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189 Q U ES TÕ ES C O M EN TA DA S P F- PR F públicos, nos termos desta Resolução, salvo disposição legal em contrário ou por razões de interesse público ou conveniência da investigação. E o art. 16. O presidente do procedimento investigatório criminal poderá decre- tar o sigilo das investigações, no todo ou em parte, por decisão fundamentada, quando a elucidação do fato ou interesse público exigir, garantido o acesso aos autos ao investigado e ao seu defensor, desde que munido de procuração ou de meios que comprovem atuar na defe- sa do investigado, cabendo a ambos preservar o sigilo sob pena de responsabilização. 55. Resposta: Errado - A autoridade policial, diante de uma investigação que necessite de quebra do sigilo bancário, deverá requerer à autoridade judiciária, e so- mente o juiz poderá decretar tal procedimento. 56. Resposta: Errado - Os impedimentos previstos no CPP estão contidos nos incisos do artigo 252 e estão relacionados ao juiz. Não há impedimento de o filho do acuso ser seu defensor. 57. Resposta: Errado - Súmula 603 STF: A competên- cia para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri. Compete ao tribunal do júri julgar os crimes dolos contra a vida, ou seja, ho- micídio, infanticídio, instigação, induzimento ou auxílio ao suicídio e aborto. 58. Resposta: Certo - A citação com hora certa foi incluída no CPP por meio da Lei nº 11.719/2008, que alterou a redação do artigo 362 instituindo essa mo- dalidade citatória. O art. 362, do CPP, assim afirma que verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa. 59. Resposta: Errado - O correto, nos termos do art. 353, do CPP, é que o a citação de acusado que reside em outra comarca seja realizada por meio de carta preca- tória. Pois, carta de ordem é um instrumento processual pelo qual uma autoridade judiciária determina a outra hierarquicamente inferior, a prática de determinado ato processual necessário à continuação do processo que se encontra no tribunal. Ambas autoridades judiciárias precisam ser, obrigatoriamente, do mesmo Tribunal e estado. 60. Resposta: Certo - Conforme art. 24, do CPP, nos crimes de ação pública, esta será promovida por de- núncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 61. Resposta: Certo - De acordo com o entendimen- to do Supremo Tribunal Federal, a denúncia anônima não pode ser base exclusiva para a propositura de ação penal e para a instauração de processo administrativo disciplinar. Observe a Súmula 611-STJ: Desde que devi- damente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é possível a instauração de processo admi- nistrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Admi- nistração. 62. Resposta: Errado - O princípio da indisponibili- dade é aplicável somente na ação penal de iniciativa pública. Adverte-se para o art. 42, do CPP, o Ministério Público não poderá desistir da ação penal, e o art. 576, do CPP, o Ministério Público não poderá desistir de re- curso que haja interposto. 63. Resposta: Certo - Verificar o art. 2º, do CPP, que diz, a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigên- cia da lei anterior. É o princípio da aplicação imediata das normas processuais. O ato processual será regulado pela lei que estiver em vigor no dia em que ele for pra- ticado. No que tange aos atos anteriores, não haverá retroatividade, uma vez que eles permanecem válidos. 64. Resposta: Certo - Observe o art. 82, da Lei nº 9.099/1995, em que da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença, e da decisão homologatória do art. 76, da mesma lei, caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta por três juízes em exer- cício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do juizado. 65. Resposta: Certo - Verifica-se no art.69, parágrafo único, da Lei nº 9099/1995, que ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encami- nhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. 66. Resposta: Errado - Se houver necessidade de exa- me de cadáver já sepultado (inumado), a autoridade policial ou o juiz poderão determinar sua exumação (art. 163 do CPP), ou seja, a retirada do cadáver da se- pultura. A exumação não é, portanto, modalidade de perícia, mas procedimento destinado a propiciar o exa- me cadavérico, e a confissão do acusado não supre o exame. 67. Resposta: Certo - O art. 149, do CPP, afirma que quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimen- to do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusa- do, seja este submetido a exame médico-legal. E o § 1º, deste artigo, diz que o exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. 68. Resposta: Certo - O Art. 564, do CPP, traz que a nulidade processual ocorrerá por falta do exame do cor- po de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167, ou seja, não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 190 Q U ES TÕ ES C O M EN TA DA S P F- PR F 69. Resposta: Errado - A autorização da interceptação é por prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias. As provas, neste caso, foram obtidas em período que não havia mais autorização, sendo as provas conside- radas ilícitas, pois não há requerimento de prorrogação. 70. Resposta: Certo - A Súmula 693, do STF, afirma que não cabe habeas corpus contra decisão condena- tória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 71. Resposta: Errado - O art. 318, do CPP, diz que po- derá o juiz substituir a prisão preventiva pela domici- liar quando o agente for: maior de 80 (oitenta) anos; extremamente debilitado por motivo de doença grave; imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; gestan- te; mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; homem, caso seja o único responsável pe- los cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. 72. Resposta: Certo - A prisão em flagrante esta pre- vista no art. 301, do CPP, em que qualquer do povo po- derá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. E observe que será necessária a representação do ofendido em crimes de em que ação penal seja con- dicionada a representação ou ação penal seja privada para que possa iniciar o inquérito policial, iniciar a ação penal e para lavra o auto de prisão em flagrante. 73. Resposta: Errado - O art. 2º, da Lei 7.960/1989, dia que somente a autoridade judiciária poderá de- cretar a prisão temporária, é a chamada cláusula de reserva de jurisdição, contemplada no art. 5º, LXI, da CF. E possuem legitimidade para requerê-la o Ministério Público e a autoridade policial. 74. Resposta: Certo - O art. 76, da Lei nº 9.099/1995, diz que havendo representação ou tratando-se de cri- me de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá pro- por a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. No § 1º, do mesmo artigo, nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. E no § 2º, não se admitirá a proposta se ficar comprovado ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença defi- nitiva.Acrescenta aqui que foi condenado por sentença penal estrangeira, homologada pelo STJ para que tenha seus efeitos no ordenamento brasileiro. 75. Resposta: Errado - Da decisão cabe recurso, apela- ção, art. 82, da Lei nº 9.099/1995. Decisão condenatória não cabe habeas corpus. 76. Resposta: Certo - O crime de furto, neste caso, des- crito no art. 156, do CP, subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum, tem a pena cominada de de- tenção, de seis meses a dois anos, ou multa. E no § 1º, somente se procede mediante representação. 77. Resposta: Certo - Cabe observar o art. 109, VI, da CF, que aos juízes federais compete processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; 78. Resposta: Certo - Seguindo decisões do STJ, a gra- vação de conversa realizada por um dos interlocutores é considerada como prova lícita, não configurando in- terceptação telefônica. A gravação de conversa realiza- da por um dos interlocutores é considerada prova lícita, e difere da interceptação telefônica, esta sim, medida que não prescinde de autorização judicial. 79. Resposta: Errado - A invalidade, se existisse na fase do inquérito já estaria solucionada e não entraria a discussão na ação penal. E, depois de formalizada a re- lação processual, a regra é que o processo seja público, não restando ilegalidade, ilicitude ou invalidade no ato de divulgação da prova. 80. Resposta: Certo - Como ensina Norberto Avena, flagrante forjado é aquele no qual o fato típico não foi praticado, sendo simulado pela autoridade ou pelo par- ticular com o objetivo direto de incriminar falsamente alguém. Caracteriza-se pela absoluta ilegalidade e su- jeita o responsável a responder criminalmente por essa conduta. 81. Resposta: Certo - O art. 245, § 3º, do CPP, diz que as buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, an- tes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. Recalcitando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobri- mento do que se procura. 82. Resposta: Errado - Conforme art.10, do CPP, o inquérito policial deverá terminar em 10 dias se o in- dicado estiver preso, ou em 30 dias no caso de o indi- ciado estiver solto. Para os crimes contidos na Lei nº 10.826/2003, não há previsão de prazos diferentes. 83. Resposta: Certo - A Lei nº 10.826/2003, tipifica os crimes relacionados a posse e porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito, além de outros de- litos, como por exemplo, disparo de arma de fogo. No que concerne a esta lei, não há ilícito praticado pelos agentes citados na questão, permanecendo as demais condutas ilícitas para serem apuradas. 84. Resposta: Certo - Vamos verificar de início a ex- pressão “quem de direito”. Esta expressão evidencia a intenção do legislador em assegurar somente a deter- minadas pessoas a prerrogativa de controlar a entrada, a permanência e a saída do domicílio. O sujeito passi-