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Funções de Várias Variáveis V = r2h F = m.a V nRT P Volume de um cilindro Força para movimentar uma massa m Pressão de um gás Funções de duas Variáveis Seja D um subconjunto (região) do espaço R2 (plano). Se cada ponto (x,y) D associamos um único número real, representado por f(x,y). Essa função é chamada função de duas variáveis. O conjunto D é o domínio da função. Assim, D é o domínio da função em R2, f é a função f(x,y) é o valor da função calculado em (x,y). Exemplos de valores de função de 2 variáveis: Ex1: se f(x, y) = x 2 + 2y, então f(2, 3) = 22 + 2.3 = 10 Ex2: f(x, y) = (3x + y 3)1/2, então f(1, 2) = (3.1 + 23)1/2 = 3,32 Função de duas Variáveis Z = f(x, y) f x1,y1 x2,y2 x3,y3 xi,yi xn,yn z1 z2 z3 zi zn Domínio Imagem argumentos imagem f (x1,x2) 2x1 4 x2 2 x1 1 f (x,y) ln y x 1 f (b,c,d) sen2(b ) c d f (a,b,c) ab15c Domínio das funções de duas variáveis O domínio dessas funções segue as mesmas regras do domínio de funções de uma variável, ou seja, o domínio é a região D R2, tal que os valores calculados da função, para todo (x,y) D resultem em valores finitos e reais para f(x,y). Ex.1- Achar o domínio da função f(x,y) = (y − x)1/2. A condição de existência dessa função é y - x ≥ 0 (real), portanto o seu domínio é D ={(x, y) R2 / y - x ≥ 0}. Ex.2 – Ache o domínio da função f(x, y) = x2 / (2x – y), Ex.3 - Ache o domínio da função yx x yxf 3 ),( 2 A função é finita quando 3x - y > 0. O domínio é o conjunto de pontos, tais que D = {(x, y) R2 / 3x - y > 0}. A função é finita quando 2x – y ≠ 0. Assim, domínio D (x, y) é o conjunto de pontos, tais que, D = {(x, y) R2 / y ≠ 2x }. Ache os domínios x2 y2 1 x2 y2 10x 5y 25 x2 y2 22 yx xy Representação Geométrica de uma f(x,y) y z (x,y) z = f(x,y) Uma f(x, y) é representada por planos ou superfícies no espaço. Já vimos que para as funções de uma variável (y = f(x)), o gráfico é o conjunto de todos os pontos (x,y) R2, tais que (x,y) D(f) e y=f(x). Para funções de 2 variáveis o gráfico é o conjunto de todos os pontos (x,y,z) R3, tais que (x,y) D(f) e z=f(x,y). Ex1: A função é z = f(x, y) = 5 A superfície é um plano infinito, paralelo a x, y e passando por z = 5. Ex2: A função é z = f(x, y) = 6 – 2 x + 3y. Esta função pode ser escrita na forma 2x – 3y + z = 6 que é a equação de um plano. Para achar os pontos onde este plano intercepta os eixos, é só fazer : a) x = 0 e y = 0 → z = 6 b) x = 0 e z = 0 → y = 2 c) y = 0 e z = 0 → x = 3 Ex3: Ex4: 221),( é funçãoA yxyxfz 22),( é funçãoA yxyxfz f(x, y) = x + 2y - 1, com x e y variando de – 4 a 4. -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4 -10 0 10 -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4 -1 -0.5 0 0.5 1 -4 -2 0 2 4 f(x, y) = sem (x + y - 3), com x e y variando de – 4 a 4. Curvas de Nível • Seja k um número real. Uma curva de nível, Ck, de uma função z = f(x,y) é o conjunto de todos os pontos (x,y) D(f), tais que f(x,y)=k. Curvas de Nível Curvas de nível – As curvas de nível são maneiras de descrever, geometricamente, o comportamento das funções de duas variáveis. A idéia básica é semelhante ao mapeamento do relevo de um terreno. – Dando-se um valor particular para z, digamos z=c,obtemos uma equação em duas variáveis f(x, y) = c. – Esta equação define uma curva no plano xy, que se chama uma curva de nível da função f(x, y) referente ao valor c. – Esta curva é a projeção ortogonal sobre o plano xy da curva- intersecção do plano z=c com o gráfico da função z = f(x, y) Curvas de nível – Para traduzir um gráfico de z = f(x,y) em curvas de nível, basta esboçar as curvas-intersecção de f(x,y) com z = c, para diferentes valores de c. Exemplo-1 – Reconhecer e representar graficamente o gráfico da função z = f(x,y) = x2 + y2. – Fazendo z=c, desde que c > 0, obtemos a equação: x2+y2=c. Isto significa que a projeção no plano xy da curva-intersecção do plano horizontal z = c com o gráfico da função possui tal equação. Essa projeção é a circunferência de centro na origem e raio . – Como o corte z = c é um círculo, o gráfico desta função é um parabolóide de revolução obtido pela rotação da parábola z = x2 em torno do eixo z. Exemplo 1 f(x,y)=x2+y2 Exemplos de outras curvas Exemplos de outras curvas • O conceito de limite de funções ordinárias pode ser estendido para funções de várias variáveis. Assim, diz-se que f(x,y) tende para um valor definido L (ou que lim f(x,y) = L), quando o par (x,y) se aproxima de (xo,yo), se quanto mais perto (x,y) estiver de (xo,yo), mais perto f(x,y) estará de L. Lyxf ou Lyxf yxyx yy xx o o o ),(lim ),(lim ),(),( 0 Limite Limite de f(x,y) • Considerando f(x,y) e g(x,y) funções de duas variáveis, com lim (x,y)(xo,yo) f(x,y) = L e lim (x,y)(xo,yo) g(x,y) = M. • 1º) lim (x,y)(xo,yo) K.f(x,y) = k.lim (x,y)(xo,yo) f(x,y) = k.L • 2º) lim (x,y)(xo,yo)(f + g) = lim (x,y)(xo,yo)f + lim (x,y)(xo,yo) g = L + M • 3º) lim (x,y)(xo,yo)(f / g) = lim (x,y)(xo,yo) f / lim (x,y)(xo,yo) g = L / M, se M 0 • 4º) ) lim (x,y)(xo,yo)(f . g) = lim (x,y)(xo,yo) f . lim (x,y)(xo,yo) g = L. M • 5º) , se L>0 Lyxfyxf yy xx yy xx ),(lim),(lim 0 0 0 0 Propriedades dos Limites Calculando Limites yzx yzxxy xyzyzx z y x 22 33 1 2 2 2 75lim )1 106 )1(22 )1(2.22.2.2 )1(2.2.7)1.(2.2.5 22 33 ? 0 02 lim )2 22 )0,0(),( yx xy yx Calculando Limites 0 0 00 00 lim )3 3333 )0,0(),( yx yx yx 0 ))(( lim 22 )0,0(),( yx yxyxyx yx • Mostrar que não existe. • Como f(xo,yo) = 0/0 = indeterminação 22 22 0 0lim yx yx y x Indeterminação 0/0 • Então, façamos, (x,y) tender para (0,0), pelo eixo x e pela reta y = x (“dois caminhos”). • (1º caminho) • (2º caminho) 0lim 1 0 0 lim 22 22 0 22 22 0 0 yy yy x x xy x y x Os limites são diferentes, logo não há o limite. y x z 1°caminho 22 0 0 22 4 3 32 1 0 2 lim)3 lim)2 5 3 lim)1 yx xy yx yxyx xyx y x y x y x Determinar o valor dos seguintes limites, quando existirem: yx xyx y x 2 0 0lim)4 Determinar o valor dos seguintes limites, quando existirem: Calculando Limites • Para o cálculo de limites de funções polinomiais e “funções lineares” é só substituir os valores para os quais de x e y estão tendendo. Para funções racionais, quando ocorre indeterminação, ao fazer este procedimento, deve-se então usar a regra dos “dois caminhos”. Continuidade de Funções de 2 Variáveis O limite da função f(x,y), quando (x,y) tende para um valor (x0,y0), é o número L (se existir) e é representado por Lyxf yxyx ),(),( 00 ),(lim Se (x0,y0) está no domínio de f e o limite existir (resultar em um valor finito e real) no ponto (x0, y0), tal que L=f(x0,y0), dizemos que a função é contínua neste ponto. Caso contrário a função será descontínua no ponto. O mesmo é válido para um intervalo, isto é, a função é contínua num intervalo quando o limite existe em todos seus pontos desse intervalo. Em geral é fácil verificar a continuidade das funções, por simples inspeção da mesma. Nas funções abaixo o limite existirá sempre, com exceção nas restrições. Continuidade de Funções de Várias Variáveis • O conceito de continuidade de uma função f(x,y) é o mesmo já descrito para funções ordinárias. • Assim, diz-se que uma funçãof(x,y) é contínua em (xo,yo), se lim(x,y)⃗(xo,yo)f(x,y) existe e é igual à f(xo,yo). • EXEMPLO: • Mostrar que abaixo não é contínua em (x,y) = (0,0) 0 se 0 0 e se ),( 24 2 yx yx yx yx yxf Propriedades da Continuidade • f(x,y) + g(x,y) também é contínua. • f(x,y) . g(x,y) também é contínua. • f(x,y) / g(x,y) também é contínua. • u(x,y) = f[g(x,y)] também é contínua. Se f(x,y) e g(x,y) são contínuas em (xo,yo), então: Derivada de Funções de Duas Variáveis A curva z = f (x, y0) no plano y = yo A curva z = f (x0, y) no plano x = xo Eixo horizontal no plano y = yo A curva z = f (x, y0) no plano y = yo Reta tangente Eixo vertical no plano y = yo Eixo vertical no plano x = xo Reta tangente A curva z = f (x0, y) no plano x = xo Eixo horizontal no plano x = xo Derivadas de Funções de 2 Variáveis A definição de derivada parcial de uma função de 2 variáveis é a mesma que a de funções de uma variável. A única diferença aqui é que , como se tem duas variáveis, uma delas deve ser mantida fixa enquanto se dá acréscimos para a outra. Assim, seja a função f(x,y), sua derivada em relação a x é x yxfyxxf yxf xx ),(),( lim),( 0 y yxfyyxf yxf yy ),(),( lim),( 0 1) Derivada parcial em x: 2) Derivada parcial em y: • Seja z = f(x,y), então a derivada parcial de z em relação a x escreve-se: fDyxffD x f yxf xx 11 ),(),( fDyxffD y f yxf yy 22 ),(),( parciais? derivadas as Encontre .3),( 2 xyyxyxf Interpretação Geométrica da Derivada Parcial A derivada parcial em relação a x de f, no ponto (xo,yo) é a inclinação da reta tangente à curva formada pela intersecção do gráfico de f com o plano y=yo, no ponto (xo,yo, f(xo,yo)). A derivada parcial em relação a y de f, no ponto (xo,yo) é a inclinação da reta tangente à curva formada pela intersecção do gráfico de f com o plano x=xo, no ponto (xo,yo, f(xo,yo)). Interpretação geométrica Interpretação geométrica A curva z = f (x, y0) no plano y = yo Esta reta tangente tem coeficiente angular fy (x0, y0) A curva z = f (x, y0) no plano x = xo Esta reta tangente tem coeficiente angular fx (x0, y0) ?)48,2,3( ponto no ,2 plano o com xy-y4 superfície à ointersecçã curva, à tangentereta da inclinação aCalcular 32 yxz ?)0,1,1( ponto no ,1 xplano o com2xy -y superfície à ointersecçã curva, à tangentereta da inclinação aCalcular 23 xz Derivadas Parciais de Funções de Várias Variáveis Derivadas Parciais de ordens superiores – Calculam-se as derivadas parciais de ordem superior computando as derivadas parciais das funções já derivadas. Exemplo – Calcule as derivadas parciais de segunda ordem da função f(x,y) = 2x3.e5y. – Temos que: yexyx x f 52.6),( yexyx y f 53.10),( – Portanto, a segunda derivada, em relação a x é: – E a segunda derivada, em relação a y é: yexyx x f 5 2 2 .12),( yexyx y f 53 2 2 .50),( – Ainda podemos calcular a segunda derivada da derivada parcial em relação a y, calculada agora em relação a x: – E a segunda derivada da derivada parcial em relação a x, calculada agora em relação a y: yy exex x yx yx f 5253 2 .30)10(),( yy exex y yx xy f 5252 2 .30)6(),( Notação – Se z=f(x,y), podem-se computar quatro derivadas parciais de segunda ordem com suas respectivas notações de acordo com as expressões abaixo: ),(),(2 2 yxfyxz x z xx z xxxx ),(),( 2 2 yxfyxz y z yy z yyyy ),( 2 yxf y z xyx z xy ),( 2 yxf x z yxy z yx Derivadas Parciais de ordens superiores – Em nosso exemplo as duas últimas derivadas (as mistas) deram o mesmo resultado. Isto não é coincidência. A igualdade ocorre desde certas condições sejam satisfeitas. Proposição – Se f(x,y) está definida numa certa vizinhança de (x0,y0) e é tal que as derivadas existem e são contínuas nessa vizinhança, então . xy f e yx f y f x f 22 ,, xy f yx f 22 Diferenciabilidade de funções de duas variáveis • Se as derivadas parciais e existem numa vizinhança de e forem contínuas em , então é diferenciável em . xf yf ( , )a b ( , )a b f ( , )a b Exemplo 2 2 se ( , ) (0,0) ( , ) 0 se (x,y)=(0,0) xy x y x yf x y (0,0) (0,0) 0x yf f ( , ) 0f x y 1 mas ( , ) para 2 f x y y x e não são contínuas em (0,0).x yf f Plano Tangente • Suponha que f tenha derivadas parciais contínuas. • Uma equação do plano tangente à superfície z=f(x,y) no ponto P(x0,y0,z0) é dada por 0 0 0 0 0 0 0( , )( ) ( , )( )x yz z f x y x x f x y y y • Determine o plano tangente ao parabolóide elíptico no ponto (1,1,3). 2 22z x y Aproximação Linear • Seja f uma função de duas variáveis que tem derivadas parciais contínuas em um ponto (a,b,f (a,b)). Então • é chamado linearização de f em (a,b). • é chamada aproximação linear ou aproximação pelo plano tangente de f em (a,b). ( , ) ( , ) ( , )( ) ( , )( )x yL x y f a b f a b x a f a b y b ( , ) ( , ) ( , )( ) ( , )( )x yf x y f a b f a b x a f a b y b • Mostre que é diferenciável em (1,0) e determine sua linearização ali. Em seguida, use a linearização para aproximar . ( , ) xyf x y xe (1,1 , 0,1)f Regra da cadeia(caso 1) • Suponha que z = f (x,y) seja uma função diferenciável de x e y, onde x = x(t) e y = y(t) são funções diferenciáveis em t. • Então z é uma função diferenciável em t e dz f dx f dy dt x dt y dt dz z dx z dy dt x dt y dt Exemplo 1 2 4Se 3 , onde sen e cos , determine quando 0. z x y xy x t y t dz t dt dz z dx z dy dt x dt y dt 0 0 e y=1t x )sen)(12())(cos32( 324 txyxtyxy 3 Exemplo 2 • A pressão P (em quilopascais), o volume V (em litros) e a temperatura T (em kelvins) de um mol de um gás ideal estão relacionados por meio da fórmula PV=8,31T. • Determine a taxa de variação da pressão quando a temperatura é de 300K e está aumentado com a taxa de 0,1k/s e o volume é de 100 l e está aumentando com a taxa de 0,2 l/s Exemplo 2 Regra da cadeia (2º caso) • Suponha que z = f (x,y) seja uma função diferenciável de x e y, onde x = x(s,t) e • y = y(s,t) são funções diferenciáveis de s e t. • Então z z x z y s x s y s z z x z y t x t y t Exemplo 3 2 2Se sen , onde e , determine e . xz e y x st y s t z z s t Exemplo 3 Exemplo 4 • Escreva a regra da cadeia para o caso onde ( , , , ) e ( , ), ( , ), ( , ) e ( , ). w f x y z t x x u v y y u v z z u v t t u v Exemplo 5 4 2 3 2 2 Se , onde , e sen , determine o valor de / quando 2, 1, 0. t tu x y y z x rse y rs e z r s t u s r s t Exemplo 5 Derivada direcional A derivada direcional de f em (x0,y0), na direção do vetor unitário b)(a,u h yxfhbyhaxf yxf h ),(),( lim),(D 0000000u Teorema • Se é uma função diferenciável em x e y então f tem derivada direcional na direção de qualquer vetor unitário e b)(a,u byxfayxfyxf yx ),(),(),(Du Exemplo • Determine a derivada direcional se • e u é o vetor unitário dado e . • Qual será? 3 2( , ) 3 4f x y x xy y (1,2)uD f (1,0)u (0,1)u ( , )uD f x y Vetor Gradiente Se é uma função de duas variáveis e , o gradiente de é a função vetorial definida por ( , ) ( , ), ( , )x y f x y f f f f f x y f x y f x y i j x y Exemplo Se ( , ) sen , entãoxyf x y x e ( , ) ,x yf x y f f cos , xy xyx ye xe (0,1) 2,0f Derivada direcional e gradiente A derivada parcial de na direção do vetor pode ser expressa por ( , ) ( , )u f u D f x y f x y u Exemplo 2 3 Determine a derivada direcional da função ( , ) - 4 no ponto (2,1) na direção do vetor 2 5 f x y x y y v i j – Determine a derivada direcional de ),(D 00 yxff Funções de três variáveis Exemplo Se ( , , ) sen , (a) determine o gradiente de e (b) a derivada direcional de no ponto (1,3,0) na direção e sentido de 2 - . f x y z x yz f f v i j k • Suponha que f seja uma função diferenciável de duas variáveis. • O valor máximo da derivada direcional • e ocorre quando u tem mesma direção e sentido que o vetor gradiente . ),(),(D yxfyxfu ),( yxf (a) Se , determine a taxa de variação de f no ponto P(2,0) na direção de P a . (b) Em que direção f tem a máxima taxa de variação? Qual é a máxima taxa de variação? ( , ) yf x y xe 1 ,2 2 Q Importância do vetor gradiente f (x,y) = x2 – y2
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