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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BRUNA ALESSANDRA SANTOS JOSÉ WILKER LIMA DA SILVA AGROTÓXICOS 05 de novembro de 2022, Aracaju-SE. INTRODUÇÃO Agrotóxicos, defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta ou veneno: são inúmeras as denominações relacionadas a um grupo de substâncias químicas utilizadas no controle de pragas e doenças de plantas (Peres e Moreira, 2003). O desenvolvimento dessas substâncias foi impulsionado pelo anseio do homem em melhorar sua condição de vida, procurando aumentar a produção dos alimentos. Desde o início da civilização, o homem é o principal responsável pelas transformações ocorridas na natureza em razão da evolução da sua espécie e da crescente busca por espaço e alimento. Há cerca de 10.000 anos, com o desenvolvimento agrícola, a densidade populacional começou a aumentar e, consequentemente, a relação entre as espécies mudou. O homem começou a estocar grãos, vegetais e carne, e esses estoques tornaram- se fontes de alimento para agrupamentos humanos e animais domésticos (Barbosa, 2004). Os campos cultivados, entretanto, tornaram-se fontes de alimento para as mais variadas espécies de insetos e roedores e também foram atacados por fungos e bactérias. Essas espécies se multiplicaram rapidamente por causa da grande quantidade de alimento e passaram a interferir no bem-estar das pessoas, sendo, por isso, consideradas pragas. O homem sempre buscou maneiras para combater as pragas que atacavam as plantações: desde rituais religiosos até o desenvolvimento de agrotóxicos. O uso destes foi um dos grandes avanços que proporcionou o aumento da produção de alimentos. São considerados agrotóxicos, de acordo com a Food and Agriculture Organization (FAO) (Peres e Moreira, 2003), qualquer substância ou mistura de substâncias utilizadas para prevenir, destruir ou controlar qualquer praga – incluindo vetores de doenças humanas e animais, espécies indesejadas de plantas e animais, causadoras de danos durante (ou interferindo na) produção, processamento, estocagem, transporte ou distribuição de alimentos, produtos agrícolas, madeira e derivados – ou que deva ser administrada para o controle de insetos, aracnídeos e outra pestes que acometem os corpos de animais de criação. O termo agrotóxico inclui inseticidas (controle de insetos), fungicidas (controle de fungos), herbicidas (combate às plantas invasoras), fumigantes (combate às bactérias do solo), algicida (combate a algas), avicidas (combate a aves), nematicidas (combate aos nematoides), moluscicidas (combate aos moluscos), acaricidas (combate aos ácaros), além de reguladores de crescimento, desfoliantes (combate às folhas indesejadas) e dissecantes (Baird, 2006; Silva e Fay, 2004). De acordo com a Lei Federal no 7.802, em seu Artigo 2º, Inciso I, que trata sobre esse grupo de substâncias no país, condireram-se agrotoxicos e afins: (...) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; Os agrotóxicos, defensivos agrícolas, pesticidas ou agroquímicos, são substâncias químicas sintéticas utilizadas para matar pragas, insetos, bactérias, fungos e outras plantas. O uso desses produtos na agricultura se torna muito importante visto que impedem danos nas plantações. Porém, é importante destacar que eles são tóxicos e venenosos. OBJETIVOS Identificar a produção teórica referente aos impactos dos agrotóxicos na saúde em geral, e um aprofundamento do surgimento do mesmo, este trabalho foi feito por meio da revisão de pesquisas e artigos científicos, e dados da ANVISA. METODOLOGIA Utilizou-se a revisão narrativa de literatura. RESULTADOS Em 2015, dos 21 cultivos analisadas, o Brasil plantou 71,2 milhões de hectares de lavouras, com predominância da soja, que representou 42% da área total plantada do país (32,2 milhões de hectares), seguida pelo milho com 21% (15,8 milhões de hectares). hectares) e cana-de-açúcar, respondendo por 13% (10,1 milhões de hectares). Juntos, esses três cultivos representam 76% de toda a área plantada no Brasil e são as que mais consomem agrotóxicos, o equivalente a 82% do consumo total do país em 2015. Estima-se que um total de 899 milhões de doses foram pulverizadas. A soja é a cultura mais utilizada de agrotóxicos no Brasil, respondendo por 63% do total, seguida pelo milho (13%) e cana-de-açúcar (5%). O fumo foi o cultivo com maior média de litros de agrotóxicos por hectare, com 60 litros/ha. Outros cultivos usam menos de 5 litros por hectare plantado. Os resultados mostram que a área de plantio das lavouras de soja, milho e cana-de-açúcar é dominante no país. As informações sobre o tipo de agrotóxicos (herbicidas, inseticidas ou fungicidas) e princípios ativos utilizados nas lavouras dos municípios é importante para os associar aos efeitos na saúde mais frequentes nas populações de cidades agrícolas. Os 20 princípio ativos mais frequentemente utilizados nos anos entre 2012 a 2016 foram Glifosato (Herbicida), Clorpirifós (Inseticida), 2,4-D (Herbicida), Atrazina (Herbicida), Óleo mineral (Adjuvante), Mancozebe (Fungicida), Metoxifenozida (Inseticida), Acefato (Inseticida), Haloxifope-P-Metílico (Herbicida), Lactofem (Herbicida), Metomil (Inseticida), Diquate (Herbicida), Picoxistrobina (Fungicida), Flumetsulam (Herbicida), Teflubenzurom (Inseticida), Imidacloprido (Inseticida), Lambda cialotrina (inseticida), Imazetapir (Herbicida), Azoxistrobina (Fungicida) e Flutriafol (Fungicida). Destes, 15% são extremamente tóxicos, 25% altamente tóxicos, 35% medianamente tóxicos e 25% são pouco tóxicos na classificação para seres humanos. Os resultados mostram que a área de plantio das colheitas, milho e cana-de- açúcar é dominante no país. Isso reflete o foco principal da política de desenvolvimento do Brasil na produção de bens primários para exportação. Comparada às áreas agrícolas, agroecologia e agricultura familiar, tem implicações para uma "mercantilização pública, afetando grandes grupos populacionais e projetos de saúde". AGROTÓXICOS Podemos abordar o tema agrotoxicos em diversas perspectiva, este é um tema relevante por questões de saúde publica, sustentabilidade e meio ambinte, pricipalmente por ter um crescimento significativo na produção agricola e do uso de agrotoxicos no país. É importante enfatizar que os pesticidas foram originalmente usados como armas químicas durante a Segunda Guerra Mundial e depois da Segunda Guerra Mundial após o seu término foram feitas algumas alterações e o uso passou a ser na agricultura, pois aceleravam os alimentos cultivados para o processo de crescimento. No Brasil, seu uso começou com a chamada Revolução Verde nas décadas de 60 e 70, que foi o primeiro processo de modernização rural, com inserção de máquinas agrícolas e o incentivo ao uso de sementes geneticamente modificadas. O Brasil já ocupa o terceiro lugar entre os países que utilizam esse recurso químico. De acordo com a Embrapa (2021), cerca de 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos são usados globalmente a cada ano. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil ultrapassou 300.000 toneladas de produtos comercias. Expresso em quantidade de ingrediente-ativo(i.a.), são consumidas anualmente cerca de 130 mil toneladas no país; representando um aumento no consumo de agrotóxicos de 700% nos últimos quarenta anos, enquanto a área agrícola aumentou 78% nesse período. No início de 2019, havia aproximadamente 13.300 registros de agrotóxicos no Brasil (Aenda, 2019). Em termos de ingredientes ativos, foram 517 autorizados e 97 proibidos no Brasil em 2017 (Anvisa, 2017). Entre eles, dez tipos de matérias-primas respondem por cerca de 70% do consumo total. Apenas glifosato e 2,4-D representaram 43% do total, explicando a reação contra seu uso e proibição. Essa concentração significa que os setores envolvidos na produção e uso desses ingredientes ativos têm fortes incentivos para se oporem a regras mais rígidas. Por exemplo, empresas que produzem glifosato ou produtores rurais que usam glifosato enfrentarão grandes perdas com proibições ou restrições adicionais ao seu uso. Apenas três culturas – soja, milho e cana-de-açúcar – respondem por cerca de três quartos do consumo total de agrotóxicos no Brasil. Para isso, produtores e produtores de agrotóxicos e produtores rurais que trabalham com estas lavouras possuem fortes incentivos de mobilização contra regulações mais restritas, em especial ingredientes ativos utilizados em suas lavouras. Apesar de existir no mercado um grande número de compostos para controlar as mais diversas pragas daninhas, insetos, fungos e outros organismos, existe uma demanda crescente por novos produtos, uma vez que os organismos desenvolvem resistência a tais compostos após certo tempo de contato. Com isso, estes passam a ser menos efetivos e, muitas vezes, perdem totalmente a atividade. Outro aspecto importante a considerar é o surgimento frequente de novos insetos-pragas, plantas daninhas e fungos, havendo a necessidade do estudo de novos produtos para controlar tais organismos. As mudanças que o paradigma produtivo ocasiona sobre saúde e o ambiente no meio rural do Brasil devem ser considerados. De acordo com Castro Neto et al. (2010), estudos comprovam que os agrotóxicos contaminam os alimentos, o meio ambiente e causam danos à saúde humana, sendo que “a contaminação química associada aos processos produtivos se caracteriza como um dos mais complexos problemas de saúde pública e ambiental no país” (Peres, 2009, p. 2002). A crítica ao uso dos agrotóxicos causa progressivamente o aumento de procura da agricultura orgânica, que está em ascensão atualmente. Com início na década de 1970, hoje a agricultura orgânica ou agroecológica pode representar uma estratégia competitiva frente às grandes propriedades agroexportadoras, e é considerada uma saída para a sustentabilidade ecológica (Castro Neto et al., 2010). A crescente utilização de agrotóxicos na produção de alimentos tem ocasionado uma série de transtornos e modificações no ambiente, como a contaminação de seres vivos e a acumulação nos segmentos bióticos e abióticos dos ecossistemas (biota, água, ar, solo, sedimentos, dentre outros) (Peres e Moreira, 2003). Segundo o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, “a Anvisa tem se esforçado para eliminar ou diminuir os riscos no consumo de alimentos, isto se aplica também aos vegetais. Por esta razão a agência monitora os índices de agrotóxicos presentes nas culturas. Nós precisamos ampliar a capacidade do SNVS de monitorar o risco tanto para o consumidor como para o produtor para preservar a saúde da população.” O atual relatório traz o resultado de 3.293 amostras de treze alimentos monitorados, incluindo arroz, feijão, morango, pimentão, tomate, dentre outros. A escolha dos alimentos baseou-se nos dados de consumo obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade destes alimentos nos supermercados das diferentes unidades da federação e no perfil de uso de agrotóxicos nestes alimentos. Os agrotóxicos podem ser classificados em quatro classes de acordo com os perigos que eles podem representar para os seres humanos. A classificação está de acordo com o resultado dos testes e estudos feitos em laboratórios, que objetivam estabelecer a dosagem letal 50% (DL50), que é a quantidade de substância necessária para matar 50% dos animais testados nas condições experimentais utilizadas. Considerando que a capacidade de determinada substância causar morte ou algum efeito sobre os animais depende da sua concentração no corpo do indivíduo, a dose letal é expressa em miligrama da substância por quilograma da massa corporal. Para minimizar a possibilidade de qualquer tipo de acidente, todo agrotóxico, independente da classe a que pertence, deve ser utilizado com cuidado, seguindo-se sempre as recomendações dos fornecedores e de pessoas especializadas, com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos aplicadores. Os EPI utilizados são jaleco, calça, botas, avental, respirador, viseira, touca árabe e luvas. Os agrotóxicos também podem ser classificados de acordo com sua periculosidade ambiental, em classes que variam de I a IV: produtos altamente perigosos ao meio ambiente (Classe I), como a maioria dos organoclorados; produtos muito perigosos ao meio ambiente (Classe II), como o malation; produtos perigosos ao meio ambiente (Classe III), como o carbaril e o glifosato; e produtos pouco perigosos ao meio ambiente (Classe IV), como os derivados de óleos minerais. A magnitude dos efeitos depende da toxicidade da substância, da dose, do tipo de contato e do organismo. Os efeitos agudos são aqueles que aparecem durante ou após o contato da pessoa com os agrotóxicos, já os efeitos de exposição crônica podem aparecer semanas, meses e até anos após o período de contato com tais produtos e são mais difíceis de serem identificados (Peres e Moreira, 2003). A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que os agrotóxicos causam 70 mil intoxicações agudas e crônicas por ano e que evoluem para óbito, em países em desenvolvimento. Outros mais de sete milhões de casos de doenças agudas e crônicas não fatais também são registrados. O Brasil vem sendo o país com maior consumo destes produtos desde 2008 , decorrente do desenvolvimento do agronegócio no setor econômico, havendo sérios problemas quanto ao uso de agrotóxicos no país: permissão de agrotóxicos já banidos em outros países e venda ilegal de agrotóxico que já foram proibidos (CARNEIRO et al., 2015). A exposição aos agrotóxicos pode causar uma série de doenças, dependendo do produto que foi utilizado, do tempo de exposição e quantidade de produto absorvido pelo organismo. É importante considerar: Toda a população está suscetível a exposições múltiplas a agrotóxicos, por meio de consumo de alimentos e água contaminados (CDC, 2009). Gestantes, crianças e adolescentes também são considerados um grupo de risco devido às alterações metabólicas, imunológicas ou hormonais presentes nesse ciclo de vida (SARPA, 2010). Existem diversos tipos de agrotóxicos, com finalidades distintas. Alguns deles são: fungicidas (atingem fungos); herbicidas (atingem plantas); inseticidas (atingem insetos); acaricidas (atingem ácaros); rodenticidas (atingem roedores). O uso desses produtos pode causar diversos danos à saúde humana, das mais variadas formas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, por ano são registradas, em média, 20 mil mortes ligadas ao uso desses produtos. Diversos estudos — nacionais e internacionais — comprovam esses riscos. Toda a população está suscetível à contaminação, mas a maior preocupação é com os agricultores e as pessoas que trabalham na indústria do agrotóxico, devido ao contato mais próximo com as substâncias. A exposição a esses produtos pode acontecer através da ingestão de alimentos e água contaminada ou por inalação, contato com a pele ou contato oral com os aditivos químicos. Os problemas causados podemser agudos ou crônicos: Efeitos Agudos São aqueles de de aparecimento rápido. Podem surgir os seguintes sintomas (KLAASSEN, 2013): Através da pele - Irritação na pele, ardência, desidratação, alergias Através da respiração -Ardência do nariz e boca, tosse, coriza, dor no peito, dificuldade de respirar Através da boca - Irritação da boca e garganta, dor de estômago, náuseas, vômitos, diarreia Outros sintomas inespecíficos também podem ocorrer, tais como: dor de cabeça, transpiração anormal, fraqueza, câimbras, tremores, irritabilidade. Efeitos crônicos São aqueles aparecem após exposições repetidas a pequenas quantidades de agrotóxicos por um período prolongado). Podem-se relatar os seguintes sintomas (ANVISA, 2018): Dificuldade para dormir, esquecimento, aborto, impotência, depressão, problemas respiratórios graves, alteração do funcionamento do fígado e dos rins, anormalidade da produção de hormônios da tireoide, dos ovários e da próstata, incapacidade de gerar filhos, malformação e problemas no desenvolvimento intelectual e físico das crianças. Estudos apontam grupos de agrotóxicos como prováveis e possíveis carcinogênicos (ANVISA, 2018). A associação entre exposição a agrotóxicos e desenvolvimento de câncer ainda gera polêmicas, principalmente porque os indivíduos estão expostos a diversas substâncias, sem contar outros fatores genéticos. Porém, é importante salientar que estudos vêm mostrando o potencial de desenvolvimento de câncer relacionado a diversos agrotóxicos, justificando a recomendação de precaução para com o uso e contato. Vale ressaltar que os estudos que ligam a exposição aos agrotóxicos e o câncer ainda não são conclusivos. Porém, já se nota o potencial de desenvolvimento da doença relacionado ao uso de diversos agrotóxicos, justificando a recomendação de precaução. Entre 2007 e 2015, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou mais de 84 mil notificações de intoxicação alimentar por agrotóxicos. No Brasil, eles podem ser ingeridos em frutas, verduras e na água, diariamente. Inclusive, podemos encontrar diversos tipos de aditivos em um só alimento. Entre as variantes que determinam a gravidade da intoxicação causada por essa ingestão, estão princípios ativos, concentração, tempo e forma de exposição (pele ou via oral). Existem alternativas? Agroecologia A agroecologia deve ser compreendida como Ciência e prática interdisciplinar que considera não só o conhecimento científico advindo das Ciências Agrárias, da Saúde, Humanas e Sociais, mas principalmente as técnicas e saberes populares (dos povos tradicionais) que incorporam princípios ecológicos e tradições culturais às práticas agrícolas gerando uma agricultura sustentável e promovendo a saúde e a vida digna. Tem como princípios fundamentais a solidariedade, sustentabilidade, preservação da biodiversidade, equidade, justiça social e ambiental, soberania e segurança alimentar e nutricional. A utilização de temas sociais, como os agrotóxicos, no ensino da química é um poderoso mecanismo para auxiliar no desenvolvimento da cidadania, com o incremento de valores éticos, solidariedade e compromisso social (Santos e Schnetzler, 2003). Ensina-se química para que o cidadão possa interagir melhor com o mundo e esteja preparado para a vida, para o trabalho e para o lazer (Chassot, 1990). Conscientizar sobre as implicações da utilização dos agrotóxicos e sua relação com conceitos de química ensinados na escola é muito importante, principalmente para aqueles estudantes de regiões agrícolas, que convivem diariamente com esse tipo de produto, proporcionando a aproximação do ensino de química com a realidade que os cerca. CONCLUSÃO Com isso, torna-se necessário, maiores investimentos em ações de controle e monitoramento para a utilização dos agrotóxicos, além de ampliar os estudos para que ocorra maior conhecimento da população sobre o tema. REFERÊNCIAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Brasil 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2010 PIGNATI, Wanderley. Entenda por que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Entrevistado por: Mariana Lucena. Galileu. 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