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ANÁLISE LABORATORIAL 1: MICROBIOLOGIA 03 de março – Prof Leonardo DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE MICOBACTÉRIAS Mycobacterium tuberculosis é o principal agente etiológico *forma mais comum da tuberculose é pulmonar, mas pode acontecer em outros locais DIAGNOSTICO LABORATORIAL Coleta de escarro por expectoração Obtido após esforço de tosse, volume ideal 5-10ml Amostras contendo apenas salivas não devem ser aceitas Recipiente: descartável, boca larga, estéril, transparente e identificado com todos os dados do paciente Coleta: deve ser realizada pelo próprio paciente, de preferencia em local aberto ou em sala bastante arejada. Coletar de preferencia pela manhã, ao despertar. BACILOSCOPIA Exame de execução rápida, fácil e de baixo custo. Identifica os indivíduos que estão eliminando os bacilos e são portanto fontes de infecção. Serve para acompanhamento da eficácia do tratamento. Para o exame ser positivo estima-se que são necessários entre 5.000 a 10.000 bacilos por ml de escarro. Sensibilidade em torno de 65% - Confecção do esfregaço - Fixação - Coloração de Ziehl-Neelsen LEITURA DA LAMINA: Micobactérias apresentam-se como bacilos delgados, ligeiramente curvos, corados em vermelho. O fundo do esfregaço fica azul. CULTURA Mais sensível que a baciloscopia. Requer a partir de 10 bacilos por mL de escarro para o exame ser positivo. Diagnóstico mais precoce da doença Permite o estudo posterior do micro-organismo (tipagem molecular, sensibilidade aos antimicrobianos) Incubação e Leitura Incubar os meios semeados a 37 graus. Continuar observando a cultura por até 6 semanas Citrato + Hidróxido de sódio NaOH + Na acetilcisteina = promovem a “limpeza” do escarro MEIOS - Loenstein-Jensen - 7H10 e 7H11 (sólidos) - 7H9 (líquido) TESTE TUBERCULÍNICO (PPD) Antígenos de micobactéria Formação de “carrocinho” – exame positivo – já teve o contato com a micobactéria A interpretação do resultado depende da população a qual o paciente está incluído: O resultado é positivo quando: Pacientes HIV+ e crianças não vacinadas > 5 mm Outros > 10mm Indica apenas a exposição ao micro-organismo, não significa doença ativa. Xpert MTB/Rif Teste de PCR em tempo real para diagnóstico molecular da tuberculose e da resistência à rifampicina Implantado no SUS *teste molecular não substitui a baciloscopia para acompanhamento do tratamento RESISTÊNCIA Multiresistente (MDR): resistente à isoniazida e rifampicina Estimativa em 2016 de 480 mil casos no mundo. Extensamente resistente (ER): Resistência à isoniazida e rifampicina e a fluoroquinolona e mais a uma medicação injetável (amicacina, capreomicina ou canamicina). O TB adquire resistência aos antibióticos apenas por mutação e não por transdução, conjugação ou transformação. HANSENÍASE Também conhecida como lepra Mycobacterium leprae - doença infecciosa bacteriana crônica que acomete a pele e nervos periféricos *perda de sinais (calor, frio, toque..) - transmitida via aérea Multibacilar (Lepromatosa) - Presença de múltiplas lesões cutâneas, infiltrado de nervos periféricos e das lesões de pele, grande número de bacilos e pela presença de poucos linfócitos T nas lesões. Paucibacilar (Tuberculóide) - Pequeno número de lesões cutâneas, poucos bacilos nas lesões, proliferação e recrutamento de linfócitos T, que contribuem para o controle da infecção.