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Auditoria Tributária 
 
 
Unidade I 
 
 
 
Luiz Vieira da Silva Filho 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4 
1. CONCEITOS BÁSICOS DA AUDITORIA TRIBUTÁRIA ....................................................... 5 
1.1 Auditoria tributária .................................................................................................................. 5 
2. TRIBUTOS ............................................................................................................................. 6 
2.1 O que é tributo? ..................................................................................................................... 6 
3. CONCEITOS IMPORTANTES NA AUDITORIA TRIBUTÁRIA ............................................. 8 
3.1 Fato gerador........................................................................................................................... 8 
3.2 Responsabilidade tributária ................................................................................................... 8 
3.3 Lançamento do crédito tributário ........................................................................................... 8 
3.4 Crédito tributário .................................................................................................................... 9 
3.5 Prescrição e decadência ........................................................................................................ 9 
4. SISTEMÁTICA CUMULATIVA E NÃO CUMULATIVA ........................................................ 11 
4.1 Sistemática cumulativa ........................................................................................................ 11 
4.2 Sistemática não cumulativa ................................................................................................. 11 
4.3 Determinação da sistemática a ser adotada ....................................................................... 11 
5. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E RETENÇÃO NA FONTE – ASPECTOS GERAIS.......... 12 
5.1 Substituição tributária .......................................................................................................... 12 
5.2 Retenção na fonte ................................................................................................................ 12 
5.3 Substituição tributária x retenção na fonte .......................................................................... 12 
6. TRIBUTOS FEDERAIS ........................................................................................................ 14 
6.1 Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido .............................................. 14 
6.1.1 Lucro real ............................................................................................................................. 14 
6.1.1.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 14 
6.1.1.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 14 
6.1.1.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 15 
6.1.2 Lucro presumido .................................................................................................................. 15 
6.1.2.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 15 
6.1.2.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 15 
6.1.2.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 16 
6.1.3 Lucro arbitrado ..................................................................................................................... 16 
6.1.3.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 16 
6.1.3.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 16 
6.1.3.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 16 
6.1.4 Simples nacional .................................................................................................................. 16 
6.1.4.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 16 
6.1.4.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 17 
6.1.4.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 17 
6.2 PIS/PASEP e Cofins ............................................................................................................ 17 
6.2.1 Sistemática cumulativa ........................................................................................................ 17 
6.2.1.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 17 
6.2.1.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 17 
6.2.1.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 17 
6.2.1.4 Receitas financeiras ............................................................................................................. 17 
6.2.2 Sistemática não cumulativa ................................................................................................. 18 
6.2.2.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 18 
6.2.2.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 18 
6.2.2.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 18 
6.2.2.4 Créditos ................................................................................................................................ 18 
6.2.3 Monofásico ........................................................................................................................... 19 
6.2.3.1 Alíquotas .............................................................................................................................. 19 
6.2.4 Importação ........................................................................................................................... 19 
6.2.4.1 Base de cálculo .................................................................................................................... 19 
6.2.4.2 Alíquotas .............................................................................................................................. 19 
6.2.4.3 Majoração da alíquota da cofins-importação ....................................................................... 20 
6.3 Imposto sobre produtos industrializados (IPI) ..................................................................... 20 
6.3.1 Tipos de industrialização ..................................................................................................... 20 
6.3.2 Do contribuinte e do equiparado .......................................................................................... 21 
6.3.3 Base de cálculo ....................................................................................................................21 
 
 
6.3.4 Alíquotas .............................................................................................................................. 21 
6.3.5 Não cumulatividade ............................................................................................................. 21 
6.4 Imposto de renda retido na fonte (IRRF) e contribuições sociais retidas na fonte (CSRF) 21 
6.4.1 IRRF ..................................................................................................................................... 22 
6.4.1.1 Fato gerador......................................................................................................................... 22 
6.4.1.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 22 
6.4.1.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 22 
6.4.2 CSRF ................................................................................................................................... 22 
6.4.2.1 Fato gerador......................................................................................................................... 22 
6.4.2.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 22 
6.4.2.3 Alíquotas .............................................................................................................................. 23 
6.4.3 Tratamento dos valores retidos ........................................................................................... 23 
7. TRIBUTOS ESTADUAIS ..................................................................................................... 24 
7.1 ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) ............................................. 24 
7.1.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 24 
7.1.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 24 
7.1.3 Local da operação ou prestação ......................................................................................... 25 
7.1.4 Alíquotas .............................................................................................................................. 25 
7.1.5 Não cumulatividade ............................................................................................................. 25 
7.1.6 Substituição tributária .......................................................................................................... 25 
8. TRIBUTOS MUNICIPAIS ..................................................................................................... 27 
8.1 ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza) ...................................................... 27 
8.1.1 Contribuinte .......................................................................................................................... 27 
8.1.2 Base de cálculo .................................................................................................................... 27 
8.1.3 Local da prestação ............................................................................................................... 27 
8.1.4 Alíquotas .............................................................................................................................. 28 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 29 
 
 
 
 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
A auditoria tributária é uma das subdivisões mais importantes da auditoria como 
um todo, tendo em vista que retrata a parte sensível a toda Companhia, evidenciando 
resultados, mas também expondo eventuais riscos e contingências. 
Abordaremos como as demonstrações contábeis e como a auditoria podem ser 
vistas como ferramentas de gestão, aprimorando controles e demonstrações para 
terceiros, resguardando a empresa seguindo os parâmetros estabelecidos em lei. 
A sequência lógica dos assuntos aqui abordados demonstrará com clareza que 
o mapeamento desta ciência (e porque não a chamar assim?) retrata a legalidade das 
normas sendo exercitadas dentro das companhias, desde a emissão de um 
documento fiscal ao contingenciamento de riscos. 
O respeito a estas normas atribuem ao trabalho da auditoria tributária a 
credibilidade necessária para conclusões relevantes e decisivas acerca de 
determinado tema, garantindo a independência que é o ponto primordial desta 
ferramenta, tornando suas conclusões semelhantes em cenários similares. 
Tal interdependência atribui liberdade e segurança ao empresário no momento 
da tomada de decisões acerca do resultado apresentado pela auditoria tributária. 
Os tópicos levantados seguem em conformidade com a legislação tributária, 
bem como com os princípios contábeis e de auditoria pré-estabelecidos. 
Aqui, trabalharemos com a natureza jurídica dos itens que definem conceitos 
dentro da auditoria tributária, repassando aspectos importantes para o completo 
entendimento da matéria, discorrendo na sequência acerca dos principais tributos aos 
quais estão sujeitos a pessoa jurídica, foco deste estudo, refletindo seus aspectos na 
contabilização e trazendo à tona a discussão acerca da utilização das demonstrações 
contábeis como confiável ferramenta de gestão, uma vez que os números ali 
retratados refletem e fidelizam o trabalho de uma boa auditoria. 
Bons estudos! 
 
 
 
“A mente que abre uma nova janela, jamais volta ao seu tamanho original” 
(Albert Einstein) 
 
5 
 
1. CONCEITOS BÁSICOS DA AUDITORIA TRIBUTÁRIA 
 
A auditoria é um processo de avaliação de evidências sobre informações e 
dados contábeis, de forma a se determinar e reportar o grau de correspondência entre 
a informação e os critérios estabelecidos na sua elaboração. 
O processo de auditoria baseia-se em dados extraídos e apurados pelo auditor, 
das informações fornecidas pela empresa, com o objetivo de apurar a correlação 
existente entre a informação auditada e os critérios utilizados a que ela se reporta. 
O auditor irá definir, de forma independente, um montante acumulado de 
evidências suficientes que o habilitem a relatar a conclusão apropriada. Este relato 
constitui a última etapa em qualquer processo de auditoria que se materializa em 
relatórios de “auditoria”. 
 
1.1 Auditoria Tributária 
 
Esta análise tem por objetivo fazer um exame da situação fiscal da empresa, 
tendo em vista o controle da sua regularidade fiscal. Essa regularidade ou legalidade 
fiscal é norteada pelos princípios definidos pelas normas e doutrinas fiscais, as 
normas de incidência, liquidação e cobrança, as regras de retenção na fonte e as 
obrigações contabilísticas e declarativas. 
Nesse sentido, a auditoria da área fiscal persegue um objetivo duplo, em 
primeiro lugar o de comprovar corretamente os riscos derivados de possíveis 
contingências fiscais e, em segundo lugar, se procedeu ao pagamento efetivo do 
tributo de acordo com os prazos e formalismos legais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
2. TRIBUTOS 
 
O alvo principal da auditoria tributária é o tributo. Todos os controles e análises 
giram em torno de sua periodicidade, fato gerador, pagamento e demais reflexos. Para 
entender o que é auditoria tributária, é necessário antes entender os principais 
conceitos que norteiam esta ciência. 
 
2.1 O que é tributo? 
 
De maneira breve e objetiva, o conceito de tributo é trazido pelo Código 
Tributário Nacional, em seu artigo 3°: 
 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativaplenamente vinculada. 
 
Temos cinco espécies de tributos a saber: 
 
a) Imposto; 
b) Taxa; 
c) Contribuições de Melhoria; 
d) Empréstimos Compulsórios; 
e) Contribuições Sociais. 
 
O conceito está atrelado principalmente à finalidade de cada uma destas figuras 
e o seu papel na organização das competências das entidades federadas. 
 
a) Imposto: é o tributo que tem como fato gerador uma situação independente 
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Isto implica 
dizer que, sua finalidade nada mais é que o financiamento de compromissos 
constitucionais e o perfeito funcionamento dos órgãos e setores federativos, 
tais como os setores da saúde, segurança, educação e etc. Para ser 
cobrado, precisa estar previsto em Lei. 
É errado afirmar que a arrecadação de impostos tem sempre uma 
finalidade, pois, esta é a característica determinante que o distingue dos 
demais tributos, já que, para o imposto, não há vinculação de sua receita à 
prestação de determinado serviço ou contraprestação por parte do Ente 
Público arrecadador. Há situações onde a legislação determina parcelas 
mínimas de arrecadação para determinados serviços públicos, entretanto, 
ainda assim não conferem ao contribuinte qualquer garantia de 
contrapartida. 
Nosso Código Tributário Nacional (CTN) relaciona quais os impostos 
existentes no Brasil e a finalidade de cada um deles. 
 
b) Taxa: é o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição. Nesse 
conceito, ao contrário do que temos com o imposto, há necessariamente a 
 
7 
contraprestação em serviços públicos ou benefícios que são colocados à 
disposição aos contribuintes. 
A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico ao do imposto, 
para se evitar a bitributação. 
As taxas podem ser de polícia – quando é usada para fiscalização –, ou 
ainda, de serviço ou de utilização – quando é cobrada mediante prestação 
estatal de um serviço público específico. 
 
Aqui é importante diferenciar taxa de tarifa, pois, essa última, além de não 
ser classificada como um tributo, não tem caráter obrigatório. Também não 
pode ser considerada como um serviço essencial, pois o contribuinte 
escolhe se quer se submeter a ela ou não. A tarifa é cobrada por um serviço 
prestado por empresas concessionárias de serviço público. 
 
c) Contribuições de Melhoria: é o tributo que tem como fato gerador uma 
obra pública que proporciona valorização do imóvel do indivíduo que estará 
sendo tributado. Para ser cobrada deve sempre existir uma obra e que, 
efetivamente, tenha trazido tal valorização. Sem estas duas características, 
não há o que se falar em contribuição de melhoria. 
 
d) Empréstimo compulsório: O empréstimo compulsório serve para atender 
a situações excepcionais, e só pode ser instituído pela União. Consiste em 
uma tomada compulsória de recursos financeiros para atender a despesas 
geradas por situações extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, 
guerra externa ou sua iminência. 
 
e) Contribuições Sociais: Também conhecidas como parafiscais, estas são 
destinadas a custear atividades estatais específicas que não são inerentes 
ao Estado. Têm como destinação três aspectos diferentes: (i) a intervenção 
no domínio econômico, (ii) o interesse de categorias econômicas ou 
profissionais e (iii) o custeio do sistema da seguridade social. 
 
 
 
8 
3. CONCEITOS IMPORTANTES NA AUDITORIA TRIBUTÁRIA 
 
Uma vez conceituado o tributo, se faz necessária uma contextualização do 
cenário que o cerca, trazendo a definição de todos os aspectos que o norteiam, 
fazendo com que a auditoria tributária tenha uma sequência lógica na análise dos 
fatores que se quer aferir. 
 
De maneira breve, passaremos aos conceitos a seguir para construção de um 
cenário para a auditoria tributária. 
 
3.1 Fato Gerador 
 
O artigo 114 do CTN conceitua fato gerador como a situação definida em lei 
sendo necessária e suficiente para a sua ocorrência, ou seja, nada mais é do que a 
determinação do momento em que se torna exigível o ônus do tributo ao seu 
contribuinte, atribuindo a cada tributo um fato gerador distinto. Entender o momento 
do fato gerador é importante para indicar na auditoria tributária, o momento de seu 
reconhecimento. 
 
3.2 Responsabilidade Tributária 
 
Uma vez constituído o fato gerador do tributo, passemos a análise da 
responsabilidade tributária, ou seja, quem é o responsável pelo pagamento do tributo, 
sendo essa a obrigação principal. 
O artigo 121 da CTN diz que o sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa 
obrigada ao pagamento de tributo, dividindo-o em dois tipos: 
 
a) Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador; 
b) Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
 
3.3 Lançamento do Crédito Tributário 
 
Definido o fato gerador e seu responsável tributário, a próxima etapa é 
lançamento do crédito tributário. É ela que determina como se dará a cobrança e 
fiscalização da obrigação principal. Aqui, uma distinção importante é necessária para 
seguirmos, nas palavras do brilhante Hugo de Brito Machado1: 
 
Crédito tributário e a obrigação são coisas distintas. O crédito decorre 
da obrigação e tem a mesma natureza desta. A ocorrência do Fato 
Gerador concretiza a hipótese de incidência, surgindo, então, a 
obrigação tributária. A obrigação tributária é o que vincula o 
 
1 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 34. ed. São Paulo: Malheiros, 2013. 
 
9 
contribuinte à força pela qual o sujeita a ter contra si, um lançamento 
tributário. 
Na leitura do artigo 142 do CTN, a constituição do crédito tributário pelo 
lançamento é um procedimento administrativo para a verificação de ocorrência do fato 
gerador, trazendo à tona os elementos materiais objeto de estudo da nossa ciência, 
quais sejam, a matéria a qual é tributável, cálculo do valor devido do tributo, 
identificação da responsabilidade tributária e por consequência, do sujeito passivo. 
 
Há três tipos de espécie de lançamento tributário: 
 
a) Lançamento de ofício (Art. 149 do CTN): É o lançamento efetuado sem 
qualquer participação ou intervenção do contribuinte. 
b) Lançamento por declaração (Art. 147 do CTN): É o lançamento efetuado 
com base em declarações prestadas pelo sujeito passivo, acerca da 
obrigação tributária. 
c) Lançamento por homologação. (Art. 150 do CTN): Conhecido também 
como auto lançamento, é a modalidade de lançamento que ocorre em 
relação aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de 
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
formalizando-se no momento em que referida autoridade toma 
conhecimento da atividade. 
 
3.4 Crédito Tributário 
 
Quando falamos em crédito tributário, devemos pensar na figura do Estado, 
como possuidor do direito de exigir do contribuinte a referida obrigação principal. Cabe 
ressaltar que este direito ao crédito tributário só é constituído de suas formalidades 
após a ocorrência do lançamento, conforme verificado no tópico anterior, pois é este 
que lhe atribui um vínculo jurídico entre Estado e contribuinte. 
Logo, o crédito tributário nasce com a ocorrência do fato gerador e com a 
possibilidade de identificação e individualização do contribuinte. 
O artigo 139 do CTN, em poucas palavras, conceitua o crédito tributário: 
 
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a 
mesma natureza desta. 
 
3.5 Prescrição e Decadência 
 
Ambos conceitos são formas de extinção do crédito tributário. Importante definir 
e diferenciá-las, pois, na auditoria tributária, pode ser um fator que determina tomada 
de decisões acerca de apontamentosem demonstrativos contábeis. 
 A prescrição é o prazo estabelecido por lei para que o Estado ou outro ente 
reivindique um direito seu em relação a determinado tributo. Superado este prazo, se 
o direito não for exigido, ocorre a perda do direito de cobrar, ocorre a prescrição. 
Entretanto, se dentro do prazo estabelecido o Estado exercer o seu direito de cobrar, 
ele terá 5 anos (ou outro prazo que a lei determinar, de acordo com o tipo de tributo) 
 
10 
para poder executar a cobrança, nesse caso, se conta o período de decadência, que 
é justamente a perda do direito do Estado de executar a cobrança do tributo. 
Exemplo: Dentro do prazo prescricional de 5 anos do ICMS, o Fisco Estadual 
notifica o sujeito passivo da obrigação, entretanto, não o executa no prazo decadencial 
estipulado. Logo, o direito decai e o ente não pode mais executar a cobrança. 
O prazo prescricional inicia-se no momento em que sujeito passivo da 
obrigação tem conhecimento do fato gerador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. SISTEMÁTICA CUMULATIVA E NÃO CUMULATIVA 
 
Os tributos podem ser apurados utilizando o critério da cumulatividade ou não 
cumulatividade. A forma de sua apuração determinará também a forma como deve 
ser contabilizado. 
 
4.1 Sistemática Cumulativa 
 
É uma sistemática de apuração de tributos, na qual esse incide em todas as 
etapas intermediárias dos processos produtivos e de comercialização de determinado 
bem. Aqui o tributo é exigido na íntegra, toda vez que ocorre sua hipótese de 
incidência, sem a possibilidade de se amortizar nessa operação o valor do tributo que 
incidiu na operação anterior. 
 
4.2 Sistemática Não Cumulativa 
 
Nessa sistemática, é possível o aproveitamento do valor do tributo devido em 
cada operação com o montante cobrado na operação anterior. Esse método objetiva 
minimizar a carga tributária, tendo em vista que a possibilidade de aproveitamento do 
valor do tributo das etapas anteriores proporciona um custo menor ao 
produto/mercadoria. 
 
4.3 Determinação da sistemática a ser adotada 
 
Essas sistemáticas de apuração de tributos não podem ser aplicadas pelo 
contribuinte de maneira aleatória. Há dispositivos legais que apontam quais tributos e 
em quais circunstâncias devem ser apurados por uma ou outra sistemática. Critérios 
como faturamento ou ramo de atividade são alguns dos critérios determinantes na 
escolha da sistemática. Cada tributo tem suas regras específicas dentro da referida 
sistemática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
5. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E RETENÇÃO NA FONTE – ASPECTOS 
GERAIS 
 
5.1 Substituição Tributária 
 
A substituição tributária é o mecanismo pelo qual é atribuído à um terceiro a 
responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. É uma ferramenta 
utilizada pela Administração Tributária para facilitar a fiscalização e a cobrança dos 
tributos, tornando mais fácil para o Estado concentrar o seu poder fiscalizatório sobre 
grandes contribuintes, atribuindo a essas a condição de substituto tributário pelas 
obrigações tributárias contraídas por contribuintes de menor porte. 
A substituição modifica tão somente o critério pessoal passivo da norma de 
incidência tributária, ou seja, o sujeito passivo da obrigação tributária será o substituto, 
todavia a pessoa quem pratica o fato gerador continua sendo o contribuinte/ 
substituído. 
A substituição tributária pode ser estabelecida em três momentos distintos: 
 
a) Antecedente: Conhecida como “para trás” ou “regressiva”, ocorre quando 
o imposto a ser recolhido é oriundo de uma operação ou prestação que já 
aconteceu. Esta substituição tributária pode ser facilmente visualizada no 
diferimento do ICMS, onde o momento do recolhimento é postergado para 
um momento posterior; 
b) Concomitante: Aqui a obrigação pelo recolhimento do imposto é atribuída 
a outro contribuinte e não aquele que está realizando a operação. Aqui 
podemos citar a substituição tributária ocorrida no serviço de transportes 
realizado por autônomo não inscrito no Cadastro de Contribuinte. Nessa 
situação, o ICMS que seria responsabilidade do prestador, passa a ser do 
tomador de serviço; 
c) Subsequente: Conhecida como substituição tributária “para frente” é a 
situação na qual a responsabilidade do ICMS é delegada para determinado 
contribuinte, que será o responsável pelo pagamento do imposto em relação 
às operações subsequentes. Um exemplo clássico é o importador que fica 
responsável pelo recolhimento do ICMS devido até o consumidor final. 
 
5.2 Retenção na Fonte 
 
Nesse instituto, o Estado arrecada parcialmente os tributos de um contribuinte 
por meio de atribuição de responsabilidade a outrem. Essa sistemática dá ao fisco 
uma previsibilidade maior sobre o montante da arrecadação de determinado tributo. 
 
5.3 Substituição Tributária x Retenção na Fonte 
 
A diferença entre a retenção e a substituição tributária reside no fato de que, 
nessa última, a responsabilidade tem que ser atribuída de modo expresso, conforme 
dita o CTN, ou seja, deve estar prevista em lei. Na retenção na fonte, a 
responsabilidade não é transferida. Em nenhum momento o responsável pela 
retenção na fonte assume a posição de sujeito passivo da obrigação. A ele é apenas 
 
13 
exigido a obrigação de fazer com a retenção do valor e recolhimento do tributo aos 
cofres públicos. Abaixo alguns aspectos pelos quais fica fácil diferenciar um conceito 
do outro: 
 Ao retentor pode ser imputado o delito de apropriação indébita (reteve e não 
recolheu). Aos responsáveis apenas a inadimplência; 
 O dever do retentor é de fazer, o dos responsáveis é de dar; 
 O retentor não tem legitimidade para contestar ou impugnar o lançamento 
tributário; os responsáveis têm legitimidade para contestar ou impugnar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
6. TRIBUTOS FEDERAIS 
 
 A seguir, conceituaremos os principais tributos federais devidos pela pessoa 
jurídica, suas características principais e a forma como são tratados pela auditoria 
tributária. 
 
6.1 Imposto De Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido 
 
O fato gerador do Imposto de Renda/CSLL, conforme o artigo 43 do CTN, é a 
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de 
qualquer natureza. 
Nosso objeto de estudo aqui é o IRPJ/CSLL cobrados da pessoa jurídica. 
Esse pode ser apurado de diferentes formas, conforme veremos a seguir. 
 
6.1.1 Lucro Real 
 
Nesse regime, leva-se em consideração para cálculo do IRPJ/CSLL, os 
resultados contábeis da empresa, acrescidos de ajustes que podem ser positivos ou 
negativos, para formação de uma base tributável. 
 
6.1.1.1 Contribuinte 
 
A legislação atribui a determinados contribuintes a obrigatoriedade pelo lucro 
real (Art. 14 da Lei 9.718/98). São levados em consideração para atribuição de 
obrigatoriedade fatores como limites de faturamentos e determinadas atividades. 
Nessa sistemática, o IRPJ/CSLL podem ser apurados e pagos trimestralmente 
ou ainda ter pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real. 
Na prática, a maioria das empresas opta pela estimativa, tendo em vista 
vantagens de economia tributária e/ou de simplificação de procedimentos, e também 
pelo fato de que a pessoa jurídica tem a faculdade de suspender ou reduzir o 
pagamento da estimativa de acordo com os resultados que apurar em balanços ou 
balancetes levantados especificamente para esse fim. 
É importante ressaltar, ainda, que a adoção de uma das formas de apuração 
do imposto (lucro real trimestral ou pagamento por estimativa, com apuração anual) é 
irretratável para todo o ano-calendário. 
 
6.1.1.2 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo do IRPJ/CSLL na apuração pelo lucro real corresponderá ao 
lucro líquido do período (lucro contábil), ajustado pelas adições, exclusões e 
compensações determinadas e autorizadaspela legislação do IR. Referido lucro é 
obtido através da diferença entre o lucro bruto e as despesas operacionais. 
As despesas operacionais são aquelas decorrentes do desenvolvimento das 
atividades normais da empresa, as necessárias para que a atividade fim desta ocorra. 
O artigo 311 e seguintes do RIR/2018 relaciona quais as despesas que podem ser 
consideradas para fins de dedução. 
 
15 
 
6.1.1.3 Alíquotas 
 
Na sistemática do lucro real as alíquotas aplicadas são de 15% para o Imposto 
de Renda e 9% para a Contribuição Social. Ainda, há o percentual de 10% para cálculo 
do adicional de Imposto de Renda. 
 
6.1.2 Lucro Presumido 
 
Nessa sistemática, diferentemente do Lucro Real, o IRPJ e CSLL são apurados 
baseados em uma presunção de lucro, por parte do Fisco. Essa presunção é 
determinada por alíquotas, que variam de acordo com a atividade exercida. 
 
6.1.2.1 Contribuinte 
 
A sistemática do lucro presumido pode ser adotada por pessoas jurídicas, cuja 
receita bruta total no ano calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 
78.000.000,00 (Setenta e oito milhões) ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00 
(Seis milhões e quinhentos mil) multiplicados pelo número de meses de atividade no 
ano, se esse for inferior a 12 meses e ainda, por exclusão ao rol dos contribuintes 
obrigados a sistemática do Lucro Real. 
 A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será 
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido 
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. 
A saída do sistema de tributação pelo lucro presumido pode ocorrer anualmente 
por opção ou, obrigatoriamente, quando a pessoa jurídica deixar de se enquadrar nas 
condições para permanecer no sistema. 
O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota 
única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de 
apuração. Poderá também optar pelo pagamento em até três quotas mensais, iguais 
e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de 
encerramento do período de apuração a que corresponder. 
 
6.1.2.2 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo do IRPJ/CSLL e do adicional de IR, na apuração pelo lucro 
presumido será o resultado da aplicação das alíquotas de presunção de lucro pela 
receita bruta da empresa. As alíquotas de presunção de lucro estão previstas no artigo 
15, parágrafo 1° da Lei 9.249/1995, sendo, no geral classificadas: 
 
 
Segmento de atividade Alíquota 
Combustíveis e gás natural 1,6% 
Venda de mercadorias e algumas prestações de serviços 8% 
Serviços de transporte e serviços gerais com receita bruta até 120 mil/ano 16% 
Serviços Profissionais 32% 
 
 
16 
6.1.2.3 Alíquotas 
 
Na sistemática do lucro presumido as alíquotas aplicadas são 15% para o 
Imposto de Renda e 9% para a Contribuição Social. 
 
6.1.3 Lucro Arbitrado 
 
O Lucro Arbitrado é a forma de apuração adotada quando não é possível 
definir/visualizar o desempenho financeiro da empresa, seja por desorganização, má 
gestão, ou ainda, por fraudes. Pode ser aplicado pela autoridade tributária ou ainda 
por opção do contribuinte. 
 
6.1.3.1 Contribuinte 
 
O contribuinte para essa forma de apuração é eleito em situações específicas, 
elencadas em lei, principalmente quando esse deixa de cumprir as obrigações 
inerentes ao correto exercício da contabilidade. 
Sua periodicidade é trimestral e abrange todo o período em que a escrituração 
contábil estiver fora dos padrões estabelecidos em lei. 
 
6.1.3.2 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo do IRPJ/CSLL e do adicional de IR, na apuração pelo lucro 
arbitrado estabelece percentuais de presunção, baseados em segmentos e na 
questão documental para auxilio sobre a identificação de receita bruta (Art. 604 e 
seguintes do RIR/2018). 
 
6.1.3.3 Alíquotas 
 
As alíquotas aqui seguem o padrão, 15% para o Imposto de Renda e 9% para 
a Contribuição Social, tributando o adicional de IRPJ com 10%. 
 
6.1.4 Simples Nacional 
 
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e 
fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, 
previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Neste regime de 
tributação que tem pagamento unificado, estão reunidos PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, 
ICMS, IPI, ISS e CPP. 
 
6.1.4.1 Contribuinte 
 
Podem ser optantes a esta sistemática as empresas com faturamento limite de 
R$ 4,8 milhões. A RFB limita à participação a este regime de alguns segmentos. 
 
17 
 
6.1.4.2 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo para determinação do valor devido de Simples será a receita 
bruta total mensal auferida (regime de competência) ou recebida (regime de caixa), 
conforme a opção feita pelo contribuinte. 
 
6.1.4.3 Alíquotas 
 
As alíquotas no Simples Nacional variam entre 4% e 30%, de acordo com a 
faixas de faturamento e segmentos de atividade. 
 
6.2 PIS/PASEP e Cofins 
 
6.2.1 Sistemática Cumulativa 
 
6.2.1.1 Contribuinte 
 
Em regra, adotam a sistemática cumulativa as pessoas jurídicas optantes pelo 
Lucro Presumido, entretanto, há situações elencadas nas Leis 10.637/2002 e 
10.833/2003, nas quais, mesmo apurando pelo Lucro Real, determinadas atividades 
devem ser apuradas pela sistemática cumulativa. (Lei n.º 10.637/2002 , art. 8º ; Lei n.º 
10.833/2003 , art. 10) 
O PIS/PASEP e a COFINS na sistemática cumulativa devem ser pagos até o 
25° dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador. 
 
6.2.1.2 Base de Cálculo 
 
A apuração do PIS/Pasep e a COFINS serão calculadas com base no seu 
faturamento, assim considerado o produto da venda de bens nas operações de conta 
própria, o preço da prestação de serviços em geral, o resultado auferido nas 
operações de conta alheia e as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa 
jurídica não compreendidas anteriormente. 
 
6.2.1.3 Alíquotas 
 
a) PIS/Pasep: 0,65%; 
b) COFINS: 3%. 
 
6.2.1.4 Receitas Financeiras 
 
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https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10833%2B2003#fe%2Blei%2B10833%2B2003
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10637%2B2002#fe%2Blei%2B10637%2B2002
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18 
Para as empresas que apuram as mencionadas contribuições sob o regime de 
apuração cumulativa, com a revogação do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998 pela 
Lei nº 11.941/2009 , a base de cálculo ficou restringida ao faturamento (receita bruta), 
alcançando apenas as receitas da atividade da pessoa jurídica, decorrentes da venda 
de bens e serviços, logo, não há tributação da receita financeira. 
Para as empresas que apuram as contribuições sob o regime não cumulativo, 
as receitas financeiras serão tributadas em 4,65%, sendo 0,65% em relação à 
contribuição para o PIS/Pasep e 4% da COFINS. 
 
6.2.2 Sistemática Não Cumulativa 
 
6.2.2.1 Contribuinte 
 
Estão sujeitas ao PIS/PASEP e COFINS na sistemática não cumulativa as 
pessoas jurídicas não submetidas ao regime cumulativo, dentre elas as optantes pelo 
lucro real (exceto as atividades previstas Lei n.º 10.637/2002, art. 8º; Lei n.º 
10.833/2003, art.10 que obrigatoriamente devem apurar pela sistemática cumulativa). 
 
6.2.2.2 Base de Cálculo 
 
É o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, 
independentemente de sua denominação ou classificação contábil. 
 
6.2.2.3 Alíquotas 
 
a) PIS/Pasep: 1,65%; 
b) COFINS: 7,60% 
 
6.2.2.4 Créditos 
 
De acordo com a Lei n.º 10.637/2002 , art. 3 e a Lei n.º 10.833/2003, art. 3°, as 
pessoas jurídicas que apuram as contribuições referidas por essa sistemática poderão 
descontar dos valores apurados créditos calculados em relação às principais 
despesas. Abaixo elencamos alguns dos principais: 
a) Bens adquiridos para revenda; 
b) Bens e serviços utilizados como insumos para a prestação de serviços e na 
produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à revenda; 
c) Energia elétrica; 
d) Alugueis de imóveis e equipamentos utilizados na atividade da empresa; 
e) Demais despesas que componham a atividade da empresa. 
 
Atenção especial deve ser concedida às despesas que não geram crédito e são 
relacionadas nas legislações supramencionadas. 
 
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https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B9718%2B1998#fe%2Blei%2B9718%2B1998
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B11941%2B2009#fe%2Blei%2B11941%2B2009
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10637%2B2002@art8#fe%2Blei%2B10637%2B2002@art8
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10833%2B2003@art10#fe%2Blei%2B10833%2B2003@art10
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10637%2B2002#fe%2Blei%2B10637%2B2002
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10637%2B2002@art2#fe%2Blei%2B10637%2B2002@art2
https://www.iobonline.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=fe%2Blei%2B10833%2B2003#fe%2Blei%2B10833%2B2003
 
19 
6.2.3 Monofásico 
 
O regime monofásico do PIS/PASEP e COFINS consiste em um mecanismo 
semelhante à substituição tributária, pois atribui a um determinado contribuinte a 
responsabilidade pelo tributo devido em toda a cadeia produtiva ou de distribuição 
subsequente. 
A Lei 10.147/2000 instituiu o referido regime, elencando um rol de produtos 
sujeitos ao regime monofásico, onde estes são tributados no início da cadeia 
produtiva, de importadores e industrias, em um percentual maior, e reduzidos a zero 
para revendedores e varejistas. 
Entre os produtos sujeitos a essa sistemática, podemos mencionar os produtos 
da indústria de cosméticos, higiene pessoal, medicamentos, maquinas e veículos. 
 
6.2.3.1 Alíquotas 
 
As alíquotas dentro do regime monofásico sofrem variação de acordo com o 
produto, tais como, medicamentos, autopeças, perfumaria e higiene pessoal etc. 
 
6.2.4 Importação 
 
De acordo com a Lei 10.865/2004, estão sujeitos ao PIS/PASEP e COFINS na 
importação: 
a) O importador, assim considerada a pessoa física ou jurídica que promova a 
entrada desses produtos no território nacional, ou dos insumos utilizados 
em sua fabricação ou produção; 
b) A pessoa física ou jurídica que contrate serviços de residente ou domiciliado 
no exterior; e 
c) O beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante também seja 
residente ou domiciliado no exterior. 
 
6.2.4.1 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo será o valor aduaneiro no caso da importação de bens, o 
valor pago para o exterior no caso de contratação de serviços o ainda o peso ou o 
volume do produto importado para casos específicos tratados em lei. 
 
6.2.4.2 Alíquotas 
 
a) PIS/Pasep: 2,10%; 
b) COFINS: 9,65%. 
 
Ainda, para os produtos da sistemática monofásica, na importação são 
aplicadas alíquotas diferenciadas, de acordo com o seu segmento. 
 
 
20 
6.2.4.3 Majoração da alíquota da COFINS-IMPORTAÇÃO 
 
As alíquotas da COFINS IMPORTAÇÃO ficam acrescidas do adicional de 1% 
na hipótese de importação de bens relacionados no Anexo I da Lei 12.546/2011. 
 
6.3 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
 
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é o tributo aplicado a produtos 
industrializados nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes 
da Tabela de Incidência do IPI (TIPI). Para que seja caracterizado, a lei definiu o que 
seria industrialização para fins de incidência. 
 
6.3.1 Tipos de Industrialização 
 
O artigo 3° e 4° do Regulamento do IPI (Decreto 7.212/2010) estabelece quais 
as atividades que são consideradas como industrialização, para fins de incidência do 
IPI. O princípio a ser levado em consideração será industrialização, a operação que 
modificar a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade 
do produto, e ainda, o seu aperfeiçoando para consumo. Podem ser classificados nas 
seguintes modalidades: 
 
a) Transformação: Exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, 
para a obtenção de uma nova espécie; 
b) Beneficiamento: Implica na modificação, aperfeiçoamento, ou, de qualquer 
outra forma resultar na alteração de funcionamento, na utilização, ou ainda, 
no acabamento ou aparência do produto; 
c) Montagem: Consiste na reunião de produtos, peças e partes, da qual 
resulte um novo produto; 
d) Acondicionamento ou reacondicionamento: Quando alterada a 
apresentação do produto, pela colocação de embalagem, ainda que em 
substituição do original, salvo quando a embalagem colocada se destine 
apenas ao transporte da mercadoria; 
e) Renovação ou recondicionamento: Quando aplicada a um produto usado 
ou parte remanescente de um produto deteriorado ou inutilizado, 
renovando-o e restaurando-o para utilização. 
 
Nem toda atividade que implique na transformação do produto pode ser 
considerada como industrialização para fins de fato gerador do imposto. O artigo 5° 
do Regulamento do IPI elenca as hipóteses onde não será considerada como 
industrialização, dais quais exemplificamos algumas situações abaixo: 
 
a) O preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagens de 
apresentação (Preparo na residência do preparador, em bares e 
restaurantes, cozinhas industriais etc.); 
b) O preparo de refrigerantes a base de preparados. (Preparo em máquinas 
automáticas, bares, restaurantes e similares); 
c) A confecção ou preparo de produto de artesanato; 
 
21 
d) Confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, 
em oficina ou na residência do confeccionador; 
e) O preparo de produto, por encomenda direta do consumidor, na residência 
do preparador ou em oficina; 
f) Manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de 
medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; 
g) Moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como atividade 
acessória; 
h) Montagens de óculos, mediante receita médica. 
 
6.3.2 Do contribuinte e do equiparado 
 
O contribuinte do IPI será a pessoa jurídica que, de acordo com os tipos 
elencados acima, operar a apresentação do produto. Este será tratado como 
estabelecimento industrial. 
Temos ainda a figura do equiparado, trazida no artigo 24 do RIPI, que são os 
estabelecimentos que, por força de lei, são contribuintes do IPI, sem que tenham 
atuado como estabelecimento industrial. 
A equiparação também pode ser requerida pelo contribuinte. Exemplo: O 
importador é um equiparado, por força de lei. 
 
6.3.3 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo do IPI consiste no valor dos: 
a) Produtos de procedênciaestrangeira (no valor que servir de base de cálculo 
dos tributos aduaneiros); 
b) Produtos nacionais, no valor total da operação de que decorrer a saída do 
estabelecimento industrial ou a ele equiparado. 
 
6.3.4 Alíquotas 
 
As alíquotas do IPI são regidas pelo princípio da essencialidade, o que implica 
dizer que produtos classificados pela legislação com essenciais devem ter as 
alíquotas menores, ao contrário dos produtos supérfluos, que são tributados com 
alíquotas maiores. (Art. 69 do RIPI). 
 
6.3.5 Não Cumulatividade 
 
A não cumulatividade do IPI é efetivada pelo sistema de crédito atribuído ao 
contribuinte, do imposto correspondente a produtos que entram em seu 
estabelecimento para ser abatido do que for devido pela saída dos produtos, no 
mesmo período de apuração. 
 
6.4 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e Contribuições Sociais 
Retidas na Fonte (CSRF) 
 
 
22 
6.4.1 IRRF 
 
São diversas as hipóteses de incidência da retenção do imposto de renda na 
fonte. Aqui vamos nos ater à retenção ocorrida na prestação de serviços profissionais 
à outra pessoa jurídica. 
Estão sujeitas à incidência do IRRF, importâncias pagas ou creditadas por 
pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de 
serviços caracterizadamente de natureza profissional. 
As atividades sujeitas à retenção são as elencadas no artigo 714 do RIR/2018. 
 
6.4.1.1 Fato Gerador 
 
O fato gerador do IRRF ocorre na data em que o rendimento for pago ou 
creditado à pessoa jurídica beneficiária. 
 
6.4.1.2 Base de Cálculo 
 
O IRRF deve ser retido sobre a importância total paga ou creditada. 
 
6.4.1.3 Alíquotas 
 
Estão sujeitas à incidência do IRRF, à alíquota de 1% a 1,5%, as importâncias 
pagas ou creditas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, 
pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional. 
 
6.4.2 CSRF 
 
Além das atividades sujeitas à retenção do IRRF, estão sujeitas também à 
incidência da CSRF os serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, 
vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços 
de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e ricos, 
administração de contas a pagar e receber. 
 
6.4.2.1 Fato Gerador 
 
O fato gerador da CSRF é o pagamento ou a antecipação dos pagamentos pela 
prestação dos serviços sujeitos à retenção. 
 
6.4.2.2 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo é a importância total paga ou creditada. 
 
 
23 
6.4.2.3 Alíquotas 
 
4,65% (1% da CSLL, 3% da COFINS e 0,65% do PIS/PASEP). 
 
6.4.3 Tratamento dos valores retidos 
 
Tanto para o IRRF quanto para as CSRF, são considerados como antecipação 
do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, os quais poderão ser 
deduzidos, pelos beneficiários dos pagamentos, das contribuições devidas da mesma 
espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
7. TRIBUTOS ESTADUAIS 
 
Dentre os tributos estaduais, falaremos a seguir do ICMS. 
 
7.1 ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) 
 
ICMS é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação. É um imposto que cada um dos Estados e o Distrito 
Federal podem instituir, como determina a Constituição Federal de 19882. 
A Lei Kandir (Lei Complementar 87/1996) é a legislação responsável por 
determinar as diretrizes da tributação do ICMS para todos os Estados. 
 
7.1.1 Contribuinte 
 
O artigo 4° da Lei Kandir relaciona quem são os contribuintes do ICMS, a saber: 
Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com 
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de 
circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e 
as prestações se iniciem no exterior. Parágrafo único. É também contribuinte 
a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito 
comercial: I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a 
sua finalidade; II – seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja 
prestação se tenha iniciado no exterior; III – adquira em licitação mercadorias 
ou bens apreendidos ou abandonados; IV – adquira lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica 
oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização. 
Logo, o simples fato de realizar a circulação de mercadorias ou serviços, ainda 
que sem intuito comercial, torna a pessoa jurídica contribuinte do ICMS. Portanto, 
desse conceito pode-se concluir que o fato gerador do ICMS é justamente esta 
circulação referida no conceito para identificação do contribuinte. 
 
7.1.2 Base de Cálculo 
 
Em regra geral, a base de cálculo do ICMS será sempre o valor da operação. 
O artigo 13 da Lei Kandir elenca todas as condições de base de cálculo existentes 
para o ICMS. 
 
 
2 Conceito de ICMS. Disponível na página da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo em: 
https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/isencao-icms-veiculos/Paginas/Sobre.aspx. Acesso em: 19 de abril de 
2019. 
 
25 
7.1.3 Local da operação ou prestação 
 
A definição do local da prestação de serviços é fundamental para determinar o 
estabelecimento responsável, bem como para qual Estado deverá ser recolhido. O 
artigo 11 da lei Kandir determina o local para o qual o ICMS deverá ser recolhido e de 
quem será a responsabilidade. 
A regra geral determina que o ICMS seja recolhido pelo estabelecimento que 
der causa à circulação da mercadoria, no local onde este se encontre. Há ainda outras 
hipóteses de acordo com o local da operação, elencados na lei. 
 
7.1.4 Alíquotas 
 
Assim como para o IPI, o legislador também se utiliza do princípio da 
essencialidade para estabelecimento das alíquotas do ICMS. Estas são aplicadas de 
acordo com cada tipo de mercadoria, também levando em consideração o Estado. 
Para as operações com produtos importados, a Resolução 13/2012 veio para 
acabar com uma guerra fiscal entre os Estados, estabelecendo o percentual de 4% 
para as operações interestaduais. 
 
7.1.5 Não cumulatividade 
 
O ICMS é regido pela sistemática não cumulativa (At. 19 LC 87/1996), 
compensando o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas 
operações anteriores. A Lei Complementar 87/1996 retrata em quais situações o 
crédito pode ser efetuado, conforme a seguir: 
Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado 
ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado 
em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou 
simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo 
ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal ou de comunicação. 
 
7.1.6 Substituição tributária 
 
A lei pode atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do ICMS (Art. 
6° da LC 87/1996), estamos falando então do instituto da substituição tributária. 
A responsabilidade pode ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre 
uma ou mais operações, abrangendo uma ou toda a etapa produtiva/comercial, de 
acordo com seu segmento. 
As matérias acerca de substituição tributária do ICMS são tratadas por 
Convênios e Protocolos entre as Unidades Federativas. 
Em regra, não teremos a aplicabilidade da substituição tributária nas saídas 
destinadas às seguintes hipóteses: 
 
a) Integração ou consumo em processo de industrialização; 
 
26 
b) Estabelecimento cuja operação subsequente esteja amparada por isenção 
ou não incidência; 
c) Outro estabelecimentodo mesmo titular, desde que não varejista; 
d) Outro estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto por 
sujeição passiva por substituição, em relação à mesma mercadoria ou a 
outra mercadoria enquadrada na mesma modalidade; 
e) Estabelecimento localizado em outra UF; 
f) Estabelecimento ao qual for atribuída por meio de regime especial 
concedido a pedido do contribuinte ou incutido de ofício, a condição de 
sujeito passivo por substituição tributária conforme disciplinas específicas; 
g) Operação destinada a consumidor ou usuário final. 
 
Na esfera da substituição tributária, teremos o contribuinte substituto (aquele 
que a legislação determina como responsável pelo recolhimento do imposto em 
relação às operações subsequentes) e o contribuinte substituído (aquele que recebe 
a mercadoria cuja retenção antecipada do ICMS já tenha ocorrido em etapa anterior). 
 
 
 
27 
8. TRIBUTOS MUNICIPAIS 
 
Por fim, trataremos do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), 
um dos tributos municipais de maior importância para a pessoa jurídica. 
 
8.1 ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) 
 
A Lei Complementar 116/2003 é a legislação responsável por trazer as 
diretrizes desse imposto. Cada Município, ao legislar sobre a matéria, deve ser as 
premissas retratadas na lei complementar. 
O ISS tem como fato gerador a prestação dos serviços constantes da lista 
anexa à Lei Complementar 116/2003. 
 
8.1.1 Contribuinte 
 
O contribuinte é o prestador do serviço. Os Municípios podem atribuir a 
terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto, vinculado ao fato gerador. 
Destarte essa prerrogativa dos Municípios, a LC ainda indica a responsabilidade pelo 
recolhimento do ISS em situações específicas, elencadas no artigo 6° da referida LC. 
 
8.1.2 Base de Cálculo 
 
A base de cálculo do ISSQN é o preço do serviço. 
 
8.1.3 Local da Prestação 
 
O serviço considera-se prestado, e o imposto devido no local do 
estabelecimento prestador, ou, na fala do estabelecimento, no local do domicílio do 
prestador, exceto nas hipóteses previstas no artigo 3° da LC 116/2003.3 
 
a) Do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de 
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1º do art. 
1º da LC; 
b) Da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso 
dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa; 
c) Da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem de 
execução por administração, empreitada ou subempreitada de obras de 
construção civil e correlatas e de acompanhamento e fiscalização da 
execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo; 
d) Da demolição; 
e) Das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso 
dos serviços descritos no subitem de reparação, conservação e reforma de 
edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres; 
 
3 Lei Complementar 116 de 31 de julho de 2003, na página do Planalto, disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm Acesso em: 19 de abril de 2019. 
 
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f) Da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, 
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos 
quaisquer; 
g) Da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros 
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres; 
h) Da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores; 
i) Do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes 
físicos, químicos e biológicos; 
j) Do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres; 
k) Do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de 
solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, 
silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres indissociáveis da 
formação, manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por 
quaisquer meios; 
l) Da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e 
congêneres; 
m) Da limpeza e dragagem; 
n) Onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços de 
guarda e estacionamento; 
o) Dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, 
no caso dos serviços de vigilância, segurança ou monitoramento de bens, 
pessoas e semoventes; 
p) Dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, 
segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no item anterior; 
q) Do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do 
bem; 
r) Da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres; 
s) Do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços 
de transporte coletivo municipal; 
t) Do estabelecimento do tomador da mão de obra ou, na falta de 
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado; 
u) Da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o 
planejamento, organização e administração; 
v) Do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou 
metroviário, no caso dos serviços desta natureza; 
w) Do domicílio do tomador dos serviços dos subitens de planos de medicina 
em grupo e de planos de saúde; 
x) Do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas 
administradoras de cartão de crédito ou débito; 
y) Do domicílio do tomador dos serviços de agenciamento, corretagem ou 
intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de 
franquia (franchising) e de faturização (factoring); 
 
8.1.4 Alíquotas 
 
A Lei Complementar determina em seu texto legal alíquota mínima de 2%, 
atribuindo as demais atividades 5%. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 34. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2013 
SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL DE SÃO PAULO. Sobre a Isenção de 
ICMS para Veículos. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2019. 
BRASIL. LEI COMPLEMENTAR 116, DE 31 DE JULHO DE 2003, Dispõe sobre o 
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, Disponível em: 
. Acesso em: 12 jun. 2019.

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