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Atividade da disciplina de Líquidos Biológicos
Stéfanie Hollas Biomedicina 7º Semestre- manhã
Tuberculose 
A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada por bactérias pertencentes ao complexo Mycobacterium tuberculosis. Entre as bactérias desse complexo, o Mycobacterium tuberculosis é o agente mais comumente isolado nos casos de tuberculose. A tuberculose geralmente afeta os pulmões, mas ocorre envolvimento extrapulmonar em até um terço dos casos.
O M. tuberculosis, ou bacilo de Koch, é um bastonete aeróbio obrigatório que cresce com facilidade em tecidos com alta concentração de O2 (p. ex., pulmões). O M. tuberculosis é uma bactéria intracelular facultativa que infecta células do sistema mononuclear fagocitário (p. ex., macrófagos), podendo parasitar com baixa atividade metabólica, persistindo, dessa forma, viável por longos períodos (anos). A alta concentração de ácido micólico na parede do M. tuberculosis torna-o neutro à coloração de gram, contudo lhe confere a capacidade de reter fucsina, resistir à lavagem por solução ácido-alcoólica e aparecer nas lâminas com coloração vermelha sob fundo azul (método de Ziehl-Neelsen). Tal característica faz com que seja conhecido como bacilo álcool-ácido-resistente (BAAR) 
Causas
Na maior parte das pessoas que são infectadas, a doença não se manifesta por conta de defesa do organismo. Fatores como debilidade causada por outras doenças, tabagismo acentuado, desnutrição, condições sócio econômicas e de higiene favorecem a instalação da pneumonia por tuberculose. Adultos, jovens ou pessoas com os fatores de risco citados são os mais acometidos.
Sintomas
Sintomas mais característicos são tosse crônica, às vezes com raias de sangue, febre vespertina (no final do dia) e emagrecimento, que persistem por meses se não houver diagnóstico. Do pulmão a bactéria pode migrar, se não tratada, para outros locais do corpo causando outras lesões.
 
 
Diagnóstico
 
O diagnóstico é feito por exames:
Bacteriológicos
· Baciloscopia
· Teste rápido molecular para tuberculose
· Cultura para micobactéria
Por imagem (exame complementar)
· Radiografia de tórax
Baciloscopia 
A baciloscopia direta do escarro é método fundamental porque permite descobrir as fontes mais importantes de infecção – os casos bacilíferos. Esse exame, quando executado corretamente, permite detectar de 70 a 80% dos casos de tuberculose pulmonar em uma comunidade.
Baciloscopia - ou exame microscópico, é a pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes - BAAR em esfregaços da amostra, preparados e corados com metodologia padronizada.
Figura 1 – Lâmina de escarro corada pelo método de Ziehl Neelsen
Cultura - é o exame que permite o isolamento e a multiplicação de BAAR, a partir da semeadura da amostra
em meios de cultivo específicos para micobactérias.
Figura 2 – Meio de Lowenstein-Jensen com colônias de micobactérias
Como qualquer espécie de micobactéria pode se desenvolver nesses meios, é preciso realizar testes de identificação, que possibilitam a diferenciação do M. tuberculosis de outras micobactérias, em amostras de cultura positivas para BAAR. Os testes mais utilizados são:
• prova de crescimento de colônias bacterianas em PNB (ácido p-nitrobenzóico): consiste na observação do crescimento de colônias de micobactérias em meio de cultura contendo PNB. O meio de cultura contendo este tipo de ácido (PNB) inibe a multiplicação do M. tuberculosis não ocorre a formação de colônias bacterianas;
• prova de produção da niacina: detecta a niacina produzida pelo M. tuberculosis e acumulada no meio de cultura. As outras micobactérias não produzem niacina em quantidade suficiente para a detecção nessa prova;
• prova de redução do nitrato: detecta o nitrito produzido pela redução de nitratos, devido a presença da enzima nitrato-redutase.
Teste Rápido Molecular para Tuberculose
	O Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) é um teste automatizado, simples, rápido e de fácil execução nos laboratórios.
o teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento, o que permite maior agilidade no diagnóstico e no início do tratamento.
Para realizar o teste primeiro é feita a preparação da amostra de escarro. A coleta deve ser feita com qualidade, – de 5 a 10 ml – sem saliva, sangue, resíduos de alimentos ou qualquer coisa que dificulte a análise. 
Cultura para micobactéria 
 Está indicada nos casos suspeitos que se mantêm com baciloscopia negativa, nas situações de falência terapêutica (para observação de resistência), nas formas extrapulmonares (cultura do líquor, sangue, urina, fezes, aspirado ganglionar, líquido pleural, líquido pericárdico e macerado de biópsia). Após o isolamento, quando disponível, é feito o teste de sensibilidade aos tuberculostáticos e tipificação do bacilo.
Exame radiológico 
Métodos de imagem constituem importantes recursos para o diagnóstico e o acompanhamento da tuberculose pulmonar. Na radiografia de tórax, a tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-se sob a forma de consolidações, cavitações, padrões intersticiais (reticulares/retículo-nodulares), linfonodomegalias hilares ou mediastinais e derrame pleural. Imagens compatíveis com doença ativa, como nódulos centrolobulares de distribuição segmentar, cavidades de paredes espessas, espessamento de parede brônquica ou bronquiolar, bronquiectasias e linfonodomegalias, podem ser observadas pela tomografia computadorizada do tórax; cavidades de paredes finas, bronquiectasias de tração e estrias são imagens sugestivas de sequela da doença, assim como o enfisema e o aspecto em mosaico do parênquima pulmonar. A cintilografia com o citrato de gálio-67 é um método complementar útil na detecção de processos infecciosos, incluindo a tuberculose, especialmente em pacientes imunossuprimidos. Estudos de inalação e perfusão pulmonar são utilizados na avaliação préoperatória de pacientes com sequelas de tuberculose ou tuberculose multirresistente.
Prognóstico e tratamento:
A tuberculose é uma doença curável. O progresso da tuberculose da infecção para franquear a doença envolve superação das defesas do sistema imunitário pelas bactérias. 
O tratamento é feito com uso de antibióticos e dura, no mínimo, seis meses. Os comprimidos devem ser tomados diariamente. Não pode haver abandono nem desistência do tratamento antes do término, pelo risco de resistência bacteriana.
 
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