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SEGURANÇA DO TRABALHO: CONSTRUÇÃO CIVIL MEDIDAS PREVENTIVAS E MEDIDAS CORRETIVAS E MONITORAMENTO DE RISCOS NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL Para os fins de aplicação da NR 6, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. ATENÇÃO!!! O EPI protege o trabalhador contra riscos existentes no ambiente de trabalho, mas o EPI não evita acidentes. OBJETIVO DO EPI: O objetivo do EPI é proteger o trabalhador, individualmente, contra riscos que ameacem sua segurança, saúde e integridade física durante sua atividade laboral. O EPI deve oferecer proteção contra riscos oriundos de agentes ambientais existentes no local de trabalho (químicos, físicos e biológicos). Deve proteger também contra riscos de acidentes ou riscos de origem mecânica, por exemplo, queda de altura, choque elétrico, queda de objetos, entre outros. É possível que um EPI ofereça proteção contra um ou mais riscos, ele é chamado de Equipamento Conjugado de Proteção Individual, que é considerado todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (Fonte: https://plepis.com.br) O EPI DEVE OFERECER PROTEÇÃO CONTRA QUAIS RISCOS? CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO: O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência. Ou seja, só consideramos determinado equipamento de proteção, genuinamente um EPI, aquele que apresentar certificado de aprovação, do contrario ele não pode ser utilizado com os objetivos citados anteriormente. (Fonte: www.researchgate.net) QUANDO FORNECER O EPI: De acordo com o item 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, GRATUITAMENTE, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência. PROTEÇÃO INDIVIDUAL X PROTEÇÃO COLETIVA: A proteção coletiva é um sistema passivo, que cumpre sua função protetiva independente da ação ou vontade do trabalhador e por este motivo deve ter prioridade de implementação. Por outro lado, o EPI está associado ao fator comportamental, pois seu uso depende de uma ação do empregado. Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. QUEM RECOMENDA O USO? OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR: O item 6.6.1 determina quais são as obrigações do empregador quanto ao EPI: a)adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b)exigir seu uso; c)fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d)orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e)substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f)responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g)comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; h)registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. Fonte da imagem: https://inbraep.com.br/wp-content/upload s/2019/10/empregador_empregado.png O empregador também deve oferecer treinamento sobre o uso, guarda e conservação do EPI, e este é um treinamento técnico, e por esse motivo deverá ser ministrado por pessoal qualificado na área de segurança e medicina do trabalho, podendo, portanto, ser realizado pelos profissionais do SESMT. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO: Assim como o empregador, o empregado também possui responsabilidades, descritas no item 6.7.1: a)usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b)responsabilizar-se pela guarda e conservação; c)comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d)cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. PRINCIPAIS EPIS USADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: » Capacete de segurança: É um dos principais equipamentos de segurança, pois protege contra eventuais quedas de objetos sobre uma das partes corporais mais críticas: a cabeça. (Fonte: www.superepi.com.br) Riscos da não utilização • impactos em obstáculos; • quedas de materiais e ferramentas; • choques elétricos — caso a cabeça encoste em alguma fonte elétrica. Riscos da não utilização • perfuração da córnea decorrente de projeção de partículas; • queimadura de retina decorrente de radiação ultravioleta e/ou infravermelha; • conjuntivite aguda decorrente de luminosidade intensa; • cegueira decorrente de respingos de produtos químicos. » Óculos de Proteção: Os óculos servem para proteger os olhos do trabalhador durante a realização de atividades nocivas à sua visão. (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ » Luvas de Segurança: As luvas são utilizadas para o manuseio seguro de equipamentos e ferramentas a fim de evitar lesões. Riscos da não utilização • materiais cortantes; • agentes químicos e corrosivos; • perfurações e abrasões; • lascas e farpas de madeira; • choques elétricos. (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ » Cinturão de Segurança: O cinto é um EPI para construção civil recomendado para profissionais que trabalham em altura e, segundo a NR 35, é considerado obrigatório para alturas superiores a 2 metros do piso, como atividades em andaimes, escadas e plataformas suspensas. Riscos da não utilização • riscos de morte proveniente de quedas; • lesões irreversíveis decorrentes de impactos; • choques com outros objetos e/ou estruturas. (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ » Máscaras e Respiradores: Praticamente todas as obras contam com o preparo de argamassa. Durante esse processo, as partículas do cimento são inaladas pelo colaborador, prejudicando seu sistema respiratório. Para amenizar ou evitar esses danos, é indicado o uso da máscara ou do respirador. ○ Tipos de máscaras e respiradores: Os modelos de máscaras e respiradores disponíveis são: ● descartáveis: uso único; ● de manutenção: podem ser usadas mais vezes devido à possibilidade de substituição dos cartuchos; ● autônomos (facial total): protegem toda a face e são indicados para ambientes com alto nível de exposição aos contaminantes. (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ » Protetores Auditivos: Como as obras envolvem trabalhos com equipamentos que emitem ruídos elevados acima de 85 dB, a NR 15 determina o uso obrigatório de protetores auriculares para preservar o sistema auditivo dos funcionários. Riscos da não utilização • aumento do estresse e da irritabilidade; • perda momentânea de audição por conta de ruídos fortes e frequentes; • danos irreversíveis no tímpano, causando surdez;• déficit de atenção; • distúrbios neurais; • pressão arterial; • problemas cardiovasculares. (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ Riscos da não utilização • abrasões; • cortes; • choques elétricos; • escoriações; • escorregões; • quedas de materiais sobre os pés; • respingos de produtos químicos; • perfurações; • Umidade; • agentes térmicos provenientes de altas ou baixas temperaturas. » Calçados: São utilizados para dar maior aderência e conforto aos pés, além de protegê-los contra diversos riscos e situações durante as atividades laborais. (Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora) http://www.superepi.com.br/ NR10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL Quando falamos em serviços em eletricidade prontamente associamos com CHOQUE ELÉTRICO. O choque elétrico é a perturbação de características e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano quando este é percorrido, em certas condições, por uma corrente elétrica. O que determina a gravidade do choque elétrico é a intensidade e o caminho percorrido pela corrente que circula pelo corpo. O choque elétrico é uma das principais causas de acidentes fatais no Brasil. • falta de projeto adequado • inexistência de programas e procedimentos de manutenção das instalações e dos equipamentos • falta de aterramento e de isolamento de cabos e circuitos elétricos, entre vários outros. Os acidentes com energia elétrica decorrem por vários motivos, por exemplo: Suas principais consequências são as paradas cardiorrespiratórias, perturbações no sistema nervoso, queimaduras internas e externas resultantes do efeito térmico da passagem de corrente elétrica, e até mesmo a morte. (Fonte: http://www.allplacas.com.br/) O percurso da corrente elétrica pelo corpo é também fator importante sobre as consequências do choque elétrico. Por exemplo, se a corrente circular apenas de uma perna a outra (sem passar pelo coração), podem ocorrer queimaduras, mas é possível que não aconteçam lesões mais sérias. Entretanto, se a mesma intensidade de corrente circular de um braço a outro, passando pelo coração, o trabalhador poderá sofrer uma parada cardíaca. (Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br) No que se refere à duração do choque, quanto maior o tempo de exposição à corrente elétrica, mais graves os danos ao corpo humano. Por isso, geralmente os acidentes de maior gravidade são aqueles em que o trabalhador fica inevitavelmente preso ao circuito elétrico. http://www.forumdaconstrucao.com.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: No item 18.6 da NR 18 encontramos todas as orientações ao que se refere a instalações elétricas e segurança das mesmas no que se refere a construção civil, e em seu primeiro subitem ela nos remete diretamente a NR 10: “18.6.1 A execução das instalações elétricas temporárias e definitivas deve atender ao disposto na NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade).” Segundo o disposto no item 10.1.1, o objetivo da NR 10 é estabelecer os requisitos e condições mínimas que devem ser adotados na implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. MEDIDAS DE CONTROLE: A NR 10 determina que em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. ○ risco de queda de altura ○ condições atmosféricas ○ risco de atropelamento (trabalhos em vias públicas) ○ espaços confinados ○ umidade ○ animais peçonhentos (por exemplo, no caso de redes subterrâneas) Nas intervenções em instalações elétricas e serviços em eletricidade, além do risco elétrico, também devem ser considerados os riscos adicionais específicos de cada ambiente ou processos de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde do trabalhador, por exemplo: Segundo o item 10.2.8.1, em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Emprego de tensão de segurança. As medidas de proteção coletiva compreendem os seguintes procedimentos, nessa ordem: Desenergização elétrica e, na sua impossibilidade A Tensão de Segurança é uma tensão muito baixa, chamada de extrabaixa tensão, e corresponde a uma tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Caso não seja possível implementar esses procedimentos, outras medidas de proteção coletiva devem ser utilizadas: CASO NÃO SEJA POSSÍVEL IMPLEMENTAR A DESENERGIZAÇÃO ELÉTRICA OU EMPREGAR TENSÃO DE SEGURANÇA: DEVEM SER UTILIZADAS OUTRAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ● ISOLAÇÃO DAS PARTES VIVAS; ● OBSTÁCULOS, BARREIRAS; ● SINALIZAÇÃO; ● SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO; ● BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA Isolamento de partes vivas: Separação, isolamento de partes energizadas. Obstáculos, barreiras: Elemento que impede o contato com partes vivas (acidental ou não acidental). A diferença entre obstáculo e barreira é: Sinalização: Identificação por placas de advertência e orientação sobre o risco de acidente elétrico. Seccionamento automático: Interrupção da alimentação mediante o acionamento de um dispositivo de proteção (disjuntores, fusíveis, relés etc.). Bloqueio do religamento automático: Impede o religamento automático de um circuito no caso de ocorrência de alguma irregularidade Aterramento → Segundo o item 10.2.8.3, o aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes. → O aterramento elétrico tem funções importantíssimas, dentre elas: proteger o usuário contra descargas atmosféricas, através de um caminho “alternativo” para a terra, e também permitir a descarga das cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra. (Fonte: www.eletrojr.com.br) (Fonte: www.mundodaeletrica.com.br) http://www.mundodaeletrica.com.br/ MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: Outra medida de proteção individual contemplada na norma é a adequação das vestimentas de trabalho às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. As medidas de proteção individual devem ser adotadas quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente (e não financeiramente) inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos. Nesse caso, deverão ser adotados Equipamentos de Proteção Individual (EPI)específicos e adequados às atividades desenvolvidas, conforme o disposto na NR 6. Uma das medidas de proteção individual determinada pela NR 10 é a proibição de uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades, em razão da sua característica condutiva. Segundo o Manual de Auxílio na Interpretação e Aplicação da NR 10, relógios, óculos ou outros objetos requeridos ou indispensáveis à realização das atividades não são considerados adornos, cabendo à empresa a responsabilidade pela análise e liberação para o uso. ❖ Condutibilidade: Visa a proteção contra os riscos de contato que podem acarretar choque elétrico, de forma que as vestimentas não devem possuir elementos condutivos. ❖ Inflamabilidade: A vestimenta de trabalho deve ser feita de tecido que não propague a chama, funcionando como uma barreira para o calor. ❖ Influências eletromagnéticas: A vestimenta deve oferecer proteção contra os efeitos provocados por campos eletromagnéticos, fazendo que a energiacircule em sua periferia, e não na parte interna. USO DE EPI VESTIMENTAS ADEQUADAS PROIBIÇÃO DO USO DE ADORNOS SOMENTE NO CASO DE INVIABILIDADE TÉCNICA DE ADOÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA CONDUTIBILIDADE INFLAMABILIDADE INFLUÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS NOS TRABALHOS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS OU EM SUAS PROXIMIDADES ○ Capacete de segurança com isolamento para eletricidade; ○ Meia bota isolada; ○ Óculos de segurança incolor e com proteção contra raios ultravioletas; ○ Roupas de algodão; ○ Luvas de borracha isolantes BT e AT; ○ Luvas de pelica para proteção das luvas de borracha ○ Luvas de raspa para trabalhos rústicos ○ Cinto de segurança com talabarte para trabalhos em grandes alturas; Quais os EPIs indicados para os trabalhos em eletricidade? HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES: O item 18.6.3 fala que os serviços em instalações elétricas devem ser realizados por trabalhadores autorizados conforme NR-0. O item 10.8. e subitens contêm as definições de habilitação, qualificação, capacitação e autorização. O trabalhador QUALIFICADO é aquele que completou curso de específico na área elétrica, reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. Trabalhador qualificado Assim que o trabalhador qualificado se registrar em seu conselho de classe, por exemplo, o engenheiro que se formou em Engenharia Civil deverá se registrar no Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA), nesse momento ele se tornará profissional HABILITADO. Trabalhador habilitado É considerado CAPACITADO o profissional que: •tenha sido treinado por profissional HABILITADO ou AUTORIZADO; •trabalha sob a responsabilidade de profissional HABILITADO ou AUTORIZADO. Essas duas condições devem ser atendidas simultaneamente, e essa capacitação só tem valor na empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação. Trabalhador capacitado Serão considerados AUTORIZADOS os trabalhadores QUALIFICADOS e CAPACITADOS, e profissionais HABILITADOS, que receberem a anuência formal da empresa em que trabalham (ou seja, uma AUTORIZAÇÃO) para exercerem atividades em instalações elétricas. Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa, ou seja, no livro ou fichas de registro dos empregados. Trabalhador autorizado Resumindo: ▶ A qualificação refere-se à instituição oficial de ensino; ▶ A habilitação é dada pelo registro no conselho de classe; ▶ A capacitação é obtida com participação em treinamento de segurança de acordo com o disposto na NR 10; ▶ A autorização é dada pela empresa pela anuência formal para realizar intervenções em instalações elétricas. OBSERVAÇÕES: É interessante pontuarmos aqui mais alguns itens constantes na NR 18 acerca de trabalhos com eletricidade: 18.6.14 Máquinas e equipamentos móveis e ferramentas elétricas portáteis devem ser conectadas à rede de alimentação elétrica, por intermédio de conjunto de plugue e tomada, em conformidade com as normas técnicas nacional vigentes. 18.6.18 Os canteiros de obras devem estar protegidos por Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA, projetado, construído e mantido conforme normas técnicas nacionais vigentes. NR11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS A NR 11 estabelece as condições de segurança que devem ser observadas nas seguintes atividades: 1. Operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras; 2. Transporte de sacas; 3. Armazenamento de materiais. 1.Veículos industriais: empilhadeiras, paleteiras; 2.Equipamentos de elevação e movimentação: guindastes, elevadores; 3.Transportadores contínuos: esteiras rolantes de correia, esteira de roletes. A movimentação de materiais nas obras é realizada por meio de diversos tipos de equipamentos que podem ser classificados em: ELEVADORES: Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda a sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar devidamente fechada de modo a impedir a queda de altura, caso contrário, estará caracterizado risco grave e iminente à integridade física dos trabalhadores, e o elevador deverá ser interditado. O item 18.11.17 fala que é proibido, nos elevadores, o transporte de pessoas juntamente com materiais, exceto quanto ao operador e ao responsável pelo material a ser transportado, desde que isolados da carga por uma barreira física, com altura mínima de 1,8 m (um metro e oitenta centímetros), instalada com dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança. No item 18.11.19 encontramos quais são os itens de segurança necessários para elevadores de materiais e/ou pessoas: a) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança que impeça a movimentação da cabine quando: I. a porta de acesso da cabine, inclusive o alçapão, não estiver devidamente fechada; II. a rampa de acesso à cabine não estiver devidamente recolhida no elevador de cremalheira, e; III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base estiver aberta. b) dispositivo eletromecânico de emergência que impeça a queda livre da cabine, monitorado por interface de segurança, de forma a freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal, interrompendo automática e simultaneamente a corrente elétrica da cabine; c) dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança, ou outro sistema com a mesma categoria de segurança que impeça que a cabine ultrapasse a última parada superior ou inferior; d) dispositivo mecânico que impeça que a cabine se desprenda acidentalmente da torre do elevador; e) amortecedores de impacto de velocidade nominal na base, caso o mesmo ultrapasse os limites de parada final; f) sistema que possibilite o bloqueio dos seus dispositivos de acionamento de modo a impedir o seu acionamento por pessoas não autorizadas; g) sistema de frenagem automática, a ser acionado em situações que possam gerar a queda livre da cabine; h) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida. Movimentação de pessoas: ✔ 18.11.20 O transporte de passageiros no elevador deve ter prioridade sobre o de cargas. ✔ 18.11.21 Na construção com altura igual ou superior a 24 m (vinte e quatro metros), é obrigatória a instalação de, pelo menos, um elevador de passageiros, devendo seu percurso alcançar toda a extensão vertical da obra, considerando o subsolo. ✔ 18.11.21.1 O elevador de passageiros deve ser instalado, no máximo, a partir de 15 m (quinze metros) de deslocamento vertical na obra. EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE COM FORÇA MOTRIZ PRÓPRIA: Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nesta função. Ao dirigir tais equipamentos, os operadores devem portar um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. O cartão terá a validade de um ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. ✔ Precisamos salientar também que os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina). EQUIPAMENTOS DE GUINDAR: O item 18.10.1.15 fala que para fins de aplicação dos subitens 18.10.1.16 a 18.10.1.44, consideram-se equipamentos de guindar as gruas, inclusive as de pequeno porte, os guindastes,os pórticos, as pontes rolantes e equipamentos similares. Os equipamentos de guindar devem ser utilizados de acordo com as recomendações do fabricante e com o plano de carga, elaborado por profissional legalmente habilitado e contemplado no PGR. Para gruas, deve ser indicada a altura inicial e final, o comprimento da lança, a capacidade de carga na ponta, a capacidade máxima de carga, se provida ou não de coletor elétrico e a planilha de esforços sobre a base e sobre os locais de ancoragens do equipamento. Deve ser elaborada análise de risco para movimentação de cargas, sendo que, quando a movimentação for rotineira, a análise pode estar descrita em procedimento operacional. Para cargas não rotineiras deve ser elaborada análise de risco específica, com a respectiva permissão de trabalho. Um ponto de suma importância é o isolamento e a sinalização da área sob carga suspensa. (Fonte: www.wandersonmonteiro.wordpress.com) (Fonte: www.enfoquevisual.com.br ) http://www.wandersonmonteiro.wordpress.com/ http://www.enfoquevisual.com.br/ ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS: A NR 18 pontua alguns itens sobre esse assunto, em seguida veremos alguns deles: 18.8.5 O transporte de materiais deve ser feito por meio adequado, quando utilizadas escadas que demandem o uso das mãos como ponto de apoio para o acesso ou para a execução do trabalho. As escadas e rampas devem ser usadas para transposição de níveis com altura superior a 0,40 m. As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas utilizadas para a circulação de pessoas e materiais devem ser dotadas de corrimão e rodapé. 18.8.3 É obrigatória a instalação de passarelas quando for necessário o trânsito de pessoas sobre vãos com risco de queda de altura. 18.8.4 As escadas, rampas e passarelas devem ser dimensionadas e construídas em função das cargas a que estarão submetidas NR12 - SEGURANÇA DO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Na operação e também na manutenção de máquinas e equipamentos, o risco de acidentes manifesta-se substancialmente em dois pontos: No ponto de operação, em que se processa a transformação da peça trabalhada, seja corte, dobra, moldagem, outros; Sistemas de transmissão, nos quais há a transferência de energia mecânica para os elementos da máquina realizarem a operação, tais como: roldanas, polias, correias, volantes, acoplamentos, correntes e engrenagens. Há ainda outras partes que podem ser importantes na geração de fator de risco de natureza mecânica, como elementos de movimento transversal e de rotação e outros mecanismos que, embora não se enquadrem nas categorias citadas, integram o funcionamento das máquinas. a) Substâncias perigosas utilizadas ou produzidas pelas máquinas e equipamentos, sejam agentes biológicos ou agentes químicos em estado sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato com a pele, olhos ou mucosas; b) Radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas; c) Radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física dos trabalhadores; d) Vibrações; e) Ruído; f) Calor; g) Combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosamente; h) Superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo contato com a pele; i) Choque elétrico; j) Riscos de acidentes em espaços confinados. Além dos riscos mecânicos supracitados, existem outros riscos adicionais, como: As máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam combustíveis, inflamáveis, explosivos ou substâncias que reagem perigosamente devem oferecer medidas de proteção contra sua emissão, liberação, combustão, explosão e reação acidentais, bem como proteção contra ocorrência de incêndio. Também deve ser prevista a adoção de medidas de proteção contra queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies aquecidas de máquinas e equipamentos, tais como: Isolação com materiais apropriados e barreiras, sempre que a temperatura da superfície for maior do que o limiar de queimaduras do material do qual é constituída, para um determinado período de contato. Redução da temperatura superficial; Devem ser elaborados e aplicados procedimentos de segurança e permissão de trabalho para garantir a utilização segura de máquinas e equipamentos em trabalhos em espaços confinados. SISTEMAS DE SEGURANÇA: Proteções fixas; Proteções móveis; Dispositivos de segurança. Sistemas de segurança são compostos por: As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores. O objetivo dos sistemas de segurança é impedir o acesso do operador à zona de perigo das máquinas. A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de perigo, deve considerar as características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de segurança previsto na norma. A principal função dos sistemas de segurança é garantir a paralisação dos movimentos perigosos da máquina e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho, independentemente do trabalho que está sendo realizado. Os sistemas de segurança também devem ser mantidos sob vigilância automática, ou seja, sob monitoramento, de acordo com a categoria de segurança requerida, exceto no caso de dispositivos de segurança exclusivamente mecânicos. O monitoramento é realizado por dispositivos de segurança do tipo comandos elétricos ou interfaces de segurança. Segundo o item 12.54, as proteções, os dispositivos e os sistemas de segurança devem integrar as máquinas e equipamentos, e não podem ser considerados itens opcionais para qualquer fim. PROTEÇÃO: é o elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser: a) Proteção fixa: mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas; b) Proteção móvel: pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente é ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento. A proteção deverá ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que: a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco; b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco. A proteção deverá ser fixa quando não for necessário o acesso à zona de perigo durante o turno de trabalho. É claro que uma mesma máquina poderá ter proteções fixas e móveis, tudo vai depender das zonas de perigo existentes e do acesso necessário. Como decidir pelo uso da proteção fixa ou da proteção móvel? a) comandos elétricos ou interfaces de segurança; b) dispositivos de intertravamento; c) sensores de segurança; d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia; e) dispositivos mecânicos; f) dispositivos de validação. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA: São os componentes que, por si sós ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em: DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA: Os dispositivos de parada de emergência têm o objetivo de garantir a parada da operação ou processo perigoso, de forma que, quandoacionados, a operação da máquina ou equipamento seja interrompida, evitando dessa forma situações de perigo latentes e existentes. Uma vez pressionado o dispositivo de parada de emergência, seu acionador deve ser mantido retido, até que seja voluntariamente desacionado, ou seja, tal desacionamento deve ser possível apenas como resultado de uma ação manual intencional sobre o acionador, por meio de manobra apropriada. Os dispositivos de parada de emergência devem prevalecer sobre todos os outros comandos e devem ser projetados de tal forma que suportem as condições de operação dos dispositivos correspondentes, bem como as condições do ambiente no qual irão operar, por exemplo, condições de temperaturas extremas. Além disso, a parada de emergência deve exigir rearme, ou reset manual, a ser realizado somente após a correção do evento que motivou o acionamento da parada de emergência, conforme determina o item 12.63. MEIOS DE ACESSO PERMANENTES: As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e intervenção constante. ■ elevadores; ■ rampas; ■ passarelas; ■ plataformas; ■ escadas de degraus. Segundo o item 12.64.1, são considerados meios de acesso às máquinas e equipamentos: No caso de impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos, poderá ser utilizada escada fixa tipo marinheiro. O Glossário nos apresenta as seguintes definições relativas às escadas: Escada de degraus com espelho: meio de acesso permanente com um ângulo de lance de 20º a 45º, cujos elementos horizontais são degraus com espelho. Escada do tipo marinheiro: meio permanente de acesso com um ângulo de lance de 75º a 90º, cujos elementos horizontais são barras ou travessas. Escada de degraus sem espelho: meio de acesso com um ângulo de lance de 45º a 75º, cujos elementos horizontais são degraus sem espelho. SINALIZAÇÃO: As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores. A sinalização de segurança compreende os símbolos, as inscrições e os sinais luminosos e sonoros. As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a que se referem, não devendo ser utilizada somente a inscrição de “perigo”. NR23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS De acordo com o item 18.16.9 da NR 18, o canteiro de obras deve ser dotado de medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas nacionais vigentes. Atualmente, as medidas de prevenção e combate a incêndios estão dispostas nas legislações estaduais, que abrangem leis, decretos, portarias, instruções técnicas, entre outras ferramentas jurídicas. a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; c) dispositivos de alarme existentes. A NR 23 traz a seguinte recomendação: O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: 18.16.13 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura pelo interior do estabelecimento. Assim como a NR 23 a NR 18 fala em seus itens sobre as saídas de emergência: 18.16.10 Os locais de trabalho devem dispor de saídas em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. 18.16.11 As saídas e vias de passagem devem ser claramente sinalizadas por meio de placas ou sinais luminosos indicando a direção da saída. 18.16.12 Nenhuma saída de emergência deve ser fechada à chave ou trancada durante a jornada de trabalho. Outro tema importante abordado na NR 18 acerca de prevenção e combate a incêndio é fato de o empregador dever informar todos os trabalhadores sobre utilização dos equipamentos de combate ao incêndio, dispositivos de alarme existentes e procedimentos para abandono dos locais de trabalho com segurança, ou seja, é obrigatório um treinamento em prevenção e combate a incêndio. NR33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Primeiramente precisamos definir o que são espaços confinados e onde podemos encontrá-los na construção civil. Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Para que um local seja caracterizado como espaço confinado é preciso que todos esses requisitos estejam presentes. Resumindo, para caracterizar um espaço como confinado é necessário avaliar a sua geometria, acessos e atmosfera. • Serviços em caixas d’água • Poços • Escavações • Serviços em Galerias e redes de água e esgoto • Serviços dentro de forros e telhados • Serviços em tubulações de ar condicionado • Poços de elevador Podemos encontrar vários exemplos de espaços confinados na construção civil: PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADO: Trabalhador autorizado: Trabalhador capacitado que recebeu autorização do empregador para entrar no espaço confinado. O trabalhador autorizado deve ter conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes. Vigia: Trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que é responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores autorizados. Dessa forma, o vigia deve sempre se posicionar fora do espaço confinado e monitorar os trabalhadores autorizados, realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em espaços confinados. O controle de entrada e saída dos trabalhadores autorizados deve ser rigoroso para que não ocorra o fechamento do espaço confinado com trabalhadores no seu interior. A norma permite que o Supervisor de Entrada também desempenhe a função de Vigia. No entanto, o contrário não é permitido: o Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer seu dever principal que é monitorar e proteger os trabalhadores autorizados que estejam realizando suas atividades dentro do espaço confinado. O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. Entretanto, a norma proíbe que os trabalhos em espaços confinados sejam realizados individualmente ou isoladamente. A PET deve conter o conjunto de medidas de controle da entrada e execução das atividades no espaço confinado, bem como medidas de emergência e resgate nesses locais. Essa autorização deve ser emitida em três vias, e todas elas devem ser preenchidas, assinadas e datadas pelo Supervisor de Entrada, que é um dos profissionais envolvidos nos trabalhos em espaços confinados. PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO (PET): A entrada e a execução de serviços em um espaço confinado somente devem acontecer após a emissão de uma autorização escrita, emitida pelo empregador. Essa autorização é chamada de Permissão de Entrada e Trabalho (PET). VENTILAÇÃO: Sempre que pensarmos em espaços confinados devemos prontamente pensar em VENTILAÇÃO! Sem dúvidas uma ventilação adequada e eficiente é um grande aliado para evitarmos ou reduzirmos riscos nesses trabalhos. Os espaços confinados NÃO podem ser ventilados com oxigênio puro: tal procedimento aumenta o risco de explosão. É importante lembrar que a instalação de um sistema de ventilação não dispensa o monitoramento contínuo da atmosfera do espaço confinado. Em espaços confinados,a ventilação deficiente ou inexistente pode potencializar os riscos existentes ou gerados pela atividade. As boas práticas de segurança em espaço confinado exigem ventilação contínua, que deve ser iniciada antes da entrada e mantida durante a entrada e no decorrer da atividade. Sistemas de ventilação mecânica são a medida mais eficiente para controlar atmosferas perigosas em virtude da presença de gases e vapores tóxicos e inflamáveis e deficiência de oxigênio. Além de renovar o ar, esses sistemas auxiliam no controle do calor e da umidade no interior dos espaços confinados. MEDIDAS TÉCNICAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS: Equipamentos fixos e portáteis: Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados. Na seleção dos equipamentos para movimentação vertical ou horizontal dos trabalhadores devem-se considerar a geometria do espaço confinado, bem como as dimensões e o tamanho das aberturas. Áreas classificadas: Em áreas classificadas os equipamentos devem estar ou possuir documentação contemplada no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade. Avaliações atmosféricas iniciais: As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado. Isso significa que as avaliações iniciais deverão ser realizadas com o Supervisor de Entrada, Vigias e Trabalhadores Autorizados permanecendo do lado de fora do espaço confinado, por meio de sonda ou mangueira inserida no seu interior. Em face das diferentes densidades dos gases e vapores, devem-se efetuar avaliações da atmosfera no topo, meio e fundo dos espaços confinados com acessos verticais. Riscos de incêndio ou explosão: Devem ser adotadas medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. Por exemplo, os registros dos maçaricos devem ser abertos apenas no momento da realização da tarefa para evitar incêndio e/ou explosão. Pela mesma razão, eles devem ser fechados ao se apagar a chama ou ocorrer qualquer outra situação não prevista. Devem ser disponibilizados extintores de incêndio adequados à classe do fogo a extinguir, conforme o risco da atividade realizada. A brigada de incêndio deve permanecer de prontidão nas proximidades do espaço confinado. Quando o trabalho for realizado em altura, devem-se utilizar cintos de segurança e cabos- guia resistentes ao fogo. Outros riscos: Também devem ser adotadas medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, esmagamentos, amputações que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. MEDIDAS PESSOAIS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS: Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem a NR 7 e a NR 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Exames médicos: Todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, devem ser capacitados sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle. Capacitação: O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada. Quantidade de trabalhadores envolvidos: Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho. Equipamentos: Em atmosfera IPVS, quer pela elevada concentração de contaminantes ou pela deficiência de oxigênio é proibido o uso de respiradores purificadores de ar. Nesses casos, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. Atmosfera IPVS – Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde: MEDIDAS ADMINISTRATIVAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS: ✔Manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos ✔Definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado. (Fonte: Anexo I NR 33) ✔Implementar procedimento para trabalho em espaço confinado. ✔Adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados. ✔Preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados. ✔Manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o disposto no Anexo I ✔Possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho. ✔Entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho. ✔completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos. ✔Manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos. ✔Disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho. ✔Designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida. ✔Estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados. ✔Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada. ✔Garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho. ✔Implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.os riscos. Trabalho em altura é qualquer trabalho executado com diferença de nível superior a dois metros da superfície de referência e que ofereça risco de queda. Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. NR35 – TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ANÁLISE DE RISCOS: A Análise de Riscos, permite a identificação e a antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes possíveis de ocorrência durante a execução de determinada atividade, possibilitando a adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde do trabalhador, do usuário, de terceiros e do meio ambiente, e até mesmo medidas preventivas de danos aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos. Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco poderá estar contemplada no respectivo procedimento operacional. As Atividades rotineiras são aquelas habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo de trabalho da empresa. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS: Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mínimo: ▪ Diretrizes e requisitos da tarefa; ▪ Orientações administrativas; ▪ Detalhamento da tarefa; ▪ Medidas de controle dos riscos característicos à rotina; ▪ Condições impeditivas de realização da tarefa (por exemplo, condições ambientais desfavoráveis, como chuva, ventos ou outras situações que impeçam a realização ou continuidade do serviço e que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador); ▪ Sistemas de proteção coletiva e individual necessários; ▪ Competências e responsabilidades. PERMISSÃODE TRABALHO: As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho. Como são atividades não habituais, não há exigência de procedimento operacional. Portanto, é necessária a autorização da sua execução por meio de Permissão de Trabalho. A utilização, porém, da Permissão de Trabalho não exclui a realização da análise de risco, que poderá ser feita separadamente ou inserida na própria Permissão de Trabalho. A Permissão de Trabalho é um documento escrito no qual constam as medidas de controle visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate. Nesse sentido, o objetivo da Permissão de Trabalho é autorizar o trabalho em altura, bem como descrever e delimitar sua execução. TRABALHADOR AUTORIZADO: Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. ▶ possuir anuência formal da empresa para realizar trabalhos em altura, ▶ foi previamente capacitado ▶ cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade. O trabalhador autorizado é aquele que: A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura. Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA: É OBRIGATÓRIA A UTILIZAÇÃO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS SEMPRE QUE NÃO FOR POSSÍVEL EVITAR O TRABALHO EM ALTURA. A NR 35 preconiza, no subitem 35.4.2, a hierarquia das medidas de controle, das quais a primeira é evitar o trabalho em altura. Caso isso não seja possível, então um sistema de proteção contra quedas – SPQ – é necessário. Os SPQ podem ser de proteção coletiva – SPCQ – ou individual – SPIQ. O SPCQ protege todos os trabalhadores expostos ao risco. Exemplos: guarda-corpo, redes de segurança e fechamento de aberturas no piso. O SPIQ protege somente o trabalhador que o utiliza. Exemplos: os sistemas que fazem uso do cinturão de segurança, que devem ser conectados a um sistema de ancoragem. (Fonte: Guia Prático para Cálculo de Linha de Vida e Restrição para a Indústria da Construção) Tanto a NR 35 quanto a NR 18 discorrem sobre esse assunto. Tais medidas de proteção coletiva têm o objetivo de eliminar o risco de queda de altura e o risco de projeção de materiais nas diversas edificações em construção, em especial nas aberturas dos pisos, nos vãos de acesso às caixas (ou poço) dos elevadores e na periferia da edificação. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório constituído de material resistente travado ou fixado na estrutura, ou ser dotada de sistema de proteção contra quedas. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de toda a abertura, constituído de material resistente, travado ou fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas. A NR 18 fala claramente sobre proteção na periferia da edificação, com a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje. A proteção, quando constituída de anteparos rígidos com fechamento total do vão, deve ter altura mínima de 1,2 m (um metro e vinte centímetros). (Fonte: www.protecaoperiferica.com.br) http://www.protecaoperiferica.com.br/ a) ser projetada e construída de forma a resistir aos impactos das quedas de objetos; b) ser mantida em adequado estado de conservação; c) ser mantida sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura. A nova redação da NR 18 desobriga as empresas a instalação plataformas de proteção primária, secundária ou terciária, porém, quando forem utilizadas, essas devem ser projetadas por profissional legalmente habilitado e atender aos seguintes requisitos: (Fonte: www.bandejadeprotecao.ind.br) Quando da utilização de redes de segurança, essas devem ser confeccionadas e instaladas de acordo com os requisitos de segurança e ensaios previstos nas normas EN 1263-1 e EN 1263-2 ou em normas técnicas nacionais vigentes. O projeto de redes de segurança deve conter o procedimento das fases de montagem, ascensão e desmontagem, elas devem apresentar malha uniforme em toda a sua extensão. O sistema de redes deve ser submetido a uma inspeção semanal para verificação das condições de todos os seus elementos e pontos de fixação. As redes, quando utilizadas para proteção de periferia, devem estar associadas a um sistema, com altura mínima de 1,2 m (um metro e vinte centímetros), que impeça a queda de materiais e objetos. (Fonte: www.feticom.com.br) http://www.feticom.com.br/ SISTEMAS DE ANGORAGEM: Um sistema de ancoragem é um conjunto de componentes, integrante de um sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ, que incorpora um ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas, diretamente ou por meio de outro componente, projetado para suportar as forças aplicáveis. O sistema de ancoragem é destinado à conexão de EPI contra quedas e por isso necessita ter pelo menos um ponto de ancoragem, onde o EPI pode ser conectado. a) retenção de queda; b) restrição de movimentação; c) posicionamento no trabalho; d) acesso por corda. Os sistemas de ancoragem tratados no Anexo II da NR 35 podem atender às seguintes finalidades: A NR 18 determina que nas edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura de 12 metros partir do nível do térreo, devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. Os pontos de ancoragem devem ser fixados de forma segura e fazer parte do projeto estrutural da edificação Fonte:https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2020/01/nr18.gif REFERÊNCIAS: Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto-Lei nº5.452, de 1º de maio de 1943 / supervisão editorial Jais Lot Vieira – 5. ed. – São Paulo: Edipro, 2020. Maria Queiroga Camisassa. Segurança e Saúde no Trabalho NRs 1 a 37 Comentadas e Descomplicadas – 6. Ed – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019. MIRANDA, Willian Freitas. APR nas NR: Um estudo sobre imposição da Análise Preliminar de Riscos pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho – 1. ed. Jaboatão dos Guararapes: Edição do autor, 2017. MONTEIRO, Antônio Lopes; BERTAGNI, Roberto. Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 5. Ed. São Paulo: Saraiva, 2008. Ramazzini, Bernardino. As doenças dos trabalhadores [texto] / Bernardino Ramazzini; tradução de Raimundo Estrêla. – 4. ed. – São Paulo: Fundacentro, 2016. Tradução de: De Morbis artificum diatriba. Santos Junior, Joubert Rodrigues dos – Gestão e Indicadores em segurança do trabalho: uma abordagem prática – 1. ed. – São Paulo: Érica: 2019. Serviço Social da Indústria. Departamento Nacional. Guia prático para cálculo de linha de vida e restrição para a indústria da construção / José Carlos de Arruda Sampaio, Wilson Roberto Simon, Serviço Social da Indústria. – Brasília: SESI, 2017. https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-reg ulamentadoras-nrs https://www.abnt.org.br/normalizacao https://certificacaoiso.com.br/iso-45001/ https://www.gov.br/fundacentro/pt-br https://www.sienge.com.br/blog/acidentes-na-construcao-civil/ https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamenta doras/nr-18.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.plepis.com.br https://www.researchgate.net https://www.superepi.com.br http://www.allplacas.com.br http://www.mundodaeletrica.com.br www.wandersonmonteiro.wordpress.com www.eletrojr.com.br www.enfoquevisual.com.br www.protecaoperiferica.com.br www.feticom.com.br https://www.corsan.com.br http://www2.ifam.edu.br Professora Autora e Revisora Bianca Cassanego Mensch Designer Instrucional Fernanda Machado de Miranda Design Helena Dias Ilustrações Adobe Stock Flaticon Freepik Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização. 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