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ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1A - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
DISFUNÇÃO DO APARELHO 
LOCOMOTOR 
EPIDEMIA: TRÂNSITO 
 
• 80% de afastamento previdenciário estão relacionados a 
ortopedia – as dores musculoesqueléticas. 
• 2% PIB do Brasil em 2005, estava envolvido com o custo 
de acidentes de trânsito. Atualmente, esse dado deve ser 
maior. 
• 90% dos acidentes são automobilísticos. 
o Considerando que como é uma grande epidemia, 
todos os centros devem estar preparados para receber 
esse tipo de acidente. 
• Entre 2001 e 2011, houve um aumento de 363% no 
número de mortes. Isso deve ser maior, porque os veículos 
estão cada vez mais potentes, além disso pelo uso de 
motocicletas. 
• Devidos às medidas de segurança, a melhora da 
performance dos freios e airbags, percebe-se que houve 
uma curva descendente no número de mortes nos últimos 
anos. 
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
 
 
• A curva de longevidade natural impulsiona o para que a 
população chegue cada vez mais a idades mais tardias. 
• Com o envelhecimento populacional, há o aumento da 
osteoporose e doenças degenerativas, além da queda da 
qualidade de vida, tornando o paciente sujeito a fraturas 
por insuficiência. Dessa forma, o médico irá atuar 
diminuindo o impacto na qualidade de vida do paciente. 
• Estão cada vez mais exigindo qualidade de vida, porém 
com o decorrer da idade temos uma queda na qualidade 
de vida. O idoso não quer só ser tratado e curado, ele quer 
também voltar para as atividades que ele tinha. 
ANATOMIA APLICADA DO SISTEMA 
OSTEOMIOARTICULAR 
REVISÃO DE ANATOMIA 
 
• Posição anatômica: ortostase + palmas da mão voltadas 
para frente. 
• Planos: coronal ou frontal, sagital, axial ou transversal. 
• Eixos: 
o Eixo longitudinal ou crânio-caudal: articulação que 
gira utilizando – a rotação do pescoço, 
pronosupinação do cotovelo. 
o Eixo latero-lateral: esse é o eixo que a articulação 
utiliza para se movimentar, a flexão do cotovelo 
utiliza o eixo latero-lateral. 
o Eixo anteroposterior. 
• Cada eixo desse representam a intersecção de dois planos. 
• O coronal está se interceptando com o sagital e ao se 
cruzarem, forma-se o eixo longitudinal. Esse eixo 
formado corta o plano que não a forma, isto é, fura o plano 
axial. Ele faz um ângulo de 90º e perfura o plano axial ou 
transversal. 
• Um eixo que se forma da interseção de 02 planos, e o 
plano que não faz parte dessa interseção ele perfura. 
• Interseção entre o plano sagital e o transverso – forma o 
eixo ântero-posterior e fura o plano coronal. 
TIPOS DE OSSOS 
• Temos 206 ossos no corpo humano. 
 
• Ossos longos – úmero, ulna (cúbito), rádio, fíbula 
(perónio), tíbia, fêmur, metacarpo, falanges. 
• Ossos curtos – ossos do carpo e do tarso, osso da calota 
craniana, ossos sesamoides. 
• Ossos chatos ou estreitos – alguns dos ossos do crânio, 
costelas, esterno, escápula (omoplata). 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1A - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
• Ossos irregulares – vértebras, ilíaco, alguns dos ossos do 
crânio, osso inominado (confluência de três ossos: ilíaco, 
púbis e ísquio). 
• Ossos sesamoides – patela (rótula). 
OSSOS LONGOS 
Os ossos longos são divididos em 03 partes: 
• Diáfise: o corpo, constituído por uma espessa substância 
(osso) cortical, preenchida por medula óssea. 
• Metáfise: parte ampliada do osso perto da extremidade, 
normalmente constituída por substância esponjosa (osso 
trabecular). 
• Epífise: extremidade (geralmente articular) do osso, 
formada por centros de ossificação secundários. 
 
Formados pela ossificação endocondral (exceto a clavícula): 
centros de ossificação primários (no corpo – “diáfise”) e 
secundários. 
TECIDO ÓSSEO – MACROSCOPIA 
 
• A imagem acima: um fêmur em dissecção coronal. 
Observem como a cortical do fêmur é bem densa e como 
zonas de maior carga possuem uma densidade maior de 
trabéculas ósseas – metáfise no centro. 
• Observamos que vai havendo um alargamento da 
cortical até a metáfise. Quando chega na diáfise fica 
ainda mais larga. 
• Em contrapartida a quantidade de osso esponjoso que é 
aquele osso trabecular que suporta mais carga, o estresse 
cíclico e repetitivo está na metáfise. Na parte metafisária 
tem a riqueza do trabeculado. 
• A diáfise é mais rígida, perde esse trabeculado ósseo. 
• Na epífise também existe o trabeculado ósseo, mas existe 
uma camada cortical para dar suporte, ou seja, para 
suportar a carga direta. 
o No fêmur proximal existem as trabéculas de compressão 
primária, tração primária, compressão secundária etc. 
• A carga no osso – pega peso na parte superior – região 
que sustenta o peso. Esse osso tem que ser forte 
suficiente para poder aguentar a compressão e tensão. 
• O osso responde a uma LEI de Wolff – responde ao 
estresse, o peso, ou seja, quanto mais carga ele pega mais 
trabeculado fica. Tem que fazer atividade muscular, pois 
é quem dar carga ao osso, ela nunca vai fortalecer o osso. 
Nosso organismo só responde à carga. 
• Um idoso com osteoporose tem que fazer uma atividade 
muscular, não apenas tomar a medicação. 
• Quando opera um osso fraturado, coloca um dispositivo 
para fixar o osso dele. Sempre colocamos um dispositivo 
pensando em uma mobilidade precoce. Em alguns casos, 
como no fêmur queremos além da mobilidade precoce 
das articulações, que ele tenha carga precoce. A carga 
precoce, desde que o dispositivo seja bem implantado e 
que a fratura permita – ela facilita, auxilia na 
consolidação do osso – justamente respeitando a LEI de 
WOLFF (responde ao estresse). 
• O desaparecimento das trabéculas na radiografia sugere 
osteopenia radiográfica e, nesses casos, vamos iniciar a 
investigação de osteoporose. 
o Lembrem-se que osteoporose é um diagnóstico realizado 
através da densitometria óssea, mas a suspeita pode ser 
feita por meio da radiografia simples. 
Temos as vertebras – suportam pressão o tempo todo. Elas 
têm tipo um sanduiche cortical entremeado por uma matriz 
de osso trabecular aerado – isso serve para dar a 
complacência, ou seja, o poder de suportar carga e absorver 
o impacto. 
 
Acima (vértebra): observem a cortical bem densa e outra 
região bem esponjosa que confere certa 
flexibilidade/resiliência a esse osso para que ele possa 
sustentar tanta carga por tanto tempo. 
o Esse osso é diferente do anterior: ele não tem as três 
regiões (diáfise, metáfise, epífise) especificadas. É um 
osso chato, com uma cortical bem densa e um tecido bem 
esponjoso (para sustentação de carga). 
Nossos ossos jovens têm as fises de crescimento – placas de 
crescimento. 
As “fises” promovem o crescimento longitudinal (em 
comprimento) nos ossos longos. Ela é dividida em várias 
zonas, cada uma com uma função diferente. Tem uma em cada 
extremidade do osso longo. (metacarpais, metatarsais, 
falanges da mão e do pé apresentam, tipicamente, apenas uma 
fise/lâmina epifisial). 
Há outra “fise” em cada epífise (de organização similar) 
responsável pelo crescimento epifisial (e não longitudinal). 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1A - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
Há também uma “fise” normalmente no local da apófise 
imatura (p.ex.: tuberosidade da tíbia) que se funde com a 
maturidade óssea. 
SUBSTÂNCIA COMPACTA (CORTICAL): 
• Osso forte, denso: compõe 80% do esqueleto. 
• Cortical é parte mais densa dos ossos longos, 
mecanicamente mais resistente. 
• Composto por vários ósteons (sistemas de Havers), com 
lamelas intersticiais intermediárias. 
• Os ósteons são constituídos por lamelas ósseas 
concêntricas com um canal central (canal de Havers) 
contendo osteoblastos (nova formação óssea) e uma 
arteríola para suprir o ósteon. 
• As lamelas são conectadas por canalículos. 
• Linhas cimentantes marcam o limite externo do ósteon 
(limite final da reabsorção óssea). 
• Canais de Volkmann: orientados radialmente, 
horizontais, possuem arteríolas e conectam os ósteons 
adjacentes. - Uma substância cortical espessa é 
encontrada na diáfise dos ossos longos. 
SUBSTÂNCIA ESPONJOSA(TRABECULAR): 
• Estrutura entrelaçada, compõe 20% do esqueleto. 
• Alta taxa de renovação óssea. 
• O osso é reabsorvido pelos osteoclastos nas lacunas de 
Howship, e é formado por osteoblastos no lado oposto das 
trabéculas. 
• A osteoporose é comum na substância esponjosa, o que a 
torna suscetível a fraturas (p. ex., corpos vertebrais, colo 
do fêmur, extremidade distal do rádio, “platô tibial”). 
• Comumente encontrada na metáfise e na epífise dos ossos 
longos. 
 
Na imagem acima: epífise, metáfise e diáfise. Observem a 
placa de crescimento (“growth plate”), a epífise de 
crescimento e a “fise”. A “fise” é justamente essa linha (pode 
ser confundida com fratura por leigos). 
 
• RX: esse é um esqueleto imaturo em que há osso sendo 
formado, por isso há uma placa de crescimento (local 
onde há a deposificação cálcica para mineralizar o osso). 
• À medida que crescemos, vamos depositando osso da 
região epifisária para região metafisária. 
• Nos ossos longos tendem a ter maior região metafisária. 
o Na parte metafisária, há um entremeado trabecular que 
é justamente o osso esponjoso com essa arquitetura 
mais aerada que conferem ao osso uma maior 
elasticidade. 
o Metáfise é uma região do osso, principalmente dos 
ossos longos – tem osso trabecular, que é esponjoso e 
possui maior resiliência. 
o Tem mais osso trabecular no esqueleto axial e ossos 
longos, além disso na coluna. 
o O osso trabecular sofre mais remodelação durante a 
vida, quando ocorrem doenças como osteoporose, ele 
sofre fatores de interferência nutricional e hormonal, e, 
devido a isso, tem maior degeneração. 
Diáfise: resistência solida. 
Dor do crescimento: adolescentes com queixas de dor no 
joelho no período do estirão de crescimento, produção de 
muito GH, podem cursar com dor do crescimento. A epífise é 
um molde cartilaginoso e as suas camadas vão sendo 
mineralizadas aos poucos, assim quando o estirão é muito 
grande, essas camadas não são totalmente mineralizadas, fica 
fragilizada e pode fazer com que a bainha envolta inflame, 
gerando um desconforto por estresse mecânico (correr, pular, 
brincar...). 
Epifisiólise: – Ocorre um deslizamento da fise de crescimento 
da epífise proximal do fêmur sobre a metáfise. 
CRESCIMENTO 
• Existem duas formas de se formar osso: 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1A - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
 
Acima temos um osso de um esqueleto imaturo. Quando 
fazemos a radiografia, parece que está faltando coisa, parte do 
osso não tem densidade ainda para aparecer na chapa. Temos 
essa sensação porque a região meta-epifisária ainda é 
cartilaginosa. Nessa região se localiza a placa de crescimento, 
a epífise ainda cartilaginosa. 
 
 
Ossificação endocondral: formação de um osso a partir de um 
molde de cartilagem hialina. Esse molde, gera um centro 
primário de ossificação diafisário, que designa uma região 
dele para ser a placa de crescimento (ou seja, onde as células 
vão se depositar – “como se fosse uma empilhadeirazinha”), 
com consequente deposição de material mineral naquele 
molde. Há um aumento da vascularização com estímulo das 
células de deposição, grande densidade e robustez. 
Após isso, surge um centro secundário de ossificação – 
epifisário, na extremidade do osso, que se desenvolve também 
de forma radial, até ele se fundir completamente ao osso que 
foi criado pelo molde primário (osso diafisário e metafisário). 
• Isso acontece muito em ossos longos e curtos. 
• Ex. a patela e o carpo. 
 
O centro primário da ossificação fica em cima da metáfise e 
diáfise e o centro secundário da ossificação é na epífise. 
 
• Quando se verifica que há um fechamento dos núcleos de 
ossificação, se faz cálculos para determinar a perspectiva 
de crescimento da pessoa. 
• A idade óssea pode ser definida considerando esses 
núcleos de ossificação. 
§ Temos certeza de que parou de crescer quando a metáfise 
fecha. 
 
Na radiografia – as epífises desaparecem, pois estão dentro do 
molde de cartilagem onde vão ser depositado o osso para que 
haja a formação do osso propriamente dito. 
 
**Displasia do desenvolvimento do quadril – é importante dar 
o diagnóstico precoce logo ao nascimento, pois se deixar surgir 
o núcleo secundário de ossificação da epífise proximal antes 
de dar o diagnóstico e colocar o quadril dentro do acetábulo 
pode conferir uma deformidade piorando o prognóstico do 
paciente. 
 
Resumo (ossificação endocondral): 
o Forma osso a partir de um modelo de cartilagem hialina. 
o Centro primário (metáfise e diáfise) e secundário 
(epífise) de ossificação. 
o Ossos longos e alguns ossos curtos. 
 
o Ossificação Endocondral – Figura acima. 
1. Molde cartilaginoso. 
2. Invasão celular na diáfise; 
3. Vascularização + deposição óssea nas extremidades 
+ placa de crescimento. 
4. Núcleo de ossificação secundário – um de cada lado 
sempre com a presença do osso. 
5. Epífise formada completamente. 
6. Placa de crescimento fechada. 
 
Imagem do RX – temos ossos numa forma mais avançada de 
ossificação e alguns não conseguimos visualizar dentro do 
molde. 
Geralmente o homem para de crescer longitudinalmente entre 
os 17 e 18 anos da idade. As mulheres se desenvolvem um 
pouco mais rápido, mas param de crescer mais cedo 
(principalmente após a menarca). A estatura final das 
mulheres, em geral, aparece em torno dos 15 a 16 anos. 
• As fises se fecham com no máximo 18 anos. 
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA 
Ossificação intramembranosa: formação de um osso a partir 
do mesênquima – formam as sinartroses. 
 
As células mesenquimatosas se diferenciam e se transformam 
em grupos de osteoblastos que sintetizam uma matriz ainda 
não mineralizada, o osteoide, que logo se mineraliza. 
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Os osteoblastos que acabam sendo totalmente envolvidos 
pela matriz se tornam osteócitos. Surgem, simultaneamente, 
vários desses grupos de células no centro de ossificação e 
ocorre confluência de pontes ou traves de tecido ósseo recém-
formadas, mantendo espaços entre si preenchidos por células 
mesenquimais, células osteoprogenitoras e vasos sanguíneos, 
o que confere ao osso uma estrutura esponjosa. As células 
mesenquimatosas presentes nesses espaços dão origem à 
medula óssea. 
Isso ocorre muito na formação óssea fetal e nos ossos chatos 
(ossos do crânio, escápula). 
• Imagem do RX – temos ossos numa forma mais 
avançada de ossificação e alguns não conseguimos 
visualizar dentro do molde. 
 
HISTOLOGIA DE TECIDO ÓSSEO 
 
 
As lamelas formam unidades laminais chamadas ósteons, que 
são unidades formadoras – estruturas funcionais do osso. 
Nela, temos os: 
1. Osteoblastos: células responsáveis pela síntese dos 
componentes orgânicos da matriz óssea (colágeno, 
proteoglicanos e glicoproteínas), são células progenitoras 
que depositam osso - células que se diferenciam em 
osteócitos, se transformando em osso. Estão localizadas 
na superfície do osso. São as unidades funcionais do osso. 
2. Osteoclastos: reabsorvem e remodelam o tecido ósseo – 
compõem a matriz óssea. 
3. Osteócitos: “tijolos que formam os ossos”, células 
estruturais do osso – formam as lamelas – são os 
osteoblastos maduros e envelhecidos. 
 
Os osteoblastos se diferenciam em osteócitos. Por esse 
motivo os osteoblastos são formadores de osso e, para 
reabsorver e gerar um equilíbrio, existem os osteoclastos. 
 
 
Ósteon: é a unidade estrutural do osso. Têm no centro um 
vaso e as lamelas que são as camadas formadas por 
osteócitos. Parece um “rocombole” de osso com um vaso no 
meio. Tem a matriz orgânica e inorgânica, a trabécula. 
 
 
 
De acordo com suas funções, patologicamente, uma lesão 
osteoblástica – significa uma lesão produtora de osso – 
tumor. Já uma lesão osteoclástica é um tumor que come osso. 
 
 
Periósteo e endosteo: tecido colágeno onde os vasos penetram 
e lançam arteríolas por canais (Volkmann e Haversiano). 
Periósteo é um tecido vascularizado – cheio devasos que 
nutrem o osso, vasos que através do canal de Volkmann são 
introduzidos no osso. 
• Canais Harversianos: eixo da unidade formadora de osso. 
• Remodelação óssea: processo de transformação de 
osteoblastos em osteócitos. 
• A parte trabecular tem as reentrâncias que conferem o 
aspecto aerado ao osso. 
• O osso é um órgão hematopoiético e esse local no osso 
que é de tutano. 
Existe um equilíbrio dinâmico, o osso não é um tecido inerte, 
ele está em extrema harmonia com o nosso organismo – é um 
tecido vivo que responde ao estresse. Está em constante 
atividade de remodelamento ósseo, de acordo com fatores 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1A - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
nutricionais e de atividade física, (atende a lei de Wolf – 
quanto mais o estresse, maior a reatividade). 
• Atividade física/muscular estressa o osso, ganhando 
força. 
 
Existem doenças na ortopedia que geram um desequilíbrio no 
metabolismo do osso e vamos estudá-las posteriormente. 
A matriz orgânica (osteócitos) e fibras colágenas (tipo I, 
principal e proteoglicanos) constitui cerca de 40% do osso e 
a matriz inorgânica (hidroxiapatita de cálcio) em torno de 
60% - confere resistência e rigidez ao tecido. 
O osso é uma importante fonte mineral para o nosso 
organismo, principalmente reserva de cálcio. 
Tem que haver sempre o equilíbrio entre osteoblastos e 
osteoclastos, pois um deposita e o outro retira, sob o comando 
do ritmo homeostático do organismo. Qualquer um que 
sobreponha o outro nessa atividade dinâmica pode causar um 
problema. Por conta disso, temos doenças que são blásticas e 
outras que são clásticas. 
CASO CLÍNICO 
• Masculino, 22 anos, vítima de queda de moto há 01 
hora com trauma direto sobre a perna esquerda, 
evoluindo com dor e deformidade. 
 
Deformidades presentes no membro da imagem: edema, rubor, 
definhamento (“rotação lateral do terço distal da tíbia e um 
encurtamento da perna”, giro de rotação no eixo longitudinal, 
rotação externa do segmento distal da pena). 
“O joelho parece que está olhando para o teto e a perna 
rodando lateralmente”. Isso sugere um desvio rotacional. 
Vemos uma rotação lateral do pé em relação ao eixo anatômico 
da tíbia. 
Nossa suspeita: esse cidadão tem uma fratura. Primeira coisa 
que temos que nos preocupar: avaliação neuromuscular. É 
importantíssimo, em uma situação dessas, alinhar o membro 
e fazer a palpação. 
Quais seriam os riscos para que esse membro evolua mal? Se 
tiver comprometimento vascular. 
Viu a perna deformada – se for mantida assim, ela pode estar 
comprimindo pela rotação ou obliterando algum vaso. O 
próprio edema pode também fazer um grau de compressão dos 
vasos. Essa perna pode entrar em risco de SÍNDROME 
COMPARTIMENTAL. 
Então, a primeira coisa a se fazer é realinhar o membro e fazer 
palpação dos pulsos. 
Se fosse o eixo latero-lateral, sua deformidade seria em flexo-
extensão. Ex.: fratura do rádio. 
A perna é dividida em três compartimentos: anterior, 
posterior (superficial e profundo) e lateral. 
• O grupo muscular anterior inclui: tibial anterior, 
extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e o 
fibular/peroneal terceiro. 
• O compartimento posterior consiste em sete músculos no 
total, divididos nos grupos superficial e profundo. 
Perna é aquilo que está entre o joelho e o tornozelo. Coxa está 
entre quadril e joelho. 
TIPO DO TRAUMA 
Trauma direito: o vetor de ação do agente agressor é no ponto 
específico da região anatômica lesada, ou seja, é quando a 
lesão é no local do impacto. 
Trauma indireto: o vetor de ação do agente agressor não é na 
região que sofreu a lesão e sim sobre uma segunda região 
anatômica. Ex.: pessoa que cai com a mão espalmada → o 
vetor do trauma ocorre na mão, porém se ela tiver resistência 
mecânica suficiente para tolerar o trauma, ela pode sofrer uma 
fratura no cotovelo ou no ombro ou no punho. 
EXAME FÍSICO DO SISTEMA 
OSTEOMIOARTICULAR 
 
• Exame Físico: devemos procurar sinais de gravidade e 
sempre avaliar a parte neurovascular (palpação das 
artérias). 
Não conseguimos palpar a artéria fibular, por sua 
localização. As artérias tibial anterior e tibial posterior, por 
sua vez, são palpáveis. 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1A - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
Na primeira imagem vemos a palpação da artéria tibial 
posterior. Na segunda imagem, o examinador está palpando a 
artéria pediosa (ramo direto da tibial anterior). 
 
Temos que ter uma boa noção da anatomia para avaliar 
adequadamente. Às vezes o paciente sofre um trauma de alta 
energia que pode lesionar múltiplos vasos. 
• Se houver lesão da tibial anterior, mas a tibial posterior 
estiver íntegra, muitas vezes ela consegue compensar. 
Isso depende muito da anatomia da pessoa, da qualidade 
vascular do membro em questão etc. 
• Temos que estar atentos à presença ou ausência desses 
pulsos para evitar sequelas no membro (ou até mesmo 
uma amputação). 
Compartimento anatômico é um compartimento limitado por 
aponeuroses e facias, que são nutridos e inervados por um 
plexo e com um grupo muscular com funções sinérgicas. 
A perna apresenta espaços anatômicos que são delimitados 
por faces da aponeurose ou por ossos. Os compartimentos são: 
o Anterior – artéria tibial anterior, veia safena; 
o Fibular ou lateral – artéria fibular (ramo da artéria tibial 
anterior); 
o Posterior profundo – artéria tibial posterior; 
o Posterior superficial – artéria tibial posterior. 
Compartimento anterior: palpamos o pulso pedioso que é 
um ramo (continuação) do tibial anterior. 
Palpação das artérias e avaliação de perfusão periférica: só é 
possível sentir o pulso na palpação das artérias fazendo 
pressão no vaso sobre uma estrutura mais rígida. 
Se um membro está sem pulso, chama-se atenção para um 
colapso vascular que pode culminar com uma hipoperfusão do 
membro, que é uma síndrome de compartimento e até acabar 
em amputação, ratificando a importância de sempre avaliar 
esses pulsos. 
PRINCÍPIOS DA AVALIÇÃO RADIOGRÁFICA 
DO SISTEMA 
OSTEOARTICULAR 
Raio-X: em ortopedia o RX deve sempre abranger o membro 
integralmente, incluir os seguimentos distal e proximal 
integralmente – se for um osso longo deve incluir a articulação 
acima e a articulação abaixo (distal e proximal) – e sempre 
deve ser em dois planos (ex. AP e perfil). 
Sendo assim, podemos dizer que essa radiografia está 
adequada? Não! Vejam que não conseguimos visualizar o 
joelho com detalhes. 
Tem que ver sempre em duas posições anatômicas diferentes, 
no mínimo. 
• Se o RX não for feito integral, se perde a cominuição 
(fragmentação múltipla do osso) que é um sinal de 
agravamento e de mal prognostico. 
 
Vemos na radiografia do slide acima, a fíbula íntegra (de 
forma inusitada) e uma fratura complexa da tíbia, o que 
demostrar que esse trauma não foi de baixa energia. Foi um 
trauma suficiente forte e intenso que levou ao desvio do osso 
e múltiplos fragmentos – cominuição = fratura cominutiva. 
Observem um desvio completo do osso. Em caso de fraturas 
dessa natureza, indicamos cirurgia. 
• Baixa energia – a pessoa cai e fratura o osso. 
• Alta energia – acidente de moto, atropelamento – energia 
cinética muito grande. A energia sempre se transforma. 
• Cominuição é um preditor de gravidade. 
 
DESCREVA A RADIOGRAFIA... 
o Qual segmento anatômico? Perna. Lembrem que 
membro inferior (fêmur proximal até o pé) não é 
sinônimo de perna (região entre joelho e tornozelo). 
o Quais incidências devo pedir? PA e perfil, ou seja, 
coronal e sagital (minimamente). Em ortopedia, 
precisamos olhar em pelo menos duas incidências 
(sagital e coronal) para formar uma opinião. 
Na imagem: vemos uma AP ou PA malfeita e um perfil 
malfeito. Por quê? Porque não tem inclusão da articulação 
proximal e poderiam ter feito um alinhamento mais adequado 
do osso. 
o Quais as alterações encontradas? Fratura médio-
diafisária da tíbia (ou seja, no terço médio da diáfise da 
tíbia) de característicacominutiva (fragmentação das 
bordas ósseas). A cominuição indica que foi uma alta 
energia, pois ela foi tão alta que não só cortou o osso, 
como o fragmentou. 
o Qual a topografia da lesão? Terço médio da tíbia – 
diáfise da tíbia. 
o Quais as características da lesão? Lesão com múltiplos 
fragmentos (ou lesão com cominuições). 
Quanto temos várias fraturas dessa forma chamamos de 
cominuição. A presença de fraturas cominutivas são 
sugestivas de um trauma de alta energia (trauma foi tão 
intenso que fragmentou o osso, estrutura densa capaz de 
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suportar altas cargas e impactos). É um sinal de gravidade e 
de maior dificuldade na abordagem. 
 
FRATURAS 
TIPOS DE FRATURA 
 
ESPIRAL: faz uma espiral no osso, geralmente, é um trauma 
torcional, torce o corpo sobre o próprio eixo. Trauma 
indireto, ex. mantem a perna fixa no solo e gira o corpo. Esse 
tipo de fratura é comum em idosos e jogadores que caem ao 
girar o próprio corpo sobre o membro. 
OBLÍQUA: geralmente é um trauma direto com 
considerável energia envolvida, com vetor mais angular. 
TRANSVERSA: é um trauma direto com uma energia 
muito maior envolvida, para corromper o osso dessa forma, 
como uma navalha. É mais instável do que a fratura oblíqua, 
uma vez que a energia necessária para gerar uma fratura com 
essas características é maior. 
COMINUTIVA: possui vários fragmentos. Indica uma 
dissipação ainda maior de energia através do tecido ósseo do 
que nos casos anteriores. A energia foi tão grande que 
“implodiu” o osso. 
“WEDGE” – ANGULAR: fratura em "asa de borboleta". É 
uma fratura com fragmento angular, tem um terceiro 
fragmento. Também requer uma energia muito grande. 
FRATURA DO TIPO IMPACTAÇÃO/ 
COMPRESSÃO: frequente em osso imaturo, cuja 
elasticidade é muito grande, possui uma matriz orgânica mais 
densa e rica, não tem muita matriz mineral. Também 
chamamos esse tipo de fratura de “fratura do tipo touro”. 
Muito comum na região radio-distal (menino cai, bate com o 
punho e faz essa fratura que tem aspecto de impactação). 
Pode acontecer também em quedas de trauma axial. Esse tipo 
de lesão é mais comum em pacientes jovens. 
FRATURA DESCOLADA: quando há um desvio dos 
fragmentos. 
FRATURA EXPOSTA OU ABERTA: quando temos 
uma comunicação entre o hematoma fraturário e o meio 
externo. Energia do trauma é suficiente para romper o osso e 
destruir e romper a cobertura de partes moles – pele, musculo 
e tecido celular subcutâneo. O osso não precisa estar 
necessariamente visível. Muitas vezes, no exame físico, 
percebemos aquele ferimento rico em exsudato do ferimento, 
às vezes puntiforme, que promove a comunicação do meio 
externo (ar) com a foco fraturário. Nesses casos já 
classificamos a fratura como exposta. 
Pode ter mais de um tipo de fratura numa mesma lesão. Ex. 
caso clínico: fratura cominutiva exposta. 
Quanto mais energia envolvida na lesão = maior gravidade. 
CARACTERÍSTICAS DAS FRATURAS 
• Tipo/descrição: Transversa, oblíqua, em espiral, 
cominutiva, segmentar, impactada, por avulsão. 
• Deslocamento: Não desviada, minimamente desviada, 
desviada. 
• Angulação: Direção do fragmento distal (p. ex., desvio 
dorsal) ou direção do ápice (p. ex., ápice volar). 
• Exposta versus fechada: Exposta se o osso penetrou a 
pele resultando em uma ferida aberta (emergência 
cirúrgica - risco de infecção). 
o Classificação de fraturas expostas de Gustilo e 
Anderson (I, II, III a, b, c) é muito utilizada. 
• Por compressão: fratura do osso por uma força 
compressiva. 
• De Salter-Harris: fratura pediátrica envolvendo a fise 
ainda aberta (“placas” de crescimento). 
• Em “galho verde”: fraturas pediátricas com rompimento 
somente de uma parte da substância cortical. 
• Curvatura/em torus: fratura pediátrica envolvendo a 
impactação da substância cortical. 
• Patológica: fratura resultante de um tumor ósseo ou 
doenças ósseas. 
 
• De acordo com a gravidade da lesão, se determina o 
prognostico do paciente. 
 
Traço da fratura: simples, em cunha (dois traços) ou 
cominuição (múltiplos traços); 
 
Comprometimento articular: intra-articulares ou extra-
articulares; 
 
Comprometimento das partes moles: aberta (expostas, 
contato do foco da fratura com o meio externo) ou fechada 
(sem contato com meio externo - maioria). 
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FASES DE CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA 
 
Precisamos de 2 coisas: preservar o hematoma da fratura 
(matriz de substâncias e elementos fundamentais para 
consolidação do osso) e estabilização. 
 
Esquematizando: osso quebrou → abre a fase inflamatória – 
hematoma (faz um pico, com depósito de várias citocinas e 
“coisas” naquele local). → calo mole – revascularização e 
formação de matriz colágena → calo duro – fase de 
remineralização → remodelação. 
FASES DE CONSOLIDAÇÃO: 
 
A consolidação óssea inicia no momento do rompimento do 
osso, já é a fase inflamatória. 
 
A consolidação da fratura ocorre como um evento contínuo de 
três fases: (1) inflamação, (2) reparo (formação de calo) e 
(3) remodelamento. 
• Osso é um tecido que se regenera. 
Ocorre a fratura e, por conseguinte, formação do hematoma 
(obviamente, uma ruptura vascular). 
Dia 0 – médico fixou – trouxe estabilidade. 
o Fase Inflamatória: 7 dias - necrose das bordas da fratura 
e migração de polimorfonucleares e fibroblastos. 
Elementos inflamatórios são jogados no hematoma ósseo 
para resolver. 
o Essa fase apresenta um pico alto e breve, só 
compreendendo 10% da fase de consolidação. 
o Essa fase se intercepta com a fase reparadora ou 
reparativa. 
7º dia – já existe uma reação periostal, uma reação tecidual, 
com uma nuvem de tecido sendo depositada. 
 
Observem na imagem a reação inflamatória periostial, que 
está em seu final. Você vê uma nuvemzinha que aponta para 
uma resposta inflamatória tecidual e um início de deposição 
óssea. Essa deposição óssea continua nos dias seguintes, 
chegando a ficar exagerada (observe dia 21), para depois 
começar a ser reabsorvida (mais ou menos na quarta semana). 
Lembrar que temos duas camadas de formação óssea que são 
fundamentais: fora do osso é o periósteo e dentro o endósteo. 
Para estimular essas camadas precisamos ter mobilidade e 
carga. Assim elas formaram o calo ósseo. 
o Fase reparadora ou reparativa: 7 a 21 dias – início da 
reparação óssea com osteoblastos e angiogênese, é uma 
fase mais extensa, com reparação tecidual exacerbada. 
o Ela ocupa boa parte do tempo (40%). 
14º dia – tem a formação de calo ósseo, ao olhar o osso está 
consolidado, já vemos uma consolidação radiográfica em 
andamento, formação de mineralização, do calo ósseo (para 
garantir a consolidação) (calo mole). 
• Essa fase envolve um processo de angiogênese e 
formação de um “calo mole”, cartilaginoso. Em outras 
palavras, o hematoma é diferenciado em um tecido 
cartilaginoso, dessa forma, é uma fase importante porque 
ele vai servir como substrato para a formação do calo 
ósseo. 
21º dia – totalmente consolidado, bem formado (calo duro), 
já começou a remodelar. 
28º dia – já há a reabsorção óssea e depósito de peso. Ação de 
osteoblastos e osteoclastos. 
o Remodelação: é quando ocorre a consolidação completa, 
um processo que demora até 4 meses, quando ocorre de 
forma adequada. 
§ Modela a reparação tecidual exacerbada. 
§ Essa fase é induzida por estresse, atividade muscular e 
pela atividade do segmento, sendo mais longa e 
cuidadosa. 
§ É a fase mais alongada da consolidação óssea, dura cerca 
de 70% do tempo total de consolidação. 
§ Quem participa dessa fase é o osteoclasto (lei de Wolf – 
osso responde a uma carga que lhe é oferecida); 
§ Para consolidar, as fraturas necessitam de um bom 
suprimento sanguíneo (mais importante) e estabilidade. 
 
Na imagem acima: fraturou, mas prontamente houve uma 
intervenção ortopédica. Com frequência abordamos o 
paciente logo na fase inflamatória para que, quandoele entrar 
na fase de reparação, ele tenha um alinhamento adequado 
para passar pelas fases seguintes. 
A formação do calo não ocorre após a fixação rígida das 
fraturas (RAFI); em vez disso, a consolidação ocorre de 
maneira primária/direta. 
• Tanto o tabagismo quanto os AINES inibem o reparo 
ósseo/consolidação de fraturas. 
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• Em 07 dias após a haste intramedular permite que a 
gente coloque carga no membro. 
“Professor, qual parte do osso dói?”. O que dói, na 
realidade, são as estruturas em torno do osso: pele, músculo 
e periósteo. 
INTERVIR OU NÃO NA FASE INFLAMATÓRIA? 
 
Quando vamos intervir na fase inflamatória, temos que fazer 
nas fases iniciais. O cara caiu agora, faço a abordagem e “já 
jogo duro”: faço a síntese (fixação do osso). 
 
Se por acaso o paciente estiver no pico da fase inflamatória 
(exposição do tecido muscular à inflamação, formação de 
edema, empastamento do membro), aguardamos pelo 
decaimento dessa fase para uma abordagem definitiva. 
Por quê? Porque, em toda fratura, é muito importante tentar 
manter a integridade do envelope de partes moles. 
 
Como na perna possui pouco tecido mole, uma abordagem 
imediata é recomendável (demora mais tempo para aquele 
tecido reagir à inflamação de forma abundante). Então, se 
temos a oportunidade de abordar imediatamente, assim o 
faremos. Abordar antes daquele infiltrado inflamatório, edema 
etc. Se perdemos essa fase, já mudamos o prognóstico da lesão 
(por isso que fratura exposta é emergência). 
 
Dessa forma, nos casos de lesões com intenso estado 
inflamatório, nossa primeira conduta não vai ser uma 
abordagem definitiva (não vamos partir de imediato para uma 
placa ou haste). Vamos colocar uma fixação externa, realinhar 
o membro e esperar a redução da fase inflamatória das partes 
moles. Somente depois entramos com uma abordagem 
definitiva. 
• Em relação aos medicamentos, é importante dar conforto 
ao paciente (analgesia) e abordar o mais breve possível 
(seja realinhando o membro, colocando algum dispositivo 
provisório). 
• Para a analgesia, usamos mais analgésicos mesmo. 
• Não é comum usar anti-inflamatórios, principalmente em 
casos de fratura. Porque inibiria uma reação importante. 
• Em uma fratura exposta, a primeira coisa que fazemos é o 
ATB profilático. 
 
INFLAMAÇÃO - ORIGEM DO HEMATOMA 
 
Temos aqui as camadas importantes – periósteo e o endósteo 
– são camadas celulares ricas em osteoblastos. 
 
Os osteoblastos começam a reconstruir e colocar a matriz 
orgânica para consolidação do osso. Existe uma organização 
do hematoma. 
 
Inflamação: O hematoma desenvolve-se e fornece células 
hematopoéticas/osteoprogenitoras. Formação do tecido de 
granulação. 
 
 
Na imagem acima temos o periósteo integro. Nesse caso a 
fratura não rompeu o periósteo: é uma fratura fechada. 
Foco no periósteo e hematoma organizado. 
 
Percebam um hematoma bem evidente, rico em vasos. Esse 
sangue extravasado vai ser substrato para a consolidação. 
Já os osteoblastos estão na íntima do periósteo. 
 
Assim, o hematoma é envelopado pelo periósteo, que é um 
tecido celular rico em osteoblastos e bem vascularizado, que 
favorece a reconstrução óssea. 
 
Estamos falando de fraturas fechadas, mas em casos de 
fraturas abertas, há perda do poder de envelopar o hematoma 
inicial. 
 
O osso está envolvido pelo envelope celular chamado de 
periósteo, que fica grudado no osso ajudando na nutrição, 
defesa e na remodelação (que osso faz naturalmente 
independente da fratura). Quando ele é rompido e descolado 
do osso pelo hematoma, ele solta osteoblastos, macrófagos e 
outras células responsáveis pelo processo cicatricial. 
 
Existe também um tecido celular formado por osteoblastos 
dentro do canal ósseo chamado de endósteo. Ambos vão 
depositar substratos e elementos para ajudar na consolidação 
do osso, organizando o hematoma fraturado. 
REPARO 
CALO MOLE 
 
Calo mole: células produzem o calo cartilagíneo (mole) que 
une as extremidades do osso (pontes do calo). 
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• Após o hematoma haverá depósito de cartilagem com 
diferenciação dos osteoblastos e a reorganização dos 
vasos. 
• Inicia um processo de angiogênese e calcificação 
progressiva do osso. Primeiro ele fica cartilaginoso para 
depois ocorrer uma deposição mineral e ele se tornar osso. 
Para isso, o hematoma precisa estar estável. 
CALO DURO 
 
Calo duro: substitui o calo mole pelo TECIDO ÓSSEO 
PRIMÁRIO (imaturo/reticular) (ossificação endocondral). 
• Depósito de material mineral, com densidade óssea 
(presença no RX), tornando-o mais resistente a estresse 
mecanismo. 
REMODELAMENTO 
• A fase de remodelação vai definir como esse osso vai 
ficar. 
• O tecido ósseo primário (imaturo/reticular) é substituído 
pelo TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO 
(MADURO/LAMELAR). 
• Retirada do excesso pelos osteoclastos. 
O periósteo é um tecido extremamente vascularizado e rico 
em células. Em um trauma muito grande pode haver perda do 
periósteo e, assim, o osso perde a nutrição). Nesse estado, 
completamente desvitalizado, desludo, sem o periósteo 
dificilmente vai se consolidar. 
O endósteo é outra parte vascular e celular de dentro do osso. 
É como se fosse um sanduíche: por fora o periósteo e por 
dentro o endósteo. Quando o periósteo e o endósteo se 
encontram no hematoma, eles começam a trabalhar para 
construírem novos vasos e, a partir dali nutrir o tecido. 
 
O ruim da fratura exposta é que o hematoma não fica contido 
e ele é fundamental para dar substrato e elemento para 
consolidação do osso. Então, quando expõe a fratura e o 
hematoma entra em contato com o meio externo além de 
contaminar, que já é uma tragédia, perde esses elementos que 
ajudam na consolidação do osso. 
ESTABILIDADE X CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA 
 
Dependendo do movimento do foco de fratura e, portanto, do 
tipo de estabilização utilizada: 
o Muito movimento - instabilidade - não consolida. 
• Forma-se uma coisa chamada pseudoartrose ou 
pseudoarticulação. 
o Pouco movimento - estabilidade relativa - consolida 
com calo ósseo – em alguns casos é necessário, depende 
de cada caso; 
o Ausência de movimento - estabilidade absoluta - 
consolida sem calo ósseo. 
 
• É importante manter o osso estável para haver a 
consolidação óssea, isso depende do movimento do foco 
de fratura. Se você tem muito movimento no foco 
fraturário, ou seja, se você tem instabilidade, você não 
consegue consolidar a fratura. 
• A estabilidade é quando se reduz a quantidade de 
movimento no foco da fratura a quase zero. 
• Não precisa ter estabilidade plena, pode ser estabilidade 
relativa, ter micromovimento. 
Estabilidade relativa: quando existe micromovimentos que 
não são detectados visualmente, é um movimento desejável 
que demanda o estresse na fratura suficiente para estimular a 
consolidação com calo. Nesse caso, a consolidação será com 
calo de osso. 
o Ex.: placa em ponte (O objetivo dessa técnica é não 
desvitalizar os seguimentos da cominuição que está aí no 
meio. Passa a placa rente ao periósteo só com um 
cortezinho em cima e outro em baixo) e haste medular. 
Estabilidade absoluta: impedir que haja movimento, tornando-
o nulo. Nesse caso, o osso se consolida sem o calo ósseo, pois 
o sistema é completamente travado. 
o Ex.: placa de compressão dinâmica e parafuso de tração. 
o Utilizamos esse princípio em: 
1. Fraturas diafisárias (não obrigatoriamente); 
2. Fraturas de ossos chatos em que precisamos fazer 
uma redução direta; 
3. Fraturas articulares. Toda vez que tiver muita força 
deformante, muito movimento, temos que utilizar o 
princípio “mais estável possível”. 
Ø Tem-se usado muito em fratura de diáfise 
estabilidade relativa. * 
o Ex: placa de compressão dinâmica – apresenta ranhuras 
ovais, e ao apertar uma face do osso vai sendo 
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comprimidacontra a outra, o que minimiza a quase 0 o 
movimento, formando uma consolidação linear. 
o Ex: Parafuso de tração. 
Quando você está fixando uma fratura, é desejável, muitas 
vezes, que haja um movimento no foco, mas um movimento 
mínimo, para estimular aquele foco de fratura a produzir o 
calo ósseo. 
Por isso que os dispositivos mais atuais são intramedulares. 
Preservam a anatomia, o eixo anatômico ósseo e preservam o 
invólucro em torno do osso. Eles direcionam a carga do osso, 
mas não impedem a consolidação óssea com o micro 
movimento que eles permitem. 
• Quando você não tem movimento nenhum, o osso 
também é consolidado, porém, sem calo ósseo. É quando 
a gente utiliza o princípio de estabilidade absoluta. 
Então, quando a gente usa, por exemplo, uma placa. 
PSEUDOARTROSE 
Quando você tem uma instabilidade óssea perene, muita 
instabilidade, o osso tenta consolidar, mas não consegue. Não 
existe um direcionamento, nem uma contenção daquele 
hematoma. Aí gera uma pseudoartrose, devido ao movimento 
excessivo no foco. É para isso que o ortopedista trabalha: 
para estabilizar esse foco e impedir a ocorrência da 
pseudoartrose. 
A pseudoartrose é como uma falsa articulação, o osso não 
consegue consolidar, é uma falha na consolidação. Isso pode 
ocorrer por diversas causas. 
Basicamente: 
1. Falta de estabilidade no foco da fratura – fica mexendo 
muito, impossibilitando a formação de um calo estável; 
2. Falha biológica – tecido ficou danificado e não há mais 
uma boa vascularização nesse foco, eu posso colocar o 
implante que for, que não vai consolidar. 
 
Quando uma fratura é muito cominutiva – estabilidade 
relativa. Não consegue encaixar pedacinho por pedacinho em 
um encaixe perfeito, uma redução perfeita, pois desvitaliza 
os fragmentos. Tem que usar técnica menos agressiva aos 
fragmentos, portanto temos a estabilidade relativa. 
DICA = usamos muito estabilidade relativa em diáfise de 
membro inferior e no úmero também. 
Mas, em situação como de fratura dentro da articulação e 
como fraturas no antebraço (como tem 02 ossos que 
trabalham juntos consideramos também articulação) usamos 
geralmente estabilidade absoluta, pois a redução tem que ser 
perfeita. 
Padrão fraturário – indica qual princípio vamos usar para 
obter maior sucesso. 
A predileção por estabilidade relativa ou absoluta varia de 
acordo com o tipo de fratura, natureza, lesão de partes moles, 
disponibilidade de material, segmento fraturado (diáfise ou 
metáfise), o osso fraturado etc. 
• Os dispositivos para essa estabilização podem ser intra ou 
extramedulares (medula óssea). 
• A tala engessada não é um tratamento definitivo em 
fraturas de maior gravidade. 
• Em geral, fixadores externos são para estabilidade 
relativa. 
Obs.: 
Fratura incompleta: quando não vai de uma cortical a outra. 
Fratura completa sem desvio: vai de uma cortical a outra, mas 
não faz desvio. 
Tipos de consolidação: 
• Primária: nenhum grau de mobilidade – não forma calo 
ósseo – o contato possibilita a proliferação dos canais de 
Havers; 
• Secundária: movimentação controlada no foco da fratura, 
forma calo ósseo – possui estágios de 1 a 5 – hematoma, 
inflamação, calo mole, calo duro, remodelação óssea. 
 
 
Um dos dispositivos utilizados para isso é a haste 
intramedular. Outra maneira que a gente tem para fazer isso é 
utilizando a placa em ponte, ela passa junto ao periósteo. 
 
CASO CLÍNICO 2 
Paciente masculino, 70 anos, aposentado. Queixa de dor 
em joelhos há cerca de 3 anos, com piora importante nos 
últimos 6 meses. Refere piora em ortostase prolongada e ao 
descer escadas. Refere sensação de “areia” dentro do 
joelho. HAS controlada. 
 
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ANAMNESE: Dados importantes: idade, dor, duração da 
dor, fator de piora (ortostase prolongada e ao descer escadas), 
crepitação e sensação de areia. 
É importante também perguntar os fatores de melhora (ao 
colocar gelo, no repouso). 
EXAME FÍSICO: paciente em ortostase com carga nos 02 
joelhos – edema no joelho direito, mais arqueado – varo, 
aumento de volume e assimetria das pregas. 
Geno = joelho. 
Geno varo: pernas arqueadas para fora. 
Geno valgo: pernas arqueadas para dentro. 
FIZEMOS UMA RADIOGRAFIA! 
 
• Radiografia do paciente – normal. 
• Aumento de volume. 
• Genu varo. 
• Compartimento medial completamente obliterado dos 
dois lados – diminuído. Do lado direito ainda pior. 
• Pedir os seguintes exames: RX com apoio monopodal 
(bom parâmetro para avaliar artrose). 
Moeda = marcador. Se for do mesmo tamanho da moeda de 1 
real (marcador), significa que o tamanho do joelho do paciente 
é real. Respeitando o tamanho da moeda está respeitando o 
tamanho real do joelho do paciente. 
• A relação do eixo = essa relação entre o fêmur e a tíbia 
fica com desvio (para dentro). A tíbia fica desviado do 
eixo, faz um vértice. 
• No joelho normal tem uma relação harmônica. 
QUADRO CLÍNICO 
• Dor; 
• Incapacidade funcional; 
• Impotência funcional; 
• Deformidade. 
 
Atentar sempre para: queixa de dor localizado em algum 
segmento associada a um desses fatores acima + imagem 
sugestiva de fratura. 
EXAME FÍSICO 
DEFORMIDADES NO PLANO CORONAL: 
 
o Vértice angular: valgo, varo, recurvato, anticurvato (vetor 
para frente). 
o Varo: aquilo cujo vértice da angulação se afasta do centro 
do corpo. O vértice angular está voltado para fora. 
o Valgo: o vértice da angulação se aproxima do centro do 
corpo, está direcionado ao centro. 
§ “quem valga não cavalga”. 
o Recurvato: o vértice angular está voltado para 
trás, desvio angular posterior. Deformidade no 
plano sagital. 
o Antecurvato: o vértice está voltado para frente. 
o Verificar alterações anatômicas, funcionais e 
neuromusculares; 
OBS.: avaliar e inspecionar em busca de lesão de tecidos 
moles; palpar pulsos distais, observação do tempo de 
enchimento capilar, examinar função motora, sensória e 
discriminação entre dois pontos (distal a fratura). 
 
 
 
Gonartrose – artrose do joelho. 
Pinçamento articular – sem espaço da cartilagem. 
Desvio da tíbia para dentro – varo – o côndilo medial formado 
pelo fêmur e tíbia tem um pinçamento grande. 
• Artrose: diminuição do espaço articular, presença de 
osteofitos marginais, erosões. 
• Artrose em ambos os joelhos. 
• Ideal é pedir o raio x em ortostase, as vezes a gente ainda 
pede em ortostase monopodal. 
• Identificar varo no RX: Ao traçar uma linha, 
tangenciando o côndilo ou femoral, ela não corta o 
côndilo tibial, significando que o eixo está desviado para 
dentro. 
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• Normal: ao tangenciar o côndilo femoral, essa linha 
também se corta o côndilo tibial. 
• Alinhamento do eixo. 
EXAMES E TRATAMENTO: 
• Exame radiológico: 2 incidências (AP e perfil); 
• Tratamento: alívio da dor, redução da fratura, 
imobilização e restauração da função; 
• Questões: 
a. Que tipo de estabilidade desejo? 
b. Que implante é necessário para garanti essa 
estabilidade? 
c. Que tipo de consolidação eu espero? 
TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO: 
• Contenção externa: aparelho gessado ou tala gessada. 
• Fixação cirúrgica externa: fixadores externos (circulares – 
Ilizarov. 
• Fixação cirúrgica interna - uso de placas e parafusos. 
COMPLICAÇÕES: 
• Osteomielite, lesão arterial, síndrome compartimental, 
TVP e TEP, necrose avascular, pseudoartroses; 
• Retardo de consolidação é quando uma fratura demora 
entre 4 e 6 meses para consolidar completamente. 
• Quando a fratura demora mais de 9 meses para consolidar 
ou quando há 3 meses consecutivos sem progressão 
radiológica da consolidação, chamamos de 
PSEUDOARTROSE. 
• Consolidação viciosa: quando ocorre uma consolidação 
com fragmentos em posição desviada, pode ocorrer se o 
membro não for alinhado ou for imobilizado de forma 
inadequada na recuperação. 
• Embolia gordurosa: ocorre caracteristicamente após 
fraturas da DIÁFISE de ossoslongos, especialmente do 
FÊMUR. Na diáfise dos ossos longos há a medula óssea 
amarela, formada por gordura e com função de 
preenchimento. Ao ocorrer a fratura da diáfise de ossos 
longos, como o fêmur, temos a liberação de conteúdo 
gorduroso que pode embolizar para vasos sanguíneos do 
pulmão, causando dificuldade respiratória; do cérebro, 
causando rebaixamento do nível de consciência; e 
trombocitopenia, causando petéquias cutâneas! O 
tratamento consiste em suporte ventilatório e 
hemodinâmico na UTI e correção da fratura; diagnóstico 
é clínico; 
FRATURAS DA FASE DE CRESCIMENTO: 
• Trauma nas epífises dos ossos longos; 
• Pode provocar fechamento precoce das fises - alterar 
crescimento e angulação óssea; 
• Geralmente em rádio distal, fêmur distal, cotovelo e tíbia 
distais. 
 
ARTROSE 
MACROSCOPIA 
• É a degeneração da cartilagem articular, que pode ter 
presença de estrias e erosões de vários tamanhos. 
• Gera dor e rigidez. 
 
Observação das imagens: estrias, ranhuras na tróclea e fêmur, 
deposição óssea formando osteófitos, erosão na cartilagem, 
degeneração completa. 
• Mascroscopicamente a cartilagem do joelho fica cheio de 
estrias, erosões = artrose. 
• Degeneração com erosões, rotura e desgaste da 
cartilagem. 
• Articulações de carga que sofrem mais. 
• Artroses nas interfalangeanas principalmente quando tem 
artrite reumatoide associada (nódulos de bouchard). 
ARTROSE X ARTRITE REUMATÓIDE: 
A artrose pode ocorrer em diversas articulações, sendo a mão 
uma delas. 
o Os nódulos nas mãos relacionados a artrose geralmente 
são os da interfalangeana proximal, chamado 
NÓDULOS DE BOUCHARD, são nódulos 
artrósicos, degenerativos, relacionados ao 
envelhecimento. 
o Os nódulos nas falanges distais nas mãos estão mais 
relacionados com a artrite reumatoide, são os 
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NÓDULOS DE HEBERDEN, que também gera uma 
artrose, porém secundária a uma doença inflamatória. 
o Ambos podem estar nas mãos juntos, acometendo o 
mesmo paciente. 
 
Nódulos de Heberden falam mais a favor de artrite 
reumatoide (articulações mais distais – interfalangianas 
distais) e nódulos de Bouchard falam mais a favor de artrose 
(articulações mais proximais). 
 
ACHADOS RADIOLÓGICOS 
 
• Redução do espaço articular – articulação do lado direito 
sumiu. 
• Esclerose óssea: região mais densa no raio x (radio opaco 
– branco) – o osso fica mais esbranquiçado, reativo. 
• Osteófitos: formação de osso em excesso para tentar 
compensar o desequilíbrio articular, fica com pedaços 
ósseos marginais na tentativa do organismo de estabilizar 
a articulação. 
• Cisto subcondral ou geodos: elemento de agravamento no 
processo de artrose de uma articulação, degeneração – 
significa que teve uma área de má absorção do osso, que 
a cicatrização não conseguiu absorver a inflamação. 
o É invasão do líquido sinovial que gera essas erosões 
chamados cistos ou geodos. 
o Bolas no Raio x – cavernas. 
OUTROS TERMOS: 
• Luxação é quando a faces da articulação perdem a relação 
intima. 
• Subluxação: os ossos na articulação ficam parcialmente 
fora de posição; 
• Osteofito curtino: formação óssea nas bordas articulares. 
TRATAMENTO: 
• Mudanças nos hábitos de vida; 
• Atividade física; 
• Perda de peso; 
• Reabilitação; 
• Medicamentos para alívio de dor; 
• Cirurgia – quando a situação é avançada e há perda da 
qualidade de vida.

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