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CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Fluxos gravitacionais bipartidos: 
 
 camada basal granular (laminar), densa  flui devido sobrepressão 
de poros + condições inerciais 
 
 camada superior mais diluída, totalmente turbulenta  retrabalha 
e ultrapassa depósito final da camada basal 
 
Deslocam-se como fluxo de alta velocidade e maior densidade  em 
meio a água do mar ou de um lago  presença grande quantidade 
de sólidos suspensos 
Fonte: Scherer, 2012 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Nome provem do aspecto túrbido das correntes fluviais 
que entravam nos lagos glaciais  Lago de Geneva (Forel, 
1885 
 
 Desencadeamento: 
 
 eventos catastróficos 
 
 de curta duração  ondas de tempestade, choques 
devidos à terremotos, falhamento de sedimentos 
associados à taludes íngremes 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 de longa duração  disparadas por grandes cheias 
fluviais  sofrem duas acelerações: 
na região montanhosa cortada por rios 
 no talude 
 
diferem-se dos fluxos hiperpicnais  possuem aceleração 
catastrófica maior  aumento da densidade pela erosão do 
substrato  incorporando material ao fluxo (bulking) 
 
 fluxos hiperpicnais  aceleram-se apenas nas encostas + 
deposição carga antes de chegar ao talude  não sofrem 
aceleração catastrófica nem bulking 
 
 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Presença de finos: 
 
 aumenta densidade da corrente 
 
 auxilia na geração de turbulência na camada superior 
 
 lubrifica os grãos da camada basal  favorecendo 
transporte mais longo pelo fluxo 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Perda de finos  começa a ocorrer choque de grãos + 
aumento do atrito + desaceleração do fluxo  perda da 
carga areno-conglomerática 
 
 
 quando a corrente de turbidez viaja por distância e tempo 
suficientes para se desenvolver, apresenta a seguinte 
estrutura: cabeça, corpo e cauda 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
Cabeça 
• parte frontal, mais rápida e até 2x mais espessa que o resto 
do fluxo  transportados grãos maiores 
 
• região de intensa turbulência e erosão  escavando o 
substrato  turboglifos (marcas de flauta) e marcas de 
objeto 
 
• partículas erguidas e arremessadas para trás, em direção à 
cauda  desenvolvimento de redemoinhos 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
Corpo 
• região central  fluxo aproximadamente uniforme, 
 
 
 
Cauda 
• zona de rápido adelgaçamento do fluxo 
 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Desaceleração: 
 
 decréscimo do gradiente ou talude ou 
 desconfinamento do fluxo ao sair dos cânions  no 
sopé  mistura com fluido ambiente  diminuição da 
densidade  perda de competência 
 
 
 
 
 
Padrão deposicional ideal para uma corrente de turbidez de alta 
eficiência. 
Mecanismos deposicionais (Lowe, 1982) 
1) Sedimentação por tração  grãos respondem individualmente 
e depositados da carga de leito 
 
2) Por suspensão  grãos respondem individualmente e 
depositados da carga suspensa 
 
3) Congelamento friccional  grãos interagem via contato 
friccional  depositados coletivamente 
 
4) Congelamento coesivo  grão interagem com as forças 
coesivas da matriz  depositados coletivamente 
• a variação da velocidade da corrente depende amplamente 
da inclinação do declive  aumento no declive resulta 
também num aumento da velocidade da corrente 
 
• as diferentes populações de tamanho de grão são mantidas 
em suspensão por mecanismos de suporte variados 
 
• São depositadas como ondas de sedimentação distintas  
eficiência dos mecanismos muda com a desaceleração do 
fluxo 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
Populações de grãos Suporte das partículas Mecanismos de suporte 
1) Partículas tamanho 
argila, silte até areia média 
 
Independe da 
concentração 
 
Turbulência do fluxo 
2) Partículas tamanho 
areia grossa e cascalho 
tipo seixo pequeno 
 
Suspensões concentradas 
Turbulência, decantação 
dificultada e boiância 
3)Partículas tamanho seixo 
e calhau 
 
Acima de 10 a 15% 
Turbulência, decantação 
dificultada, bioância e 
pressão dispersiva 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 
 
 
 Decantação dificultada = elevada concentração dos 
grãos inibe o movimento da água e aproxima grãos 
sólidos que tentam assentar, obrigando a água intersticial 
a ser “espremida” nos espaços intersticiais entre as 
partículas, dificultando a movimentação e retardando a 
decantação dos grãos 
 
 
Boiância = sustentação de clastos que flutuam na 
matriz intersticial composta de água + sedimento 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES DE TURBIDEZ 
CORRENTES DE 
ALTA DENSIDADE 
CORRENTES DE BAIXA 
DENSIDADE 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ DE BAIXA DENSIDADE 
Constituídas de grãos da população 1 (partículas 
tamanho argila, silte a areia média )  suporte apenas 
por turbulência  turbididos de grão médio a fino, 
gradados  divisões Ta, Tb, Tc e Td da sequência de 
Bouma 
Deposição a partir da desaceleração do fluxo  inicia-
se por tração (Ta e Tb), finalizando com siltitos e 
argilitos c/feições de tração + suspensão (Td) 
Fonte: Scherer, 2012 
 
Fonte: Scherer, 2012 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ DE BAIXA DENSIDADE 
Cessada a corrente de turbidez  depositam-se 
sedimentos hemipelágicos e pelágicos (Te)  carga 
suspensa que reflete a sedimentação do background do 
lago ou mar profundo 
 Nestas correntes não há condições de ocorrer pressão 
dispersiva, devido ao tamanho do grão 
MODELO DE BOUMA (1962) 
Definida por Arnould Bouma, nos Alpes Marítimos, na 
França  correntes de turbidez de águas profundas  
composta de intervalos formados pela desaceleração e 
conseqüente deposição do fluxo 
 
 
 
 
 
 
 
MODELO DE BOUMA (1962) 
 
 
 
 
 
 
 
Seqüência turbidítica clássica 
Ta deposição rápida por suspensão 
depósitos de arenito sem estrutura, 
podendo ser gradado base erosional 
Tb laminação plano-paralela, em 
regime de fluxo superior deposição 
por tração 
Tc laminação cruzada ondulada, 
convoluta e climbing ripples deposição 
por tração 
Td laminação paralela regime de 
fluxo inferior  material mais síltico 
Te suspensão em baixa energia 
argilitos e siltitos 
A sequência de Bouma e os mecanismos de deposição inferidos para os intervalos 
Ta aTe para uma corrente de turbidez de baixa densidade desacelerante . 
SEQUÊNCIA DE BOUMA 
A seqüência completa é um ideal muitas vezes, alguns intervalos estão 
ausentes 
Quando uma fina divisão S3 está sobreposta pelos intervalos Tb-e, então 
S3=Ta 
Neste caso Ta está geneticamente relacionada a correntes de turbidez de alta 
densidade (Lowe,1982) 
Estruturas comuns 
Estruturas de sobrecarga 
camadas mais densas 
depositam-se sobre camadas 
menos densas estado plástico 
Ball and pillow e pseudonódulos 
ESTRUTURAS COMUNS 
Climbing ripples 
Migração das laminações 
cruzadas onduladas, numa rápida 
deposição das partículas em 
suspensão 
Podem estar preservados tanto os 
lee sides (mais comuns), quanto os 
stoss sides 
CORRENTES DE TURBIDEZ DE ALTA DENSIDADE 
Incluem as populações 1, 2 e 3  partículas tamanho 
argila a calhau 
 
Subdivididas: 
correntes de alta densidade arenosas (SHDTC) e 
cascalhosas GHDTC) (Lowe,1982) 
Fonte: Scherer, 2012 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ ARENOSAS DE ALTA 
DENSIDADE 
 Predomínio dos grãos da população 2 (areia grossa e 
pequenos seixos) 
 
 suportada principalmente por turbulência e 
decantação dificultada 
 
 pressão dispersiva  mecanismo negligenciável 
presente só na base do fluxo 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ ARENOSAS DE ALTA 
DENSIDADE 
 A deposição ocorre em três estágios principais, de acordo com o aumento 
da instabilidade do fluxo 
1) Sedimentação por tração  arenito seixosos com escavações e 
estratificação cruzada ou plano-paralela (divisão S1); 
2) Sedimentação de carpetes de tração (S2); 
3) Sedimentação por suspensão  arenitos maciços , c/gradação normal 
ou c/ estruturas de escape  prato ou pilar (S3) 
 
 Sequência S1 – S3  reflete evolução de um fluxo desacelerante  
mecanicamente similar a sequência desenvolvida por correntes de baixa 
densidade  divisões s Tbc (tração) e Td (tração + suspensão) 
 
 
 
CARPETES DE TRAÇÃO 
Processo de formação de um carpete de tração: 
 inicia-se com o aumento da instabilidade no fluxo 
 
 carga suspensa de granulação mais grossa concentra-se no leito, sendo 
transportada como carga de fundo 
 
 surge então um nível basal, mantido pela pressão dispersiva, devido ao 
choque entre os grãos, e alimentada pela chuva de grãos grossos 
 
 com o aumento da concentração dos grãos na parte basal e a não atuação da 
turbulência nesta parte, forma-se, então, o carpete de tração (Dzulynski & 
Sanders, 1962) (Fig. 4.6B) 
 
 
 
FORMAÇÃO DE CARPETES DE TRAÇÃO 
Lowe (1982); in: Arienti (1996) 
SEQUÊNCIA IDEAL DAS DIVISÕES DE LOWE 
B
A
IX
A
 D
E
N
S
ID
A
D
E
A
LT
A
 D
E
N
S
ID
A
D
E
Lowe (1982); in: Della Fávera (2000) 
 Correntes de turbidez 
cascalhosas de alta densidade: 
divisões R2 (camadas com carpetes 
de tração) e R3 (camadas com 
gradação normal). 
 
Correntes de turbidez arenosas de 
alta densidade: 
divisões S1 (camadas com estruturas 
de tração), S2 (camadas com 
carpetes de tração) e S3 (camadas 
depositadas por suspensão, podendo 
conter estruturas de escape de 
fluidos). 
 
Fonte: Scherer, 2012 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ CASCALHOSAS DE 
ALTA DENSIDADE 
 
  ricas em grão da população 3  seixos e 
calhaus 
 
 suporte  pressão dispersiva + boiância da 
matriz 
 
 Boiância = sustentação de clastos que flutuam 
na matriz intersticial composta de água + 
sedimento 
 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ CASCALHOSAS DE 
ALTA DENSIDADE 
 
  Deposição ocorre em 2 estágios principais: 
 
cascalhos mais grossos da frente da corrente, na 
porção basal do fluxo, junto à cabeça  como 
carpetes de tração 
 
 de suspensão  cascalhos inversamente 
gradados (divisão R2) e c/gradação normal (R3) 
 
 
CORRENTES DE TURBIDEZ 
 Fluxos gravitacionais bipartidos: 
 
 camada basal granular (laminar), densa  flui devido sobrepressão 
de poros + condições inerciais 
 
 camada superior mais diluída, totalmente turbulenta  retrabalha 
e ultrapassa depósito final da camada basal 
 
Deslocam-se como fluxo de alta velocidade e maior densidade  em 
meio a água do mar ou de um lago  presença grande quantidade 
de sólidos suspensos 
Fonte: Scherer, 2012 
 Correntes de turbidez 
cascalhosas de alta densidade: 
divisões R2 (camadas com carpetes 
de tração) e R3 (camadas com 
gradação normal). 
 
Correntes de turbidez arenosas de 
alta densidade: 
divisões S1 (camadas com estruturas 
de tração), S2 (camadas com 
carpetes de tração) e S3 (camadas 
depositadas por suspensão, podendo 
conter estruturas de escape de 
fluidos). 
 
SUSPENSÃO 
Divisões R3  deposição direta por suspensão, sem tempo para 
formar estruturas de tração  depósitos com gradação normal 
As divisões R1, depositadas por tração, são muito raras nas 
correntes cascalhosas  início do choque entre os grãos  pressão 
dispersiva 
A seqüência das divisões pode variar de acordo com o 
comportamento do fluxo 
As correntes de turbidez de alta densidade podem depositar sua 
carga em surtos de sedimentação, podendo ocorrer repetições de 
algumas divisões 
FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 descoberta da importância das correntes de 
turbidez na deposição de mar profundo  Kuenen e 
Migliorini (1950)  uma das mais importantes 
revoluções no campo da Sedimentologia 
 
 estudos de Bouma (1962) permitiram reconhecer 
existência de organização interna muito 
característica, sob o ponto de vista de distribuição de 
litologias e estruturas  seqüência de Bouma 
dominou a descrição destes depósitos na década de 
1960 
 
 
FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 estudos de Mutti e Ricci Luchi (1970) 
 
 mostraram que a seqüência de Bouma era 
insuficiente para descrever as seqüências turbidíticas e 
depósitos associados 
 
 feição restrita a delgadas camadas de turbiditos de 
grão fino a médio intercaladas à folhelhos  
originadas de correntes de turbidez de baixa densidade 
 turbiditos clássicos ou TBT’s (Thin Bedded 
Turbidites) 
 
 
 
 
FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 mecanismos responsáveis mais complexos do que os 
relacionados à sequência de Bouma 
 
propuseram classificação faciológica de turbiditos 
(“lato sensu” envolvendo depósitos das correntes de 
turbidez + outros depósitos associados) 
 
 devido ao elevado interesse econômico (óleo e gás) 
turbiditos e sistemas de leques submarinos foram alvo 
de estudo nas décadas de 80 e 90 e nos dias atuais 
 
 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 análise de um só afloramento ou testemunho  pode 
acarretar erros de interpretação  características dos 
depósitos turbidíticos retratam principalmente instantes 
finais de deposição  difícil inferir natureza dos processos 
envolvidos no transporte a partir de um dado isolado 
 
 análise adequada  aplicação do conceito de trato de 
fácies 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 TRATO DE FÁCIES  mostra como uma fácies se 
relaciona com a outra no espaço representando a 
segregação natural que ocorre durante o movimento dos 
fluxos gravitacionais para a bacia 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 Mutti (1992) e Mutti et al. (1999) aplicaram o conceito de 
trato de fácies na confecção de  um arcabouço genético 
de fácies turbidíticas 
 
 assumindo 6 premissas conceituais 
 
 
1) Corrente de turbidez é um fluxo bipartido: 
 
 camada basal granular (laminar), densa  flui devido sobrepressão 
de poros + condições inerciais 
 
 camada superior mais diluída, totalmente turbulenta  retrabalha 
e ultrapassa depósito final da camada basal 
 
Deslocam-se como fluxo de alta velocidade e maior densidade  em 
meio a água do mar ou de um lago  presença grande quantidade 
de sólidos suspensos 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES 
TURBIDÍTICAS 
2) Vários mecanismos de suporte de grãos atuam ao 
longo da evolução de um fluxo, se relacionando com as 
diferentes populações de tamanhos de grão 
 
3) Deposição se processa como ondas de sedimentação, 
com repetidos ciclos de tração e suspensão, havendo 
correntes de turbidez de alta e baixa densidade 
 
4) Evoluem através de sucessivas transformações de 
fluxo, levando à segregação paulatina da carga 
sedimentar 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
5) O salto hidráulico tem papel fundamental no 
desenvolvimento das fácies, pois através dele a corrente 
ganha “novo fôlego” ao passar de trechos confinados 
para desconfinados do sistema turbidítico 
 
6) Os fluxos apresentam maior ou menor eficiência, ou 
seja, habilidade de distribuir os sedimentos bacia adentro 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 Salto hidráulico principal  separa  zona de 
transferência (cânios ou canais) da zona de acumulação(lobos) de um sistema turbidítico 
 
 
 
 região transição canal-lobo  região onde ocorre esta 
brusca passagem (Mutti & Normark, 1991) 
 
 
 
 
 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
Zona de transferência (cânios ou canais)  dominam 
erosão + escavação profunda do substrato + bypass de 
sedimentos + deposição de camadas lenticulares de 
conglomerados e arenitos grossos  a partir de correntes de 
turbidez cascalhosas e alta densidade 
 
 Zona de acumulação (lobos)  superfícies erosivas menos 
profundas e mais planas + camadas tabulares dominantemente 
arenosas e pelíticas  a partir de correntes de turbidez 
arenosas e alta densidade 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 Eficiência de uma corrente de turbidez  habilidade da 
corrente em carregar sua carga sedimentar gradiente abaixo e 
segregar suas populações de grãos em diferentes fácies 
 
 num fluxo bipartido  eficiência se relaciona a diferentes 
processo operante nas camadas basal e superior 
 
 esquema de Mutti (1992)  nove fácies (F1 a F9) 
 
 esquema de Mutti et al. (1999)  suprimiu a F1 e F4 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
Fonte: Scherer, 2012 
 
Padrão deposicional ideal para uma corrente de turbidez de alta eficiência. 
MODELO DE MUTTI (1992) 
Reformulação da classificação de Mutti & Ricci Lucchi (1972)  
turbiditos dos Apeninos, na Itália baseado nas transformações de fluxo 
de Fisher (1983) 
 
 
Nove fácies turbidíticas  diferentes estágios dos fluxos gravitacionais 
subaquosos declive abaixo  cada fácies representa a perda progressiva 
das populações mais grossas numa direção corrente abaixo ou uma 
organização textural diferente (Della Fávera, 2000) 
MODELO DE MUTTI (1992) 
Agrupadas em três grupos principais: 
1) Fácies de granulação muito grossa  fluxos de detritos coesos e 
fluxos hiperconcentrados (transição fluxos coesos e fluidais) F1, 
F2 e F3 
2) Fácies de granulação grossa  correntes de turbidez cascalhosas de 
alta densidade  F4, F5, WF e F6 (origem questionável). 
3) Fácies de granulação fina  correntes de turbidez arenosas de alta 
densidade F7 e F8;  correntes de turbidez de baixa densidade 
F9 (F9a e F9b) 
Fonte: Scherer, 2012 
 esquema ou modelo de Mutti (1992)  nove fácies (F1 a F9) 
 
 fluxos de detritos coesivos originados de deslizamentos e 
escorregamentos de massa, da borda da plataforma, 
aceleram ao longo dos cânions e sofrem progressiva mistura 
com a água, ocasinando sua transformação para  
correntes de turbidez 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 esquema (modelo) de Mutti et al. (1999)  suprimiu a F1 e 
F4 
 
 admitiram que cheias catastróficas de sistemas fluviais 
que drenam montanhas seriam mais efetivas na geração de 
volumosas correntes de turbidez 
 
 este mecanismo passou a ser considerado mais 
compatível com a grande variedade de fácies turbidíticas 
areno-conglomeráticas observadas 
 
 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 muitos dos escorregamentos e fluxos de detritos que 
ocorrem na região de cabeceira dos sistemas turbidíticos 
não têm relação genética com as correntes geradas por 
fluxos hiperpicnais associados a cheias catastróficas 
 
 por este motivo a fácies F1  suprimida 
 
 as fácies grossas com carpete de tração (F4)  
suprimida por se tratar de uma fácies de ocorrência 
pouco comum 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 fácies agrupadas segundo 4 populações de tamanho de 
grão: 
 
 1) matacão  seixos pequenos 
 2) seixos pequenos  areia grossa 
 3) areia média a fina 
 4) areia fina até lama 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
 esquema (modelo) de Mutti et al. (1999) 
 
“ Estas populações de tamanho de grão são transportadas pelas 
correntes de turbidez como entidades naturalmente distintas, 
resultando em grupos de fácies também diferentes. As primeiras 
duas populações movem-se com a camada granular basal; a 
terceira população move-se na camada granular basal, mas 
pode ser progressivamente incorporada como carga suspensa 
no fluxo turbulento sobrejacente; a quarta população move-se 
preferencialmente como carga suspensa em um fluxo 
turbulento.” (Mutti et al, 1999) 
ARCABOUÇO GENÉTICO DE FÁCIES TURBIDÍTICAS 
MODELO DE MUTTI et al. (1999)

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