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Resolução de exercício - Caso Amanda Correia

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Modelo de resolução de exercício (para ser aplicado no da Semana 4)
Leia o caso concreto e, em seguida, faça o que se pede.
 
Amanda Correia, de 6 anos de idade, matriculada na Escola Primeiros Sonhos, cursava o primeiro ano do Ensino Fundamental, quando, em 1º de agosto de 2008, foi realizada atividade recreativa durante o horário das aulas, dirigida pela professora “Tia Mariah”. A proposta era desenvolver habilidade motora e promover socialização entre os alunos.
Para desenvolver a atividade, a professora recorreu a bambolês. Em certo momento, Mario de Andrade, coleguinha de turma, jogou para Amanda Correia, à distância, seu bambolê, que se abriu no elo e atingiu Amanda no olho esquerdo. A aluna foi imediatamente conduzida pela escola a atendimento médico e se constatou a perda completa da visão no olho em que foi atingida.
Representada em juízo por seus pais, a autora, Amanda Correia, promoveu ação indenizatória em face da empresa ré, Escola Primeiros Sonhos, em que pediu, em síntese: indenização por danos morais (R$ 50 mil), indenização por danos estéticos (R$ 15 mil) e indenização por danos materiais (R$ 10 mil) para custear tratamento e internação.
Sustenta, como causa de pedir, a negligência da instituição de ensino, que adquiriu produto de péssima qualidade para realizar atividade pedagógica. Argumenta que o bambolê tinha as duas pontas unidas internamente por um prego, que facilmente se soltou e atingiu a autora no olho esquerdo, sem que as próprias crianças concorressem para tal acidente.
Acrescenta que os danos morais e estéticos são evidentes quando se trata de acidente dessa natureza, especialmente quando tem como vítima criança de pouca idade, como se observa na presente lide.
O dano moral, defende, deve ser indenizado em quantum compatível com o sofrimento da vítima e a reprovabilidade da conduta da ré (caráter pedagógico). O dano material foi comprovado por meio de documentos e notas fiscais juntadas ao processo.
Em contestação, a ré sustenta que o pedido da autora não deve prosperar. Observa-se a ilegitimidade do polo passivo, ou seja, quem deveria figurar na condição de ré seria a empresa fabricante do produto defeituoso, causador do acidente, Plastimóbil Ltda.
Ainda que assim não fosse, prossegue, a professora não faltou com o dever de cuidado ao conduzir a atividade. Seria impossível interceptar, em pleno ar, o objeto para que não atingisse a aluna. Trata-se, portanto, de caso fortuito, por cuja culpa não tem responsabilidade.
Por fim, assinala que os danos estéticos são englobados pelos danos morais, não sendo devida a cumulação desses dois pedidos.
 
Questão1 – destaque:
a) o fato gerador do conflito sobre o qual o caso concreto discorre (o quê?);
b) as partes, devidamente identificadas (quem?);
c) quando e onde esse fato ocorreu.
Com base nessas informações, produza o parágrafo relativo à situação de conflito.
 
Questão 2
Indique a tese que pretende defender.
 
Questão 3
Selecione, em tópicos, as informações que possam colaborar com a defesa da tese que você escolheu. Indique, pelo menos, cinco fatos.
Questão 1
a) O fato gerador do conflito foi o de Amanda Correia, de 6 anos de idade, ter sido atingida no olho esquerdo por um bambolê defeituoso atirado a distância pelo seu colega Mário de Andrade, de que resultou a perda definitiva da visão no olho ferido.
b) De um lado, Amanda Correia, representada por seus pais; do outro, a empresa ré, Escola Primeiros Sonhos e, no entender desta, a fabricante do produto defeituoso, Plastimóbil Ltda.
c) O fato ocorreu em 1.° de agosto de 2008, durante atividade recreativa no horário das aulas, na Escola Primeiros Sonhos.
Durante atividade recreativa promovida pela Escola Primeiros Sonhos no horário das aulas, Amanda Correia, de 6 anos de idade, foi atingida no olho esquerdo por um bambolê defeituoso, que se abriu no elo quando foi atirado a distância pelo colega de Amanda, Mário de Andrade. Representada pelos pais, Amanda promoveu uma ação indenizatória em face da Escola Primeiros Sonhos, enquanto esta alega não ser a responsável pelo incidente e que a indenização deveria ser paga pelo fabricante do produto, a empresa Plastimóbil Ltda.
Questão 2
Tese (exemplo): A Escola Primeiros Sonhos deve pagar indenização à autora por ter utilizado produto de má qualidade durante a atividade recreativa, do que resultou o incidente que causou a perda de visão de Amanda no olho atingido.
Questão 3
1 – O brinquedo se abriu no elo, apenas ao ser jogado por Mário de Andrade, colega de Amanda, comprovando a má qualidade do produto.
2 – O bambolê tinha as pontas unidas internamente por um prego, prego este que ficou exposto quando o brinquedo se abriu, representando perigo claro para as crianças.
3 – As crianças não concorreram para o acidente; não se pode relacionar ao mau uso do produto a culpa pelo ocorrido. 
4 – A atividade recreativa foi promovida pela Escola, em horário de aula e sob a direção da professora; logo, a Escola tinha inteira responsabilidade pelo que se passasse durante a atividade.
5 – A perda irreparável da visão no olho atingido evidencia os danos morais e estéticos, o que é dado ainda mais grave em se tratando de uma criança.

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