Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
Evolução Histórica:
1° Fase: Direito Comercial Corporativo – Idade Média
· Renascimento comercial europeu;
· Indiferença do Estado com a sociedade; 
· Criação de normas pelos comerciantes da época através das Corporações de Ofício; os integrantes das Corporações (burguesia) produziam sua própria regulamentação e ditavam as regras para a as demais pessoas, ou seja, havia a incidência do critério subjetivo para “controle” da população; 
· Houve um crescimento das Corporações e, juntamente, o seu poder. Assim, o Estado se manifestou e agiu para produzir novas leis, com o intuito de acabar com essa “autonomia”.
2° Fase: Direito dos Atos do Comércio – Idade Moderna - Teoria dos Atos de Comércio ou Sistema Francês
· Impulsionada pela substituição do Sistema Feudal pelo Mercantilismo;
· A disciplina jurídica destina-se a certos atos e não leva em conta se as pessoas estão ou não vinculadas a alguma “associação” específica. Desse modo, o critério passa a ser objetivo, abrangendo-se não a pessoa em si, mas sim o que ela buscava na sociedade.
· Busca a igualdade de tratamento. Fortalecimento do Estado nacional.
3° Fase: Atualidade – Moderno – Teoria Jurídica da Empresa
· Como os sistemas anteriores não foram suficientes, estabeleceu-se que não há mais nenhum critério para quem ou o que regula/abrange o que pode ser empresa ou empresário; empresa passou a ser a atividade econômica organizada cuja marca essencial é a obtenção de lucros.
· O código civil adota o conceito de empresa para regular a atividade o exercício da atividade econômica – lucros.
· Direito comercial (subjetivo moderno) – destina-se a regular/tutelar o EMPRESÁRIO – QUEM EXERCE A EMPRESA.
No Brasil, houve inspiração Francesa para a criação do Código Comercial em 1850, ou seja, seguiu a Teoria dos Atos de Comércio. Após, houve a mudança para a Teoria Jurídica da Empresa, inspiração Italiana.
Empresa: Empresa é a própria entidade econômica fundada com fins lucrativos. Qualquer pessoa que realiza uma atividade econômica com intuito de obter lucro é empresário.
Perfis que definem o que é Empresa:
· Subjetivo: Pessoa;
· Objetivo: Estabelecimento-Patrimônio;
· Corporativo: Grupo determinado de pessoas;
· Funcional: Atividade econômica – o adotado atualmente.
DIREITO EMPRESARIAL – conjunto de normas jurídicas que disciplinam o exercício da atividade econômica explorada.
Princípios Gerais/Comuns do Direito Empresarial:
O uso dos Princípios na aplicação das leis fez com que houvesse a: Superação do positivismo (imposição fria da lei); Inserção dos valores na construção/aplicação da norma jurídica; Constitucionalização do Direito (valores e normas passam a impor prestações ao Estado).
Os Princípios dependem das regras; não há Princípio sem regra. Princípios não substituem as regras (normas) válidas em vigor.
A ordem econômica imposta na CF é heteróclita, é mista, híbrida, não há dois polos extremistas que permite ou não permite um modelo a ser seguido - art. 1°, 3°, 5°, 170 e 174 da Constituição Federal.
A ordem econômica ou constituição ECONOMICA NA CF
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) Valorização do trabalho enquanto interesse fundamental.
V - o pluralismo político.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re
sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XIII - e livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Essas normas estçao fora do catalogo econômico, no entanto a CF erradia seus valores para todas as leis infraconstitucionais.
ORDEM ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. (Vide Lei nº 13.874, de 2019). Há uma liberdade, no entanto existem alguns casos que o estado necessita estar presente.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
· Através da fiscalização o Estado busca dar eficácia às normas e medidas adotadas na regulação econômica para concretizar os princípios do art. 170 da Constituição Federal.
Ordem econômica = texto heteróclito (misto, híbrido)
O estado é neoliberal, mas a atividade econômica varia conforma a ideologia do estado.
DIREITO ANTITRUSTE - CADE: autarquia federal, que autoriza a participação do Estado, em certos casos. Estado não possui uma liberdade absoluta.
Princípio da livre iniciativa:
Estabelece a não intervenção do estado na economia (plena liberdade de iniciativa econômica), revela uma opção política de produção capitalista – capitalismo abstrato.
· Por outro, exige do poder público medidas que coíbam praticas empresariais/econômicas incompatíveis com regras do mercado (livre concorrência). O estado só interverá quando necessário, para manter a liberdade de condições para os agentes econômicos. 
· Não veda a intervenção estatal do domínio econômico, MAS A IMPÕE LIMITES. EX: estado age para acabar com um ato ilícito.
· PLI não é absoluta, pressupondo o equilíbrio entre a liberdade de empresa e a promoção da justiça social.
Dessa forma dependendo do ideologismo, o ESTADO PRODUZ MAIS NORMAS LIBERAIS, SE FOR UM ESTADO LIBERAL – TEM UM CARATER INSTRUMENTAL, VOLTADO A JUSTIÇA SOCIAL (respeito ao princípios da LI e LC).
· Condicionamentos á liberdade de iniciativa privado- econômica ante a necessidade de garantia da justiça social e do bem estar coletivo.
· Constituição oferece garantia dupla: PARA O EMPREENDEDOR E PARA A SOCIEDADE – com limites em ambas as dimensões.
Atuação do estado no domínio econômico
0) Em sentido estrito: somente quando houver previsão legal.
1) Direta: por absorção ou participação na atividade econômica. ESTADO COMO UM AGENTE ECONÔNIMICO.
Na absorção ele assume o controle integral (regime de forma de monopólio), ex: petróleo, pesquisa, lavra – parte da economia que o estado toma para si, não tendo que se falar em livre concorrência e setorprivado; enquanto que na participação, assume o controle parcial do segmento econômico (regime de competição com empresas do mesmo setor). Ex: serviço do banco no financiamento de imóveis, a caixa; estado atua em participação.
2) Indireta: por indução, regulação, normatização, fiscalização, incentivo (renúncia fiscal financiamento) e planejamento. Aqui o estado não é um agente econômico, somente incentiva atividade econômica de alguma forma.
Meia entrada: viola o princípio da livre iniciativa? Reduz a liberdade de concorrência?
- ADI Nº1.950 lei estadual paulista nº 7.844/94.
Não. A princípio há uma limitação sobre o preço da minha empresa, no entanto, o STF julga improcedente ação contra meia entrada para estudantes, pois assim como a união pode intervir na economia, os estados possuem competência concorrentes para legislar na ordem econômica. No entanto, se houver valores de cultura X LC E LI – não se pode analisar os parâmetros econômicos de forma isolada – prevalece o interesse da coletividade.
Tabelamento e precificação pelo estado: A fixação pelo estado do preço dos produtos derivados de cana, abaixo do custo de produção maltrata o principio da livre iniciativa?
Sim, pois se ele intervir, ele agirá de maneira ilícita. 
STF: fere o principio da livre iniciativa
Fere a livre iniciativa o ato normativo que estabelece as empresas cinematográficas a obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais?
Art. 55 e 59 MPv. Nº2.28-1, de seis de setembro de 2001
Não, pois a cota tela é constitucional
Valores: cultura brasileira e fortalecimento da empresa cinematográfica nacional X livre iniciativa 
Quem deve definir o montante do capital social da empresa?
Estado não pode intervir, eu que defino o valor do meu capital social e cada um que constitui a empresa que contribui com esse valor e não o estado. A atuação do estado viola, dessa forma a livre iniciativa.
*EIRELI deixou de existir 
STF, no caso da EIRELI, não fere o principio da liberdade- ART. 170: a exigência de capital social mínimo não impede o livre exercício de atividade econômica.
PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. (LEI DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA, ANTITRUSTE)
· Estabelece a vedação ao monopólio – exploração privada exclusiva, artificial; veda somente quando o monopólio é exercido de maneira ilícita.
· Por essa lei o legislativo, executivo e judiciário exerce e fiscaliza a lei 
O monopólio existe quando um indivíduo ou empresa especifica tem controle suficiente sobre determinado produto ou serviço para estabelecer de modo significativo os termos em que outros indivíduos terão acesso a ele.
· PLC coíbe determinadas praticas empresariais incompatíveis (concorrência ilícita), Infrações contra ordem econômica, de alguma maneira tentam contra a livre concorrência, LDC art.36
· Promove a abertura jurídica concedida aos particulares para competirem entre si, em segmento licito, objetivando um êxito econômico pelas leis de mercado e a contribuição para o desenvolvimento nacional e justiça social
· O PLC limita a possibilidade da revisão judicial dos contratos empresariais -relatividade: Pacta sun servanda diz que o contrato vira lei entre as partes, no entanto entre partes hipossuficientes, pode haver relativização, por outro lado, nos contratos empresariais a relativização deve ser reduzida, pois os contratos empresariais são realizados por pessoas que estão em pé de igualdade.
· LC – não é um fim em si, as um meio de tutelar o interesse do consumidor.
PARADOXO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
Nosso governo não oferece um liberalismo puro, ele mescla normas de ordem empresariais. Quando se fala em LI, os agentes econômicos devem ser livres para atuar no mercado sem a intervenção do Estado, (atuação subsidiaria e excepcional do estado na vida privada) No entanto quando há um desiquilíbrio na economia, há a necessidade que o estado interfira para equilibrar as condições de mercado e seus concorrentes, para reestabelecer a livre concorrência.
A defesa da livre concorrência é um imperativo constitucional (art. 170 IV), que deve harmonizar-se com o princípio da livre iniciativa (170 capput), no entanto a livre concorrência nem sempre conduz a livre iniciativa, dai a necessidade da presença do estado regulador e fiscalizador, para viabilizar a LI e disciplinar a competitividade, enquanto fator relevante na formação de preços;
A livre iniciativa não é sinônimo de liberdade econômica absoluta, é uma liberdade social que pode ser limitada. – o PLI, art. 170 da CF, 
· A exclusividade de concessão de empréstimo consignado conferida entre a estadual a uma instituição financeira viola o PLI? LC?
Sim, pois eu dou exclusividade de empréstimo consignado pactuado entre uma instituição financeira e outra estatal, dessa forma eu beneficio uma empresa e prejudico a livre concorrência, e eu como usuário não posso escolher outra instituição financeira.
· A Lei municipal estabelece que estabelecimentos concorrentes devem ter uma limitação de distancia entre eles, viola o princípio da LI/LC?
Sim, Sum. 49 STF -INTERESSE LOCAL NÃO PODE SE SOBREPOR SOBRE A CF.
· a titulo de incentivar o estado do nordeste, pois um tratamento tributário desigual aos fornecedores do mesmo produto destinado a exportação. O fende o PLI/LC?
Não, de maneira que fator de discriminação deve ser legitimo para justificar o tratamento desigual, isso foi mostrado no objetivo de reduzir as desigualdades regionais, assim dando a oportunidade de os nordestinos serem mais contratados e trabalharem mais.
 * Tabelamento do frete de caminhoneiros autônomos; hoje existe um preço fixo do valor do frete que os caminhoneiros autônomos tem que receber. No entanto o tabelamento feito pelo estado não ofende a livre concorrência de agentes que atuam no mesmo serviço? Ou a liberdade de iniciativa dos caminhoneiros de impor seu próprio preço? Não,, como garantia de que os caminhoneiros recebam pelo menos um valor fixo: a lei 13.703/18 atr 4º.
* Lei municipal que impõe o empacotamento nos mercados, a lei julga inconstitucional por dizer como as empresas devem atuar.
PLI X SOBERANIA NACIONAL
Estabelece tratamento favorecido com redução de custos de produção e transação: 
· as atividades inerentes a pesquisa e lavra de recursos minerais, são concedidas somente aos brasileiros, restringindo a atuação nesses postos de estrangeiros, assim como ser donos de imprensa.
· Empresa jornalística de radiofusão sonora e de sons e imagens é PRIVADA DOS BRASILEIROS, natos ou natural; AUTORIZADOS SE +DE 10 NOS.
· Tratamento diferenciado as empresas de pequeno porte 
LEI DA LIBERDADE ECONÔMICA
Ela dispõe sobre a limitação á intervenção estatal na economia, intensificando a liberdade de empresa
· É programática – estabelece a intensidade da liberdade de empresa, por meio de regras e princípios 
· É um guia hermenêutico, um protocolo sobre a sua intervenção -quando interpretamos normas, devemos estar sujeitos a intuição da lei
· Não modifica o paradigma da intervenção do estado na economia, mas estabelece diretrizes, oferecendo segurança jurídica
PRINCÍPIOS DA LLE
LEI 13.874 
Art. 2º São princípios que norteiam o disposto nesta Lei:
I - a liberdade como uma garantia no exercício de atividades econômicas;
II - a boa-fé do particular perante o poder público;
III - a intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas; e
IV - o reconhecimento da vulnerabilidade do particular perante o Estado.
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre os critérios de aferição para afastamento do inciso IV do caput deste artigo, limitados a questões de má-fé, hipersuficiência ou reincidência.
C) declaração dos direitos de liberdade econômicaArt. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e o crescimento econômicos do País, observado o disposto no parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal:
I - desenvolver atividade econômica de baixo risco, SEM A NECESSIDADE DE ATOS DO PODER PÚBLICO para a sua liberação - se o exercente se valer de propriedade exclusivamente de propriedade privada própria:
II – definir livremente , em mercados não regulados, o preço de produtos e de serviços como consequencia de alterações da oferta e da demanda
III- receber tratamento isonômico de órgãos e de entidades da ADM pública, quanto ao exercício dos atos de liberação econômica, hipótese em que os atos de liberação estão vinculados aos critérios de interceptação adotados em decisões administrativas.
IV – GOZAR DA PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ dos atos praticados na ATV econômica – as duvidas de interpretação do DC, DE, entre outras, são resolvidas de forma a reservar a autonomia privada.
V- desenvolver, executar, comercializar novas modalidades de serviço quando aas normas nfralegais se tornarem desatualizadas
VI- ter a garantia que os negócios jurídicos empresariais paritários serão objeto de LIVRE ESTIPULAÇÃO DAS PARTES PACTUANTES, de forma a aplicar todas as regras do direito empresarial apenas de maneira subsidiaria ao avençados, exceto normas de ordem pública (LIBERDADE DE PACTUAÇÃO)
VII- não ser exigida medida de prestação compensatória abusiva 
VIII- não ser exigida pela ADM pública certidão sem previsão expressa em lei.
MANIFESTAÇÃO EXPRESSA DO PLE:
Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. 
Art. 421-A. Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até a presença de elementos concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, garantido também que: 
I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e observada; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e limitada. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
IX- vedação ao abuso regulatório como garantia de livre iniciativa- a ADM PÚB. Não pode:
a) criar reserva de mercado ou favorecer gripo econômico; 
b) impedir novos consumidores ingressem no mercado; 
c) exigir especificação técnica desnecessária;
d) redigir enunciados que impeçam a adoção de novas tecnologias;
e) aumentar custos de transação sem demonstração de benefícios 
f) introduzir limites a livre formação de sociedades empresariais 
g) restringir o uso e o exercício da publicidade
h) exigir sobre pretexto de inscrição tributaria, requerimentos que limitem o art. 3º
FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
É o princípio que se extrai do principio da função social da propriedade (art. 5º, XXIII e 170, III – CF), aplicado a propriedade dos bem de produção. Existindo uma função social da propriedade, garante também a função social da empresa.
Lei nº6.404/96 – estabelece em dois artigos (116/154) os rumos definidos das sociedades por ações que devem atender as funções sociais da empresa.
· É consequencia direta da articulação da ordem econômica constitucional
· A função social compreende um PODER- DEVER DO PROPRIETÁRIO
· O exericio da empresa não deve se restringir a eficiência lucrativa; 
· Cumpre com a função social a empresa que gera empregos, tributos, riqueza, que contribui para o des. Econômico, social e cultural da comunidade que atua, a adotar praticas empresariais sustentáveis e respeitar os direitos dos consumidores
· Responsabilidade social é diferente da faculdade de AJUDAR A COMINDADE 
Ex: dar dizimo 
P. PRESERVAÇÃO DA EMPRESA
Subprincípio que diz respeito a continuidade da atividade econômica 
Reconhece que, em torno do funcionamento regular e desenvolvimento de cada empresa, não circundam apenas interesses individuais dos empresários, mas outros interesses inerentes as outras pessoas. Ou seja, ele prevê várias normas que tratam da função social da empresa e execução das normas constitucionais pelas administrações públicas, como a lei da improbidade administrativa.
MANIFESTAÇÕES DESSE PRINCÍPIO:
- dissolução parcial das sociedades
- Recuperação judicial da empresa
- continuidade da empresa por pessoa incapaz (herdeiro menor pode ser empresário)
- Subsidiariedade da penhora.
P DA LEGALIDADE APLICADO AO EXERCÍCIO DA EMPRESA
DIREITO CUSTO 
Art. 5º, II – AGARNTIA CONTRA O ARBÍTRIO 
A legalidade estrita no direito administrativo diz que o estado so pode fazer o que está prescrito na lei, isso é chamado de JURISDICIDADE, assim no direito comercial, ele é obrigado a fazer não so oque está pautado em uma norma, mas sim na CF.
- o direito como custo, as obrigações legais (fazer e não fazer) fornecem ao empresário parâmetros para cálculos imprescindíveis a exploração da atividade econômica. Ou seja, fornece parâmetros para a fixação de prazos, como fazer um planejamento da minha margem de lucro e dos meus custos.
- assim, a observância do direito (lei) funciona como fonte de igualdade de competição entre agentes econômicos (todos estão sujeitas as obrigações legais). Dessa forma, a ilegalidade pode surgir como forma de concorrência ilícita se eu não observo as obrigações legais: EX cobro um preço menor;
A sonegações de impostos é uma ilegalidade?
Sim, uma forma de ganhar o mercado de uma forma ilícita. Ex: empresa usam a inadimplência tributária para reduzir preços artificialmente.
- aquele que não paga tributos, lesam os cofres públicos, inviabiliza políticas sociais, oferecendo um preço abaixo daqueles praticados por seus concorrentes, exercendo uma concorrência desleal.
Questão: empresa privada prestadoras de serviços recebeu um imóvel da união e nele passou a exercer sua atividade econômica, a união que não utilizava o imóvel e decidiu leiloa-la - no entanto os imóveis da União não pagam IPTU; posteriormente a empresa privada se recusa a pagar o IPTU, sobre a justificativa da imunidade tributária – posteriormente o tribunal reconhece o direito da empresa ao não pagamento do tributo. Acertou ou errou o tribunal? a relatora diz que a imunidade não se estende a empresa privada, pois ela como exploradora da atividade econômica com fins lucrativos, estaria infringindo o principio da legalidade e da livre concorrência.
EMPRESÁRIO;
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Requisitos de caracterização
1) Profissionalidade: o empresário é quem organiza pessoalmente o estabelecimento e o exercício da atividade econômica e faz isso de forma habitual, arbitraria e impessoal.
Ex: pessoa que vendeu doce, mas depois não fez mais – não pode ser esporádica
2) Economicidade: Significa a organização da atividade econômica deve ter finalidade lucrativa.
Ex: clube (associação desportiva) não tem objetivos lucrativos, as associações civis visam o lucro somente como meio de continuar a exercer aquelas funções 
3) Organicidade: qualidade que se dá as articulações dos fatores de produção para o exercício da atividade econômica. É UM FATOR MERAMENTE ACIDENTAL E NÃO ESSENCIAL A ATIVIDADE ECONÕMICA, dessa forma, quando ela não for essencial, provavelmente eu posso estar diante de outras pessoas que exerçam finalidades econômicas com fins lucrativos que não sejam empresários. Ex: médico – ele é empresário, mas não possui organicidade. 
O legislador exclui as pessoas que exerce atividade econômica organizada que devem estar regidas pelo direito comum: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cientifica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa
-se o profissional intelectual quiser,a ele é facultado se organizar como empresário e se sujeitar ao direito empresarial. a possibilidade de o profissional empresarial se organizar como empresa individual , sociedade empresária ou sociedade empresaria limitada unipessoal.
EX; MEDICO GESTOR DE HOSPITAL, MEDICO QUE AGREGA A SUA CLINICA MÉDICA (PRÁTICA DE MEDICINA), O SERVIÇO DE SPA, VETERINÁRIO QUE AGREGA AO SEU OFÍCIO UMA PET SHOP - O exercício da profissão intelectual foi substituído por um sistema econômico organizacional, quando isso acontece, é chamado de elemento da empresa.
ELEMENTO DA EMPRESA;
Preponderância da atividade intelectual lucrativa sobre o exercício intelectual de natureza técnica, ou seja, não é porque ele exerce uma atividade intelectual, não pode ser gestor de um hospital.
Absorção da atividade intelectual como parte (elemento) de toda atividade empresarial. Ex; hospital que contrata o medico como pessoa jurídica e não como empregado, para não pagar os impostos trabalhistas.
· não há exigência do registro de empresa – registro tem natureza declaratória!
· Pode ser que eu tenha empresários sem registros – isso não o declara como não empresário, pois o registro não é requisito para a classificação de empresário.
CONCEITUA-SE EMPRESA: atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros.
· Empresa é atividade econômica organizada
· Empresa não é a pessoa (empresário) que explora a atividade econômica
· Empresa não é o conjunto de bens organizado, o local ou as instalações 
· Empresa não é a sociedade constituída para exercer a atividade econômica 
EXCLUSÕES DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO:
Empreendedor – que não tem empregados/ trabalha em casa 
Sociedades cooperativas – artigo 982 CC §U. – NÃO TEM DIREITO A RECUPERAÇÃO DE EMPRESA 
Profissão intelectual 
Produtor rural – presume-se ser empresário individual, no entanto a lei postula uma faculdade a ele ser ou não
*profissionais intelectuais
CONTRATOS EMPRESARIAIS:
são sempre presumidos, paritários e simétricos;
- as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para interpretação de clausulas negociais e possíveis resolução ou revisão contratual, pois estamos tratando contrato entre empresários e não entre empresários e partes hipossuficientes. (lei da LI e L. econômica)
- o estado não pode julgar discricionariamente que ira intervir no exercício da atividade econômica.
- a revisão contratual ocorrerá de maneira excepcional e limitada sempre que uma das artes forem vulneráveis. 
- microempresas e empresas de pequeno porte não são consideradas vulneráveis.
1) ADVOCACIA: exercida pelo advogado como sociedade simples (vai contra as empresas) ALTERNATIVA sociedade unipessoal de advocacia.
Advocacia não é empresa!
Não são admitidas a registro na junta comercial e os advogados não podem cumprir na sua prestação de serviços a serviços estranhos a advocacia.
2) PRODUTOR RURAL
Não é considerado empresário, todavia,
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Em tese ele deveria estar submetido ao direito empresarial, no entanto, em função da amplitude de espécies de produtores rurais existentes, é facultado a ele se sujeitar ao regime jurídico do direito empresário, ou não. 
*ele faz jus ao tratamento diferencial, favorecido e simplificado quanto à inscrição e aos efeitos dai decorrentes.
*deve estar em situação regular, mesmo antes de exercer a atividade agriclola empresária (REQUISITO PARA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
3) SITUAÇÃO FUTEBOLÍSTICA
971 - Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada empresária, para todos os efeitos.
Transforma uma associação civil em sociedade empresária, sujeito ao regime jurídico empresarial.
Requisitos para o exercício da atividade empresarial;
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
1) CAPACIDADE CIVIL PLENA 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
Incapaz pode ser empresário individual? Sim. Na hipótese de incapacidade superveniente ou por transmissão da empresa por força de herança.
Qual o princípio dá sustentação a essa regra? Princípio da preservação da empresa.
	CONDIÇÕES PARA A CONTINUIDADE DA EMPRESA PELO INCAPAZ
A) Autorização prévia- representação e assistência – impossibilidade do exercício de gerencia;
§1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
LIMITAÇÃO DO RISCO (inerente a empresa): proteção proferida ao interesse patrimonial do incapaz. Assim os bens que o incapaz já tinha antes de possuir a empresa ou de adquirir a incapacidade, ficam segregados dos riscos inerentes a atividade empresarial.
§2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
- OS BENS NÃO PODEM SER ANTES EXERCICIDOS NA ATIVIDADE EMPRESARIAL.
OBS; Quando eu sou empresário individual, posso responder perante seus credores com seus bens patrimoniais, pois não existem distinções.
2) INEXISTÊNCIA DE PROIBIÇÃO OU IMPEDIMENTO LEGAL
- Empresário falido, não pode ser empresário de novo, enquanto não reabilitado, por se mostrar inapto ao exercício da empresa.
- Pessoas condenadas por crime cuja pena veda o acesso a atividade empresarial
- Juizes, membros do MP, servidores públicos cujos estatutos proíbam a atividade empresaria concomitantemente a prestação do serviço publico, 
- membros do poder legislativo (senadores, deputados, e vereadores) se a empresa gozar de favor recorrente de contrato com a pessoa jurídica de direito publico, ou nela exercer função remuneradas (art. 54, II a E ART. 29, ix da CF)
- servidores militares na ativa
- médicos – serviço de farmácia. 
ESTRANGEIROS PODEM SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAIS NO BRASIL? Depende da atividade econômica. Empresas jornalísticas e de radiofusão de sons e imagens se naturalizado a MENOS de 10 anos; atividades de pesquisa de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia são vedados;
E o português? Tratado de amizade
Oque é um preposto? Agem em nome empresário. Representante do preponente, o DE entendeu que ela deve ser regulada por parte do gerente da empresa.
Os atos praticados pelo preposto implicam o preponente perante terceiros? Depende so poder que eu dei pra ele. 1.174, 1176, 1178. Do CC
Entregar probleminha dia 07 
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DA EMPRESA
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. (Vide Lei nº 14.195, de 2021) 
§ 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser físico ou virtual. (Incluído Pela Medida Provisória nº 1.085, de 2021)
§ 2º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for virtual, o endereço informado para fins de registro poderá ser, conforme o caso, o endereço do empresário individual ou de um dos sócios da sociedade empresária. (Incluído Pela Medida Provisória nº 1.085, de 2021)
§ 3º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for físico, a fixação do horário de funcionamento competirá ao Município, observada a regra geral prevista no inciso II docaput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019. (Incluído Pela Medida Provisória nº 1.085, de 2021)
Natureza jurídica do estabelecimento: formados de bens materiais e imateriais indispensáveis para o exercício da empresa. (UNIVERSALIDADE DE FATO e não de direito)
Tutela jurídica dos elementos:
ELEMENTOS MATERIAS: suscetíveis de apropriação física. Ex: medicamentos da farmácia.
*direito civil e penal.
ELEMENTOS IMATERIAIS: aqueles não suscetíveis a apropriação física.
*estudado no direito empresarial.
	ESTABELECIMENTO COMERCIAL
Local onde o estabelecimento está instalado – não compõe o estabelecimento. 
§1º- com o objetivo de tutelar os estabelecimentos virtuais, oferecendo as mesmas garantias que um lugar físico teria.
Ex: site do magazine Luiza (estabelecimento virtual)
O estabelecimento comercial não é pessoa, nem organização a qual a lei confere poderes de pessoa jurídica, a natureza jurídica da empresa é uma universalidade de fato, ou seja, um complexo de bens; e não uma universalidade de direito, pois nas u. de dito. são conferidas capacidade jurídica.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Empresa é um patrimônio/objeto e não sujeito de direito.
Ex: espólio – pode ser parte em um processo (universalidade de direito)
Atributos
Fundo de empresa/ AVIAMENTO GOOD WILL OF A TRADE : é o fato econômico consistente no SOBREVALOR agregado ao estabelecimento, que decorre da atividade organizacional do empresário e confere à empresa maior potencial de lucratividade. (EMPRESA PASSA A SER PONTO DE REFERÊNCIA)
Oque leva um local a ser mais frequentado e venda mais? Preço, qualidade do produto, localização, facilidade de acesso. (coisas inerentes a organização da empresa). Isso mostra a relevância do papel organizacional.
Trata-se de interesse de NATUREZA ECONÔMICA JURIDICAMENTE TUTELADO. (direito passa a tutelar o fundo de comercio diante da valorização no mercado). OBS: A FRANQUIA (prestação de serviços organizacionais) surge ai.
EXEMPLOS DE FUNDO DE COMÉRCIO
1. DESAPROPRIAÇÃO
A desapropriação ou expropriação é a transferência compulsória da propriedade do particular ao Poder Público, mediante o pagamento justo e prévio de indenização em dinheiro. Tal ato decorre da supremacia do interesse público. 
O empresário deverá ser indenizado pela perda do imóvel que era ponto de referência em caso de desapropriação do bem? EM TESE SIM, CONTUDO, nem todo empresário deve ser indenizado com relação ao fundo de empresa, pois é um critério subjetivo. Já, o STJ determina que o empresário ou locatário, só terá direito a indenização quando satisfeitos os requisitos da locação empresarial, que correspondem aos requisitos do artigo 51 da lei de locação de imóveis urbanos. Dessa maneira o critério de determinação é objetivo.
*Não é devido indenização a título de fundo comercial à empresa individual concessionária de serviço de telefonia que exerce atividade em sistema de monopólio. Seu ponto de referencia não se deu a titulo da atividade organizacional, mas sim o fato de ser o monopólio. (enriquecimento ilícito)
2. LOCAÇÃO EMPRESARIAL: o locatário-empresário faz jus à renovação compulsória do contrato, pois o titular tem direito de inerência ao ponto.
Requisitos:
Formal – contrato escrito e por prazo determinado
Temporal: tempo mínimo de locação equivalente a 5 anos 
Material: exercício da mesma atividade comercial por no mínimo 3 anos ininterruptamente 
*tem direito a renovação compulsória da locação, atendidos esses requisitos.
3. NÃO REESTABELECIMENTO DE CONCORRÊNCIA: previsão legal e contratual.
Veda a concorrência com a adquirente – aquele que vendeu, não pode se reestabelecer na mesma atividade, se não vai se tornar um concorrente. 
Tutela indiretamente o fundo de comércio.
ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL
“passa-se o ponto” – não significa que a transferência de ponto se configure alienação do estabelecimento. Ex: quiosques no shopping – vende o local e não o estabelecimento.
TRESPASSES – contrato que tem por objeto a alienação do estabelecimento comercial. Art. 1.142 e sgts. 
Para ser considerado venda de estabelecimento eu tenho que vender os bens materiais e imateriais também?
Alienação: transferência da titularidade. 
É diferente de usufruto e do arrendamento:
Arrendamento; espécie de contrato de locação.
Usufruto; ocorre quando eu, como proprietário, permito que o usufrutuário exercite a posse dele. 
- Pois no usufruto e no arrendamento não há transferência de propriedade.
Ex: se 2 sócios resolvem transferir suas cotas sociais para Pedro, o estabelecimento empresarial permanecerá na propriedade da sociedade empresária. Não se trata, portanto de alienação do estabelecimento e sim mera mudança no quadro societário (mudança de sócios da mesma sociedade)
Obs: Na sessão de cotas não há transferência de bens, há apenas uma mudança no quadro societário.
A alienação pressupõe a realização de negócios jurídicos translativos: COMPRA E VENDA, DOAÇÃO E PERMUTA.
Do estabelecimento: a venda separada de bens implica na alienação do estabelecimento? ou necessita da alienação do “todo” de complexo de bens, para caracterizar a alienação?
Doutrina: para Ricardo Negrão sim, a venda destacada configura alienação. Já para Modesto não.
Teoria mista: a alienação implica a venda em conjunto dos bens necessárias ao exercício da atividade. No entanto, deve se analisar que os bens vendidos não prejudicam a continuidade o exercício da empresa, mas a alienação parcial não descaracteriza a alienação do estabelecimento.
Na jurisprudência: o trespasse do estabelecimento comercial pode excluir alguns dos elementos que integrem o estabelecimento, mas exige-se que a exclusão não atinja a continuidade da empresa.
09/03/2022
Eficácia do contrato com relação à terceiros 
A) EFICÁCIA GERAL – PUBLICIDADE 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
PUBLICADO O CONTRATO: eficácia erga omnes – pois os terceiros adquirem o conhecimento da transferência da titularidade, dessa forma, terceiros não podem alegar ignorância a esse fato.
B) EFICÁCIA QUANTO AOS CREDORES DO ALIENANTE INSOLVENTE
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. (PROTEÇÃ LEGAL AOS CREDORES) para os credores, é importante que o alienante conserve seu patrimônio.
*se o alienante quando for transferir seus bens ao adquirente entre em estado de insolvência (as dividas são maiores que seu patrimônio) gera risco para os seus credores, pois gera o risco deles não receberem seu patrimônio. FRAUDE CONTRA CREDORES.
* a Lei não proíbe que o alienante em situação de insolvência realize o a alienação, mas impõe limitação: SE O ALIENANTE SE TORNAR INSOLVENTE DURANTE O NEGÓCIO, NÃO GERA EFEITO À TERCEIROS. Eles pagam? Eu devo pagar eles?
C) EFICÁCIA COM RELAÇÃO AOS DEVEDORES QUANDO A OCORRENCIA DA CESSÃO DE CRÉDITO. A QUEM PAGAR?
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente. (ALIENANTE). 
- - não há necessidade de notificação aos devedores.
SUCESSÃO EMPRESARIAL
Transferências de obrigações (responsabilidade solidaria temporária do alienante).
Ex; os herdeiros são responsáveis pelas obrigações do de cujus; mas aqui se trata de uma responsabilidade que o alienante transfere ao adquirente com a realização do negócio.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelopagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, (DEVE EXISTIR UMA CLAUSULA QUE ESTIPULE A RESPONSABILIDADE DO DEVEDOR SOLIDARIAMENTE) continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano.
- se o credor não cobrar o alienante até a publicação da dívida, só poderá cobrar o adquirente.
- dívidas vincendas e que ainda irão vencer, são de reponsabilidade solidária do alienante. 
Essa regra não proíbe a transferência do passivo, mas estabelece que o adquirente é responsável pelo pagamento das dívidas, mas o alienante se torna responsável solidariamente (ao passivo) por um ano.
- ESSA É MAIS UMA NORMA QUE TUTELA OS CREDORES.
Inexistência de sucessão: quando a aquisição do estabelecimento se der em processo de falência ou recuperação da empresa. Pois ninguém quer comprar imóvel sujeito a falência.
SUB-ROGAÇÃO CONTRATUAL
Regra: contratos EXCEPCIONAIS. continuidade da empresa.
Exceções: contratos pessoais, contratos administrativos e outros expressamente excluídos (por lei ou por contrato)
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
Essa norma trás uma relativização ao princípio da autonomia de liberdade e liberdade contratual.
EX: Os credores optaram contratarem com o alienante e não com o adquirente, NO ENTANTO com a alienação implica a sub-rogação do adquirente dos contratos celebrados pelo alienante para a exploração da empresa. Isso viola a autonomia dos contratos? Em tese. No entanto princípio da conservação da empresa legitima essa norma.
CONTRATOS EXPLORACIONAIS; O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRATUAL É EXCEPCIONAL PARA ATIVIDADE DA EMPRESA.
Ex: farinha de trigo x padaria.
Se o credor de farinha de trigo se nega a fornecer ao adquirente eu entro com uma ação de obrigação de fazer, com fulcro no artigo, 1.148, com o argumento da conservação da empresa.
NÃO REESTABELECIMENTO
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. (essa norma foi criada em função do principio da eticidade)
eu adquirente pago uma expectativa de lucratividade ao comprar esse estabelecimento, dessa forma, uma vez realizado o negocio, não seria justo que eu estabeleça um estabelecimento concorrente. (viola o principio da livre concorrência) pois o antigo estabelecimento continuaria a ser um ponto de referencia e a clientela continuaria o frequentando. ALIENATE PASSA A TER ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.
Essa norma é relativizada se houver outra estipulação em contrário, como CONTRATOS (faz lei entre as partes)
	Clausulas contratuais que vedam o reestabelecimento de atividade econômica em um contrato de trespasse, possuem limitações de ordem material, temporal e geográfica.
Material; minha clausula deve ter o objetivo de inviabilizar a concorrência com o estabelecimento que adquiriu.
Temporal pode determinar a proibição de reestabelecimento por um prazo inferior ao prazo de 5 anos. Isso é possível, por ser uma relação contratual. A jurisprudência determina que o prazo estipulado entre as partes não pode ser superior a 5 anos.
Geográfica: a concorrência dependerá do aspecto geográfico.
Ex: uma empresa comprada na grande são Paulo, não entra em concorrência com uma empresa de Minas Gerais (pela distância). No entanto se a referência da empresa de são Paulo for grande até em minas gerais, tem concorrência ilícita.
Os contratos que não observam essa limitação: causam violação da livre iniciativa, portanto são cláusulas nulas/não escritas, dessa forma eu devo aplicar a lei – art 1.147.
NOME EMPRESARIAL
É um dos elementos de identificação da empresa quanto sujeito que exerce a função econômica. (cc, ART. 155-1.168; LRE 33-34). Elemento do patrimônio do empresário – bem incorpóreo. Aquele nome registrado. Ex: o nome que eu vejo no cupom fiscal quando você compra no Carrefour (el dourado)
NATUREZA JURÍDICA: bem moral insuscetível de alienação e que diferente do nome civil, não se classifica entre os direitos de personalidade.
			ESPECIES DE NOME EMPRESARIAL 
1. Firma; espécie de nome empresarial que tem por base o nome civil do empresário ou mais sócios da sociedade emprestada, a isso é dado o nome de RAZÃO SOCIAL.
Exemplos de nome: José panificadora – ME (trás o nome civil do(s) sócio(s).
2. denominação: nome empresarial que tem por base qualquer expressão linguística, nome civil, ou complementados pelo objeto social.
Exemplo: LIane materiais de construção.
Quando não há identificação é chamado de nome fantasia. Ex: banco do itau s/a (apenas expressões linguisticas)
3. CNPJ; tem o objetivo de desburocratizar os processos relativos a abertura de funcionamento de empresas, dessa forma a sociedade empresaria pode usar o número do CNPJ, como nome empresarial. Ex: 00.002.0144 LTDA.
Deve ser levado apenas em conta o número raiz (despreza /10000 e o digito)
RELAÇÃO EMPRASARILA
Posso usar só a denominação da minha empresa individual? Não, a lei determina qual espécie de nome a empresa poderá te.
· Empresário individual: firma
· EIREILI: firma ou denominação + EIRELI
· Sociedade em nome coletivo: firma
· Sociedade em comandita simples: firma ou determinação + LTDA
· Sociedade em comandita por ações: firma ou denominação + comandita por ações 
· Cooperativa; denominação + cooperativa (ou vice-versa)
· Sociedade anônima denominação +S/A ou Cia.
· Conta de participação?
PRINCÍPIOS (ALTERAÇÃO OBRIGATÓRIA)
a) VERACIDADE; pressupõe verossimilhança. Por esse principio proíbe-se o nome ou a utilização que vincule informação falsa sobre a atividade exercida pelo empresário/sociedade.
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social.
EX: SÓCIO SE RETIRA DA SOCIEDADE, ASSIM SEU NOME VAI SER RETIRADO DO NOME EMPRESARIAL 
B) NOVIDADE (anterioridade) impede a adoção de nome igual/homógrafo ou semelhante/homófono ao de outro. 
(terá a preferencia quem tiver registrado primeiro).
Ex: Chica confecções LTDA/ xiCA CONFECÇÕES ltda.
O RE garante exclusividade de uso do nome para todos os ramos de atividade econômica – (TUTELA MATERIAL INESPECIFICA)
 A proteção do registro de empresa perante a junta comercial conta com a abrangência limitada ao território do respectivo estado. (TUTELA GEOGRÁFICA) A extinção do registro (por inatividade da empresa) põe fim a proteção. 
E se eu como empresário quiser atuar em outro estado? Eu peço a extensão do registro ou indico a marca do meu produto.
C) ESPECIALIDADE; 
A jurisprudência do STJ tem afastado a regra segundo o qual a proteção do nome alcança todos os ramos da atividade.
Ex: se eu quisesse colocar o nome da minha empresa como SICA – produtos de limpeza, não poderia, uma vez que já existe a marca CICA- produtos alimentícios, com proteção empresarial que atinge todos os ramos da atividade. (ramos diferentes)
Se houver conflito, a solução não se limita na territorialidade, nem na anterioridade e Eu preciso analisar caso a caso, se gerará conflito ao ramo da atividade. Pois se houver convivência harmoniosa não há conflito.
D) INALIENABILIDADE (CESSÃO DE USO)
A ALIENAÇÃO de nome não é permitida, no entanto permite a cessão de uso.
cessão de uso (não há transferência de nome) o alienante permite que o adquirente, pode, desde que o contrato permita, usar o nome do alienante, precedido no nome do adquirente, com a qualificação do sucessor. EX: ALMEIDA FERRAGENS LTDA, sucessor de FERREIRO OESTE AULISTA LTDA.
NOME EMPRESARIAL X MARCA
Quanto ao objeto: NOME IDENTIFICA PESSOA e marca identifica produto ou serviço
Órgão de registro:nome possui proteção estadual e marca registrada no NPI é um órgão federal de proteção NACIONAL e até internacional.
Quanto ao âmbito material da tutela; o nome recebe proteção independente da atividade econômica e a marca proteção material é restrita para classe econômica de serviços /serviços que foi registrada – especificidade.
Prazo de duração da proteção: nome tem proteção indeterminada, salvo se caracterizar a inatividade e marca tem proteção até por 10 anos, sucessíveis de prorrogações por igual prazo.
TITULO DE ESTABELECIMENTO
Designação que o empresário dá ao local que desenvolve sua atividade.
Não tem proteção jurídica direta – assim para que eu receba a proteção eu devo escolher o titulo do estabelecimento igual ao meu nome civil ou a marca registrada (dessa forma eu recebo proteção indireta)
EX: pão de açúcar (titulo de estabelecimento) que pertence há um nome empresarial.
NOME DE DOMÍNIO
Recurso criado para indicar os endereços da internet que são identificados como nome de domínio. Ex; endereços de sociedades empresária na internet.
ONDE ESTÃO ARMAZENADOS OS DADOS DE UMA EMPRESA.
Núcleo de informações e corporações. NIC: Associação civil responsável pelo registro dos nomes de domínio e soluciona os conflitos de interesses que possam surgir a respeito desses.
SACI
sistema administrativos de conflitos na internet – plataforma própria para solucionar disputas envolvendo titulares de nomes de domínio. 
Realiza a manutenção do registro; se foi realizado com má-fé.
Limita-se a determinar ; a transferência, cancelamento e manutenção do registro.
CONDUTAS ABUSIVAS DE DNI LEVADAS AO SACI:
Em regra, não se comporta a repetições de nome de domínio;
1) Cybersquatting: crio previamente um endereço eletrônico que remeta a nome empresarial ou marca já conhecida.
Ex: Banco do brasil – site BB – alguém cria um site de maneira antecipada com o nome de Banco do Brasil, para que as pessoas entrem achando que é ele (conduta abusiva) nesse caso não é possível aplicar a regra da primeira posse, se não vai remeter a pessoa que criou de forma antecipada.
2) Typosquatting: utiliza um nome muito parecido com o da empresa conhecida, para induzir o consumidor/usuário da internet a erro.
Segue a regra da primeira posse – CARREFOUR- criaram o site com um r só.
Parâmetros de solução; regra: “first come, first served” (primeira posse) e boa/má-fé.
Excepcionalmente: analisa-se outros aspectos, para evitar a exclusão injusta do site. Ex: regra de anterioridade. O STJ, seguindo essa linha, além disso, exige a demonstração de má-fé para a realização da reclamação.
CASO CONCRETO;
Planet shoes, usa o nome de domínio de uma empresa que já existia (marca registrada), dessa forma, quando tenta registrar o nome de domínio como nome da empresa, é barrada pelo SACI, demonstrados indícios de má-fé, impedindo a criação de seu web site, com o nome da marca anteriormente registrada da Reclamada.
REGIME JURIDICO DA PEQUENA EMPRESA: ME, EPP E MEI.
Imposição constitucional: art. 170, IX e 179.
Tratamento diferenciado as empresas de pequeno porte. Esse tratamento diferenciado é justificável?
DEFINIÇÃO DE ME E EPP
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples (não tem mais), a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
· Mesmo a sociedade simples não sendo uma empresa, ela pode optar por esse regime jurídico diferenciado, se ela estiver dentro dessa faixa de faturamento.
· Oque diferencia a ME OU EPP é a renda bruta.
Prova! Toda empresa que se enquadre na renda ser considerada como ME ou EPP? Não. Existe exceções dadas pelo §4º, em que algumas pessoas jurídicas, em decorrência de sua forma de organização ou atividade desenvolvida, jamais poderão se enquadrar como as empresas de pequeno porte acima.
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
EQUIPARAÇÃO AO PRODUTOR RURAL
São estendidos ao produtor rural e ao agricultor familiar, algumas garantias das empresas de pequeno porte.
Com relação aos benefícios: ME e EPP não são tipos societários e sim regime jurídico de tratamento diferenciado, com isso possuem benefícios: simplificação do registro, evitar duplicidade de exigências; baixa independentemente das obrigações, dispensa de assinatura de contratos sociais de sociedade por advogado (EOAB §2º SO ART. 1º). A MEI não faz inscrição prévia, o CNPJ e RE são automáticos. A fiscalização é orientadora.
SIMPLES NACIONAL
(regime jurídico tributário mais simples para o recolhimento de mensal, mediante DOCUMENTO ÚNICO). O simples nacional é uma opção; O simples nacional pode ser estendido aos PROFISSIONAIS INTELECTUAIS NÃO EMPRESÁRIOS – ADVOCACIA E SERVIÇOS MÉDICOS.
Empresário rural: é aquele que faz registro na junta comercial *diferente.
Vedação ao ingresso SIMPLES: ART. 17 – PROVA!
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte: (Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito,seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management) ou compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) ou que execute operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de empresa simples de crédito; (Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de 2019)
II - que tenha sócio domiciliado no exterior;
III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
IV - (REVOGADO)
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis;
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:MEI
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes;
b) bebidas a seguir descritas:
b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 1 - alcoólicas;
(Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) (Vigência)
2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;
2. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado;
3. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
4 - cervejas sem álcool;
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por: (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 1. micro e pequenas cervejarias; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 2. micro e pequenas vinícolas; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 3. produtores de licores; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 4. micro e pequenas destilarias; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
XI - que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios;
XI - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
XIII - que realize atividade de consultoria;
XIII - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.
XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS.
XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.
			Tratamento diferenciado ME/EPP
· Tratamento favorecido nas licitações do poder público, quanto a documentação e ao desempate – art. 4º. LEI 14.133/2021.
· SÃO DISPENSADOS DE ESCRITURAÇÃO
· facilitação de acesso as linhas de credito fornecida pelos bancos públicos/estatais. Ex: caixa econômica federal.
· Starups: são as empresas que lidam com inovação (aperfeiçoar ou criam algum produto ou serviço que tem por finalidade facilitar a vida das pessoas) INOVA SIMPLES – concede um tratamento diferenciado as startups.
· Acesso ao mercado externo - regime de exportação com procedimentos simplificados.
· Acesso à justiça – as sociedades enquadradas como ME/EPP podem ser autoras no âmbito dos juizados especiais, EXCETO se cessionárias de direito (quando recebe um direito de terceiro não pode, só de direitos próprios.
MEI – microempreendedor individual
É uma Politica publica; tem por objetivo a formalização de pequenos empreendimentos e a inclusão social e previdenciária dos empreendedores.
Anteriormente o MEI era considerado praticamente um empresário, a nova lei determina que seja empresário individual do 966 ou atividade no âmbito real.
requisitos: a) tenha auferido receita bruta, no ano anterior, de até 81.000,00 reais; b) seja optante pelo simples nacional c) que tenha contratado um único empregado remunerado – exigência de um salário mínimo. D)seja empresário individual do 996
			PATRIMÔNIO – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Composto por bens pessoais e empresariais (todos os bens essenciais para o exercício da atividade econômica). EX: bens moveis que compõe o estabelecimento comercial.
REPONSABILIDADE PATRIMONIAL
O empresário individual reponde pelas dividas empresariais apenas com seus bens inerentes ao exercício da empresa, ou também com bens pessoais? Responde com seus bens particulares, pois só possui um patrimônio.
OBS – havendo necessidade de penhorar o estabelecimento, penhora-se primeiro os bem pessoais do empresário e depois o estabelecimento.
*Quando duas ou mais pessoas formam uma pessoa jurídicas, ela é quem responde por seus atos, pela técnica da separação patrimonial (autonomia da pessoa jurídica), dessa forma, as dividas não atingem o patrimônio dos sócios, que não serão responsabilizados. Essa dualidade não existe no EI, pois ele só tem um patrimônio (ele é uma pessoa natural), não há separação/separação de patrimônio. Entendimento do STJ.
*Se o EI for casado, os bens que integram o patrimônio conjugal/familiar respondem pelas dívidas da empresa? Todos em regra, não, assegurando ao cônjuge empresário a meação, os bens pessoais e da empresa pertencem a ambus os cônjuges. Oque não impede que a parte correspondente a parte do cônjuge que não é empresário sejam penhorados. 
Mas existe uma excepcionalidade:SIM, comprovando-se que a dívida contraída pela empresa se deu em beneficio da família. Ex; comprar com o dinheiro da empresa produto de limpeza.
*É valida a alienação de bens sem anuência/outorga do cônjuge? 
Art. 978 – o empresário casado pode, sem a outorga conjugal, QUAQUER QUE SEJA O REGIME DE BENS, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou grava-los de ônus geral.
1.647? ou 978? ANTINOMIA (conflito entre normas validas e vigentes)
978 – tutela a viabilização da gestão do negocio e preservação e continuidade da empresa
1.647- tutela a família e o patrimônio
Antinomia real: enseja a exclusão da aplicabilidade de um das normas de acordo com o caso concreto. Não dependerá de outorga, se tiver previa autorização implícitos
DEVERES (OBRIGAÇÕES) GERAIS DOS EMPRESÁRIOS.
O cumprimento e imposição dessas obrigações é necessário para exercer o controle gerencial da atividade pelo empresário e controle por terceiros (fisco, credores, consumidores) que com ele se relacionem.
1) Registro de empresa – na junta comercial - antes do início das atividades (art. 41 CC -dá início a existência legal da PJ)
2) Escrituração dos negócios
3) Levantamento de demonstrações contábeis periodicamente 
NO QUE CONSISTE O REGISTRO DE EMPRESA? No registro de empresa na junta comercial e a sua permanência nas instruções normativasdo sistema de registro brasileiro.
DREI – órgão da administração pub. FEDERAL regulamenta as leis com a finalidade de viabilizar os registros (instrução normativa 81) – Ultima instancia – julga os conflitos de interesse das juntas comerciais.
Juntas comercias: órgãos da administração publica do ESTADO que executam os atos inerentes aoS registros.
			ATOS INERENTES AO RE
Arquivamento: inscrição e cancelamento de empresário individual, dissolução da sociedade, transferência de estabelecimento, averbação de declarações de ME e EPP.
Matrícula: atividades para comerciais, não comercial e de auxilio ao empresário. Ex: leiloeiro (não é empresário) faz leilão para empresa – deve estar escrito na junta comercial; tradutores e interpretes.
Autenticação: é essencial para que o documento tenha regularidade eficácia probatória. Ex: livro comercial.
			Matricula de interpretes e interpretes
Por concurso publico ou reconhecimento de grau de excelência, desde que comprovados.
PEQUENO EMPRESÁRIO E EMPRESÁRIO RURAL: 
- não há dispensa de registro 
- existe dispensa de escrituração
			Consequencias da falta de registro:
· Passa a ser considerada uma empresa IRREGULAR, que acarreta a resp. dos sócios por seus atos ou dividas
· Vedação ao acesso a recuperação da empresa – pois a ei exige a comprovação de registro 
· Impossibilidade de requerer a falência de meus credores
· IMPOSSIBILIDADE DE INSCRIÇÃO NO CNPJ
ESCRITURAÇÃO: NFUNÇÃO GERENCIAL, DOCUMENTAL E FISCAL
Obrigação imposta genericamente pelo DE/CC exigindo a organização de 1 contabilidade de cargo de profissional habilitado
LIVROS:
OBRIGATÓRIOS/ COMUNS: - todos os empresários devem ter o LIVRI DIÁRIO.
ESPECIAIS: de OBRIGAÇÕES DE PAGAR E RECEBER
* ME e EPP são dispensados de escrituração se forem optantes pelo SIMPLES NACIONAL.
-P. SIGILO DOS LIVROS COMERCIAIS: Em algumas situações pode ser relativizados, 
Consequências da falta de escrituração;
 MOTIVADORAS - não tem acesso a recuperação da empresa
SANCIONADORAS; 
- presunção de veracidade dos fatos alegados contra o empresário obrigado a exibição dos livros (escrituração)
- comete um crime falimentar 178 
*falência/recuperação – condição objetiva de punibilidade.
			DEMOSNTRAÇÕES CONTÁBEIS PERIÓDICAS
Balanço patrimonial da empresa; demonstra se o patrimônio é positivo ou negativo – estado de insolvência ou não.
Além do balanço patrimonial, deve ser feito um balanço de resultado econômico; demonstração da margem de lucro.
*a lei não impõe obrigatoriedade de publicação de levanto, exceto as sociedades de grande porte.
*possibilidade de pedir a RE
CONSENCIAS – impossibilidade de pedir recuperação da empresa, não acesso a licitação e dificuldade de acesso ao credito.

Mais conteúdos dessa disciplina