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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO ALVORECER DA JUVENTUDE TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA E COMUNICATIVA O Docente ________________________ Luanda, 2025 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO ALVORECER DA JUVENTUDE TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA E COMUNICATIVA Curso: Engenharia Informática 1º ano Sala: 10-Cisco Grupo: nº6 INTEGRANTES DO GRUPO · Júlio César · Hermenegildo Ganga · Theofhille Albano · Paulo Lopes · Josemar Mateus · Mario Emílio · Igor Jair M. Bango · Dejaniro Hitewa de Carvalho · Lourenço Neto Luanda, 2025 ÍNDICE INTRODUÇÃO 4 OBJECTIVO GERAL 4 OBJECTIVO ESPECÍFICO 4 1 - COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA 5 1.1 - Áreas de Estudos Relacionadas 5 1.1.1 - Linguagem infantil 5 1.1.2 - Afasia 5 1.1.3 - Multilinguismo 6 1.1.4 - Entendendo o humor 6 2 - COMPETÊNCIA COMUNICATIVA 7 2.1 - Relação com o diálogo intercultural 8 CONCLUSÃO 9 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 10 INTRODUÇÃO A competência linguística representa a habilidade inerente ao indivíduo para adquirir uma língua, permitindo a expressão do pensamento por meio da capacidade de produzir e compreender o idioma por meio da finita sucessão linguística. Nesse contexto, a enunciação ocorre através de unidades linguísticas, como: frases, orações, sentenças ou enunciados regidos por um conjunto específico de regras e estruturas idiomáticas. A competência linguística se destaca como um processo comunicativo no âmbito social para estabelecer uma relação comunicativa humana que transcende não apenas a fala intrínseca, mas implica na escrita formal em situações reais de comunicação. OBJECTIVO GERAL O objeto do presente trabalho se baseia em um estudo complementar das competências linguística e comunicativa, assumindo a relevância de ambas as teorias em nossos contextos de ensino de Língua Portuguesa. OBJECTIVO ESPECÍFICO · Compreensão e Produção Oral · Leitura e Interpretação de Textos · Produção Escrita · Uso Adequado da Norma Gramatical · Interação e Estratégias Comunicativas 1 - COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA A competência linguística é definida como habilidade de compreender e utilizar uma língua de maneira eficaz, abrangendo aspectos como compreensão auditiva, leitura, expressão oral e expressão escrita. Indivíduos com competência linguística desenvolvida são capazes de compreender textos complexos, comunicar-se de forma clara, precisa, emprega adequadamente normas gramaticais e vocabulário da língua em questão. Essa competência desempenha um papel fundamental na comunicação eficaz em diversos contextos, incluindo profissional, acadêmico e social. Por isso, torna-se, por sua vez, um contíguo de princípios, ou preceitos que um indivíduo tem no pensamento, que lhe possibilita lançar de si e abiscoitar qualquer enunciado compreensivo a mente e ao idioma que se comunica. Imediatamente, se ajuíza que esses enunciados são ou não bem formadas e sê-los pertencentes a uma determinada língua. 1.1 - Áreas de Estudos Relacionadas A competência linguística é comumente usada e discutida em muitos estudos de aquisição de idiomas. Algumas das mais comuns são na aquisição de línguas de crianças, afásicos e multilíngues. 1.1.1 - Linguagem infantil A visão Chomskyana de aquisição da linguagem argumenta que os humanos têm uma capacidade inata - a gramática universal - de adquirir a linguagem. No entanto, uma lista de aspectos universais subjacentes a todas as línguas tem sido difícil de identificar. Outro ponto de vista, defendido por cientistas especializados na aquisição da linguagem, como Tomasello, argumenta que a linguagem das crianças pequenas é concreta e baseada em itens, o que implica que sua fala é baseada nos itens léxicos conhecidos do ambiente e na linguagem de seus cuidadores. Além disso, as crianças não produzem afirmações criativas sobre experiências passadas e expectativas futuras porque não tiveram exposição suficiente à sua língua alvo para fazê-lo. Assim, isto indica que a exposição à linguagem desempenha mais um papel na competência linguística de uma criança do que apenas suas habilidades inatas. 1.1.2 - Afasia Afasia refere-se a uma família de desordens clinicamente diversas que afetam a capacidade de comunicar-se oralmente ou na linguagem escrita, podendo ser os dois, dependendo do dano cerebral. Na afasia, o dano neurológico inerente é frequentemente assumido como uma perda de competência linguística implícita que danificou ou eliminou centros neurais ou caminhos necessários para a manutenção das regras e representações linguísticas necessárias para a comunicação. A medida da competência linguística implícita, embora aparentemente necessária e satisfatória para a teoria da linguística, é complexamente entrelaçada com fatores de desempenho. Transiência, estimulação e variabilidade no uso da linguagem afásica fornecem evidências para um modelo de déficit de acesso que suporta a perda de desempenho. 1.1.3 - Multilinguismo A definição de multilíngue é uma definição que nem sempre tem sido muito clara. Na definição de um multilíngue, a pronúncia, morfologia e sintaxe usada pelo falante no idioma são critérios-chave usados na avaliação. Às vezes, o domínio do vocabulário também é levado em consideração, mas não é o critério mais importante, pois pode-se adquirir o léxico no idioma sem conhecer o uso adequado do mesmo. Ao discutir a competência linguística de um multilíngue, tanto a competência comunicativa quanto a competência gramatical são frequentemente levadas em consideração, pois é imperativo que um falante tenha o conhecimento para usar o idioma corretamente e com precisão. Para testar a competência gramatical em um falante, são usados com frequência julgamentos de gramática de afirmações. A competência comunicativa, por outro lado, é avaliada através do uso de afirmações apropriadas em diferentes contextos. 1.1.4 - Entendendo o humor A linguagem é frequentemente implicada no humor. Por exemplo, a ambiguidade estrutural das sentenças é uma fonte chave para piadas. Veja a linha de Groucho Marx da Animal Crackers: "Uma manhã disparei um elefante em meu pijama; como ele entrou em meu pijama eu nunca saberei". A piada é engraçada porque a frase principal poderia teoricamente significar que o locutor, enquanto usava pijama, atirou num elefante ou o locutor atirou num elefante que estava dentro de seu pijama. Propostas de linguistas como Victor Raskin e Salvatore Attardo foram feitas afirmando que existem certos mecanismos lingüísticos (parte de nossa competência linguística) subjacentes a nossa capacidade de entender o humor e determinar se algo foi feito para ser uma piada. Raskin apresenta uma teoria semântica formal do humor, que agora é amplamente conhecida como a teoria semântica do humor (SSTH). A teoria semântica do humor é projetada para modelar a intuição do falante nativo com relação ao humor ou, em outras palavras, sua competência em humor. A teoria modela e assim define o conceito de humor e é formulada para uma comunidade ideal de falantes, ou seja, para pessoas cujos sentidos de humor são exatamente idênticos. A teoria semântica do humor de Raskin consiste em dois componentes - o conjunto de todos os roteiros disponíveis para os oradores e um conjunto de regras combinatórias. O termo "roteiro" usado por Raskin em sua teoria semântica é usado para se referir ao significado lexical de uma palavra. A função das regras combinatórias é então combinar todos os significados possíveis dos roteiros. Portanto, Raskin postula que estes são os dois componentes que nos permitem interpretar o humor. 2 - COMPETÊNCIA COMUNICATIVA competência comunicativa a linguagem por ser um fato social construído na evolução humana por meio das invenções como um instrumento de comunicação. Por isso, é: “um conjunto de signos convencionais que só se ligam ao conceito de significantes e significados – a linguagem compreende um conjunto de sons articulados e também um sistema de estruturaaltamente complexa e simétrica”. Por essa razão, a competência comunicativa está estritamente ligada ao ensino de língua portuguesa. Assim, o aluno usa à língua como idioma oficial, língua materna e ao estrangeiro como uma segunda língua. Para ambos os casos se faz necessário os usuários ter desempenho e habilidade no discurso para proferir o pensamento da mais perfeita forma possível ao entendimento do alocutório com melhor performance à interação social. Sendo assim, ao se pensar sobre uma frase lógica sob Moderna Gramática Portuguesa, de, tem-se uma oração na seguinte sequência de ordem canônica: sujeito mais complemento, em que: “a técnica livre abarca os elementos constitutivos da língua”. Desse modo, se percebe que se insere em uma sentença gramatical, mas se a ordenar em: “abarca a técnica livre os elementos constitutivos da língua” estão de modo agramatical, por ser uma frase estranha e incompreensível a mente humana dos falantes de língua portuguesa. Logo, não é uma frase boa, contudo, não pertence à língua portuguesa, porque há uma regra de anteposição do verbo antes de um substantivo, nesse caso o sujeito, porque o sujeito fica indeterminado. Diante disso, pode-se afirmar que a competência linguística é percebida como derivada da gramática internalizada de um idioma pelo falante. Nos dias atuais, o que se sabe é que essa consideração foi proposta pelo enfoque formal da língua portuguesa numa teoria gerativista, d’A Gramática Gerativa, de Ruwet e Chomsky (1979) e se justapõe ao ensino ao implicar que o ensino de gramática seria voltado para um admissível alargamento dessa envergadura linguística, uma das condições para produzir texto, na língua. Neste caso, em língua portuguesa por meio das performances através de um conjunto organizado de palavras, expressões, frases de uma língua, que, escrito por um autor, compõe uma obra, livro, documento ou falado. Simultaneamente, há o processo comunicativo que impregna reflexão, expansividade e franqueza linguística, consequentemente, se tem à lógica que diz respeito à argumentação silogística, que, ora procede, ora se deduz pelo raciocínio dedutivo. Ao conceituar competência linguística, se percebe que é a disposição de dois substantivos colocados em ordem morfossintática de “competência” mais “linguística”. Entretanto, ao sequenciar é possível incrementá-la de algum modo no ato de produção oral ou escrito para produzir textos da língua em uso e formar um número finito de frases: simples e compostas. Desse modo, se pondera que a competência linguística concebe uma capacidade para acomodar e manusear as formas dos signos linguísticos através das práxis, concebidos de regras sintáticas, morfológicas e ortográficas para formar novas palavras por meio de um encadeamento frasal que tenha sentido e significado aos sujeitos em interação social durante um processo comunicativo. Noutras palavras, a adequação linguística está relacionada à habilidade de adaptar a linguagem para atender às exigências e normas do contexto em que a comunicação ocorre. Por exemplo, a adequação pode envolver o uso de diferentes registros linguísticos em situações formais e informais, a escolha de palavras específicas dependendo do público-alvo ao fazer consideração de normas culturais para si comunicar num ambiente multilíngue. Assim, a adequação linguística é uma dimensão importante da competência comunicativa, pois contribui para realizar a eficácia da comunicação, garantindo que a mensagem seja compreendida de maneira apropriada e respeitando as convenções sociais e culturais do contexto em que ocorre. A competência linguística abrange a capacidade de articular a linguagem de forma contextualizada, reconhecendo a imanência dos elementos linguísticos e aplicando a adequação necessária para interagir de maneira eficaz em diversas situações. 2.1 - Relação com o diálogo intercultural O conceito se encaixa apenas parcialmente no diálogo intercultural. Ele não se encaixa na medida em que a competência comunicativa presume que os participantes de uma dada interação devem compartilhar normas culturais sobre o uso apropriado da língua, por exemplo, quando usar linguagem formal ou informal. Por outro lado, o conceito se encaixa na medida em que a competência comunicativa tem como foco o uso da língua para alcançar objetivos estratégicos. Competência comunicativa intercultural é uma extensão do conceito, e se refere ao conhecimento do que fazer quando as normas culturais do que seja comportamento linguístico apropriado não são compartilhadas mas mesmo assim é necessário que os objetivos comunicativos sejam alcançados. Tal conhecimento inclui a sensibilidade de considerar que diferentes estilos de interação são culturalmente condicionados. CONCLUSÃO O exame aprofundado da competência linguística neste estudo revelou sua vasta complexidade e importância nos âmbitos profissional, acadêmico e social. A habilidade de compreender e utilizar uma língua eficaz abrangem aspectos como compreensão auditiva, leitura, expressão oral e expressão escrita, demonstra a amplitude dessa competência. A interligação entre competência linguística e competência comunicativa foi explorada, destacando a linguagem como um fenômeno social construído ao longo da evolução humana. A competência comunicativa, vinculada ao ensino de língua portuguesa, abrange tanto o uso da língua materna quanto a aquisição de uma segunda língua, destacando sua relevância nas interações cotidianas. A conclusão final deste estudo destaca que o ensino por competências, ao unir teorias sociointeracionistas e de letramento promove uma abordagem mais abrangente da língua como dimensão social. A necessidade de desenvolver a competência gramatical em conjunto com competência linguística foi reconhecida, considerando a língua como uma ferramenta de influência mútua na sociedade. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ANTUNES, Ciro Carlos. As primeiras manifestações linguísticas da língua portuguesa: políticas de línguas nacionais. In.: SALEM, Khalil (org.). Linguagens em mosaico: da teoria linguística ao prisma literário, 2012, p. 35-44. ANTUNES, Ciro Carlos. Um estudo das regras de uso do hífen, segundo o acordo ortográfico de 1990. 2014. 169 f. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014. Hymes, D. (1972). On communicative competence. In J. B. Pride & J. Holmes (Eds.), Socio-linguistics (pp. 269-293). Harmondsworth: Penguin. Rickheit, G., & Strohner, R. (Eds.). (2009). Handbook of communication competence. Berlin: Mouton de Gruyter. Chomsky, Noam. (1965). Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge, MA: MIT Press. ↑ Paulston, Christina Bratt. "Linguistic and communicative competence." TESOL quarterly (1974): 347-362. ↑ Hymes, D. (1992). The concept of communicative competence revisited. Thirty years of linguistic evolution. Studies in honour of René Dirven on the occasion of his sixtieth birthday, pp. 40-41. 2 image1.jpeg