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Infecções do Trato Respiratório Superior - Resumo Microbiologia Clínica (1)

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Infecçõe� d� Trat�
Respiratóri� Superior
(TRS)
Microbiota Endógena do TRS:
. Streptococcus viridans
. Streptococcus β-hemolíticos (não grupo A)
. Staphylococcus spp.
. Haemophilus influenzae
. Streptococcus pneumoniae
. Moraxella catarrhalis
. Fusobacterium spp. (anaeróbia)
. Actinomyces israelli (anaeróbia)
. Candida albicans
Faringite Estreptocócica:
. A faringite estreptocócica, também chamada
de faringite bacteriana, é uma infecção da
faringe causada por bactérias do gênero
Streptococcus, principalmente Streptococcus
pyogenes, que são facilmente transmissíveis
. É importante que a faringite estreptocócica
seja identificada e tratada rapidamente, não
só pelo fato dos sintomas serem bastante
desconfortáveis, mas também pela chance de
surgirem complicações, como inflamação do
rim ou febre reumática, por exemplo, o que
significa que a bactéria conseguiu proliferar e
atingir outros órgãos, tornando a infecção
mais difícil de controlar
. Os sintomas geralmente aparecem de forma
súbita e intensa, cerca de 2 a 5 dias após
contato com o microrganismo infeccioso,
podendo desaparecer ao fim de 1 semana,
quando a infecção é tratada corretamente
● Sintomas: dor de garganta intensa, que
aparecem rapidamente; garganta
vermelha com presença de pus, que é
percebido por meio ao aparecimento
de placas brancas no fundo da
garganta; dificuldade de engolir;
amígdalas vermelhas e inchadas;
febre entre 38,5ºC e 39,5ºC; dor de
cabeça; náuseas e vômitos; dor de
barriga e no resto do corpo; perda de
apetite; erupção cutânea; ínguas
inchadas e sensíveis no pescoço
→ normalmente, pessoas com faringite
estreptocócica não apresentam tosse ou
coriza, o que ajuda a distinguir os sintomas da
gripe comum
● Tratamento: Nos casos mais graves, em
que o médico identifica outros focos
de infecção, pode ser recomendado o
tratamento com antibiótico
diretamente na veia. Pode também
ser necessário tomar remédios
anti-inflamatórios, como Ibuprofeno,
ou analgésicos, para reduzir a
inflamação da garganta, aliviar as
dores e baixar a febre. Existem
também pastilhas, que podem ser
usadas para auxiliar no tratamento e
que possuem ação antisséptica e
ajudam a aliviar a dor
● Agente Causador: Streptococcus
pyogenes (Estreptococo do grupo A)
→ Faringite Viral: Inflamação sem edema de
úvula, sem pus ou petéquias. A faringite viral é
uma inflamação da faringe que é causada
pela presença de um vírus, sendo, por isso,
muito comum que a faringite surja junto com
uma gripe ou com uma outra infecção do
sistema respiratório. No entanto, a faringite
viral também pode aparecer isoladamente,
afetando apenas a faringe
→ Faringoamigdalite: É mais frequente na
população pediátrica. A faringoamigdalite é
um processo inflamatório de estruturas que
compõem as vias aéreas superiores, mais
especificamente a faringe e as amígdalas
→ Amigdalite Bacteriana: Possui petéquias no
palato. A amigdalite bacteriana é uma
inflamação das amígdalas, que são estruturas
localizadas na garganta, causada por
bactérias geralmente do gênero
Streptococcus. Essa inflamação normalmente
causa febre, dor de garganta e dificuldade
para engolir, o que leva à perda de apetite
Faringite e Amigdalite:
. Quase 70% dos casos são causadas por
vírus, sendo os principais deles:
● Vírus Epstein-Barr
● Adenovírus
● Rinovírus
● Coronavírus
● Influenzavirus
→ quando a causa é viral, os principais
sintomas são:
● tosse
● espirros
● constipação nasal
. 30% dos casos são causados por
Streptococcus, sendo o principal patógeno o
Streptococcus Pyogenes
→ quando a causa é por Streptococcus, os
principais sintomas são:
● petéquias palato
● pus
● aumento de linfonodos pescoço
● febre
● edemas
. A transmissão se dá pela inalação de
gotículas espalhadas por casos ativos, ou por
portadores sadios
. O reservatório é sempre o homem
● Diagnósticos:
→ Amostras: suabe na garganta, amostras de
pus ou sangue para cultura
→ Esfregaços: cocos aos pares ou cadeias
→ Cultura (padrão ouro): ágar sangue - 10% CO2
→ Detecção de Antígenos: kits
→ Testes Sorológicos: detecção de anticorpos
presentes no soro do paciente
Produção de Enzimas - Streptococcus spp:
. Hemolisinas no ágar sangue
Difteria:
. Bacilo Gram +, em forma de alteres e
arranjado em letras chinesas
. Possui o Corynebacterium Diphtheriae
como agente causador
. Notificação compulsória
. Sem febre ou pouco intensa
. Pequeno poder invasivo
. Somente cepas com bacteriófagos são
capazes de produzir a toxina diftérica
. Forma uma pseudomembrana acinzentada
sobre as amígdalas, faringe e laringe. Sendo
responsável pelo hálito fétido (relacionado a
necrose)
Otite Média Aguda (OMA):
. A otite média aguda é uma infecção
bacteriana ou viral do ouvido médio
. A otite média aguda (OMA) resulta de uma
infecção provocada por vírus ou bactérias,
geralmente decorrente de uma complicação
do resfriado comum ou de alergias
. Embora a otite média aguda possa ocorrer
em qualquer idade, é mais comum entre os
três meses e três anos de idade. A otite média
aguda frequentemente ocorre durante esta
faixa etária uma vez que as estruturas no
ouvido médio, como a trompa de Eustáquio,
são imaturas e não funcionam
adequadamente
. Raramente, as otites médias bacterianas
espalham-se para estruturas próximas tais
como o osso mastóide atrás do ouvido
(mastoidite) ou o ouvido interno. Espalhar
para o cérebro é extremamente raro, mas
algumas pessoas desenvolvem meningite ou
um acúmulo de pus (abscesso) no cérebro ou
ao redor dele
● Agente Causador: Otite Aguda -
Streptococcus pneumoniae,
Haemophilus influenzae e Moraxella
catarrhalis; Otite Crônica -
Pseudomonas aeruginosa, Proteus,
Bactérias anaeróbias, fungos
● Sintomas: membrana timpânica
avermelhada, imóvel e abaulada; dor
intensa no ouvido e na mandíbula;
cefaléia latejante; drenagem purulenta
● Tratamento: A maioria das pessoas com
otite média aguda melhora sem
tratamento. No entanto, visto que é
difícil prever quem apresentará, ou
não, melhoras, grande parte dos
médicos trata todas as pessoas com
antibióticos, como a amoxicilina.
Outros médicos podem passar
antibióticos somente se a doença for
grave, ou se os sintomas não
melhorarem após 72 horas. Alguns
especialistas dizem que crianças mais
velhas ou crianças entre 6 e 23 meses
com otite média aguda, não grave, em
apenas um ouvido, podem iniciar o
tratamento com ou sem antibióticos
● Diagnósticos:
→ Amostras: sangue, secreções
→ Identificação Direta: imunofluorescência, kits
comerciais, detectação imunológica
→ Cultura: ágar sangue, ágar-chocolate,
coloração Gram, padrão hemolítico,
fermentação de açúcares
Identificação de Streptococcus Pneumoniae:
. Contagem de neutrófilos são maiores nos
casos de Streptococcus Pneumoniae do que
em Haemophilus Influenzae
→ Streptococcus Pneumoniae:
→ Haemophilus Influenzae:
→ Moraxella Catarrhalis: possui cocobacilos
Gram- com formas bizarras de bastonetes
Coqueluche:
. Caracterizado por uma tosse comprida,
pertussis e tosse espasmódica
. Coqueluche é uma doença altamente
contagiosa que ocorre principalmente em
crianças e adolescentes
. A transmissão é principalmente por
secreções respiratórias aerossolizadas que
contêm B. pertussis (um pequeno cocobacilo
Gram-negativo não móvel) de pacientes
infectados, particularmente nas fases
paroxísticas catarrais e precoces. A infecção é
altamente contagiosa e causa doença em
80% dos contatos próximos. A transmissão
por contato com artigos contaminados é rara.
Pacientes geralmente não são infectantes
após a 3ª semana da fase paroxística
. Coqueluche é uma doença infantil prevenível
por vacina cuja incidência está aumentando
. A coqueluche pode ser dividida em três
fases, sendo elas:
→ Fase Catarral: se inicia de forma insidiosa,
geralmente com espirros, lacrimejamento ou
outros sinais de coriza, anorexia, apatia e uma
incômoda tosse seca noturna que
gradualmente se torna diurna. Pode haver
rouquidão. Febre é rara. Após 10 a 14 dias se
inicia-se a próxima fase
● anorexia; espirros; lacrimejamento;
coriza; mal estar; irritabilidade; febre
baixa; tosse discreta; muita secreçãocatarral na garganta
● 7 - 14 dias
→ Fase Paroxística: se inicia com um aumento na
gravidade e na frequência da tosse. Crises
repetidas ≥ 5 tosses fortes, rapidamente
sucessivas, ocorrem durante uma única
expiração e são seguidas por um estridor
rápido à inspiração profunda. Secreção
viscosa copiosa pode ser expelida ou
borbulhar nas narinas durante ou após os
paroxismos. Vômitos são característicos. Em
lactentes, acessos sufocantes (com ou sem
cianose) podem ser mais comuns do que
estridor
● crises fortes e frequentes de tosse;
dificuldade para respirar; grande
quantidade de muco sendo produzido
● +/- 2 meses
→ Fase Convalescente: ocorre a diminuição dos
sintomas. Ela se inicia geralmente dentro das
4 semanas após o início da coqueluche. A
duração média da doença é de
aproximadamente 7 semanas (variando de 3
semanas a 3 meses ou mais). Tosse
paroxística pode recorrer por meses,
geralmente induzida pelo trato respiratório
ainda sensibilizado por uma irritação causada
por infecções do trato respiratório superior
● as crises de tosse diminuem, até o
restabelecimento total
. A fase catarral com sintomas de Infecção
das vias respiratórias superiores é seguida por
uma fase paroxística com episódios repetidos
de tosse rápida e consecutivos, seguida por
inspiração profunda apressada (a respiração
ofegante)
. Tratar com um antibiótico macrolídeo para
melhorar a doença (durante a fase catarral) ou
minimizar a transmissão (durante a fase
paroxística e mais tarde)
● Agente Causador: causada pela bactéria
gram-negativa Bordetella pertussis
● Sintomas: são inicialmente aqueles de
uma infecção do trato respiratório
superior inespecífica, seguida de
tosse paroxística ou espasmódica que
geralmente termina com uma
inspiração prolongada, forçada e
estridente (semelhante a um uivo)
● Diagnósticos: é feito por cultura de
nasofaringe, PCR (polymerase chain
reaction) e testes sorológicos
→ Secreção de Orofaringe: usar abaixador de
língua, rolar o suabe sobre as tonsilas e
faringe posterior, colocar o swab no meio de
transporte e encaminhar para o laboratório em
até 12hrs a temperatura ambiente
→ Amostra Nasal (estudo de portadores): inserir um
suabe pelo menos 1cm dentro das narinas em
movimentos rotatórios por 15 segundos,
colocar o swab em um meio de transporte e
encaminhar para o laboratório em até 12hrs a
temperatura ambiente
→ Amostra da Nasofaringe: remover o excesso da
secreção ou exsudato nasal, inserir um suabe
fino com haste flexível através do nariz até a
nasofaringe em movimentos rotatórios por 15
segundos e encaminhar para o laboratório em até 12hrs a temperatura ambiente
→ Punção de seio maxilar e aspiraro sinusal: material coletado em seringa ou em tubo estéril, encaminhar
para o laboratório em até 2hrs a temperatura ambiente
● Tratamento: é feito com antibióticos macrolídeos
→ Paracoqueluche: Causada por B. parapertussis, pode ser clinicamente indiferenciável de coqueluche,
mas geralmente é mais leve e menos frequentemente fatal
. Patogenia da coqueluche:
● Bordetella Pertussis penetram na traqueia e nos brônquios
● adesão aos cílios das células epiteliais respiratórias (adesinas - hemaglutinina filamentosa e
pertactina)
● liberação de toxinas
● perda das células ciliares e acúmulo de muco
● aparecimento dos sintomas
Resumo dos Agentes Bacterianos de Infecção do TRS:
➔ Faringite: Streptococcus pyogenes
➔ Difteria: Corynebacterium diphtheriae
➔ Otite Média (OMA): Streptococcus pneumoniae e/ou Haemophyllus influenzae
➔ Coqueluche: Bordetella pertussis

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