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Aula 4 - Infecções do Trato Respiratório Inferior

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Infecções do Trato Respiratório 
Inferior
Alan Brito
Trato Respiratório Inferior
• Consiste de todas as estruturas abaixo da
laringe: traquéia (traqueíte), brônquios e
bronquíolos (bronquite e bronquiolite) e os
espaços aéreos distais (pneumonia).
Trato Respiratório Inferior 
• Ao contrário das infecções das vias aéreas
superiores, as que acometem o trato
respiratório inferior tendem a ser mais graves,
principalmente quando causadas por
microrganismos gram-negativos em doentes
hospitalizados e debilitados. Grande parte
dessas infecções é de etiologia bacteriana.
• Agudas: 
 Bronquite
 Coqueluche
 Bronquiolite
 Pneumonia
Trato Respiratório Inferior 
• Crônicas
 Tuberculose 
 Empiema 
Trato Respiratório Inferior 
Bronquite
Condição inflamatória da árvore traqueobrônquica. Nas crianças predominam
os agentes virais e os micoplasmas.
Agentes etiológicos: 
Bordetella pertussis
Mycoplasma pneumoniae
Chlamydophila pneumoniae (indivíduos sadios)
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae
Moraxella catarrhalis (infecção secundária).
A bronquite aguda apresenta etiologia principalmente viral.
Bronquite
Bronquite
• Sintomas: Tosse, febre e graus variados
de produção de escarro e mialgias
Bronquite
Bordetella pertussis
• Pequeno cocobacilo Gram-negativo;
• É um dos agentes causadores da tosse convulsa e
instridor inspiratório;
• É um aeróbio estrito com fatores de adesão à
mucosa;
– Fímbrias;
– Hemaglutininas filamentosas;
– A porção B da toxina pertussis;
– Pertactina ou proteína P69.
Bordetella pertussis
• Produz as seguintes toxinas:
– a toxina pertussis (porção A) - toxina adenilato
ciclase;
– a toxina dermonecrótica ;
– a citotoxina traqueal ;
– LPS.
Bordetella pertussis
• A toxina A leva ao aumento do AMPc, um importante
mediador intracelular cujo efeito nas células da mucosas
brônquica é a produção muito acelerada de muco. A toxina
também desregula os macrófagos, resultando em resistência à
fagocitose;
• A espécie Bordetella parapertussis, causa uma doença
semelhante, porém menos violenta.
• Também conhecida por pertussis ou tosse comprida;
• Doença infecciosa aguda;
• O contágio se dá pelo contato direto com a pessoa
infectada ou por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir,
espirrar ou falar;
• Pode ocorrer em qualquer época do ano;
• Em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as
crianças menores de dois anos;
• É uma doença recorrente, de notificação compulsória ao
Ministério da Saúde.
Coqueluche
Sintomas
•O período de incubação varia entre 7 e 17 dias. Os sintomas
duram cerca de 6 semanas e podem ser divididos em três
estágios consecutivos;
•a) estágio catarral (uma ou duas semanas): febre baixa,
coriza, espirros, lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar,
tosse noturna, sintomas que, nessa fase, podem ser
confundidos com os da gripe e resfriados comuns;
Coqueluche
Sintomas
•b) estágio paroxístico (duas semanas): acessos de tosse paroxística, ou
espasmódica. De início repentino, esses episódios são breves, mas
ocorrem um atrás do outro, sucessivamente, sem que o doente tenha
condições de respirar entre eles e são seguidos por uma inspiração
profunda que provoca um som agudo parecido com um guincho. Os
períodos de falta de ar e o esforço para tossir deixam a face azulada
(cianose) e podem provocar vômitos;
•c) estágio de convalescença: em geral, a partir da quarta semana, os
sintomas vão regredindo até desaparecerem completamente.
Coqueluche
• Agente etiológico: Bordetella pertussis ;
• Homem é o único reservatório natural;
• Transmissão: Contato direto com a pessoa infectada;
• Outras complicações: Pneumonia e otite média,
hemorragias intracerebrais, hemorragias subconjutivais...
Coqueluche
Recomendações
Uma vez diagnosticada a doença, alguns cuidados simples são importantes no
atendimento ao doente:
* Mantenha o doente afastado de outras pessoas e em ambientes arejados,
enquanto durar a fase de transmissão da doença;
* Ofereça-lhe líquidos com frequência para evitar a desidratação e refeições
leves, em pequenas porções, mas várias vezes ao dia;
* Separe talheres, pratos e copos para uso exclusivo da pessoa com coqueluche;
* Não se iluda com as receitas caseiras para tratamento da tosse típica da
coqueluche;
* Lave cuidadosamente as mãos antes e depois de entrar em contato com o
paciente;
* Procure assistência médica se as crises de tosse se manifestarem por mais de 15
dias elas podem ser sintoma de outras doenças e não da coqueluche.
Coqueluche
Chlamydophila pneumoniae
• Bactéria Gram-negativa;
• Pode causar bronquite;
• Um dos principais agentes causadores de
pneumonia;
• Infecta seres humanos e é transmissível por contato
interpessoal, através de inalação de aerossóis
contaminados.
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae 
Moraxella catarrhalis
• A traqueobronquite crônica é sintomaticamente similar à
doença aguda, porém mais prolongada e menos intensa.
Uma doença aguda prolongada pode se superpor à
bronquite crônica. O Mycoplasma pneumoniae tem sido
classicamente associado a tosse prolongada
A bronquite crônica geralmente é avaliada por cultura de escarro se a doença
for suficientemente grave. Devem ser feitos pedidos especiais se forem
considerados Bordetella, Mycoplasma ou Chlamydophila.
Bronquite
Tratamanto
→ Utilização de broncodilatadores e outras
drogas para o alívio dos sintomas.
Bronquiolite 
Bronquiolite 
Bronquiolite 
• Infecção das menores vias aéreas é dominada por vírus e
Mycoplasma pneumoniae. A bronqueolite acomete geralmente
lactente e crianças abaixo de 2 anos de idade.
• A maioria destas infecções é de etiologia viral e cerca de 75% das
bronquiolites são causadas pelo vírus respiratório sincicial (VRS).
• As infecções pelo VRS são particularmente graves em lactentes.
• Sintomas: Tosse, respiração ruidosa e estridor. 
Diagnóstico laboratorial é apenas necessário se 
o paciente estiver suficientemente mal para 
necessitar de hospitalização. 
Bronquiolite 
Essa é a infecção mais grave do trato respiratório, que é
centrada nos espaços aéreos distais dos ductos alveolares até os sacos
alveolares.
Pneumonia 
•Causa mais freqüente de óbito relacionado com infecção bacteriana
nos EUA/Europa
•Causa de morte por infecção mais comum em idosos
•Principal causa de morte de crianças no mundo inteiro. De acordo
com a OMS, calcula-se que ocorram por ano aproximadamente 155
milhões de casos de pneumonia infantil em todo o mundo e 1,8
milhões de óbitos em crianças menores de cinco anos.
Pneumonia 
Ampla variedade de agentes etiológicos (virais, bacterianos e
fúngicos).
• Sintomas: Febre, tosse, graus variáveis de produção
de escarro, dispnéia (respiração curta; dificuldade
de respiração) e dor no peito.
A dor no peito pode ser difusa, vaga e constante, ou
localizada e intermitente, acentuada por respiração
profunda se houver pleurite.
Pneumonia 
Apnéia a dispnéia? 
Apnéia- parada temporária da respiração
Dispnéia- falta de ar. 
• Transmissão: inalação de aerossóis, aspiração 
ou via hematogênica.
Pneumonia 
O diagnóstico laboratorial é importante!
→ Tratamento adequado diminui o risco de óbito
• Pneumonia atípica
• Pneumonia aguda 
• Pneumonia crônica
Pneumonia 
Pneumonia atípica
A pneumonia atípica é uma doença pulmonar
não muito grave, mas contagiosa. Seus
sintomas são semelhantes ao da gripe
comum, mas um pouco mais intensos e seu
tratamento é feito com antibióticos por 3
semanas.
Pneumonia atípica
Sintomas da pneumonia atípica
•Cansaço;
•Garganta inflamada;
•Tosse inicialmenteseca;
•Catarro;
•Febre alta (39º);
•Dor muscular e articular;
•Pode haver manchas e pintas na pele;
•Pode haver anemia;
•Pode haver confusão mental.
Os sintomas duram de 1 a 2 semanas até que o indivíduo descubra 
estar contaminado, entretanto, todos os indivíduos que estiveram próximos à 
ele poderão estar infectados.
Pneumonia atípica
• Década de 1930
• Produção de escarro é mínima
• Infecção geralmente é mais branda que na
pneumonia clássica (Streptococcus pneumoniae
(pneumococo)
Pneumonias primárias “atípicas”
Mycoplasma pneumoniae
Chlamydia pneumoniae
Legionella pneumophila
Chlamydophila psittaci
Coxiela burnett
Pneumonia atípica
Diagnóstico da pneumonia atípica:
•ausculta pulmonar,
•raio-x de tórax e
•exame de sangue ou teste do escarro que detecta o agente 
causador.
• É uma combinação de pneumonia atípica e
pneumonia clássica causada por bactérias da
orofaringe. O patógeno “ clássico ” mais
importante é o pneumococo: outros
englobam o Haemophilus influenzae e
Moraxella catarrhalis.
Pneumonia aguda
A pneumonia viral é rara nos adultos
imunocompetentes. Ela vai se desenvolver em
uma pequena porcentagem de adultos
previamente saudáveis com gripe. Nessa
situação, a infecção bacteriana secundária
(superinfecção) é a principal ameaça. Em
crianças pequenas é muito considerada porque
ela se superpõe à bronquiolite.
Pneumonia aguda
No hospital é causada mais comumente
por Enterobacteriaceae, Pseudomonas e
Staphylococcus aureus.
Pneumonia aguda
• Como o nome já diz, o curso crônico da doença é prolongado.
• Sintomas mais brandos que da pneumonia aguda
• Por conta dos sinais brandos, o diagnóstico pode ser retardado
por semanas ou meses, uma vez que as únicas manifestações da
infecção consistem em sinais e sintomas inespecíficos como
febre baixa e mal-estar (sentindo-se mal) e perda de peso.
• Agentes etiológicos são: micobactérias e fungos, mas uma
infecção bacteriana reprimida também é um participante
importante.
Pneumonia crônica
Empiema Pleural
• Empiema é uma coleção de pus dentro de uma cavidade natural ≠ abcesso;
• Também conhecida como piotórax ou pleurite purulenta;
• Consiste no acúmulo de pus na cavidade pleural, levando a inflamação de pleura. A
pneumonia bacteriana é a mais comum em causar empiema. A cicatrização pode
resultar em obliteração da cavidade pleural.
Coleta de amostras para 
diagnóstico de infecção das 
vias aéreas inferiores. 
Coleta
• Escarro expectorado- amostra mais simples e mais barata - debate devido à
dificuldade de alguns pacientes em mobilizar secreções de vias aéreas respiratórias
inferiores e a frequência com que a amostra é contaminada pela microbiota
orofaringiana à medida que passa pela boca.
• Entretanto, quando coletada cuidadosamente, a amostra pode fornecer
informações úteis para uma terapia inicial de pneumonia adquirida na
comunidade.
• Escovação dos dentes e gargarejo com água imediatamente antes de se obter a
amostra reduz o número de bactérias contaminantes da orofaringe.
Coleta
• Evitar bochecho e gargarejo com substância
antibacteriana
• Imediatamente levada para o laboratório
• Amostra logo ao acordar, pois elas contêm
secreções acumuladas durante a noite, nas
quais as bactérias patogênicas mais
provavelmente estarão concentradas.
Aspirado Endotraqueal 
• Consiste na aspiração das
secreções da região orotraqueal e
nasotraqueal;
• Cateter pela laringe até a
traquéia;
• Durante a aspiração pode ser
necessário suporte de oxigênio de
acordo com o quadro clínico do
paciente;
• Possibilidade de contaminação.
Broncoscopia Flexível
• A broncoscopia flexível, realizada através do broncofibroscópio, é um procedimento
invasivo no qual se visualiza a cavidade nasal, faringe, laringe, cordas vocais,
traqueia e árvore brônquica;
• pode ser realizada sob anestesia local, com ou sem sedação, ou sob anestesia geral;
• Existe uma variedade de procedimentos diagnósticos que podem ser realizados
durante a broncoscopia flexível, tais como:
– lavado bronco alveolar;
– biópsias endobrônquicas ou transbrônquicas;
– lavados ou escovados brônquicos para citologia;
– biópsia transbrônquica por agulha;
– ultrassonografia endobrônquica e broncoscopia com autofluorescência.
Broncoscopia Flexível
• Biópsia transbronquiais;
• Lavagens e escovadas – particularmente para pacientes
com abscessos pulmonares ou outras infecções
pulmonares profundas suspeitas. A técnica de escova
brônquica usa um cateter duplo telescópico ligado com
polietileno glicol à extremidade distal para proteger
uma pequena escova brônquica. Técnica ótima para
isolamento de bactérias aeróbicas, anaeróbicas de
lesões pulmonares profundas.
Lavagem Bronquioalveolar
• Injeção de 30 a 50 ml de salina fisiológica através de um broncoscópio de fibra
ótica que é introduzido nas ramificações bronquiolares periféricas. A salina é então
aspirada e enviada para preparação de esfregaço e cultura.
• É indicada para pacientes intubados submetidos a ventilação.
• Os microrganismos que estão presentes em concentrações maiores que 103 a 104
unidades formadoras de colônia (CFU)/ml e as amostras que demonstram bactérias
intracelulares em mais de 25% das células inflamatórias presentes são indicadores
de pneumonia que requer tratamento específico.

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