos 
técnicos mínimos como (medicação, limitação e requisição). Ainda 
levar em consideração situação do animal e do proprietário. 
 
O pedido é um documento, logo deve ser claro. A situação do animal 
deve ser levada em consideração já que em casos graves o animal deve 
estar estabilizado. 
 
O exame radiográfico possui melhor custo benefício e serve para 
avaliação inicial, pois pode indicar imagens adicionais. Indicado para 
avaliar locomotor, traumas, cardiopulmonar, gastrointestinal, 
geniturinário, avaliação dentária, pesquisa de metástase e 
acompanhamentos. 
 
Raios-X são ondas eletromagnéticas que ultrapassam o paciente e 
esses raios podem passar interagindo e ‘’colorindo’’ a imagem com 5 
tons de cinza. O raio-x foi descoberto em 1895 por Roetegen. Era o 
boom a luminescência com a ampola de crookes. 
 
Começou a testar em materiais opacos para avaliar atenuação, ou seja, 
o que passa ou não. Sua mulher ficou enciumada e para se aproximar 
acabou testando a descoberta na mão de sua mulher. Não houve 
patenteação e acabou virando atração social. A partir dai houve sua 
aplicação médica com trabalhos comprovando seus efeitos deletérios 
depois de diversas mortes. 
 
Os raios-X atravessam o corpo podendo impressionar imagens num 
filme radiográfico, podendo fluorescer algumas substâncias. Não tem 
carga ou massa, não podem ser sentidos, são invisíveis, propagados na 
velocidade da luz em linha reta. Produzem modificações biológicas. 
 
PRODUÇÃO DO RAIO X 
 
O catodo que é ligado na energia que liga os elétrons, esses elétrons 
atingem o anodo emitindo radiação. Cátodo é um filamento de 
tungstênio resistente ao calor. A ampola é imersa em óleo, vedado em 
caixa de chumbo. O raio-x então é formado pelo calor e a partir de três 
fenômenos: 
1. Radiação 
2. Desaceleração 
3. Choque nuclear 
 
Radiação – característica: Quando o átomo perde elétrons (perde 
porque catodo bate no anodo) os elétrons restantes mudam de camada 
para estabilizar. Quando o elétron externo vai parar o interno 
liberando o raio-x (energia fóton) 
Desaceleração: O átomo foi, mas mudou seu caminho devido 
positividade liberando energia. 
Choque nuclear: Átomo atinge o núcleo liberando energia. 
 
A intensidade da corrente de elétrons (mA) é manipulada pelo 
botãozinho. A intensidade da corrente elétrica é dada por miliamperes 
por segundo (mAs), mas normalmente é usado milissegundos para 
evitar que as imagens saiam tremidas. 
Usa-se o Kv quilovoltagem que são a aceleração dos elétrons. 
 
MA= relacionada a intensidade e quantidade de raio-x. 
Kv= velocidade e comprimento de onda, interfere na qualidade da 
imagem devido poder de penetração. 
*colimador (luz de mesa do raio-x controlado por chassi). 
O poder de penetração depende da espessura a ser atravessada, sendo 
controlado pelo Kv é levado em consideração a natureza química da 
região. 
 
Determinação da exposição 
Kv= espessura x2 + constante do equipamento 
 
A extensão da ampola para a mesa é chamada distância foco filme, 
para distância de 1m usa-se constante de 40, por exemplo. Se o chassi 
for colocado na gavetinha deve-se aumentar 10cm na constante. O 
Potter Burkey (gavetinha) é usado em espessuras superiores a 10cm. 
 
KV: é importante para medir corretamente a espessura da região 
examinada. Por exemplo: A mesma técnica aplicada num Cocker que 
ficou bom num pinscher, ficou escuro, num mastif fica claro. Penetrou 
muito no pinscher e pouco no mastif. 
 
mAs: Existem regiões que impedem ou que não impedem a passagem 
do raio-x. O ar por exemplo deixa passar o raio x (devido baixa, mAs), 
osso não deixa passar. Órgãos oferecem certa resistência (mAs alto 
demais). 
A densidade dos materiais é quem determina essa atenuação. O ar 
deixa preto, a gordura cinza escuro, tecidos moles e águas cinza claro, 
osso branco e metal muito branco logo têm cinco radiocapacidades. 
 
Quanto mais do preto para o branco mais radiopaco é, quanto mais 
branco para o preto mais radio transparente ou radioluscente é. Radio 
transparente passou muita radiação e radiopaco bloqueou mais a 
radiação. 
 
 
 
Determinação da exposição 
1. Ósseo: KU = mAs 
2. Tórax: baixo mAs alto KU 
3. Abdome: alto mAs alto KU 
 
EXAME RADIOGRÁFICO 
 
Consecutivamente colimar o feixe útil, usar menos miliamperagem 
possível, proprietário auxilia na contenção, sedação ou anestesia geral 
não é feita, distância da fonte, vestimenta de proteção plumbífera 
(chumbo-proteção de tireóide e de mãos), barreiras de proteção -
biombo, proibido menores de 18 anos e gestante na sala de exames. 
 
Há um limite de exposição com efeito deletério, todos do exame 
recebem radiação secundária e o paciente primário. É feito ajuste do 
Kv e mAs de acordo com fatores relacionados ao paciente. 
 
ANATOMIA E TERMINOLOGIA 
Temos projeções radiográficas que é como posicionar o animal, 
sempre nomear onde entra e onde sai o feixe (ventro dorsal, latero 
lateral, etc.) região em estudo fica encostado na mesa. 
1. Projeções radiográficas: 
2. Laterolateral 
3. Ventrodorsal 
4. Dorsoventral 
5. Mediolateral 
6. Obliquias 
 
Equinos possuem projeções particulares; Em equinos é feito com o 
animal em estação sendo sempre latero-medial, laterolateral. Muda de 
acordo com a origem onde entra e sai o feixe. 
 
A imagem é feito sempre em 2 projeções ortogonais sempre 
lateroventral e ventrodorsal/dorsoventral. 
 
FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA 
 
1. Distância entre fonte e objeto; 
2. Radiação menor possível; 
3. Objeto próximo ao filme; 
4. Densidade e espessura da região; 
 
O desenvolvimento da imagem pode ser alterado pela gradinha da 
PotterBurky, que é como um filtro. O registro da imagem é dado por 
filme radiográfico com sais de prata que são sensibilizados pela luz e 
pela radiação. Depois de sensibilizados é revelado. Poucos 
sensibilizados ficam brancos e muito sensibilizados ficam pretos. 
Chassi é o cassete com ecrã que faz o raios-X piscar usando menos 
radiação. 
É feito processamento do filme que é a revelação da imagem, e ainda 
identificação da imagem do paciente. 
 
Quando se tem a mesma radio capacidade se sobrepõe e se somam, 
superposição de rádio opacidades diferentes se subtraem. 
 
Técnicas contrastadas: Contrastes podem ser positivos com o bário ou 
negativos como gases. Há diferentes constrastes para diferentes 
diagnósticos. 
 
Quando se analisa radiografias é necessário seguir um padrão, a 
imagem é colocada no negaloscopio, com foco de luz controlado. Pode-
se avaliar da periferia para o centro de forma sistêmica. 
 
COMO INTERPRETAR? 
• Necessário saber o que é normal; 
• Reconhecer alterações; 
• Classificar, localizar e ver distribuição das alterações; 
 
Temos os sinais de Roetgen que são posição - número - forma - 
tamanho - contorno - rádiocapacidade - função (contraste). 
 
 
 
RADIOLOGIA DO SISTEMA ÓSSEO I 
 
 
O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens função de 
estruturação corporal. É divido em esqueleto axial que são os ossos da 
cabeça, pescoço e tronco e apedincular que são membros pélvico e 
torácicos. 
O metabolismo ósseo envolve manutenção do cálcio sérico através do 
paratormônio que faz reabsorção óssea, calcitonina que inibe a 
reabsorção, vitamina D essencial para o crescimento ordenado e 
mineralização das cartilagens fisárias, glicocorticoides que inibem 
absorçãodo cálcio intestinal e aumenta exceção renal e hormônios do 
crescimento, tireoidiano e reprodutivo. Qualquer alteração causa 
doença óssea. 
Parte do raio X no osso atravessa, mas em ossos densos passa menos, 
e osso mais frágil passa mais. E isso pode determinar algumas 
doenças. 
Os ossos são classificados em: 
1. Ossos longos: Úmero, fêmur e tíbia. São maiores e estreitos 
2. Ossos curtos: São ossos quadradinhos como o do carpo 
3. Ossos chatos: Como o osso coxal, crânio, escápula. São achatados 
4. Outros: alongados (costelas), irregulares (vértebras), 
sesamóides (patela)... 
O desenvolvimento do osso envolve osteócitos que são células jovens 
localizada na matriz, osteoblastos que sintetizam o osso e osteoclastos 
responsáveis pelo remodelamento. Temos dois tipos de osso 
diferenciáveis no raio X que são os esponjosos que ficam nas epífises 
proximais e distais e os compactos ficam na diáfise. (Entre diáfise e 
epífise temos a metáfise proximal e distal) Entre epífise e metáfise 
temos o disco de crescimento que também é chamado de fises, Essas 
duas partes no animal jovem são separadas e no adulto essas duas 
partes estão juntas, fusionadas. Ainda o osso possui forame nutrício 
que fica na diáfise e é onde entre os vasos para a nutrição desses ossos. 
Anatomia Radiográfica 
 
Se difere em alguns aspectos. O osso tem região cortical 
que é a linha mais branca externa do osso. Chamada 
cortical óssea. A região medular do osso é a do meio, 
entre as corticais. Periósteo é uma lâmina que envolve 
todo o osso, super fina, não se distingue 
radiograficamente em condições normais. Osso em 
situação anormal produz proliferação periostal. A diáfise 
fica entre as regiões metafisárias. Cartilagem não 
aparece no RX, então disco de crescimento não aparece 
pois é uma cartilagem que depois do tempo é fusionada e 
vira uma coisa só. 
Exame radiográfico 
Sempre deve se fazer duas projeções perpendiculares entre sim. As 
projeções padrão são: 
• Craniocaudal (entrou pela frente saiu por trás). Quando for 
extremidades chama-se dorso palmar (anteriores) ou dorso 
plantar (posteriores) 
• Médio lateral (entra medial e sai lateral). Existem projeções 
para avaliar profundamente, como por exemplo, ligamentos e 
tendões (não aparece nas projeções), mas se fizer estresse 
articular no RX e ele sair do lugar pode-se comprovar alteração 
ligamentar. 
• Membro contralateral é levado em consideração para saber o que 
é normal ou anormal. Fez crânio caudal faz a latero lateral. 
Quando a gente se vê fíbula lateralizada é porque projeção é crânio 
caudal. 
Considerações 
O osso para de se desenvolver quando não existe mais disco de 
crescimento, ou seja, fusão das metáfises com epífises. Varia de 10 a 
14 meses. Em cães pequenos esse tempo é menor então fecha mais 
rápido. 
Alterações radiográficas 
1. Traumas 
2. Nutricionais 
3. Alterações do desenvolvimento 
4. Infecciosas 
5. Neoplásicas 
Respostas a injuria 
Frente a qualquer injuria o osso responde de determinada forma, e é 
com base nessa resposta que vamos identificar a doença. Ou ele 
diminui radiopacidade (fica mais escuro) ou aumenta radiopacidade 
(fica mais claro). Nos casos da diminuição pode ser osteopenia, devido 
diminuição do cálcio (diminui de forma generalizada a radiopacidade 
do corpo todo), agora se for área focais de radiopacidade é chamado 
osteólise que é a diminuição da radiopacidade de forma focal, pode por 
exemplo ser causado por tumor. Pode ser chamado de lise 
O aumento da radiopacidade é chamado esclerose, e essas áreas 
aparecem pela proliferação óssea. Essa reação de proliferação do 
periósteo é quem aumenta radiopacidade. Dependendo de como a lesão 
ocorre no periósteo pode ser determinado a gravidade. 
Existem alterações no periósteo classificadas em suave lisa, laminar, 
irregular e sunburst (explosão) dado por reações exarcebada como nos 
tumores ósseos. 
 
Alterações periostais 
• Alterações no tamanho e contorno, que pode ser suave, laminar, 
irregular e sunburst 
• Alterações no trabeculado (Cara do osso) ósseo 
• Alterações nos tecidos moles (atrofia muscular, aumento de 
volume (edema), coleção gasosa e Corpo Estranho). 
 
 
 
• Localização da lesão: Devem-se avaliar tudo. Periósteo, cortical, 
canal medular, epífise, articulações. Tudo deve ser avaliado. 
Localiza-se a lesão, e classifica em monostótica (única, em um 
único osso) ou poliostótica (em vários ossos) ou generalizada 
(todos os ossos) 
• Envolvimento da cortical: Causa adelgaçamento (deixa mais 
fina) espessado (mais espesso) perda de continuidade, áreas de 
lise (áreas radiostransprentes) ou se tem areas de esclerose 
nessa cortical 
• Tem reação periostal regular, irregular ou sunburst 
• Há proliferação/destruição óssea agressiva ou não. 
Diagnóstico 
Envolve quadro radiográfico, sinais clínicos e histórico do animal. 
Cada doença tem seu tempo de evolução, por isso a necessidade de 
controle radiográfico antes de fechar determinados diagnósticos. Às 
vezes é necessário mais que duas projeções. Ainda exame laboratorial 
para diferenciar tumor de infecção numa leucocitose, biopsias. 
Cuidado com animais jovens e suas alterações congênitas. Então 
sempre radiografar membro contralateral nos casos de dúvidas. 
1. Afecções de etiologia indeterminada 
Osteodistrofia hipertrófica: Geralmente em cães grandes e jovens. Pois 
é alteração de metáfise. Fácil de ver em animais jovens 3 a 6 meses de 
idade. Não se sabe, mas acham que esta relacionada a um suplemente 
excessivo de minerais e vitaminas, cinomose, e deficiência de vitamina 
C. Animal apresenta relutância em andar e ficar de pé porque dói, 
ainda e apresenta febre. Geralmente é bilateral e assimétrico. Auto 
limitante. Acomete principalmente metáfise de ossos longos distal de 
radio ulna e tíbia. Na radiografia se observar proliferação periostal 
irregular adjacente a metáfise e radiotransparencias em região 
metafisárias. Esclerose. 
Panosteíte: Acomete cães de raças grandes e gigantes principalmente 
pastor alemão. Acomete animais jovens e adultos. (5 mesas a 7 anos). 
Pode estar relacionado com o aumento atividade osteoblastica na 
região medular do osso e fibroblastica no endoesteo e canal medular. 
Se for em um único osso pode ser monostotico como uma macha ou 
diversas manchas num osso só ou poliostotico em vários ossos. Ocorre 
em diáfises de osso longo radio, ulna, tíbia e fêmur. Animal apresenta 
claudicação sem histórico de trauma. Apresenta dor a palpação 
profunda de diáfise. Autolimitante. 
 Na radiografia apresenta áreas de esclerose do canal medular. Áreas 
brancas e arredondadas em canal medular (osso dálmata), há também 
alterações perto de forame nutrício. Áreas de esclerose em canal 
medular é PANOSTEÍTE. 
Osteopatia Pulmonar hipertrófica: (osteopatia está falando de 
patinha) Proliferações bilaterais e simétricas de extremidade são 
características. Associa-se que essa proliferação esta associada a 
formações em região pulmonar e abdominal, por conta disso acha-se 
que é devido a alterações neurovascular do nervo vago, que 
dependendo da gravidade pode subir. Acometem animais idosos, a 
formação pode ser neoplásica, parasitaria ou infeciosa. Aumenta 
volume nas extremidades de forma bilateral e simétrica, começa nas 
extremidades e com cronicidade vai para diáfises, e isso causa dor e 
claudicação. Radiograficamente, aparece proliferação periostal 
irregular em região de metacarpo e metatarso, não acomete 
articulações. 
 
Fechamento precose do disco hipofisário: Podem ou não estar 
associados a trauma, Animais jovens. Há um estresse no disco que 
fecha antes da hora. 
 Causando crescimento desproporcional radio x ulna, causando uma 
deformidade angular. Pode ocorrer em qualquer fise. Cuidado com 
animais condrodistróficos que já possuem uma deformidade angular 
natural. Radiograficamente na ulna vemos que a fise distalaparece 
calcificada (parcial ou total). O grau do desvio e da angulação do radio 
varia, causa incongruência articular causando doença articular 
degenerativa. Causa Subluxação ou doença articular degenerativa 
umerorradioulnar e radiocarpica, pois organismo não confia na 
articulação e coloca osso para ficar mais seguro. Causa devio valgus 
cotovelo para dentro (desvio medial) 
 
Já os aspectos radiográficos do radio mostra que a fise distal pode 
estar parcial ou totalmente calcificada. Com subluxação e doença 
articular degenerativa umerorradioulnar e radiocarpica com 
deformidade varus, desvio lateral, cotovelo para fora. 
 
 
2. Neoplasias ósseas 
Osteossarcomas: correspondem a 80% dos casos de neoplasia óssea, 
mas só se garante com histopatológico, acometem animais adultos e 
idosos, as raças predispostas são boxer e rotweiller. Existem 
localizações preferenciais (distal do radio e proximal do úmero longe 
do cotovelo; distal de fêmur e proximal de tíbia perto de joelho). 
Normalmente é uma área de lesão, não atravessa articulação. Aparece 
como áreas de lise (radiotransparentes) rádio com menos cálcio mais 
escuro, mais frágil, suscetível a fraturas, quando fratura por 
alterações de doenças é chamada fratura patológica. Faz se pesquisa 
de metástase. Aspectos radiográficos: osteolise, proliferação periostal 
desorganizado como sunburst. Ausência de limite entre osso normal e 
osso alterado, aumenta partes moles, se não conseguir fechar 
diagnostico deve ser feito controle radiográfico e para não se 
confundir com osteomielite pede-se biopsia. 
As neoplasia ósseas benignas são raras, possuem bordas demarcadas 
e não provocam reação periosteal. 
 
 
 
3. Doenças infecciosas 
Osteomielite: Inflamação óssea causada por infecção. Essas infecções 
podem ser causada por fratura exposta, cirurgias porcas, mordidas e 
feridas abertas. Causado por bactérias, fungos, protozoários e 
metalose (materiais contaminados). Causa dor, edema, febre e 
claudicação. Aspectos parecidos com os das neoplasias. No processo 
agudo não possui sinais radiográficos, apenas processos crônicos. Os 
aspectos radiográficos: Normalmente é monostótica. Apresenta 
osteolise, esclerose (tentativa de confinar o foco), proliferação 
periosteal, sequestro ósseo (pedaço ósseo que se solta) e aumento de 
partes moles. Para diferencias de neoplasia deve se levar em 
consideração a anamnese, sintomas, estudo radiológico, 
histopatológico e culturas bacterianas e fungicas. 
 
 
 
Na prática devemos responder as seguintes questões: 
1.Projeção radiográfica: Por exemplo médio lateral 
2.Descrição radiográfica: Áreas de esclerose no canal medular da 
diáfise umeral 
3.Provável diagnóstico: Panosteite 
Projeção radiográfica: Médio lateral 
Descrição radiográfica: Áreas de esclerose no canal medular da 
diáfise femoral 
Provável diagnóstico: Panosteíte 
Projeção radiográfica: Dorso palmar 
Descrição radiográfica: Áreas de proliferação periostal irregular em 
metacarpos e diáfises de rádio ulna bilateral e simétrica. 
Provável diagnóstico: Osteopatia hipertrófica (pede-se raio X de 
tórax e se não der nada faz-se ultrassom de abdome) 
Projeção radiográfica: Médio lateral 
Descrição radiográfica: Áreas de lise junto com proliferação 
periostais desorganizadas em terço proximal do úmero (diáfise, 
epífise e metáfise). Há preservação da articulação escapulo umeral 
(não foi acometida pela doença). 
Provável: Lesão óssea agressiva, podendo ser tanto neoplásica como 
infecciosa. 
Projeção radiográfica: Dorso palmar 
Descrição radiográfica: Áreas de lise ou osteólise na diafise médio 
distal do rádio 
Provável diagnóstico: Lesão óssea agressiva, podendo ser neoplasia. 
 
Projeção radiográfica: Dorso palmar e médio lateral 
Descrição radiográfica: Áreas de esclerose com áreas transparentes 
em metáfise distal de radio e ulna bilateral e simétrica. 
Provável: Osteodistrofia hipertrófica 
 
• Alterações metabólicas 
Metabolismo ósseo: Todo metabolismo ósseo vai ser em função da 
manutenção do nível de cálcio sério. Paratormônio reabsorve osso, 
calcitonina inibe reabsorção, Vitamina D é essencial para crescimento 
ordenado e mineralização de cartilagem fisária, sua deficiência 
dificulta passagem de tecido cartilaginoso para ósseo. No animal 
jovem o disco de crescimento fica aberto, e isso é composto por 
cartilagem, o osso pronto fica na metáfise (região de alto 
metabolismo). Glicocorticóides inibem absorção de cálcio intestinal e 
aumenta excreção renal, ainda gera produção anormal da matriz 
óssea. E os hormônios do crescimento, tireoidiano e reprodutivos 
também influenciam no crescimento ósseo e no metabolismo. 
Geralmente em animais com mais de 2 anos. 
Alterações hormonais podem causar retardo de fechamento do disco 
de crescimento / fise. 
Hiperparatireoidismo secundário nutricional: Atualmente é mais raro, 
pois a maioria dos cães e gatos são alimentados com rações 
balanceadas. Ocorre principalmente em animais mais jovens. Há um 
distúrbio nutricional. Cálcio e fósforo não estão nos níveis adequados 
(cálcio baixo e fósforo alto), dando um desequilíbrio eletrolítico. O 
paratormônio vai agir nos osteoclastos reabsorvendo cálcio do osso 
para manter o equilíbrio cálcio/fósforo. Ao absorver o cálcio ósseo há 
uma diminuição generalizada da radiopacidade óssea (aspecto 
transparente, similar à de partes moles). 
Aspectos radiográficos: 
1. Adelgaçamento de corticais (mais fina); 
2. Metáfises mais evidentes (porque resto do corpo esta mais 
radiotransparente, porém ela não mudou em nada); 
3. Diminuição generalizada da radiopacidade óssea; 
4. Fraturas patológicas (o osso fica mais flexível); 
5. Angústia pélvica (estreitamento do diâmetro pélvico); 
6. Cifolordose (alteração do eixo anatômico/angulação da coluna). 
Ao restabelecer a alimentação, isso persiste como seqüela. Tomar 
cuidado com suplemento de cálcio, se tirar o cálcio vai ocorrer um 
efeito rebote, pois ele está acostumado com um alto nível de cálcio 
exógeno, então o organismo vai começar a reabsorver cálcio do osso. 
Hiperparatireodismo secundário renal: (dado por doença renal crônica 
em animais velhos e doença renal congênita em animais jovens). Há 
uma insuficiência renal crônica ou anomalia renal. Podemos ver em 
animais jovens ou velhos. 
Ocorre um distúrbio glomerular que segura fósforo que ativa 
paratormônio estimula a liberação do cálcio equilibrando esses íons. 
Essa patologia acomete primeiramente os ossos do crânio por serem 
os mais finos. 
Aspectos radiográficos: 
1. Diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio; 
2. Perda da lâmina dura (Fibrose - membrana que envolve o dente); 
3. Dentes flutuantes (parece que estão soltos por substituição por 
tecido fibroso devido à reabsorção do cálcio dos ossos da região); 
Chamado mandíbula de borracha. 
4. Fratura patológica (devido à fragilidade do osso). 
 
 Raquitismo: Doença muito rara em cães e gatos (jovens). Está 
associado com a deficiência de vitamina D que causa desequilíbrio de 
cálcio e fósforo, consequentemente temos uma cartilagem que vai se 
proliferar e nunca mineralizar (ossificar), portanto o aspecto principal 
é o alargamento do disco epifisário por conta da produção de 
cartilagem que nunca vira osso. 
 
Aspectos radiográficos: 
1. Diminuição de radiopacidade; 
2. Adelgaçamento de corticais; 
3. Alargamento e deformidade de discos epifisários. 
Hipervitaminose A: Doença exclusiva de felinos a partir de 2 anos de 
idade. Causada por alimentação caseira rica em vitamina A, que tem 
ação osteoblástica, onde há proliferação óssea principalmente na 
região cervical e torácica, além de ossos longos, podendo ocorrer fusão 
de articulação. Há atrofia muscular, escoliose, dor, rigidez, 
hiperestesia cervical e claudicação. 
Aspectos radiográficos: 
1. Diminuição de radiopacidade óssea; 
2. Proliferação óssea em corposvertebrais (fusão) 
3. Neoformação óssea em articulações. 
 
RADIOLOGIA DO SISTEMA ÓSSEO II 
Alterações traumáticas 
Fraturas é a perda da continuidade do tecido ósseo. É necessário 
sempre duas projeções radiográficas. Feito para confirmar o 
diagnóstico clínico (ou não detectadas clinicamente por ser uma região 
de difícil acesso); avalia posição e relação de fragmentos (necessário 
para mobilização ou intervenção cirúrgica) e para ver tempo de 
fratura (vejo a consolidação óssea). 
Classificação das Fraturas 
1. Ferimento externo comunicante: Pode ser aberta (quando se vê 
fragmentos saindo de partes moles) ou fechada. O visual é 
diferente da avaliação radiográfica. 
 
2. Extensão da lesão: Incompleta que não vai de cortical até 
cortical (galho verde ocorre na parte côncava do osso e em Torus 
que ocorre na parte convexa do osso longo); completa vai de 
cortical a cortical (pega o osso todo) e por avulsão (locais de 
inserção de tendão e ligamento). Uma fratura incompleta é igual 
a uma fissura. 
 
 
 
3. Quanto à direção da fratura: Transversa, Obliqua, em Espiral 
(tem uma rotação, vemos o canal medular), múltipla ou 
segmentada (até 3 fragmentos), cominutiva (mais de 3 
fragmentos). Fragmentos ósseos e esquírolas são sinônimos. 
 
4. Quanto à localização da fratura: diafisária (proximal, media, 
distal), epifisária (há uma classificação especial para elas), 
condilar (lateral- capitulo medial- tróclea). 
 
5. Quanto à posição dos fragmentos: Alinhados com manutenção do 
eixo ou desviados com desvio dos fragmentos. 
Exemplo: Projeção craniocaudal e a outra é projeção média lateral. 
Descrição: Fratura completa transversa em diáfise distal de rádio e 
ulna com desvio dos eixos ósseos (rádio + ulna) desviado lateral e 
proximal dos fragmentos distais em relação aos proximais). 
Fraturas Epifisárias: Ocorre em animais jovens, porque eles têm os 
discos epifisários abertos. Usa-se classificação Salter Harris de acordo 
com o envolvimento da epífise, fise e metáfise (vai de I a V). Avalia 
probabilidade de deformidade no crescimento (fechamento precoce). 
Salter Harris: 
• 1: 
Comprometimento 
só da fise 
• 2: Fise e Metáfise 
• 3: Fise e epífise 
• 4: Fise, metáfise, 
epífise 
• 5: Compressão. 
 
Fraturas em animais jovens são de difícil interpretação. Animais 
jovens não estão bem desenvolvidos, por isso sempre avaliamos o 
membro contralateral. 
Consolidação óssea: É a ossificação do calo ósseo e desaparecimento 
da linha de fratura. No trauma ocorre a fratura → hemorragia → 
organização do tecido conjuntivo → processo de ossificação → calo 
ósseo. 
Faz-se exame imediato após redução para avaliarmos o alinhamento 
ósseo. Repetir em 2, 4 e 6 semanas. Animais jovens consolidam muito 
mais rápido que animais velhos. O peso do animal também interfere 
na consolidação óssea, animais leves demoram mais para consolidar. 
Sempre comparar as radiografias para um controle adequado. Avaliar 
o alinhamento, implantes cirúrgicos, infecção e formação do calo 
ósseo. 
Sempre quando temos uma fratura recente temos as bordas, com a 
consolidação as bordas se organizam e fazem proliferação óssea junto 
ao foco de fratura e periósteo. 
Complicações na consolidação óssea 
• Retardo na união: Acima de 8 semanas consideramos um 
retardo. Pode ocorrer por causa de mobilidade no foco de 
fratura, animais idosos, presença de infecção, tipo e local da 
fratura (locais com mobilidade demoram mais). Há persistência 
da linha de fratura e mínima proliferação óssea. 
 
• Não união: A fratura comprometeu a vascularização, e isso 
dificulta a formação do calo ósseo. Bordas arredondadas com 
esclerose e nada de proliferação óssea. Podem ocorrer por 
mobilidade, avascularização, infecção e corpo estranho. 
 
• Má união: a consolidação errada promove uma deformidade 
angular. Pode ocorrer por uma redução errônea, rotação, 
angulação durante o processo de consolidação. A função pode 
estar comprometida. 
 
 
Região e projeção: Ventro dorsal 
Descrição radiográfica: Diminuição generalizada da radiopacidade 
óssea (devido perda do cálcio), adelgaçamento das corticais, fratura 
em terço distal do fêmur bilateral. 
Possível diagnóstico: Hiperparatireoidismo secundário nutricional 
com fratura patológica em fêmur bilateral. 
Região e projeção: Latero lateral ou dorso ventral 
Descrição radiográfica: Diminuição da radiopacidade dos ossos do 
crânio, tornando dentes mais evidentes, com fratura patológica na 
mandíbula, perda da lâmina dura. 
Possível diagnóstico: Hiperparatireoidismo secundário renal com 
fratura patológica ao redor da mandíbula. 
Região e projeção: Crânio cauda e médio lateral de rádio e ulna 
Descrição radiográfica: Fratura completa transversa em diáfise 
média de rádio e ulna. Desvio do eixo com sobreposição dos 
fragmentos (caudal e proximal dos fragmentos distais). 
Região e projeção: Médio lateral de radio e ulna 
Descrição radiográfica: Fratura completa obliqua, na região de 
diáfise médio proximal de radio e ulna, com desvio dos eixos ósseos e 
sobreposição dos fragmentos ósseos. Presença de ar em partes moles 
(laceração de partes moles). 
Região e projeção: Médio lateral de úmero 
Descrição radiográfica: Fratura completa obliqua em espiral em região 
médio distal, presença de esquírola junto ao foco de fratura. 
Região e projeção: Crânio caudal e médio lateral de tíbia e fíbula 
Descrição radiográfica: Fratura completa cominutiva em diáfise média 
da tíbia, discreto desvio dos fragmentos ósseos. Na fíbula vemos uma 
fratura obliqua sem perda de eixo ósseo. 
Região e projeção: Ventro dorsal de íleo 
Descrição radiográfica: Fratura completa no corpo do íleo com 
presença de fragmento ósseo adjacente ao foco de fratura. Fratura no 
ramo cranial do púbis esquerdo. Desvio dos fragmentos ósseos. 
Região e projeção: Crânio caudal e médio lateral de fêmur 
Descrição radiográfica: Fratura completa em terço distal de fêmur 
com arredondamento das bordas de fratura, com proliferação 
periostal e consolidação em evolução (má união) 
Possível diagnóstico: Consolidação óssea em evolução com 
importante desvio do eixo anatômico (má união). 
RADIOLOGIA DO SISTEMA ARTICULAR 
 
Articulação é a junção de dois ou mais ossos, pode ser sinovial, fibrosa 
ou cartilagínea. Pode ser de tecido fibroso ou elástico. 
As sinoviais possuem grande movimentação e mobilidade, são as 
verdadeiras onde encontramos líquido sinovial, capsula articular, 
superfície articular. 
Na articulação sinovial, temos os ossos, entre os ossos temos o líquido 
sinovial, superfície de cartilagem (cartilagem articular que não 
aparece no RX), a parte mais externa do osso que esta em contato com 
a superfície da cartilagem é o osso subcondral. 
As projeções radiográficas podem ser: 
A. Mediolateral 
B. Craniocaudal, caudocranial 
C. Projeções obliquas 
D. Projeções em flexões, extensão, tração e rotação 
E. Contralateral. 
 
Pode se radiografar para ver ruptura de ligamento, vendo projeção do 
osso ao movimentar. Quando radiografa articulação vemos a relação 
articular, ou seja, como esta o alinhamento dos ossos (alinhados, 
preservados), ainda vê tecidos moles (radiopacidade - inflamação e 
mineralização - crônico), o espaço articular (chamado interlinha 
radiográfica), quando aumenta o espaço entre os dois ossos pode ser 
um processo inflamatório, e alterações de ossos subcondral (artrose). 
 
DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA 
 
Osteoartrose: Alteração degenerativa não inflamatória da cartilagem 
e do osso. Isso acontece na tentativa de se estabilizar a articulação, 
começa deposição de ossos para fazer essa estabilização. Podem ser 
primárias (uso, idade) ou secundárias (qualquer tipo de alteração que 
leva a instabilidade dessa articulação, como as alterações de 
desenvolvimento e deformidades traumáticas). No inicio da doençanão vemos nenhuma alteração. 
As alterações radiográficas num joelho com artrose envolvem: 
1. Aumento de volume intraarticular (aumenta interlinha) 
2. Osteófito periarticular (são pontinhas de ossos) 
3. Entesófitos (como o osteófito, porém ocorre na inserção do 
ligamento ou tendão) 
4. Erosão do osso subcondral (normalmente é lisa, e começa a ficar 
irregular) 
5. Calcificação peri/infra articulares, chamada Joint Mice (como 
uma pedra no sapato) 
6. Esclerose do osso subcondral (osteofitos com osso aumenta 
radiopacidade, fica claro) 
7. Áreas císticas. 
Tudo ocorre na busca da anquilose para estabilizar o osso. 
 
 
 
 
Luxação: É quando sai do lugar. É a perda total da relação articular, se 
a perda for parcial é chamado subluxação. Pode ocorrer em qualquer 
articulação, normalmente secundária a traumas. O grande problema 
quando luxa, é que vemos no RX ossos, não vemos a articulação, que 
foi comprometida, então só colocar no local não resolve muito, pois 
pode luxar de novo. Pode também ocorrer por alterações congênitas 
(má formação) ou problemas de desenvolvimentos. 
Luxação de patela: Deformidade congênita ou traumática. Pode luxar 
medial ou lateral. Comum que seja um desvio medial bilateral nas 
raças toy e que seja congênito, quando é traumático geralmente é 
unilateral e lateral e lateral nos cães de grande porte (RARO). Essa 
luxação pode ocorrer por alguma afrouxidão ligamentar, ainda o sulco 
troclear pode ser raso (é onde a patela fica) e ainda alterações 
angulares femoral daqueles cães com coxo valgus ou varus. São 
classificadas de I a IV clinicamente (onde I e II é aquela intermitente 
e III e IV é aquela persistente). RX nesses casos é feito para saber se 
há doença articular degenerativa, para ver angulação, alterações 
ligamentares. 
No RX a projeção craniocaudal (sky-line), desvios medial da patela são 
normalmente bilateral, quando traumáticas são unilaterais, Há 
rotação do terço proximal da tíbia. 
Ruptura do ligamento cruzado cranial: Comum em pitbulls, rottweilers 
e goldens. 
Principal causa de claudicação em cães e gatos. Pode ser aguda ou 
crônica. É aquele animal que apoia em pinça. Pode ocorrer em cães 
com quadríceps muito forte, que pulam, por esforço próprio eles 
rompem esse ligamento. Podem ser secundários a injurias ou não. 
Diagnóstico clínico pelo movimento de gaveta que quando movimento 
de gaveta é positivo há ruptura. Primeiro faz uma projeção médio 
lateral sem estresse, e depois com estresse articular. Veremos 
deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur, derrame intra-
articular, conseqüente a esse estresse sesamóide poplíteo pode 
deslocar caudo distal. Pode resultar em doença articular degenerativa. 
 
 
 
DOENÇAS INFLAMATÓRIOS 
Artrite: Processo inflamatório que pode ser de origem infecciosa 
(hematógena, infusão, injeção intra-reticular, ou coleta de liquido 
sinovial) ou pode ser não infecciosa como nos casos de lúpus 
(sistêmica) pega todas as articulações, chamada poliartrite. O grande 
problema da artrite é o difícil diagnostico, temos dois tipos de artrite, 
as erosivas onde veremos erosão nos ossos e não erosivas. As não 
erosivas temos o processo inflamatório, mas ele não causa lise nos 
ossos, aumenta volume articular, mas osso está intacto, esse é o 
grande problema, saber se é erosivo ou não. 
As alterações serão: Distensão da capsula articular (Derrame), lesões 
líticas em osso sub condral (corrosiva), pode ocorrer por luxação e 
subluxação, ainda doença articular degenerativa. 
 
DOENÇAS DO DESENVOLVIMENTO 
 
Necrose asséptica da cabeça do fêmur: Não se sabe por que, mas ocorre 
uma falha do irrigamento sanguíneo para a cabeça femoral, causando 
essa necrose na cabeça do fêmur, acomete principalmente raças toys, 
animal apresenta claudicação e sente muita dor. 
No RX vemos áreas de lise na cabeça desse fêmur que são as áreas de 
necrose, com o tempo veremos remodelamento dessa cabeça, causando 
fraturas patológicas, pode ser uni ou bilateral. 
Osteocondrose e osteocondrose dissecante: O osso subcondral do 
úmero vai ter uma falha de ossificação, então vai ter tipo um buraco 
no osso condral, isso é a osteocondrose, será osteocrondrite dissecante 
quando estivermos vendo o flap - joint mice, esse flap é de cartilagem, 
então normalmente não vemos no RX, só veremos no RX flap 
calcificado (quando vemos então é chamado osteocondrose dissecante, 
senão ver é osteocondrose). Toda osteocondrose vai virar 
osteocondrose. As lesões podem ser bilaterais. Os locais predispostos 
são: Cabeça caudal do úmero, côndilos femorais medial e talus medial. 
Radiograficamente vemos falha radioluscente do osso subcondral + 
esclerose. Flap cartilaginoso ou calcificado e doença articular 
degenerativa. 
 
Displasia do cotovelo: Displasia é a má captação da articulação 
(instabilidade), pode ser causado por osteocondrose do côndilo medial 
do úmero, não união do processo ancôneo, fragmentação do processo 
coronóide medial e incongruência articular. 
• Osteocondrose do côndilo medial do úmero 
Há falha de ossificação. Vemos áreas radio transparentes em osso 
subcondral na porção lateral do côndilo medial de úmero. Pode ter área 
esclerótica ao redor, doença articular degenerativa. Projeções Crânio 
Caudal e Médio lateral obliqua. É a mais rara de acontecer. 
• Não união do processo ancôneo 
Ancôneo não uni com a ulna, gerando instabilidade, gerando a 
displasia. Vemos linha radio transparente no processo ancôneo, 
veremos artroses, usa-se as projeções médio lateral e médio lateral 
flexionada. Vemos também margens com esclerose e doença articular 
degenerativa. Lesões bilaterais. É a mais fácil de ver 
• Fragmentação do processo coronóide medial da ulna 
As projeções são médio lateral estendida, crânio caudal, crânio caudal 
supinada 15º, mesmo assim na maioria das vezes não se consegue ver. 
Quem fecha o diagnóstico geralmente é a tomografia. Cães apresentam 
claudicação. No RX vemos contorno anormal e perda da definição do 
processo coronóide medial e doença articular degenerativas. Lesão é 
muito difícil de ser observada no exame radiográfico. O que vemos é a 
sobreposição, imagem não calcificada, fragmento fissurado e sem 
separação, fragmento fica lateralmente ao processo coronóide. 
Incongruência articular 
Animal nasce assim, é uma articulação incongruente por causa da ulna, 
ou do rádio, ou porque côndilos não são normais, qualquer um dos 
ossos estando anormal gera incongruência gerando instabilidade. 
 
Displasia coxofemoral: Má captação do acetábulo e da cabeça femoral. 
São dois os fatores causadores, genético e fatores ambientais como 
piso, obesidade. Comum em persas e cães de raça grande devido 
crescimento rápido. Pode ser bilateral ou unilateral. Na radiografia 
vemos incongruência articular, arrasamento 
acetabular/remodelamento, subluxação/luxação, doença articular 
degenerativa secundária a displasia coxo femoral (osteócitos 
periarticulares, alteração morfológica da cabeça e colo femoral e linha 
de Morgan - linha radiopaca, ocorre onde tem inserção de capsula 
articular, quando tem a displasia coxofemoral temos instabilidade 
articular que traciona capsula articular causado essa linha que é uma 
calcificação). 
Existe uma maneira quantitativa pra saber se é displásico ou não. É o 
cálculo do angulo de Norbert. Primeira pega a radiografia, que deve 
ser perfeita. Depois delimita cabeça femoral om um circula em volta 
da cabeça, para saber onde está o centro da cabeça femoral. Achando 
o centro, liga os pontos entre os dois centros, depois sai uma linhas na 
lateral mirando acetábulo, o angulo interno é o angulo de Norbert. 
Menor que 90ª displasia coxofemoral severa, maior que 105º o animal 
esta normal. 
 
Cães que serão reproduzidos devem ter um laudo do colégio brasileiro 
de radiologia e para isso os RX deverão ser mandados com 
identificação por microchip ou tatuagem,essa identificação deve estar 
na radiografia que vai ser mandado para o colégio brasileiro de 
radiologia. Necessário animal anestesiado com sedação profunda. A 
taxa é de 40,00. Existe dois tipos, a prévia e a definitiva. Você faz a 
prévia com um ano, se ele já foi displásico ele não ficará normal, agora 
se na prévia der normal, é feito outra com dois anos para dar o laudo 
definitivo. O laudo é feito por três radiologistas, cada um faz um laudo, 
depois é feito a média. Recomenda-se agora, que se faça radiografia de 
cotovelo, pois displasia de coxal está sendo associado ao com displasia 
de cotovelo. 
Temos método penn hip que mostra o quanto que essa cabeça sai do 
lugar, é o índice de distração articular, o problema é que só pode fazer 
quem fez o curso na Pensilvânia. Diagnostico com quatro meses. Taxa 
de 50 dólares. (www.pennhip.org). 
 
 
RADIOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL 
 
Aspectos anatômicos 
C7; T13; L7; S3 e Cc são variáveis. 
Disco intervertebral: tem 2 corpos vertebrais e um disco de material 
cartilaginoso para evitar o atrito. Em condições normais não aparece 
no raio-x. Localizado no espaço intervertebral. 
Ligamentos, Vascularização, Nervos e medula espinhal não são vistos 
no exame radiográfico. No canal vertebral é onde a medula passa. Cada 
corpo vertebral tem seu processo transverso. 
Forame intervertebral parece uma cabeça de cavalo, dele sai toda a 
inervação da medula, é totalmente protegida mas não totalmente 
fechada para isso temos os discos intervertebrais; processos 
espinhosos (cada corpo vertebral tem seu processo espinhoso); 
articulações (processo articular caudal e processo articular cranial). 
A região toracolombar é a mais propensa a ter problemas, a região 
torácica tem pouca mobilidade e sua função é proteção. Seguida dela 
temos a região lombar, que é extremamente maleável, por isso essa 
diferença gera um ponto de stress. 
 
 
Avaliar no exame radiográfico: 
1. Radiopacidade: aumento ou diminuição. 
2. Alterações na forma e contorno: Processos (espinhoso de C2 
sobrepõe C1) e transverso (C6 é mais largo). 
3. Alterações no alinhamento. 
4. Espaço intervertebral: Observa-se: 
5. Aumento de tamanho que ocorre por luxação ou Subluxação 
6. Diminuição do tamanho – hérnia, diminuição de espaço entre os 
corpos vertebrais faz o disco vertebral subir, isso comprime a 
medula e causa alteração neurológica 
7. Desaparecimento devido espaço fusionado 
8. Aumento de radiopacidade devido disco calcificado 
9. T10-T11 temos o processo clinal-anticlinal (os processos 
espinhosos têm um sentido, e na T10-11 ele inverte esse sentido 
por causa de uma diminuição fisiológica de espaço). 
10. Técnicas Radiográficas: 
11. É necessário um encaminhamento de um clínico, neurologista ou 
ortopedista. Coluna radiografa por segmento, por isso é 
necessária uma descrição da região exata a ser examinada. 
12. Exame Simples: 
13. Exame físico/neurológico prévio; ajuste do aparelho (maior Kv 
e mAs); segmentos restritos; posicionamento (pode demandar 
anestesia geral ou sedação); projeções radiográficas (latero-
lateral*, ventrodorsal ou obliquas). 
14. O animal deve estar bem posicionado, podemos colocar até 
espumas e colchonetes, pois a coluna do animal deve estar bem 
reta. Coluna total tem 5 projeções. 
A ampola emite raios x e abre de forma convexa, quando abrem, na 
periferia do filme estará fazendo uma imagem errônea, porque 
começamos a sobrepor parte caudal com cranial, mimetizando uma 
diminuição de espaço que não existe. 
Animal paralisado: paralisa sentido para trás da lesão em medula, ou 
seja, um animal com as 4 patas paralisadas devemos mandar 
radiografar a cervical. Imaginar o animal como uma lâmpada. 
• Mielografia: 
Exame contrastado onde injetamos contraste no espaço subaracnóideo 
(espaço que envolve a medula). Avalia espaço subaracnóideo (tamanho 
e forma da medula). 
Necessário anestesia geral para um relaxamento no posicionamento: 
para uma punção na nuca próxima ao bulbo respiratório; exame 
simples (LL e VD); punção espaço subaracnóideo (cervical- cisterna 
magna entre occipital e C1 e lombar entre L5-L6, a cervical é mais 
perigoso por causa do bulbo, e a lombar é mais difícil por causa dos 
processos espinhosos). 
Contraste iodado não iônico: Iopamiron® 300 0,3- 0,5 ml/Kg ou 
Omnipaque® 300 0,3 – 0,5ml/Kg. Nunca ultrapassar 9ml. 
Projeções radiográficas: Laterolateral; Ventrodorsal; Obliquas 
(toracolombar acurácia 45% letalidade da lesão, isso é importante 
para acessarmos o lado correto no momento da cirurgia); Dinâmicas 
(flexão/extensão). 
Indicações: Doença progressiva de SNC; lesões múltiplas (detectadas 
no exame simples, como no caso de diversas áreas com diminuição de 
espaço); localização precisa da lesão; extensão e envolvimento 
medular. 
Contraindicação: Doença inflamatória ou infecciosa; trauma agudo 
(que pode paralisar por causa do trauma); infecções cutâneas; quando 
procedimento cirúrgico não é considerado. 
Efeitos Adversos: Convulsões, apneia, piora neurológica, hipertermia, 
meningite, morte (se pulsionar o bulbo respiratório). Isso pode 
ocorrer por aumento da pressão intracraniana. 
O líquor faz um volume a mais, e isso aumenta a pressão intracraniana 
e pode ocorrer convulsão por causa disso, normalmente na volta da 
anestesia. 
Entrar no espaço de cisterna magna, chego na região de 
subaracnóideo, vou com a agulha e sinto como se tivesse perfurado um 
plástico (faz barulho e começa a extravasar líquido pela agulha), 
conectar agulha com a seringa e começar a fazer infusão. O espaço é 
muito pequeno, por isso a chance de sair do local é grande. Dar uma 
aspirada para confirmar e então iniciar a infusão. Se o contraste 
chegar até o final (cauda equina) é porque não há compressão. 
 
Alterações Radiográficas: 
• Mioelografia: compressão medular extradural; 
intradural/extramedular; intramedular. 
 
• Desvios de eixo: cifose (desvio dorsal), lordose (desvio 
ventral), escoliose (vista apenas na projeção ventro dorsal por 
ser um desvio lateralizado da coluna). Podemos ter um desvio 
lordocifotico. 
 
 
DOENÇAS METABÓLICAS 
Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional: o osso tem menos 
cálcio, quando o músculo traciona acaba ocorrendo o desvio de coluna. 
Hipervitaminose A: ocorre principalmente em felinos e ocorre a fusão 
dos corpos vertebrais. 
DOENÇAS DEGENERATIVAS 
Discopatias: São herniações, comum em raças condrodistróficas 
(Hansen tipo I) e raças não condrodistróficas (Hansen tipo II). É de 
etiologia desconhecida, por trauma ou fatores mecânicos e 
anatômicos. 
Disco intervertebral: lateral e ventral são mais espessas que região 
dorsal. O anel fibrose que tem dentro do disco, tem sua parte dorsal 
mais fina que o resto. 
• Hansen tipo I: raças condrodistróficas com início 2 – 9 meses. 
Há desidratação do núcleo pulposo, calcificação, fendas ou 
rupturas do anel fibroso (por ser mais fino), extrusão do 
material nuclear (comprimindo a região nuclear). 
• Hansen tipo II: raças não condrodistróficas com início 1 – 7 anos 
de idade. Há desidratação do núcleo pulposo, fissura do anel 
fibroso, protrusão do material nuclear. 
No exame radiográfico simples vemos calcificação DIV (disco 
intervertebral); diminuição do espaço intervertebral (DEIV); 
diminuição do tamanho ou alteração na forma do forame 
intervertebral; aumento da radiopacidade do canal vertebral (FIV). Só 
vemos se há compressão por Mielografia, tomografia ou ressonância, 
o exame simples não detecta. 
Espondilose 
• Deformante: Se começar com crescimento de osteófito, e 
anquilosar teremos a espondilose. 
• Espondilose Anquilosante: Idiopática/ secundário a 
instabilidade entre vertebras. Proliferação nas margens dos 
corpos vertebrais: ventrais, dorsais, laterais. Osteófito forma 
ponte óssea (espondilose anquilosante). Comum nas regiões 
lombares e lombossacrais. 
Osteoartrose: Ocorre na articulaçãona tentativa de anquilosar. 
 
DOENÇAS DO DESENVOLVIMENTO 
Espondilomielopatia cervical caudal: Estenose do canal vertebral (C5-
6/ C6-7); desvio dorsal da epífise CR C6(7) em relação a epífise CD de 
C5 (6). Malformação de processos articulares e degeneração das faces 
articulares, causando instabilidade. Protrusão de disco cervical 
(hérnia tipo II). Hipertrofia do ligamento flavo e cápsula articular, 
estenosando cada vez mais o canal. Ocorre principalmente em 
dobermann jovens com mais de dois anos. 
Diagnóstico: exame radiográfico simples e contrastado. Projeções 
radiográficas laterolateral e ventrodorsal e sob estresse (flexionada, 
estendida, tracionada). Cuidado com lesões iatrogênicas, pois o animal 
estará anestesiado e devemos ter muito cuidado na manipulação. 
Subluxação Atlantoxial (C1-C2): C1 é o atlas (“atlas da cabeça). C1 e C2 
estão juntos por diversos ligamentos e pelo processo odontóide de C2 
que se insere em C1. Qualquer coisa que ocorrer em ligamentos ou no 
odontóide pode causar uma subluxação. O processo espinhoso de C1-
C2 se abre. 
Patogênese: Há uma ventroflexão excessiva da cabeça repentina 
podendo causar fratura ou ruptura de ligamento. Compressão medular 
em região atlantoaxial. Pode ser adquirida (traumática- fratura do 
odontóide ou processo espinhoso/ ruptura de ligamentos) ou 
congênita ou desenvolvimento (incidência animais pequenos porte 
com menos de um ano). 
Congênita: não fusão do odontóide a C2; angulação dorsal do processo 
odontóide; malformação atlantoaxial; agenesia ou hipoplasia do 
odontóide; ausência ou ruptura ligamentar. 
Diagnóstico: Exame radiográfico simples, nesses casos não pode 
anestesiar, pois qualquer coisa que fizermos pode causar uma lesão 
iatrogênica. Projeção lateral (para ver sobreposição); aumento do 
espaço entre o arco dorsal e o processo espinhoso; instabilidade AA em 
diferentes graus; angulação do axis em relação ao atlas; fratura do PO 
ou rotação do terço final do axis indicando ausência do PO. 
Vértebras de transição: É uma vértebra querendo tomar posição de 
outra. C7 com uma ou duas costelas. Toracolização de c7. T1 com 
ausência de costelas. Está querendo tomar o lugar de 
cervical. Cervicolização de T1. T13 com ausência de costelas. L1 com 
par de costelas (toracolização). L7 com aspecto de vertebra sacra (se 
fusionar no coxal tem característica de sacro- sacralização). S1 com 
aspecto de vértebra lombar (lombarização). Vertebra de transição ou 
vertebras supra/subnuméricas. Sempre devemos contar as vertebras, 
pois o animal pode por exemplo, ter uma lombar a menos. 
Processo clinal-anticlinal (DEIV). Preciso definir onde está T10-T11. 
Referência cirúrgica 
Hemivértebras: É uma ossificação incompleta/ união incompleta dos 
centros de ossificação, o osso fica com aspecto de cunha ou trapézio. 
Isso é comum em animais braquiocefálico. Comum na região torácica. 
Pode haver sinais neurológicos ou não. 
ALTERAÇÕES TRAUMÁTICAS 
• Fraturas 
• Luxações/subluxações 
Discoespondilite: Infecção do disco e das vértebras contíguas 
(Secundária). Causas hematógena, corpos estranhos, complicações pós 
cirúrgicas em coluna, staphylococcus sp e brucella canis. Mais comum 
em região torácica e lombar. 
Aspecto Radiográfico: fase aguda (lise irregular das epífises e das 
vértebras e alargamento do espaço intervertebral) e fase crônica 
(esclerose dos bordos vertebrais, destruição do disco, osteofitos,fusão 
de corpos vertebrais adjacentes e pode haver hérnia de disco). 
Neoplasia: 
São pouco frequentes. Neoplasias ósseas são primarias ou 
metastaticas. Pode ser lítica, proliferativa ou mista. 
 
 
 
SISTEMA LOCOMOTOR EQUINOS 
 
Exame Radiográfico: axial, apendicular, tórax, TGI (esôfago), urinário. 
Técnicas contrastadas: Mielografia, artrografia, fistulografia, 
venografia. 
Além de raio-X podemos usar ultrassom, medicina nuclear, tomografia 
computadorizada e ressonância magnética. O problema é a logística 
para equinos. 
Principal modalidade: 
1. Imagem analógica (revelação). 
2. Imagem digital (manipulação de qualidade, transferência 
eletrônica e armazenamento de imagem). 
3. Exame de extremidades distais: é bem frequente, muito usado 
em exames de compra. 
Dificuldades na realização do exame: tamanho do animal, dificuldade 
na contenção, aparelhagem adequada, presença de sensibilidade 
dolorosa. Colocar o animal no tronco dificulta o trabalho. 
Aparelho e acessórios radiográficos: 
1. Aparelho portátil. 
2. Porta-chassi: é um prolongador (estilo pau de selfie). Deixa o 
assistente longe. 
3. Blocos com sulco: apoia o chassi. 
4. Equipamentos de segurança contra radiação. 
5. Preparação do animal para o exame radiográfico: 
6. Limpeza da região: limpar a região, encher com massa de 
modelar, deixa um tempo e depois radiografa. A massa impede o 
acumulo de sujeira. 
7. Retirada de ferraduras 
8. Contenção química (se necessário) ou física adequada. 
9. Material para preenchimento de sulcos. 
10. Ambiente calmo: o animal deve ficar imóvel. 
11. Projeções: 
12. Dorsopalmar: semelhante a pequenos. 
13. Lateromedial: no cavalo é mais fácil que mediolateral devido ao 
posicionamento do chassi. 
14. Dorsomedial: entre dorsal e medial. É uma projeção obliqua. 
15. Palmaromedial: entre medial e palmar. É uma projeção obliqua. 
16. Palmarolateral: entre palmar e lateral. É uma projeção obliqua. 
17. Dorsolateral- palmaromedial: sai da dorsolateral para 
palmaromedial. 
18. Dorsolateral- palmarolateral: sai da dorsomedial para 
palmarolateral. 
19. Flexionadas 
Falanges distal e navicular: dorso 65º proximal- palmarodistal obliqua 
da 3ª falange. É a angulação com que incido na estrutura. 
OBS: as obliquas servem para isolarmos estruturas (metacarpianos) e 
facilitar a visualização. 
Avaliação Radiográfica: Devemos conhecer a anatomia radiográfica 
normal. Os padrões básicos de resposta são proliferação, osteólise, 
mista (proliferação periostal e áreas líticas), alterações de 
radiopacidade. 
Osteocondrose (OCD): Distúrbio na maturação da cartilagem. Potros 
de crescimento rápido e grande massa muscular. Machos de 3 a 6 
meses (superalimentação e desequilíbrio de mineirais). Sobrecarga na 
região e aumento do trauma na cartilagem. Necrose isquêmica do osso 
subcondral. 
Localização: femorotibiopatelar, tibiotársica, metacarpiano, 
metatarsiano, condilo lateral do úmero, cabeça do úmero. 
Aspectos radiográficos: defeito do osso subcondral, irregularidade do 
osso subcondral, destacamento de fragmento ósseo “flap”. 
Sesamoidite: Processo inflamatório dos ossos sesamóides proximais e 
seus ligamentos. Acomete membros torácicos, boleto. Osteíte 
localizada. Causa intensa claudicação. 
Aspectos radiográficos: fazer projeções obliquas (4), irregularidade, 
focos de osteólise em sesamóides, proliferação óssea. 
Laminite: Processo inflamatório que atinge o tecido laminar das 
extremidades. Pode acometer membros torácicos ou todos eles. A 
falange distal é presa no casco por lâminas, por qualquer que seja a 
situação que influencie nas laminas, podemos ter a separação dessas 
estruturas. O problema é que a falange distal é tracionada pelo 
ligamento flexor digital, e mesmo com a separação a pressão persiste, 
e a falange pode rotacionar. A falange ao pegar na sola pode perfura-
la (processo um pouco mais crônico). Quando perfura a sola teremos 
um processo de infecção por contato com o meio externo. 
Multifatorial: mudança de temperatura, manejo inadequado, traumas, 
confinamento, animais pesados, fator hereditário, exercícios forçados 
seguidos de longos períodos de descanso, piso inadequado 
predispondo a traumatismos, outros processos concomitantes 
(pneumonia, mastite, metrite, artrite, contusões). 
Aspectos radiográficos: espessura aumentada da parede dorsal do 
casco; linha radiotransparente (gás) paralela à parede dorsal do casco; 
fratura da margem solear; osteólise e proliferaçãoóssea (em caso de 
perfuração). 
Medimos a espessura da região da parede dorsal para delimitarmos 
exatamente onde está a margem. Dividimos a falange distal em 2 
partes. Em um animal normal a distância é menor que 18mm, se isso 
aumentar teremos a laminite sem rotação de 3ª falange. Se tivermos a 
distância maior A>B, teremos laminite com rotação de terceira 
falange. 
Síndrome do navicular: Bem frequente em cavalos atletas. O osso 
navicular sofre muita pressão, principalmente do tendão flexor. 
Aspectos radiográficos: alargamentos dos forames nutrícios; 
diminuição generalizada da radiopacidade óssea; calcificação e 
proliferação óssea ponteada nos bordos proximais e distais; fraturas 
no contorno do navicular; esclerose medular; adelgaçamento cortical 
da superfície flexora, formações císticas, mineralização distrófica dos 
ligamentos colaterais. Lesões lollypop no forame nutrício. Área cística. 
Calcificação de cartilagens alares: Relacionada à má conformação, 
ferrageamento inadequado, claudicação ou não. 
Alterações Radiográficas: calcificação das cartilagens. Pode ser 
unilateral e ter fraturas. Não necessariamente claudica por isso, pode 
ser um achado. 
Fraturas: Corresponde a 75% das lesões traumáticas osseas. Depende 
do tipo de modalidade do esporte: turfe (fratura de ossos do carpo e 
semamoides proximais), salto/pólo/enduro (fratura de 
metacarpianos); provas de tambor e baliza (fraturas cominutivas de 
falanges). Podem ser intraarticulares (microfraturas, são suficientes 
para causar dor). Podemos ter fissuras. 
Luxação e subluxação: Perda total ou parcial da relação articular. 
Sintoma depende da articulação lesionada. Impotência funcional, 
aumento de volume e dor na manipulação. Redução manual, cirúrgica 
ou artrodese. 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
Diagnóstico de Radiologia Veterinária.Thrall,Donald E.; 7º Edição,-
Guanaara Koogan, 2019. 
Diagnostico por imagem em cães e gatos. Feliciano, Marcus Antonio 
Rossi- Canola, Julio Carlos- Vicente, Wilter Ricardo Russiano, 1 edição, 
2015.

Mais conteúdos dessa disciplina