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Desenvolvimento PUCRS - Faculdade de Farmácia 35306-04 - Ciências Farmacológicas e Toxicológicas I Desenvolvimento de Fármacos Profa. Luciana Oliveira Desenvolvimento de Medicamentos • Novos medicamentos são desenvolvidos através de vários ensaios clínicos controlados: – permitem avaliar a segurança e eficácia. • Um novo medicamento é testado primeiro em laboratório e em estudos em animais. • Após estes testes, chamados de pré-clínicos, pode avançar para a experimentação clínica. Profa. Luciana Oliveira Ensaios Clínicos • Envolvem participantes voluntários. • Para garantir que os ensaios sejam conduzidos de forma ética, há inúmeras regras e critérios que orientam o estudo. que orientam o estudo. • Todos os participantes em ensaios clínicos são livres de sair do ensaio clínico em qualquer momento. – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Profa. Luciana Oliveira O que é um ensaio clínico? “Qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e/ou outros efeitos de produto(s) e/ou e/ou outros efeitos de produto(s) e/ou identificar reações adversas ao produto(s) em investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia.” (EMEA – European Medicines Agency, 1997) Profa. Luciana Oliveira ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE FÁRMACOS Ensaios Pré-Clínicos • Identificação de uma molécula, através de experimentações in vitro, como tendo potencial terapêutico; • Aplicação de nova molécula em animais;• Aplicação de nova molécula em animais; –Mais utilizados: rato, coelho e cão. – Os animais de experimentação devem ser mantidos em condições adequadas; • Água, comida, temperatura. – Deve obedecer as normas do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) Profa. Luciana Oliveira Ensaios Pré-Clínicos • Informações preliminares sobre atividade farmacológica e segurança; • Substâncias de atividade farmacológica específica e perfil de toxicidade aceitável = específica e perfil de toxicidade aceitável = passam à fase seguinte. –Mais de 90% das substâncias estudadas nesta fase, são eliminadas: • não demonstram suficiente atividade farmacológica/terapêutica • apresentam toxicidade importante. Profa. Luciana Oliveira Estudos de Fase I • Na Fase I, o medicamento experimental é pela primeira vez administrado em seres humanos. – Focam-se na segurança e tolerância ao medicamento. • São administradas baixas doses do medicamento • São administradas baixas doses do medicamento experimental em participantes voluntários, sob observação constante de um investigador. – 200-100 participantes. • Os participantes destes ensaios normalmente são indivíduos saudáveis; Profa. Luciana Oliveira Estudos de Fase I • A dose do novo medicamento é aumentada gradualmente durante a fase I para: –Medir a resposta clínica do participante ao medicamento;medicamento; – medir se o medicamento é suficientemente absorvido, – quanto tempo o medicamento permanece na corrente sanguínea depois de administrado; – quais os níveis sanguíneos seguros e toleráveis. Profa. Luciana Oliveira Estudos de Fase II • Também chamados de Estudos Terapêuticos Piloto; – Ensaios de eficácia. • Também é recolhida informação sobre a segurança, efeitos secundários e potenciais riscos. secundários e potenciais riscos. • Determinação de doses eficazes, posologia e modo de administração. • Envolvem maior número de participantes, 100- 200. – Normalmente portadores da doença que o medicamento experimental pretende tratar. Profa. Luciana Oliveira Estudos de Fase III • Testam os resultados dos ensaios clínicos anteriores em populações maiores; • Recolhem informação adicional acerca da eficácia e segurança do medicamento experimental. e segurança do medicamento experimental. – Grandes ensaios clínicos: • Envolve normalmente várias centenas a vários milhares de participantes de vários locais do mundo. • Fornecem as bases primárias para avaliação do risco- beneficio do novo medicamento e grande parte da informação essencial acerca do medicamento que será descrita na bula. Profa. Luciana Oliveira Estudos de Fase III • Ensaio Clínico Aberto: – Estudo em que tanto o investigador como o doente sabem qual a medicação que está a ser administrada. • Ensaio Clínico Aleatorizado: – Um ensaio em que todos os doentes são distribuídos ao acaso por dois ou mais grupos de tratamento.acaso por dois ou mais grupos de tratamento. • Ensaio Clínico em Ocultação Simples: – Estudo em que o investigador sabe que tratamento que o doente está a receber, mas o doente não tem acesso a essa informação. • Ensaio Clínico em Dupla Ocultação: – Estudo em que nem o doente nem o investigador sabem qual o tratamento que o doente está a receber. Profa. Luciana Oliveira Registro • O próximo passo é o registo junto da autoridade reguladora da saúde de um país para obter aprovação para a sua comercialização. – ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária • São fornecidos às entidades reguladoras de saúde • São fornecidos às entidades reguladoras de saúde uma descrição do processo de desenvolvimento do medicamento com informação de qualidade e os resultados dos ensaios clínicos; – Objetivo: demonstrar a segurança e eficácia. – Se aprovado, o novo medicamento pode então ser colocado à venda no mercado. Profa. Luciana Oliveira Estudos de Fase IV • “Estudos pós comercialização”; – Conduzidos após a aprovação regulamentar de um medicamento. • Através deste estudo, os investigadores • Através deste estudo, os investigadores recolhem informação adicional acerca dos riscos a longo prazo, benefícios e otimização do seu uso. • Envolvem frequentemente milhares de indivíduos e podem decorrer durante anos. Profa. Luciana Oliveira Desenvolvimento de um novo fármaco Descoberta: baseada principalmente em pesquisas sistemáticas, incluindo “screening”de produtos naturais e/ou síntese química Caracterização físico-química Estudos farmacológicos pré-clínicos Estudos toxicológicos pré-clínicos Ensaios clínicos fase I fase II fase III ? Fonte: Laporte Profa. Luciana Oliveira Desenvolvimento de um novo fármaco Pré-clínica Estudos em culturas de células e em animais Fase I Testar SEGURANÇA Não-controlados, Abertos N= aproximadamente 100 Fase II Pequeno porte, Randomizados, Controlados, CegosFase II Testar DOSES, INDICAÇÕES N= 100-300 Fase III Maior porte, RDZ, Controlados, Cegos Efeito da terapia nos desfechos clínicos – testar EFICÁCIA N= 800-1000 Fase IV Após aprovação do FDA Testar outros usos terapêuticos VIGILÂNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO Fonte: ANVISA Profa. Luciana Oliveira Detectar RAM Aumento probabilístico para detectar RAM Avaliação pré-comercialização Avaliação pós-comercialização P r o f a . L u c i a n a O l i v e i r a Avaliação pré-comercialização Fase I Fase II Fase III Avaliação pós-comercialização Fase IVa Fase IVb Fase IVc registroregistro Estudos limitados de toxicidade Efeitos farmacológicos inesperados em alguns pacientes Efeitos idiossincráticos Câncer ENSAIO CLÍNICO FARMACOVIGILÂNCIA Limitações dos Ensaios Clínicos • Participam poucos pacientes, não permitindo a identificação de RAM raras (<1:1000 tratados); • Excluem-se crianças, idosos, gestantes, • Excluem-se crianças, idosos, gestantes, pacientes mais de uma enfermidade, pacientes que apresentam contra-indicações potenciais para receber o novo medicamento e pacientes que fazem uso de medicamentos concomitantes;Profa. Luciana Oliveira Limitações dos Ensaios Clínicos • Não incluem pacientes de diferentes etnias ou indivíduos de diferentes condições sócio- culturais. • Existe um controle rígido, com uma peculiar • Existe um controle rígido, com uma peculiar relação entre o médico e o paciente; • Critérios diagnósticos mais restritos do que os utilizados no dia-a-dia da prática clínica; • Não permitem a identificação de RAM que surgem após um tratamento prolongado ou muito tempo depois de suspendê-lo. Profa. Luciana Oliveira
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