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Indaial – 2022
no Voleibol
Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva
Profª. Graziela Marques Leão
1a Edição
Prescrição e TreinamenTo
Impresso por:
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva
Profª. Graziela Marques Leão
Revisão, Diagramação e Produção:
 Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
S586p
Silva, Denise de Castro Insaurriaga
Prescrição e treinamento no voleibol. / Denise de Castro Insaurriaga 
Silva; Graziela Marques Leão. – Indaial: UNIASSELVI, 2022.
203 p.; il.
ISBN 978-85-515-0474-1
1. Voleibol. – Brasil. I. Leão, Graziela Marques. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 796
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Prescrição e Treinamento 
do Voleibol! Portanto, sua jornada de aprendizado será na disciplina de Prescrição e 
Treinamento do Voleibol. Acreditamos que será uma viagem prazerosa e divertida no 
conhecimento desse esporte apaixonante. Envolverá aprendizado sobre aplicação do 
esporte voltado ao universo do treinamento esportivo. Esperamos contribuir com sua 
formação, aliando agradáveis momentos de estudos e reflexões sobre a temática. 
Na Unidade 1, abordaremos a parte histórica, sua evolução e tendências, o 
jogo e suas principais regras e, por fim, mas não menos importante, os fundamentos e 
elementos técnicos do referido esporte.
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos os processos e evoluções no 
treinamento esportivo, o treinador e sua importância no direcionamento da equipe e 
das sessões de treinos do referido esporte.
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos um pouco mais sobre metodologias do 
treinamento esportivo na modalidade, os testes de aptidão física, antropometria e 
finalizaremos com estratégias e sistemas táticos no voleibol.
Enfim, desejamos a você um excelente período de estudos dentro desta e 
outras disciplinas do nosso curso de Educação Física. Desejamos que aproveite esta 
fase da melhor maneira possível, valorizando a formação profissional e, acima de tudo, 
o crescimento pessoal que você adquirirá.
Bons estudos!
Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva
Profª. Graziela Marques Leão
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse 
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade 
para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Você lembra dos UNIs?
Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico 
como um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará 
você a entender melhor o que são essas informações 
adicionais e por que poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento que 
complementam o assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os 
acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir 
de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual 
– com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a 
leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que 
você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados 
através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo 
continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada 
com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo 
o espaço da página – o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto 
de ações sobre o meio ambiente, apresenta também este 
livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a 
possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, 
tablet ou computador. 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ................ 1
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL ...............................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE QUADRA ..........................................................3
2.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NA QUADRA .................................................................................. 6
3 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE PRAIA .............................................................. 7
3.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NO VOLEIBOL DE PRAIA .............................................................8
RESUMO DO TÓPICO 1 ...........................................................................................................9
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................10
TÓPICO 2 - CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL .................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13
2 PARTICULARIDADES DO VOLEIBOL ................................................................................ 13
2.1 O PONTO ................................................................................................................................................ 14
2.2 ÁREA DO JOGO ................................................................................................................................... 14
2.3 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES E QUADRA ...................................................................................... 15
2.4 COMISSÃO TÉCNICA .......................................................................................................................... 16
2.5 FORMATO DO JOGO ............................................................................................................................17
2.6 O CONTATO COM A BOLA .................................................................................................................. 19
2.7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE VÔLEI DE QUADRA E VÔLEI DE PRAIA ............................20
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................LUCARELLI REALIZANDO MANCHETE
FONTE: . Acesso em: 24 out. 2018.
Tipos de manchete
Existem diversos tipos de manchete, cada um com sua particularidade com objetivo 
de ser mais assertivo para a jogada. Temos a manchete alta que é mais comum e utilizado em 
recepções de bolas altas acima da cintura; a manchete invertida utilizada na defesa como re-
cursos para bola atacadas na altura da cabeça do defensor; a manchete com um dos braços 
utilizado para bolas que fogem ao alcance do corpo; a manchete de costas a mesma realizada 
de costas para onde quer que a bola atinja e a manchete seguida de rolamento.
36
O técnico deve oferecer essa infinidade de variações aos atletas durante o 
processo de aperfeiçoamento deste fundamento, visto que durante uma partida ele 
vai precisar se adaptar a inúmeros tipos de bolas que chegam no campo adversário e 
executará o fundamento de várias regiões da quadra (BIZZOCCHI, 2004).
2.3.3 Toque 
Geralmente este é o primeiro fundamento a ser ensinado com bola. 
Fundamento que consiste no recebimento e envio imediato da bola 
com os dedos, realizado na altura da cabeça ou acima dela. Utilizado 
principalmente no levantamento, pode ser recurso para defesa 
de ataques mais fracos. É o primeiro fundamento com bola a ser 
ensinado (BIZZOCCHI, 2004, p. 126)
O toque por cima é usado no levantamento por dois motivos básicos: 
• Pela precisão, uma vez que a acomodação da bola nos dedos do executante ocorre 
em tempo relativamente maior, deixando-lhe tirar a força do passe enviado e, com a 
bola encaixada nas mãos, ter maior controle para direcioná-la ao alvo.
• Pelo fato de as mãos do levantador estarem mais próximas da mão do atacante, 
reduzindo o tempo que a bola leva para sair daquele e chegar a este. Ao contrário da 
manchete, que é realizada à altura da cintura e, por isso, demora mais tempo para que 
ela chegue ao atacante, tornando o levantamento menos preciso e mais lento, o que 
simplifica a ação do bloqueio adversário – basta reparar que um levantamento feito em 
manchete quase sempre é acompanhado da chegada de um bloqueio duplo ou triplo. 
O toque envolve as seguintes capacidades físicas, como: agilidade, coordenação 
dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, força isotônica 
de membros inferiores, membros superiores, punhos, dedos e cintura escapular, 
flexibilidade de cintura escapular, braços, punhos e dedos, equilíbrio estático, dinâmico 
e recuperado, flexibilidade abdominal e força dorsal (para o toque de costas e lateral), e 
potência de salto (toque em suspensão) (BIZZOCCHI, 2004).
As habilidades motoras requeridas são: receber, volear, rebater e as combinações 
com todas as habilidades locomotoras que possam anteceder ou preceder o toque. 
Para uma boa execução do fundamento, o posicionamento do corpo deve ser 
antecipado para que, quando a bola chegar, o jogador esteja totalmete sob ela. Deve 
se posicionar em posição baixa ou média, os membros inferiores afastados, braços 
semifletidos, com os cotovelos um pouco acima da linha dos ombros e ligeiramente à 
frente do corpo; as mãos devem estar estendidas para trás e próximas da cabeça, acima 
dos olhos, na espera pela bola (BIZZOCCHI, 2004).
37
FIGURA 22 – A ATLETA FERNANDA VENTURINI REALIZANDO TOQUE
FONTE: . Acesso em: 15 out. 2021.
Tipos de toque
Existem diversos tipos de toque, cada um com sua particularidade com objetivo 
de ser mais assertivo para a jogada. 
O jogo prossegue e o jogador precisa ter consciência de que sua função não 
termina ali, participando de uma subsequente proteção de ataque. Os tipos de toque por 
cima variam conforme a situação: 
- Toque para frente 
É o mais comum, a bola toma a direção à frente do executante. Pode ser realizado 
também em suspensão, com uma das mãos ou seguido de rolamento. Na execução, os 
segmentos devem naturalmente acompanhar a bola para a frente e para o alto, ou seja, 
a trajetória tomada por ela (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 23 – TOQUE PARA FRENTE
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 128)
- Toque de costas ou para trás
A bola segue caminho inverso ao anterior. É usado, em geral, para levantar para 
as posições 1 e 2 e/ou fintar os bloqueadores. A partir do posicionamento e do encaixe 
da bola nas mãos do executante, há uma veloz, porém controlada, projeção do quadril à 
38
frente, levando a uma extensão gradativa do tronco para que a bola possa ir ao caminho 
desejado. Depois, os braços se esticam na direção da trajetória da bola, com a cabeça 
também acompanhando o movimento, enquanto o quadril completa sua projeção. 
Acompanhar a bola com os olhos é uma boa referência para o aprendiz que apresenta 
dificuldade em realizar o movimento correto. Sua execução diferencia-se da do toque 
para a frente apenas no momento de impulsionar a bola. Por ser muito usado em fintas, 
se tiver uma alteração da postura corporal antes da execução do toque, a intenção do 
levantador ficará clara, fazendo a estratégia ir por água abaixo (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 24 – TOQUE PARA TRÁS OU TOQUE DE COSTAS
FONTE: Adaptada de BIZZOCCHI (2004, p. 128).
- Toque em suspensão
Comumente usados pelos levantadores, hoje em dia, é empregado como 
recurso para alcançar bolas altas, por meio de um salto. O toque recebe esse nome 
exatamente por ocorrer na fase aérea. Permite acelerar o jogo, pois a bola fica mais perto 
da mão do atacante. Ajustes para bolas passadas fora da rede, que eram realizados 
pelos levantadores por meio de posturas mais baixas e até rolamentos, passaram a ser 
realizados com o salto em projeção à bola, o que encurta o tempo de execução do toque 
e mantém a velocidade desejada de jogo. 
Pode ser realizado para a frente, para trás, em toque lateral ou com uma das 
mãos. Por não ter contato dos pés com o chão no momento do toque, esse tipo de 
movimento não deve ser usual nos primeiros momentos do processo de aprendizagem, 
pois ele tira muito da força que pode ser aplicada à bola pelo executante, além de exigir 
uma coordenação motora muito mais apurada (BIZZOCCHI, 2004).
39
FIGURA 25 – TOQUE EM SUSPENSÃO
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 130).
- Toque lateral 
A bola é direcionada para o lado do corpo do executante, que estará de frente 
ou de costas para a rede. Usa-se esse recurso para impedir que a bola passe ou toque a 
rede e o próprio jogador não invada ou esbarre na rede com os cotovelos ou ombros. Pode 
ser realizado em suspensão ou do chão. É fundamental que ocorra adaptação de mãos e 
ombros para a realização certeira. Estes devem estar alinhados e posicionados um mais 
baixo que o outro, dependendo do lado para o qual se quer enviar a bola – se a direção 
desejada é à direita do corpo, o ombro esquerdo deve estar acima do direito, e vice-versa 
–, enquanto as mãos acompanham esse desnível, para que a bola se encaixe mais na 
mão correspondente ao lado para o qual será enviada. Quando se executa o toque lateral 
de frente para a rede, os polegares assumem uma posição de proteção, para que a bola 
seja brevemente retida e trazida novamente para a própria quadra, o mesmo ocorrendo 
com os outros dedos quando o executante está de costas para a rede (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 26 – TOQUE LATERAL
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 130)
- Toque com uma das mãos
Esse recurso é usado quando a bola está longe do corpo ou muito alta e o encaixe 
perfeito das duas mãos não é possível. Depende muito da habilidade do levantador, que 
pode executá-lo, quase sempre em suspensão, para a frente ou para trás. É executado 
com as pontas dos dedos e com o braço quase completamente estendido, em uma ação 
40
extrema. Os levantadores de alto nível conseguem direcionar de forma precisa um toque 
com uma das mãos. Em geral, aparam a trajetória da bola para o atacante de bolas rápidas, 
que se antecipa, antevendo a dificuldade que o levantador encontrará (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 27 – TOQUE COM UMA DAS MÃOS
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p.132)
- Toque seguido de rolamento 
É feito próximo do chão. O executante entra em desequilíbrio após semiflexionar 
as pernas e, para evitar contusões e poder se posicionar melhor para a bola, executa 
um rolamento durante ou após o toque. Pelo fato de estar desequilibrado e com as 
pernas aparando o corpo para o rolamento, o executante conta somente com a força 
dos membros superiores, precisando ter força, habilidade e agilidade para impulsionar 
a bola com precisão e simultaneamente controlar a queda. Portanto, esse tipo de toque 
deve fazer parte de um momento mais adiantado de treinamento (BIZZOCCHI, 2004).
O toque ainda pode ser classificado segundo a trajetória da bola. Dependendo 
da parábola que ela descreve ao ser direcionada ao atacante ou ao levantador, ela 
pode ser considerada:
• Alta.
• Baixa. 
• Média.
• Rasante. 
Para complementar seus estudos, sugiro assistir o vídeo explicativo sobre os 
toques no voleibol. Acesse ao site: https://bit.ly/3xqFq3h.
DICA
41
2.3.4 Cortada
O movimento nada mais é que um golpe forte e veloz, com objetivo de a bola ir 
diretamente para o chão do lado adversário. O cortador deverá considerar seu repertório 
técnico de acordo com a qualidade do levantamento, a área coberta pelo bloqueio, 
armação de defesa adversária, seu estado psíquico, a oportunidade do jogo e do set.
É o momento mais espetacular do voleibol e, em geral, encerra 
um rali. Assim como o chute ao gol do futebol, a cortada enche os 
olhos do praticante, fazendo com que os iniciantes já demonstrem 
preferência pela função de atacante a de levantador, além de muitas 
vezes negligenciar a defesa (BIZZOCCHI, 2004, p. 142).
É um movimento seriado, que envolve uma corrida inicial, um salto 
preponderantemente vertical e um golpe na bola, com o braço estendido e a mão 
espalmada. Por conta do atrativo natural, o técnico de voleibol deve saber prescrever 
adequadamente o treino de ataque. A carga de saltos à qual um atleta é submetido 
pode levar a graves lesões de joelhos e coluna. Não são poucos os casos de atletas 
infantojuvenis e juvenis submetidos precocemente a tratamento e até cirurgias 
decorrentes de sobre treinamento. O treinador, como responsável pela dosagem de 
treinamento, é peça fundamental na preservação da saúde física dos iniciantes e jovens 
atletas quando ensina e treina esse fundamento (BIZZOCCHI, 2004).
A cortada é praticada espontaneamente nos bate-bolas antes do treino, em brincadei-
ras em círculo, na rua ou na praia. Pelo desprendimento de seu objetivo, os praticantes são le-
vados a executar o movimento repetidamente sem a preocupação de fazê-lo da forma correta, 
o que provoca vícios que mais tarde deverão ser eliminados. Por isso, é o fundamento que mais 
possui distorções a serem corrigidas no processo de aprendizagem (BIZZOCCHI, 2004).
Dentre os erros de movimento da cortada, trocar a ordem da passada é um dos 
mais comuns. Isso leva dificuldades para atacar alguns tipos de levantamento ou dirigir a 
bola a determinados locais da quadra. Mesmo os levantadores devem ter a habilidade da 
cortada bem treinada, pois ela pode ser um diferencial importante. Um levantador que 
sabe atacar, na hora do levantamento trará muito mais preocupação a um bloqueador 
do que aquele que não domina esse fundamento (BIZZOCCHI, 2004).
A cortada engloba as seguintes capacidades físicas: coordenação dinâmica 
geral, agilidade, equilíbrio, velocidade de reação, coordenação visual-motora, velocidade 
específica de deslocamento, potência de membros inferiores e dorsal e velocidade de 
membros superiores e cintura escapular (salto), força de sustentação dorsal, flexibilidade 
abdominal e de cintura escapular (preparação do ataque), flexibilidade dorsal, potência 
de membros superiores, peitorais, cintura escapular, abdominal, mãos e punhos (ataque), 
e força excêntrica da cadeia muscular do salto (queda) (BIZZOCCHI, 2004).
As habilidades fundamentais são: saltar, rebater e as combinações com todas 
as habilidades locomotoras.
42
FIGURA 28 – FASES DA EXECUÇÃO DA CORTADA NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 15 out. 2021.
Posição básica
• Para o salto, os braços devem se posicionar estendidos para frente do corpo, sendo 
ainda lançados para o alto. Já os membros inferiores e o tronco, estendem-se. Segundo 
Bizzocchi (2004), a velocidade horizontal da corrida facilita na impulsão vertical, 
auxiliando na busca pelo máximo alcance. 
• Após o salto, vem a fase aérea que é a preparação para o ataque. O tronco faz uma 
discreta hiperextensão, as pernas são flexionadas para trás, o braço que vai golpear a 
bola vai para trás da cabeça. (BIZZOCCHI, 2004).
• Após a fase aérea, vem o golpe na bola, o corpo se fechará sobre a bola, através de uma 
flexão de tronco e da volta das pernas que estavam flexionadas para trás. O braço de 
ataque irá para frente até o encontro com a bola, no ponto de maior alcance possível.
• Na fase de aterrissagem, os membros inferiores devem flexionar-se, para recuperar 
do equilíbrio e preservação das articulações corporais. O jogador deve retornar ao 
solo em condições que lhe permita dar sequência a partida (BIZZOOCCHI, 2004).
Tipos de cortada
Há diversos tipos de cortada, cada um com sua particularidade com objetivo de 
ser mais assertivo para a jogada específica. Temos a cortada que é um tipo de ataque, 
em que a bola é lançada com força; tem o ataque do fundo, ele é realizado por um atleta 
que não se encontra na rede (zona de ataque), ou seja, por um jogador que não ocupa 
as posições 2, 3 e 4; a cortada diagonal ou paralela em que indica a direção da trajetória 
da bola no ataque. 
Em relação às linhas laterais da quadra, na cortada largada nesse ataque, o 
jogador não faz uso de força para golpear a bola; para essa ação, usa-se as pontas 
dos dedos, cortada explora bloqueio, o atacante opta por fazer com que a bola toque o 
bloqueio adversário e vá para fora da quadra. O ataque sem força (encaixe) é utilizado 
para confundir a defesa adversária, em que o atacante direciona a bola em espaços 
fora do alcance da defesa adversária e, para sua realização, emprega força reduzida no 
43
FIGURA 29 – ATAQUE “LARGADA” NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 18 out. 2021.
golpe na bola; existe a cortada bola de xeque, realizada por um dos jogadores que está 
posicionado na rede quando a equipe recepciona uma “bola de graça”, sendo que esta 
se posiciona próximo à borda superior da rede.
Para complementar seus estudos, sugerimos assistir ao vídeo explicativo sobre 
a cortada no voleibol: https://www.youtube.com/watch?v=SGGEMb8d7LY.
DICA
2.3.5 Bloqueio
É o ato de defender praticado pelos atacantes, consiste em saltar e formar uma 
barreira com as mãos com objetivo de impedir a passagem da bola para seu campo/quadra. 
É a primeira tentativa direta de anular o ataque adversário. Realizado junto da 
rede, pode ser resumido como um salto vertical em que o executante, com os braços 
estendidos, tenta impedir que o atacante oponente envie a bola diretamente ao chão 
(BIZZOOCCHI, 2004).
Em concordância outros autores citam que o fundamento bloqueio tem caráter 
defensivo, seu objetivo é interceptar a bola cortada pela equipe oponente, o bloqueio 
passa a ter caráter ofensivo quando consegue lançar a bola contra o solo da equipe 
adversária (ARAÚJO NETTO; NEVES; SANTOS, 2005).
Além disso, o bloqueador precisa analisar vários aspectos antes e durante a ação 
ofensiva do oponente: tipo de levantamento; posicionamento, característica e altura de 
44
alcance do atacante; força empreendida no ataque; condições próprias do bloqueador a 
seu lado – equilíbrio, postura, posicionamento, viabilidade de sucesso (BIZZOOCCHI, 2004).
O bloqueio envolve capacidades físicas como: coordenação dinâmica geral; agilidade; 
velocidade de reação; coordenação visual-motora; velocidade específica de deslocamento; 
força excêntrica de membros inferiores e tronco; potência de membros inferiores e dorsal; 
velocidade de membrossuperiores e cintura escapular; força de sustentação dorsal, cintura 
escapular, abdominal e de punhos; e força excêntrica da cadeia muscular do salto.
Execução do bloqueio
Para Bojikian (1999), a técnica do fundamento consite em posição de expectativa, 
execução e queda. No que se refere à expectativa, o atleta se posiciona junto à rede 
com pernas em semiflexão dos joelhos e os braços semifletidos à frente do corpo com 
as palmas das maõs para frente.
Na execução, o bloqueador deve manter os braços próximos da rede em direção 
a equipe oponente. A cabeça fica posicionada por trás dos braços, voltada para a bola. Os 
olhos acompanham os movimentos do atacante. As mãos podem invadir ou não o espaço 
aéreo adversário, formando um obstáculo para passagem da bola. No encontro da bola 
com as mãos, os punhos se flexionam para lançar a bola em direção à quadra adversária. 
Já na queda, o atleta tenta amortecer ao máximo a queda com os joelhos fletidos, 
primeiramente toca a ponta dos pés no solo para depois distribuir o peso nos pés. 
FIGURA 30 – ATLETA THAÍSA REALIZANDO BLOQUEIO NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 14 out. 2021.
Tipos de bloqueio
- Número:
Os tipos de bloqueios variam de acordo com o número de jogadores, podendo 
ser individual ou simples; duplo ou triplo.
45
- Ação:
Defensivo: usado por atletas que tem um alcance inferior ao do atacante, as palmas 
das mãos são voltadas para cima e não invadem a quadra adversária, tendo como principal 
objetivo amortecer o ataque adversário, ajudando assim a recuperação da bola pela sua equipe.
Ofensivo: usado por jogadores que possuem um alcance superior ao do ataque adversário, 
as palmas das mãos se posicionarão para baixo invadindo a quadra adversária e tem como principal 
objetivo interceptar e enviar a bola ao solo da equipe adversária (VOLEI.ORG. c, 2017).
Você sabia que durante uma partida, um jogador dá de 60 a 80 saltos entre os 
saques, ataques e bloqueios? Alguns podem chegar a 100 saltos.
INTERESSANTE
2.3.6 Defesa
A defesa é um dos fundamentos que acontece com pouca frequência durante um 
jogo de voleibol, pois depende, de todos os anteriores. Por exemplo, um saque errado, já 
impede que o jogo desenvolva; assim como um ataque certo; errado ou bloqueado também 
anulam a possibilidade de defesa. No entanto, isso não tira sua importância em uma partida, 
nem em treinamentos, devendo ser exaustivamente aperfeiçoada. Confrontos equilibrados 
podem ser decididos exatamente a favor da equipe que mais defender.
Defesa é a ação de recuperar as bolas vindas do ataque adversário que 
ultrapassam o bloqueio e de criar possibilidades para o contra-ataque. (ARAÚJO NETTO; 
FERNANDES FILHO; 2008).
Posição básica 
Para realizá-la, o defensor deverá partir de uma posição de expectativa baixa, 
com a manchete quase pronta para ser executada, apoiado na ponta dos pés para 
facilitar um possível deslocamento. As mãos, por tanto não devem estar unidas, para 
que o defensor tenha liberdade para se deslocar ou se valer de recursos. 
Uma defesa efetiva se baseia, primeiramente, na observação correta das 
circunstância de jogo enquanto a bola está sendo trabalhada na equipe adversária. Isso 
possibilitará o defensor posicionar-se com exatidão próximo ao ponto de queda da bola.
46
FIGURA 31 – POSIÇÃO DE EXPECTATIVA PARA REALIZAR DEFESA NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 12 out. 2021.
Deslocamentos e colocação
Cada defensor é responsável por cobrir uma região estabelecida da quadra de 
jogo. Existem dois momentos distintos na defesa: o deslocamento do defensor para região 
que é da sua responsabilidade e, em seguida, a ida em direção à bola propriamente dita. 
A defesa ocorre em frações de segundo e não há como fracionar o movimento 
em amortecimento e direcionamento.
Tipos de defesa 
Com a evolução do esporte, as atletas foram desenvolvendo diferentes tipos de 
defesas, entre elas, vamos citar algumas: 
- Defesa com o pé
Com implantação da regra que permite utilizar qualquer parte do corpo, os pés 
passam a ter nova função. Essa defesa é bem utilizada para recuperação de bolas que 
se dirigem para fora da quadra e para aquelas situações que vão passar sob a rede.
FIGURA 32 – ATLETA FABIANA ALVIN FAZENDO DEFESA COM OS PÉS NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 3 out. 2021.
47
FIGURA 33 – ATLETA SERGIO DUTRA DEFENDENDO COM UMA DAS MÃOS NO VOLEIBOL
FIGURA 34 – ATLETA MURILO ENDRES DEFENDENDO COM MERGULHO FRONTAL NO VOLEIBOL
FIGURA 35 – ATLETA SANDRA PIRES DEFENDENDO COM MERGULHO LATERAL NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 11 out. 2021.
FONTE: . Acesso em: 8 out. 2021.
FONTE: . Acesso em: 11 out. 2021.
- Defesa com uma das mãos 
Essa defesa é usada para bolas que chegam ao lado do corpo e próximas ao 
chão. Inúmeros ataques são tão fortes e baixos que impossibilitam o alcance dos dois 
braços para executar uma manchete.
- Defesa mergulho frontal e lateral
O mergulho visa a recuperação de bolas distantes, geralmente à frente do atleta 
ou em sua lateral. Podendo ser executado com um ou duas mãos.
48
- Defesa em manchete 
A manchete é realizada na maioria das defesas. Utilizada no domínio de bolas 
atacadas violentamente, que para um perfeito domínio é necessário amortecimento da bola.
FIGURA 36 – ATLETA SANDRA PIRES DEFENDENDO COM MANCHETE NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 12 out. 2021.
Defesa – indicadores 
Os indicadores de defesa levam em consideração a provável queda da bola e as 
ações da equipe em se organizar para posicionar os atletas em relação ao seu sistema 
defensivo, essa ação usa todos os jogadores da equipe, tanto na zona de ataque, quanto da 
zona de defesa, sendo referente:
• Bolas cobertas pelo bloqueio não podem atingir pontos cobertos 
em impactos diretos;
• Raciocínio tático e colocação inteligente não excluem a utilização do 
corpo, quedas etc.;
• Para facilitar as quedas, a posição de defesa baixa é a melhor (NETTO, 
2018, p. 107).
A meta principal é defender com a máxima precisão para facilitar o contra-ataque.
FIGURA 37 – DEFESA POSTADA EM DIAGONAL DA QUADRA
FONTE: . Acesso em: 12 out. 2021.
49
Defesa – análise
• Armação de defesa da própria equipe.
• Forma e tipo de levantamento do adversário.
• Distribuição imediata dos demais defensores e bloqueadores.
• Suas próprias condições técnicas e físicas.
FIGURA 38 – EQUIPE EM POSIÇÃO DE EXPECTATIVA PARA DEFESA NO VOLEIBOL DE QUADRA
FONTE: . Acesso em: 1 out. 2021.
Para aprofundar mais seus estudos, acesse: www.cbv.com.br.
DICA
50
PERFIL DA CARGA DE TREINAMENTO NO VOLEIBOL DE ALTO RENDIMENTO: UM 
ESTUDO DE CASO
Thiago Andrade Goulart Horta 
Maurício Bara Filho
Danilo Reis Coimbra
Francisco Zacaron Werneck
Renato Miranda
O voleibol é uma modalidade esportiva que apresenta movimentações intensas 
intercaladas de recuperação, o atleta realiza constantes saltos e deslocamentos em alta 
intensidade.com a realização de sucessivos saltos e deslocamentos em alta intensidade. 
Devido a esses grandes esforços o jogador necessita de um bom prepara físico para 
um bom desempenho em uma temporada de torneios. Um bom programa de treino 
realizado pelo preparador físico, baseado em uma quantificação e distribuição adequada 
das cargas de reino é imprescindível. Trabalhar as capacidades físicas envolvidas 
no esporte, aliando ao treinamento técnico e tático de acordo com a individualidade 
biológica é de extrema valia. Os treinos podem ser em individuais, pequenos grupos ou 
toda equipe envolvida, de acordo com o objetivo programado. 
Existe a carga externa de treinamento que nada mais é que o treino prescrito 
pelo treinador e comissão técnica, como exemplo, 4 x 15” de agilidade com intervalo de 
45”, saltos pliométricos sobre umacaixa e o volume de treino tático. 
Por outro lado, a carga interna de treinamento diz respeito às adaptações 
induzidas pelo treinamento, são consequências do treino, decorrentes do nível de 
estresse imposto ao organismo do atleta, como exemplo temos a frequência cardíaca 
durante um treino de corrida. Desta forma a magnitude da carga é estabelecida pela 
qualidade, quantidade e periodização do treino.
No processo do treinamento esportivo, há vários métodos de controle e 
direcionamento da carga de treino. Mas o método da PSE (Percepção subjetiva do 
esforço) recebe destaque nas pesquisas da área, por ser um método de simples e prático.
Diante tal importância, viu a necessidade de investigar o comportamento 
longitudinal da carga de treinamento no voleibol. 
LEITURA
COMPLEMENTAR
51
Os dados poderão ser utilizados por treinadores e preparadores físicos, 
facilitando elaboração e prescrição dos treinos, identificar necessidades de ajustes no 
planejamento em função do número de jogos e nas especificidades dos atletas em 
função de suas posições. Dessa forma, os objetivos do estudo foram: 1) Analisar a CT 
nos diferentes períodos da temporada; 2) Comparar a CT entre semanas sem jogos 
oficiais, com um jogo e com dois jogos e 3) Verificar a CT de atletas de voleibol de elite 
competitiva de diferentes posições
FONTE: HORTA, T. A. G; et. al. Perfil da carga de treinamento no voleibol de alto rendimento: um estudo de caso. 
Revista Bras. Ciência Esporte, v. 41, n. 4, p. 419-426, 2019. Disponível em: file:///C:/Users/08391871908/
Downloads/Perfil_da_carga_de_treinamento_no_voleibol_de_alto.pdf. Acesso em: 29 out. 2021.
52
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Em uma partida de voleibol, os atletas utilizam diversas posições.
• Os fundamentos que compõem o esporte são classificados em contexto ofensivo 
ou contexto defensivo.
• Os princípios ofensivos são o saque, o levantamento e o ataque, a cortada e o 
bloqueio.
• Os princípios defensivos são aqueles que não resultam em ponto direto: bloqueio, 
recepção e defesa.
• Vimos que o fundamento passe é o movimento comum de recepção da bola e pode 
ser realizado em qualquer lugar da quadra. 
• O levantamento, geralmente, é o segundo contato que um time tem com a bola, 
relembrando que seu principal objetivo é manter a bola em uma altura suficiente para 
que o atacante a mande para o campo adversário com chances de marcar um ponto. 
• Estudamos que o toque é o fundamento mais comum em uma partida de voleibol. 
Ele é o propulsor, impreterivelmente, pela preparação do ataque, portanto, pelo 
levantamento. Já a manchete é o fundamento mais utilizado para a recepção de 
saques e para a defesa de bolas cortadas. 
• A partida se inicia através do saque. 
• Vimos que normalmente a cortada é que finaliza a maioria das ações ofensivas e 
tem como objetivo enviar, através de um forte golpe dado durante um salto, a bola 
de encontro ao solo da quadra do adversário. 
• Em contrapartida, o bloqueio é um fundamento que visa interceptar, junto à rede, a 
bola cortada pelo adversário. 
• Ah, e lembrando que o bloqueio de caráter defensivo pode se tornar ofensivo quando 
o atleta consegue enviar a bola contra o solo do atacante.
53
1 Os primeiros elementos a serem ensinados são também conhecidos como posições 
de expectativas. Não são consideradas habilidades propriamente ditas, pois não 
envolvem o manuseio da bola, nem qualquer tipo de movimentação na quadra. As 
posturas básicas do voleibol são compreendidas como posturas corporais. Acerca 
dessas posturas, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Sucedem à execução das habilidades específicas do esporte.
b) ( ) Antecedem à jogada.
c) ( ) Antecedem à execução das habilidades específicas do esporte.
d) ( ) Sucedem à jogada.
2 A posição básica requer equilíbrio permanente e faz com que o executante tenha, na 
maior parte das vezes, o centro de gravidade fora do próprio corpo, principalmente 
em situações de defesa, exigindo-o se colocar mais perto do chão para defender 
sua “propriedade”. Exige, além do equilíbrio estático, força isométrica de membros 
inferiores, tronco, membros superiores e pescoço, não esquecendo de uma boa 
flexibilidae dorsal. Quanto às divisões das posturas, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Alta, média e baixa.
b) ( ) Isométrica, excêntrica e concêntrica.
c) ( ) Isométrica, dinâmica, tensional.
d) ( ) Excêntrica, alta, média.
3 Os fundamentos são gestos a serem executados pelo atleta, podendo ser agrupados 
pela sua característica ofensiva ou defensiva. O saque é o fundamento que inicia/
reinicia ao jogo a cada ponto. Consiste no ato de enviar a bola da área de saque para 
a quadra adversária pelo atleta que se encontra naquele momento na posição de um 
determinado número. Acerca desse número, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) 6.
b) ( ) 1.
c) ( ) 5.
d) ( ) 2.
4 O toque é o primeiro fundamento a ser ensinado com bola. Nada mais é que o 
recebimento e envio imediato da bola. Ele deverá ser executado na altura da cabeça 
ou acima da mesma. O toque envolve inúmeras capacidades físicas, sendo: agilidade, 
coordenação geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, força de membros 
inferiores, superiores, punho, dedos e cintura escapular; flexibilidade potência de salto. 
Disserte sobre a posição do corpo para execuçao desse fundamento.
AUTOATIVIDADE
54
5 Bloqueio é o ato de defender praticado pelos atacantes, consiste em saltar e formar 
uma barreira com as mãos com objetivo de impedir a passagem da bola para seu 
campo/quadra. O bloqueio envolve capacidades físicas como: coordenação dinâmica 
geral; agilidade; velocidade de reação; coordenação visual-motora; velocidade 
específica de deslocamento; força excêntrica de membros inferiores e tronco; 
potência de membros inferiores e dorsal; velocidade de membros superiores e cintura 
escapular; força de sustentação dorsal, cintura escapular, abdominal e de punhos; e 
força excêntrica da cadeia muscular do salto. Disserte sobre os tipos de bloqueios.
55
REFERÊNCIAS
ARAÚJO NETTO, J.; FERNANDES FILHO, J. Treinamento de Diferentes Alturas do Salto 
em Profundidade. Lecturas, Buenos Aires, ano. 12, n. 116, jan., 2008. Disponível em: 
https://bit.ly/3EmlwYz. Acesso e m: 1 out. 2021.
ARAÚJO NETTO, J.; NEVES, C. E. B.; SANTOS, E. L. Desempenho de Impulsão Vertical em Salto 
em Profundidade In: XXVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DO ESPORTE. [...] Anais. São Paulo, 
v. 1, p. 33-53, 2005.
BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. São Paulo: Manole, 2004.
BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. São Paulo: Fazendo 
Arte, 2000.
BOJIKIAN, J. C. M. Ensinando voleibol. 2.ed. São Paulo: Phorte, 2003.
BOJIKIAN, J. C. M. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 1999. 
BOMPA, T. O. Periodization – theory and methodology of training. 4. ed. Human Kinetics, 1999.
CASTRO, H., CAVALLI, I., SILVA, C., & GRECO, P. Interação no curso das ações de saque e 
bloqueio no voleibol juvenil. Conexões, 2015, 12(3), 1-17.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLLEY-BALL. História do voleibol. Disponível em: http:// 
www.brasil2016.gov.br/pt-br/olimpiadas/modalidades/volei. Acesso em: 10 out. 2021.
COSTA, A.D. Voleibol – fundamentos e aprimoramento técnico. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Sprint, 2003.
DAIUTO, M. Voleibol. São Paulo: Cia Brasil Editora, 1964.
FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEYBALL. História do voleibol. Disponível em: http://
www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021.
FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEYBALL. Regras oficiais de voleibol. Disponível em 
https://bit.ly/3rqTpSI. Acesso em: 30 out. 2021.
MARCHI JÚNIOR, W. História do voleibol no Brasil e o efeito da evolução científica da 
educação física brasileira nesse esporte. Um estudo com o conteúdo revisado e ampliado. 
FDeportes, Buenos Aires, ano 20, n. 204, maio, 2015a. Disponível em: https://bit.ly/3KLJpeq. 
Acesso em: 2 out. 2021.
56
MARQUESJÚNIOR, N. Saque tipo tênis com conteúdo da biomecânica: teoria para futura 
pesquisa. Lecturas: Educación Física y Deportes, Chile, v. 20, n. 207, p. 1-10, 2015b. 
MARQUES JÚNIOR, N. Fundamentos que fazem ponto durante o jogo de voleibol: um estudo 
de correlação. Revista Observatorio del Deporte, Chile, v. 1, n. 3, p. 134-145, 2015c. 
MATVEEV, L. P. Teoría general del entrenamiento deportivo. Barcelona, Ed. Paidotribo, 2001. 
RUBIO, K.; NUNES, A. V. Comportamento de risco entre atletas: os recursos ergogênicos 
e o doping no Século XXI. Rev. Brasileira de Psicologia do Esporte, São Paulo, v.3, n. 
4, jan./jun., 2010.
TEIXEIRA, H. V. Educação física e desportos. São Paulo: Saraiva, 1995.
57
FORMAÇÃO ESPORTIVA
UNIDADE 2 — 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• perceber a importância da formação esportiva para os atletas de voleibol;
• compreender os gestos motores e os fundamentos técnicos da modalidade;
• analisar as estratégias e metodologias de treinamento dos sistemas táticos no 
voleibol;
• conhecer as opções de prática do voleibol outdoor e (ex.: vôlei de praia).
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – FORMAÇÃO ESPORTIVA
TÓPICO 2 – TREINAMENTO ESPORTIVO NO VOLEIBOL
TÓPICO 3 – A PRÁTICA DO VOLEIBOL OUTDOOR
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
58
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A TRILHA DA 
UNIDADE 2!
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59
TÓPICO 1 — 
FORMAÇÃO ESPORTIVA
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico, esperamos que esteja muito bem! Na Unidade 2, abordaremos 
as temáticas elencadas em Plano de Estudos e dentro de cada tópico, respectivamente, 
as seguintes questões serão abordadas.
No Tópico 1, trataremos dos processos formação esportiva e de treinamento 
esportivo em voleibol. Além dessa questão, falaremos sobre os princípios e as noções 
de progressão de treinamento do referido desporto. 
Finalizaremos o Tópico 1 mostrando informações pertinentes a respeito da 
caracterização e da estruturação dos exercícios e tarefas dentro do esquema de 
treinamento do voleibol de competição.
2 PROCESSOS DE TREINAMENTO ESPORTIVO
Aqui, vamos elencar questões pontuais que são de extrema relevância na 
formação esportiva de atletas no voleibol. Primeiramente, dissertaremos sobre as 
habilidades básicas envolvidas no desporto voleibol.
2.1 HABILIDADES BÁSICAS DO VOLEIBOL 
Quando falamos em habilidades básicas do voleibol, é importante que você, 
acadêmico, perceba que o voleibol é classificado como um esporte complexo, pois suas 
habilidades motoras são classificadas como não naturais. Os fundamentos do voleibol foram 
construídos essencialmente para essa modalidade (BIZZOCCHI, 2016; BOJIKIAN, 2012)
Trataremos a técnica do jogo de voleibol, seja nos fundamentos do jogo ou nas 
habilidades motoras específicas do voleibol como sendo o mesmo conceito, conforme 
temos nas ideias de Gallahue e Ozmun (2001, p. 5) “Padrões motores fundamentais 
maduros que tenham sido refinados e combinados para formar habilidades esportivas e 
outras habilidades específicas e complexas”. 
Para refrescar um pouco sua memória, a seguir, trazemos modelo da 
Ampulheta, proposto por Gallahue e Ozmun (2005), que é referência dos estudos sobre 
o desenvolvimento das habilidades motoras básicas. 
60
FIGURA 1 – AMPULHETA DE GALLAHUE E OZMUN
FONTE: Gallahue e Ozmun (2005, p. 100)
Por falar de treinamento, deixamos entendido que esses atletas, durante as fases 
citadas na Ampulheta, tiveram a correta estimulação das habilidades motoras básicas (cor-
rer, saltar, pular e arremessar) dentro de cada uma das fases motoras. Esse entendimento 
se dá, ainda seguindo a classificação de Gallahue e Ozmun (2005), sobre faixas etárias de 
desenvolvimento e seus estágios correspondentes, como é possível ler na Figura 1.
Apenas a partir dos 14 anos, fase motora especializada, segundo Gallahue e 
Ozmun (2005), é que devemos iniciar o trabalho de treinamento em um único esporte, 
pois, nessa fase, o adolescente possui maturidade para atender às demandas elaboradas 
do treinamento esportivo.
Apoiados nas palavras de Bizzocchi (2016), percebemos que esse importante 
autor atribui as seguintes características ao jogador de voleibol apto ao treinamento 
total (a partir dos 19 anos de idade) e apresenta as características a seguir: 
• Jogador pronto.
• Manutenção técnica.
• Amadurecimento técnico e psicológico.
• Adaptação técnica quanto às funções.
O mesmo autor apresenta em seu livro, O voleibol de Alto Nível, a separação do 
voleibol da seguinte maneira:
61
FIGURA 2 – FASES DO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2016)
Finalizando a questão da interferência das habilidades motoras sobre as ações 
do jogo de voleibol, podemos trazer, novamente, Gallahue e Ozmun (2005), que nos 
oferecem a reflexão de que a ação de rebater “a bola”, ação crucial no jogo de voleibol, é 
classificada como integrante das habilidades motoras manipulativas. E, por habilidades 
manipulativas, entendemos todas as ações do jogo que ocorrem em função da bola, 
nesse caso, o objeto a ser manipulado.
Ainda em termos de classificação, os mesmos autores classificam o voleibol 
como atividade aberta, pois diferente das fechadas, este incorre sobre a influência de 
fatores ambientais. Sobre as atividades abertas e fechadas é possível afirmar que as 
referidas atividades necessitam de respostas motoras corretas à situação, e Bizzocchi 
(2016) complementa citando a denominação de ações “não-naturais ou construídas”, o 
que acaba dando uma melhor noção das características básicas das ações do voleibol.
O livro de Bizzocchi é uma das poucas oportunidades que traz de forma prática 
o treinamento em voleibol. Indicamos como um dos mais completos livros 
para você, treinador, ter sempre por perto. Segue a referência: BIZZOCCHI, C. 
O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. Barueri: Manole, 2016.
DICA
62
2.2 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E TREINAMENTO EM 
DESPORTOS COLETIVOS
Sobre os processos de treinamento esportivo em voleibol, temos nas ideias 
de Greco (1995) a indicação de que os processos de ensino e aprendizagem dos 
esportes coletivos sejam feitos de forma separada, tendo duas diferentes vertentes de 
treinamento. A primeira vertente se refere à tomada de decisão durante o jogo; ou seja, 
deve-se trabalhar o repertório do atleta para que ele consiga escolher a melhor resposta 
possível a cada ação de jogo. Já a segunda linha de treinamento está relacionada à 
correta execução dos fundamentos do desporto, para que o atleta seja capaz de 
executar o gesto motor necessário. 
Abordar os processos de treinamento em equipes coletivas é, sem dúvida, uma 
atividade bastante complexa, haja vista que existe muita relativização por qual método 
do treinamento escolher frente a aspectos, como:
• Objetivo do treinamento. 
• Perfil técnico.
• Perfil tático.
A seguir, trazemos um esquema elaborado pelo professor Rochefort (1998) 
referente aos fundamentos metodológicos do ensino do voleibol. Nesse esquema, o 
professor demonstra a necessidade de que professor-aluno e ações pedagógicas 
estejam alinhadas a fim de que se garanta a melhor aprendizagem possível no desporto. 
FIGURA 3 – FATORES DE SUCESSO NO TREINAMENTO DO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Rochefort (1998)
63
FIGURA 4 – COMPONENTES DO TREINAMENTO EM VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Platonov (1999)
Dessa forma, o treinador deverá ter um olhar atento às características de sua 
equipe, especificamente; além disso, deverá ter consciência de que há outros contextos 
internos e externos os quais deverão ser considerados para que dessa forma lhe seja 
possível decidir por qual método irá optar. Ou ainda, as mesmas observações anteriores 
são válidas para definir o momento certo para alternar/substituirum método de 
treinamento atual por outro, frente às mudanças na estrutura da equipe, sequência de 
resultados desfavoráveis, ou outros fatores. 
Temos nas palavras de Saad (2002 apud DONEGÁ, 2007, p. 8) que:
As metodologias de ensino dos jogos esportivos coletivos pertencem 
a duas grandes correntes pedagógicas: a tradicional e a ativa. Essas 
duas correntes, por sua vez, se subdividem em uma variedade de 
metodologias tais como a global, a parcial, a série de exercícios, 
a série de jogos, a crítico-emancipatória e a estruturalista. Tais 
metodologias foram sendo desenvolvidas através dos anos e cada 
uma se relaciona com o jogo de uma forma diferente, principalmente 
com relação à maneira com que apresentam ao aprendiz as ações 
técnicas e táticas do esporte a ser aprendido.
Temos nas palavras de Rizola Neto (2004, p. 5) que: 
A estrutura do processo de treinamento, o trabalho multidisciplinar, a 
sistematização do treinamento, a evolução tática individual e coletiva, 
a evolução física, a integração social, os cuidados com a qualidade de 
vida, a saúde de nossas atletas e o equilíbrio emocional durante uma 
competição, são pontos que devem nortear um treinamento moderno.
Segundo os escritos de Platonov (1999), podemos dizer que o processo de 
treinamento de equipes desportivas é constituído através da combinação constante 
entre os componentes que caracterizam o referido processo e em determinada ordem. 
A seguir, a demonstração dessa estrutura citada pelo autor.
64
Ainda Saad (2002) faz uma classificação do treinamento em jogos coletivos. 
Segundo o autor, o treinamento em esportes coletivos pode ser dividido em duas 
grandes vertentes, a saber.
3 METODOLOGIA TRADICIONAL
Autores como Costa, Nascimento (2004); Bibbó (2014), além de Saad (2002), 
quando discursam sobre o método de treinamento tradicional, atribuem características 
como o fato de esse método apresentar como foco o ensino da técnica do movimento, 
considerando, ainda, que a técnica tem como objetivo “melhorar o resultado, permitindo 
uma ação mais econômica e efetiva dos movimentos” (COSTA; NASCIMENTO, 2004, p.50). 
Nas palavras de Saad (2002), esse método apresenta como característica 
marcante o fato de fragmentar o ensino de um gesto motor, apresentando a ação 
através de exercícios e/ou atividades/jogos que não representam situações reais de 
jogo, dessa forma simplificando excessivamente os gestos motores e, por esse motivo, 
distorcendo a realidade do gesto motor a ser apreendido. 
Essa simplificação se dá pela fragmentação do ensino através de exercícios e/ou 
jogos com estruturas que diferem da realidade do esporte. Ainda como características, 
temos os princípios da simplicidade, análise e progressividade como constantes no 
ensino de esportes coletivos sob o enfoque do método tradicional. 
Os métodos tradicionais são considerados métodos diretos, com os quais o 
professor interfere diretamente nas ações do aluno em busca de uma melhor precisão de 
movimentos de maneira sistematizada, planejada e consciente. Entende-se, então, que 
os métodos tradicionais são caracterizados como um processo intencional de ensino-
aprendizagem em que o aluno “aprende para jogar” (GRECO; BENDA, 1998; TENROLLER, 
MERINO, 2006 apud BIBBÓ, 2014, p. 20).
Podemos classificar os métodos tradicionais de acordo com a figura a seguir:
FIGURA 5 – CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS TRADICIONAIS
FONTE: A autora (2022)
65
FIGURA 6 – CARACTERÍSTICAS DISTINTAS
FONTE: A autora (2022)
Para Suvorov e Grishin (1990), o treinamento ideal consiste em somar ao método 
global e ou ao parcial, o modelo explicativo de ensino, ou seja, o treinador deve primeiramente 
explicar e após demonstrar o gesto técnico. A explicação será verbal e a demonstração 
poderá ocorrer tanto a partir do uso de algum atleta da equipe que demonstre habilidade 
naquele determinado gesto motor ou através de recurso audiovisual. 
Os mesmos autores manifestam preferência pelo método global como o melhor 
entre as três opções, pois entendem que representa de maneira mais eficiente o jogo 
como um todo e por ser a opção que concede melhores condições para a formação 
correta do hábito motor, ou seja, da automatização dos movimentos. 
Autores importantes como Greco e Benda (1998) nos estudos que abordam o 
treinamento de esportes coletivos, acreditam que o processo de ensino-aprendizagem 
nos esportes coletivos deve ocorrer levando como referência exclusivamente correntes 
pedagógicas não tecnicistas, pelo fato de essa enfatizar os processos de repetição de 
gestos e de automatização das situações de tática e humanistas.
Segundo eles:
O processo de ensino-aprendizagem-treinamento desses esportes 
deve estar relacionado para a formação de um corpo de conhecimen-
tos teóricos que capacitem o indivíduo a melhorar seu rendimento. 
Isso ocorrerá através da compreensão e da vivência de atividades que 
apresentem situações de jogo que o levem ao domínio dos elementos 
coordenativos gerais básicos [...] psicológicos, cognitivos e sociais en-
volvidos nas atividades que se ofereçam (GRECO; BENDA, 2001, p. 19). 
A seguir, apresentamos de forma resumida as características das metodologias 
de treinamento em esportes coletivos, de forma enfática no voleibol, a saber: crítico-
emancipatória, estruturalista e descoberta guiada. 
Abaixo apresentamos um quadro que sintetiza as características de cada uma 
das metodologias de treinamento mencionadas. Vale a pena verificar, acadêmico! 
66
É importante que os treinadores fiquem atentos e detenham sua atenção na escolha 
correta pela estratégia de ensino mais adequada a sua equipe. Nessa escolha devem prezar 
pelo desenvolvimento conjunto e concomitante, tanto das capacidades físicas, quanto 
habilidades técnicas e táticas ocorra de forma simultânea e harmoniosa dentro da progressão 
dos treinos e melhora da performance de toda a equipe, oferecendo a opção de exercícios/
atividades nas quais os atletas experimentem outras posições dentro do jogo. 
Adotando esse modo de treinamento integrado, o treinador conseguirá 
desenvolver em seus atletas, ao longo dos treinamentos, conhecimentos táticos e 
técnicos flexíveis, o que tornará possível que seus atletas sejam capazes de realizar de 
forma satisfatória diferentes funções dentro do jogo de voleibol, adquirindo habilidades 
técnicas e táticas e se especializando em mais de uma função dentro de quadra. 
Os autores Canfield e Reis (1998) recomendam a mudança do 
paradigma ensino-aprendizagem para aprendizagem-ensino, por 
meio de uma abordagem cognitiva baseada no processo e não 
apenas no produto. O modelo de Gentile tem como pressuposto a 
manutenção do ambiente de jogo, como estratégia fundamental 
para um clima propício à aprendizagem (DONEGÁ, 2007, p. 20). 
Essa flexibilização das posições de jogo é importante para as faixas etárias antes 
do período de aperfeiçoamento (estágio de utilização permanente). É preciso ficar claro que 
cada uma das metodologias citadas se aplica de maneira diversa nos diferentes estágios.
FIGURA 6 – EXEMPLO DE CORTADA NO VOLEIBOL SOB O MODELO BIDIMENSIONAL DE GENTILE
FONTE: . Acesso em: 1 nov. 2021.
67
Segundo Canfield e Reis (1998), nesse modelo de ensino-aprendizagem-
aperfeiçoamento, a tarefa do professor seria a de especificar qual a natureza do 
problema, adaptando o nível de motivação dos atletas. Assim, em tal processo, os 
técnicos deveriam dispensar atenção especial às capacidades às habilidades motoras, 
aos padrões motores e, principalmente, às destrezas motoras.
Seguindo essa linha de raciocínio, os mesmos autores, Canfield e Reis (1998) 
relacionam o nível de destreza motora de cada pessoa aos níveis de coordenação temporal 
e espacial deles. As referidas destrezas podem se manifestar de forma aberta ou fechada. 
Lembrando que as destrezas motoras devem ser ensinadas e aprimoradas 
dentro de um ambiente o mais próximo possível da realidade de aplicação dessa 
destreza, no caso que estamos tratando, da realidadedo jogo propriamente dito.
Assim, é possível afirmar que naqueles jogos esportivos coletivos que 
apresentam a dominância de técnicas realizadas por meio de destrezas abertas, como é 
o caso do voleibol, o professor deverá trabalhar nas sessões de treinamento; sempre, as 
destrezas dessa categoria, evitando o treino de destrezas fechadas. 
O fato de trabalhar as destrezas fechadas afastaria os atletas das situações 
reais de jogo, o que é prejudicial ao treinamento.
De acordo com a classificação anterior, podemos conferir as seguintes 
características a cada tipo de divisão, que ocorre no método tradicional de ensino dos 
esportes coletivos:
3.1 ANALÍTICO
Santana (2013), sobre o método analítico, comenta que esse modelo surgiu, 
primeiramente, nos esportes individuais. É, particularmente, representado pelo método 
parcial e assume várias definições que apontam para um mesmo ponto: as habilidades 
são treinadas fora do contexto de jogo para que, depois, possam ser transferidas para 
as situações de jogo.
Pontos fortes:
• O atleta aprenda a técnica de movimentos como um preparatório para o próprio 
jogo de voleibol.
• Aos poucos as técnicas de jogo são aprimoradas do simples para o complexo, 
até que o atleta apresente vasto vocabulário motor, desenvolvendo as técnicas 
necessárias para jogar uma partida de voleibol.
• Proporciona ao técnico corrigir de forma imediata todos os elementos técnicos do 
jogo que precisam ser ajustados, de forma individual. 
68
Pontos fracos:
• Mostra-se desmotivante, monótono e pouco atraente, pois o aluno não experimenta 
o jogo de fato.
• Não há espaço para a criatividade.
• Por trabalhar especificamente as habilidades motoras, não cria situações de 
exigências próprias do jogo.
Dentre outros autores, temos em Bizzocchi (2016) um defensor de que o processo 
de ensino-aprendizagem do voleibol precisar ser estruturado do sintético para o analítico. 
De acordo com as ideias desse autor, é necessário que exista um plano de ação que separe 
o processo de treinamento por partes, onde cada atleta possua função determinada. 
Dessa forma, segundo o autor “os processos táticos devem ser aprendidos a partir 
de um desenvolvimento dinâmico lento, evoluindo para a velocidade real de jogo. O oponente 
deve ser incluído somente quando o processo estiver assimilado” (BIZZOCCHI, 2016, p. 118).
No método analítico, as ações são ensinadas de forma parceladas 
objetivando a aprendizagem fora do contexto do jogo. Várias partes 
podem ser ensinadas, porém devem obedecer a uma sequência lógica, 
sendo ensinadas paulatinamente. Defende-se a ideia de que para se 
ter bom desempenho no jogo é fundamental que primeiramente se 
vivencie uma série de movimentos (técnicas) relacionados ao esporte. 
Pondera-se também que esse método contribua para o desempenho 
motor. Esse método está relacionado às ações fracionadas por meio 
de sequências de repetições (GRISI et al., 2021, p. 2).
3.2 GLOBAL-FUNCIONAL 
Como definição do método global, podemos dizer que essa parte do todo do 
movimento pode ser sintetizado pela afirmação de que se aprende jogando. Ou seja, nesse 
método, os alunos/atletas são colocados em quadra e efetuam todas as ações do jogo, sem 
exercícios preparatórios e sem correções imediatas por parte do treinador. É possível que os 
jogos sejam realizados, inicialmente, com algumas adaptações (seja no tamanho da quadra, 
nas regras) e, após, parte-se para o jogo com as regras e formato oficiais. Nas palavras de Reis 
(1994), inicialmente, deve-se utilizar jogos pré-desportivos e inserir as regras aos poucos. 
Pontos fortes:
• Privilegia as ações técnicas e táticas numa situação de jogo, o que contribui para a 
elevação do nível de motivação dos atletas.
• O envolvimento do aluno com as atividades proporciona um elevado nível de 
motivação.
69
Pontos fracos:
• Se mostra de difícil assimilação por parte de iniciantes.
• Dificulta correções imediatas por parte do treinador.
Como defensor deste método, podemos trazer as palavras de Saad (2002), 
que acredita ser o treinamento realizado a partir do método global-funcional a melhor 
forma para o treinamento de esportes coletivos, a fim de ampliar suas possibilidades de 
ensino-aprendizagem-treinamento. 
O mesmo autor acredita que o jogo deve ser apreendido jogando, através do 
princípio de transferência de informações, manifestando outras duas concepções 
metodológicas que podem ser aplicadas no processo de ensino-aprendizagem do 
voleibol, a saber: a metodologia crítico-emancipatória e a metodologia estruturalista.
3.3 MISTO
De acordo com Rochefort (1998), entende-se por método de ensino misto 
aquele que trabalha a técnica de forma isolada, e que está incluído no processo de 
ensino-aprendizagem e no contexto tático do jogo. 
Pontos fortes:
• Facilidade para aprender a técnica. 
• O uso da técnica simplificada, através do uso de pequenos jogos e exercícios simples 
que se tornam complexo de acordo cm as capacidades de cada atleta, facilita o 
aprendizado a médio e longo prazo de fundamentos e aprimoramento da técnica. 
Pontos fracos:
• Dificulta o entendimento do jogo como um todo.
• Igualmente apresenta dificuldade quando no momento da tomada de decisão, 
durante o jogo. 
Independentemente do método de treinamento utilizado pelo treinador, é 
importante que este faça uso de outros mecanismos que o auxiliem nessa tarefa. A 
seguir, algumas opções que certamente ajudarão nesse trabalho:
70
FIGURA 8 – DICAS AOS TREINADORES
FONTE: Adaptada de Canfield & Reis (1998)
4 METODOLOGIA ATIVA
Acadêmico, por metodologias ativas podemos conceituar todas aquelas que 
consideram o sujeito como centro da atividade, concedendo a este o direito de pensar/
refletir e agir na situação que é apresentada.
Assim, nesta etapa do tópico, abordaremos dois métodos de treinamento a 
saber: o método dinâmico-paralelo e o método progressivo associativo, que fazem parte 
do método situacional. 
Espera-se obter a formação do atleta reflexivo (MATTA E GRECO,1996), 
ou seja, o atleta que pensa, analisa e interpreta a situação de jogo 
antes de realizar o movimento técnico. Além dessa pretensão, 
objetiva a formação de flexíveis automatismos de movimentos ideais, 
alta performance nos programas motores, excelência da capacidade 
de variar, combinar e adaptar o comportamento motor na execução 
da técnica na situação de jogo (GRECO, 1998, p. 119.
4.1 O MÉTODO DINÂMICO-PARALELO
Nesse modo de ensino/treinamento dos fundamentos, eles são trabalhados 
da forma com a qual naturalmente surgem no jogo de voleibol. Ou seja, iniciando pelo 
saque, após este passando a manchete, levantamento, cortada e assim até contemplar 
todos os possíveis fundamentos sejam eles relacionados às ações de ataque ou defesa.
A seguir, a tabela demonstra essas situações de treinamento dentro de cada um 
dos grupos citados, na sequência do método dinâmico-paralelo.
71
TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DO MÉTODO DINÂMICO-PARALELO
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2016)
GRUPO I GRUPO II GRUPO III
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DE CADA GRUPO
• Posições básicas e 
ações específicas
• Saque tipo tênis • Defesa
• Saque por baixo
• Toque por cima e
• Cortada
• Rolamentos
• Recursos
• manchete • Bloqueio • Mergulhos
Como observação importante sobre esse método, é possível tecer uma importante 
observação. Essa se refere ao fato de que autores como Bizzocchi (2016) e Garganta 
(2001) apontam que a passagem do Grupo I para o Grupo II pode gerar problemas àqueles 
que são ainda aprendizes do esporte, devido ao aumento no grau de complexidade que 
se dá quando iniciamos os treinamentos que envolvem o elemento do saque por baixo. 
A dificuldade ocorre em decorrência do fato de que esta passagem exige 
domínios de ações mais complexas, ou seja, demanda do atleta domínio sobre as 
condições de jogo e capacidade de elaborar ações de performance.
4.2 O MÉTODO PROGRESSIVO-ASSOCIATIVO
Nesse método, os fundamentos são agrupados em função da posição do corpo 
com relaçãoao solo, sendo que, no Grupo I, apresenta-se o centro de gravidade mais 
próximo ao solo e, ao progredir nos grupos seguintes (II e III), o centro de gravidade vai 
se distanciando gradativamente do solo.
Outra característica importante desse sistema é que ele busca, como o próprio 
nome diz, uma associação constante entre os fundamentos para que, dessa forma, a 
complexidade das ações gere maior e melhor rendimento dos atletas.
A seguir, você, acadêmico, pode consultar a evolução do trabalho no método 
progressivo associativo:
72
TABELA 2 – CARACTERÍSTICAS DO MÉTODO PROGRESSIVO-ASSOCIATIVO
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2016)
GRUPO I GRUPO II GRUPO III
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DE CADA GRUPO
• Posições básicas e 
ações específicas
• Saque tipo tênis
• Saque balanceado
• Defesa • Recursos
• Saque por baixo
• Toque por cima e
• Cortada • Rolamentos
• manchete • Bloqueio • Mergulhos
Como informação importante sobre métodos ativos de treinamento, temos 
nas palavras de 
Grisi et al. (2021, p. 2) uma síntese importante sobre essa abordagem no 
treinamento em esportes coletivos.
O método situacional centra-se na intenção de adequar, utilizando-se 
uma sequência de jogos reduzidos, nas partes do jogo no contexto 
da exploração da tática, no desenvolvimento da técnica associada 
ao jogo, e no caráter dinâmico das resoluções de problemas que o 
caracterizam, como o elemento essencial para que o praticante possa 
vivenciar ações táticas durante as atividades. Nesse contexto, tanto 
os aspectos táticos quanto os técnicos são aprendidos e vivenciados 
por meio de estruturas de jogos. No conceito do método situacional, 
os alunos são obrigados a tomar decisões/resolver problemas 
considerando fatores como oponentes, companheiros, situações de 
jogo, habilidade específica, ao mesmo tempo que são estimulados a 
vivenciar a imprevisibilidade do jogo. Dessa forma, as habilidades são 
executadas em um contexto de jogo de forma aberta (imprevisível e 
variável) e, por isso, acredita-se que esse encaminhamento possibilite 
maior criatividade para o jogo (GRISI et al., 2021, p. 2.)
Acadêmico, observe, a seguir, duas versões de sequências de jogadas no 
voleibol. A primeira delas foi criada pelos autores Beal (1989) e Moutinho (2003) e a 
segunda por Monge (2003).
73
FIGURA 9 – PRIMEIRA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DE AÇÕES NO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Da Silva (2009)
Essa segunda versão de sequência foi desenvolvida por Monde (2003) e o autor 
a chama de “proposta de ciclo cronológico de uma jogada no voleibol”. 
FIGURA 10 – NOVA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DE AÇÕES NO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Da Silva (2009)
74
Nível de postura (ou posição de expectativa) no voleibol significa a posição 
do corpo do atleta em relação ao solo. Divide-se em alta, média e baixa. A 
alta é aquela que vemos nos atletas quando estão na rede, aguardando 
para realizar o movimento do bloqueio; média a posição feita pelos atletas 
que estão se preparando para receber a bola através de recepção ou 
defesa e, por fim, a posição baixa é aquela assumida pelo jogador quando 
este se prepara para executar uma defesa.
IMPORTANTE
5 CONDUTA DO TREINADOR DE VOLEIBOL
Para que determinada equipe de voleibol atinja seu objetivo, ou seja, sucesso 
nas competições as quais disputa, inúmeros fatores, além da qualidade técnica dos 
jogadores, devem ser levados em consideração.
Nesse conjunto, a figura do treinador é de fundamental importância, ou seja, sua 
formação profissional, capacidade de se relacionar com os atletas e dirigentes, suas experiências 
prévias, dentre outros fatores devem ser sempre considerados na busca do sucesso.
Temos nas ideias de Mesquita (2000) recomendações importantes, tanto sobre 
a organização do treinamento de uma equipe coletiva, mas também no que se refere à 
relação entre o técnico, o atleta e as rotinas de treinamento. 
Segundo a autora, primeiramente, no que se refere ao desenvolvimento do atleta 
(técnica e taticamente), é importante que as sessões de treinamento sejam organizadas 
de forma sistemática, proporcionando ao jogador a vivência dentro de quadra. No que se 
refere à relação entre o treinador e estes atletas, esta deve ocorrer de forma a formar um 
elo de cumplicidade entre as partes, assim, tanto quem aprende quanto quem ensina 
poderá estar comprometido com o processo de treinamento.
A seguir, uma síntese das ideias da autora, anteriormente relatadas.
75
FIGURA 11 – DESENVOLVIMENTO DO ATLETA
FONTE: Adaptada de Mesquita (2000)
Corroborando com as ideias citadas, temos em Rodrigues e Sequeira (2017, p. 41) que:
No processo de treino, o comportamento dos treinador(a)es e dos 
atletas pode ser condicionado por inúmeros fatores determinantes 
que implicam necessariamente com os seus resultados. Assim temos 
que existem determinantes consensuais como o nível de prática 
dos atletas, ou a competência do treinador(a), ou ainda a estrutura 
diretiva do clube. De qualquer forma, estas influências são quase 
sempre dados empíricos, existindo pouca informação científica sobre 
as determinantes do comportamento dos treinador(a)es e dos atletas.
Os estudos de Brandão e Carchan (2010) relatam sobre as relações entre 
treinador e atletas de voleibol, o treinador como figura de liderança na equipe e esboçam 
o papel deste na equipe da maneira a seguir:
76
FIGURA 12 – COMPORTAMENTOS DO TREINADOR DE VOLEIBOL E INFLUÊNCIA SOBRE A EQUIPE
FONTE: . Acesso em: 15 de nov. 2021.
Os autores explicam o modelo de comportamentos ansiogênicos do treinador 
dando a ele a interpretação a seguir: 
Demonstra o modelo das interpretações dos atletas sobre o 
comportamento dos treinador(a)es. Pode-se observar que, segundo 
esse modelo, o atleta busca referência na conduta do líder sobre sua 
competência, compara a conduta que observa no líder com as suas 
expectativas e avalia os castigos e os prêmios que seu líder aplica. 
Em cada um desses casos se estabelecem conclusões que podem 
levar a variados sentimentos: insegurança, distúrbios cognitivos e 
emocionais, que por sua vez podem gerar tensão. Esses sentimentos 
podem também, não aparecer e aí, então, ocorrerá um processo de 
adaptação” (BRANDÃO; CARCHAN, 2010, p. 58).
Ainda sobre as funções do técnico que se encontram fora da quadra de voleibol, 
vários autores afirmam, em seus estudos, a importância e a responsabilidade do 
treinador no que se refere ao controle das relações sociais que se dão dentro da equipe.
Assim, temos em Serpa (1997) e Simões (1994) a afirmação de que o treinador 
é aquele que deverá promover e regular as relações afetivas, a este também confere 
papel de confidente e ainda referência pessoal para seus atletas. 
Nesse sentido de ser visto como exemplo pelos seus atletas, cabe a ele 
atender às regras dentro e fora de quadra e focar nos objetivos do jogo, atendendo às 
determinações da equipe técnica. Além disso, é de extrema importância demonstrar 
77
FIGURA 13 – CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIZADE DO TREINADOR DE VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Brandão e Valdés (2005)
respeitar às características individuais, sejam elas relacionadas à personalidade, opção 
sexual, religiosa ou qualquer outra questão individual ou coletiva que necessite de 
empatia e solidariedade.
Muitas pessoas creem que a principal tarefa de um treinador(a) se 
resume em melhorar as habilidades físicas, técnicas e táticas de 
seus esportistas. É evidente que essas tarefas são essenciais para o 
alcance da excelência da prática esportiva e são responsabilidades 
do treinador(a), porém, os treinador(a)es também são cruciais no 
trabalho de guiar os seus esportistas em seu desempenho de forma 
consistente, apesar do esgotamento, da pressão, dos oponentes e 
das diferentes circunstâncias esportivas da competição (BRANDÃO; 
VALDÉS, 2005 apud BRANDÃO, 2010, p. 58).
Por fim, apresentamos as características de personalidade necessárias ao bom 
treinador, segundo bibliografia analisada:
Finalizamos nossaabordagem lembrando que além das questões relatadas, muitas 
outras são as necessidades do treinador de voleibol, como afirma Donegá (2007, p. 32)
A formação e a preparação dos treinador(a)es devem ser contínuas, 
procurando sempre o alargamento dos seus conhecimentos, com o propósito 
de busca de uma qualificação integral da sua profissionalização. Essa 
formação deve passar obrigatoriamente pela vida acadêmica e, depois, 
por uma autoformação que é constituída pela experiência pessoal (prática 
desportiva), leituras, investigações, intercâmbio de informações, clínicas, e 
pela busca de novos conhecimentos e metodologias de ensino e treino, para 
que os novos domínios venham a ser somados e se encaixem perfeitamente 
naquilo que já anteriormente se adquiriu e se domina.
78
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Perceber que você, enquanto treinador de uma equipe de voleibol, fará uso das 
habilidades motoras fundamentais, algumas com maior ênfase que outras, como 
as disciplinas relacionadas à aprendizagem e ao desenvolvimento motor humano e 
outras voltadas à ginástica e aos ritmos.
• O treinamento ideal consiste em somar ao método global e ou ao parcial, o modelo 
explicativo de ensino, ou seja, o treinador deve primeiramente explicar e, após, 
demonstrar o gesto técnico. A explicação será verbal e a demonstração poderá 
ocorrer tanto a partir do uso de algum atleta da equipe que demonstre habilidade 
naquele determinado gesto motor ou através de recurso audiovisual. 
• Por metodologias ativas, podemos conceituar todas aquelas que consideram o 
sujeito como centro da atividade, concedendo a este o direito de pensar/refletir e 
agir na situação que está sendo apresentada.
• Sobre as funções do técnico que se encontram fora da quadra de voleibol, vários 
autores afirmam em seus estudos a importância e a responsabilidade do treinador 
no que se refere ao controle das relações sociais que se dão dentro da equipe.
79
1 Sobre a metodologia tradicional de treinamento em desportos coletivos, temos em 
importantes a atribuição de características, como o fato de este método apresentar 
como foco o ensino da técnica do movimento, considerando, ainda, que a técnica tem 
como objetivo “melhorar o resultado, permitindo uma ação mais econômica e efetiva dos 
movimentos” (COSTA, NASCIMENTO, 2004, p. 50). Sob essa perspectiva, comente sobre 
cada um dos três tipos de treinamento possíveis no método tradicional, apresentando o 
conceito, um ponto forte e um ponto fraco, no mínimo para cada um dos métodos. 
FONTE: COSTA, L. C. A. de; NASCIMENTO, J. V. do. O ensino da técnica e da tática: novas abordagens meto-
dológicas. Revista da Educação Física – EUM. Maringá, v. 15, n. 2, p. 49- 56, 2004. Disponível em: https://
bit.ly/3KIriGn. Acesso em: 23 nov. 2021.
2 No que se refere às metodologias tradicionais de treinamento em desportos coletivos, 
sabemos que é possível dividir o Ensino e Treinamento do Voleibol em três diferentes 
métodos, a saber: analítico, global funcional e misto. Acerca do método de treinamento 
analítico, assinale a alternativa CORRETA que contempla tanto os pontos forte quanto 
os pontos fracos relacionados a esse método: 
a) ( ) O atleta aprende a técnica de movimentos como um preparatório para o próprio 
jogo de voleibol; aos poucos as técnicas de jogo são aprimoradas do simples para 
o complexo, até que o atleta apresente vasto vocabulário motor, desenvolvendo as 
técnicas necessárias para jogar uma partida de voleibol; mostra-se desmotivante, 
monótono e pouco atraente, pois o aluno não experimenta o jogo de fato.
b) ( ) O atleta aprende a técnica de movimentos como um preparatório para o próprio 
jogo de voleibol; facilidade para aprender a técnica; dificulta o entendimento do 
jogo como um todo.
c) ( ) Privilegia as ações técnicas e táticas numa situação de jogo, o que contribui 
para a elevação do nível de motivação dos atletas; aos poucos as técnicas de 
jogo são aprimoradas do simples para o complexo, até que o atleta apresente 
vasto vocabulário motor, desenvolvendo as técnicas necessárias para jogar uma 
partida de voleibol; mostra-se desmotivante, monótono e pouco atraente, pois o 
aluno não experimenta o jogo de fato.
d) ( ) O atleta aprende a técnica de movimentos como um preparatório para o próprio 
jogo de voleibol; facilidade para aprender a técnica; dificulta o entendimento do 
jogo como um todo; o envolvimento do aluno com as atividades proporciona um 
elevado nível de motivação.
3 Independentemente do método de treinamento utilizado pelo treinador, é importante 
que este faça uso de outros mecanismos que o auxiliem nessa tarefa. Acerca das três 
características necessárias nessa tarefa de treinador, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
80
a) ( ) Instrução visual, descoberta guiada e solução de problemas.
b) ( ) Instrução verbal, descoberta dirigida e solução de problemas.
c) ( ) Instrução verbal, descoberta guiada e solução de problemas.
d) ( ) Instrução verbal, descoberta guiada e descoberta dirigida.
4 Sobre as metodologias ativas de treinamento desportivo, apresentamos a você 
informações importantes, como o fato de que por metodologias ativas podemos 
conceituar todas aquelas que consideram o sujeito como centro da atividade, 
concedendo a este o direito de pensar/refletir e agir na situação que está sendo 
apresentada. Nessa perspectiva, comente sobre as metodologias ativas apresentadas. 
É preciso trazer informações tanto sobre o método dinâmico-paralelo, quanto do 
método progressivo-associativo.
5 Quando discutimos sobre as funções do técnico que se encontram fora da quadra de 
voleibol, vários autores afirmam em seus estudos a importância e a responsabilidade 
do treinador no que se refere ao controle das relações sociais que se dão dentro da 
equipe. Assim, temos em Serpa (1997) e Simões (1994) a afirmação de que o treinador 
é aquele que deverá promover e regular as relações afetivas, a este também confere 
papel de confidente e ainda referência pessoal para seus atletas. Sobre o exposto, 
assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: SERPA, S. Treinador e liderança não desportiva.  In: A psicologia do esporte na Espanha no 
final do milênio. Las Palmas de Gran Canaria Publications Service, 1999. p. 103-136. 1997.
SIMÕES, R. Corporeidade e terceira idade. São Paulo: Unimep.1994.
a) ( ) Nesse sentido de ser visto como exemplo pelos seus atletas, cabe ao treinador 
atender às regras dentro de quadra e focar nos objetivos do jogo, atendendo às 
determinações da equipe técnica. 
b) ( ) É de extrema importância respeitar as características individuais, sejam elas 
relacionadas à personalidade, à opção sexual e/ou religiosa, ou qualquer outra 
questão individual ou coletiva que necessite de empatia e solidariedade.
c) ( ) Todas as pessoas creem que a principal tarefa de um treinador se resume em 
melhorar as habilidades físicas, técnicas e táticas de seus esportistas. 
d) ( ) Os atletas também são cruciais no trabalho de guiar os seus esportistas em seu 
desempenho de forma consistente, apesar do esgotamento, da pressão, dos 
oponentes e das diferentes circunstâncias esportivas da competição.
81
TREINAMENTO ESPORTIVO NO VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico, espero que esteja muito bem e com disposição para iniciarmos 
este novo tópico do livro didático da disciplina de Prescrição e Treinamento no Voleibol. 
Vamos conversar, primeiramente, sobre as possibilidades a serem consideradas 
pelo treinador, quando no comando de uma equipe de voleibol. São questões importantes 
que merecem sua atenção. Na sequência serão apresentadas algumas informações de 
destaque sobre a organização das sessões de treinamento de equipes de em voleibol.
Falaremos, de forma rápida, sobre os sistemas de ataque utilizados no voleibol 
para iniciantes e, de forma mais ampla, dos sistemas 4x2 com infiltração e do 5x1 por 
serem os sistemas comumente utilizados no treinamento de equipes nesteesporte. 
UNIDADE 2 TÓPICO 2 - 
2 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO 
Dentro da dinâmica de treinamento esportivo, é papel do treinador da equipe 
assumir a organização da equipe, tanto nos treinamentos quanto nas competições. 
Esse profissional será o responsável pelas ações de ensino-aprendizagem-treinamento 
que ocorrerão durante sua atuação junto à equipe. 
2.1 POSSIBILIDADES A SEREM CONSIDERADAS PELO 
TREINADOR
A seguir, apresentamos um quadro que sintetiza questões importantes 
relacionadas ao treinador de esportes coletivos. Essas questões levantadas são 
importantes itens para sua reflexão, enquanto treinador, para o aprimoramento pessoal 
e profissional na busca do sucesso. 
82
FIGURA 14 – FATOS A CONSIDERAR
FONTE: A autora (2022)
De acordo com Monteiro (2004 apud DONEGÁ, 2007, p. 23-24), a atitude 
construtiva dos treinador de jovens deve se refletir em alguns aspectos:
• Criar um clima de trabalho agradável, em que predominem os desafios atrativos e 
realizáveis e os comentários positivos.
• Admitir que os praticantes não são perfeitos e que, portanto, cometem erros, erros 
esses que fazem parte do seu processo formativo.
• Assumir que não basta uma ou algumas explicações para que os atletas passem a 
fazer o que se pretende (as demonstrações são fundamentais) para, além disso, é 
necessário um período de treino por vezes alargado para que os atletas assimilem a 
informação que recebem.
• Compreender que cada atleta tem o seu próprio ritmo de aprendizagem e respeitar 
esse ritmo, ajudando-os a todos, sem menosprezar os que aprendem mais devagar 
ou com maior dificuldade.
• Ter sempre uma perspectiva realista do que se pode e deve exigir aos atletas (não 
pedir mais do que eles podem fazer).
• Dar valor e assinalar o esforço feito pelos atletas, mais do que os resultados que 
conseguiram obter.
• Concentrar-se nos progressos dos atletas mais do que nos defeitos que ainda 
possuem e destacar sempre essa melhoria, em vez de recriminar os pontos fracos.
• Ter paciência quando as coisas não forem realizadas como se esperava e dar ânimo 
aos atletas para tentem de novo.
83
FIGURA 15 – TREINAMENTO TÉCNICO NO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de Costa e Nascimento (2004)
• Analisar objetivamente os erros dos atletas e as situações difíceis do processo de 
treino, sempre com o objetivo de alcançar conclusões produtivas; os erros e as 
situações difíceis são excelentes oportunidades para saber como estão as coisas, 
que aspectos se devem trabalhar mais ou que pormenores deve ser alterado.
3 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO
Acadêmico, neste subtópico de nosso livro didático abordaremos duas questões 
cruciais na sua organização como treinador, que são:
• O ensino da técnica no voleibol. 
• O ensino da tática no voleibol.
3.1 O ENSINO DA TÉCNICA NO VOLEIBOL
Os processos de ensino-aprendizagem-treinamento em Voleibol no Brasil 
enfatizaram entre as décadas de 1960 e 1980 questões técnicas sobre as táticas.
As demandas a seguir devem ser trabalhadas em conjunto para que, dessa 
forma, tenha-se sucesso no processo de treinamento de equipes em voleibol:
Sobre o processo de treinamento da técnica, temos em Filin (1996 apud COSTA; 
NASCIMENTO, 2004, p. 50),
Segundo Filin (1996), o objetivo da técnica é melhorar o resultado, 
permitindo uma ação mais econômica e efetiva dos movimentos. 
Para tal, segundo o autor, inicia-se com o método verbal, que consiste 
84
na explicação e demonstração dos exercícios. A seguir, através do 
desmembramento do exercício, deve-se evidenciar a execução 
prática pelos meios técnicos de ensino. Nesse entendimento, a 
técnica é meramente uma etapa da preparação, sendo uma das 
formas de obter rendimento.
Por ser comum dentro dos processos de treinamento de equipe certa iminência 
na necessidade de que os atletas evoluam rapidamente nos aspectos táticos, o treinador 
faz uso do método analítico com grande frequência. 
Conforme Costa e Nascimento (2004), o modelo tradicional é facilmente 
justificado no treinamento do voleibol devido à facilidade de implantação e pela 
possibilidade da execução perfeita dos gestos motores do esporte. 
Nesse sentido, temos em Mesquita (2000, p. 51) que:
Para que ocorra a transposição das habilidades técnicas para o jogo, 
o aluno deve vivenciar, desde o início da aprendizagem, algumas 
progressões que evidenciem as situações de jogo. As tarefas devem 
ser realizadas de forma que integrem a estrutura e funcionalidade 
do jogo, dando sentido à aprendizagem. As habilidades técnicas 
estariam condicionadas às características do jogo.
Acadêmico, é importante que esteja ciente de que as modalidades coletivas 
contam com o fator de imprevisibilidade sempre presente, uma vez que cada jogada da 
partida é diferente do que aconteceu até aquele momento. 
Nessa perspectiva, Schmidt e Wrisberg (2001) afirmam que as habilidades técnicas 
dos atletas serão testadas a cada nova jogada e estão sujeitas a variações constantes de:
• Ritmo.
• Intensidade. 
• Amplitude. 
Para que você, futuro técnico de voleibol, obtenha sucesso no treinamento 
do desporto se faz necessário que tenha consciência de que a tendência tecnicista 
não é a mais indicada nos treinamentos. É preciso que você leve em consideração 
todas as observações que trouxemos, flexibilizando seus treinamentos e levando em 
consideração todos os fatores listados como importantes nesse processo. 
Dessa forma, sendo um profissional reflexivo e atualizado, certamente, você con-
seguirá desenvolver um bom trabalho comandando o treinamento desportivo em voleibol.
Gimenez (1998 apud BIANCO, 2006) define cinco variáveis estruturais que podem 
orientar a modificação do jogo, e a possibilidade de criação de diferentes tipos de jogos.
85
TABELA 3 – VARIÁVEIS ESTRUTURAIS QUE PODEM SER MODIFICADAS PARA CRIAÇÃO DE DIFERENTES 
TIPOS DE JOGOS.
ESPAÇO TEMPO REGRAS TÉCNICA TÁTICA
Alterar a dimen-
são do jogo; 
Limitar o tempo 
para realização 
de determinadas 
ações; 
Variar o sistema 
de pontuação; 
Modificar núme-
ro, forma, tama-
nho, ou compo-
sição da bola; 
Variar o número de 
jogadores (igualda-
de ou desigualdade 
numérica); 
Alterar a dimen-
são, a forma ou o 
número de ces-
tos ou balizas;
Limitar o tempo de 
permanência em 
determinadas áre-
as ou zonas;
Eliminar algumas 
regras que 
ainda não sejam 
compreendidas; 
Determinar o 
nº. e a forma de 
contatos com a 
bola; 
Determinar a 
função de alguns 
jogadores; 
Restringir áreas 
jogáveis; 
Determinar a 
passividade se 
não jogar num 
ritmo imposto; 
Introduzir novas 
regras;
Organizar situ-
ações que con-
dicionem o uso 
de determinadas 
técnicas.
Estabelecer um 
sistema de jogo em 
ataque e/ou defesa; 
Incorporar 
zonas de 
finalização 
obrigatória;
Acelerar/
desacelerar o 
ritmo do jogo; 
Estabelecer as 
mudanças dos 
sistemas de 
jogo frente a 
determinadas 
circunstâncias.
Obrigar 
jogadores 
a mudar as 
posições 
que ocupam 
durante o jogo; 
Alterar o número 
de períodos de 
descanso ou de 
jogo.
Obrigar os joga-
dores a manter 
uma distância 
determinada uns 
dos outros.
FONTE: Adaptada de Gimenez (1998 apud BIANCO 2006)
3.2 O ENSINO DA TÁTICA NO VOLEIBOL
De acordo com Garganta (2000, p. 51), “a tática é entendida como algo que se 
refere à forma como os jogadores e as equipes gerem os momentos do jogo”. O autor 
nos fala ainda que as experiências táticas necessitam ser direcionadas a princípios a 
partir da avaliação da estrutura do jogo, para que dessa forma seja possível verificar a 
especificidade de cada esporte e assim se consiga efetivar o planejamento do jogo e da 
equipe de acordo com os objetivos propostos. 
86
Sobre as questões táticas podemos perceber que:
os aspectos táticos relacionados à compreensão da dinâmica 
do jogo, desde as mais fundamentais como, defesa de seu 
espaço e possibilidades de fazer com que a bola atinja o solo 
do campo adversário, são deixados em segundo plano. Cria-
se um hiato entre as partes do jogo e sua própria dinâmica,21
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 22
TÓPICO 3 - FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ............................ 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 23
2 AS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ........................................................................................... 23
2.1 POSIÇÕES BÁSICAS ...........................................................................................................................24
2.2 DESLOCAMENTOS .............................................................................................................................. 27
2.3 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL ........................................................................................................29
2.3.1 Saques .........................................................................................................................................30
2.3.2 Manchete ....................................................................................................................................35
2.3.3 Toque ..........................................................................................................................................36
2.3.4 Cortada ....................................................................................................................................... 41
2.3.5 Bloqueio ......................................................................................................................................43
2.3.6 Defesa .........................................................................................................................................45
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 50
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 52
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 55
UNIDADE 2 — FORMAÇÃO ESPORTIVA ...............................................................................57
TÓPICO 1 — FORMAÇÃO ESPORTIVA ..................................................................................59
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................59
2 PROCESSOS DE TREINAMENTO ESPORTIVO .................................................................59
2.1 HABILIDADES BÁSICAS DO VOLEIBOL ...........................................................................................59
2.2 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E TREINAMENTO EM DESPORTOS COLETIVOS ............62
3 METODOLOGIA TRADICIONAL ........................................................................................ 64
3.1 ANALÍTICO ............................................................................................................................................. 67
3.2 GLOBAL-FUNCIONAL ........................................................................................................................68
3.3 MISTO ....................................................................................................................................................69
4 METODOLOGIA ATIVA .......................................................................................................70
4.1 O MÉTODO DINÂMICO-PARALELO ..................................................................................................70
4.2 O MÉTODO PROGRESSIVO-ASSOCIATIVO .....................................................................................71
5 CONDUTA DO TREINADOR DE VOLEIBOL ........................................................................74
RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................78
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................79
TÓPICO 2 - TREINAMENTO ESPORTIVO NO VOLEIBOL .....................................................81
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................81
2 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO ........................................................81
2.1 POSSIBILIDADES A SEREM CONSIDERADAS PELO TREINADOR ............................................. 81
3 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO ........................................................ 83
3.1 O ENSINO DA TÉCNICA NO VOLEIBOL ............................................................................................83
3.2 O ENSINO DA TÁTICA NO VOLEIBOL ...............................................................................................85
3.2.1 Sistemas de ataque ..................................................................................................................86
3.2.2 Sistemas de recepção ou sistema de defesa ...................................................................93
3.2.3 Formações ofensivas ..............................................................................................................95
3.2.4 As fintas ......................................................................................................................................96
3.2.5 Proteção de ataque ................................................................................................................. 97
3.2.6 Uso tático do saque ................................................................................................................. 97
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................99
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................100
TÓPICO 3 - A PRÁTICA DO VOLEIBOL OUTDOOR .............................................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................103
2 VOLEIBOL DE PRAIA .......................................................................................................103
2.1 CARACTERÍSTICAS ...........................................................................................................................104
2.2 COMPETIÇÕES OFICIAIS NO BRASIL ...........................................................................................105
2.3 CAPACIDADES FÍSICAS NO VÔLEI DE PRAIA ............................................................................106
2.4 TREINAMENTO ESPECÍFICO ........................................................................................................... 107
2.4.1 Treinamento físico ...................................................................................................................108
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................109
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 115
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 116
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 118
UNIDADE 3 — TREINAMENTO NO VOLEIBOL ....................................................................125
TÓPICO 1 — CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO 
 EM VOLEIBOL ..................................................................................................enfatizando nos iniciantes as respostas de como controlar a 
bola utilizando as técnicas, abdicando de colocá-las diante de 
problemas como o porquê, quando e de que forma utilizar tais 
fundamentos (HIRAMA et al. 2015, p. 160).
Conforme Greco (1998), o objetivo principal da tática no voleibol é que o aluno 
aprenda a tomar decisões e resolver problemas que ocorrem durante o jogo propriamente 
dito. Os esportes coletivos possuem características que não são totalmente previsíveis. 
Os acontecimentos não se repetem sempre na mesma ordem cronológica, fazendo com 
que atitudes tático-estratégicas sejam requeridas ao jogador (GARGANTA, 2000).
Segundo os autores Paula; Greco e Souza (2000), qualquer processo de 
tomada de decisão se caracteriza como uma decisão tática e esta ação pressupõe 
uma ação cognitiva do atleta e uma intervenção efetiva do treinador como elo entre o 
conhecimento prévio e o aprimoramento tático e técnico deste atleta. 
Os processos cognitivos inerentes à tomada de decisão tática se revelam 
importantes no contexto dos esportes coletivos. Segundo Schmidt e Wrisberg (2001 apud 
COSTA; NASCIMENTO, 2004), a seleção da resposta (decisão) depende inicialmente da 
identificação do estímulo, para que, a seguir, a resposta ou ação possam ser programadas. 
3.2.1 Sistemas de ataque
Também chamados de sistema de jogo, refere-se à organização dos 
componentes da equipe de voleibol em quadra, no que se refere às funções dos seis 
jogadores enquanto em ações de ataque. 
Nas ações ofensivas, os atacantes são jogadores que ocupam as posições 2, 3 e 
4 no rodízio e, dentre esses três jogadores, um deles é o levantador e os outros dois são os 
atacantes (ponta, oposto ou meio). Há, ainda, a possibilidade de ataques realizados pelos 
jogadores que estão na linha de defesa (nesse caso, o ataque é realizado do fundo de quadra).
O saque é considerado um fundamento de ataque e como tal merece especial 
destaque em seus treinamentos com sua equipe, uma vez que saques bem realizados 
(direção e velocidade) podem ser o fundamento determinante para a vitória de sua equipe. 
No voleibol, existem os sistemas de jogo a seguir:
87
• 6x0 (ou 6x6).
• 3x3.
• 4x2 simples.
• 4x2 com infiltração.
• 5x1.
Acadêmico, antes de especificarmos os sistemas de defesa e ataque e te 
explicarmos como são formados é importante fornecer um lembrete das posições em 
quadra e sobre as zonas de ataque e defesa. 
FIGURA 16 – QUADRA DE VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 6 nov. 2021.
O sistema 6 x 0 também chamado de 6 X 6 é utilizado na iniciação esportiva 
tanto com crianças menores de 12 anos, quanto com adultos que nunca tiveram contato 
com o esporte.
O grande ponto positivo nesse sistema é sua simplicidade e, portanto, a facilidade 
dos participantes em entender como jogar, uma vez que não há infiltrações e nem mesmo 
trocas de posição durante a partida. Ou seja, nesse sistema, todos os jogadores ocupam 
todas as posições, dessa forma, não há especialização de função em quadra.
Outra característica desse sistema é que todos os iniciantes, ao chegarem à 
posição 3 efetuarão a função de levantador. Assim, os demais serão atacantes (quando 
no momento de atacar) e passadores (quando na defesa ou recepção).
88
FIGURA 17 – SISTEMA 6X0 NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 6 nov. 2021.
O sistema 3 x 3, assim como o 6 x 0 é direcionado a iniciantes no esporte. 
Como características principais desse sistema, podemos falar sobre a existência de três 
levantadores (identificados na imagem a seguir como L1, L2 e L3) e a presença de outros 
três jogadores que atuam como defensores e atacantes (identificados na imagem a 
seguir como C1, C2 e C3).
Assim como ocorre no sistema 6 x 0, seu ponto positivo é não contar com 
infiltrações e trocas de posições. Ocorre que, como diferença podemos citar o fato 
de que em determinados momentos da rotação em quadra, a equipe ficará com dois 
levantadores, o que diminuirá o poder ofensivo, uma vez que essa duplicidade de 
levantadores deixa a equipe com apenas um atacante (facilmente marcado pela equipe 
adversaria nessas circunstâncias).
Esse sistema alterna levantadores e atacantes durante todo o rodízio. 
FIGURA 18 – SISTEMA 3X3 NO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de . Acesso em: 8 nov. 2021.
89
Já o sistema ofensivo 4 x 2 simples é usado por equipes, principalmente nas 
categorias menores, quando utilizado o critério de idade (sub14), podendo ser também 
usado nos Sub15 e Sub17, dependendo do tempo de treinamento da equipe.
Como característica principal temos o fato de ser composto por dois levantadores 
(opostos, como podemos ver na imagem a seguir) e quatro atacantes (também opostos 
em quadra). Outras características desse sistema são: a linha de passe armada com quatro 
jogadores e, por consequência, os dois levantadores não participando da ação de recepção. 
Nesse sistema 4 x 2 simples, nós temos sempre a presença de dois atacantes 
na rede. É importante, acadêmico, perceber que nesse sistema de jogo tem início a 
especialização de jogadores em suas funções, tanto na zona de ataque quanto na zona 
de defesa. Os jogadores deverão conhecer as regiões da quadra as quais eles serão os 
responsáveis e, portanto, deverão cobrir essa zona durante toda a partida, de acordo 
com seu posicionamento (zona de ataque ou zona de defesa). 
Esse sistema visa proporcionar à equipe maior qualidade dos gestos motores 
específicos, uma vez que ao apresentar dois levantadores fixos e quatro atacantes 
também fixos nessas posições, todos focarão na melhoria de suas técnicas e 
características individuais.
FIGURA 19 – SISTEMA 4X2 SIMPLES NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 7 nov. 2021.
Assista ao vídeo para visualizar o sistema 4 x 2 simples: https://bit.ly/3xBIERE.
DICA
90
O sistema 4 x 2 com infiltração apresenta como característica o fato de o levan-
tador que participa efetivamente na armação das jogadas é aquele que originalmente 
estava no fundo (linha de defesa), quando o jogo se inicia ele então “infiltra” a linha de 
ataque montando a jogada de ataque de sua equipe e o levantador que estava na rede 
será o atacante central. Por esse motivo, o levantador, preferencialmente, não deverá 
participar da linha de passe quando a equipe estiver na recepção de saque.
Esse sistema necessita de conhecimento tático e capacidade de organização 
da equipe para executá-lo de forma correta, em função das trocas que são necessárias 
para “esconder” o levantador que está na zona de defesa para que ele não participe da 
recepção do passe, se essa for a escolha do treinador.
A armação da defesa é diferenciada de acordo com a posição do levantador na 
zona de defesa (posição 5, 6 ou 1). Nesse sistema 4 x 2 com infiltração temos sempre a 
presença de três atacantes na rede.
Comparando o sistema 4 x 2 simples com o 4 x 2 com infiltração, temos:
duas mudanças básicas: 1º - A infiltração: A distribuição das bolas 
nos levantamentos está sob a responsabilidade do levantador, 
que ocupa a zona defensiva (posições 1, 6 e 5), e "infiltra" entre os 
atacantes para efetivar sua distribuição, seja na formação do Sistema 
de Recepção ou do Sistema Defensivo. 2º - A Zona de Levantamento: 
Em virtude de sempre haver três atacantes na Zona Ofensiva, a Zona 
de Levantamento é na posição 2 1/2, ou seja, entre os atacantes das 
posições 2 e 3 (LARANJEIRA, 2017, p. 68).
FIGURA 20 – SISTEMA 4X2 COM INFILTRAÇÃO NO VOLEIBOL
FONTE: Adaptada de . Acesso em: 6 nov. 2021.
91
FIGURA 21 – SISTEMA 5X1 NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 5 nov. 2021.
Acadêmico, assista ao vídeo para visualizar o sistema 4 x 2 com infiltração: 
https://www.youtube.com/watch?v=SvGk6KRhFgQ.
DICA
No sistema 5 x 1, temos aquele que necessita de praticantesmais familiarizados 
com o esporte, muito bem treinadas e, portanto, esse sistema é o ideal para ser utilizado 
em equipes experientes. 
Nesse sistema, todos os jogadores são especialistas em suas funções; ou seja, o 
levantador é um especialista nessa função e o mais capacitado em quadra para realizá-
lo. Temos o oposto que é o jogador atacante, os ponteiros são especialistas em passe 
e ataque e temos também os centrais que são especialistas em bloqueio e ataque de 
bolas rápidas. Ainda o líbero que é especialista em passe e defesa.
O levantador ocupará sempre uma posição de diagonal com o oposto. O mesmo 
ocorre entre o central e o líbero e entre os ponteiros da equipe. 
Acadêmico, assista ao vídeo para visualizar o sistema 5 x 1: https://www.
youtube.com/watch?v=XuJuZPLoT1I&t=284s.
DICA
92
A inversão do sistema 5 x 1 deve ser usada quando, na rotação, o levantador 
estiver na posição 4 e o atacante oposto na posição 1. 
Essa inversão é feita através da substituição de dois jogadores ao mesmo tempo. 
Ou seja, o oposto que está na posição 1 sai de quadra para dar lugar ao levantador 
reserva e o levantador que está na posição 4 será substituído por um atacante (oposto 
ou central, dependendo da opção do treinador).
O sistema denominado 5X1 funciona de forma similar ao 4X2 com infiltração, 
a diferença é que há somente um levantador dentro de quadra, esse fato transforma 
o segundo levantador em um atacante, conhecido como oposto, o que gera uma 
especialização a mais dos jogadores (HIRAMA et al., 2015).
Esta é uma excelente estratégia, tanto ofensiva, quanto defensiva. Podemos 
dizer que ofensivamente a vantagem é o fato de ter mais um atacante na rede, 
totalizando três atacantes nesse momento, melhorando seu poder de ataque. 
Com relação à defesa, o fato de retirar o levantador da rede, teoricamente, 
melhora a efetividade do bloqueio da equipe (pois, geralmente, o levantador é o jogador 
mais baixo da equipe, após o líbero). 
FIGURA 22 – INVERSÃO DO SISTEMA 5 X 1 NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 5 nov. 2021.
93
Acadêmico, assista ao vídeo para visualizar a inversão do sistema 5 x 1: 
https://www.youtube.com/watch?v=zCamGmQRtOU.
DICA
3.2.2 Sistemas de recepção ou sistema de defesa
Esse sistema diz respeito à maneira com a qual a equipe, de forma coletiva, 
posiciona-se para receber um saque do adversário ou um ataque. Tem por objetivo 
dificultar a ação de ataque da equipe adversária. 
Considerando que no voleibol de alto nível o fundamento que coloca a bola 
em jogo pode ser considerado também fundamento de ataque, um bom sistema de 
defesa é fundamental.
Além disso, o sistema de recepção tem o intuito de tornar a defesa da equipe 
mais eficiente, a fim de maximizar as chances de um contra-ataque bem executado, na 
sequência do andamento da partida. 
Essas ações, embora dentro de um sistema macro coletivo, dependem da técnica 
individual dos atletas. Assim, a correta execução de gestos motores do fundamento 
do bloqueio, da manchete, do rolamento e do mergulho são diferenciais importantes 
nesses jogadores. Relembrando, acadêmico, um pouco sobre esses fundamentos:
- BLOQUEIO
É a primeira ação de defesa de um ataque adversário.
- MANCHETE
Utilizada tanto para realizar a defesa de um ataque, quanto para a recepção de saque.
- MERGULHO
O mergulho é uma técnica de defesa utilizada quando a bola está longe do corpo 
do jogador e este necessita de uma ação rápida e eficiente na intenção de alcançá-la e 
manter o jogo em andamento. 
Para contemplar os objetivos dos sistemas de defesa existem diferentes 
maneiras de posicionamento da equipe, geralmente de acordo com o nível técnico 
dela. Para Laranjeira (2017, p. 74): "O segredo é partir de uma posição que coloque os 
jogadores nas regiões em que há maior probabilidade de ataques fortes; bloqueio e 
linhas de ataque; e ainda favoreçam a pronta ação para outros tipos de ataque, como 
largadas, exploradas, ataques de meia força etc.”
94
Para o sucesso das ações de defesa, faz-se importante que o treinador 
estabeleça inicialmente qual dos sistemas de posicionamento irá adotar (veremos as 
opções a seguir) e a ainda defina a posição dos jogadores que se encontram na zona de 
defesa (posições 1, 6 e 5 na quadra de voleibol). 
Essa escolha, somada ao posicionamento dos jogadores que efetuarão o bloqueio 
– àqueles que estão na zona de ataque, posições 2, 3 e 4 – poderá determinar o sucesso 
na ação de defesa da equipe devido ao correto preenchimento da zona de defesa. 
Sobre as possibilidades de armação do bloqueio e defesa, a bibliografia prevê as 
três opções a seguir:
FIGURA 23 – DIFERENTES FORMAS DE ARMAR O BLOQUEIO
FIGURA 24 – SISTEMAS DE DEFESA COM 5, 4 E 3 JOGADORES, NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 1 nov. 2021.
FONTE: Adaptada de Barros (2008)
Vejamos as possibilidades e as explicações sobre cada um dos sistemas de recepção:
95
O sistema de defesa composto por cinco defensores, também conhecido como 
defesa em W, é, geralmente, utilizado por equipes menos experientes. Nesse sistema, 
apenas o levantador não participa da linha de defensores.
Já no sistema com quatro defensores, a linha de defesa forma um semicírculo 
e é usada quando se deseja construir um ataque com velocidade. Nesse sistema, o 
levantador e o atacante central ficam fora da zona de defesa. 
Por fim, no sistema com apenas três defensores, a linha de defesa pode ser 
semelhante a um semicírculo ou a uma reta. Essa linha de defesa é formada pelo líbero e pelos 
dois ponteiros. Ficam fora da zona de defesa o levantador e os atacantes central e oposto.
3.2.3 Formações ofensivas
A formação ofensiva de uma equipe de voleibol tem relação com a forma com a 
qual esta equipe se organiza par realizar suas ações de ataque. 
No voleibol, estão em posição de efetuar ações ofensivas – ataques próximos à 
rede e bloqueios – os jogadores que se encontram posicionados na zona de ataque, ou 
seja, nas posições 2, 3 e 4 da quadra (conforme demonstrado na Figura 15 deste material). 
Além desses, qualquer outro jogador (com exceção do líbero) poderá efetuar o chamado 
ataque de fundo, porém seu salto deverá ser realizado dentro da zona de defesa. 
O líbero, que obrigatoriamente ocupa a quadra na zona de defesa (posições 5, 
6 ou 1) somente poderá atacar se a bola for atingida abaixo da borda superior da rede. 
Além disso, jamais efetuará bloqueios, saques e ataques próximos à rede, uma 
vez que não ocupa posições na zona de ataque, por ser um jogador exclusivamente de 
defesa.
Nesse sentido, temos que o levantador, dentre todos os atletas de uma equipe, 
é o que tem de processar uma maior quantidade e variedade de informação, além de 
tomar as mais críticas decisões ofensivas (MESQUITA; GRAÇA, 2002).
Como funções dentro dos sistemas ofensivos, os atletas serão classificados em 
levantador ou atacante.
Futuro treinador de voleibol, para que suas táticas ofensivas obtenham sucesso 
você precisa garantir que algumas ações e opções dentro do jogo funcionem de forma 
excelente e de forma conjunta.
96
FIGURA 25 – FATORES QUE INTERFEREM NA PERFORMANCE DA EQUIPE
FONTE: A autora (2022)
3.2.4 As fintas
As fintas, nos esportes coletivos, são importantes para que o atacante seja 
capaz de escapar da marcação de defesa da equipe adversária.
Nesse sentido, temos em Riera (1995 apud SILVA; DE ROSE 2005, p. 76) a 
afirmação de que:
 
na tática individual, presente nas situações de 1X1, como driblar, fintar ou 
enganar o oponente, o jogador interage primordialmente com: o oponente; 
o elemento utilizado para vencer o oponente e si mesmo. Apesar de 
primordialmente relacionando-se com um oponente, não deve deixar de 
prestar atenção nos outros oponentes e nos seus companheiros. 
Visto o exposto, as fintas podem ser divididas em individuais e coletivas:
FIGURA 26 – TIPOS DE FINTAS
FONTE: A autora (2022)
97
FIGURA 27 – COBERTURA DE ATAQUE NO VOLEIBOL
FONTE:. Acesso em: 7 nov. 2021.
3.2.5 Proteção de ataque
Quando falamos sobre proteção de ataque no voleibol, estamos nos referindo 
(quando no ataque) aos jogadores que não estão participando efetivamente da ação 
de ataque, mas que se posicionam próximo à jogada, na cobertura do ataque do 
companheiro de equipe, na intenção de garantir que a bola não caia na quadra após ser 
devolvida pelo bloqueio adversário. 
E, quando a equipe está na defesa, essa ação é configurada pela organização 
do bloqueio.
3.2.6 Uso tático do saque
Com a evolução do voleibol nos últimos anos, o saque deixou de ser apenas a 
ação de colocar a bola em jogo e passou a ter importante papel no trabalho com equipes 
de alto rendimento.
Sob esse enfoque, temos que:
No Voleibol, as ações de ataque, de bloqueio e de saque, devido à 
possibilidade de se conquistar ponto diretamente, são designadas por 
Ações Terminais. Por sua vez, as ações de defesa, de levantamento 
e de recepção, por serem intermediárias das Ações Terminais, 
denominam-se de Ações de Continuidade (COLEMAN, 2002 apud 
MARCELINO, 2010, p. 70).
Costa et al. (2011), citando inúmeros autores, como Moutinho (2003); Palao, 
López e Ortega, (2015) e Mesquita (2006), comprova que os referidos estudos 
evidenciaram que a eficácia do saque afeta o rendimento das ações de recepção e 
opções de ataque da equipe adversária, materializada na redução da velocidade do 
ataque (menor frequência de ataques de 1° tempo e aumento do número de ataques de 
2°, 3° tempos e do fundo da quadra). 
98
Ainda sobre os estudos do autor temos que:
 
Além disso, os estudos de Katsikadelli (1996, 1998) e Papadimitriou 
et al. (2004) demonstraram que o saque em suspensão potente 
apresenta mais risco de erros, ao mesmo tempo que propicia maiores 
oportunidades de obter ponto direto, bem como limita a organização 
do sistema ofensivo do adversário. Contrariamente, o saque em 
suspensão flutuante mostra dificultar a recepção adversária, porém 
com menores índices de erros (COSTA et al., 2011, p. 12).
Acadêmico, findamos por aqui nosso Tópico 2, em que abordamos as temáticas 
das possibilidades a serem consideradas pelo treinador da organização das sessões de 
treinamento. Mantenha o foco nos estudos e nos vemos no próximo tópico!
99
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Por ser comum dentro dos processos de treinamento de equipe certa iminência 
na necessidade de que os atletas evoluam rapidamente nos aspectos táticos, o 
treinador faz uso do método analítico com grande frequência. 
• As habilidades técnicas dos atletas serão testadas a cada nova jogada e estão 
sujeitas a variações constantes de ritmo, intensidade e amplitude.
• O Sistema de Recepção diz respeito à maneira com a qual a equipe se posiciona para 
receber o saque do adversário. Tem por objetivo tornar a recepção mais eficiente, a fim 
de maximizar as chances de um ataque bem executado. Existem diferentes maneiras 
de posicionamento da equipe, geralmente de acordo com o nível técnico dela. 
• O Sistema de Ataque, também chamado de sistema de jogo, refere-se à organização 
da equipe de voleibol no que se refere às funções dos seis jogadores em quadra 
entre atacantes e levantador.
• No voleibol, existem os seguintes sistemas de jogo: 6x0 (ou 6x6); 3x3; 4x2 simples; 
4x2 com infiltração e 5x1.
100
1 Dentro da dinâmica de treinamento esportivo, é papel do treinador assumir a 
organização da equipe, tanto nos treinamentos, quanto nas competições. Esse 
profissional será o responsável pelas ações de ensino-aprendizagem-treinamento 
que ocorrerão durante sua atuação junto à equipe. Disserte sobre, pelo menos, duas 
dessas possibilidades apresentadas no material de apoio.
2 Sobre a atitude do treinador de voleibol frente a sua equipe, podemos perceber uma 
grande influência exercida pelo treinador nas ações da equipe. Acerca dos aspectos 
importantes que refletem a atitude construtiva do treinador de jovens, classifique V 
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) É necessário um período de treino, por vezes, alargado para que os atletas assimilem 
a informação que recebem. 
( ) Criar um clima de trabalho agradável, em que predominem os desafios atrativos e 
realizáveis e os comentários neutros.
( ) Admitir que os praticantes não são perfeitos e que, portanto, cometem erros.
( ) Assumir que basta uma ou algumas explicações para que os atletas passem a fazer 
o que se pretende.
( ) Ter insistência quando as coisas não forem realizadas como se esperava e dar 
ânimo aos atletas para que tentem de novo.
( ) Ter sempre uma perspectiva otimista do que se pode e deve exigir aos atletas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – V – V – F – V – F. 
b) ( ) V – F – V – F – F – F. 
c) ( ) F – F – V – F – V – F. 
d) ( ) V – V – F – F – V – F. 
3 Para que você, futuro técnico de voleibol, obtenha sucesso no treinamento do 
desporto, faz-se necessário que haja a consciência de que a tendência tecnicista não 
é a mais indicada nos treinamentos. É preciso que você flexibilize seus treinamentos 
e leve em consideração todos os fatores listados como importantes nesse processo. 
Nesse sentido, acadêmico, use a tabela proposta por Gimenez apud Bianco (2006) 
(para dar exemplos de variáveis estruturais que podem ser modificadas para criação 
de diferentes tipos de jogos. Comente, pelo menos duas variáveis, elencando as 
modificações em termos de espaço, tempo, regras, técnica e tática.
FONTE: BIANCO, M. Capacidades cognitivas nas modalidades esportivas coletivas. In: DE ROSE JUNIOR, Dan-
te. Modalidades esportivas coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Disponível em: https://
bit.ly/3JMNIot. Acesso em: 1 nov. 2021.
AUTOATIVIDADE
101
4 Sobre os sistemas de recepção no voleibol, estes dizem respeito à maneira com a qual 
a equipe se posiciona para receber o saque do adversário. Tem por objetivo tornar a 
recepção mais eficiente, a fim de maximizar as chances de um ataque bem executado. 
Existem diferentes maneiras de posicionamento da equipe, geralmente de acordo com 
o nível técnico dela. Sobre os três tipos de sistemas de recepção no voleibol, no que se 
refere ao número de jogadores envolvidos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Sistema de defesa composto por cinco defensores, também conhecido como 
defesa em M; sistema de defesa composto por quatro defensores e sistema de 
defesa composto por três defensores.
b) ( ) Sistema de defesa composto por seis defensores; sistema de defesa composto 
por cinco defensores e sistema de defesa composto por quatro defensores.
c) ( ) Sistema de defesa composto por cinco defensores, também conhecido como 
defesa em W; sistema de defesa composto por quatro defensores e sistema de 
defesa composto por três defensores.
d) ( ) Sistema de defesa composto por quatro defensores, sistema de defesa composto 
por três defensores e sistema de defesa composto por dois defensores.
5 Sobre os Sistemas de Ataque, também chamados de sistema de jogo, vimos que 
estes se referem à organização da equipe de voleibol com relação às funções dos seis 
jogadores em quadra entre atacantes e levantador. No voleibol, existem os seguintes 
sistemas de jogo: 6x0 (ou 6x6); 3x3; 4x2 simples; 4x2 com infiltração; 5x1. Acerca 
desses sistemas, analise as sentenças a seguir:
I- No sistema 5x1 todos os jogadores ocupam todas as posições, dessa forma não há 
especialização de função em quadra.
II- No sistema 3x3 como característica principal podemos falar sobre a existência de 
três levantadores.
III- No sistema 4 x 2 com infiltração temos sempre a presença de dois atacantes na rede.
IV- No sistema 4 x 2 simples temos sempre a presença de três atacantes na rede.
V- O sistema 5x1 apresenta como particularidade ser aquele que necessita de 
praticantes mais familiarizados com o esporte, muito bem treinadas e, portanto, 
este sistema é o ideal para ser utilizado em equipesexperientes. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças II e V estão corretas.
b) ( ) As sentenças II, III e V estão corretas.
c) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
102
103
TÓPICO 3 -
A PRÁTICA DO VOLEIBOL OUTDOOR
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, seja bem-vindo ao último tópico da segunda unidade do Livro Didático 
da disciplina de Prescrição e Treinamento no Voleibol. Nesse tópico, conversaremos sobre 
as características fundamentais do Voleibol de Praia (VP), mostrando as semelhanças e as 
diferenças entre essa modalidade e o voleibol indoor, ou voleibol de quadra. 
Abordaremos, também, as competições oficiais, segundo a Confederação Brasileira 
de Voleibol (CBV) e falaremos também sobre as capacidades físicas no voleibol, brevemente.
Por fim, trataremos de questões importantes no treinamento da modalidade, 
nessa sessão, abordaremos, primeiramente, o treinamento das capacidades físicas 
força, velocidade e resistência e, por fim, mostraremos sugestões para organizar o 
treinamento técnico em equipes de vôlei de praia.
UNIDADE 2
2 VOLEIBOL DE PRAIA
Segundo nos conta a história, os primeiros jogos de vôlei de areia foram 
realizados na Califórnia, EUA, na década de 1920. Naquele momento, era praticado 
como atividade lúdica. Apenas 20 anos depois tiveram início competições amadores de 
vôlei de praia e, na década de 1970, o esporte se profissionalizou nos EUA. Em 1996, a 
modalidade ingressou nos Jogos Olímpicos. 
Com relação a sua estrutura, brevemente podemos dizer que:
Vôlei de Praia é um esporte jogado por duas equipes sobre uma 
quadra de areia dividida por uma rede. A equipe tem três toques para 
retornar a bola (incluindo o toque no bloqueio). No Vôlei de Praia, a 
equipe vencendo um rally marca um ponto (Sistema de Pontos por 
Rally). Quando a equipe receptora vence um rally, ela ganha um ponto 
e o direito a sacar. O jogador sacador deve ser alternado toda vez que 
isso ocorrer (FIVB, 2017, p. 7).
Os atletas com os melhores resultados no mundo são os americanos e os 
brasileiros. Acredita-se que pelo fato de esse esporte ser bastante popular nos dois países. 
Com o crescente aumento da investigação no VP através da análise do jogo, tem 
se tornado necessário passar de caraterizações gerais da performance dos jogadores/
equipes para mais específicas e detalhadas. À semelhança do voleibol de quadra, no 
104
Vôlei de Praia percebe-se a utilização sistemática dos seguintes procedimentos de jogo: 
saque, recepção, distribuição, ataque, bloco e defesa (OLIVEIRA, 2007).
Um dos aspectos que pode afetar a performance dos jogadores no VP, é 
sem dúvida a sua especialização (bloqueador e defensor especialista) (HOMBERG; 
PAPAGEORGIOU, 1995). Embora esses jogadores (bloqueador e defensor especialista) 
apresentem funções distintas na defesa, todos têm de servir e atacar.
Assim, o papel desempenhado pelo jogador na defesa pode influenciar a 
eficácia e execução das ações de jogo. Todavia, até o momento, apenas um estudo foi 
encontrado na literatura especializada no VP. Esse estudo mostrou que o bloqueador 
realiza mais saltos (33 saltos) do que o defensor especialista (28 saltos) por set (PALAO, 
LÓPEZ E ORTEGA, 2005; MEDEIROS, 2012).
2.1 CARACTERÍSTICAS
O vôlei de praia é disputado em uma quadra de areia de 16 por 8 metros, dividido 
em dois campos de mesmo tamanho. Grande parte das regras é igual à do voleibol de 
quadra, porém existem algumas diferenças. O objetivo do jogo permanece sendo fazer 
com que a bola caia no campo do oponente.
Acadêmico, de forma breve, abordaremos as principais regras e características 
do vôlei de praia. 
No vôlei de praia, ganha o jogo quem fizer 21 pontos, é necessário que exista 
uma diferença de no mínimo dois pontos em relação aos pontos do adversário. Os jogos 
são disputados por dois a quatro jogadores, todavia, a apresentação mais vista nas 
quadras é os jogos disputados entre duplas. No vôlei de praia não é possível realizar 
substituição entre jogadores. 
Nas regras é previsto que, caso algum atleta sofra uma lesão, é concedido à 
equipe o tempo de cinco minutos para que este se restabeleça. Se o atleta não tiver 
condições de voltar ao jogo, a partida será encerrada por falta de jogador e a equipe 
adversária será automaticamente declarada campeã da partida. 
105
FIGURA 28 – QUADRA DE VÔLEI DE PRAIA
FONTE: . Acesso em: 20 nov. 2021.
De acordo com o Regulamento 2021 da Confederação Brasileira de Voleibol, a 
CBV é o órgão governante do Voleibol no Brasil e tem autoridade e responsabilidade 
sobre todas as atividades que fazem parte do Calendário Oficial do Vôlei de Praia no 
país, sejam elas profissionais ou amadoras assim como as competições da Federação 
Internacional de Voleibol (FIVB) realizadas no Brasil. 
2.2 COMPETIÇÕES OFICIAIS NO BRASIL
“CIRCUITO BRASILEIRO DE VÔLEI DE PRAIA” – CBVP é a denominação de todos 
os Campeonatos Brasileiros de Vôlei de Praia – OPEN/Sub 21/Sub 19 e Sub 17. 
A seguir, a listagem com todos os Campeonatos Brasileiros de Vôlei de Praia: 
FIGURA 29 – COMPETIÇÕES OFICIAIS
FONTE: Adaptada de . Acesso em: 4 nov. 2021.
106
Acadêmico, baixe o REGULAMENTO 2021 do Voleibol de Praia no site da 
Confederação Brasileira de Voleibol. Arquivo: COMPETIÇÕES NACIONAIS. 
Unidade de Vôlei de Praia, em: https://bit.ly/3uRhXXj.
Já as Regras Oficiais de Vôlei de Praia 2017- 2020, da Federação 
Internacional de Voleibol, podem ser baixadas em: https://bit.ly/3OiAlQy.
DICA
2.3 CAPACIDADES FÍSICAS NO VÔLEI DE PRAIA
O voleibol de praia (VP) é um esporte intermitente, caraterizado por 
ações imprevisíveis e com alta determinação tático-técnica dos 
atletas, que ocorrem em baixa intensidade intercalando com alta 
intensidade e curta duração. Uma das formas de avaliação das ações 
tático-técnica durante sessões de treinamento e/ou competição é o 
indicador de performance (GRISI et al., 2021, p. 1).
Conforme nos orienta Gomes (2019, p. 25) “No voleibol de praia, os aspectos 
relacionados aos indicadores de performance têm aumentado, tendo em vista, o 
crescimento da modalidade”. O autor complementa informando que “inicialmente, a 
modalidade se apropriou da análise do jogo do voleibol indoor, visto que, os fundamentos 
técnicos das modalidades são semelhantes” (GOMES, (2019, p. 25) 
A seguir, apresentamos uma interessante forma de estruturar o processo de 
avaliação criado de forma específica para o voleibol de praia. 
FIGURA 30 – PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO VÔLEI DE PRAIA
FONTE: Adaptada de Palao, Lopez e Ortega (2015)
107
Outra proposta de grande valor que pode ser utilizada na análise jogo no voleibol de 
praia, de acordo com Gomes (2019), são as equações de Coleman. Basicamente, as equações 
envolvem as ações de continuidade e terminais para calcular o coeficiente de performance. 
Ficou curioso para saber mais sobre as Equações de Coleman? Trouxemos 
para você este excelente artigo publicado na Revista Brasileira de 
Prescrição e Fisiologia do Exercício. Estudos dos fundamentos de jovens 
jogadores de voleibol feminino: https://bit.ly/3JSRKf5.
DICA
Autores como Arruda e Hespanhol (2008) declaram que as capacidades 
condicionantes de um atleta de Voleibol de Praia são: 
• A força (máxima e explosiva).
• A velocidade (de ação, de deslocamento, acíclica e a agilidade). 
• A resistência (de velocidade e de força explosiva).
As capacidades elencadas, quando bem treinadas no vôlei de praia, oferecem 
ao atleta de alto nível grande vantagem sobre o adversário, uma vez que este sentirá 
de forma menos penosa as consequências da fadiga, extremamente comuns a esta 
modalidade esportiva. 
Nesse sentido, temos nas ideias de Medeiros (2012, p. 75) que:
O esforço típico dos Jogos Desportivos Coletivos (JDC) é intermitente, uma 
vez que é pontuado por paragens frequentes e por fases de recuperação 
total e/ ou parcial, e exige níveis de intensidade muito variáveis, seja nas 
fasesde esforço, seja nos momentos de recuperação. Efetivamente, o 
VP é determinado especialmente pelas ações de curta duração e elevada 
intensidade, que estão associadas à força e à potência muscular.
2.4 TREINAMENTO ESPECÍFICO
Acadêmico, aqui, vamos conversar sobre como você, na situação de treinador 
de uma equipe de vôlei de praia, poderá trabalhar com os atletas tanto a parte física 
quanto técnica.
A escolha desses fatores, em específico, se deu pelas indicações disponíveis na 
bibliografia. Como é o caso demonstrado a seguir:
108
Estes indicadores (físicos e tático-técnico) tem sido frequentemente 
analisados através da Análise do Jogo (Hughes and Franks, 
2004), contribuindo de forma substancial para o conhecimento de 
características, regularidades, e particularidades dos comportamentos 
assumidos pelas equipas e jogadores no decorrer das competições e 
treinos (MARCELINO et al., 2011, apud MEDEIROS, 76).
Podemos afirmar que os estudos científicos direcionados à análise da 
performance no VP têm contemplado diferentes áreas do conhecimento, contribuindo 
para estudos mais intensos sobre o desenvolvimento da excelência desportiva. 
Segundo Hughes e Bartlett (2002 apud MEDEIROS, 2014, p. 3), nos desportos 
coletivos, essa análise é possível através da interpretação de diferentes indicadores, 
entre os quais se destacam: 
a) Indicadores gerais do jogo (outcome). 
b) Indicadores biomecânicos. 
c) Indicadores físicos. 
d) Indicadores tático-técnicos.
2.4.1 Treinamento físico
Arruda e Hespanhol (2008 apud MEDEIROS, 2014, p. 75) nos mostram que 
em relação ao VP, referem que a cada cinco ações de intensidade máxima (saque, 
distribuição com saltos, ataque, bloco e defesa com deslocamento), três são submáximas 
e moderadas (incluem o serviço, a distribuição sem salto e a recepção do serviço). Para 
além das ações comuns do jogo, o atleta de VP necessita responder às exigências de 
mudança de direção e de sentido com uma elevada tensão muscular resultante de 
contrações excêntricas altamente estressantes do ponto de vista mecânico.
Diante disso, a carga de treinamento que é considerada o produto do volume e 
intensidade do treinamento (IMPELIZZERI et. al, 2004) é um componente fundamental 
na elaboração e na prescrição do treino de atletas (WOOD; HAYTER; ROWBOTTOM, 
2005). A carga de treinamento pode ser subdividida em carga externa e carga interna. A 
carga externa está associada a aplicação de estímulos externos e podem ser expressas 
pelo número de séries/repetições, intervalos, intensidades dos esforços, entre outros 
(WALLACE; SLATTERY; COUTTS, 2009), já a carga interna pode ser definida como as 
adaptações induzidas pelo treinamento decorrente do nível de estresse imposto ao 
organismo (IMPELIZZERI, 2005); (SILVA, 2021, p. 15).
O treinamento das habilidades físicas deve contar com um diálogo franco 
e contínuo entre treinador e preparador físico, uma vez que o treinador identifica as 
deficiências do atleta em quadra e, essas deverão ser trabalhadas de forma específica 
durante as sessões de treino físico, para que dessa forma se obtenha uma melhora real 
e significativa na performance do atleta. 
109
ATRIBUICÃO DADA PELO LEVANTADOR EM SUA ORGANIZACÃO OFENSIVA AO 
PAPEL DO TREINADOR: DA BASE AO ALTO NÍVEL DO VOLEIBOL 
Cristino Julio Alves da Silva Matias
Pablo Juan Greco
INTRODUÇÃO
O voleibol, na tomada de decisão do levantador sobre a estrutura das acões 
e combinacões do ataque, destaca-se o conhecimento a respeito das características, 
condicões técnicas, táticas e psicológicas dos próprios atacantes.
Assim, a partir dessas esferas, entre outras, é elaborada a organizacão ofensiva. 
Isso por meio da interação com os jogadores da própria equipe, à luz de toda a extensão 
do sistema ofensivo, em concomitância ou não com a contracomunicacão com o sistema 
defensivo adversário, sobretudo com o bloqueio (PALAO et al., 2004; PALAO; LÓPEZ e 
ORTEGA, 2015; QUEIROGA et al., 2010; RAMOS et al., 2004; MATIAS; GRECO, 2011a,b).
No processo de treinamento referente aos aspectos táticos do voleibol os atletas de-
monstram a preferência por treinadores com estilo de liderança democrática. Logo, destaque 
para os treinadores que envolvem os próprios liderados nas decisões relativas às questões de 
grupo, instruem os atletas nas práticas, técnicas e táticas da modalidade (LOPES et al., 2004). 
No voleibol, de acordo com as regras oficiais, em qualquer instante da partida o treinador pode 
emitir informação aos jogadores. Assim, são dadas oportunidades únicas de influenciar posi-
tivamente o rendimento dos jogadores/equipe (BOTELHO et al., 2005b; PEREIRA et al., 2009). 
De acordo com o estudo de Pereira et al. (2010), os treinadores (voleibol) empregam como 
feedback pedagógico o conhecimento do processo para o aporte referente à informacão da 
técnica e o conhecimento de resultado referente à informação tática. A informação sobre tá-
tica coletiva é emitida em forma verbal e os demais conteúdos de forma verbal e verbal-visual.
A partir do exposto anteriormente, o objetivo do presente estudo foi investigar o 
significado que o levantador, inserido no processo de ensino-aprendizagem-treinamento no 
voleibol, atribui ao papel do treinador em relação à tomada de decisão na organizacão ofensiva.
Material e métodos
Cuidados éticos
O estudo respeitou as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional em Saúde. 
Houve a sua aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG: parecer n°. ETIC 165/08.
LEITURA
COMPLEMENTAR
110
Amostra
O número de indivíduos participantes deste estudo foi determinado pela 
amostragem por julgamento: seleção de indivíduos a critério do pesquisador (LUNA, 
1998). O critério aplicado aos levantadores de Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP) definia 
que somente o levantador titular da equipe campeã de cada um dos campeonatos das 
Federações de Voleibol desses estados, do mirim ao juvenil, feminino e masculino, estava 
eleito para participar desta pesquisa. Foi incluído também o levantador titular da equipe 
campeã da Superliga, masculina e feminina, nome fantasia do Campeonato Brasileiro Adulto 
de Clubes, organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) (RAMOS et al., 2004). 
Esse critério foi aplicado em virtude dos inúmeros títulos conquistados por esses estados 
nas competições nacionais de base promovidas pela CBV. A amostra apresentou um n = 
18, com a seguinte composição de levantadores: quatro do mirim (dois masculinos e dois 
femininos, faixa etária ≤ 14 anos); quatro do infantil (dois masculinos e dois femininos ≤ 15 
anos); quatro do infanto (dois masculinos e dois femininos ≤ 17 anos); quatro do juvenil (dois 
masculinos e dois femininos ≤20 anos); dois da Superliga (um masculino e um feminino).
Instrumento
Na avaliação da atribuição relativa à decisão do levantador em relação ao papel 
do treinador, empregou-se a abordagem qualitativa, por meio do uso da entrevista 
semiestruturada baseada nos questionários de Queiroga et al. (2010) e Matias e Greco 
(2011a), que englobou questões de respostas abertas. Na entrevista foram seguidas 
as orientações da literatura (MINAYO, 1999; THOMAS; NELSON, 2002). Desse modo, a 
ordem das perguntas para todos os levantadores não teve uma sequência rígida. Houve 
alteração da ordem das perguntas, ao ser construída uma resposta associada a uma 
pergunta que não era a subsequente. Formularam-se também perguntas não inseridas 
na entrevista semiestruturada nas respostas que exigiram um maior esclarecimento.
Coleta de dados
O supervisor, o treinador, o próprio levantador e os pais dos jogadores menores 
de idade foram informados sobre o objetivo deste estudo e também sobre os cuidados 
éticos: concordância do clube, direito à participação voluntária e direito de desistência 
a qualquer momento sem a ocorrência de prejuízo e constrangimento. Ao término 
desses esclarecimentos foram assinados os termos de concordância da instituição e 
consentimento livre e esclarecido.
Em seguida, no próprio clube, após o treinamento,o levantador respondeu às 
perguntas da entrevista semiestruturada. As respostas dadas pelos atletas, decorrentes 
da sua identificação, da sua experiência na prática esportiva e da entrevista semiestrutura, 
foram registradas num gravador digital Panasonic RR-US430. As entrevistas duraram 
40 minutos e foram feitas sempre em uma sala silenciosa.
Na sala estavam presentes apenas o pesquisador e o atleta.
111
Análise dos dados
As entrevistas foram transcritas integralmente pelo pesquisador responsável por 
este estudo e por mais dois acadêmicos do curso de graduação em educação física da 
Universidade Federal de Minas Gerais. Ambos foram atletas participantes dos campeonatos 
de base da Federação Mineira de Voleibol. Foi usado o software Word 2007 (Microsoft) na 
elaboração das transcrições. Na conclusão das transcrições, houve a audição e a leitura 
das entrevistas para uma correção de pequenos trechos, termos ou palavras. 
No fim, obteve-se uma concordância plena no conteúdo de cada uma das 
transcrições. A transcrição foi enviada para os levantadores, para leitura e autorização 
do uso. O conteúdo das 18 entrevistas foi liberado para o uso em estudos científicos. 
Desse modo, o exame dos dados qualitativos do presente trabalho, fruto da 
entrevista semiestruturada, seguiu as orientações de triangulação propostas para a 
confiabilidade na pesquisa qualitativa (THOMAS; NELSON, 2002; FRASER; GONDIM, 2004): 
verificação das transcrições por outros indivíduos com conhecimento na área em específico, 
no caso o voleibol, e a conferência das transcrições efetuada pelos próprios entrevistados. 
Os textos das entrevistas foram codificados, comparados, agrupados por 
similaridade de sentido e propiciaram a formação de categorias (MINAYOS; SANCHES, 
1993; THOMAS; NELSON, 2002). Dois treinadores da Superliga conferiram se as categorias 
codificadas tinham similaridade de sentido ao ser agrupadas com a respectiva parte do 
texto transcrito. Nesse sentido, houve concordância entre o pesquisador e os treinadores.
Resultados e discussão
Treino
Observam-se as citações dos levantadores campeões referentes à categoria 
treino como fonte de conhecimento. A especialização na posição de levantador de 
voleibol requer treinos para aquisição e aprimoramento da precisão e também para a 
contracomunicacão com o bloqueio (QUEIROGA, 2005; MATIAS, 2009). O desempenho 
do jogador em competição é uma consequência do que se fez no treino (ARAÚJO; 
VOLOSSOVITCH, 2005). 
A ênfase no verbo fazer deve-se ao fato de haver uma diferença entre o treinador 
dizer o que o jogador deve fazer e aquilo que o jogador realmente efetua no treino. A 
organizacão das tarefas de treino deve possibilitar a autorregulação. Isso é conseguido 
se o treinador orienta o processo de exploração do jogador, para que seja ele a descobrir 
as soluções, dentro dos constrangimentos do jogo. 
De forma inversa, ao agir à luz de como pensa o treinador, o jogador 
constantemente deverá imaginar ou esperar as orientações do treinador, em vez de 
usar as próprias estruturas cognitivas no transcorrer da partida.
112
Ficou demonstrado que o treino para o levantador de voleibol tem como objetivo 
o aprimoramento da precisão das suas acões, segundo toque em direção ao terceiro e 
a percepção do bloqueio adversário por meio de treinamentos específicos (isolados) ou 
em interacção com os demais jogadores, sempre com intenção de se buscar um padrão 
em cada tipo de bola levantada para o atacante em particular. 
O treino é uma fonte de conhecimento para o levantador de voleibol encontrada 
nos estudos de Clemens (2005), Graça (2005), Queiroga et al. (2005; 2010) e Resende 
(1995), que corroboram as citações dos levantadores do presente estudo.
Diálogo com o treinador
Esse diálogo é fundamental na preparação ou no auxílio das decisões do 
levantador de voleibol, antes ou durante uma partida, para assim aprimorar a interpretação 
do jogo (BOTELHO et al., 2005a; MESQUITA, 2005a; QUEIROGA et al., 2005; 2010). 
O treinador, por meio da sua instrução verbal e não verbal, aconselha, motiva, 
opina, avalia, dirige, corrige, prescreve e informa os seus jogadores, para que esses 
consigam em todos os momentos adequar o seu comportamento, tenham como meta o 
rendimento mais eficaz, seja em situações de treinamento ou de competição (CRISPIN-
SANTOS; RODRIGUES, 2004; GRAÇA, 2005). 
Ficou demonstrado que o diálogo com o treinador fornece ao levantador 
informações para construção de planos táticos para distribuição de jogo, organizacão 
ofensiva e para correções das suas decisões durante o transcorrer do jogo. 
O diálogo com o treinador é uma fonte de conhecimento do levantador de voleibol 
encontrada nos estudos de Arroyo et al. (2003), Botelho et al. (2005a), Graça (2005) e Queiroga 
et al. (2005; 2010), que corroboram as citações dos levantadores do presente estudo.
Treinador
O treinador procura interromper o jogo, mudar o fluxo de jogo, por meio do pedido 
de tempo (time out) para se comunicar com seus jogadores quando sua equipe não está 
com posse do saque e/ou perde mais de três pontos consecutivos durante o set; a partir 
do 20° ponto a solicitação de tempo é mais recorrente, com o objetivo de se obter a vitória 
no set (ARROYO et al., 2003; BOTELHO et al., 2005a). Os atletas em situação de treino e 
competição trazem consigo conhecimento, capacidades, motivações e expectativas, não 
são elementos passivos em seus contextos esportivos (GRAÇA, 2005). 
O treinador fica tentado a emitir informacão durante o decorrer do jogo, já 
que é autorizado o seu posicionamento ao lado da zona de jogo. Assim, fornece 
informações mesmo que isso não seja estritamente necessário. Logo, o treinador pode 
emitir informações em excesso, desviar a atenção dos jogadores e dificultar o feedback 
intrínseco dos atletas (BOTELHO et al., 2005b; PEREIRA et al., 2010). 
113
Ficou demonstrado que o levantador de voleibol prefere atuar com autonomia 
na sua distribuição de jogo, as orientações do treinador no transcorrer da partida são 
assimiladas em situações de baixo rendimento ofensivo da equipe. O treinador é um 
orientador, não um guia, para a tomada de decisão tática do levantador de voleibol, 
referida nos estudos de Arroyo et al. (2003) e Graça (2005), que corroboram as citações 
dos levantadores do presente estudo.
O processo de ensino-aprendizagem-treinamento elaborado pelo treinador deve 
centrar-se em metodologias de ensino ativas, baseadas no desenvolvimento tático, de 
acordo com a linearidade do jogo. Assim, é visado o desenvolvimento da percepção 
calibrada em relação aos companheiros e aos adversários, propicia-se a formação 
de jogadores com autonomia em suas acões, capazes de elaboração de decisões 
inteligentes e criativas em múltiplos cenários de jogo (Costa e Nascimento, 2004; 
Greco, 2006, 2009; Mesquita, 2005b; Mesquita et al., 2009; Morale O treinamento por 
intermédio de métodos de ensino analítico ofertará a possibilidade de desenvolvimento 
da precisão das acões (MESQUITA, 2005a; LIMA et al., 2012).
O treinador empregará ambas as formas de treino, sem negligenciar a formação do 
levantador como ‘‘cérebro da equipe’’, para tal é necessária a precisão das acões e o pensamento 
convergente e divergente para adaptação e solução de problemas no jogo. Ressalta-se que 
o déficit técnico, possível gerador de uma limitação tática, pode denotar a necessidade de 
treinamento relativo à coordenação motora (GRECO; SILVA, 2013; GRECO, 2013a,b).
O levantador, organizador do sistema ofensivo, como arquiteto do cenário de 
contracomunicacão entre ataque e bloqueio-defesa, com objetivo nessa construção 
de obter o ponto, deve realmente pensar para existir no contexto do jogo, pois caso 
faca a ação sem compreender o que fazer (conhecimento declarativo) e como fazer 
(conhecimento processual) a sua ação perde o significado (Mesquita, Arroyoetal (2003).
Considerações finais
De acordo com os resultados apresentados, bem como em respeito à limitação do 
presenteestudo, foi possível tecer as conclusões abaixo. Os levantadores têm dedicação 
e interesse em evoluir nos aspectos relacionados à organizacão ofensiva, distribuição de 
jogo, a partir do processo de ensino-aprendizagem-treinamento ofertado pelo treinador. 
Isso com o intuito de aprimorar a precisão e as próprias acões no espaço-tempo, 
ou seja, efetuar com exatidão e de modo eficaz diferente velocidades de levantamento 
para os diversos setores da área ofensiva, a partir de diferentes locais e de uma variada 
eficácia do primeiro toque –ao mesmo tempo em que define as movimentações das peças 
ofensivas. Além disso, percebe o sistema defensivo adversário, sobretudo o bloqueio, e 
é executada a tomada de decisão final, por intermédio dos processos cognitivos, com 
vista a oferecer condicões favoráveis à acão ofensiva final (ataque). 
114
A acão ofensiva final é efetuada de modo pleno ao não ser necessária a correção 
da imprecisão do segundo toque em direção ao terceiro, isso em concomitância ou não 
com um cenário de desequilíbrio no bloqueio.
Ao informar os levantadores, os treinadores têm um canal de comunicação 
efetiva por meio do diálogo com o distribuidor de voleibol e por meio da inserção desse 
jogador nos treinamentos se constrói a concepção do sistema tático--estratégico da 
equipe. Em uma partida o levantador anseia em gozar por liberdade processual em suas 
acões no núcleo da distribuição de jogo.
Entretanto, nos momentos de constrangimentos tem a expectativa de um eixo 
norteador, que o treinador possa dar luz à organizacão do sistema ofensivo, interrompido 
pela eficácia positiva do sistema defensivo oponente.
O treinador, com concreta compreensão do voleibol, tem uma real importância 
para o levantador. 
Ao desejar atuar livremente no transcorrer de um jogo, o levantador tem como 
parâmetro a organizacão ofensiva elaborada e efetuada nos treinamentos, arquitetada 
em conjunto com o próprio treinador, de acordo com o potencial e a limitação tático-
técnica dos demais membros da equipe envolvidos na distribuição de jogo. 
Assim, o treinador sempre está envolvido de forma direta com a distribuição de jogo, 
mesmo que a organizacão ofensiva seja elaborada pelo levantador no momento do jogo.
FONTE: MATIAS, C. J. A. da S.; GRECO, P. J. Atribuição dada pelo levantador em sua organização ofensiva ao 
papel do treinador: da base ao alto nível do voleibol. Rev. Bras. Ciência do Esporte, v. 38, n. 4, p. 392-399, 
out./dez., 2016. Disponível em: https://bit.ly/3jONKSg. Acesso em: 30 mar. 2022. 
115
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As capacidades físicas: força, velocidade e resistência, quando bem treinadas no 
vôlei de praia, oferecem ao atleta de alto nível grande vantagem sobre o adversário, 
uma vez que este sentirá de forma menos penosa as consequências da fadiga, 
extremamente comuns a esta modalidade esportiva. 
• Para cada cinco ações de intensidade máxima (serviço, distribuição com saltos, 
ataque, bloco e defesa com deslocamento), três são submáximas e moderadas 
(incluem o serviço, a distribuição sem salto e a recepção do serviço).
• O treinamento das habilidades físicas deve contar com um diálogo franco e contínuo 
entre treinador e preparador físico, uma vez que o treinador identifica as deficiências 
do atleta em quadra e, essas deverão ser trabalhadas de forma específica durante 
as sessões de treino físico, para que dessa forma se obtenha uma melhora real e 
significativa na performance do atleta.
• O voleibol de praia (VP) é um esporte intermitente, caraterizado por ações 
imprevisíveis e com alta determinação tático-técnica dos atletas, que ocorrem em 
baixa intensidade intercalando com alta intensidade e curta duração. Uma das 
formas de avaliação das ações tático-técnica durante sessões de treinamento e/ou 
competição é o indicador de performance.
116
1 O vôlei de praia, no que se refere às regras, grande parte delas é igual à do voleibol 
de quadra, porém existem algumas diferenças. O objetivo do jogo permanece é fazer 
com que a bola caia no campo do oponente. Acerca dessas diferenças que vemos 
nas regras do VP, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A quadra do VP mede 16 x 8; os pontos dos sets vão até 21 (ou mais, desde que 
se mantenha diferença mínima de dois pontos entre as equipes). Vence a partida 
a equipe vencer dois sets.
b) ( ) A quadra do VP mede 18 x 6; os pontos dos sets vão até 25 (ou mais, desde que 
se mantenha diferença mínima de dois pontos entre as equipes. Vence a partida 
a equipe vencer dois sets.
c) ( ) A quadra do VP mede 18 x 6; os pontos dos sets vão até 21 (ou mais, desde que 
se mantenha diferença mínima de 2 pontos entre as equipes). Vence a partida a 
equipe vencer dois sets.
d) ( ) A quadra do VP mede 16 x 8; os pontos dos sets vão até 21 (ou mais, desde que 
se mantenha diferença mínima de dois pontos entre as equipes). Vence a partida 
a equipe vencer dois sets.
2 Sobre as capacidades física envolvidas no voleibol, temos a informação de que o 
voleibol de praia (VP) é um esporte intermitente, caraterizado por ações imprevisíveis 
e com alta determinação tático-técnica dos atletas. Referente a essa afirmação, 
discurse sobre as qualidades físicas mais exigidas no vôlei de praia.
3 Podemos afirmar que os estudos científicos direcionados à análise da performance 
no VP tem contemplado diferentes áreas do conhecimento, contribuindo para 
estudos mais intensos sobre o desenvolvimento da excelência desportiva. Sobre isso, 
temos nas palavras de autores como Hughes e Bartlett (2002) e Medeiros (2014) a 
informação de que essa análise se dá através da análise de diferentes indicadores. No 
material didático do Tópico 3, mostramos alguns desses indicadores. Acerca desses 
indicadores, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Indicadores gerais do jogo (income); indicadores biomecânicos; indicadores 
físicos; e indicadores tático-técnicos.
b) ( ) Indicadores gerais do jogo (outcome); indicadores biomecânicos; indicadores 
físicos; e indicadores táticos.
c) ( ) Indicadores gerais do jogo (outcome); indicadores biomecânicos; indicadores 
físicos; e indicadores tático-técnicos.
d) ( ) Indicadores gerais do jogo (outcome); indicadores biomecânicos; indicadores 
físicos; e indicadores táticos.
AUTOATIVIDADE
117
4 Sobre o treinamento específico do atleta de VP, percebemos que a cada cinco ações 
de intensidade máxima (saque, distribuição com saltos, ataque, bloco e defesa com 
deslocamento), três são submáximas e moderadas (incluem o serviço, a distribuição 
sem salto e a recepção do serviço). Para que o jogador esteja apto a realizar essas 
ações de forma excelente, é necessário ter uma organização eficiente de seu esquema 
de treinamento. No que se refere ao treinamento de atletas de VP, comente sobre a 
carga de treinamento interna e a carga de treinamento externa. 
5 No Vôlei de Praia, a Força Explosiva é o tipo de força mais utilizado devido a sua 
relação estreita com a velocidade, muito requisitada nessa modalidade esportiva. 
Por esse motivo, o treinamento/aprimoramento dessa habilidade é de tão grande 
importância nos treinos de equipes profissionais. Sobre as melhorias que são obtidas 
na performance dos atletas dessa modalidade, assinale a alternativa INCORRETA:
a) ( ) No que se refere ao fundamento do saque, um bom trabalho de força melhora a 
potência e a impulsão, entre outros.
b) ( ) No que se refere ao fundamento da manchete, o trabalho de força bem realizado 
potencializa o equilíbrio do corpo na posição de expectativa e aumenta a 
velocidade nos deslocamentos.
c) ( ) Quando o trabalho de força é realizado com ênfase na melhoria do fundamento 
da cortada, podemos elencar como alguns dos benefícios a melhora na impulsão 
e no equilíbrio do corpo do atleta.
d) ( ) Em se falando de benefícios do trabalho de força na melhora do desempenho no 
fundamento do bloqueio podemos destacar a melhora nos toques em suspensão 
e o equilíbriodo corpo no ar.
118
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124
125
TREINAMENTO NO 
VOLEIBOL
UNIDADE 3 — 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• perceber a importância do acompanhamento sistemático dos jovens atletas por 
meio de testes de aptidão física e de antropometria, a fim de identificar, selecionar e 
promover talentos no voleibol;
• identificar as características físicas que destacam um jogador com possível 
destaque esportivo dentro do contexto do treinamento desportivo;
• conhecer os testes mais utilizados para detecção de talentos esportivos no voleibol, 
tanto nas questões de aptidão física quanto antropométricas;
• entender a importância de saúde mental e psicológica tanto dos atletas, quanto dos 
futuros atletas e o papel dos agentes envolvidos nesse processo (família, treinador, 
colegas de equipe).
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO EM
 VOLEIBOL
TÓPICO 2 – VALÊNCIAS FÍSICAS: CARACTERÍSTICAS E TREINAMENTOS 
TÓPICO 3 – PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO EM VOLEIBOL
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
126
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 3!
Acesse o 
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127
TÓPICO 1 — 
CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO 
ALTO RENDIMENTO EM VOLEIBOL
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, espero que estejas muito bem e preparado para iniciar seus estudos 
na última Unidade do Livro Didático da disciplina de Prescrição e Treinamento no Voleibol. 
No Tópico 1, abordaremos os temas de extrema relevância no treinamento 
desportivo, iniciando pela identificação, seleção e promoção de talentos esportivos, 
onde comentaremos a importância de alguns cuidados e outros pontos-chave dentro 
desse contexto de trabalho.
Falaremos, também, sobre como são formados os talentos esportivos e, por fim, 
contemplaremos a importância da compreensão e atenção às questões psicológicas na 
formação do atleta de alto nível.
Esperamos que consigamos atender as suas expectativas e que, dessa forma, 
sejamos auxiliares no teu processo de aprimoramento constante do conhecimento.
Bons estudos!
2 IDENTIFICAÇÃO, SELEÇÃO E PROMOÇÃO DE TALENTOS 
ESPORTIVOS 
Acadêmico, ao contemplarmos o tema proposto, faz-se necessário contextualizar 
que essas ações, tanto de identificação, quanto de seleção e promoção de futuros 
atletas do alto nível é um processo deveras complexo e que possui interferência de 
inúmeros fatores, sejam internos ou externos.
Como fatores internos podemos mencionar distúrbios psicológicos, como 
a ansiedade e a depressão, causados pela dificuldade em lidar com a forte pressão 
psicológica dentro do esporte de alto rendimento. Como fatores externos, é possível 
citarmos problemas no crescimento ou alguma lesão.
Com o passar dos tempos, não somente no voleibol, mas juntamente a evolução 
das sociedades, os esportes sofreram inúmeras transformações, principalmente no que 
se refere aos fatores que interferem na performance dos atletas. 
128
Refletindo sobre os fatores que permitem a formação do talento esportivo, 
temos nas palavras de Martin et al. (2000) a definição de talento esportivo como sendo 
a resultante individual de todo um processo dependente, tanto das relações temporais, 
quanto das questões genéticas. 
Além dos fatores acima, os autores salientam que sedeve considerar também a 
relação entre idade cronológica versus a idade do desenvolvimento do atleta, as exigências 
desportivas as quais o atleta é submetido e por fim suas qualidades psicológicas. 
Outra definição de Talento Esportivo que merece menção por 
considerar os aspectos inerentes a Teoria Bioecológica do 
Desenvolvimento Humano é a de Josh (1994, apud BÖHME, 2007) 
em sua revisão bibliográfica da literatura internacional. Este autor 
considera dois componentes na conceituação de talento: o estático 
e dinâmico (ROTHER, 2014, p. 49).
Para que consigamos ter sucesso na formação de talentos esportivos no 
Voleibol, é importante que saibamos da importância da correta forma de abordagem para 
a detecção desses talentos. Autores como Massa et al. (1999); BÖHME (2007); Bojikian 
e BÖHME (2008); Lovisolo e Peres (2006) e Montagner e Silva (2003) afirmam que, no 
Brasil, esse processo ocorre ainda, no geral, de forma empírica. Os autores comentam 
sobre a necessidade de que se realizem maiores estudos acerca desse processo desde 
a infância, em que os futuros atletas estão começando seu contato com os esportes. 
A respeito dos componentes acima citados, elencamos as características 
marcantes tanto dos aspectos estáticos, quanto dos dinâmicos, que, segundo o autor, 
são fundamentais na formação do talento esportivo.
FIGURA 1 – FATORES ESTÁTICOS E DINÂMICOS QUE INFLUENCIAM NO SURGIMENTO DO TALENTO ESPORTIVO
FONTE: Adaptada de ROTHER (2015)
129
Inclusive, sobre os aspectos estático e dinâmico, temos nas ideias de BÖHME 
(2007 apud ROTHER, 2015, p. 49) o acréscimo de algumas informações, quando 
comparado aos autores acima. Assim temos: 
Essas conceituações de talento esportivo, [...] levando em consideração 
as características fenotípicas, as condições de treinamento (volume, 
intensidade e especificidade), a idade biológica de desenvolvimento, 
as capacidades motoras, a técnica, a constituição corporal, os 
componentes psicológicos, isto é, a motivação, a disponibilidade para o 
desempenho, esforço e estabilidade psicológica, assim como o suporte 
social (família, escola, clube, a organização da modalidade esportiva).
Em equipes de alto rendimento, através de pesquisas e tecnologias até poucos 
anos sequer imagináveis, hoje é possível melhorarmos tanto o entendimento sobre o 
funcionamento do corpo humano, quanto descobrir maneiras de fazê-lo render mais e 
melhor dentro das propostas desportivas. 
Dentro do voleibol de elite, compreender e conseguir aprimorar cada vez mais os 
aspectos físicos dos atletas são cruciais uma vez que cada um dos jogadores, dentro de 
suas posições em quadra, conta com necessidades físicas diferenciadas durante o jogo. 
Nos estudos de Massa (1999), temos acesso a importantes informações acerca 
da importância da análise antropométrica do voleibol e, principalmente, o autor fornece 
referências que informam quais as principais medidas antropométricas possuem maior 
relevância dentro do trabalho de detecção de talentos nesse esporte especificamente. 
Especificamente com relação ao voleibol, a aplicação da cine antropometria tem sido 
vista como uma técnica bastante eficaz, pois diversos autores têm apontado a importância das 
variáveis antropométricas, principalmente a estatura, como fundamentais para a obtenção do 
mais alto desempenho na modalidade (CARTER, 1982; FIGUEIRA JÚNIOR; MATSUDO, 1996; 
MORROW, 1979; POPOVSKII, 1981; VIITASALO, 1982; ZHELEZNIAK, s.d.)
É possível afirmar que, assim como a estatura, outras variáveis antropométricas 
são importantes para o desempenho no voleibol. Podemos citar, entre outras, as 
seguintes variáveis: composição corporal, agilidade, comprimento de membros 
inferiores, características somatotípicas e variáveis de desempenho motor como o 
salto vertical. De Souza Campos et al., (2017, p. 45) afirma que “com o passar dos anos, 
esportes coletivos que utilizam de impulsões verticais começaram a dar importância 
aos saltos nos treinamentos, sendo um dos fundamentos mais utilizados por jogadores 
em esportes como voleibol e basquetebol”.
Assentindo sobre essa discussão, Cabral (2011, p. 734) relata que “estudos tem 
apontado a necessidade de se obter o tipo físico ideal em cada posição de jogo, para 
facilitar os programas de treinamento de acordo com a demanda técnica e fisiológica 
exigida durante o jogo em cada posição”. 
130
O mesmo autor complementa sobre questões antropométricas, apresentando 
os seguintes dados com a evolução do esporte que houve mudanças das características 
antropométricas do atleta comparando-se os estudos de Vivolo, Caldeira e Matsudo 
(1980), onde a média de estatura da seleção adulta do Brasil era 174 ± 4cm, com os 
dados do presente estudo na mesma categoria (183 ± 7 cm).
No mesmo caminho, o estudo de Massa et al. (2000) informa que o somatotipo 
é um excelente recurso e que tem sido cada vez mais usado dentro de pesquisas 
acadêmicas, a fim de que se identifique o tipo físico mais apropriado para cada um 
dos esportes, exercendo, dessa forma, papel essencial como método de apoio nos 
processos de orientação esportiva e nos trabalhos de detecção de talentos esportivos.
Mantendo a referência aos estudos do somatotipo, temos que nas palavras de 
Cabral (2001, p. 735) “o fato de que nos estudos atuais é comumente utilizado uso do 
somatotipo para conseguir identificar características importantes nos atletas de acordo 
com a especificidade do esporte praticado”. O autor afirma, ainda, que os estudos também 
são voltados à compreensão das necessidades de cada atleta, dentro de sua especificidade 
dentro de cada esporte, como no basketball, handball e volleyball (BAYOS et al., 2006).
Sobre a tendência do treinamento coletivo atual, De Almeida (2019, p. 964) 
comenta que “atributos físicos e fisiológicos são importantes quando falamos da 
determinação de sucesso no voleibol”.
Sob a afirmação acima, podemos concluir que os dois campos mais importantes na 
formação de atletas, ou mesmo de detecção de talentos esportivos, relaciona-se ou com 
qualidades físicas acima da média ou com elevado repertório motor por parte do futuro atleta. 
Por fim, temos em Coelho e Silva (2010) e Malina (2007 apud DE ALMEIDA, 2019, p. 964) que:
Acredita-se que além do desenvolvimento das qualidades físicas 
resistência, velocidade, agilidade e força explosiva dos atletas, hoje, a 
antropometria, vem ganhando destaque em acréscimo ao planejamento, 
de forma a contribuir para os técnicos com o conhecimento mais 
específico de cada atleta que compõe a sua equipe, facilitando de forma 
a tornar sua equipe a mais homogênea possível.
Diversos autores como De Almeida (2019) e Cabral (2011) concordam que a 
antropometria se destaca no voleibol atual, em termos de preparação e treinamento 
do desporto. Carvalho, no entanto, faz uma ressalva importante sobre o processo 
maturacional dos atletas afirmando que ele não ocorre em todos os esportistas na 
mesma idade cronológica (CA) e afirma ainda que quando em 90% do intervalo do 
percentual do pico de idade de crescimento essa taxa é de aproximadamente 4,5 anos.
Sobre a conceituação do processo evolutivo dos jogadores de voleibol, De 
Almeida (2019) nos relata que
131
Nesse contexto em que as características genéticas e maturacionais 
são caracterizadas por um processo evolutivo do indivíduo, estas 
devem ser entendidas como um conjunto de mudanças biológicas 
e físicas que ocorrem na forma sequencial e ordenada, levando o 
indivíduo a atingir o estado adulto (DE ALMEIDA, 2019, p. 964).
Neste livro didático, adotaremos como referência duas formas para identificar, 
selecionar e promover os talentos esportivos, a saber: antropometria e testes de aptidão física.
Essa escolha se justifica pela vasta bibliografia em Treinamento de Voleibol de 
Alto Rendimento, conforme afirma, por exemplo, Carling (2009 apud DE ALMEIDA, 2019, 
p. 964) com as confirmações a seguir:
Considera-se, então, que a antropometria, as qualidades físicas e 
maturacionais se analisadas juntamente127
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 127
2 IDENTIFICAÇÃO, SELEÇÃO E PROMOÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS .................... 127
3 FORMANDO TALENTOS ESPORTIVOS ...........................................................................133
4 QUESTÕES PSICOLÓGICAS NA FORMAÇÃO DO ATLETA DE ALTO NÍVEL ................... 137
4.1 PERIODIZAÇÃO DO TREINO DE COMPETÊNCIAS PSICOLÓGICAS ......................................... 139
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 141
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................142
TÓPICO 2 - VALÊNCIAS FÍSICAS: CARACTERÍSTICAS E TREINAMENTOS ....................145
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................145
2 FORÇA..............................................................................................................................145
3 POTÊNCIA ........................................................................................................................148
4 VELOCIDADE ...................................................................................................................150
5 RESISTÊNCIA ..................................................................................................................153
5.1 DIVISÕES DA RESISTÊNCIA ............................................................................................................ 154
6 TESTES FÍSICOS ............................................................................................................ 157
6.1 TESTES NEUROMUSCULARES .......................................................................................................158
6.1.1 Flexiteste ....................................................................................................................................158
6.1.2 Flexão até a exaustão ............................................................................................................160
6.1.3 Pliometria ...................................................................................................................................161
6.2 TESTE METABÓLICOS INDIRETOS: ...............................................................................................164
6.2.1 Corrida de 30 m e corrida de 20 m (teste w30m e teste w20m) ...............................164
6.2.2 Vai e vem (protocolo de Léger) ........................................................................................... 165
6.3 TESTES DE LABORATÓRIO ..............................................................................................................167
6.3.1 Dinamometria isocinética ......................................................................................................167
6.3.2 Plataformas de força .............................................................................................................168
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................169
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................170
TÓPICO 3 - PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO EM VOLEIBOL .................................... 173
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 173
2 PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE PROGRESSÕES DE TREINO ............................................... 173
2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO .................................................................................... 174
3 PERIODIZAÇÃO ............................................................................................................... 176
3.1 CICLOS DE TREINAMENTO ...............................................................................................................177
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................187
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................195
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................196
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................198
1
UNIDADE 1 - 
CARACTERÍSTICAS E 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
DO VOLEIBOL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os fundamentos históricos, o surgimento e evolução do referido esporte 
ao longo do tempo;
• compreender o jogo e suas regras;
• perceber os movimentos básicos da modalidade voleibol;
• assimilar os elementos e fundamentos técnicos do voleibol.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL
TÓPICO 2 – CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL
TÓPICO 3 – FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
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A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
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INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao nosso livro de estudos. Você está tendo o 
primeiro contato com o conteúdo que será abordado durante a disciplina de voleibol 
e, já que estamos iniciando esta unidade, vamos introduzir você ao primeiro tema que 
será apresentado. Em nosso primeiro tópico, vamos falar sobre a história, evolução e 
tendências do esporte. O objetivo é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos 
relacionados à origem e evolução do jogo de voleibol, por exemplo, como iniciou o 
esporte, sua aceitação no Brasil, principais títulos conquistados e as principais seleções.
Na atualidade, diante da enorme evolução tecnológica e científica, a ciência da 
prática esportiva do voleibol também evoluiu. Nos dias atuais, a ciência esportiva tem 
um vasto embasamento científico e teórico sobre quais os melhores meios de atingir o 
melhor rendimento, seja ele individual ou em equipe. 
Ao longo dos anos, o voleibol adequou-se para ser desenvolvido como prática 
esportiva de massa e, por consequência, atingir maior grau de competitividade, por 
via da fisiologia, da tecnologia e de estudos científicos específicos que possibilitassem 
ao Brasil destaque em nível internacional (NETTO; FERNANDES FILHO, 2008; ARAÚJO 
NETTO; SANTOS; NEVES, 2005).
Pode-se afirmar que o Brasil é reconhecidamente o país do voleibol, devido ao 
elevado número de praticantes na modalidade, e aos resultados alcançados em competições.
Muito da teoria que existe sobre o voleibol está em livros-textos ou artigos 
científicos, que tratam, principalmente, da forma como se deve lidar com atletas. A 
intenção deste tópico é, a partir deste conhecimento, possibilitar o aprendizado dos 
principais conceitos e de como eles poderão ser aplicados em sua vivência e em sua 
atuação como profissional de Educação Física. 
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
2 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE QUADRA
O vôlei teve sua origem em 1895, na Associação Cristã de Moços (ACM), de Holyoke, 
no estado norte-americano de Massachussets. A ideia veio do pastor Lawrence Rider, que 
sugeriu ao professor William G. Morgan a criação de um esporte dinâmico, com menor 
intensidade comparado ao basquete, que havia sido criado no ano 1891, ganhando fama 
rapidamente. No entanto, o contato físico ainda era um fator que impedia a massificação do 
4
Caro, acadêmico, você sabia que os soldados americanos, nos intervalospodem culminar em uma 
seleção de um atleta esportivo talentoso, e isso, é extremamente 
importante para aprofundar o estudo de todos estes componentes 
correlacionados para poder traçar perfis que possam ajudar na 
seleção de talentos para o esporte.
De acordo com Lohman, Roche e Martorell (1988), como vantagens do uso da 
antropometria no processo de detecção de talentos esportivos, podemos citar: 
• Métodos de aplicação relativamente simples. 
• Baixo custo. 
• Aplicabilidade em massa.
• Pode ser aplicado em diversos ambientes.
A seguir, temos exemplos de algumas medidas que são monitoradas pela antropometria 
e de capacidades físicas que tem sua evolução acompanhada pelos testes físicos:
FIGURA 2 – COMPARAÇÃO ENTRE ANTROPOMETRIA E TESTES FÍSICOS
FONTE: As autoras (2021)
132
No voleibol, algumas características cine-antropometrias, tais como a 
estatura e comprimento de membros, juntamente com outras ligadas ao 
desempenho motor, como o salto vertical e agilidade são bastante utilizadas 
na identificação do perfil de atletas e na alta performance esportiva (FILIN; 
VOLKOV, 1998; DANTAS, 1998; MASSA et al., 2003; DUNCAN et al., 2005; 
GABBETT; GEORGIEFF, 2007). Entretanto, os instrumentos utilizados para 
a identificação de talentos de forma eficaz ainda não são devidamente 
conhecidos (RÉ et al. 2003) (COSTA, 2010, p. 2).
Junior (2010) orienta que, durante os testes antropométricos, sejam avaliadas 
as medidas a seguir: 
• Estatura.
• Índice cintura-quadril.
• Composição corporal.
Testes neuromusculares:
• Flexiteste.
• Flexão até a exaustão.
• Abdominal supra.
• Salto vertical.
• Pliometria.
Teste Metabólicos indiretos:
• Corrida de 30 metros.
• Teste W 20 m.
BÖHME (2007 apud ROTHER, 2014, p. 75-76) indica que, ao encontrar crianças 
de maior estatura que as demais da sua faixa etária na infância, deve-se investigar 
se a causa disso não é uma maturação biológica precoce, um indicativo enganoso de 
predição de estatura elevada que pode causar tanto uma especialização precoce, como 
até mesmo o descarte de um possível talento em um programa esportivo.
O autor complementa informando que: 
Bojikian (2007) realizou investigações com atletas de voleibol das 
seleções brasileiras infanto-juvenil, juvenil e adultos sobre a diferença 
entre suas idades cronológicas e biológicas e descobriu que quanto 
mais alto o nível competitivo, mais tardio é o início da prática, a idade 
da menarca, além da estatura ser mais elevada.
É importante, acadêmico, a compreensão desses fatores para saber lidar com 
certas situações que poderão ocorrer na prática dentro de seu trabalho como treinador 
em uma equipe de voleibol de elite. 
133
3 FORMANDO TALENTOS ESPORTIVOS
Na unidade anterior, comentamos sobre os períodos ideais para o início do 
treinamento, não somente no voleibol, mas em desporto coletivo de forma geral. 
Sob essa perspectiva, fizemos alguns apontamentos sobre as fases motoras e os 
estágios de desenvolvimento das crianças. Nesse momento do livro didático, pensamos 
ser pertinente comentarmos sobre a relevância de que os estágios do treinamento dentro 
do voleibol, sejam respeitados e preservados, a fim de que tenhamos maior segurança 
de que a criança/adolescente conseguirá passar pelos três estágios de forma adequada, 
sem que existam cobranças exacerbadas, sejam elas motoras ou psicológicas.
Os três estágios são organizados de forma progressiva, ao longo da carreira do 
atleta na modalidade. Podemos determinar algumas características marcantes de cada 
período, como segue:
FIGURA 3 – ESTÁGIOS DO TREINAMENTO DO INICIAL AO ALTO NÍVEL
FONTE: Adaptado de Junior (2010)
134
Seguindo na mesma proposta fundamentada anteriormente, temos em Netto 
(2018) um detalhamento interessante no que se refere a aquisição/aprimoramento da 
técnica individual do voleibolista.
Segundo essa linha de trabalho tradicional, no primeiro estágio que elencamos, 
o foco deve ficar em torno do ensino da técnica inicial dos fundamentos que compõem o 
voleibol. Os exercícios devem ser propostos de forma simples e a criança deve conseguir 
executá-los sem problemas e de forma divertida. 
Já na segunda etapa formativa do atleta, os treinadores deverão dar ênfase 
ao trabalho técnico e começar a direcionar os exercícios de acordo com a função de 
jogador em quadra.
Na sequência, o ideal é introduzir situações que irão desenvolver a percepção 
tática dos atletas, de modo a forçar a tomada de decisão e a solução de problemas, 
como comentamos na unidade anterior deste livro didático.
Por fim, temos no quarto momento da formação do atleta voleibolista, a fase em 
que o trabalho deverá tratar de questões para melhoria constante da tática do jogador 
dentro do sistema de jogo adotado pela equipe. 
A seguir, apresentamos, em forma de quadro, um detalhamento sobre os 
objetivos, as condições de jogo, os conteúdos, os meios e as tarefas que devem ser 
propostas aos atletas, dentro de cada uma das fases de treinamento.
TABELA 1 – PROPOSIÇÃO DE TAREFAS
1º estágio 2º estágio 3º estágio 4º estágio
OBJETIVOS
Adquirir 
habilidade 
global
Aperfeiçoar 
detalhes 
técnicos 
específicos, 
consolidar a 
técnica, adquirir 
variantes.
Desenvolver 
a autonomia 
do jogador na 
quadra, realizar 
tarefas com 
menos esforço, 
controlar 
a incerteza, 
desenvolver a 
percepção.
Aperfeiçoar o 
conhecimento 
tático da equipe, 
desenvolver 
um sistema 
de soluções 
associativas, 
equiparar-se 
aos adversários.
CONDIÇÕES
Artificial, 
Constante, 
Fácil
Controladas 
pelo técnico, 
Desempenho 
individual mais 
associada ao 
contexto do jogo.
, 3, 4 jogadores 
envolvidos em 
uma sequência 
de jogo
Jogo completo, 
simular condições 
reais de jogo, 
6 jogadores 
envolvidos na 
quadra.
135
FONTE: Adaptada de Netto (2018)
CONTEÚDOS
Posição inicial, 
Deslocamento 
para a bola, 
Posição de 
contato com a 
bola, Impulsão 
de segmentos, 
Características 
da batida.
Intensidade, 
Perfeição, 
Sequência de 
habilidades 
motoras, 
Execução em 
diferentes pontos 
da Quadra.
Fase temporária 
e parcial do jogo, 
Percepção de 
pistas, Resposta 
motora 
apropriada.
Executar 
formações 
da equipe e 
combinações 
táticas.
MEIOS
Exercícios 
simples e 
educativos
Exercícios 
simples, 
Exercícios de 
técnicas básicas 
em sequência.
Exercícios simples 
com oponentes, 
Exercícios 
complexos, Jogos 
modificados.
Exercícios de 
jogo, Competição 
preparatória, 
Simulações.
TAREFAS
Concentração, 
estar alerta
Concentração, 
Avaliação da 
trajetória da bola.
Concentração, 
Avaliação da 
trajetória da bola, 
Percepção de 
pistas, Escolha da 
resposta motora 
apropriada.
Concentração, 
Avaliação da 
trajetória da bola, 
Percepção de 
pistas, Escolha da 
resposta motora 
apropriada, 
Memória.
Nos estudos de BÖHME (2007), temos a afirmação de que, além da disponibilidade 
para o desempenho, a motivação, o esforço e a estabilidade psicológica são elementos 
indispensáveis a este atleta.
As equipes se constituem por jogadores de cada vez maior estatura e 
força, e os desempenhos passam a não ser dependentes unicamente 
dos esforços dos atletas ou dos planejamentos dos treinadores. Soma-
se a isso, o fator genético que define a estatura e a capacidade de 
desenvolvimento da força e da velocidade nas ações. (LIMA, 2014, p. 1)
Não obstante, a respeito do processo de formação de talentos, temos em Rother 
(2014, p. 72) a seguinte reflexão apoiada nos autores citados:
Krebs (2010, p. 256) classifica de recursos às habilidades e 
conhecimentos, o biótipo físico e demais fatores inerentes à pessoa 
que facilitam a realização das tarefas significantes para uma área de 
atuação. Quando os recursos são facilitadores do desenvolvimento são 
chamados de competências e quando dificultam, limitam ou o impedem 
são chamados de disfunções (BRONFENBRENNER, 2011, p. 72).
Mantendo como referências as ideias de Krebs (2013) temos a informação de que, no 
voleibol, a estatura elevada é tida como um elemento de extrema importância na performancedo atleta. Ainda, afirma que a força é uma capacidade física fundamental deste desporto. 
136
Sendo a primeira (estatura alta), dependente de uma carga genética, e a 
segunda (força) algo que pode ser modificado através de treinamento intenso ao longo 
da trajetória desse atleta. O autor ainda comenta que aqueles que possuem o dom 
natural para esse esporte são beneficiados, pois, aliando-se o dom natural a questões 
físicas e treinamento constante se tem uma visão de atleta ideal. 
Como uma outra visão acerca das necessidades básicas para um talento no 
voleibol, na percepção de Guerrero e Lopez (2003) temos a definição de que a estatura 
e o alcance são os indicadores precoces de futuros atletas de elite no voleibol. Quando 
nos estudos os autores determinaram essas respostas, referem-se a altura máxima que 
o atleta atinge durante o salto.
Segundo Silva et al. (2003), o perfil ideal do atleta de voleibol deve contemplar 
os critérios a seguir:
FIGURA 4 – PERFIL IDEAL DO ATLETA DE VOLEIBOL
FONTE: As autoras
Acadêmico, é possível perceber que, segundo a bibliografia, há vários aspectos 
que podem interferir na formação de um talento esportivo. Dessa forma, não há 
um consenso, porém, há inúmeras convergências nos estudos das características 
importantes em atletas de elite no voleibol.
Sobre as demandas necessárias, podemos dizer que são vários aspectos que, 
somados, formam esse perfil ideal de atleta. Assim, tanto as variáveis antropométricas, 
como estatura, comprimento de membros inferiores, composição corporal, somatotipo, 
quanto as capacidades motoras, como o salto vertical, a altura de alcance e a agilidade 
são cruciais para a obtenção da melhor performance no voleibol de elite.
137
4 QUESTÕES PSICOLÓGICAS NA FORMAÇÃO DO ATLETA 
DE ALTO NÍVEL
Acadêmico, perceba que muitos autores concordam com o papel importante 
das questões psicológicas na formação do atleta de alto nível em equipes desportivas, 
especificamente nesse caso, o voleibol.
A interdisciplinaridade no trabalho em equipes de alto rendimento é crucial. 
Nesse contexto, é importante a participação efetiva de psicólogo junto aos atletas, 
oferecendo suporte sempre que necessário e realizando atividades motivacionais e 
outras que contemplem questões importantes, como a importância do trabalho em 
equipe, excesso de cobrança individual e como ela pode afetar a performance e outros 
temos relevantes no contexto de treinamento individual e coletivo. 
Becker (2002) defende a necessidade de que nas equipes seja instaurado 
ambiente de apoio social entre os atletas. Esse ambiente é caracterizado pela ajuda 
mútua entre os atletas, técnico e comissão técnica dentro de um ambiente de confiança 
e apoio em momentos de crise individual ou coletiva. 
Sobre esses momentos de crise, os autores Weinberg e Gould (2001) os 
caracterizam como aquelas situações em que algum ou alguns atletas possam manifestar 
sentimento de apatia, baixa motivação, baixa autoestima, onde visivelmente se perceba 
a diminuição do rendimento do(s) atleta(s). Os autores citam, ainda, concordando com a 
informação de Becker (2002) repassada, que se faz de extrema importância essa ação 
conjunta de ajuda mútua para que se restabeleça a saúde emocional da equipe. 
Ainda dentro das características que impedem as atletas de 
desempenhar a excelência na sua atividade estão a autocobrança 
e a pressão. Chamam atenção estas características pessoais não 
somente por serem as principais ocorrências dentre as disfunções, 
mas também por serem pontos negativos intrínsecos, ou seja, 
gerados internamente pelas próprias atletas (ROTHER, 2015, p. 77).
Quando uma equipe perde um jogo para o qual a tendência era a de uma vitória 
fácil, muitas vezes o insucesso que não pode ser atribuído a inferioridade técnica ou 
tática, é conferido a questões psicológicas e expressões, assim como desconcentrada 
ou desatenta são relacionadas a essa derrota.
Segundo Marques (2021, p. 196):
Esta mesma indissociação entre mente e corpo, rendimento e bem-
estar psicológico, se observa em relatos de campeões ao explicarem 
seus êxitos por sentirem confiantes, com a ansiedade controlada ou 
estarem fortes mentalmente. Por esse motivo, psicólogos do esporte 
são procurados por questões como falta de motivação, excesso de 
ansiedade, dificuldade de concentração etc.
138
Dessa forma, justifica-se, segundo Weinberg e Gould (2001), o fato de o 
Treinamento das Habilidades Psicológicas – THP – compor um tema bastante abordado 
tanto na Psicologia do Esporte, quanto a Atividade Física. 
De acordo com Marques (2021), no Brasil, as maiores referências da literatura em 
estudos e práticas relacionadas à psicologia são oriundas de traduções de obras norte-
americanas e da Europa, além de alguns escritos da língua portuguesa, de Portugal. 
O autor afirma que os livros publicados no país no início dos anos 2000 
aproximaram os conhecimentos já acumulados em outras culturas aos leitores brasileiros, 
em especial, os livros de Weinberg e Gould (2001), Martin (2001) e Samulski (2002).
Segundo Markunas (2003), a preparação psicológica no esporte é composta 
pelas seguintes opções de intervenções:
FIGURA 5 – COMPONENTES DA PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA DESPORTIVA
FONTE: Adaptada de Marques (2021)
Marques (2021, p. 198) complementa que “a preparação psicológica e o 
treinamento de habilidades psicológicas (THP) são delineados a partir de necessidades 
identificadas e/ou objetivos previstos no ciclo de treinamento esportivo”.
Matsudo (2004) ressalta a importância de que dentro da avaliação psicológica 
em equipes de alto nível devemos sempre considerar os inúmeros fatores (internos e 
externos) na análise e no trabalho com os atletas, uma vez que trabalhar em uma única 
frente pode induzir ao erro. 
139
FIGURA 6 – ETAPAS DA AÇÃO DA PSICOLOGIA ESPORTIVA
FONTE: Adaptada de Marques (2021)
4.1 PERIODIZAÇÃO DO TREINO DE COMPETÊNCIAS 
PSICOLÓGICAS
Sobre a periodização do treino das competências psicológicas, Marques e Markunas 
(2021) nos relatam que, de acordo com a abrangência do trabalho a ser realizado junto aos 
atletas (e suas equipes e contextos), é necessário fazer o planejamento da preparação 
psicológica, e não se ater somente com o treino de competências psicológicas. 
Nesse planejamento, devem ser considerados a organização do trabalho 
transdisciplinar, a análise da dinâmica de relações, a distribuição de conteúdos 
educativos, o ciclo de treinamento e competições esportivas propostos (por exemplo, 
as circunstâncias que envolvem um ciclo olímpico ou as necessárias orientações aos 
adolescentes em durante as categorias de formação esportiva).
Sobre a Periodização do trabalho psicológico, a seguir, apresentamos as etapas e suas 
respectivas características dentro do trabalho da psicologia em equipes de alto nível no voleibol.
Para Holliday et al. (2008 apud MARQUES, 2021, p. 221) alguns passos são necessários 
para a estruturação de um Programa de Periodização Mental (equivalente à Periodização do 
Treino de Competências Psicológicas em nossa conceituação), a saber: conhecer o macro 
ciclo, as fases específicas do treinamento e seus objetivos e demandas; identificar e conciliar 
as competências psicológicas pertinentes às necessidades específicas de cada fase.
Deve-se considerar ainda que, além de atuar diretamente com atletas, muitas 
vezes, a principal atuação do psicólogo do esporte é apoiar a liderança do treinador 
principal, oferecendo feedback em relação à gestão de equipe multiprofissional e atletas, 
potencializando seu repertório comportamental.
140
Acadêmico, a seguir, finalizamos este Tópico 1 trazendo importantes informações 
acerca das fases do THP. 
FIGURA 7 – FASES DO TREINAMENTO DAS HABILIDADES PSICOLÓGICAS – THP
FONTE: Adaptada de Martens (1987)
141
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Dentro do voleibol de elite, compreender e conseguir aprimorar cada vez mais os 
aspectos físicos dos atletas é crucial, uma vezque cada um dos jogadores, dentro de 
suas posições em quadra, conta com necessidades físicas diferenciadas durante o jogo. 
• No voleibol, a estatura elevada é tida como um elemento de extrema importância 
na performance do atleta. Ainda, a força é uma capacidade física fundamental 
desse desporto. 
• Tanto as variáveis antropométricas, como estatura, comprimento de membros 
inferiores, composição corporal, somatotipo, quanto as capacidades motoras, como 
o salto vertical, a altura de alcance e a agilidade são cruciais para a obtenção da 
melhor performance no voleibol de elite.
• A interdisciplinaridade no trabalho em equipes de alto rendimento é importante. 
Nesse contexto, é evidente a participação efetiva de psicólogo junto aos atletas, 
oferecendo suporte sempre que necessário e realizando atividades motivacionais 
e outras que contemplem questões importantes como a importância do trabalho 
em equipe, excesso de cobrança individual e como ela pode afetar a performance e 
outros termos relevantes no contexto de treinamento individual e coletivo.
142
1 Quando abordamos questões sobre a periodização do trabalho psicológico, as etapas 
e suas respectivas características dentro do trabalho da psicologia em equipes de alto 
nível no voleibol, é possível afirmar uma série de características acerca de cada etapa. 
Sobre essas duas etapas, assinale a alternativa CORRETA que está em desacordo 
com o material estudado quando nos referimos a etapa de planejamento.
a) ( ) Aperfeiçoamento das técnicas e táticas de potencialização da performance 
psicológica.
b) ( ) Relacionamentos interpessoais.
c) ( ) Organização institucional.
d) ( ) Aspectos macroculturas.
2 Sobre aquisição/aprimoramento da técnica individual do voleibolista, há quatro 
diferentes etapas. Acerca da única delas onde todas as informações estejam de 
acordo, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Etapa 1: o trabalho é realizado em torno do ensino da tática inicial dos fundamentos 
que compõem o voleibol.
b) ( ) Etapa 2: os jogadores deverão dar ênfase ao trabalho técnico e começar a 
direcionar os exercícios de acordo com a função de jogador em quadra.
c) ( ) Etapa 3: o ideal é introduzir situações que irão desenvolver a percepção técnica 
dos atletas, de modo a forçar a tomada de decisão e a solução de problemas.
d) ( ) Etapa 4: o trabalho deverá tratar de questões para melhoria constante da tática 
do jogador dentro do sistema de jogo adotado pela equipe.
3 Quando a discussão possui a temática da formação de talentos esportivos, fizemos 
alguns apontamentos sobre as fases motoras e os estágios de desenvolvimento das 
crianças. É importante que deixemos clara a extrema relevância que os estágios do 
treinamento exercem dentro do voleibol. Sobre esses estágios de desenvolvimento, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) 1º Estágio: possui como algumas de suas características: caráter lúdico ao esporte; 
e a criança/adolescente experimenta vários esportes simultaneamente.
( ) 2º Estágio: possui como certas características: as atividades dividem-se entre 
lúdicas e o treinamento técnico; a família permanece importante no processo de 
treinamento.
( ) 3º Estágio: apresenta como destaques, dentre outros: os treinamentos são focados 
no rendimento e na especialização do atleta; a modalidade treinada assume papel 
de prioridade na vida do atleta.
AUTOATIVIDADE
143
( ) 4º Estágio: aquele em que há trabalho de manutenção do nível do atleta de alto 
rendimento; e aprimoramento constante da técnica do atleta.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
a) ( ) V – V – V – V. 
b) ( ) V – F – V – F. 
c) ( ) F – V – V – V.
d) ( ) F – V – V – F. 
2 Quando uma equipe perde um jogo para o qual a tendência era a de uma vitória 
fácil, muitas vezes o insucesso, que não pode ser atribuído à inferioridade técnica 
ou tática, é conferido a questões psicológicas, e expressões como desconcentrada 
ou desatenta são relacionadas a essa derrota. Essas são questões psicológicas que 
podem ser trabalhadas com os atletas. Sob essa perspectiva, cite os componentes da 
preparação psicológica desportiva.
3 “As equipes se constituem por jogadores de cada vez maior estatura e força, e os 
desempenhos passam a não ser dependentes unicamente dos esforços dos atletas 
ou dos planejamentos dos treinadores. Soma-se a isso, o fator genético que define 
a estatura e a capacidade de desenvolvimento da força e da velocidade nas ações” 
(LIMA, 2014, p. 1). Depois de ler as ideias de Lima (2014) e com base no material 
estudado neste tópico, disserte sobre as demandas necessárias para a formação do 
perfil ideal de atleta.
FONTE: LIMA, D.R. et al. estudo do voleibol de alto nível baseado em dados de estatura dos jogadores. In: VI 
CONGRESSO CENTRO-OESTE DE CIÊNCIAS DO ESPORTE E X CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Anais [...]. 
2014. Disponível em https://bit.ly/3rBf1Mh. Acesso em: 1 dez. 2021
144
145
VALÊNCIAS FÍSICAS: CARACTERÍSTICAS E 
TREINAMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico, iniciamos este Tópico 2 motivados a mostrar algumas das 
importantes características e ainda oferecer opções de treinamento das valências 
físicas: força, potência, velocidade e resistência. 
Ainda, abordaremos importantes testes para verificação de algumas dessas 
valências. Separamos os testes entre neuromusculares e outros metabólicos indiretos 
e por fim os testes de campo.
Acadêmico, pronto para novos aprendizados? 
UNIDADE 3 TÓPICO 2 - 
2 FORÇA
Podemos defini-la como:
Qualquer ação que causa uma mudança no estado de movimento de um 
objeto. É o produto da massa de um objeto pela sua aceleração linear. A 
força é medida em Newtons (N). Do ponto de vista fisiológico, a força é 
a capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por 
meio de diferentes ações musculares (BARBANTI (2003, p. 273).
A força geral é acionada quando recrutamos todos os grupos musculares, 
independente do esporte para o qual estamos desenvolvimento o treinamento. Quando, 
porém, nosso foco é trabalhar determinados grupamentos musculares específicos, 
temos o trabalho de força específica.
Relembrando conceitos de força: 
• A força explosiva pode ser conceituada como aquela onde a força é 
aplicada com alta intensidade e na maior velocidade possível.
• A força máxima é entendida como a maior força que um atleta pode alcançar. 
• A força absoluta vai além da forma máxima e significa força máxima + 
força de reserva.
INTERESSANTE
146
Elementos fundamentais para o aumento de força são treinamentos resistidos, 
em que ocorre uma resistência contrária a ação do movimento por meio de uma 
sobrecarga ou resistência, gerando estímulo no metabolismo para desenvolver a 
hipertrofia muscular (IDE; LOPES, 2008 apud MANJI, 2013). 
O treinamento de força tradicional representa um dos métodos mais eficientes 
descritos no meio científico, quando o objetivo é o aumento da força muscular (FOLLAND; 
WILLIAMS, 2007; apud CORMIE et al., 2011a). Portanto, exposição crônica a esse método 
potencializa a capacidade de produção de força, atribuída à ênfase em adaptações 
didaticamente divididas em neurais e musculares e sem interferência significativa, 
tanto na potência aeróbia quanto na capacidade de ressíntese de ATP via metabolismo 
oxidativo (FOLLAND; WILLIAMS, 2007 apud CORMIE et al. 2011a). 
É importante, acadêmico, que você perceba o fato de que a intensidade do 
exercício pode ser quantificada de diversas formas, por exemplo: pode ser mensurada 
a resistência externa em exercícios dinâmicos, ou a força isométrica sustentada, 
também a potência gerada ou mesmo a velocidade de deslocamento (KNUTTGEN; KOMI 
2003). Em adolescentes, é importante que, antes de aprimorar os trabalhos da valência 
força, você dedique tempo do treinamento da flexibilidade, uma vez que é importante 
fortalecer as articulações nesse público para que seu corpo suporte os pesos de alteres 
e aparelhos com menor risco possível de lesões.A seguir, apresentamos melhorias que são obtidas através do treinamento da 
valência força, no vôlei.
FIGURA 8 – MELHORIAS POSSÍVEIS ATRAVÉS DO TREINAMENTO DA FORÇA NOS FUNDAMENTOS DE 
VOLEIBOL
FONTE: As autoras (2022)
147
Quando comparamos as demandas do voleibol de praia com o voleibol de 
quadra, é possível entendermos que a demanda pelo trabalho de força se faz ainda mais 
necessário, uma vez que “o treinamento de força muscular pode auxiliar na melhora 
do desempenho de habilidades motoras como salto vertical segundo revisão pesquisa 
sobre o treinamento da força muscular” (JUNIOR, 2004; VIEIRA et al., 2008, p. 227).
As modificações na força muscular durante curtos períodos de 
treinamento com pesos parecem ser resultado da melhora do ajuste 
neural intra e intermuscular durante a execução do movimento. Acredita-
se que tais adaptações estejam atreladas ao aumento do número de 
unidades motoras recrutadas, a melhoria da sincronização e frequência 
de disparos das unidades motoras e a menor coativação dos músculos 
antagonistas, desencadeando maior produção de força durante as fases 
iniciais do treinamento (DIAS et al., 2005 apud MANJI, 2013, n. p.).
Bompa (2002, p. 78), quando aborda a carga máxima de treinamento para trabalhar 
a força, define como ideal a lógica de treinamento a seguir:
Supramáxima, que é uma carga que excede a força máxima do atleta. 
Devem ser usadas altas cargas, variando acima dos 100% da força 
máxima, duas ou três vezes por semana. Porém, o uso das cargas 
supramáximas deve ser empregado apenas com atletas que já 
possuem histórico de treinamento de força. Os outros atletas utilizam 
treinamentos de força com carga máxima, que possui variantes entre 
de 90 a 100%. Na carga pesada, são utilizadas variantes entre 80 e 
90% da máxima. As cargas médias utilizam de 50 a 80% da máxima. 
As cargas baixas são as menores que 50%.
O treinamento da força e da potência são cruciais para a melhora da 
performance dos atletas nos saltos, o que significa melhores rendimentos 
nas ações de ataque e ainda dos saques em suspensão.
IMPORTANTE
TABELA 2 – ORGANIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA EM INICIANTES E ATLETAS
FONTE: Adaptado de Vinotti (2012)
JOVENS/INICIANTES ATLETAS DE ALTO NÍVEL
OBJETIVO
exercícios para desenvolver um funda-
mento anatômico e fisiológico sólido
elevar para os níveis mais 
altos possíveis
QUANTIDADE 
de nove a doze exercícios para os 
principais grupos musculares.
Deve ser mais específico, voltado 
para os movimentos principais, 
com três a seis exercícios.
148
Acadêmico, para que consigamos desenvolver a força máxima, é importante 
fazer uso de exercícios que recrutem a maioria das unidades neuromusculares. Na 
maioria dos treinos, o tipo de estímulo utilizado será máximo ou supramáximo. 
Por esse motivo (uso de capacidade máxima ou supramáxima dos grupamentos 
musculares), faz-se importante alterar entre os grupamentos musculares durante as 
sessões de treinamento, para evitar o desgaste e ainda facilitar a recuperação muscular.
3 POTÊNCIA
Acadêmico, quando tratamos da potência estamos falando ainda da força, 
porém especificamente de força rápida, ok? A potência é de extrema importância tanto 
no voleibol de areia quanto de quadra, uma vez que nesse esporte as ações ocorrem de 
forma muito rápida e conforme Carvalho e Carvalho (2006) na potência o fator decisivo 
é a velocidade com a qual o atleta consegue superar determinada resistência.
É interessante saber que a potência mecânica desenvolvida durante 
a execução de determinados exercícios com cargas altas, 90 a 100% 
pré-determinadas no RM, por exemplo, decai rapidamente desde 
a primeira repetição. Um meio agachamento com 100% da carga 
máxima pode provocar um descenso da potência desenvolvida de 
até 20% da carga na quinta repetição e um pouco menos se a carga 
for de 90%. Sendo recomendado no treinamento de potência máxima 
escolhida entre 50 a 100%, utilizar no treinamento até chegar no 90% 
da carga (BADILLO; AYESTARAN, 2001 apud MANJI, 2013, p. 30).
Para o desenvolvimento da potência, é necessário executar o movimento 
dinamicamente ligado à força empregada.
ATENÇÃO
No caso da potência acíclica, a carga de exercícios fica entre 50 e 80%, com o 
movimento sendo executado rapidamente. É recomendada a execução de quatro a seis 
séries, com intervalos de 3 a 5 minutos. Em se tratando da potência cíclica, a carga de 
exercícios fica entre 30 e 50% da máxima, sendo executadas em ritmo dinâmico, com 
até 10 repetições e intervalo de 5 minutos.
149
TABELA 3 – TIPO DE TREINO X VELOCIDADE
FONTE: Adaptada de Junior (2019)
TABELA 4 – TIPOS DE HIPERTROFIA MUSCULAR
FONTE: Adaptada de Dantas (2003)
TREINAMENTO EM VELOCIDADE DE MOVIMENTO
ATIVIDADES A SEREM 
EXECUTADAS
Exercícios específicos para a força máxima dinâmica.
Exercícios específicos para a força de potência.
Exercícios feitos na sala de musculação.
Exercícios de salto em profundidade.
Quando se aumenta a carga de treinamento de força é provável aumentar 
também a potência, que pode ser entendida como em uma velocidade 
mais alta de deslocamento ou execução do gesto esportivo (BADILLO; 
AYESTARAN, 2001).
IMPORTANTE
Ao trabalharmos o aumento da força em nossos atletas, uma das consequências 
será a hipertrofia muscular.
A respeito da hipertrofia, é importante que você, acadêmico, perceba que ela 
pode ocorrer de quatro maneiras, segundo Dantas (2003).
TIPO DE FORÇA CARACTERÍSTICAS
AGUDA
Pequena duração.
Imediatamente após a realização do exercício.
Edemas no músculo, devido ao acúmulo de catabólitos.
CRÔNICA Ao longo da continuidade do treinamento.
Ocorre catabolização de proteínas contráteis ou o aumento 
das organelas musculares.
ACTOMIOSSÍNICA Surge quando há uma anabolização das proteínas.
SARCOPLASMÁTICA
Ocorre em função do aumento das substâncias existentes 
dentro do sarcoplasma.
150
Os termos “cíclico” e “acíclico” referem-se à classificação biomecânica 
do movimento. De forma muito básica, tome por conceitos as seguintes 
definições: Cíclico = Movimentos repetitivos onde o atleta ao terminar 
o movimento retorna à posição inicial. Acíclico = Movimentos não 
repetitivos, posição final diferente da posição inicial adotada no exercício. 
Ainda, temos as habilidades acíclicas combinados que são definidas como 
um movimento cíclico + um movimento acíclico na sequência.
IMPORTANTE
4 VELOCIDADE
A velocidade é uma capacidade híbrida condicionada por todas as outras. É classi-
ficada em velocidade cíclica e acíclica com três fases para ambas as manifestações a saber: 
• Aceleração.
• Velocidade máxima.
• Resistência de velocidade.
A capacidade de aceleração se faz crucial em atividades desportivas como as 
corridas (de até 200 m), e ainda nos casos dos esportes coletivos sejam eles de oposição 
ou de cooperação.
Sendo nosso foco nesse momento o desporto coletivo do voleibol, podemos 
afirmar que a velocidade e a capacidade de decisão estão muito próximas, dentro do 
contexto real das ações do jogo (MANSO et al., 1996).
Weineck (2003, p. 379) que conceitua a velocidade da forma a seguir: 
a velocidade de jogadores é uma capacidade complexa, composta de 
diferentes outras capacidades psicofísicas secundárias, a saber: ca-
pacidade de percepção das situações de jogo e suas alterações no 
menor espaço de tempo possível = velocidade de percepção. Capaci-
dade de antecipação do desenvolvimento do jogo e, em especial, do 
comportamento dos adversários no menor tempo possível = veloci-
dade de antecipação. Capacidade de decisão, no menor tempo possí-
vel, quanto aos passes potenciais exequíveis = velocidade de decisão. 
Capacidade de reação a uma jogada inesperada no decorrer do jogo 
= velocidade de reação. Capacidade de realização de movimentos cí-
clicos e acíclicos sem a bola com grande ritmo = velocidade de movi-
mento cíclico e acíclico. Capacidade de rápida realização de jogadas 
específicas com a bola diante do adversário num curto prazo de tempo 
= velocidade de ação. Capacidadede ajuste rápido das possibilidades 
cognitivas, técnico-táticas e condicionais = velocidade de ajuste.
Ainda Weineck (2003) entende que a velocidade pode ser dividida em dois grandes 
grupos: pura e complexa. Trazendo, a seguir, seu entendimento acerca de cada uma delas:
151
São identificadas como formas de velocidade “puras”: velocidade de 
reação = capacidade de reação a um estímulo num menor espaço 
de tempo. Velocidade de ação = capacidade de realizar movimentos 
únicos, acíclicos, com máxima velocidade e contra pequenas resis-
tências (não há cargas ou halteres aos quais se imprime velocidade). 
Velocidade de frequência = capacidade cíclica, o que equivale a dizer 
realizar repetidos movimentos, iguais, com máxima velocidade, fren-
te a pequenas resistências. Essas formas de velocidade “puras” são 
dependentes do sistema nervoso central e de fatores genéticos. Às 
formas “complexas” da velocidade pertencem: velocidade de força = 
capacidade de resistir a uma força, a mais alta possível, por um tem-
po determinado. Resistência de força rápida = capacidade de manu-
tenção de uma velocidade sob fadiga, manutenção da velocidade de 
contração de movimentos acíclicos sob resistência crescente. Resis-
tência de velocidade máxima = capacidade de resistência sob fadiga, 
na manutenção da velocidade em movimentos cíclicos e de máxima 
velocidade de contração (WEINECK, 2003, p. 379).
Os autores Moreira e Gomes (1997) entendem que a velocidade de deslocamento 
se configura como fundamental da preparação condicional especial do atleta, sendo 
que essa valência representa o resultado global do processo de treinamento da equipe. 
Bompa (2000; 2002) também entende que a velocidade se divide em duas grandes 
subdivisões, porém as chama de geral e específica. De acordo com o autor, por velocidade 
geral, entende-se a capacidade de rapidamente desempenhar qualquer movimento e, por 
velocidade específica, realizar um exercício em uma velocidade considerada alta. 
O autor reforça a importância das capacidades de salto, aceleração e 
desaceleração em esportes coletivos. Sobre a relação entre a velocidade e a coordenação 
da atividade com a tarefa proposta dentro do treinamento em esportes coletivos, as 
ideias de Garganta (1997) elucidam de forma interessante o que o autor afirma que:
Os Jogos Desportivos Coletivos são atividades cuja frequência, ordem 
cronológica e complexidade não podem ser previstas antecipadamente, 
sendo necessário aos jogadores uma permanente atitude tático-
estratégica. A “pressão” de tempo aumentada pelo menor espaço em 
quadra dificulta ainda mais as tarefas a serem realizadas (GARGANTA, 
1997, p. 13 apud NUNES; FANTATO; MONTAGNER, 2006, p. 48).
Sobre o papel da percepção dentro desse contexto esportivo, temos em Tani et 
al. (1988) a reflexão de que essa capacidade se refere a organização das informações 
e que a percepção está condicionada a ações e experiências já vividas pelo indivíduo. 
Como importantes fatores influenciadores da percepção podemos elencar:
152
FIGURA 9 – FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERCEPÇÃO DOS ATLETAS
FONTE: Adaptada de Tani (1988)
Nesse sentido, é imperativo que o atleta saiba organizar e relacionar entre si as 
ações inerentes a cada situação do jogo. Compreender o que fazer, quando fazer, onde 
fazer e como fazer são decisões que o atleta precisa acertar para apresentar uma boa 
performance no esporte. 
A velocidade de deslocamento em atletas (seja ela cíclica ou acíclica) caracteriza-
se como uma valência física de extrema importância no desempenho esportivo, tanto em 
esportes individuais quanto nos coletivos (ROSS et al., 2001). Ainda sob a perspectiva do 
autor, é possível conceder destaque especial às modalidades cíclicas pelo fato de elas 
serem formadas por padrões de movimento chamados de sprints. Outros estudos mostram 
que os sprints devem ser entendidos como manifestações de potência e não de força. Os 
autores entendem que esses movimentos curtos devem ser enquadrados como capacidade 
biomotora, que se manifesta nas atividades motoras que são frequentes em esportes 
como o voleibol. Essa relação com o vôlei ocorre em ações motoras, como nos saques, nas 
cortadas, nos saltos para impulsão de ataque e bloqueio, nos lançamentos para o saque, 
nos golpes de ataque e saque e as mudanças de direção (CORMIE et al., 2011).
Acadêmico, a seguir, trataremos de questões importantes para trabalhar, na 
prática, o treinamento da valência física: velocidade.
Veja que interessantes as dicas que trazemos acerca da intensidade, duração, 
volume, frequência e intervalos de descanso que é possível tomar como referência no 
início dos seus trabalhos com o treinamento em uma equipe de voleibol. É importante 
estar ciente de que, ao longo do processo, haverá mudanças devido à evolução dos 
atletas, considerando, ainda, as questões individuais. Porém, como um caminho 
inicial, as dicas, a seguir, irão ajudar você, certamente, na montagem do programa de 
treinamento da velocidade. 
A seguir, verifique as dicas!
153
TABELA 5 – MÉTODOS IMPORTANTES PARA DESENVOLVER A VELOCIDADE
TABELA 6 – TIPO DE TREINO X VELOCIDADE
TABELA 7 – TIPO DE TREINO X VELOCIDADE
FONTE: As autoras (2022)
FONTE: As autoras (2022)
FONTE: Adaptada de Vinotti (2012)
INTENSIDADE NÍVEIS SUBMÁXIMO E SUPRAMÁXIMO
DURAÇÃO
Entre 5 e 20 segundos. Quanto maior a duração, melhor a 
resistência anaeróbica. 
VOLUME
É 90% do volume total de treinamento, com um volume 
total de trabalho entre 5 e 15 vezes maior que a distância 
da competição. 
FREQUÊNCIA
Repetir as intensidades máximas cinco ou seis vezes por 
sessão, duas a quatro vezes por semana durante a fase 
competitiva
INTERVALOS DE DESCANSO
De 4 a 6 minutos = passivo.
Entre 2 e 6 minutos = ativo.
De 12 minutos = realizar aquecimento curto.
TREINAMENTO EM VELOCIDADE DE 
MOVIMENTO
ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS Piques.
Piques com trocas de direções
Piques + execução de fundamento do vôlei.
TREINAMENTO EM VELOCIDADE DE 
DESLOCAMENTO
ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS Exercícios específicos para a coordenação de 
movimentos da modalidade, realizados com 
velocidade máxima, dos mais simples aos mais 
complexos. (exemplo: atividades realizadas no 
aquecimento de treino ou jogos oficiais).
5 RESISTÊNCIA
Acadêmico, podemos conceituar essa valência física como uma característica 
inerente à raça humana. Queremos dizer que a resistência humana é composta pela 
inter-relação entre fatores orgânicos, psíquicos e fisiológicos. É possível ainda afirmar 
que a resistência é condicionada pelos sistemas cardiorrespiratório, orgânico e nervoso 
e, ainda, atua na dependência da ação geral do metabolismo e dos componentes 
154
psíquicos (BARBANTI, 1997). Nesse sentido, suportar uma determinada atividade 
por 30 segundos, em uma intensidade correspondente a 95% do VO2max. poderia 
corresponder a um longo período. Por outro lado, quando a intensidade é relativamente 
baixa (ex.: 50% do VO2max), esse mesmo período pode ser considerado curto (PEREIRA 
JUNIOR, 2017). Ainda nos é possível oferecer o conceito de resistência desenvolvido por 
Morehouse (1967 apud BARBANTI, 1997, p. 103) como “a capacidade que o corpo possui 
de suportar uma atividade prolongada”. E, para finalizar os conceitos, temos em Jones e 
Carter (2000, p. 373) que “a resistência pode ser definida pela capacidade de sustentar 
uma determinada velocidade ou potência pelo maior período possível”. 
Sobre o treinamento dessa valência, Hollmann (1980) e Dietrich (1986) concordam 
que, a partir dos 12 anos de idade, pode-se partir para o treinamento dessa capacidade. 
Realizar treinamentos contínuos para a melhora da resistência é crucial para que os atletas 
mantenham o ritmo tanto nos treinamentos, quanto nas competições. A essa valência é 
dada grande ênfase no retorno dos atletas de suas férias, ou seja, no início de temporada, 
pois nesse período de descanso dificilmente se mantém suas rotinas de atividades físicas 
aeróbicas diárias e, ao regressar aos treinos, frequentementese apresentam cansados e 
necessitando recuperar o que chamamos de ritmo de jogo. Para o desenvolvimento da 
resistência muscular localizada (RML), é interessante usarmos aquela divisão biomecânica, 
da qual falamos anteriormente, para decidir a carga de treinamento. Lembrando que essa 
divisão contempla atividades acíclicas ou de curta duração e cíclica ou de longa duração. 
No primeiro caso é possível conseguir consideráveis melhoras trabalhando 
durante os treinos com intensidades mais altas do que aquelas exigidas nas partidas de 
voleibol, com cargas entre 50 e 80% da máxima e realizando entre 10 e 30 repetições. 
Já no caso da abordagem em resistência muscular cíclica, os exercícios de contração 
devem ser alternados com exercícios de relaxamento muscular e as cargas devem variar 
entre 20 e 50% da resistência máxima.
5.1 DIVISÕES DA RESISTÊNCIA
Acadêmico, a seguir, apresentamos a divisão atual da bibliografia acerca da 
valência sobre a qual estamos discorrendo neste momento. 
155
FIGURA 10 – PRINCIPAIS TIPOS DE RESISTÊNCIA
FONTE: As autoras (2022)
Acadêmico, para fins de conhecimento, podemos localizar na bibliografia 
outros tipos de resistência, como as especiais. Nesse tipo de resistência, temos 
os sprints, além das resistências de velocidade, estática, muscular e outras.
DICA
Como característica fisiológica da resistência, podemos citar o fato de que 
sob o ponto de análise fisiológico, a resistência está relacionada com a eficiência da 
capacidade respiratória. Por esse motivo, também é conhecida como resistência 
cardiorrespiratória. A seguir, apresentamos a formação da reação química presente nos 
esforços que envolvem a resistência.
FIGURA 11 – REAÇÃO QUÍMICA
FONTE: Adaptada de Barbanti (1997, p. 110)
156
TABELA 8 – TREINAMENTO DA RESISTÊNCIA ATRAVÉS DE ATIVIDADE CONTÍNUA
FONTE: As autoras (2022)
FONTE: As autoras (2022)
FONTE: As autoras (2022)
FONTE: As autoras (2022)
TABELA 9 – TREINAMENTO DA RESISTÊNCIA ATRAVÉS DE ATIVIDADE INTERVALADA
TABELA 10 – TIPO DE TREINO X VELOCIDADE
TABELA 11 – TIPO DE TREINO X VELOCIDADE
CONCEITO
Atividade caracterizada como qualquer 
tipo de atividade física, desde que envolva 
grandes grupamentos musculares e 
produza uma frequência cardíaca na 
faixa de 120 a 150 batimentos por minuto.
Exemplo: Corrida Longa, na Areia.
Ciclismo (ou bicicleta ergométrica), natação.
CONCEITO
atividade caracterizada como 
uma série de estímulos inten-
sos intercalados com interva-
los para descanso ou ativida-
de moderada.
Exemplo: Os jogadores de Vôlei de Praia podem 
realizar a atividade intervalada na areia, em bicicleta 
ergométrica, na piscina. 
ATENÇÃO PARA
- Número, duração e intensidade dos estímulos.
- Duração e número de intervalos.
- Atividade a ser realizada durante os intervalos.
- Controlar frequência cardíaca, uma das referências 
indicativas da intensidade do treinamento.
TREINAMENTO EM VELOCIDADE DE REAÇÃO
ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS Defesa de bolas, com trajetórias de todo tipo e 
de diferentes velocidades.
Recepção do saque, com trajetórias de todo 
tipo e de diferentes velocidades.
Bloqueio, de diferentes tipos de ataque com 
bolas que variam de direção e velocidade
TREINAMENTO EM VELOCIDADE DE 
MOVIMENTO
ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS Ataque e cobertura do bloqueio pelo próprio 
atacante. 
Defesa de ataques consecutivos.
Bloqueio e recuperação de bolas que desviam no 
mesmo ou de bolas largadas próximo ao bloqueio.
157
FONTE: As autoras (2022)
TABELA 12 – TIPO DE TREINO X VELOCIDADE
TREINAMENTO EM VELOCIDADE DE 
DESLOCAMENTO
ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS
Deslocamento em velocidade da posição do 
saque para a rede e execução do bloqueio.
Deslocamento em velocidade da posição do saque 
para diferentes posicionamentos de defesa.
Deslocamento em velocidade da posição do 
ponto da recepção do saque até o ponto de 
execução do levantamento.
Deslocamento em velocidade do ponto de 
execução de recepção do saque até o ponto 
de execução do ataque.
Partir da posição do bloqueio para o posiciona-
mento de defesa, para o levantamento ou para 
um novo ataque.
Partir do ponto do ataque para o posicionamento 
defensivo, para um levantamento ou para um 
novo ataque.
Partir de posicionamentos defensivos para os 
pontos de levantamento e ataque.
Acadêmico, para a realização do treinamento físico, uma sugestão interessante 
possui as seguintes especificações: o treinamento de força, potência, velocidade e 
resistência realizado na sala de musculação através do uso de barras, anilhas e aparelhos 
de musculação deve ter uma duração em torno de 60-75 minutos por sessão e 
é interessante que a frequência seja de quatro dias por semana. Ainda, é possível 
adicionar treino com pliometria (para o trabalho de força explosiva). Nesse caso, o 
treinamento pliométrico deverá ter a duração de 30 minutos e ser realizado ao final de dois 
dos quatro dias de treino, em dias intercalados, a fim de evitar o overtraining. A sugestão 
acima é feita considerando um período normal de treinamento, cabe a você verificar a fase 
do treinamento da equipe e adaptar conforme a periodização de treinamento da equipe.
6 TESTES FÍSICOS 
Acadêmico, no Tópico 1, citamos alguns testes neuromusculares e outros 
metabólicos indiretos, os famosos testes de campo. Neste momento, porém, vamos 
discorrer sobre alguns deles de forma a explicar como alguns testes funcionam e seus 
objetivos, no que se refere às valências abordadas. 
158
Para fins de organização, traremos primeiramente alguns testes neuromuscula-
res, após outros testes metabólicos indiretos (os famosos testes de campo) e, por fim, fa-
laremos dos testes de laboratório. Porém, é importante deixarmos claro que, concordando 
com Wilmore e Costill (2001, p. 9), “poucos testes laboratoriais ou de campo podem avaliar 
com precisão todas as qualidades exigidas para que um atleta se torne um campeão”. 
6. 1 TESTES NEUROMUSCULARES
Acadêmico, conforme informado na introdução dessa unidade, a seguir, 
apresentamos informações importantes acerca de inúmeros testes físicos utilizados 
como parte do processo de treinamento em equipes de alto rendimento no voleibol.
Acompanhe com a gente!
6.1.1 Flexiteste
Inicialmente o flexiteste foi instituído em 1980, e, em 1986, sofreu alguns ajus-
tes. Após esses ajustes, configura-se um teste largamente utilizado quando se objetiva 
mensurar a mobilidade articular. O flexiteste tem como objetivo medir e avaliar a mobili-
dade passiva de 20 movimentos articulares unilaterais e 36 movimentos, se as medidas 
forem coletadas bilateralmente. As articulações abarcadas são aquelas do tornozelo, 
joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro. Dentro dessas articulações citadas, o 
flexiteste analisa oito movimentos dentre os membros inferiores, três movimentos de 
tronco e nove movimentos de membros superiores. 
Para acessar o mapa dos movimentos do flexiteste, acesse: https://bit.ly/3jRPI4r.
DICA
Para fins de concessão de pontuação, a atribuição é feita no sentido distal-
proximal (posição zero a mais distante da articulação) até o momento do surgimento da 
dor ou restrição ao movimento. Os movimentos são medidos individualmente. Segundo 
Berlezi (2001, p. 14) “em uma escala crescente e descontínua de números inteiros de 0 
a 4, perfazendo um total de cinco valores possíveis”. Caso o avaliado demonstre o limite 
do movimento entre dois valores, deve-se considerar sempre o valor mais baixo. 
Para que o avaliador realize a medida, ele solicita que o atleta execute de forma lenta 
o movimento que está sendo analisado, até que ele atinja o máximo de amplitude possível. 
Posteriormente, ocorre uma comparação entre os resultados adquiridos dentro do mapa 
159
de avaliação do flexiteste. Via de regra, é bastante fácil para o avaliador detectar o ponto 
máximo da amplitude do avaliado, devido à “grande resistência mecânica à continuação do 
movimento e/ou pela informação de desconforto local pelo avaliado” (BERLEZI, 2001, p. 14).
FIGURA 12 – TABELA DEAVALIAÇÃO DO FLEXITESTE
FONTE: . Acesso em: 30 mar. 2022.
Acadêmico, caso seja difícil realizar o teste com a medição das 20 
articulações, existe a opção chamada de Flexiteste Adaptado (FTA). Esse 
teste é composto pela avaliação de 8 ao invés de 20 movimentos. Você pode 
acessá-lo aqui: http://efartigos.atspace.org/flexibilidade/protocolo3.html.
DICA
160
6.1.2 Flexão até a exaustão
O teste de flexão de braços é um dos três mais usados para a aferição das forças 
e resistência nos membros superiores. Além dele, a puxada em suspensão na barra 
e a puxada em suspensão na barra modificada completam esse trio. Como medidas 
metodológicas para a aplicação do teste, temos em Marinho e Marins (2002, p. 220) que:
Para a aplicação do teste o avaliado deve se posicionar em decúbito 
ventral, com as mãos apoiadas no solo, com uma distância de 10 a 20 
cm a partir da linha dos ombros, com os dedos voltados para frente. 
O posicionamento das mãos sobre o solo não deve ser acima da linha 
dos ombros e, na posição inicial do movimento, o rosto deve permitir 
um alinhamento adequado entre o tronco e as pernas.
A seguir, acadêmico, é possível visualizar à esquerda a posição inicial do 
movimento e à direita a posição final.
FONTE: . Acesso em: 30 mar. 2022.
FIGURA 14 – POSIÇÃO INICIAL E POSIÇÃO FINAL DO MOVIMENTO – FEMININO
FONTE: . Acesso em: 30 mar. 2022.
FIGURA 13 – POSIÇÃO INICIAL E POSIÇÃO FINAL DO MOVIMENTO – MASCULINO
Ao ser aplicado com o público feminino, deve ser adaptado unicamente no 
sentido de que seja realizado com o apoio dos dois joelhos no solo. A aplicação do teste 
para o sexo feminino é modificada apenas pelo apoio dos joelhos sobre o solo. 
É interessante que o avaliado pratique o movimento anteriormente à realização 
do teste a fim de que exista um conhecimento prévio da mecânica do movimento, dessa 
forma, evitando resultados não fidedignos. Essa ação, porém, pode ter um resultado 
contrário ao causar fadiga muscular e, por sua vez, o resultado não corresponder ao 
potencial máximo de força/resistência do atleta. 
161
TABELA 13 – REFERÊNCIA PARA O TESTE DE FLEXÃO MASCULINO E FEMININO
FONTE: . Acesso em: 30 mar. 2022.
O resultado do teste é computado de forma bastante simples: contabiliza-se o nú-
mero máximo de movimentos que o avaliado consegue repetir dentro do tempo de um minu-
to. Como possíveis motivo para erros nesse teste, é possível indicar a execução incorreta do 
movimento. Nesse caso, recomenda-se que o teste seja interrompido e, posteriormente, re-
petido. Acadêmico, a seguir, veja os valores de referência para o teste de flexão até a exaustão.
6.1.3 Pliometria
Acadêmico, sobre a pliometria, comumente chamada de treino através de saltos 
com alto impacto, é correto afirmar que esse tipo de treinamento é bastante indicado 
para atletas de alto nível em esportes que necessitam movimentos de propulsão 
vigorosos, o que é sem dúvida o caso do voleibol. 
Os movimentos pliométricos requerem vários saltos no mesmo 
lugar ou saltos com ressalto (queda salto a partir de uma altura 
predeterminada) a fim de mobilizar as características inerentes de 
estiramento recuo do músculo estriado esquelético e sua modulação 
por meio do reflexo de estiramento ou miotático. Em outras palavras, 
162
o movimento pliométrico envolve o estiramento (alongamento) 
rápido seguido por encurtamento de um grupo muscular durante um 
movimento dinâmico (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2016, p. 791).
Acadêmico, quando você faz uso de treinamento por pliometria o que 
acontecerá como resultado é o aumento da força e da potência absolutas, 
uma vez que ocorre o aumento evidente da força responsável pela 
sobrecarga do músculo recrutado no exercício.
IMPORTANTE
Mcardle, Katch e Katch (2016, p. 128), ao comentarem sobre o princípio básico dos 
exercícios pliométricos e com saltos, informam que eles são formados por exercícios que:
absorvem o choque com os braços ou as pernas e, a seguir, contrair 
os músculos estriados esqueléticos imediatamente. Por exemplo, em 
uma série de saltos com agachamento, projete-se novamente no ar 
com a maior rapidez possível após ter alcançado o solo, enquanto, ao 
mesmo tempo, ambos os calcanhares são impulsionados na direção 
das nádegas. Os saltos mais rápidos proporcionam maior sobrecarga 
aos músculos. Em essência, o exercício pliométrico dinâmico “rápido” 
“treina” o sistema nervoso de modo a responder rapidamente a fim de 
ativar os músculos estriados esqueléticos.
A pliometria ocorre devido à sobrecarga ocasionada pelo movimento, que fará 
com que a resposta seja um alongamento forçado e muito veloz (essa é denominada a 
fase de estiramento ou fase excêntrica). Na sequência, ocorrerá a fase de encurtamen-
to ou fase excêntrica. Mcardle, Katch e Katch (2016, p. 792) sugerem que “o ciclo de 
estiramento encurtamento (CEE) representa um conceito importante que descreve 
de que maneira os músculos esqueléticos funcionam mais eficientemente nas ativida-
des locomotoras humanas irrestritas e diversas”, como durante um jogo de voleibol ou 
em uma aula de yoga. Aqueles que são a favor do uso da pliometria no treinamento de 
equipes julgam que seja alcançado um treinamento neuromuscular, ocasionado pelas 
contrações musculares. Também defendem que é possível aumentar a potência de de-
terminados músculos, além da performance, por meio de evoluções em termos de po-
tência nos saltos dentro dos esportes. No caso do voleibol, de grande valia na prepara-
ção para o saque em suspensão, o salto para o bloqueio e o salto para efetuar o ataque.
163
FIGURA 15 – ERGÔMETRO COM RESISTÊNCIA PARA EXERCÍCIO E TREINO PLIOMÉTRICO (CICLO DE 
ALONGAMENTO ENCURTAMENTO) E PROTOCOLOS DE PESQUISA
FIGURA 16 – TÉCNICA CORRETA PARA QUE OS ATLETAS REALIZEM O SALTO COM REBOTE
FONTE: Mcardle, Katch e Katch (2016, p. 793)
FONTE: Mcardle, Katch e Katch (2016, p. 795)
Acadêmico, a seguir, mostraremos como realizar a pliometria utilizando o peso 
do próprio corpo do atleta: 
• Na primeira imagem (A), você verá a técnica correta para que os atletas realizem o 
salto com rechaço (também chamado de salto com rebote). 
• Na segunda imagem (B), você identificará quatro diferentes formas de executar 
exercícios pliométricos. 
164
FIGURA 17 – QUATRO DIFERENTES FORMAS DE EXECUTAR EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS
FONTE: Mcardle, Katch e Katch (2016, p. 795)
6.2 TESTE METABÓLICOS INDIRETOS:
Acadêmico, em testes indiretos, veremos algumas opções para você, enquanto 
futuro técnico de voleibol em equipes de alto nível, poder fazer como meio auxiliar no 
treinamento físico e controle dessas valências em sua equipe.
Veja com a gente!
6.2.1 Corrida de 30 m e corrida de 20 m (teste w30m e 
teste w20m)
Nesses testes que objetivam detectar a velocidade de deslocamento dos 
atletas, os avaliados deverão se dedicar a realizar, no menor tempo possível, a distância 
escolhida pelo treinador. Sejam 30 ou 20 metros, ou ainda outra distância, a critério do 
treinador e/ou preparador físico.
Para realizar esses testes de velocidade, o ideal é realizá-lo em uma pista de 
atletismo, sendo que a quadra também poderá ser utilizada. O importante é que o local 
ofereça segurança aos avaliados, como não possuir desníveis no solo e oferecer o total 
da distância sem obstáculos, por exemplo. 
FIGURA 18 – ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DO TESTE DE 20 M
FONTE: . Acesso em: 7 fev. 2022.
165
FONTE: Gaya (2007, n. p.)
FONTE: Gaya (2007, n. p.
Como é possível ver na Figura 18, neste teste, devemos desenhar três linhas no 
chão, sendo: a primeira = o ponto de partida; a segunda o ponto de chegada e a terceira a 
referência para o avaliado iniciar a desaceleração do movimento. Devemos, também, usar 
dois cones para marcar cada uma das linhas e o tempo deve ser marcado em segundos e 
centésimos de segundo (exemplo: 2, 49 s.). A orientaçãodada ao avaliado é que ele deverá 
cruzar a terceira linha com o máximo de velocidade que lhe for possível (ACS, 1996).
TABELA 14 – VALORES DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE (20 METROS) PARA O SEXO 
MASCULINO
TABELA 15 – VALORES DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE (20 METROS) PARA O SEXO 
FEMININO
6.2.2 Vai e vem (protocolo de Léger)
O protocolo de Léger é utilizado para mensurar o consumo de VO2 (consumo 
máximo de oxigênio). Deve ser feita uma marcação no solo que demarque os dois 
pontos onde o avaliado deverá circular. A velocidade inicial é de 8,5 km e a cada fase 
há um aumento de 0,5 km. É composto por vários estágios crescentes de corrida, onde 
o avaliado começa com um trote suave e vai aumentando a velocidade, conforme a 
166
indicação sonora da gravação dos bips. A cada bip, o avaliado deverá estar sobre uma 
das linhas demarcadas no chão ou na quadra. Essas linhas estarão distantes entre si 
pela distância de 20 metros. O teste é finalizado quando o atleta não consegue manter a 
atividade ou quando ele sai do ritmo dos bips ao manter o sincronismo de chegada nas 
linhas, duas vezes consecutivas (LÉGER; LAMBERT, 1982).
FIGURA 19 – DISTÂNCIA PARA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE LEGER
TABELA 16 – RESULTADOS DE VO2 PELO PROTOCOLO DE LÉGER
FONTE: . Acesso em: 30 mar. 2022.
FONTE: . Acesso em: 30 mar. 2022.
Acadêmico, a seguir, confira a tabela utilizada para converter o estágio alcançado 
pelo avaliado em estimativa de valor de VO2.
167
Acadêmico, no link a seguir, você poderá acessar um vídeo excelente que mostra 
a aplicação do teste de VAI-E-VEM. Vale a pena conferir: https://bit.ly/3JWBdqo. 
Se desejar baixar apenas os “bips”, basta acessar este link: https://bit.ly/382cTpQ.
DICA
6.3 TESTES DE LABORATÓRIO
Acadêmicos, os testes de laboratório são sem dúvida os mais confiáveis em 
termos de fidedignidade de valores encontrados. Através deles, podemos obter dados 
sobre força explosiva, consumo de oxigênio, equilíbrio, força de membros superiores 
e inferiores de forma muito fiel, pois não intercorrem a esses testes problemas que 
ocorrem nos testes de campo. Podemos citar: erros na execução, erros na marcação e 
na aferição dos resultados, entre outros.
O que dificulta o uso dos testes de laboratório pela maioria das equipes é a 
questão financeira (uma vez que esses testes devem ser realizados mediante pagamento 
em clínicas particulares) ou convênios com universidades que possuam equipamento e 
pessoal qualificado. (WILMORE; COSTILL; 2001; MCARDLE; KATCH; KATCH; 2016). Ainda 
assim, Mcardle, Katch e Katch (2016, p. 361) dizem que “uma das vantagens dos testes 
realizados em laboratório é que o ambiente pode ser cuidadosamente controlado”.
A seguir, falaremos brevemente sobre dois desses métodos, por serem 
relacionados ao desporto que estamos estudando neste livro didático. No entanto, 
existem inúmeros outros, como o teste de espirometria, por exemplo.
6.3.1 Dinamometria isocinética
Esse aparelho registra o movimento articular, identificando os possíveis 
desequilíbrios e déficits musculares do atleta que podem levar a um desgaste prematuro 
das articulações. Através da análise, é possível obter dados de força, resistência 
muscular e potência. De posse desses dados, é possível organizar ou mesmo reorganizar 
o treinamento do atleta a fim de que ele atinja seu potencial máximo de treinamento.
168
FIGURA 20 – DINAMÔMETRO ISOCINÉTICO COMPUTADORIZADO
FONTE: . Acesso em: 24 jan. 2022.
6.3.2 Plataformas de força
Também chamadas de placas de força, são instrumentos através dos quais 
podemos medir a força de reação do solo que é gerada sob determinado ponto em pé 
ou através de movimento. São utilizadas para mensurar o equilíbrio e a força padrões de 
marcha na biomecânica. Ainda podem ser utilizadas para avaliar assimetrias de força e 
potência em salto unilateral, o que, no caso do voleibol, é de extrema importância, visto 
que esse movimento do salto vertical é uma demanda constante durante a partida e, 
uma vez identificada essa assimetria, a equipe poderá trabalhar de forma a corrigir esse 
problema e potencializar as ações de ataque do jogador. 
Nos testes de laboratório que utilizam a plataforma de força, é bastante comum 
serem adotados movimentos como: 
• O salto com contramovimento (CMJ), salto com agachamento (SJ). 
• O salto com queda (DJ). 
• O salto com rebote com contramovimento. 
• A puxada isométrica do meio da coxa (IMTP).
FIGURA 21 – PLATAFORMA DE FORÇA
FONTE: . Acesso em: 5 fev. 2022.
169
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A força geral é acionada quando recrutamos todos os grupos musculares, 
independente do esporte para o qual estamos desenvolvimento o treinamento. 
Quando, porém, nosso foco é trabalhar determinados grupamentos musculares 
específicos, temos o trabalho de força específica.
• Em adolescentes, é importante que antes de aprimorar os trabalhos da valência 
força, você dedique tempo do treinamento da flexibilidade, uma vez que é importante 
fortalecer as articulações nesse público para que seu corpo suporte os pesos de 
alteres e aparelhos com menor risco possível de lesões.
• Quando comparamos com o voleibol de quadra, é possível entendermos que 
a demanda pelo trabalho de força se faz ainda mais necessário, uma vez que o 
treinamento de força muscular pode auxiliar na melhora do desempenho de 
habilidades motoras como salto vertical segundo revisão pesquisa sobre o 
treinamento da força muscular.
• Podemos conceituar essa valência física como sendo uma característica inerente 
a raça humana. Queremos dizer que a resistência humana é composta pela inter-
relação entre fatores orgânicos, psíquicos e fisiológicos.
170
1 Sobre a valência física: para força, vimos vários conceitos e inclusive orientações de 
como você, enquanto treinador de equipe de alta performance no voleibol, poderá 
desenvolver/aprimorar essa valência física. Acerca da força muscular, classifique V 
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Qualquer ação que causa uma mudança no estado de movimento de um objeto. É 
o produto da massa de um objeto pela sua aceleração linear. 
( ) Do ponto de vista fisiológico, a força é a capacidade de exercer tensão contra uma 
resistência que ocorre por meio de diferentes ações musculares. 
( ) A força explosiva pode ser conceituada como aquela onde a força é aplicada com 
alta intensidade e na maior velocidade possível.
( ) A força máxima vai além da forma máxima e significa força máxima + força de reserva.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
a) ( ) V – V – V – F 
b) ( ) V – F – V – F.
c) ( ) F – V – V – F 
d) ( ) F – V – V – V 
2 Elencamos algumas informações referentes à força, em que fornecemos inúmeros 
conceitos e, além desses, dialogamos sobre considerações necessárias ao trabalho 
dessa valência física na rotina de trabalho de um treinador de voleibol. Levando em 
consideração essas reflexões, disserte sobre qual a outra valência física e porque ela 
deve ser trabalhada nos treinos anteriormente à força. 
3 Conforme demonstramos no decorrer da unidade, é possível melhorar o desempenho 
dos atletas voleibolistas nos fundamentos do esporte através de treinamento da 
valência força. Por exemplo, no fundamento do saque, conseguimos como resultados 
de um bom treinamento técnico de força melhores resultados em potência, impulsão e 
equilíbrio do atleta, além de melhoria no golpe em direção a bola, quando no saque em 
suspensão. Nesse momento, disserte sobre as melhorias que esse trabalho de força 
pode surtir nos atletas de equipes de voleibol no que se refere ao fundamento: bloqueio.
4 Sobre a valência física potência, podemos situá-la como de extrema importância 
tanto no voleibol de areia quanto de quadra, uma vez que, nesse esporte,as ações 
ocorrem de forma muito rápida e na potência o fator decisivo é a velocidade com 
a qual o atleta consegue superar determinada resistência. Sob essa perspectiva, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
AUTOATIVIDADE
171
( ) Para o desenvolvimento da potência é necessário executar o movimento 
passivamente ligado à força empregada. 
( ) No caso da potência acíclica, a carga de exercícios fica entre 50 e 80%, com o 
movimento sendo executado rapidamente. É recomendada a execução de quatro 
a seis séries, com intervalos de 3 a 5 minutos.
( ) Em se tratando da potência cíclica, a carga de exercícios fica entre 30 e 50% da 
máxima, sendo executadas em ritmo dinâmico, com até 10 repetições e intervalo 
de 5 minutos.
( ) Ao trabalharmos o aumento da força em nossos atletas, uma das consequências 
será a hipertrofia muscular.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – V – V – V. 
b) ( ) V – F – V – F.
c) ( ) F – V – V – F. 
d) ( ) F – V – V – V. 
5 Sobre a valência física velocidade, podemos afirmar que essa valência se refere a uma 
capacidade híbrida condicionada por todas as outras. É classificada em velocidade 
cíclica e acíclica com três fases para ambas as manifestações a saber: aceleração, 
velocidade máxima e resistência de velocidade. Sob essa perspectiva, classifique V 
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A velocidade de deslocamento se configura como fundamental da preparação 
condicional especial do atleta, sendo que essa valência representa o resultado 
parcial do processo de treinamento da equipe. 
( ) Bompa (2000; 2002) também entende que a velocidade se divide em duas grandes 
subdivisões, porém as chama de geral e generalizada. 
( ) Sobre o papel da percepção dentro desse contexto esportivo, temos em TANI et al. 
(1988) a reflexão de que esta capacidade se refere a organização das informações e 
que a percepção está condicionada a ações e experiências já vividas pelo indivíduo.
( ) A percepção está em processo contínuo de formulação e reformulação e conforme 
aumentamos as experiências motoras dos atletas, melhores habilidades eles 
demonstraram quanto a percepção, que consequentemente, tornará mais eficiente 
as ações do jogo de voleibol.
FONTE: BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed. São Paulo: Phorte, 2002.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – V – V – F. 
b) ( ) F – F – V – V.
c) ( ) F – V – V – F. 
d) ( ) F – V – V – V. 
172
173
TÓPICO 3 - 
PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO EM 
VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, seja bem-vindo a este último tópico da última unidade do livro 
didático da disciplina de Prescrição e Treinamento no Voleibol. Neste tópico, vamos 
mostrar que são cinco os princípios básicos do treinamento esportivo. O primeiro deles 
é a especificidade do treinamento, o segundo a individualidade biológica, o terceiro se 
refere aos estímulos empregados, o quarto está relacionado a sobrecarga e, por último, 
temos o princípio da adaptação. Além disso, falaremos que a periodização é importante 
para que você, enquanto treinador de voleibol, organize-se da melhor maneira possível 
para as seções de treinamentos, em função do tempo que possui e dos objetivos 
traçados em comum acordo com a comissão técnica da equipe. 
Conversaremos sobre os ciclos de treinamento, em que você perceberá que são 
divididos em três fases, a saber: microciclo, mesociclo e macrociclo. Perceberá ainda 
importantes informações acerca dos conceitos e dos objetivos desses três ciclos de 
treinamento. Por fim, apresentaremos dois modelos de periodização de treinamento. 
Nesses dois modelos, você terá acesso a importantes informações sobre ações e o 
momento certo de treinar cada uma das capacidades/habilidades de seus atletas.
UNIDADE 3
2 PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE PROGRESSÕES DE TREINO
Acadêmico, nesse momento, é importante resgatar fatores importantes sobre 
os quais viemos conversando desde a Unidade 1 deste livro didático. Sob esse prisma, 
lembramos da crucial importância de você estar ciente da necessidade de que, para 
que sua equipe de voleibol apresente evolução progressiva e atinja o padrão de equipe 
de alta performance, deverá considerar dentro do esquema de treinamento, tanto a 
preparação física, quanto a tática e a psicológica ciente da inter-relação constante 
entre elas e a evolução dos atletas e da equipe. 
Além disso, você deverá desenvolver o feeling para entender quando e como aplicar 
cada um dos treinamentos supracitados de forma a proporcionar os melhores resultados 
para sua equipe (HERNANDES, 2002). Conforme a bibliografia disponível, entendemos a 
existência de diversos métodos propostos por variados autores, porém para fins didáticos, 
neste livro, utilizaremos como referência a contemplação de dois grupos:
1. Princípios básicos do treinamento.
2. Periodização do treinamento.
174
2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO
Comecemos pelos princípios básicos do treinamento. Assim, a seguir, trazemos 
uma demonstração gráfica que contempla os princípios básicos do treinamento, 
segundo Hernandes (2002). 
O aquecimento geral do voleibol compõe-se das seguintes atividades: 
movimentar a coluna cervical (flexão, extensão, circundar o pescoço etc.), movimentar 
os membros superiores (flexão e extensão do ombro alternado, circundar os braços para 
frente e para trás etc.), movimentar a coluna torácica e lombar (flexão, extensão etc.) 
e depois os membros inferiores (flexão, extensão etc.), trote, deslocamento para frente 
com flexão e extensão do ombro de maneira alternada e outros (BARROS JÚNIOR, 1979; 
MARQUES JUNIOR, 2002 apud JUNIOR, 2017, p. 471). Após realizar alongamento(s). 
Acadêmico, quando falamos dos estímulos (na Figura 22) é importante 
deixar claro o fato de que, quando falamos dessa importante etapa do 
treinamento, devemos considerar as diferenças no tempo de recuperação 
dentro do treinamento de alta performance. Essa diferença tem o nome de 
heterocronismo de recuperação. Saiba mais sobre ele em: https://bit.ly/3vtUx9t. 
INTERESSANTE
FIGURA 22 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO
175
FONTE: Adaptada de Hernandes (2002)
É importante, acadêmico, entender que, além dos cinco princípios elencados 
como fundamentais ao treinamento no voleibol, você considere a planificação dos 
conteúdos, através da progressão do treinamento, considerando as teorias de 
treinamento e as variáveis fisiológicas.
Apenas com o uso da planificação somado às teorias e à consideração das variáveis 
fisiológicas é que seu treinamento terá maiores chances de ser completo. Além desses 
fatores que dependem da organização do treinador e da equipe técnica, é importante 
considerar o nível de comprometimento de seus atletas no contexto da evolução da equipe. 
Nesse sentido, temos nas palavras de Bôas (2008, p. 16) que
O atleta deve ter consciência do treinamento, e se interessar e compre-
ender os conteúdos aplicados. Este conhecimento deve ser acessível ao 
intelecto de cada atleta, podendo ser útil na aprendizagem e no aper-
feiçoamento de técnicas. A realidade do atleta é totalmente importante 
para o planejamento do treinamento, onde a não especificidade acarre-
tará o desgaste e a performance abaixo do nível esperado. 
A autora complementa dizendo que, para concretizar a situação acima, o 
treinador deverá aplicar de forma adequada o treinamento, levando em consideração 
tanto a correta distribuição das cargas de trabalho quanto à consideração e ao trabalho 
visando a qualidade de vida dos atletas (BÔAS, 2008). 
176
3 PERIODIZAÇÃO
A periodização refere-se à organização do treinamento da equipe ao longo do 
ano. O treinador deve organizar esse calendário antes do início da temporada, tendo 
em vistas as competições as quais sua equipe irá participar. Para Matveev (1977), a 
periodização refere-se à estruturação do treinamento de acordo com o ciclo atual de 
treinamento a fim deviabilizar adaptações fisiológicas e melhoria da técnica e da tática 
dos atletas, de forma a possibilitar o que esses atletas atinjam seu potencial máximo na 
competição. De posse dessa informação, deverá organizar da melhor maneira possível 
as seções de treinamentos em função do tempo que possui e dos objetivos traçados em 
comum acordo com a comissão técnica da equipe. Sobre a contextualização histórica 
da periodização do treinamento em esportes coletivos temos que:
Oliveira, Sequeiros e Dantas (2005), realizando uma revisão de literatura sobre o 
treinamento apontaram que a periodização do treinamento desportivo se modificou devido 
à evolução e as transformações nos esportes. Os autores, citando os estudos de Gomes 
(2002) distinguiram três etapas que norteiam a história dos modelos de planejamento: 
a) a primeira, com a sua origem até a década de 50, quando se inicia a sistematização 
do treinamento; b) a segunda, que é de 1950 até 1970, na qual os modelos clássicos do 
planejamento começam a ser questionados e aparecem novas propostas e; c) a terceira 
que é de 1970 até os dias atuais, que através de pesquisa sistemática se desenvolve novos 
conhecimentos sobre a preparação dos atletas (SEQUEIROS; OLIVEIRA; DANTAS, 2005).
É importante que a periodização seja feita de forma a priorizar a competição mais 
importante da equipe dentro da temporada, ou seja, o planejamento das atividades tanto 
técnicas, físicas e psicológicas deverão estar em seu maior potencial de performance no 
período iminente ao início dessa competição destaque dentro do calendário da equipe. 
A bibliografia nos mostra (MARQUES JR; 2014; WEINECK, 2003; JUNIOR; CARON, 2019) 
que a equipe deverá priorizar uma ou duas competições ao longo da temporada em 
função do fato de que é impossível uma equipe apresentar rendimento máximo por um 
período longo dentro da mesma temporada. 
Quando falamos em priorizar estamos nos referindo ao fato que o foco deverá 
chegar às competições elencadas como mais importantes do ano com o máximo do 
potencial da equipe. Porém, a participação em outras competições ao longo do ano se 
faz extremamente necessária ao processo de treinamento, e, uma vez que participar de 
outras competições, é importante para impor ritmo à equipe, além de trabalhar questões 
importantes relacionadas ao lado psicológico dos atletas, entrosamento, técnica e tática. 
TREINAMENTO NA PRÁTICA
Aplicabilidade: Voleibol de areia/quadra.
Nível dos atletas: Experientes.
Tipo de treino: Situacional.
Fundamento principal: recepção.
Fundamento secundários: Saque.
177
Atividade 1: executar vários saques em intervalos muito próximos.
Formação: posicione três jogadores no fundo de quadra e estes deverão efetuar a recepção 
dos saques que virão de outros atletas que estarão posicionados ao fundo da outra quadra. 
Informações importantes: os saques devem ser em suspensão e do tipo tênis e o 
intervalo entre um saque e o seguinte deve ser quase inexistente.
Tempo de atividade: alterne os três jogadores que estão na recepção por tempo (aproxi-
madamente 5 minutos) ou por número de saques (50 saques corretamente executados).
Sobre os tipos de periodização, temos o simples e o de dupla. A respeito deles, 
Weineck, (2003 apud BÔAS, 2008, p. 17) nos mostra que:
A periodização simples é apenas um período de competição durante o 
ano. A periodização dupla tem 2 períodos de competições, porém 5 perí-
odos de treinamento e não 6 como era de se esperar, porque 2 períodos 
se confundem (transição I com preparatório II), fazendo com que essa 
periodização somente dê resultados em atletas com alto rendimento, 
pois nos jovens, em formação pode ocorrer a especialização precoce.
Gomes (2004), por sua vez, sugere que a organização do treinamento da equipe 
seja dividida nas fases preparatória, competitiva e de transição e ainda sugere que, ao 
longo do ano, essas três fases podem ser repetidas de acordo com a proximidade das 
competições e a importância dessas para a equipe. 
A respeito dos três períodos mencionados, estes podem ser caracterizados da 
maneira a seguir:
FIGURA 23 – PERÍODOS DE TREINAMENTO
FONTE: As autoras
3.1 CICLOS DE TREINAMENTO
Sobre os ciclos de treinamento, temos a classificação a seguir:
178
FIGURA 24 – CLASSIFICAÇÃO DOS CICLOS DE TREINAMENTO
FONTE: As autoras
TABELA 17 – CARACTERÍSTICAS DOS CICLOS DE PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO
FONTE: Adaptada de Junior e Caron (2019, p. 235)
Cada um dos seguintes ciclos de periodização apresentam as seguintes características:
MICROCICLO MESOCICLO MACROCICLO
CONCEITO Corresponde a um pe-
ríodo curto de treina-
mento, geralmente de 
uma semana apenas.
Corresponde a um pe-
ríodo longo de treina-
mento que pode variar 
de duas a seis semanas. 
Corresponde ao 
planejamento com-
pleto da temporada.
OBJETIVO
O treinador deverá de-
senvolver o treinamen-
to de alguma questão 
tática ou técnica que 
precise de ajuste, com 
ênfase na técnica. 
Tanto os objetivos quan-
to as atividades nessa 
fase devem ser definidos 
em função da atual fase 
do treinamento (pré-
-competição, competi-
ção ou pós competição).
Abrange todas as 
fases do treinamen-
to (pré-competição, 
competição ou pós 
competição).
EXEMPLO(S) Tática defensiva (visto 
que o jogo será contra a 
equipe com melhor ata-
que da temporada);
Tática ofensiva (quan-
do a equipe adversária 
possui a melhor defesa 
do campeonato).
Quaisquer atividades do 
treinamento da equipe, 
respeitando a fase do 
treinamento.
Quaisquer ativida-
des do treinamento 
da equipe.
OBSERVAÇÃO Devem ser intercaladas 
entre si de modo a manter 
uma sessão de exercícios 
intensos e na seguinte 
dar mais ênfase a técnica 
para que dessa forma seja 
dado o tempo necessário 
à recuperação.
179
TABELA 18 – DISTRUBUIÇÃO DOS CICLOS DE TREINAMENTO AO LONGO DE 24 SEMANAS
FONTE: As autoras (2022)
A seguir, apresentamos o esquema que mostra a periodização, seguindo as 
informações contempladas neste livro didático. Sobre o microciclo, é correto afirmar que
a sequência ótima é aprender e aperfeiçoar a técnica com média 
intensidade; aperfeiçoar a técnica em intensidades submáxima 
e máxima; desenvolver a velocidade de curta duração (acima do 
limite); desenvolver a resistência anaeróbica; elevar a força utilizando 
uma carga de 90 a 100% de seu máximo; desenvolver a resistência 
muscular utilizando cargas médias e baixas; desenvolver a resistência 
muscular com intensidade alta e máxima; desenvolver a resistência 
cardiorrespiratória com intensidade máxima; desenvolver a resistência 
cardiorrespiratória com intensidade moderada (BOMPA, 2002, p. 176).
Sobre a constituição das atividades dentro do microciclo Weineck (2003, 
p. 64) relata que esse momento “deve ser constituído de forma que cada sessão de 
treinamento contenha exercícios específicos para o desenvolvimento de velocidade, da 
força rápida, técnica e coordenação, visando o desempenho ideal”.
SEMANA 1 microciclo
MESOCICLO
MACROCICLO
SEMANA 2 microciclo
SEMANA 3 microciclo
SEMANA 4 microciclo
MESOCICLOSEMANA 5 microciclo
SEMANA 6 microciclo
SEMANA 7 microciclo
MESOCICLOSEMANA 8 microciclo
SEMANA 9 microciclo
SEMANA 10 microciclo
MESOCICLOSEMANA 11 microciclo
SEMANA 12 microciclo
Hernandes (2002) afirma que cada mesociclo apresenta características 
individuais quanto ao volume, intensidade e duração. Defende ainda que a periodização 
simples apresenta apenas uma fase de pico de performance durante a temporada e 
que a dupla, por sua vez apresentará o dobro de picos de performance. O mesmo autor 
apresenta em forma de tabela exemplos de como funciona a periodização simples e em 
dupla. Vejamos a seguir:
180
TABELA 19 – DIFERENÇA NA RELAÇÃO INTENSIDADE/VOLUME NA PERIODIZAÇÃO SIMPLES E DUPLA
TABELA 20 – INTENSIDADE DE ACORDO COM A FASE DO TREINAMENTO
FONTE: Adaptada de Hernandes (2002)
FONTE: Adaptada de Hernandes (2002)
MESOCICLOS
BÁSICO
SIMPLES / 
DUPLA
PRÉ-
COMPETITIVO
SIMPLES / 
DUPLA
COMPETITIVO
SIMPLES / 
DUPLA
REGENERATIVO
SIMPLES / 
DUPLA
DURAÇÃOde suas operações e guerras, praticavam o voleibol como forma de lazer 
e aliviar o “stress”, o que deixava o pessoal em volta dos acampamentos 
curiosos em descobrir o que era que eles estavam jogando.
INTERESSANTE
esporte. Outro fator importante é que a modalidade surge de forma lúdica em decorrência 
da necessidade de criação de atividades para atender inverno americano, já que, até 
aquele momento, quase não existia atividades para se praticar em ginásios.
FIGURA 1 – WILIAM MORGAN
FONTE: . Acesso em: 1 out. 2021.
A disseminação aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte 
detém uma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), é 
a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. O Canadá foi o 
primeiro país a difundir e praticar a modalidade esportiva fora dos Estados Unidos da América.
De acordo com Marchi Junior (2015), o voleibol chega no Brasil em 1915, a 
primeira partida aconteceu no Colégio Marista de Pernambuco. Outros dizem que foi na 
ACM de São Paulo, em 1916. 
5
FIGURA 2 – FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEIBOL
FIGURA 3 – CONFEDERAÇÃO BRASILERIRA DE VOLEIBOL (CBV)
FONTE: . Acesso em: 2 out. 2021.
FONTE: . Acesso em: 2 out. 2021.
- Institucionalização 
Entre 18 e 20 de abril de 1947, em Paris, 14 Federações Nacionais fundam a 
FIVB. (Fédération Internationale de Volleyball), cuja sede fica situada em Paris, e tem como 
presidente eleito, o francês Paul Libaud. 
As regras americanas e europeias existentes sobre esse desporto chegam a um 
consenso com o processo de criação de uma federação internacional. O voleibol passa 
a ser praticado de forma institucionalizada, ou seja, o jogo era praticado com regras 
oficiais mundiais, o que possibilitaria, no futuro, competições em nível internacional, como 
posteriormente aconteceu.
- Nacionalização
No Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é a responsável pelo vôlei 
em todo o território nacional com o auxílio de todos os estados através das federações 
estaduais de voleibol, sendo fundada em 16 de agosto de 1954.
A capacidade de administração e gestão do voleibol pela CBV em território nacional 
tem uma organização que levaria, no futuro, a ser reconhecida como a melhor confederação 
de esportes do país e um exemplo para outras confederações, tanto no Brasil, como no 
exterior. O resultado dessas ações no campo da gestão e administração é que, atualmente, 
o presidente da FIVB é o brasileiro Ari Graça.
6
Segundo a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o voleibol como prática 
esportiva de massa vem revelando eficiência, evidenciando em seus praticantes o 
desenvolvimento físico, motor, social e psicológico (CBV, 2016, 1999), e, em consequência 
disso, o voleibol é considerado o segundo esporte de maior aceitação entre os jovens. O 
voleibol brasileiro constrói uma expectativa de futuro com as ações do passado e se consolida 
como uma das modalidades mais conhecidas e praticadas entre os brasileiros. 
Você sabia que o Brasil é o país no qual mais se pratica o esporte, seguido 
da Rússia e Estados Unidos, segundo dados da Federação Internacional de 
Vôlei Internacional?
INTERESSANTE
2.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NA QUADRA
O Brasil vem se consagrando como uma das potências mundiais na modalidade, 
obtendo excelentes resultados em campeonatos internacionais ao longo de sua história 
(DAIUTO, 1964). 
No ano de 1992, na cidade de Barcelona, o voleibol nacional conquista seu 
primeiro campeonato olímpico com o time masculino, o que o consolidou como o 
segundo esporte nacional. 
FIGURA 4 – BRASIL, CAMPEÃO OLÍMPICO EM BARCELONA
FONTE: . Acesso em: 3 out. 2021.
7
FIGURA 5 – CALIFORNIA BEACH VOLEYBALL ASSOCIATION (CBVA)
FONTE: . Acesso em: 3 out. 2021.
Atualmente, o voleibol brasileiro acumula cinco títulos olímpicos nas quadras. Sendo 
eles em 1992, 2004 e 2016, com a seleção masculina nas cidades de Barcelona, Atenas e Rio 
de Janeiro; e em 2008 e 2012, com a seleção feminina em Pequim e Londres (CBV, 2018).
3 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE PRAIA
Variação natural do vôlei, a modalidade praticada na areia foi inventada em 1895, 
nos Estados Unidos. Dispostos a praticar o esporte na praia, nas areias da Califórnia, os 
pioneiros começaram a dar seus saques e cortadas em 1920. Aos poucos, a modalidade 
foi ganhando adeptos dentro e fora dos Estados Unidos, até que, em 1947, foi realizado o 
primeiro torneio oficial de vôlei de praia. Em 1950, surgiu o primeiro circuito, com etapas 
em cinco praias californianas. 
Em meados de 1960, foi criada a California Beach Volleyball Association (CBVA). 
Na década de 1980, o esporte foi difundido em todo o mundo. No Brasil, atletas olímpicos 
consagrados trocaram quadras pelas areias, iniciando a paixão pela modalidade. 
Com inúmeros praticantes em todo o mundo, o voleibol de praia se tornou uma 
modalidade olímpica nos Jogos Olímpicos, mas especificamente, em Atlanta, no ano de 1996.
No Brasil, a modalidade passou a ser praticada na década de 1930, de forma 
amadora, nas praias de Copacabana e de Ipanema, no Rio de Janeiro. Durante as décadas 
seguintes, o vôlei de praia ganhou milhares de adeptos no país, mas era encarado como 
mera brincadeira de fim de semana. 
Isso mudou a partir de 1986, quando se realizou o Hollywood Volley, em 
Copacabana e em Santos (SP), com a participação de atletas brasileiros e internacionais. 
Oficializado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), após o Hollywood Volley, 
o vôlei de praia teve o seu primeiro Campeonato Mundial disputado nas areias de 
Ipanema, em 1987. A dupla Sinjin Smith/Randy Stoklos, dos Estados Unidos, conquistou 
8
o título, enquanto dois astros da Geração de Prata do vôlei de quadra brasileiro, Renan 
e Montanaro, foram os brasileiros mais bem colocados, terminando em terceiro lugar. 
Estava aberta a porta para a evolução de uma modalidade que hoje ocupa posição de 
destaque no cenário esportivo brasileiro.
FIGURA 6 – BRASIL, CAMPEÃO E VICE-CAMPEÃO OLÍMPICO DE VOLEIBOL DE PRAIA EM ATLANTA
FONTE: . Acesso em: 12 out. 2021.
3.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NO VOLEIBOL DE PRAIA
O Brasil, em sua estréia, em jogos olímpicos, na cidade de Atlanta, no ano de 1996, 
com o voleibol de praia feminino, conquistou a medalha de ouro com as atletas Jackie Silva e 
Sandra Pires, e a medalha de prata com Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. 
Nas areias, o Brasil conquistou três medalhas de ouro. No feminino, em 
Atlanta/1996, com Jacqueline/Sandra; no masculino, em Atenas/2004, com Ricardo/
Emanuel, e no Rio 2016, com Alison/Bruno. Além desses títulos, são mais dez medalhas no 
voleibol de praia, sete de prata e três de bronze (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Caro, acadêmico! Você sabia que um atleta de vôlei de praia em uma partida 
de três sets, realiza 300 saltos em média?
INTERESSANTE
9
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Em 1895, através da Associação Cristã de Moços (ACM), nasceu o voleibol. 
• O voleibol foi idealizado por William Morgan, na cidade de Holyoke, em Massachussets, 
Estados Unidos da América.
• Willian Morgan, percebendo o basquete como uma modalidade esportiva desgastante 
e cansativa, procurou desenvolver a modalidade de maneira que jovens e idosos 
pudessem praticá-la com tranquilidade.
• O voleibol iniciou de forma lúdica e rapidamente se difundiu em todo território 
mundial.
• No Brasil, o esporte teve grande aceitação e destaque em competições. 
• Os primeiros títulos e as atuais medalhas do esporte. Os títulos e medalhas 
alcançadas no esporte.
RESUMO DO TÓPICO 1
10
1 A disseminação do voleibol aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte 
detém(em meses)
4 / 2 e 1,5 4 / 1 e 2 3 / 1,5 e 2,5 1 / 1,5
INTENSIDADE 60 a 80% 70 a 90% 80 a 100% 50 %
VOLUME 80 a 100% 70 a 90% 50 a 70% 50 %
Ainda, segundo Hernandes (2002), temos o entendimento do autor a respeito 
da relação entre as diferentes intensidades de treinamento, que devem ser trabalhados 
com a equipe, de acordo com a fase de treinamento, conforme visualizamos a seguir:
INTENSIDADE
PREPARAÇÃO 
BÁSICA
PREPARAÇÃO 
PRÉ-
COMPETITIVA
PREPARAÇÃO 
COMPETITIVA
PREPARAÇÃO 
REGENERATIVA
FRACA 60% 70% 80% 50%
MÉDIA 65% 75% 85% 0%
FORTE 70% 80% 90% 0%
MUITO FORTE 80% 90% 100% 0%
Finalizamos com a indicação de Hernandes (2002) sobre o que o autor entende 
como ideal a respeito dos volumes de treinamento que você deverá trabalhar em cada 
fase da preparação de sua equipe de voleibol. 
A relação entre o volume e intensidade de treino deverá ser sempre 
inversamente proporcional. Ou seja, quando você aplicar um treino com 
elevado volume de atividades, deverá pegar leve na intensidade desses 
exercícios. Quando você trouxer muitos exercícios no treino, deverá reduzir 
a intensidade dos mesmos comparados a outros treinos.
IMPORTANTE
181
TABELA 21 – VOLUME DO TREINAMENTO POR TIPO DE TREINAMENTO
FONTE: Adaptada de Dantas (1998)
TABELA 22 – PROPORÇÃO DO TREINAMENTO DE EQUIPES NAS QUATRO ETAPAS DA PERIODIZAÇÃO
FONTE: Adaptada de Borsari (1989)
TIPOS DE PERIODIZAÇÃO
PERÍODO PREPARATÓRIO
FASE BÁSICA / 
FASE ESPECÍFICA
PERÍODO DE COMPETIÇÃO
TÁTICA 0% 20% 40% 
TÉCNICA 40% / 40% 40%
FÍSICA 60% / 40% 20%
Borsari (1989) apresenta a periodização para o voleibol segundo quatro etapas 
nas proporções demonstradas a seguir:
1ª ETAPA 2ª ETAPA 3ª ETAPA 4ª ETAPA
FÍSICO PURO 30% 20% 10% 10%
FÍSICO TÉCNICO 30% 30% 30% 20%
TÉCNICO PURO 30% 20% 10% 10%
TÉCNICO TÁTICO 10% 20% 30% 30%
TÁTICO PURO 0% 10% 20% 30%
A respeito da divisão apresentada, a seguir, temos a explicação do treinamento 
proposto por Borsari (1989):
A primeira é definida como de avaliação e preparação básica; a segunda 
fase é a consolidação da base do condicionamento físico, aliada a parte 
técnica e introdução da armação tática, mas o nível da equipe tem que 
ser adequado a tática utilizada; a terceira fase é de desenvolvimento 
do plano físico e técnico, do apuro das fases do jogo e da adequação 
35 tática dos valores comprovados na equipe, iniciando-se jogos, 
treinos e amistosos para o ajuste da equipe; a quarta fase é a de apuro 
tático, manutenção física e adequação técnico-tático para disputa dos 
campeonatos e torneios (BÔAS, 2008, p. 34-35).
Caso ocorra a repetição de fases, o autor sugere que sejam utilizados com maior 
ênfase as fases preparatória e competitiva.
A seguir, perceba a proposta do autor seguindo os tópicos por ele considerados: 
preparação física, tática, psicológica, médica e complementar.
182
TABELA 23 – PROPOSTA DE PERIODIZAÇÃO DE GOMES
FONTE: Adaptada de Gomes (2004)
PREPARAÇÃO/
FASE
BÁSICA ESPECÍFICA
FÍSICA
- Desenvolvimento das quali-
dades físicas de base, a saber: 
Resistência aeróbia; Resistência 
Muscular Localizada; Flexibilida-
de; Força dinâmica.
- Formação corporal ampla.
- Desenvolvimento das qualida-
des físicas requeridas especifi-
camente para a prática do des-
porto considerado: 
Força explosiva; Resistência 
Anaeróbia; Velocidade de deslo-
camento.
- Manutenção das qualidades fí-
sicas básicas.
TÉCNICO/TÁTICA
- Assimilação e ampliação da base 
teórica da atividade desportiva.
- Reestruturação e aperfeiçoamen-
to de gestos esportivos específicos.
- Correção e sedimentação da 
técnica do atleta.
- Assimilação e aperfeiçoamento 
das novas técnicas. 
- Assimilação de novos gestos 
táticos.
PSICOLÓGICA
- Diagnóstico e terapia de pro-
blemas individuais ou no grupo.
- Aumento da capacidade de su-
portar uma crescente carga de 
trabalho.
- Correções das possíveis distor-
ções do relacionamento comis-
são técnica-atleta.
- Elevação do nível geral das 
qualidades técnicas.
- Desenvolvimento da competi-
tividade.
- Aplicação de técnicas de trei-
namento mental.
- Utilização do treinamento em 
condições de estresse.
- Organização do treinamento 
em condições próximas às reais.
MÉDICA E 
COMPLEMENTAR
- Medidas preventivas de lesões 
e doenças.
- Acompanhamento médico de 
rotina.
- Tratamento de problemas de 
saúde manifestos e prevenção 
de vulnerabilidades.
- Correção no planejamento de 
questões logísticas.
- Prevenção da fadiga.
- Recuperação de lesões.
Para que você e a equipe técnica de sua equipe tenham um controle exato sobre a 
evolução da equipe, tanto em questões técnicas, quanto táticas é importante que façam uso 
de scout. Ou seja, planilhas ou softwares de monitoramento de sistemas e fundamentos. 
183
Sabemos que no desporto, voleibol se caracteriza como um esporte de ações 
compostas por esforços intensos de curta duração seguidos de pausas, portanto, o metabolismo 
anaeróbico é o grande fornecedor de energia, por esse motivo deve ser considerado como o 
mais importante a ser desenvolvido dentro da periodização do treinamento desse esporte. 
Nessa mesma linha de pensamento, Hernandes (2002) afirma que:
a participação dos diferentes sistemas energéticos no voleibol de quadra 
é estimada em 75% do sistema anaeróbio alático, 20% do anaeróbio lático 
e 5% somente do sistema aeróbio. Observando estas proporções, de 
acordo com a teoria da especificidade, devemos priorizar o treinamento 
anaeróbio alático, não esquecendo é claro do aprimoramento da 
capacidade aeróbia que deve ser trabalhada dentro da periodização do 
treinamento (HERNANDES, 2002 apud BÔAS, 2008, p. 30).
O mesmo autor menciona ainda que devemos considerar de forma especial o 
trabalho das valências físicas: força (devido à constante demanda dessa valência nos 
saltos característicos desse esporte nas cortadas, bloqueios e saques. Hernandes (2002) 
cita a importância de aprimorarmos constantemente a flexibilidade em nossos atletas, 
uma vez que essa capacidade física está intimamente ligada à melhoria da velocidade 
de reação, demanda essencial no voleibol. 
TREINAMENTO NA PRÁTICA
Aplicabilidade: voleibol de areia/quadra.
Nível dos atletas: experientes.
Tipo de treino: situacional.
Fundamento principal: recepção.
Fundamento secundários: saque.
Atividade 2: O técnico ou assistente se posiciona em cima de uma plataforma 
no meio da quadra do lado oposto e faz ataques direcionados para os jogadores 
recepcionarem nas posições 5, 6 e 1.
Formação: alterne os três jogadores que estão na recepção por tempo (aproximadamente 
4 minutos) ou por número de ataques (40 ataques corretamente executados).
Informações importantes: alterne a pessoa que executa os saques.
Tempo: alterne o jogador que está na recepção por tempo (aproximadamente 4 minutos), 
ou por número de ataques recebidos (40 cortadas corretamente executadas).
Acadêmico, embora a bibliografia ofereça destaque ao treinamento anaeróbico alático, 
lembre-se de desenvolver em seus ciclos de treinamento também exercícios aeróbicos. 
Dê preferência aos intervalados. Finalizando as demandas determinadas pelos autores 
consultados como obrigatórias na periodização, temos nas palavras de Weineck (2003 apud 
BÔAS, 2008, p. 30-31) que “devem ser realizados exercícios de alongamento para os músculos 
terem mobilidade, pois o alongamento é importante na regeneração do tônus muscular e na 
aceleração da recuperação após competição”. Na Tabela 7 deste livro didático, apresentamos a 
proposta de Dantas (1998) acerca da distribuição do volume de treinamento entre físico, técnico 
e tático. A seguir, porém, apresentaremos uma divisão entre esses aspectos e acrescentaremos 
o treinamento psicológico. Além disso, a tabela a seguir foi elaborada levando em consideração 
os diferentes estágios do desenvolvimento dos atletas de acordo com suas categorias.
184
TABELA 24 – DISTRUBUIÇÃO DO TREINAMENTO EM VOLEIBOL, POR IDADE.
FONTE: Adaptada de Junior e Caron (2019, p. 240)
ATÉ OS 13 ANOS DOS 14 AOS 16 ANOS ACIMA DOS 16 ANOS
FÍSICO 13,3% 25,7% 39,9%TÉCNICO 38,5% 25,1% 16,3%
TÁTICO 19% 27,6% 30,1%
PSICOLÓGICO 29,2% 21,6% 13,7%
No site de Voleibol de Santa Catarina, você encontra gratuitamente modelos 
de scout para Curvas de fundamentos, de observação, de macrociclo e de 
mesociclo: https://bit.ly/3xynO5A. Outra dica é o app disponível no Google 
Play: Volleyball Scout. Aproveite!
DICA
Entendemos que a bibliografia é vasta e que este tema gera inúmeras divergências 
quando a especificidades que podem variar, de acordo com a bibliografia estudada. Justificamos 
nossa adoção dos autores citados por serem os que, em nosso entendimento, fornecem uma 
excelente abordagem da temática. Na sequência, traremos dois modelos de periodização para 
equipe de alto rendimento no voleibol. Como primeiro exemplo, trabalhamos com a periodização 
tradicional, desenvolvida por Matveev (1997), abordando a preparação para esportes coletivos e 
que determina em suas proposições feitas nas décadas de 1940 e 1950, que:
A periodização tradicional é composta pelo período preparatório, pelo 
período competitivo e pelo período de transição. O período preparatório 
visa treinar o esportista para as futuras disputas, sendo constituído pelo 
período preparatório de preparação geral e pelo período preparatório 
de preparação especial. O período competitivo acontece nas disputas 
e o período de transição ocorre descanso ativo com a perda da forma 
esportiva (FORTEZA, 2004 apud API, 2019, p. 36).
A respeito da supracitada proposição de periodização de treinamento, a seguir, 
temos a apresentação de características distintas de cada um desses períodos de 
treinamento, de acordo com Hernandes (2002).
Indicamos o artigo de Junior, N. K. M. “Periodização contemporânea no 
voleibol: uma revisão dos Sinos Estruturais de Forteza”. Disponível em: https://
bit.ly/3xAveFh, caso tenhas interesse em conhecer a periodização nesse 
modelo de treinamento. Boa leitura!
DICA
185
TABELA 25 – SUGESTÃO DE ATIVIDADES POR CICLOS DE TREINAMENTO
A seguir, fornecemos sugestões em forma de resumo de como você poderá 
organizar as atividades dentro de cada período de treinamento de sua equipe. 
Lembrando que há mais de uma opção para elaboração de periodização e, portanto, 
diferentes modos de compor os ciclos de treinamento para equipes de voleibol de alto nível. 
Você, acadêmico, enquanto treinador necessita conceder atenção especial à estrutura da 
carga de treino que proporá a sua esquipe. Ao longo desse livro didático, comentamos a 
importância de você sempre atualizado com relação aos modelos de treinamento, além 
dos exercícios e da periodização em si dentro do seu esporte. Especificamente, no caso da 
periodização tradicional, é importante salientar que ela faz uso da síndrome da adaptação 
geral (SAG), a fim de guiar você rumo à correta prescrição da carga de treino. Como crítica a 
esse sistema de treinamento, temos nas palavras de Kiely (2018 apud MARQUEZ; GOMES; 
HENRRIQUE, 2019, p. 47) “que somente esse conteúdo com essa finalidade torna muito 
limitado entender o efeito da carga de treino nas respostas neurofisiológicas do atleta”.
PERÍODO DA TEMPORADA/
TIPO DE TREINAMENTO
COMPONENTES
B
Á
S
IC
O
P
R
É
-C
O
M
P
E
T
IT
IV
O
C
O
M
P
E
T
IT
IV
O
R
E
G
E
N
E
R
A
T
IV
O
FORÇA
Sessões de treinamento com pesos, 
pliometria e lançamentos de medicine 
ball realizados na sala de musculação.
x x
TÉCNICO
Sessões de treinamento para desen-
volvimento dos fundamentos saque e 
passe, levantamento, bloqueio e defe-
sa fora do formato de jogo.
x x x
TÉCNICO-TÁTICO
Sessões de treinamento que utilizam 
formato de jogo com regras adaptadas 
para desenvolvimento dos fundamen-
tos técnicos e táticos.
x x x
JOGO Realização de amistosos e jogos oficiais. x x
CONDICIONANTES
Sessões de exercícios aeróbicos (ativida-
des de deslocamento) para desenvolver/
aprimorar velocidade e resistência.
x x x x
FONTE: As autoras (2022)
186
Finalizando a discussão acerca da periodização de que faz uso da SAG, temos que:
Marques Junior (2017b) acrescentou mais conteúdo sobre a SAG, 
conforme o tipo de treino que o esportista realiza é necessário do 
treinador averiguar a SAG que está relacionada com aquele treina-
mento. Por exemplo, uma equipe de voleibol treinou por 3 meses 
sessões de variação ofensiva, merecendo que o técnico verifique 
a evolução pela análise do jogo e através das mudanças corticais 
que podem ser detectadas pelo neurofeedback. (MARQUEZ; GOMES; 
HENRRIQUE, 2019, p. 47).
Anteriormente, anunciamos a primeira das três ferramentas possíveis para 
avaliação e trabalho no voleibol de alto nível; o neurofeedback. Dando sequência à 
anunciada segunda ferramenta, temos o artigo de Marquez, Gomes e Henrrique (2019), 
com o tema “A informação sobre a ferramenta do scout”. Acerca dele, os autores citam 
Regal, Moraes e Daniel (2006), informando que eles fizeram uso da periodização de 
Matveev e tiveram como ferramenta de análise de resultados das respostas fisiológi-
cas através de alguns testes cineantropométricos, já a análise do jogo foi feita através 
do uso de scout. Ao encontro desses estudos, temos em Afonso, Nikolaidis, Sousa e 
Mesquita (2017), o uso dos testes cineantropométricos, para a detecção das varia-
ções fisiológicas em atletas de alto nível no voleibol. 
TREINAMENTO NA PRÁTICA
Aplicabilidade: voleibol de areia/quadra.
Nível dos atletas: experientes.
Tipo de treino: situacional.
Fundamento principal: recepção.
Fundamento secundários: saque.
Atividade 3: Colocado um plástico preto da borda superior da rede até o chão 
para impedir que o atleta visualize a trajetória da bola até que ela ultrapasse a 
borda superior da rede.
Formação: posicione um jogador apenas no fundo de quadra, que deverá realizar a 
correta recepção de todas as bolas que forem sacadas da quadra adversária. 
Tempo: alterne o jogador que está na recepção por tempo (aproximadamente 3 minutos) 
ou por número de saques (30 saques corretamente executados).
Caso queira saber mais sobre o NEUROFEEDBACK – ativação cerebral – aí vai 
um superartigo que aborda este instrumento dentro dos estudos do voleibol 
de elite. Ciência e tecnologia aplicada à melhoria do desempenho esportivo. 
Disponível em: https://bit.ly/3vtTxSJ.
INTERESSANTE
187
COMPARAÇÃO DA CARGA DE TREINAMENTO DE ATLETAS PROFISSIONAIS ENTRE 
MODOS DE TREINOS ESPECIFICOS DO VOLEIBOL E DE FORÇA
B. S. H. de Faria
Introdução 
A importância de uma periodização bem planejada e bem executada é 
amplamente difundido na literatura científica e entre os profissionais do esporte a, sendo 
um dos fatores determinantes para atingir elevado condicionamento físico e um bom 
desempenho esportivo. Para se atingir o alto nível de desempenho físico e esportivo, a 
quantidade ou carga de treinamento (CT) ideal deve ser considerada, tornando necessário 
o controle das variáveis que a constitui, podendo ser compreendida separadamente 
segundo o modelo de Impellizzeri et al. em carga externa (CET) – treinamento prescrito 
pelo treinador no que abrange a quantidade (volume), qualidade (intensidade), ou seja, a 
periodização em si, e em carga interna de treinamento (CIT) – nível de estresse imposto 
ao organismo, provenientes das adaptações promovidas pelo treinamento. 
Desse modo, a análise desta relação entre a CET e a CIT pode determinar a 
quantidade ideal de treinamento necessário para atingir o desempenho máximo e 
minimizar os efeitos negativos da carga de treinamento excessiva. 
A maioria dos estudos sugere métodos de obtenção de CIT que usam a percepção 
subjetiva de esforço percepção subjetiva do esforço da sessão (PSE da sessão) e frequência 
cardíaca (FC), pelo fato de apresentarem maior aplicabilidade. Em se tratando do método 
de quantificação de carga de treinamento pela PSE da sessão, proposto por Foster et al., 
exige-se o cálculo do produto entre os indicadores de percepção de esforço exercido da 
sessão descritos na escala e a duração da sessão de treino em minutos, método este o mais 
acessível para quantificação da CITpor apresentar praticamente nenhum custo financeiro. 
Os métodos de quantificação da CIT vêm sendo mais estudados em determinados 
esportes coletivos, como o rugby, futebol americano e o futebol. De forma em geral, nos esportes 
coletivos o controle da carga de treinamento dos atletas pode ser um pouco mais complexo 
para comissão técnica, uma vez que, as sessões de treinamento em grupo são necessárias e 
predominantes. Isso pode gerar consequências negativas pelo excesso de CIT em alguns atletas 
ou ao contrário, podem não atingir a carga de treinamento planejada e, consequentemente, 
queda ou estagnação do desempenho, conforme o princípio da individualidade biológica ou 
devido a diferentes níveis de condicionamento físico entre os atletas. 
LEITURA
COMPLEMENTAR
188
Estas desvantagens potenciais de treinamento de esportes coletivos devem 
chamar a atenção para a necessidade em se utilizar um método válido mais acessível 
para quantificar com precisão a CIT individual e coletiva em vários tipos de treinamentos 
específicos de cada modalidade. O desenvolvimento do entendimento dos diferentes 
métodos adequados para quantificar cargas de treinamento individualizados e em treinos 
e isolados em atletas é essencial para a promoção da adaptação fisiológica positiva. 
Dentre dos esportes de quadra, o basquetebol é o mais frequente nas 
investigações científicas de carga de treinamento, estando à frente do voleibol e tênis, por 
exemplo. Entretanto, apesar de vários estudos utilizarem métodos de quantificação de CIT 
em diferentes delineamentos, ainda são raros os estudos que analisaram, descreveram e 
compararam os efeitos de vários tipos de treinamentos específicos de um esporte na CIT. 
O estudo de Scanlan et al. é o exemplo mais clássico, que demonstrou respostas 
significativas da CIT, tanto pelo método PSE da sessão, quanto no método de FC em 
treinos específicos isolados de basquetebol (condicionantes básicos, condicionante 
específico e jogos/táticos), verificando também, correlações da carga de treinamento pela 
PSE de forte magnitude com os métodos de FC. No voleibol, uma parcela significativa dos 
trabalhos físicos realizados com esforços de curta duração em alta intensidade, utilizaram 
predominantemente o metabolismo alático como fornecimento de energia na modalidade. 
Neste sentido, esforços de alta intensidade e curta duração associados a treinos 
técnico-táticos podem ter maior exigência do sistema nervoso central, que pode ser 
representada por uma percepção de esforço mais alta, através de uma escala, como 
da PSE da sessão. Conforme o modelo de Borg, o entendimento fisiológico da PSE é 
pautado no pressuposto de uma relação integrativa entre sinais periféricos de receptores 
metabólicos musculares e articulares e quimiorreceptores centrais, que promovem uma 
interpretação de esforço realizado no córtex sensorial, gerando a percepção geral e/ou 
local do esforço para a realização de uma determinada tarefa. 
Recentemente, Marcora et al. agregaram nesse modelo alguns fatores que 
podem influenciar o aumento da PSE em si, como a duração da sessão e outro fator mais 
adverso a complexidade imposta na tarefa. Assim sendo, se faz necessário conhecer 
essas diferentes respostas da CIT em diferentes treinos específicos de outros esportes, 
como técnicos e técnico-táticos voleibol, que podem influenciar na PSE da sessão com 
volumes diferentes e ou semelhantes, e por fim influenciar no processo de treinamento 
como todo. Portanto, o objetivo do presente estudo foi comparar respostas da CIT, PSE 
e tempo de duração da sessão entre tipos de treinos específicos do voleibol e de força.
Métodos
189
Participantes Participaram do estudo 28 jogadores (Idade 26,6 ± 4,7 anos; 
Massa corporal 91,5 ± 8,5 Kg; Estatura 194,1 ± 6,0; IMC 22,0 ± 7,5 Kg/m²) profissionais 
da uma equipe de voleibol masculino. Todos os atletas foram submetidos à avaliação 
antropométrica para caracterização da amostra. 
Os dados foram coletados através de 29 sessões de treinamento técnico, 84 
sessões de treinamento técnico-tático e 75 sessões de treinamento de musculação. As 
especificações do conteúdo abordado em cada tipo de treinamento encontram-se no 
quadro 1. Como critérios de inclusão e exclusão de voluntários para amostra do estudo, 
foram padronizados os seguintes parâmetros; uma frequência mínima 75% de todas as 
sessões e com 75 % de tempo em quadra de cada sessão seriam incluídos e qualquer 
atleta retornando de lesão ou lesionado, independente do grau da lesão seriam excluídos. 
Todos os atletas da presente amostra atenderam esses pré-requisitos. Os 
procedimentos do estudo respeitaram as normas internacionais de experimentação com 
humanos conforme a Declaração de Helsínquia (1975), sendo aprovado pelo Comitê de 
Ética com Pesquisa em Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora sob o parecer 
nº 278/2010. Os atletas assinaram um termo de consentimento autorizando a coleta e a 
divulgação dos dados. Como critério de inclusão, os jogadores deveriam estar em processo de 
treinamento e participando das competições. Plano e estrutura das sessões de treinamento.
Os atletas foram monitorados durante todas as fases da periodização, da pré-
temporada à temporada competitiva. As sessões treinos consistiam em aquecimento, 
trabalho de força na musculação ou de quadra separados. No trabalho de quadra aplicou-se 
treinos referentes às capacidades técnicas e ou técnico-táticas combinados. O conteúdo e 
as estruturas de treinos são descritos a seguir e podem ser observadas no quadro 1. 
190
Treino Técnico (T) O treino T foi composto por exercícios com revezamentos entre 
pequenos grupos nos quais os atletas executavam repetidamente os fundamentos técnicos de 
saque, passe, levantamento, defesa, ataque e bloqueio. • Técnico Técnico-tático (TT) As sessões 
de treino TT foram compostas de movimentação tática de ataque que simulava situações 
de jogo dos sistemas ofensivos e defensivos. • Musculação (M) Os treinos de musculação 
eram constituídos de exercícios especiais (ou específicos) para atletas de vôlei. As sessões 
apresentavam uma média de 9 exercícios de musculação divididas em duas planilhas, A e B.
A intensidade do treinamento foi estabelecida entre 4 a 15 repetições máximas, 
ou seja, entre 65 a 90% de 1 RM com intervalos entre as séries de 1 a 2 minutos conforme 
pode ser observado no Quadro 1.
A carga de treinamento foi determinada pelo método PSE da sessão, no qual 
consiste no cálculo do produto entre a intensidade, identificado através da escala de 
PSE de 10 pontos, adaptada por Foster et al. 23 e o volume de treinamento, expresso 
pelo tempo total da sessão de treinamento em minutos.
Após 30 minutos do término de cada sessão de treinamento, os atletas foram 
submetidos a responder à pergunta: “Como foi o seu treino?” Indicando na escala adaptada 
por Foster et al. 7 entre 0 a 10 a percepção subjetiva de esforço da sessão, sendo 0 repouso 
e 10 máximo. Portanto, após cálculo obtém-se o valor de CIT em unidades arbitrárias (U.A). 
191
Análise estatística 
Para a análise dos dados adotou-se a estatística com base na comparação das 
médias e desvios padrões. Para verificar a distribuição da amostra foi adotado o teste 
de Shapiro-Wilk. Atendidos todos os pressupostos de normalidade e homogeneidade de 
variâncias aplicou-se o teste Anova Two-Way com o Post Hoc de Tamhane, para realizar 
as comparações entre cada tipo de treinamento aplicado - técnico (T), técnico-tático 
(TT) e musculação (M) nas respectivas variáveis estudadas (PSE, tempo de duração do 
treinamento, carga interna de treinamento). 
Como comprovação estatística foi adotado o valor de significância p ≤ 0,05. Para 
a realização do tratamento estatístico foi utilizado software SPSS versão 20,0 (SPSS, Inc., 
Chicago, IL, EUA). Para medir o efeito prático entre os tipos de treinos, foi calculado o 
tamanho do efeito, considerando entre 0 e 0,25 = trivial; entre 0,25 e 0,50 = pequeno; 
entre 0,50 e 1,0 = moderado; maior do que1,0 = grande; conforme descrito por Rhea. 
Resultados: Inicialmente, optou-se por realizar uma análise descritiva dos dados das duas 
variáveis que compõem os resultados da CIT, a PSE e a duração da sessão de treino. 
Os dados estão expressos em média e desvio padrão na Tabela 1, e apresentam 
as comparações das exigências da percepção subjetiva do esforço em diferentes 
tipos de treinamentos da preparação físico técnico-tática do voleibol, levando-se em 
conta o tempo das sessões destes treinamentos. Dentro dessas comparações foram 
encontradas diferenças significativas em todas as variáveis da carga que compõem a 
CIT, porém para PSE somente quando comparado o treino técnico tático com a treino 
de musculação (pprogramada de acordo com calendário 
esportivo aplicado na equipe. E dessa forma, essa diferença de distribuição de treinos pode 
ser considerada como um exemplo a ser refletido sobre distribuição dos tipos de treinos 
em planejamentos no voleibol. Outro ponto que deve ser considerado como limitação do 
presente estudo é pelo fato da análise de treinamentos combinados não ter possibilitado 
análises isoladas de treinos técnicos e de táticos, ou seja, separadamente. Estudos futuros 
são necessários em relação a esse tema para uma melhor inferência na prática. 
Entre as possíveis análises, a comparação da carga de treinamento de 
outros tipos de treinamento, como técnicos isolados (passe, bloqueio e defesa), e a 
musculação mais detalhada. Devem agregar outros métodos específicos de controle 
194
da carga no treinamento de força, correlacionando com os objetivos e capacidades 
físicas trabalhadas na musculação, entre eles; métodos de controle da carga e tempo 
de recuperação para ganhos de hipertrofia, força máxima e potência.
Aplicações Práticas 
O treinamento em esportes coletivos é um processo extremamente complexo, 
desse modo o controle da carga de treinamento deve ser interno e externo. De acordo 
com as adaptações psicofisiológicas (carga interna) agudas e crônicas que ocorrem no 
treinamento, possibilitam a comissão técnica corrigir, ajustar o tempo de duração das 
sessões, número de sets, séries, sobrecargas e repetições (carga externa). Portanto 
através de uma relação entre CET e CIT através de métodos quantificáveis de carga de 
treinamento se torna possível diminuir erros no processo de treinamento.
 
No presente estudo foi constada a influência da CET pela variável que representa o 
volume – o tempo de duração da sessão maior em treinos específicos do voleibol promoveu 
CIT mais altas, respeitando assim, a esfericidade da modalidade. Por outro lado, apesar 
de apresentar essa coerência, resultados sugerem de acordo com a PSE que se deve 
atentar para CET, nesta representada pelo tempo da duração da sessão, principalmente 
nos treinos técnicos-táticos por apresentar maior exigência mental, portanto sugere-se 
que ao longo da temporada deve ser aumentado gradativamente e/ou ser distribuído de 
forma mais equilibrada sessões muito longas desde o início da temporada.
Conclusões 
A análise de possíveis diferenças nas respostas da CIT de diferentes tipos de treino, 
demonstram que estímulos de treinamentos específicos de quadra como; técnico e técnico 
tático promoveram maior CIT nos atletas do que a musculação, através principalmente pela 
variável volume. Sendo assim, se faz necessário analisar melhor modo de atribuir o volume 
e a distribuição de treinos T e TT nas elaborações de periodizações do voleibol.
FONTE: FARIA, B. S. H. de. Comparação da carga de treinamento de atletas profissionais entre modos de 
treinos específicos do voleibol e de força. Phys. Educ. v. 31, n. 10, p. 2-9, 2020. Disponível em: https://bit.
ly/3Ok7L1d. Acesso em: 30 mar. 2022.
195
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Além dos cinco princípios do treinamento elencados neste tópico como 
fundamentais ao treinamento no voleibol, considere a planificação dos conteúdos, 
através da progressão do treinamento, considerando as teorias de treinamento e as 
variáveis fisiológicas.
• A periodização refere-se à organização do treinamento da equipe ao longo do ano. 
O treinador deve organizar este calendário antes do início da temporada, tendo em 
vistas as competições as quais sua equipe irá participar.
• É importante que a periodização seja feita de forma a priorizar a competição mais 
importante da equipe dentro da temporada, ou seja, o planejamento das atividades 
tanto técnicas, físicas e psicológicas deverão estar em seu maior potencial de 
performance no período iminente ao início dessa competição destaque dentro do 
calendário da equipe.
• Cada mesociclo apresenta características individuais quanto ao volume, 
intensidade e duração. A periodização simples apresenta apenas uma fase de pico 
de performance durante a temporada e que a dupla, por sua vez, apresentará o 
dobro de picos de performance.
• A relação entre o volume e intensidade de treino deverá ser sempre inversamente 
proporcional. Ou seja, quando você aplicar um treino com elevado volume de 
atividades, deverá pegar leve na intensidade desses exercícios. Quando você trouxer 
muitos exercícios no treino, deverá reduzir a intensidade dos mesmos comparados 
a outros treinos.
196
1 Quando elencamos os cinco princípios básicos do treinamento desportivo, os 
apresentamos em seu livro didático em forma de figura no intuito de facilitar a 
compreensão do conteúdo. A respeito desses princípios básicos do treinamento, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) No princípio da Especificidade do treinamento A performance é determinada 
pela transferência positiva ou negativa do exercício proposto em determinado 
treinamento.
( ) Já no princípio da individualidade biológica, este trata-se da questão do nível 
de treinamento individualmente suportado, a fim de evitar efeitos negativos no 
treinamento, como: sobrecarga, frustração, dentre outros. 
( ) Na assertiva que trata sobre os estímulos, esta está relacionada ao fato de que 
todos os atletas devem ser estimulados em todas as sessões de treinamento da 
mesma forma.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V. 
b) ( ) V – V – F. 
c) ( ) F – F – V. 
d) ( ) F – V – F.
2 No treinamento de equipes de voleibol de alta performance, existem inúmeros fatores 
que devem ser considerados na elaboração da periodização desse treinamento a fim 
de que o treinador tenha maiores chances de ser assertivo em seu trabalho. Acerca 
desses processos, elencamos cinco princípios que são básicos a todo o treinamento 
de equipe de alto nível. Cite os cinco princípios e discorra sobre no mínimo dois deles.
3 O processo de periodização tratado por Matveev (1977) é a estruturação do treinamento 
de acordo com o ciclo atual de treinamento, a fim de viabilizar adaptações fisiológicas 
e melhoria da técnica e da tática dos atletas, de forma a possibilitar que os atletas 
atinjam seu potencial máximo na competição. Sobre o exposto, classifique V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
FONTE: MATVEEV, L. Treino desportivo: metodologia e planejamento. Guarulhos: Phorte.1997.
( ) É importante que a periodização seja feita de forma a priorizar a competição mais 
importante da equipe dentro da temporada, ou seja, o planejamento das atividades tanto 
técnicas, físicas e psicológicas deverão estar em seu maior potencial de performance no 
período iminente ao início dessa competição destaque dentro do calendário da equipe.
AUTOATIVIDADE
197
( ) De acordo com Marques Jr (2014), Weineck (2003) e Junior e Caron (2019), a equipe 
deverá priorizar apenas uma competição ao longo da temporada em função do fato 
de que é impossível uma equipe apresentar rendimento máximo por um período 
longo dentro da mesma temporada.
( ) A participação em outras competições ao longo do ano se faz extremamente 
negativo ao processo de treinamento uma vez que participar de outras competições 
é importante para impor ritmo à equipe, além de atrapalhar em questões importantes 
relacionadas ao lado psicológico dos atletas, entrosamento, técnica e tática. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V. 
b) ( ) V – V – F. 
c) ( ) V – F – F. 
d) ( ) F – V – F.
4 Sobre os tipos de periodização, Gomes (2004) sugere que a organização do treinamento 
da equipe seja dividida nas fases preparatória, competitiva e de transição, e ainda 
sugere que, ao longo do ano, essas três fases podem ser repetidas de acordo com a 
proximidade das competições e a importância dessas para a equipe. A respeito das 
três fases, disserte sobre todas elas.
5 Quando falamos sobre a classificação dos ciclosde treinamento em desportos de 
alta performance, apresentamos os três ciclos, que são: o microciclo, o mesociclo e o 
macrociclo. Sobre o exposto, assinale a alternativa INCORRETA:
a) ( ) O conceito do microciclo corresponde a um período curto de treinamento, 
geralmente de uma semana apenas.
b) ( ) O conceito de mesociclo corresponde a um período longo de treinamento que 
pode variar de duas a seis semanas. 
c) ( ) O conceito do macrociclo corresponde ao planejamento completo da temporada.
d) ( ) Dentre os objetivos do microciclo, podemos dizer que devem ser definidos 
em função da atual fase do treinamento (pré-competição, competição ou pós 
competição).
198
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é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. Aceca do 
país onde a modalidade se difundiu, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: Disponível em: http://www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021.
a) ( ) Estados Unidos.
b) ( ) Canadá.
c) ( ) Brasil.
d) ( ) México.
2 No Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é a responsável pelo voleibol em 
todo o território nacional com o auxílio de todos os estados através das federações 
estaduais de voleibol. Em relação ao nascimento do voleibol e suas características, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: 
( ) O voleibol nasceu em 1985 através da Associação Cristã de Moços (ACM). 
( ) Idealizado por William Morgan na cidade de Holyoke, em Massachussets, Estados 
Unidos da América. 
( ) Como uma prática esportiva, o objetivo era ser praticado, sobretudo, na estação do 
verão rigoroso americano.
( ) O voleibol surge com uma finalidade recreativa, em que, além de não deixar a bola 
cair no chão, esta tinha que ser enviada ao outro lado da rede.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – V. 
b) ( ) V – F – F – F.
c) ( ) F – V – F – V.
d) ( ) V – F – F – V.
3 No ano de 1992, na cidade de Barcelona, o voleibol nacional conquistou seu primeiro 
campeonato olímpico com o time masculino, o que o consolidou como o segundo 
esporte nacional. Atualmente, o voleibol brasileiro acumula cinco títulos olímpicos nas 
quadras. Sendo eles em 1992, 2004 e 2016, com a seleção masculina. Acerca das cidades 
onde esses títulos olímpicos foram conquistados, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Barcelona, Atenas e Rio de Janeiro.
b) ( ) Madri, Atenas e Rio de Janeiro.
AUTOATIVIDADE
11
c) ( ) Lisboa, Atenas e Salvador.
d) ( ) Barcelona, Atenas e Salvador.
4 De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro, o esporte surgiu em 1920 como uma 
improvisação do voleibol nas areias da Califórnia. O esporte teve uma grande aceitação 
dentro e fora dos Estados Unidos, na década seguinte, já surgiram as primeiras duplas. 
Disserte sobre o primeiro torneio de vôlei de praia e como surgiu a modalidade.
5 A disseminação do voleibol aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte 
detém uma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), 
é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. Qual foi o 
promeiro país a difundir o esporte no mundo? 
FONTE: Disponível em: http://www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021
12
13
CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Vamos dar seguimento aos nossos estudos sobre o voleibol em um 
novo tópico sobre as características do referido esporte. O objetivo deste tópico é proporcionar 
a você, acadêmico, conhecimentos relacionados aos aspectos do esporte, por exemplo, área 
e formato do jogo, formação de equipes, comissão técnica e suas principais regras.
O voleibol é um esporte coletivo jogado com as mãos, portanto, qualquer parte do 
corpo pode tocar a bola. Este é disputado por duas equipes em uma quadra de jogo dividida 
por uma rede, cada equipe permanece em seu lado da quadra; o objetivo do voleibol é lançar 
a bola, transpondo a rede, fazendo-a tocar parte do solo da equipe adversária.
Cada equipe poderá dar três toques consecutivos (além do contato com o 
bloqueio), na tentativa de enviar a bola à quadra adversária.
O rally inicia com um saque, que é o envio da bola por cima da rede em direção 
à equipe adversária. A partida segue até o momento em que a bola toque o solo em uma 
área compreendida como área do jogo, seja “enviada para fora”, ou quaisquer das equipes 
realize uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Dessa forma, você notará que este tópico busca proporcionar conhecimentos 
acerca da modalidade, com entendimento mais amplo do jogo propriamente dito. 
Podendo, a partir deste tópico, auxiliar você, acadêmico, na aplicação de tais 
conhecimentos com segurança em sua jornada profissional.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 PARTICULARIDADES DO VOLEIBOL
O voleibol é um esporte coletivo jogado com as mãos, no entanto, qualquer parte 
do corpo pode tocar a bola, mas sem conduzi-la ou empurrá-la, somente rebatendo. Ele 
é disputado por duas equipes em uma quadra de jogo dividida por uma rede, sendo que 
cada equipe deve permanecer no seu lado da quadra, já o seu objetivo é enviar a bola por 
cima da rede, de forma a fazê-la tocar parte do solo da quadra adversária, ao tempo que sua 
equipe deve impedir o adversário ao mesmo tempo (NETTO, 2018).
Desde a criação do voleibol, as mudanças nas regras do jogo ocorreram 
constantemente. O voleibol é um dos esportes que mais aceita alterações. Essas mudanças 
têm objetivo do tornar o jogo mais agradável ao público, menos cansativo para os atletas e 
ainda mais interessante para a transmissão dos jogos pelos meios eletrônicos de comunicação.
14
2.1 O PONTO 
A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por 
Rally). Se, porventura, a equipe que recepcionou o saque naquele rally, no caso equipe 
receptora, seja vencedora, esta recebe um ponto e o direito de saque no próximo rally, 
consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido horário. 
A bola é considerada “dentro” quando ela toca o piso da quadra de jogo, e é 
considerada “fora” quando toca o piso fora das linhas de delimitação da quadra ou 
qualquer objeto ou pessoa que não os jogadores em quadra, ou ainda quando cruza 
a rede por baixo dela ou além do limite estabelecido pelas antenas (BIZZOCCHI, 2004).
A partida é disputada em melhor de cinco sets. Um set (exceto o quinto) é ganho 
pela equipe que primeiro completar 25 pontos. Em caso de empate em 24 pontos, o set 
prossegue até que dois pontos de vantagem sejam obtidos por uma das equipes. O 
quinto set é jogado até 15 pontos, com a mesma consideração da vantagem mínima de 
dois pontos a partir do 14º (BIZZOCCHI, 2004).
2.2 ÁREA DO JOGO 
A área de jogo corresponde à quadra de jogo e à zona livre. Ela deverá ser 
em formato retangular e simétrica, com regras institucionalizadas pela Federação 
Internacional de Voleibol, o que possibilita a atuação em competições internacionais.
A quadra de jogo mede 18×9 m e é demarcada por linhas que são consideradas 
parte dela. Uma linha central divide esse espaço em duas áreas de 9×9 m. A quadra de 
jogo é rodeada por uma zona livre de no mínimo 3 m e o espaço aéreo livre, a partir do 
solo, deve ser de no mínimo 7 m. Em competições internacionais, a zona livre deve ser de 
5 m a partir das linhas laterais e de 8 m a partir da linha de fundo, sendo o espaço aéreo 
de 12,5 m. Em cada meia-quadra há uma linha traçada a 3 m de distância do eixo central, 
que delimita e faz parte da zona de ataque. Essa linha se estende imaginariamente até 
o limite da zona livre e limita a ação ofensiva dos defensores. A zona de saque, situada 
atrás de cada linha de fundo, é a área na qual se efetua o saque. 
A rede deve estar a 2,43 m do solo para jogos masculinos e a 2,24 m para 
femininos. Nas extremidades da rede, sobre as linhas laterais, há duas faixas e, além do 
bordo externo destas, duas antenas que delimitam o espaço aéreo de jogo. A bola deve 
passar por entre as antenas quando dirigida à quadra adversária (BIZZOCCHI, 2004).
A bola deve ter circunferência de 65 a 67 cm e peso de 260 a 280 g. A pressão 
interna da bola deve ser de 0,426 a 0,461 libras (BIZZOCCHI, 2004).
15
FIGURA 7 – ÁREA DE JOGO DO VOLEIBOL
FIGURA 8 – EQUIPES
FONTE: . Acesso em: 26 out. 2021.
FONTE: . Acesso em: 26 out. 2021.
2.3 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES E QUADRA
O voleibol é um esporte coletivo que confronta duas equipesde seis jogadores 
em uma quadra. A quadra é dividida em duas partes iguais por uma linha central, sobre 
a qual se encontra a rede, suspensa a uma altura determinada (DAIUTO, 1964; TEIXEIRA, 
1995; BIZZOCCHI, 2000; BOJIKIAN, 2003; COSTA, 2003). Dentre os jogadores, um deve 
ser escolhido como capitão do time e outros dois podem ser considerados líberos. O capitão 
é o único que pode se dirigir aos árbitros e ele também representa a equipe nos sorteios e 
formalidades. Seis jogadores são considerados titulares e iniciam a disputa de cada set. 
16
Os atletas devem usar um uniforme, sendo composto por camiseta, calção, meias 
e calçado esportivo. A cor e design das camisetas, calções e meias devem ser iguais para 
os jogadores (exceto para o líbero). Exise uma numerção nas camisetas, os números serão 
gravados tanto na frente da camisa, quanto nas costas. Na camiseta do capitão, além do 
número gravado, terá uma tarja abaixo (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Acadêmico, você sabia que o líbero pode entrar no ligar de qualquer jogador 
de defesa e sua atuação está nas funções defensivas?
INTERESSANTE
2.4 COMISSÃO TÉCNICA 
As regras de jogo permitem que, nas principais competições, apenas quatro 
pessoas se sentem no banco de reservas e façam parte da equipe, são eles: o técnico, 
o assistente técnico, o preparador físico e o médico. 
O técnico é o líder da comissão, cabe a ele a montagem e direção da equipe 
durante o jogo. É ele que determina as atribuições e responsabilidades de cada membro 
da equipe. São atribuições dele: 
• Conferência dos jogadores na súmula do jogo. 
• Dirigir a equipe do lado de fora da quadra de jogo, podendo ficar sentado ou em pé.
• Selecionar a formação inicial da equipe em quadra, preenchendo a ordem do saque. 
• Solicitar substituições e tempos de descanso. 
Segundo as regras, o assistente técnico deve permanecer sentado no banco, 
sem o direito de interferir no jogo, exceto em caso de impossibilidade de o técnico 
continuar dirigindo a equipe, o mesmo poderá assumir as funções deste. 
Ao preparador físico da equipe cabe: 
• Comandar o aquecimento pré-jogo. 
• Manter os reservas adequadamente aquecidos para entrar a qualquer momento. 
• Ficar atento ao desempenho físico dos jogadores. 
• Anotar solicitações do técnico.
• Dirigir o alongamento e o relaxamento pós partida.
17
A presença do médico no banco é de forma preventiva, no caso de qualquer 
intercorrência, como: contusão ou mal-estar. Ao término da partida, este efetua as avaliações 
médicas necessárias e acompanha os jogadores sorteados para o exame antidoping. 
É considerado doping o uso de substâncias ou métodos capazes de aumentar o 
desempenho esportivo e que estejam listados pela WADA-AMA/IOC (World Anti-Doping 
Agency/International Olympic Committee), sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde 
do atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo (RUBIO; NUNES, 2013).
2.5 FORMATO DO JOGO 
Um jogo oficial deve ser executado da forma elencada a seguir:
• Para vencer uma partida de voleibol: equipe deverá vencer três sets. 
• Para marcar um ponto: o êxito é fazer a bola tocar a quadra adversária; ou quando a 
equipe adversária comete uma falta, ou a equipe adversária foi penalizada.
• Para vencer um set: vencerá um set, com exceção do 5° set, por seu caráter de-
cisivo, a equipe que primeiro atingir a marca de 25 pontos, com uma diferença 
mínima de dois pontos. Em caso de empate em sets por 2x2, o 5° set de caráter 
decisivo, será jogado até que uma das equipes alcance a marca de 15 pontos, com 
uma diferença mínima de 2 pontos. 
Com a evolução nas regras, as posições dos jogadores em quadra ficaram fixas, 
com intuito de facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa 
para a zona de ataque, para realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. Os 
nomes das posições em quadra facilita a ação dos jogadores e da arbitragem. 
• Posição n°1: Posição do saque ou defesa direita. 
• Posição n°2: Saída de rede. 
• Posição n°3: Meio de rede. 
• Posição n°4: Entrada de rede.
• Posição n°5: Esquerda fundo ou defesa esquerda. 
• Posição n°6: Meio fundo ou defesa central.
18
FIGURA 9 – NOMES E POSIÇÕES DA QUADRA DE JOGO
FONTE: . Acesso em: 26 out. 2021.
A ordem do rodízio é determinada pela formação inicial definida e controlada 
através do formulário de ordem de saque, devendo ser mantida em todo o set. Quando a 
equipe receptora ganha o direito de sacar, seus jogadores efetuam um rodízio, avançando 
uma posição, sempre no sentido horário. Como podemos observar na figura a seguir: 
• O jogador da posição 2 vai para a posição 1, para sacar. 
• O jogador da posição 1 vai para a posição 6.
• O jogador da posição 6 vai para a posição 5.
• O jogador da posição 5 vai para a posição 4. 
• O jogador da posição 4 vai para a posição 3. 
• O jogador da posição 3 vai para a posição 2. 
FIGURA 10 – RODÍZIO DO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 26 out. 2021.
19
Uma falta de rodízio quando o saque não é executado conforme a ordem de 
rotação a equipe faltosa é sancionada com a perda do rally, e o rodízio dos jogadores é 
corrigido (CBF, 2018; FIVB, 2018).
Cada jogada se inicia com um saque: um toque inicial realizado por um jogador, 
denominado naquele momento sacador, enviando a bola por cima da rede em direção à 
quadra adversária. O rally prossegue até que a bola toque o solo em uma área que esteja 
compreendida dentro da quadra de jogo, seja “enviada para fora”, ou quaisquer das equipes 
execute uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Para aprofundar mais seus estudos, sugerimos que assista ao vídeo 
explicativo sobre as posições e funções na quadra: https://bit.ly/3uJijPO.
DICA
2.6 O CONTATO COM A BOLA
Cada equipe pode tocar até três vezes na bola (além do toque de bloqueio) toda 
vez que ela é enviada a sua própria quadra. Um jogador não poderá tocar duas vezes 
consecutivas na bola. 
A bola pode ter contato com qualquer parte do corpo dos jogadores, desde que ela 
não seja retida ou conduzida. Deve ser enviada para quadra da equipe adversária por cima 
da rede e dentro do espaço de cruzamento (entre as antenas) e pode ser recuperada além 
da zona livre. A bola que tenha cruzado o plano vertical da rede em direção à zona livre 
adversária, por fora do espaço de cruzamento (além das antenas), é ainda considerada “em 
jogo” e pode ser recuperada, desde que ela retorne por fora das antenas.
O objetivo principal é lançar a bola por cima da rede e fazê-la tocar no chão 
do adversário.
IMPORTANTE
20
Para aprimorar seu conhecimento em nossa temática,visite o site: https:/
www.cbc.com.br/.
DICA
2.7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE VÔLEI DE QUADRA E 
VÔLEI DE PRAIA
O princípio básico do volei de quadra e de praia é o mesmo; o objetivo é passar a 
bola sobre a rede e acertar o chão da lado da quadra adversária. No entanto, entre elas, 
há algumas diferenças importantes que devem ser mencionadas. 
• Número de jogadores:
Vôlei de quadra: 6 atletas e outros 6 que ficam no banco para possíveis substituições.
Vôlei de praia: 2 jogadores e sem atleta reserva.
• Posições:
Vôlei de quadra: rodízio de posições e funções.
Vôlei de areia: os jogadores exercem todas as funções
• Pontuação: 
Vôlei de quadra: 4 sets de 25 pontos, acontecendo empate quinto set é disputado até 
15 pontos
Vôlei de areia: 2 sets de 21 pontos, e, no caso de empate, o terceiro empate de 15 pontos.
• Comprimento da rede: 
Vôlei de quadra: são 9,5 m a 10 m de comprimento, com 25 cm a 50 cm em cada lado 
das faixas laterais.
Vôlei de areia: são 8,5 m de comprimento.
21
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As partidas são disputadas em sets de 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 
15 pontos; a vitória é alcançada para equipe que vencer três sets.
• A área de jogo corresponde à quadra de jogo e à zona livre.
• Conhecemos ascaracterísticas do esporte, como formação de equipe, as funções de 
cada jogador e dos membros da comissão técnica durante uma partida de voleibol. 
• As posições dos jogadores em quadra ficaram fixas a fim de facilitar o rodízio e as regras 
de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de ataque, para, então, realizar 
as ações decorrentes da modernidade do jogo.
• Foi vivenciado as regras atuais de uma partida de voleibol que objetivou melhoria 
para prática da referida modalidade.
• Diferenciação do voleibol de quadra e de praia. As diferenças do voleibol de quadra 
e de praia. Suas regras, posições, dimensões do espaço de jogo.
22
1 A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por Rally). 
Se, porventura, a equipe que recepcionou o saque naquele rally, no caso equipe 
receptora, seja vencedora, ela recebe um ponto e o direito de saque no próximo rally, 
consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido 
horário. As partidas são disputadas em sets. Acerca da quantidade de pontos que são 
considerados em cada set, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 10 pontos.
b) ( ) 20 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos.
c) ( ) 20 pontos – exceto o quinto set, jogado em 10 pontos.
d) ( ) 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos.
2 Uma equipe pode ser composta por, no máximo, 12 jogadores. Dentre eles, um deve ser 
escolhido como capitão do time e outros dois podem ser considerados líberos. O capitão 
é o único que pode se dirigir aos árbitros e ele também representa a equipe nos sorteios 
e formalidades. Acerca da quantidade de jogadores que são considerados titulares e 
iniciam a disputa de cada set, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) 12 jogadores.
b) ( ) 10 jogadores.
c) ( ) 6 jogadores.
d) ( ) 8 jogadores.
3 Cada equipe pode tocar até três vezes na bola (além do toque de bloqueio) toda vez que 
ela é enviada a sua própria quadra. Um jogador não poderá tocar duas vezes consecutivas 
na bola. Acerca que a bola pode ter contato, assinale a alternativa CORRETA: 
a) ( ) Mãos dos jogadores.
b) ( ) Qualquer parte do corpo dos jogadores.
c) ( ) Mãos e cotovelos dos jogadores.
d) ( ) Cabeça e mãos.
4 Com evolução nas regras, as posições dos jogadores em quadra ficaram fixas a fim de 
facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de 
ataque, para realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. Os nomes das posições 
em quadra facilita a ação dos jogadores e da arbitragem. Disserte sobre as posições.
5 O princípio básico do volei de quadra e do de praia é o mesmo; o objetivo é passar a 
bola sobre a rede e acertar o chão da lado da quadra adversária. No entanto, entre 
elas, há algumas diferenças importantes a ser falada. Disserte sobre tais diferenças.
AUTOATIVIDADE
23
TÓPICO 3 - 
FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO 
VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Neste terceiro e último tópico da Unidade 1, vamos finalizar nossa 
jornada falando sobre os fundamentos técnicos do voleibol, tema de extrema relevância. 
O objetivo do Tópico 3 é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos 
relacionados às posições, deslocamentos e os fundamentos seguidos de suas variações 
em uma partida de voleibol. 
O voleibol é considerado um dos esportes mais complexos, devido à alta 
exigência de habilidade, precisão, regularidade, associados a características físicas 
específicas de seus jogadores.
Segundo Matveev (2001), o esporte exige capacidade motora, força rápida, 
entre outras manifestações que se apresentam em forma altamente variada de ação.
Quanto mais for treinada a técnica de execução dos movimentos, maior será o 
nível de proficiência do atleta. Para tanto, é necessário compreender os fundamentos e 
elementos que caracterizam o voleibol.
UNIDADE 1
2 AS TÉCNICOS DO VOLEIBOL
Segundo Bompa (1999), o voleibol é classificado de acordo com às ações executadas 
no jogo, como de uma estrutura acíclica, com alternância de intensidade e dominância 
motora de coordenação, potência, força e resistência. Destaca, ainda, a elevada demanda 
do sistema nervoso central e do aparelho locomotor característicos da modalidade.
Os fundamentos técnicos do voleibol são os gestos realizados pelo atleta, 
podendo ser agrupados pela sua característica ofensiva ou defensiva, assim sendo, 
entender a técnica de execução de cada movimento específico do esporte propicia 
ao treinador um ensino dos fundamentos de forma harmoniosa e progressiva, 
proporcionando um desfecho favorável a sua equipe.
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2.1 POSIÇÕES BÁSICAS 
Os primeiros elementos a serem ensinados são conhecidos como posições de 
expectativas. Não são consideradas habilidades propriamente ditas, pois não envolvem 
o manuseio da bola nem qualquer tipo de movimentação na quadra. Podem ser 
entendidos, conceitualmente, como posturas corporais que antecedem a execução 
das habilidades específicas do voleibol. Variam de acordo com o fundamento que as 
sucede e a dificuldade da ação. Seu objetivo é de permitir o ajuste rápido do executante 
para chegar à bola da melhor maneira possível. 
Em um esporte que exige grande velocidade como o voleibol, a posição pode 
significar o sucesso ou insucesso das ações subsequentes. Durante um jogo entre pessoas 
sem recursos técnicos, a bola cai várias vezes à frente dos praticantes, que agem tardia 
e desajeitadamente (o famoso “assustou-se com a bola”), ou sequer esboçam reação. O 
voleibol de alto nível requer atenção constante, que otimize a análise e o tempo de resposta. 
A posição básica predispõe o executante a isso. Ela não é muito cômoda, mas é 
a precondição para jogar bem o voleibol. Deve ser incutida desde os primeiros momentos 
da aprendizagem, para virar hábito, e cobrada durante todo o processo e momentos do 
jogo. No entanto, a manutenção da posição básica acarreta cansaço muscular, fazendo 
o iniciante sentir os músculos das pernas e da região lombar um tanto fadigados após os 
treinos. A repetição das posições básicas nas várias situações do jogo, exigindo a semiflexão 
dos joelhos e do tronco e a sustentação dessa postura, requer um grau de resistência 
muscular que a criança não possui. Assim, a melhor forma de desenvolvê-la é aumentar 
gradativamente o número de repetições, o tempo de sustentação na posição e a pausa 
entre os exercícios, sempre compensando o esforço com alongamentos e relaxamentos. 
A posição básica requer equilíbrio constante e faz com que o executante tenha, 
muitas vezes, o centro de gravidade fora do próprio corpo, principalmente nas situações de 
defesa, obrigando-o a se colocar mais próximo do chão para defender sua “propriedade”. 
Além do equilíbrio estático, exige força isométrica de membros inferiores, tronco, membros 
superiores e pescoço, assim como flexibilidade dorsal (BIZZOCHI, 2004).
As posturas se dividem em:
• Alta: prevendo uma possível utilização do bloqueio, saque, levantamento.
• Média: utiliza-se antes da recepção do saque e do levantamento e defesa alta.
• Baixa: aplica-se antes das defesas e defesa com quesa (rolamento e mergulho).
A escolha mais adequada varia principalmente em função da percepção do 
jogador em relação ao que pode acontecer na jogada. Quanto maior a dificuldade para 
defender o próprio solo, mais baixa deve ser a postura do executante. É importante, 
porém, não desperdiçar energia sem necessidade, assumindo posições baixas quando as 
ações do jogo não exigem essa postura corporal. Isso pode causar, desnecessariamente, 
desgaste dos músculos e da capacidade de concentração (BIZZOCHI, 2004).
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Posição básica alta 
Essa posição é própria dos bloqueadores e dos atacantes. Aqueles no aguardo 
da definição ofensiva do adversário e durante a análise do passe e do levantamento da 
própria equipe, antes de iniciar a corrida para o ataque. 
O jogador deve posicionar-se: 
• Com os pés lateralmente afastados na distância correspondenteà largura dos seus 
ombros.
• As pernas devem ficar em mínima flexão. 
• Os braços ficam semifletidos à altura do peito e à frente dos ambros. 
• As solas dos pés ficam em contato com o solo e com o peso do corpo repousando 
sobre a parte anterior dos pés.
FIGURA 11 – POSIÇÃO BÁSICA ALTA
FONTE: . Acesso em: 5 out. 2021.
Posição básica média 
É a posição que antecede a recepção do saque flutuante e o levantamento. 
Também pode ser utilizada durante o deslocamento do defensor para a sua área de 
responsabilidade. Essa postura favorece deslocamentos rápidos em qualquer direção.
A execução da posição média deve ser: 
• Os membros superiores devem estar semiflexionados.
• Os cotovelos devem ter um afastamento lateral um pouco superior à largura dos 
ombros e um pouco à frente da linha anterior ao tronco.
• Os pés devem estar com os calcanhares fora de contato com o chão.
• Os joelhos um pouco à frente para facilitar os deslocamnetos para frente ou para as 
diagonais.
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FIGURA 12 – POSTURA BÁSICA MÉDIA
FONTE: . Acesso em: 24 out. 2021.
Posição básica baixa
É utilizada nas situações que antecedem a desfesa, a proteção do ataque, a 
recepção do saque em suspensão, certas recuperações e, às vezes, o levantamento. É 
a posição mais usada em uma partida de voleibol (MACHADO, 2006).
O jogador deve posicionar-se:
• Com os pés afatados, na distância um pouco maior que a largura dos ombros, com 
um deles à frente do outro, e os calcanhares ligeiramente elevados.
• Os membros inferiores devem estar semiflexionados entre 90° a 100° entre as coxas 
e pernas, com joelhos projetados à frente dos pés e um pouco voltados para dentro. 
• O tronco deve estar flexionado sobre as coxas e quadril na mesma linha dos 
calcanhares.
• Os membros superiores devem estar semiflexionados à frente do tronco com as 
mãos mais adiante e afastamento relativo à situação e a cabeça deve estar erguida 
em direção à bola.
FIGURA 13 – POSTURA BÁSICA BAIXA
FONTE: . Acesso em: 24 out. 2021.
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Para complementar seus estudos, sugerimos assistir ao vídeo sobre posições 
em uma partida de voleibol. Acesse: https://bit.ly/3JGHeYn.
DICA
2.2 DESLOCAMENTOS
Os deslocamentos devem ser ensinados simultaneamente para a realização 
das posições básicas, pois todas as variações de deslocamentos têm como ponto de 
partida uma postura corporal também específica. Isso faz com que o jogador realize 
deslocamentos com velocidade nas ações que exigem mudança de direção nas 
inúmeras situações de uma partida.
São as movimentações específicas necessárias para o emprego dos 
fundamentos a situações de jogo. Os deslocamentos no voleibol são 
realizados normalmente através de passadas e, esporadicamente, 
através de pequenas corridas. Quanto maior é o nível dos praticantes, 
mais velocidade tem o jogo e maior será a necessidade de 
movimentações velozes e eficazes (BIZZOCHI, 2004, p. 53).
A movimentação específica é uma habilidade que não envolve diretamente o 
contato com a bola. A posição básica antecede a movimentação específica e é, muitas 
vezes, mantida durante o próprio deslocamento. Esse deslocamento torna possível 
chegar a determinado ponto da quadra para defender uma bola ou bloquear diferentes 
tipos de ataque em toda a rede. 
Sua execução envolve capacidades físicas como agilidade, coordenação 
dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, velocidade de 
deslocamento, equilíbrio dinâmico, força excêntrica e isométrica de membros inferiores.
Não se pode negligenciar essa fase, pois o voleibol é um esporte jogado mais 
com os pés do que propriamente com as mãos. Quanto mais o jogo fica dinâmico para 
o iniciante, maior é a necessidade de movimentações velozes e eficazes. A decisão 
imediata e precisa do executante sobre qual tipo de deslocamento usar constantemente 
determina o sucesso da ação. Vários fatores devem ser ponderados em frações de 
segundo e a ação deve ser instantânea, pois dificilmente a bola vem diretamente ao 
corpo do executante, sem que ele precise se movimentar até ela. 
Com a vivência diversificada, o aprendiz acelera o processo de aprendizagem e 
interfere no jogo antecipadamente e com mais precisão. As movimentações específicas do 
voleibol não devem ser consideradas de maneira simples, pois podem variar quanto à direção, 
dinâmica, postura e distância, assim como ao fundamento a ser realizado posteriormente. 
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Por mais rápido que seja o jogador, a escolha do deslocamento mais apropriaado para 
determinado momento indicará o sucesso da ação. Uma opção equivocada – provocada 
muitas vezes pela limitação motora imposta pela aprendizagem simplista – leva a atraso 
e desequilíbrio, e, consequentemente, um fundamento executado com ineficácia. Sua 
execução abrange as seguintes capacidades físicas: agilidade; coordenação dinâmica 
geral; velocidade de reação; coordenação visual-motora; velocidade de deslocamento; 
equilíbrio dinâmico e recuperado; força excêntrica de membros inferiores (nos breques); 
e força isométrica de membros inferiores (manutenção da posição). Como requisito para 
melhor fixação, é necessário que estejam bem desenvolvidas as habilidades básicas de 
andar, correr, saltitar, galopar e saltar, além das combinações entre elas. As movimentações 
específicas podem ser classificadas de várias formas (BIZZOCHI, 2004). 
FIGURA 14 – DESLOCAMENTOS NO VOLEIBOL
FONTE: . Acesso em: 19 nov. 2021.
Primeiramente, vamos considerá-las conforme os tipos de passada:
Corrida normal
Essa habilidade tem objetivo de ganhar velocidade ou impulsão, ou alcançar 
bolas que estejam à frente ou atrás do corpo. O atleta se desloca para direita, esquerda, 
diagonal frente e trás.
Galope
É um deslocamento curto e de ajuste, aqui os pés não se cruzam, propositalmente 
para aumentar o equilíbrio do corpo e, no “chute” intermediário, entre as passadas, 
possibilitar um ajuste imediato à posição ideal para executar o fundamento.
Passada lateral
Nada mais é que o deslocamento para direita e esquerda realizado de lado, 
sem cruzamento dos pés e sem impulsão, usado em deslocamentos curtos e sem 
mudança de direção.
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Cruzado
Deslocamento para a direita e esquerda, realizado com alternância dos pés, 
usado para percorrer distâncias maiores.
Misto
Deslocamento lateral e cruzado, usado para cobrir distâncias maiores, em 
situações que é necessário ganhar velocidade.
Saltito
É um pequeno salto para chegar ao local desejado, ele é muito usado pelos 
bloqueadores quando não há tempo para executar a passada lateral ou cruzada, ou até 
mesmo o galope.
Para complementar seus estudos, assista ao vídeo no site: https://www.
youtube.com/watch?v=dyVoy1_b2tE, sobre os deslocamentos em uma 
partida de voleibol. Isso poderá contribuir ainda mais com seu aprendizado.
DICA
2.3 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL
Segundo Castro (2015), os fundamentos praticados durante um jogo de voleibol 
estão relacionados com a dinâmica da partida. Cada fundamento possui uma finalidade 
específica, por exemplo: o saque inicia o jogo ou tem a meta de efetuar o ponto. O passe 
e o levantamento atuam na construção e no desenvolvimento ofensivo (MARQUES 
JUNIOR, 2015); o ataque visa o ponto e o bloqueio tem o objetivo de fazer o ponto ou 
proteger a quadra do ataque para facilitar a defesa (MARQUES JUNIOR, 2015b). Já a 
defesa atua evitando o ponto e inicia o contra-ataque quando é bem realizada.
Em outras palavras os fundamentos são gestos a serem executados pelo atleta 
podendo ser agrupados pela sua característica ofensiva ou defensiva, dessa maneira, temos:
• Fundamentos ofensivos que correspondem aos saques, cortadas e levantamentos.
• Fundamentos defensivos que condizem com bloqueio, recepção e defesa.
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A chamada “zona de saque” representa o local onde o jogador (sacador) 
deve permanecer para lançar a bola. Trata-se de uma área de nove metros 
de largura, situada após cada linha de fundo.
INTERESSANTE
Essejogador deve golpear a bola com parte do braço ou mão, essa deverá estar 
solta no ar, dirigindo-se à quadra adversária, deverá passar sobre a rede e entre as 
antenas para ser validado o saque. São caracterizados de acordo com a forma em que 
se golpeia a bola durante a execução, com as nomenclaturas a seguir:
• Saque por baixo.
• Saque por cima (tipo tênis).
• Saque lateral ou japonês.
• Saque lateral por baixo ("Jornada nas Estrelas").
• Saque em suspensão ("Viagem ao Fundo do Mar").
• Saque em suspensão ("Viagem ao Fundo do Mar Flutuante").
• Saque por baixo
O saque por baixo é ensinado na iniciação ao esporte e tem uma fácil execução. 
O saque por baixo é habilidade de simples execução. Deve-se cobrar 
gradativamente precisão do sacador e cada vez mais afastá-lo da 
linha de fundo da quadra, buscando aumentar o efeito da bola e a 
consequente dificuldade para recebê-la (BIZZOCCHI, 2004, p. 140).
Para uma melhor execução do fundamento, o jogador deve posicionar-se de 
frente para a quadra, com o pé esquerdo à frente. A mão esquerda deverá segurar a 
bola e o braço direito deve fazer movimento de trás para frente, golpeando a bola quase 
simultaneamente a sua liberação pela mão esquerda à frente do corpo. A mão que 
golpeará a bola poderá ficar espalmada ou fechada.
2.3.1 Saques
São o fundamento que inicia/reinicia o jogo a cada ponto. Consistem no ato 
de enviar a bola da área de saque para a quadra adversária pelo atleta que se encontra 
naquele momento na posição de número 1.
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FIGURA 15 – SAQUE POR BAIXO
FONTE: . Acesso em: 9 out. 2021.
FIGURA 16 – SAQUE POR CIMA OU TIPO TÊNIS
FONTE: . Acesso em: 10 fev. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como: 
• Esquecer de soltar a bola no momento do saque.
• Não deixar o braco que vai golpear a bola em extensão.
• Deixar de usar os membros inferiores para melhor movimento do saque.
• Colocar o pé do mesmo lado da mão que vai golpear a bola à frente.
Saque por cima ou saque tipo tênis
Para realização dessa variação de saque e uma melhor execução do fundamento, 
o jogador deve posicionar-se com o corpo e os pés virados para direção do saque, 
depositando todo o peso no pé de trás. Os pés deverão ficar afastados à largura dos 
ombros, posicionando um à frente e o outro atrás. O braço do lado do pé que está a 
frente, de forma a ficar perpendicular ao seu corpo, segurando a bola acima da linha do 
ombro; o jogador deverá soltar a bola quando o seu braço estiver em extensão completa. 
Quando a bola atingir seu nível mais alto, mova o braço para frente de maneira a atingi-
la. A bola deve ser golpeada com a mão aberta, usando a palma.
Alguns erros são comuns nesse saque como:
• Jogador lançar a bola de maneira imprecisa.
• Golpear a bola com o braço flexionado.
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• Atleta realizar rotação de tronco.
• Bater na bola com a mão fechada.
• Colocar o pé do mesmo lado da mão que vai golpear a bola na 
frente (NETTO, 2018, p. 75).
Saque lateral ou japonês
Esse tipo de saque é muito usado para dar uma trajetória flutuante na bola. “Na 
década de 1960, os japoneses utilizaram a flutuação no saque balanceado, tipo que 
ficou conhecido como saque japonês” (BIZZOCCHI, 2005, p. 44).
Para executar esse saque de forma precisa, o atleta deve se posicionar de lado 
para a quadra, os pés devem estar voltados para onde quer sacar. Segue a bola com 
a mão esquerda, no caso de o jogador ser destro, em sequência o braço direito sai do 
lado do corpo e atinge a bola enviada pela mão esquerda, bem acima da cabeça; no fim 
do movimento, o corpo se projeta à frente. No entanto, os jogadores sinistros devem 
executar no sentido da inversão do movimento.
FIGURA 17 – SAQUE LATERAL
FONTE: . Acesso em: 9 out. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançamento inadequado, ou para frente, ou para trás.
• Virar-se antecipadamente na direção do saque.
• Ausência de virada, ou virada antecipada.
Saque lateral – jornada das estrelas 
Essa variação de saque é de um grau de complexidade maior, por isso o atleta 
deve ter uma boa dose de coragem para executá-lo em uma partida (NETTO, 2018, p. 75).
Para executar esse saque, o jogador deve ficar de lado para a quadra, com o 
ombro direito paralelo à linha de fundo e a perna esquerda ligeiramente à frente. O atleta 
deve segurar a bola com a mão esquerda. O braço direito sai de trás e golpeia a bola no 
ponto mais baixo, depois que esta foi lançada pela mão esquerda.
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FIGURA 18 – SAQUE LATERAL JORNADA DAS ESTRELAS
FONTE: . Acesso em: 9 out. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançar a bola sem precisão.
• Posicionar o pé à frente no mesmo lado da mão que encostará na bola.
• Flexionar o braço ao bater na bola.
• Encostar na bola com a mão fechada.
Saque em suspensão – viagem ao fundo do mar
Essa variação de saque nada mais é que um saque por cima com combinação 
de uma corrida para ganhar impulsão, um salto e um golpe com potência na bola. Esse 
saque caracteriza-se por ser bastante ofensivo e muito veloz. 
Atualmente, para imprimir rotação à bola, a versão preferida é do tipo tênis 
em suspensão, utilizando um movimento semelhante ao da cortada. Foi 
lançado na mesma época do “Jornada”, pelos também brasileiros Willian 
e Renan, e batizado de “Viagem”, alivia a força e apenas encosta na bola, 
fazendo-a descrever uma curva e cair à frente do passador, este saque 
em meia-força é chamado de “caixinha” (BIZZOCCHI, 2005, p. 46).
Para executá-lo, o atleta deverá dar três passos, sendo que dois deles segurando 
a bola. No fim do segundo passo, o jogador deverá lançar a bola um pouco para frente e 
coordenar o final da terceira passada com o impulso e o ataque na bola no ponto mais alto. 
Há alguns atletas que preferem lançar a bola com uma das mãos.
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FIGURA 19 – SAQUE VIAGEM
FONTE: . Acesso em: 9 out. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançar a bola sem precisão.
• Flexionar demais o punho.
• Pisar na linha de fundo da quadra.
• Finalizar as passadas com o pé do mesmo lado da mão que vai
• bater na bola na frente.
Saque em suspensão – viagem ao fundo do mar flutuante
Essa variação de saque é caracterizada pela sua trajetória de forma irregular. Os 
três primeiros passos são iguais ao saque viagem ao fundo do mar, o que difere é que, 
no terceiro passo, a bola é lançada para cima com a mão mais fraca e cerca de 30 cm. 
Ela deve subir em linha reta na sua frente e ligeiramente para frente nesse movimento, 
é executado o salto para o alto e para a frente, colocando o braço dominante com o 
cotovelo atrás da orelha para trás. Use a força do movimento para impulsionar o seu corpo 
e golpear a bola. A batida na bola é executada de forma a “empurrar” a bola para frente com a 
palma aberta, ou use a técnica da cortada para colocar a bola na quadra adversária, conforme 
demonstrado na figura a seguir (NETTO, 2018).
FIGURA 20 – SAQUE EM SUSPENSÃO OU VIAGEM AO FUNDO DO MAR FLUTUANTE
FONTE: . Acesso em: 9 out. 2021.
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Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançar bola inadequadamente. 
• Fletir demais o punho.
• Pisar na linha de fundo da quadra.
• Finalizar as passadas com o pé do mesmo lado da mão que vai
• golpear a bola na frente.
2.3.2 Manchete
Esse é o fundamento mais utilizado para recepção de saques e para a defesa 
de bolas cortadas. O contato com a bola é realizado com o antebraço, região do corpo 
que suporta fortes impactos. Usada em bolas que vem em altura baixa, e que não tem 
chance de ser devolvida com o toque. 
Posição básica
Para uma boa execução desse fundamento, as mãos do jogador devem se 
posicionar unidas e os braços ligeiramente separados e estendidos, as pernas devem 
estar fletidas na hora do movimento, para uma maior comodidade no movimento. 
FIGURA 21 – O ATLETA

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