Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II AULAS 2017 CÁLCULO 2 AULA 01 CURVAS DEFINIDAS POR EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS. Consideremos que uma partícula se mova ao longo de uma curva C. É impossível descrever C como uma equação do tipo 𝒚 = 𝒇(𝒙). Mas as coordenadas x e y da partícula são funções do tempo e, assim, pode-se escrever 𝒙 = 𝒇(𝒕) e 𝒚 = 𝒈(𝒕). Definição Suponha que x e y sejam dadas como funções de uma terceira variável t (denominada parâmetro) pelas equações 𝒙 = 𝒇(𝒕) e 𝒚 = 𝒈(𝒕) (chamadas equações paramétricas). Cada valor de t determina um ponto (x, y) que podemos marcar em um plano coordenado. Quando t varia, o ponto 𝒙, 𝒚 = 𝒇 𝒕 , 𝒈(𝒕) varia e traça a curva C, que chamamos curva parametrizada. Exemplo 1 Esboce e identifique a curva definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕𝟐 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝒕 + 𝟏 Exemplo 1 Esboce e identifique a curva definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕𝟐 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝒕 + 𝟏 Inicialmente, vamos construir uma tabela atribuindo a t valores inteiros variando de – 2 a 4 e consequentemente determinando os respectivos valores de x e de y. Cada valor de t determina um ponto (x, y) que podemos marcar em um plano coordenado. Exemplo 1 Esboce e identifique a curva definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕𝟐 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝒕 + 𝟏 Exemplo 1 Esboce e identifique a curva definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕𝟐 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝒕 + 𝟏 A curva traçada pela partícula poderia ser uma parábola. Para confirmarmos, eliminamos o parâmetro t, como a seguir: isolamos t na segunda equação e substituímos na primeira: Exemplo 1 Esboce e identifique a curva definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕𝟐 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝒕 + 𝟏 𝒕 = 𝒚 − 𝟏 → 𝒙 = 𝒚 − 𝟏 𝟐 − 𝟐 𝒚 − 𝟏 𝒙 = 𝒚2 − 𝟒𝒚 + 𝟑 A curva representada pelas equações paramétricas dadas é a parábola 𝒙 = 𝒚2 − 𝟒𝒚 + 𝟑 Algumas vezes restringimos t a um intervalo finito. Por exemplo, a curva parametrizada 𝒙 = 𝒕𝟐 − 𝟐𝒕 𝒚 = 𝒕 + 𝟏 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟒 é a parte da parábola do exemplo 1 que começa no ponto (0, 1) e termina no ponto (8, 5). A seta indica a direção na qual a curva é traçada quando aumenta de 0 até 4. De forma geral, a curva com equações paramétricas 𝒙 = 𝒇(𝒕) 𝒚 = 𝒈 𝒕 𝒂 ≤ 𝒕 ≤ 𝒃 tem ponto inicial 𝒇 𝒂 , 𝒈(𝒂) e ponto final 𝒇 𝒃 , 𝒈(𝒃) Exemplo 1A (a) Esboce a curva utilizando as equações paramétricas para traçar os pontos. Indique com uma seta a direção na qual a curva é traçada conforme t aumenta. (b) Elimine o parâmetro para encontrar a equação cartesiana da curva. 𝒙 = 𝟏 − 𝟐𝒕, 𝒚 = 𝒕2 + 𝟒, 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟑 Exemplo 1A (a) Esboce a curva utilizando as equações paramétricas para traçar os pontos. Indique com uma seta a direção na qual a curva é traçada conforme t aumenta. Exemplo 1A (b) Elimine o parâmetro para encontrar a equação cartesiana da curva. Exemplo 1B (a) Esboce a curva utilizando as equações paramétricas para traçar os pontos. Indique com uma seta a direção na qual a curva é traçada conforme t aumenta. (b) Elimine o parâmetro para encontrar a equação cartesiana da curva. 𝒙 = 𝟑 − 𝒕, 𝒚 = 𝟐𝒕 − 𝟑, −𝟏 ≤ 𝒕 ≤ 𝟒 Exemplo 1B (a) Esboce a curva utilizando as equações paramétricas para traçar os pontos. Indique com uma seta a direção na qual a curva é traçada conforme t aumenta. Exemplo 1B (b) Elimine o parâmetro para encontrar a equação cartesiana da curva. 𝒙 = 𝟑 − 𝒕, 𝒚 = 𝟐𝒕 − 𝟑, Exemplo 2 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Exemplo 2 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Inicialmente, vamos construir uma tabela atribuindo a t valores inteiros variando de 0 a 2𝝅 e consequentemente determinando os respectivos valores de x e de y. Cada valor de t determina um ponto (x, y) que podemos marcar em um plano coordenado. Exemplo 2 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Exemplo 2 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Para eliminarmos o parâmetro, aplicamos o teorema de Pitágoras, concluindo que: 𝒙² + 𝒚² = 𝒄𝒐𝒔²𝒕 + 𝒔𝒆𝒏²𝒕 = 𝟏 Então, o ponto (x,y) se move no círculo unitário x² + y² = 1. Exemplo 3 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 𝒚 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Exemplo 3 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 𝒚 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Temos 𝒙2 + 𝒚2 = 𝒔𝒆𝒏2𝟐𝒕 + 𝒄𝒐𝒔2𝟐𝒕 = 𝟏 de modo que as equações paramétricas representam o círculo unitário 𝒙2 + 𝒚2 = 𝟏. Mas quando t aumenta de 0 até 2𝝅, o ponto 𝒙, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕, 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 começa em (0,1) e se move duas vezes em torno do círculo no sentido horário. Exemplo 3 Que curva é representada pelas seguintes equações paramétricas? 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 𝒚 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 Temos 𝒙2 + 𝒚2 = 𝒔𝒆𝒏2𝟐𝒕 + 𝒄𝒐𝒔2𝟐𝒕 = 𝟏 de modo que as equações paramétricas representam o círculo unitário 𝒙2 + 𝒚2 = 𝟏. Mas quando t aumenta de 0 até 2𝝅, o ponto 𝒙, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕, 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 começa em (0,1) e se move duas vezes em torno do círculo no sentido horário. t x y 0 0 1 𝝅 𝟒 1 0 𝝅 𝟐 0 -1 𝝅 0 1 𝟑𝝅 𝟐 0 -1 𝟐𝝅 0 1 OBSERVAÇÃO Os exemplos 2 e 3 mostram que diferentes conjuntos de equações paramétricas podem representar a mesma curva. Então distinguimos uma curva, que é um conjunto de pontos, e uma curva parametrizada, na qual os pontos são percorridos em um modo particular. Exemplo 4 Esboce a curva com equações paramétricas 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏²𝒕 Exemplo 4 Esboce a curva com equações paramétricas 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏²𝒕 O ponto (𝒙, 𝒚) se move na parábola 𝒚 = 𝒙². Como −𝟏 ≤ 𝒔𝒆𝒏𝒕 ≤ 𝟏 e −𝟏 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏, então as equações paramétricas representam apenas a parte da parábola onde −𝟏 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏. Como 𝒔𝒆𝒏𝒕 é periódica, o ponto (𝒙, 𝒚) se move para a frente e para trás infinitamente ao longo da parábola. Exemplo 4 Esboce a curva com equações paramétricas 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏²𝒕 O ponto (𝒙, 𝒚) se move na parábola 𝒚 = 𝒙². Como −𝟏 ≤ 𝒔𝒆𝒏𝒕 ≤ 𝟏 e −𝟏 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏, então as equações paramétricas representam apenas a parte da parábola onde −𝟏 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏. Como 𝒔𝒆𝒏𝒕 é periódica, o ponto (𝒙, 𝒚) se move para a frente e para trás infinitamente ao longo da parábola. OUTROS EXEMPLOS DE CURVAS PARAMÉTRICAS CÁLCULO 2 AULA 02 CÁLCULO COM CURVAS PARAMETRIZADAS. Na aula 1 vimos como representar as curvas por equações paramétricas. Agora vamos aplicar os métodos de cálculo a essas curvas parametrizadas. Resolveremos problemas envolvendo tangentes, área e comprimento de arco. TANGENTES Suponha que f e g sejam funções diferenciáveis e queremos encontrar a reta tangente a um ponto da curva 𝒙 = 𝒇(𝒕) e 𝒚 = 𝒈 𝒕 onde y também é uma função diferenciável de x. TANGENTES Suponha que f e g sejam funções diferenciáveis e queremos encontrar a reta tangente a um ponto da curva 𝒙 = 𝒇(𝒕) e 𝒚 = 𝒈 𝒕 onde y também é uma função diferenciável de x. A regra da cadeia nos diz que 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 . 𝒅𝒙 𝒅𝒕 Se 𝒅𝒙 𝒅𝒕 ≠ 𝟎, podemos isolar 𝒅𝒚 𝒅𝒙 : 𝒚′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 se 𝒅𝒙 𝒅𝒕 ≠ 𝟎 Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. TABELA t 𝒙 = 𝒕² 𝒚 = 𝒕 𝟑 − 𝟑𝒕 -2 4 -2 -1 1 2 0 0 0 1 1 -2 2 4 2 Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. Solução: No ponto (𝟑, 𝟎), 𝒙 = 𝟑 e 𝒚 = 𝟎. Substituindo nas equações paramétricas, temos: 𝒙 = 𝒕2 → 𝟑 = 𝒕2 → 𝒕 = ± 𝟑 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕 → 𝒕3 − 𝟑𝒕 = 𝟎 → 𝒕 𝒕2 − 𝟑 = 𝟎 → 𝒕 = 𝟎, 𝒕 = ± 𝟑 Portanto, o ponto 𝟑, 𝟎 em C, surge de dois valores do parâmetro t. Isso indica que C intercepta a si própria em 𝟑, 𝟎 . Exemplo 1 Solução: Para determinarmos as equações das tangentes, inicialmente calculamos a inclinação: 𝐲′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟑𝒕2 − 𝟑 𝟐𝒕 Em seguida, substituímos os valores de t: 𝐲′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝟑𝒕2 − 𝟑 𝟐𝒕 = 𝟑 ± 𝟑 𝟐 − 𝟑 𝟐 ± 𝟑 = ± 𝟑 Finalmente, escrevemos as equações: 𝒚 = ± 𝟑 𝒙 − 𝟑 Exemplo 1Aa (exercício 3 da página 589) Encontre uma equação da tangente à curva no ponto correspondente ao valor do parâmetro dado. 𝒙 = 𝒕𝟒 + 𝟏; 𝒚 = 𝒕3 + 𝒕; 𝐭 = −𝟏 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂 → 𝒚 = −𝒙 Exemplo 1Aa (exercício 3 da página 589) Encontre uma equação da tangente à curva no ponto correspondente ao valor do parâmetro dado. 𝒙 = 𝒕𝟒 + 𝟏; 𝒚 = 𝒕3 + 𝒕; 𝐭 = −𝟏 Determinação das coordenadas do ponto: 𝒙𝟎 = −𝟏 𝟒 + 𝟏 = 𝟏 + 𝟏 = 𝟐 𝒚𝟎 = (−𝟏) 3+ −𝟏 = −𝟏 − 𝟏 = −𝟐 Determinação do coeficiente angular: 𝐲′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟑𝒕² + 𝟏 𝟒𝒕³ 𝒎 = 𝒚′ −𝟏 = 𝟑. −𝟏 2 + 𝟏 𝟒(−𝟏)³ = −𝟏 Equação da reta tangente: 𝒚 − 𝒚𝟎 = 𝒎 𝒙 − 𝒙𝟎 𝒚 − −𝟐 = −𝟏. (𝒙 − 𝟐) 𝒚 + 𝟐 = −𝒙 + 𝟐 𝒚 = −𝒙 TANGENTES A equação 𝐲′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 nos permite encontrar a inclinação 𝐲′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 da tangente para uma curva paramétrica sem ter que eliminar o parâmetro t. A curva tem uma tangente horizontal quando 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = 𝟎, desde que 𝒅𝒙 𝒅𝒕 ≠ 𝟎. E tem uma tangente vertical quando 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟎, desde que 𝒅𝒚 𝒅𝒕 ≠ 𝟎. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. 𝒄 Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. 𝒄 Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal. Solução: A curva tem uma tangente horizontal quando 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = 𝟎, desde que 𝒅𝒙 𝒅𝒕 ≠ 𝟎. 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = 𝟎 → 𝟑𝒕² − 𝟑 = 𝟎 → 𝒕 = ±𝟏 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟐𝒕 = 𝟐(±𝟏) ≠ 𝟎 Para 𝒕 = 𝟏 → 𝒙 = 𝟏 𝒆 𝒚 = −𝟐 → 𝟏,−𝟐 Para 𝒕 = −𝟏 → 𝒙 = 𝟏 𝒆 𝒚 = 𝟐 → 𝟏, 𝟐 Portanto, nos pontos (1, - 2) e (1, 2) a curva tem uma tangente horizontal. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. 𝒄 Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal. 𝒅 Encontre os pontos em C onde a tangente é vertical. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. 𝒄 Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal. 𝒅 Encontre os pontos em C onde a tangente é vertical. Solução: A curva tem uma tangente vertical quando 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟎, desde que 𝒅𝒚 𝒅𝒕 ≠ 𝟎. 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟎 → 𝟐𝒕 = 𝟎 → 𝒕 = 𝟎 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = 𝟑𝒕² − 𝟑 = 𝟑. 𝟎2 − 𝟑 ≠ 𝟎 Para 𝒕 = 𝟎 → 𝒙 = 𝟎 𝒆 𝒚 = 𝟎 → 𝟎, 𝟎 Portanto, no ponto (0, 0) a curva tem uma tangente vertical. Exemplo 1Ab (exercício 18 da página 589) Encontre os pontos na curva onde a tangente é horizontal ou vertical. Se você tiver uma ferramenta gráfica, trace a curva. 𝒙 = 𝒕³ − 𝟑𝒕; 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕² Resposta: Horizontal: (0, 0), (2, - 4) Vertical: (2, - 4), (- 2, - 2) DERIVADA SEGUNDA EM FORMA PARAMÉTRICA Se uma curva C é parametrizada por 𝒙 = 𝒇 𝒕 , 𝒚 = 𝒈(𝒕), e se y’ é uma função diferenciável de t, podemos achar 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² , aplicando 𝒚′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 : 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = 𝒅 𝒅𝒙 𝒚′ = 𝒅 𝒅𝒙 . 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝒅 𝒅𝒙 . 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝒅𝒚′ 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 Se 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² > 𝟎, então o gráfico de C é côncavo para cima. Se 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² < 𝟎, então o gráfico de C é côncavo para baixo. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑, 𝟎) e encontre suas equações. 𝒄 Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal. 𝒅 Encontre os pontos em C onde a tangente é vertical. 𝒆 Determine onde a concavidade da curva é para cima ou para baixo. Exemplo 1 Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟑𝒕. (𝒂)Esboce a curva. 𝒃 Mostre que C tem duas tangentes no ponto (𝟑,𝟎) e encontre suas equações. 𝒄 Encontre os pontos em C onde a tangente é horizontal. 𝒅 Encontre os pontos em C onde a tangente é vertical. 𝒆 Determine onde a concavidade da curva é para cima ou para baixo. Solução: 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = 𝒅𝒚′ 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟔𝒕² + 𝟔 𝟖𝒕³ Portanto, Concavidade da curva para cima quando 𝒕 > 𝟎 Concavidade da curva para baixo quando 𝒕 < 𝟎 Observe que para t = 1, 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = 𝟑 𝟐 > 𝟎, concavidade para cima. Entretanto, para t = - 1, 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = − 𝟑 𝟐 < 𝟎, concavidade para baixo. Exemplo 1Ea Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² + 𝟏 e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟒𝒕. Determine onde a concavidade da curva é para cima ou para baixo. Exemplo 1Ea Uma curva C é definida pelas equações paramétricas 𝒙 = 𝒕² + 𝟏 e 𝒚 = 𝒕3 − 𝟒𝒕. Determine onde a concavidade da curva é para cima ou para baixo. Solução: 𝒚′ = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟑𝒕² − 𝟒 𝟐𝒕 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = 𝒅𝒚′ 𝒅𝒕 𝒅𝒙 𝒅𝒕 = 𝟔𝒕² + 𝟖 𝟖𝒕³ Portanto, Concavidade da curva para cima quando 𝒕 > 𝟎 Concavidade da curva para baixo quando 𝒕 < 𝟎 Observe que para t = 1, 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = 𝟕 𝟒 > 𝟎, concavidade para cima. Entretanto, para t = - 1, 𝒅²𝒚 𝒅𝒙² = − 𝟕 𝟒 < 𝟎, concavidade para baixo. A CICLOIDE. https://www.youtube.com/watch?v=QYfeoUMfUzs https://www.youtube.com/watch?v=DPaTuGtnmkM A curva traçada pelo ponto P na borda de um círculo quando ele rola ao longo de uma reta é chamada cicloide. As equações paramétricas da cicloide são: 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 , 𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 , 𝜽 ∈ 𝑰𝑹 Um arco da cicloide surge de uma rotação do círculo e, assim, é descrito por 𝟎 ≤ 𝜽 ≤ 𝟐𝝅 Uma das primeiras pessoas a estudar a cicloide foi Galileu, que propôs que pontes poderiam ser construídas no formato de cicloides e que tentou encontrar a área sob um arco de uma cicloide. https://www.youtube.com/watch?v=QYfeoUMfUzs https://www.youtube.com/watch?v=QYfeoUMfUzs ÁREAS Sabemos que a área sob uma curva 𝒚 = 𝑭(𝒙) de a até b é 𝑨 = 𝑭 𝒙 𝒅𝒙 𝒃 𝒂 , em que 𝑭(𝒙) ≥ 𝟎. Se a curva for dada por equações paramétricas, 𝒙 = 𝒇 𝒕 , 𝒚 = 𝒈 𝒕 , 𝜶 ≤ 𝒕 ≤ 𝜷, então podemos utilizar a fórmula 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 ou 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜶𝜷 ÁREAS 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 ou 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜶 𝜷 EXEMPLO 2 Encontre a área do círculo unitário dado por 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕, 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 ÁREAS EXEMPLO 2 Encontre a área do círculo unitário dado por 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕, 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 𝑨 = 𝒔𝒆𝒏𝒕. −𝒔𝒆𝒏𝒕 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = − 𝒔𝒆𝒏²𝒕 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 𝒔𝒆𝒏²𝒙 = 𝟏 𝟐 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒙 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒕 − 𝟏 𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 𝟐𝝅 𝟎 = 𝝅 ÁREAS Sabemos que a área sob uma curva 𝒚 = 𝑭(𝒙) de a até b é 𝑨 = 𝑭 𝒙 𝒅𝒙 𝒃 𝒂 , em que 𝑭(𝒙) ≥ 𝟎. Se a curva for dada por equações paramétricas, 𝒙 = 𝒇 𝒕 , 𝒚 = 𝒈 𝒕 , 𝜶 ≤ 𝒕 ≤ 𝜷, então podemso utilizar a fórmula 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 EXEMPLO 3 Encontre a área sob um arco da cicloide 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 , 𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 ÁREAS Sabemos que a área sob uma curva 𝒚 = 𝑭(𝒙) de a até b é 𝑨 = 𝑭 𝒙 𝒅𝒙 𝒃 𝒂 , em que 𝑭(𝒙) ≥ 𝟎. Se a curva for dada por equações paramétricas, 𝒙 = 𝒇 𝒕 , 𝒚 = 𝒈 𝒕 ,𝜶 ≤ 𝒕 ≤ 𝜷, então podemso utilizar a fórmula 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 EXEMPLO 3 Encontre a área sob um arco da cicloide 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 , 𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 𝑨 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 . 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝒓² 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 ²𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 = 𝒓² 𝟏 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝒄𝒐𝒔²𝜽𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝒓² 𝟏 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝟏 𝟐 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝒓² 𝟏 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝟏 𝟐 + 𝟏 𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 = 𝒓² 𝟑 𝟐 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝟏 𝟐 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝒓² 𝟑 𝟐 𝜽 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝟏 𝟐 . 𝟏 𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝒓² 𝟑 𝟐 . 𝟐𝝅 = 𝟑𝝅𝒓² EXEMPLO 3 Encontre a área sob um arco da cicloide 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 , 𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝑨 = 𝟑𝝅𝒓² A área sob um arco da cicloide é três vezes a área do círculo que rola e gera a cicloide. Galileu conjecturou esse resultado, mas este foi demonstrado inicialmente pelos matemáticos francês Roberval, e italiano Torricelli. COMPRIMENTO DE ARCO Sabemos que o comprimento L de uma curva C dada na forma 𝒚 = 𝑭(𝒙) de a até b é L= 𝟏 + 𝒅𝒚 𝒅𝒙 𝟐 𝒅𝒙 𝒃 𝒂 . Se a curva for dada por equações paramétricas, 𝒙 = 𝒇 𝒕 𝒆 𝒚 = 𝒈 𝒕 , 𝜶 ≤ 𝒕 ≤ 𝜷, então podemos utilizar a fórmula L= 𝒅𝒙 𝒅𝒕 𝟐 + 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝟐 𝒅𝒕 𝒃 𝒂 COMPRIMENTO DE ARCO L= 𝒅𝒙 𝒅𝒕 𝟐 + 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝟐 𝒅𝒕 𝒃 𝒂 EXEMPLO 4 Encontre o comprimento do círculo unitário dado por 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕, 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 COMPRIMENTO DE ARCO EXEMPLO 4 Encontre o comprimento do círculo unitário dado por 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒕, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏𝒕, 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟐𝝅 L= 𝒅𝒙 𝒅𝒕 𝟐 + 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝟐 𝒅𝒕 𝒃 𝒂 L= −𝒔𝒆𝒏𝒕 𝟐 + 𝒄𝒐𝒔𝒕 𝟐𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝟏𝒅𝒕 = 𝒕 𝟐𝝅 𝟎 = 𝟐𝝅 𝟐𝝅 𝟎 COMPRIMENTO DE ARCO L= 𝒅𝒙 𝒅𝒕 𝟐 + 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝟐 𝒅𝒕 𝒃 𝒂 EXEMPLO 5 Encontre o comprimento do arco da cicloide 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 , 𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 COMPRIMENTO DE ARCO EXEMPLO 5 Encontre o comprimento do arco da cicloide 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 ,𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 L= 𝒅𝒙 𝒅𝒕 𝟐 + 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝟐 𝒅𝒕 𝒃 𝒂 L= 𝒓(𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽) 𝟐 + 𝒓(𝒔𝒆𝒏𝜽) 𝟐𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 = 𝒓2 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 2 + 𝒓²𝒔𝒆𝒏²𝜽𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝒓2 𝟏 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝒄𝒐𝒔2𝜽 + 𝒔𝒆𝒏²𝜽 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 = 𝒓 𝟏 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝟏 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝒓 𝟐 − 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 → L= 𝒓 𝟐 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 dica: 𝒔𝒆𝒏²𝜽 = 𝟏 𝟐 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 𝒐𝒖 𝒔𝒆𝒏² 𝜽 𝟐 = 𝟏 𝟐 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 L= 𝒓 𝟐. 𝟐𝒔𝒆𝒏² 𝜽 𝟐 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝒓 𝟐𝒔𝒆𝒏 𝜽 𝟐 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝟐𝒓 𝒔𝒆𝒏 𝜽 𝟐 𝒅𝒕 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝟐𝒓 −𝟐𝒄𝒐𝒔 𝜽 𝟐 𝟐𝝅 𝟎 L= 𝟐𝒓 −𝟐 −𝟏 − −𝟐 . 𝟏 = 𝟖𝒓 COMPRIMENTO DE ARCO EXEMPLO 5 Encontre o comprimento do arco da cicloide 𝒙 = 𝒓 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 , 𝒚 = 𝒓 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 L = 8r O comprimento de um arco de cicloide é 8 vezes o raio do círculo gerador. Isso foi demonstrado pela primeira vez em 1 658 por sir Christopher Wren, que depois se tornou o arquiteto da Catedral de São Paulo, em Londres. ÁREAS 𝑨 = 𝒚𝒅𝒙 = 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜷 𝜶 𝒃 𝒂 ou 𝒈 𝒕 𝒇′ 𝒕 𝒅𝒕 𝜶 𝜷 EXERCÍCIO 32, PÁGINA 590 Calcule a área delimitada pela curva 𝒙 = 𝒕² − 𝟐𝒕, 𝒚 = 𝒕 e pelo eixo y. 𝟖 𝟐 𝟏𝟓 CÁLCULO 2 AULA 03 COORDENADAS POLARES. https://www.youtube.com/watch?v=B5dOy4m6I1E https://www.youtube.com/watch?v=yoeDYnp7bKQ Um sistema de coordenadas representa um ponto no plano por um par ordenado de números chamados coordenadas. Até agora usamos as coordenadas cartesianas, que são distâncias orientadas a partir de dois eixos perpendiculares. Nesta seção descreveremos um sistema de coordenadas introduzido por Newton, denominado sistema de coordenadas polares. https://www.youtube.com/watch?v=B5dOy4m6I1E https://www.youtube.com/watch?v=B5dOy4m6I1E Escolhemos um ponto no plano chamado polo (ou origem) rotulado de O. Então desenhamos uma meia linha começando em O chamada eixo polar. Esse eixo é geralmente desenhado horizontalmente para a direita e corresponde ao eixo x positivo nas coordenadas cartesianas. Se P for qualquer outro ponto no plano, seja r a distância de O até P e seja 𝜽 o ângulo (geralmente medido em radianos) entre o eixo polar e a reta OP. Escolhemos um ponto no plano chamado polo (ou origem) rotulado de O. Então desenhamos uma meia linha começando em O chamada eixo polar. Esse eixo é geralmente desenhado horizontalmente para a direita e corresponde ao eixo x positivo nas coordenadas cartesianas. Se P for qualquer outro ponto no plano, seja r a distância de O até P e seja 𝜽 o ângulo (geralmente medido em radianos) entre o eixo polar e a reta OP. Assim, o ponto P é representado pelo par ordenado 𝒓, 𝜽 e 𝒓 e 𝜽 são chamados coordenadas polares de P. Usamos a convenção de que um ângulo é positivo se for medido no sentido anti-horário a partir do eixo polar e negativo se for medido no sentido horário. Se P = O, então r = 0, e convencionamos que 𝑶, 𝜽 representa o polo para qualquer valor de 𝜽. Estendemos o significado de coordenadas polares 𝒓, 𝜽 para o caso no qual 𝒓 é negativo convencionando que os pontos −𝒓, 𝜽 e 𝒓, 𝜽 estão na mesma reta pasando por O e estão à mesma distância 𝒓 a partir de O, mas em lados opostos de O. Se 𝒓 > 𝟎, o ponto 𝒓, 𝜽 está no mesmo quadrante que 𝜽; se 𝒓 < 𝟎, ele está no quadrante do lado oposto ao polo. Observe que −𝒓, 𝜽 representa o mesmo ponto que 𝒓, 𝜽 + 𝝅 . EXEMPLO 1 Marque os pontos cujas coordenadas polares são dadas. 𝒂 𝟏, 𝟓𝝅 𝟒 𝒃 𝟐, 𝟑𝝅 𝒄 𝟐, − 𝟐𝝅 𝟑 (𝒅) −𝟑, 𝟑𝝅 𝟒 Como uma rotação completa no sentido anti-horário é dada por um ângulo 𝟐𝝅, o ponto representado pelas coordenadas polares 𝒓, 𝜽 é também representado por 𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏𝝅 𝒆 −𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏 + 𝟏 𝝅 onde n é qualquer inteiro. EXEMPLO 2 Represente o ponto 𝟏, 𝟓𝝅 𝟒 na forma 𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏𝝅 para 𝒏 = −𝟏 e para 𝒏 = 𝟏 e na forma −𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏 + 𝟏 𝝅 para 𝒏 = −𝟏. Solução: 𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏𝝅 = 𝟏, 𝟓𝝅 𝟒 + 𝟐. −𝟏 . 𝝅 = 𝟏,− 𝟑𝝅 𝟒 𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏𝝅 = 𝟏, 𝟓𝝅 𝟒 + 𝟐. 𝟏 . 𝝅 = 𝟏, 𝟏𝟑𝝅 𝟒 −𝒓, 𝜽 + 𝟐𝒏 + 𝟏 𝝅 = −𝟏, 𝟓𝝅 𝟒 + 𝟐. −𝟏 + 𝟏 𝝅 = −𝟏, 𝝅 𝟒 EXEMPLO 2 𝟏, 𝟓𝝅 𝟒 𝟏,− 𝟑𝝅 𝟒 𝟏, 𝟏𝟑𝝅 𝟒 −𝟏, 𝝅 𝟒 A relação entre as coordenadaspolares e cartesianas pode ser vista a partir da figura, na qual o polo corresponde à origem e o eixo polar coincide com o eixo x positivo. Se o ponto P tiver coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares 𝒓, 𝜽 , então, a partir da figura, temos 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝒙 𝒓 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝒚 𝒓 e também 𝒙 = 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒚 = 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 e ainda 𝒓² = 𝒙² + 𝒚² 𝒕𝒈𝜽 = 𝒚 𝒙 EXEMPLO 3 Converta o ponto 𝟐, 𝝅 𝟑 de coordenadas polares para cartesianas. Solução: Como 𝒓 = 𝟐 𝒆 𝜽 = 𝝅 𝟑 , temos: 𝒙 = 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟐𝒄𝒐𝒔 𝝅 𝟑 = 𝟐. 𝟏 𝟐 = 𝟏 𝒚 = 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟐𝒔𝒆𝒏 𝝅 𝟑 = 𝟐. 𝟑 𝟐 = 𝟑 Portanto, o ponto é 𝟏, 𝟑 nas coordenadas cartesianas. EXEMPLO 4 Represente o ponto com coordenadas cartesianas 𝟏,−𝟏 em termos de coordenadas polares. Solução: Se escolhermos r positivo , temos: 𝒓² = 𝒙² + 𝒚² → 𝒓 = 𝟏² + −𝟏 ² = 𝟐 𝒕𝒈𝜽 = 𝒚 𝒙 → 𝒕𝒈𝜽 = −𝟏 Como o ponto 𝟏,−𝟏 está no quarto quadrante, podemos escolher 𝜽 = − 𝝅 𝟒 ou 𝜽 = 𝟕𝝅 𝟒 . Então uma resposta possível é 𝟐,− 𝝅 𝟒 ; e outra é 𝟐, 𝟕𝝅 𝟒 CURVAS POLARES O gráfico de uma equação polar 𝒓 = 𝒇 𝜽 , ou mais genericamente, 𝑭 𝒓, 𝜽 = 𝟎, consiste em todos os pontos P que têm pelo menos uma representação 𝒓, 𝜽 cujas coordenadas satisfaçam a equação. EXEMPLO 5 Que curva é representada pela equação polar 𝒓 = 𝟐? Solução: A curva consiste em todos os pontos 𝒓, 𝜽 com 𝒓 = 𝟐. Como r representa a distância do ponto ao polo, a curva 𝒓 = 𝟐 representa o círculo com centro O e raio 2. Em geral, a equação 𝒓 = 𝒂 representa um círculo com centro O e raio 𝒂 . EXEMPLO 6 Esboce a curva polar 𝛉 = 𝟏. Solução: A curva consiste em todos os pontos 𝒓, 𝜽 tal que o ângulo polar 𝜽 é 1 radiano. É uma reta que passa por O e forma um ângulo de 1 radiano com o eixo polar. Observe que os pontos (𝒓, 𝟏) na reta com 𝒓 > 𝟎 estão no primeiro quadrante, enquanto aqueles com 𝒓 < 𝟎 estão no terceiro quadrante. TANGENTES A CURVAS POLARES Para encontrarmos a reta tangente a uma curva polar 𝒓 = 𝒇 𝜽 , vamos considerar 𝜽 como um parâmetro e escrever suas equações paramétricas como 𝒙 = 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝒇 𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 e 𝒚 = 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝒇 𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽. Então, usando o método para encontrar inclinações de curvas parametrizadas e a Regra do Produto, temos: 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 EXEMPLO 7 Encontre a inclinação da reta tangente ao círculo 𝒓 = 𝟒𝒄𝒐𝒔𝜽 no ponto em que 𝜽 = 𝝅 𝟒 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = −𝟒𝒔𝒆𝒏𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝟒𝒄𝒐𝒔𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 −𝟒𝒔𝒆𝒏𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝟒𝒄𝒐𝒔𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = −𝟒. 𝟐 𝟐 . 𝟐 𝟐 + 𝟒. 𝟐 𝟐 . 𝟐 𝟐 −𝟒. 𝟐 𝟐 . 𝟐 𝟐 − 𝟒. 𝟐 𝟐 . 𝟐 𝟐 = 𝟎 −𝟒 = 𝟎 Implica que o círculo tem uma reta tangente horizontal no ponto em que 𝜽 = 𝝅 𝟒 EXERCÍCIO 56, PÁGINA 600 Calcule a inclinação da reta tangente para a curva polar 𝒓 = 𝟐 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 no ponto em que 𝜽 = 𝝅 𝟑 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = −𝒄𝒐𝒔𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝟐 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 −𝒄𝒐𝒔𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝟐 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = − 𝟏 𝟐 . 𝟑 𝟐 + 𝟐 − 𝟑 𝟐 . 𝟏 𝟐 − 𝟏 𝟐 . 𝟏 𝟐 − 𝟐 − 𝟑 𝟐 . 𝟑 𝟐 = 𝟐 − 𝟑 𝟏 − 𝟐 𝟑 EXERCÍCIO 57, PÁGINA 600 Calcule a inclinação da reta tangente para a curva polar 𝒓 = 𝟏 𝜽 no ponto em que 𝜽 = 𝝅 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = − 𝟏 𝜽² 𝒔𝒆𝒏𝝅 + 𝟏 𝜽𝒄𝒐𝒔𝝅 − 𝟏 𝜽² 𝒄𝒐𝒔𝝅 − 𝟏 𝜽𝒔𝒆𝒏𝝅 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = − 𝟏 𝝅2 . 𝟎 + 𝟏 𝝅 . −𝟏 − 𝟏 𝝅2 . −𝟏 − 𝟏 𝝅 . 𝟎 = − 𝟏 𝝅 𝟏 𝝅² = −𝝅 EXERCÍCIO 59, PÁGINA 600 Calcule a inclinação da reta tangente para a curva polar 𝒓 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 no ponto em que 𝜽 = 𝝅 𝟒 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = −𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 −𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = −𝟐. 𝟏. 𝟐 𝟐 + 𝟎. 𝟐 𝟐 −𝟐. 𝟏. 𝟐 𝟐 + 𝟎. 𝟐 𝟐 = 𝟏 CARDIOIDE 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 https://www.youtube.com/watch?v=AS6JuwUfL-Q https://www.youtube.com/watch?v=Az1ZPyqoquM https://www.youtube.com/watch?v=A4qt0zRhGb0 https://www.youtube.com/watch?v=AS6JuwUfL-Q https://www.youtube.com/watch?v=AS6JuwUfL-Q https://www.youtube.com/watch?v=AS6JuwUfL-Q https://www.youtube.com/watch?v=AS6JuwUfL-Q https://www.youtube.com/watch?v=Az1ZPyqoquM https://www.youtube.com/watch?v=Az1ZPyqoquM https://www.youtube.com/watch?v=A4qt0zRhGb0 https://www.youtube.com/watch?v=A4qt0zRhGb0 https://www.youtube.com/watch?v=A4qt0zRhGb0 EXEMPLO 8 (A) Para a cardioide 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽, calcule a inclinação da reta tangente quando 𝜽 = 𝝅 𝟑 . Solução: 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 Para 𝜽 = 𝝅 𝟑 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒄𝒐𝒔 𝝅 𝟑 𝒔𝒆𝒏 𝝅 𝟑 + 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏 𝝅 𝟑 𝒄𝒐𝒔 𝝅 𝟑 𝒄𝒐𝒔 𝝅 𝟑 𝒄𝒐𝒔 𝝅 𝟑 − 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏 𝝅 𝟑 𝒔𝒆𝒏 𝝅 𝟑 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝟏 𝟐 . 𝟑 𝟐 + 𝟏 + 𝟑 𝟐 . 𝟏 𝟐 𝟏 𝟐 . 𝟏 𝟐 − 𝟏 + 𝟑 𝟐 . 𝟑 𝟐 = 𝟑 𝟒 + 𝟏 𝟐 + 𝟑 𝟒 𝟏 𝟒 − 𝟑 𝟐 − 𝟑 𝟒 = 𝟏 𝟐 + 𝟑 𝟐 − 𝟏 𝟐 − 𝟑 𝟐 = −𝟏 TANGENTES A CURVAS POLARES 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 TANGENTES HORIZONTAIS Localizamos as tangentes horizontais achando os pontos onde 𝒅𝒚 𝒅𝜽 = 𝟎 (desde que 𝒅𝒙 𝒅𝜽 ≠ 𝟎) TANGENTES VERTICAIS Localizamos as tangentes horizontais achando os pontos onde 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝟎 (desde que 𝒅𝒚 𝒅𝜽 ≠ 𝟎) OBSERVAÇÃO Se estivermos olhando para as retas tangentes no polo, então 𝒓 = 𝟎, portanto: 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = 𝒕𝒈𝜽 se 𝒅𝒓 𝒅𝜽 ≠ 𝟎 EXEMPLO 8 (A) Para a cardioide 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽, calcule a inclinação da reta tangente quando 𝜽 = 𝝅 𝟑 . (B) Encontre os pontos da cardioide onde a reta tangente é horizontal. Solução: 𝒅𝒚 𝒅𝜽 = 𝟎 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟏 + 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟎 quando 𝜽 = 𝝅 𝟐 , 𝟑𝝅 𝟐 , 𝟕𝝅 𝟔 , 𝟏𝟏𝝅 𝟔 Pela figura, vemos que 𝟑𝝅 𝟐 nos dá uma tangente vertical. Portanto, existem tangentes horizontais nos pontos 𝟐, 𝝅 𝟐 , 𝟏 𝟐 , 𝟕𝝅 𝟔 , 𝟏 𝟐 , 𝟏𝟏𝝅 𝟔 EXEMPLO 8 (A) Para a cardioide 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽, calcule a inclinação da reta tangente quando 𝜽 = 𝝅 𝟑 . (B) Encontre os pontos da cardioide onde a reta tangente é horizontal. (C) Encontre os pontos da cardioide onde a reta tangente é vertical. Solução: 𝒅𝒙 𝒅𝜽 = 𝟎 → 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟎 → 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 − 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟎 → 𝒄𝒐𝒔²𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 − 𝒔𝒆𝒏²𝜽 = 𝟎 → 𝟏 − 𝒔𝒆𝒏2𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 − 𝒔𝒆𝒏2𝜽 = 𝟎 → 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏2𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟎 → 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟎 quando 𝜽 = 𝟑𝝅 𝟐 , 𝝅 𝟔 , 𝟓𝝅 𝟔 𝒔𝒆𝒏𝜽 = −𝟏 𝒏𝒐𝒔 𝒅á 𝜽 = 𝟑𝝅 𝟐 e o denominador da fórmula de 𝐦 = 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒔𝒆𝒏𝜽+𝒓𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽−𝒓𝒔𝒆𝒏𝜽 é zero. Se 𝜽 = 𝟑𝝅 𝟐 então r = 0 e a fórmula em m se reduz a 𝒎 = 𝒕𝒈𝜽. Assim, o coeficiente angular em 𝟎, 𝟑𝝅 𝟐 é 𝒎 = 𝒕𝒈 𝟑𝝅 𝟐 = ∄= ∞ e, portanto, a tangente é vertical no polo. Portanto, existem tangentes verticais nos pontos 𝟑 𝟐 ,𝝅 𝟔 , 𝟑 𝟐 , 𝟓𝝅 𝟔 , 𝟎, 𝟎 EXEMPLO 8 (A) Para a cardioide 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽, calcule a inclinação da reta tangente quando 𝜽 = 𝝅 𝟑 . (B) Encontre os pontos da cardioide onde a reta tangente é horizontal. Solução: QUANDO 𝛉 = 𝟑𝝅 𝟐 , 𝒅𝒚 𝒅𝜽 𝒆 𝒅𝒙 𝒅𝜽 são 0 e, dessa forma, devemos ser cuidadosos. Usando a Regra de L’Hôspital, temos: lim 𝜽→ 3𝜋 2 − 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = lim 𝜽→ 3𝜋 2 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟏 + 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 = lim 𝜽→ 3𝜋 2 − 𝟏 + 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 . lim 𝜽→ 3𝜋 2 − 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 = − 𝟏 𝟑 . lim 𝜽→ 3𝜋 2 − −𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 = − 𝟏 𝟑 . − −𝟏 𝟎 = ∞ Por simetria, lim 𝜽→ 3𝜋 2 + 𝒅𝒚 𝒅𝒙 = −∞ Portanto, existe uma reta tangente vertical no polo. CÁLCULO 2 AULA 04 ÁREAS E COMPRIMENTOS EM COORDENADAS POLARES. ÁREAS EM COORDENADAS POLARES Para calcularmos a área de uma região cuja fronteira é dada por uma equação polar precisamos usar a fórmula para a área de um setor de um círculo. A área de um setor é proporcional a seu ângulo central. á𝒓𝒆𝒂 â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 𝑨 𝜽 𝝅𝒓² 𝟐𝝅 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒓²𝜽 onde r é o raio e 𝜽 a medida em radianos do ângulo central. ÁREAS EM COORDENADAS POLARES Sendo ℜ a região limitada pela curva polar 𝒓 = 𝒇 𝜽 e pelos raios 𝜽 = 𝒂 𝒆 𝜽 = 𝒃, onde 𝒇 é uma função contínua positiva e 𝟎 < 𝒃 − 𝒂 ≤ 𝟐𝝅. Dividimos o intervalo 𝒂, 𝒃 em subintervalos dividindo ℜ em n regiões menores e aplicando a Soma de Riemann, obtemos a seguinte fórmula para calcular a área de ℜ. 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒇(𝜽) 𝟐 𝒃 𝒂 → 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒓²𝒅𝜽 𝒃 𝒂 EXEMPLO 1 Calcule a área delimitada pelo círculo 𝒓 = 𝟐 para 𝟎 ≤ 𝜽 ≤ 𝟐𝝅. 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒓²𝒅𝜽 𝒃 𝒂 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟐²𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝟐 𝟏𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝟐. 𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑨 = 𝟒𝝅 ROSÁCEA DE 4 PÉTALAS (𝒓 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽) EXEMPLO 2 Calcule a área delimitada por um laço da rosácea de quatro pétalas 𝒓 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽. 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒓²𝒅𝜽 𝒃 𝒂 𝑨 = 𝟏 𝟐 . 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 𝟐𝒅𝜽 𝝅 𝟒 − 𝝅 𝟒 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝒄𝒐𝒔²𝟐𝜽𝒅𝜽 𝝅 𝟒 − 𝝅 𝟒 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝟒𝜽 𝒅𝜽 𝝅 𝟒 𝟎 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝜽 + 𝟏 𝟒 𝒔𝒆𝒏𝟒𝜽 𝝅/𝟒 𝟎 = 𝝅 𝟖 EXEMPLO 3 Calcule a área da região que está dentro do círculo 𝒓 = 𝟑𝒔𝒆𝒏𝜽 e fora da cardioide 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽. Cálculo das intersecções: 𝟑𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 → 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟏 𝟐 → 𝜽 = 𝝅 𝟔 , 𝟓𝝅 𝟔 Cálculo da área: 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟑𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟐𝒅𝜽 − 𝟏 𝟐 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟐𝒅𝜽 𝟓𝝅 𝟔 𝝅 𝟔 𝟓𝝅 𝟔 𝝅 𝟔 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟗𝒔𝒆𝒏²𝜽 − 𝟏 + 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝒔𝒆𝒏²𝜽 𝒅𝜽 𝟓𝝅 𝟔 𝝅 𝟔 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟖𝒔𝒆𝒏²𝜽 − 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝜽 𝟓𝝅 𝟔 𝝅 𝟔 EXEMPLO 3 Calcule a área da região que está dentro do círculo 𝒓 = 𝟑𝒔𝒆𝒏𝜽 e fora da cardioide 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽. 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟖𝒔𝒆𝒏²𝜽 − 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝜽 𝟓𝝅 𝟔 𝝅 𝟔 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟖 𝟏 𝟐 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 − 𝟏 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒅𝜽 𝟓𝝅 𝟔 𝝅 𝟔 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟒 𝜽 − 𝟏 𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 − 𝜽 + 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟓𝝅/𝟔 𝝅/𝟔 𝑨 = 𝟏 𝟐 𝟑𝜽 − 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 + 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟓𝝅/𝟔 𝝅/𝟔 → 𝑨 = 𝝅 EXERCÍCIO 27, PÁGINA 605 Encontre a área da região que está dentro da primeira curva e fora da segunda curva. 𝒓 = 𝟑𝒄𝒐𝒔𝜽, 𝒓 = 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝜽 EXEMPLO 4 Encontre todos os pontos de intersecção das curvas 𝒓 = 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 e 𝒓 = 𝟏 𝟐 Cálculo das intersecções: 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 = 𝟏 𝟐 → 𝟐𝜽 = 𝝅 𝟑 , 𝟓𝝅 𝟑 , 𝟕𝝅 𝟑 , 𝟏𝟏𝝅 𝟑 𝜽 = 𝝅 𝟔 , 𝟓𝝅 𝟔 , 𝟕𝝅 𝟔 , 𝟏𝟏𝝅 𝟔 → 𝟏 𝟐 , 𝝅 𝟔 , 𝟏 𝟐 , 𝟓𝝅 𝟔 , 𝟏 𝟐 , 𝟕𝝅 𝟔 , 𝟏 𝟐 , 𝟏𝟏𝝅 𝟔 Observando que outra equação do círculo é 𝒓 = − 𝟏 𝟐 , temos: 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 = − 𝟏 𝟐 → 𝟐𝜽 = 𝟐𝝅 𝟑 , 𝟒𝝅 𝟑 , 𝟖𝝅 𝟑 , 𝟏𝟎𝝅 𝟑 𝜽 = 𝝅 𝟑 , 𝟐𝝅 𝟑 , 𝟒𝝅 𝟑 , 𝟓𝝅 𝟑 → 𝟏 𝟐 , 𝝅 𝟑 , 𝟏 𝟐 , 𝟐𝝅 𝟑 , 𝟏 𝟐 , 𝟒𝝅 𝟑 , 𝟏 𝟐 , 𝟓𝝅 𝟑 EXERCÍCIO 37, PÁGINA 605 Encontre todos os pontos de intersecção das curvas 𝒓 = 𝟏 + 𝒔𝒆𝒏𝜽 e 𝒓 = 𝟑𝒔𝒆𝒏𝜽 COMPRIMENTO DE ARCO EM COORDENADAS POLARES O comprimento da curva com equação polar 𝒓 = 𝒇 𝜽 , 𝒂 ≤ 𝜽 ≤ 𝒃, é obtido pela fórmula: 𝑳 = 𝒓² + 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝟐 𝒅𝜽 𝒃 𝒂 EXEMPLO 5 Calcule o comprimento do arco delimitado pelo círculo 𝒓 = 𝟐 para 𝟎 ≤ 𝜽 ≤ 𝟐𝝅. 𝑳 = 𝒓² + 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝟐 𝒅𝜽 𝒃 𝒂 𝑳 = 𝟐² + 𝟎𝟐 𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑳 = 𝟐 𝒅𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑳 = 𝟐𝜽 𝟐𝝅 𝟎 𝑳 = 𝟒𝝅 EXEMPLO 6 Calcule o comprimento da curva polar 𝒓 = 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝜽 Lançando mão da simetria, determinamos o comprimento da metade superior e duplicamos o resultado. 𝑳 = 𝒓² + 𝒅𝒓 𝒅𝜽 𝟐 𝒅𝜽 𝒃 𝒂 𝑳 = 𝟐 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟐 + −𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟐 𝒅𝜽 𝝅 𝟎 𝑳 = 𝟐 𝟏 + 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝒄𝒐𝒔²𝜽 + 𝒔𝒆𝒏²𝜽 𝒅𝜽 𝝅 𝟎 𝑳 = 𝟐 𝟐 + 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝜽 𝝅 𝟎 = 𝟐 𝟐 𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒅𝜽 = 𝟐 𝟐 𝟐𝒄𝒐𝒔² 𝜽 𝟐 𝒅𝜽 𝝅 𝟎 𝝅 𝟎 𝑳 = 𝟐. 𝟐. 𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝜽 𝟐 𝒅𝜽 = 𝟒 . 𝟐. 𝒔𝒆𝒏 𝜽 𝟐 𝝅 𝟎 = 𝟖 𝝅 𝟎 AULA 05 FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 107 INTRODUÇÃO. Nesta seção estudaremos as funções de duas ou mais variáveis sob quatro pontos de vista diferentes: Verbalmente (pela descrição em palavras) Numericamente (por uma tabela de valores) Algebricamente (por uma fórmula explícita) Visualmente (por um gráfico ou curvas de nível) 108 INTRODUÇÃO. 1º) A área de um retângulo depende de duas quantidades: comprimento e largura. A área é uma função de duas variáveis. 109 INTRODUÇÃO. 2º) Se um objeto está localizado no espaço, a temperatura em um ponto P do objeto pode depender de três coordenadas retangulares: x, y, z de P. A temperatura é uma função de três variáveis. 110 INTRODUÇÃO. 3º) O volume de uma caixa retangular depende de três quantidades: comprimento, largura e altura. O volume é uma função de três variáveis. 111 INTRODUÇÃO. 4º) A média aritmética de n números reais depende desses números. A média aritmética é uma função de n variáveis. 𝑿 = 𝑿𝟏 + 𝑿𝟐 + 𝑿𝟑 + ⋯+ 𝑿𝒏 𝒏 112 INTRODUÇÃO. Recordando: Uma função f é uma correspondência que associa a cada elemento de seu domínio D exatamente um elemento do seu contradomínio E. 113 DEFINIÇÃO. Uma função f de duas variáveis é uma regra que associa a cada par ordenado de números reais (x, y) de um conjunto D um único valor real, denotado por f(x, y). O conjunto D é o domínio de f e sua imagem é o conjunto de valores possíveis de f, ou seja, 𝒇(𝒙, 𝒚) ∕ 𝒙, 𝒚 ∈ 𝑫 . 114 INTRODUÇÃO. A terminologia e a notação para funções de duas ou mais variáveis são análogas àquelas para funções de uma variável. A expressão 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚) significa que 𝒛 é uma função de 𝒙 𝒆 𝒚 no sentido de que um único valor da variável dependente 𝒛 é determinado especificando valores para as variáveis independentes 𝒙 𝒆 𝒚 . 115 REPRESENTAÇÃO. Uma função de duas variáveis é simplesmente aquela cujo domínio é um subconjunto de ℝ² e cuja imagem é um subconjunto de ℝ. Uma maneira de visualizar essa função é pelo diagrama de setas, no qual o domínio D é representado como um subconjunto do plano xy e a imagem é um conjunto de números na reta real, mostrado como um eixo z. 116 APLICAÇÃO. Se f(x,y) representa a temperatura em um ponto (x,y) em uma placa de metal chata com o formato de D, podemos pensar que o eizo z é um termômetro exibindo as temperaturas registradas. 117 OBSERVAÇÃO. Se a função fé dada por uma fórmula e seu domínio não é especificado, fica subtendido que o domínio de f é o conjunto de todos os pares (x, y) para os quais a expressão dada fornece um número real bem definido. 118 EXEMPLO 01 (a) Calcule 𝒇(𝟑, 𝟐) e determine o domínio da função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙+𝒚+𝟏 𝒙−𝟏 Solução: 𝒇 𝟑, 𝟐 = 𝟑 + 𝟐 + 𝟏 𝟑 − 𝟏 = 𝟔 𝟐 Determinação do domínio: 𝑫 = 𝒙, 𝒚 𝒙 + 𝒚 + 𝟏 ≥ 𝟎 𝒆 𝒙 ≠ 𝟏 A desigualdade 𝒙 + 𝒚 + 𝟏 ≥ 𝟎 ou 𝒚 ≥ −𝒙 − 𝟏 descreve os pontos que estão sobre ou acima da reta 𝒚 = −𝒙 − 𝟏, ao passo que 𝒙 ≠ 𝟏 significa que os pontos sobre a reta x = 1 precisam ser excluídos do domínio. 119 EXEMPLO 01 (b) Calcule 𝒇(𝟑, 𝟐) e determine o domínio da função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒍𝒏 𝒚² − 𝒙 Solução: 𝒇 𝟑, 𝟐 = 𝟑𝒍𝒏 𝟐² − 𝟑 = 𝟎 Determinação do domínio: Já que 𝒍𝒏 𝒚² − 𝒙 é definido somente quando 𝒚² − 𝒙 > 𝟎, isto é, 𝒙 < 𝒚², o domínio de f é 𝑫 = 𝒙, 𝒚 𝒙 < 𝒚² . Isso representa o conjunto de pontos à esquerda da parábola 𝒙 = 𝒚². 120 121 EXEMPLO 04 Determine o domínio e a imagem de 𝒈 𝒙, 𝒚 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² Solução: O domínio de g é 𝑫 = 𝒙, 𝒚 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² ≥ 𝟎 ou 𝑫 = 𝒙, 𝒚 𝒙² + 𝒚² ≤ 𝟗 que é o disco com centro 𝟎, 𝟎 e raio 3. A imagem de g é 𝒛 𝒛 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚², 𝒙, 𝒚 ∈ 𝑫 Para 𝒙, 𝒚 = 𝟎, 𝟎 → 𝒛 = 𝟑 Para 𝒙, 𝒚 = ±𝟑, 𝟎 𝒆(𝟎,±𝟑) → 𝒛 = 𝟎 Assim, a imagem é 𝒛 ∕ 𝟎 ≤ 𝒛 ≤ 𝟑 = 𝟎, 𝟑 123 GRÁFICOS Outra forma de visualizar o comportamento de uma função de duas variáveis é considerar seu gráfico. Definição Se f é uma função de duas variáveis com domínio D, então o gráfico de f é o conjunto de todos os pontos (x, y, z) em ℝ³ tal que z = f(x, y) e (x, y) pertença a D. Assim como o gráfico de uma função f de uma única variável é uma curva C com equação y = f(x), o gráfico de uma função com duas variáveis é uma superfície S com equação z = f(x, y). Podemos visualizar o gráfico S de f como estando diretamente acima ou abaixo de seu domínio D no plano xy. 124 EXEMPLO 05 Esboce o gráfico da função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟔 − 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 Solução: O gráfico de f tem a equação 𝒛 = 𝟔 − 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚, ou 𝟑𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝒛 = 𝟔, que representa um plano. Para desenharmos o plano, primeiro achamos as intersecções com os eixos. Colocando 𝒚 = 𝒛 = 𝟎 na equação, obtemos 𝒙 = 𝟐 como a intersecção com o eixo x. Da mesma forma, a intersecção com y é 3 e a intersecção com z é 6. 125 EXEMPLO 05 Esboce o gráfico da função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟔 − 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 OBSERVAÇÃO: A função do exemplo 5 é um caso especial da função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄 e é chamada FUNÇÃO LINEAR. O gráfico de uma dessas funções tem a equação 𝒛 = 𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄 ou 𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 − 𝒛 + 𝒄 = 𝟎 e, portanto, é um plano. 126 EXEMPLO 06 Esboce o gráfico da função 𝐠 𝒙, 𝒚 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² Solução: O gráfico tem a equação 𝒛 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚². Elevando ao quadrado ambos os lados da equação, obtemos 𝒛² = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚², ou 𝒙² + 𝒚² + 𝒛² = 𝟗, que reconhecemos como a equação da esfera de centro na origem e raio 3. Mas, como 𝒛 ≥ 𝟎, o gráfico de g é somente a metade superior da esfera. 127 EXEMPLO 06 Esboce o gráfico da função 𝐠 𝒙, 𝒚 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² OBSERVAÇÃO: Uma esfera inteira não pode ser representada por uma única função de x e y. De acordo com o exemplo 06, o hemisfério superior da esfera 𝒙² + 𝒚² + 𝒛² = 𝟗 é representado pela função 𝒉 𝒙, 𝒚 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚². O hemisfério inferior é representado pela função 𝒉 𝒙, 𝒚 = − 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² . 128 OUTROS GRÁFICOS 129 CURVAS DE NÍVEL Até aqui vimos dois métodos diferentes para visualizar funções: diagramas de flechas e gráficos. Um terceiro método, emprestado dos cartógrafos, é um mapa de contorno, em que os pontos com elevações constantes são ligados para formar curvas de contorno ou curvas de nível. DEFINIÇÃO As curvas de nível de uma função f de duas variáveis são aquelas com equação 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒌, onde k é uma constante (na imagem de f). Uma curva de nível 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒌 é o conjunto de todos os pontos do domínio de f nos quais o valor de f é k. Em outras palavras, ela mostra onde o gráfico de f tem altura k. https://www.youtube.com/watch?v=wDZngwCNYtA 130 CURVAS DE NÍVEL Vemos na figura ao lado a relação entre as curvas de nível e os cortes horizontais. As curvas de nível 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒌 são apenas cortes do gráfico de f no plano horizontal 𝒛 = 𝒌 projetados sobre o plano xy. Assim, se você traçar as curvas de nível da função e visualizá-las elevadas para a superfície na altura indicada, poderá imaginar o gráfico da função colocando as duas informações juntas. A superfície será mais inclinada onde as curvas de nível estiverem mais próximas umas das outras. Ela será um pouco mais achatada onde as curvas de nível estão distantes umas das outras. 131 EXEMPLO 07 Um mapa de contorno para uma função f é mostrado na figura abaixo. Use-o para estimar os valores de f(1, 3) e f(4, 5). Solução: O ponto (1, 3) está na parte entre as curvas de nível cujos valores de z são 70 e 80. Estimamos que 𝒇 𝟏, 𝟑 ≈ 𝟕𝟑 Da mesma forma, Estimamos que 𝒇 𝟒, 𝟓 ≈ 𝟓𝟔 132 EXEMPLO 08 Esboce as curvas de nível da função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟔 − 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 para os valores 𝒌 = −𝟔, 𝟎, 𝟔, 𝟏𝟐. Solução: As curvas de nível são 𝟔 − 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 = 𝒌 Isolando y, temos: 𝒚 = − 𝟑 𝟐 𝒙 + 𝟔−𝒌 𝟐 Essa é uma família de retas com inclinação − 𝟑 𝟐 . Para 𝒌 = −𝟔, 𝟎, 𝟔, 𝟏𝟐, temos, respectivamente, os coeficientes lineares iguais a 𝟔, 𝟑, 𝟎,−𝟑. 133 EXEMPLO 09 Esboce as curvas de nível da função 𝐠 𝒙, 𝒚 = 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² para os valores 𝒌 = 𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑. Solução: As curvas de nível são 𝟗 − 𝒙2 − 𝒚² = 𝒌 Elevando ao quadrado ambos os membros, temos: 𝒙² + 𝒚² = 𝟗 − 𝒌² Essa é uma família de circunferências concêntricas com centro em (𝟎, 𝟎) . Para 𝒌 = 𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑, temos, respectivamente, os raios iguais a 𝟑, 𝟖, 𝟓, 𝟎. 134 AULA 06 LIMITES E CONTINUIDADE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 135 INTRODUÇÃO. Vamos comparar o comportamento das funções: 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏(𝒙2+𝒚2) 𝒙²+𝒚² 𝒆 𝒈 𝒙, 𝒚 = 𝒙²−𝒚² 𝒙²+𝒚² quando x e y se aproximam de 0 [e, portanto, o ponto (x, y) se aproxima da origem]. As tabelas 1 e 2 mostram valores de 𝒇 𝒙, 𝒚 𝒆 𝒈(𝒙, 𝒚), com precisão de três casas decimais, para pontos 𝒙, 𝒚 próximos da origem. (Observe que nenhuma das funções está definida na origem.) 136 INTRODUÇÃO. Parece que, quando (x, y) se aproxima de (0, 0), os valores de f (x, y) se aproximam de 1, ao passo que os valores de g(x, y) não se aproximam de valor algum. Essa nossa observação baseada em evidências numéricas está correta, e podemos escrever 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒔𝒆𝒏(𝒙𝟐 + 𝒚𝟐) 𝒙² + 𝒚² = 𝟏 𝒆 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙² − 𝒚² 𝒙² + 𝒚² = ∄ Em geral, usamos a notação 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝒂,𝒃) 𝒇(𝒙, 𝒚) = 𝑳 para indicar que os valores de f(x, y) se aproximam do número L à medida que o ponto (x, y) se aproxima do ponto (a, b) ao longo de qualquer caminho que esteja no domínio de f. Em outras palavras, podemos fazer os valores de f (x, y) tão próximos de L quanto quisermos tornando o ponto (x, y) suficientemente próximo do ponto (a, b), mas não igual a (a, b). 137 Inicialmente vamos estudar o caso em que o limite existe. Como para a função de uma única variável, o cálculo do limite de funções de duas variáveis pode ser muito simplificado usando-se as propriedades dos limites. As Propriedades dos Limites podem ser estendidas para as funções de duas variáveis. O limite da soma é a soma dos limites; o limite do produto é o produtodos limites; e assim por diante. 138 CONTINUIDADE Lembremo-nos de que o cálculo de limites de funções contínuas de uma única variável é fácil. Ele pode ser obtido por substituição direta, porque, pela definição de função contínua, 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒇 𝒙 = 𝒇(𝒂). Funções contínuas de duas variáveis também são definidas pela propriedade da substituição direta. 139 CONTINUIDADE Definição Uma função f de duas variáveis é dita contínua em (a, b) se 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝒂,𝒃) 𝒇(𝒙, 𝒚) = 𝒇(𝒂, 𝒃) Dizemos que f é contínua em D se for contínua em todo ponto (a, b) de D. 140 CONTINUIDADE Todas as funções polinomiais, ou simplesmente polinômios, são funções contínuas em ℝ². Dessa forma podemos calcular seu limite pela substituição direta. 141 Exemplos de limites resolvidos por substituição direta. 01) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,𝟐) 𝒙²𝒚³ − 𝒙3𝒚2 + 𝟑𝒙 + 𝟐𝒚 02) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,𝟐) 𝟓𝒙³ − 𝒙2𝒚² 03) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,−𝟏) 𝒆−𝒙𝒚𝒄𝒐𝒔(𝒙 + 𝒚) 04) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟐,𝟏) 𝟒−𝒙𝒚 𝒙²+𝟑𝒚² 05) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,𝟎) 𝒍𝒏 𝟏+𝒚² 𝒙²+𝒙𝒚 Respostas: 01) 11 02) 1 03) e 04) 2/7 05) 0 142 Exemplos de limites indeterminados. 01) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝟒−𝒚𝟒 𝒙²+𝒚² 02) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝟐+𝒚𝟐 𝒙²+𝒚²+𝟏−𝟏 03) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,𝟐) 𝒙𝒚−𝒚 𝒙²−𝒙+𝟐𝒙𝒚−𝟐𝒚 04) Calcule lim (𝒙,𝒚,𝒛)→(𝟐,𝟑,𝟏) 𝒚²−𝟒𝒚+𝟑 𝒙²𝒛(𝒚−𝟑) Respostas: 01) 0 02) 2 03) 2/5 04) 1/2 143 Exemplos de limites indeterminados. 01) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝟒−𝒚𝟒 𝒙²+𝒚² = 𝟎 𝟎 (𝑰𝑵𝑫𝑬𝑻𝑬𝑹) 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙² + 𝒚² 𝒙² − 𝒚² 𝒙² + 𝒚² = 𝟎 02) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝟐+𝒚𝟐 𝒙²+𝒚²+𝟏−𝟏 = 𝟎 𝟎 (𝑰𝑵𝑫) lim (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙² + 𝒚² 𝒙² + 𝒚² + 𝟏 + 𝟏 𝒙² + 𝒚² + 𝟏 − 𝟏 𝒙² + 𝒚² + 𝟏 + 𝟏 lim (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙² + 𝒚² 𝒙² + 𝒚² + 𝟏 + 𝟏 𝒙² + 𝒚² + 𝟏 − 𝟏 = 𝟐 144 Exemplos de limites indeterminados. 03) Calcule lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,𝟐) 𝒙𝒚−𝒚 𝒙²−𝒙+𝟐𝒙𝒚−𝟐𝒚 = 𝟎 𝟎 (𝑰𝑵𝑫) lim (𝒙,𝒚)→(𝟏,𝟐) 𝒚(𝒙 − 𝟏) 𝒙 𝒙 − 𝟏 + 𝟐𝒚(𝒙 − 𝟏) = 𝟐 𝟏 + 𝟒 = 𝟐 𝟓 04) Calcule lim (𝒙,𝒚,𝒛)→(𝟐,𝟑,𝟏) 𝒚²−𝟒𝒚+𝟑 𝒙²𝒛(𝒚−𝟑) = 𝟎 𝟎 (𝑰𝑵𝑫) lim (𝒙,𝒚,𝒛)→(𝟐,𝟑,𝟏) 𝒚 − 𝟏 𝒚 − 𝟑 𝒙²𝒛(𝒚 − 𝟑) = 𝟑 − 𝟏 𝟐². 𝟏 = 𝟐 𝟒 = 𝟏 𝟐 145 DEFINIÇÃO DE LIMITE. 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝒂,𝒃) 𝒇(𝒙, 𝒚) = 𝑳 OUTRA NOTAÇÃO PARA LIMITE 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒚→𝒃 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝑳 Para funções de uma única variável, quando fazemos x tender a a, só existem duas direções possíveis de aproximação: pela esquerda ou pela direita. Se 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂− 𝒇(𝒙) ≠ 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂+ 𝒇 𝒙 , então lim 𝒙→𝒂 𝒇(𝒙) não existe. 146 Já para as funções de duas variáveis essa situação não é tão simples porque existem infinitas maneiras de (x, y) se aproximar de (a, b) por uma quantidade infinita de direções de qualquer maneira que se queira, bastando que (x, y) se mantenha no domínio de f. Portanto, se o limite existe, f (x, y) deve se aproximar do mesmo valor-limite, independentemente do modo como (x, y) se aproxima de (a, b). 147 Assim, se acharmos dois caminhos diferentes de aproximação ao longo dos quais f (x, y) tenha limites diferentes, segue então que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝒂,𝒃) 𝒇(𝒙, 𝒚) não existe. Se 𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝑳𝟏 quando (𝒙, 𝒚) → (𝒂, 𝒃) ao longo do caminho 𝑪𝟏 e 𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝑳𝟐 quando (𝒙, 𝒚) → (𝒂, 𝒃) ao longo do caminho 𝑪𝟐 , com 𝑳𝟏 ≠ 𝑳𝟐 , então 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝒂,𝒃) 𝒇(𝒙, 𝒚) não existe. 148 Exemplo 01 Mostre que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙²−𝒚² 𝒙²+𝒚² não existe. 149 Exemplo 01 Mostre que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙²−𝒚² 𝒙²+𝒚² não existe. Solução: Primeiro passo: Vamos considerar (0, 0) ao longo do eixo x. Então y = 0 dá 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝒙² 𝒙² = 𝟏 para todo 𝒙 ≠ 𝟎. Portanto 𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝟏 quando (𝒙, 𝒚) → (𝟎, 𝟎) ao longo do eixo x. Segundo passo: Agora vamos nos aproximar ao longo do eixo y, colocando x = 0. Então 𝒇 𝟎, 𝒚 = −𝒚² 𝒚² = −𝟏 para todo 𝒚 ≠ 𝟎. Portanto 𝒇 𝒙, 𝒚 → −𝟏 quando (𝒙, 𝒚) → (𝟎, 𝟎) ao longo do eixo y. Conclusão: Como f tem dois limites diferentes ao longo de duas retas diferentes, o limite não existe. 150 Exemplo 01 Mostre que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙²−𝒚² 𝒙²+𝒚² não existe. Solução prática: 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝒙² 𝒙² = 𝟏 𝒇 𝟎, 𝒚 = −𝒚² 𝒚² = −𝟏 Logo, o limite não existe. 151 Exemplo 02 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² , será que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² existe? 152 Exemplo 02 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² , será que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² existe? Solução: Primeiro passo: Se 𝒚 = 𝟎, então 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝟎 𝒙² = 𝟎. Portanto, 𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝟎 quando (𝒙, 𝒚) → (𝟎, 𝟎) ao longo do eixo x. Segundo passo: Se x= 𝟎, então 𝒇 𝟎, 𝒚 = 𝟎 𝒚² = 𝟎. Portanto, 𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝟎 quando (𝒙, 𝒚) → (𝟎, 𝟎) ao longo do eixo y. 153 Exemplo 02 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² , será que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² existe? Apesar de termos encontrado valores idênticos ao longo dos eixos, não podemos afirmar que o limite exista e seja 0. Agora vamos nos aproximar de (0, 0) ao longo de outra reta; por exemplo, y = x. Para todo 𝒙 ≠ 𝟎, 𝒇 𝒙, 𝒙 = 𝒙.𝒙 𝒙²+𝒙² = 𝒙² 𝟐𝒙² = 𝟏 𝟐 . Portanto,𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝟏 𝟐 quando (𝒙, 𝒚) → (𝟎, 𝟎) ao longo de y = x. Com obtivemos valores diferentes para o limite ao longo de caminhos diferentes, podemos afirmar que o limite dado não existe. 154 Exemplo 02 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² , será que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² existe? Apesar de termos encontrado valores idênticos ao longo dos eixos, não podemos afirmar que o limite exista e seja 0. Agora vamos nos aproximar de (0, 0) ao longo de outra reta; por exemplo, y = x. Para todo 𝒙 ≠ 𝟎, 𝒇 𝒙, 𝒙 = 𝒙.𝒙 𝒙²+𝒙² = 𝒙² 𝟐𝒙² = 𝟏 𝟐 . Portanto,𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝟏 𝟐 quando (𝒙, 𝒚) → (𝟎, 𝟎) ao longo de y = x. Com obtivemos valores diferentes para o limite ao longo de caminhos diferentes, podemos afirmar que o limite dado não existe. OBSERVAÇÃO: A cumeeira que ocorre acima da reta y = x corresponde ao fato de que 𝒇(𝒙, 𝒚) → 𝟏 𝟐 para todos os pontos (x, y) dessa reta, exceto na origem. 155 Exemplo 02 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² , será que 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚 𝒙²+𝒚² existe? Solução prática: 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝟎 𝒙² = 𝟎 𝒇 𝟎, 𝒚 = 𝟎 𝒚² = 𝟎 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙. 𝒙 𝒙² + 𝒙² = 𝒙² 𝟐𝒙² = 𝟏 𝟐 Logo, o limite não existe. 156 Exemplo 03 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝟐𝒙𝒚 𝒙²+𝟐𝒚² Solução prática: 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝟎 𝒙² = 𝟎 𝒇 𝟎, 𝒚 = 𝟎 𝟐𝒚² = 𝟎 𝒇 𝒙, 𝒙 = 𝟐𝒙. 𝒙 𝒙² + 𝟐𝒙² = 𝟐𝒙² 𝟑𝒙² = 𝟐 𝟑 Logo, o limite não existe. 157 Exemplo 04 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) (𝒙+𝒚)² 𝒙²+𝒚² Solução prática: 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝒙² 𝒙² = 𝟏 𝒇 𝟎, 𝒚 = 𝒚² 𝒚² = 𝟏 𝒇 𝒙, 𝒙 = (𝒙 + 𝒙)² 𝒙² + 𝒙² = 𝟒𝒙² 𝟐𝒙² = 𝟐 Logo, o limite não existe. 158 Exemplo 05 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝟖𝒙²𝒚² 𝒙𝟒+𝒚𝟒 Solução: 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝟎 𝒙𝟒 = 𝟎 𝒇 𝟎, 𝒚 = 𝟎 𝒚𝟒 = 𝟎 𝒇 𝒙, 𝒙 = 𝟖𝒙²𝒙² 𝒙𝟒 + 𝒙𝟒 = 𝟖𝒙𝟒 𝟐𝒙𝟒 = 𝟒 Logo, o limite não existe. 159 Exemplo 06 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙³+𝒙𝒚² 𝒙𝟐+𝒚𝟐 Solução: Fatoração. 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙(𝒙2+𝒚2) 𝒙𝟐+𝒚𝟐 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙 = 𝟎 160 Exemplo 07 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚+𝟏 𝒙𝟐+𝒚𝟐+𝟏 Solução: Substituição direta. 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚 + 𝟏 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 + 𝟏 = 𝟏 𝟏 = 𝟏 161 Exemplo08 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚,𝒛)→(𝟎,𝟎,𝟎) 𝒙²−𝒚2−𝒛² 𝒙𝟐+𝒚𝟐+𝒛² Solução: 𝒇 𝒙, 𝟎, 𝟎 = 𝟏 𝒇 𝟎, 𝒚, 𝟎 = −𝟏 Logo, o limite não existe. 162 Exemplo 09 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚,𝒛)→(𝟎,𝟎,𝟎) 𝒙𝒚+𝒚𝒛+𝒛𝒙 𝒙𝟐+𝒚𝟐+𝒛² Solução: 𝒇 𝒙, 𝟎, 𝟎 = 𝟎 𝒇 𝟎, 𝒚, 𝟎 = 𝟎 𝒇 𝟎, 𝟎, 𝒛 = 𝟎 𝒇 𝒙, 𝒙, 𝟎 = 𝒙² 𝟐𝒙² = 𝟏 𝟐 Logo, o limite não existe. 163 Exemplo 10 Verifique se o seguinte limite existe: 𝒍𝒊𝒎 (𝒙,𝒚)→(𝟎,𝟎) 𝒙𝒚² 𝒙𝟐+𝒚𝟒 Solução: 𝒇 𝒙, 𝟎 = 𝟎 𝒇 𝟎, 𝒚 = 𝟎 𝒇 𝒙, 𝒙 = 𝟎 𝒇 𝒚², 𝒚 = 𝒚². 𝒚² 𝒚𝟒 + 𝒚𝟒 = 𝒚𝟒 𝟐𝒚𝟒 = 𝟏 𝟐 Logo, o limite não existe. 164 AULA 07 DERIVADAS PARCIAIS CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 165 No Cálculo 1 definimos a derivada f’(x) de uma função de uma variável como 𝒇′ 𝒙 = lim 𝒉→𝟎 𝒇 𝒙+𝒉 −𝒇(𝒙) 𝒉 . Podemos aplicar procedimento análogo às funções de diversas variáveis. DEFINIÇÃO. Seja f uma função de duas variáveis. As derivadas parciais primeiras de f em relação a x e a y são as funções 𝒇𝒙 e 𝒇𝒚 tais que 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝒍𝒊𝒎 𝒉→𝟎 𝒇 𝒙 + 𝒉, 𝒚 − 𝒇(𝒙, 𝒚) 𝒉 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝒍𝒊𝒎 𝒉→𝟎 𝒇 𝒙, 𝒚 + 𝒉 − 𝒇(𝒙, 𝒚) 𝒉 166 Notações para as derivadas parciais. Se 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚), escrevemos 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝒇𝒙 = 𝝏𝒇 𝝏𝒙 = 𝝏 𝝏𝒙 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 = 𝒇𝟏 = 𝑫𝟏𝒇 = 𝑫𝒙𝒇 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝒇𝒚 = 𝝏𝒇 𝝏𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝝏𝒛 𝝏𝒚 = 𝒇𝟐 = 𝑫𝟐𝒇 = 𝑫𝒚𝒇 167 Regras para determinar as derivadas parciais de z = f(x, y) 1ª) Para determinar 𝒇𝒙 , trate y como uma constante e derive f(x, y) com relação a x. 2ª) Para determinar 𝒇𝒚 , trate x como uma constante e derive f(x, y) com relação a y. 168 EXEMPLO 01 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙³𝒚² − 𝟐𝒙2𝒚 + 𝟑𝒙, ache 𝒂 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 𝒆 𝒇𝒚(𝒙, 𝒚) 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙²𝒚² − 𝟒𝒙𝒚 + 𝟑 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟐𝒙³𝒚 − 𝟐𝒙² 169 INTERPRETAÇÕES DAS DERIVADAS PARCIAIS https://www.youtube.com/watch?v=PxNZQ3shMeM As derivadas parciais 𝒇𝒙(𝒂, 𝒃) e 𝒇𝒚(𝒂, 𝒃) podem ser interpretadas geometricamente como as inclinações das retas tangentes em 𝑷 𝒂,𝒃, 𝒄 aos cortes 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 de 𝑺 nos planos 𝒚 = 𝒃 e 𝒙 = 𝒂. 170 EXEMPLO 02 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟒 − 𝒙2 − 𝟐𝒚², determine 𝒇𝒙 𝟏, 𝟏 e interprete esse número como inclinação. Solução: 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = −𝟐𝒙 → 𝒇𝒙 𝟏, 𝟏 = −𝟐 O gráfico de f é o paraboloide z = 4 – x² - 2y², e o plano vertical y = 1 intercepta-o na parábola z = 2 – x², y = 1. (rotulamos 𝑪𝟏 na figura). A inclinação da reta tangente a essa parábola no ponto (1, 1, 1) é 𝒇𝒙 𝟏, 𝟏 = −𝟐 171 EXEMPLO 03 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟒 − 𝒙2 − 𝟐𝒚², determine 𝒇𝒚 𝟏, 𝟏 e interprete esse número como inclinação. Solução: 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = −𝟒𝒙 → 𝒇𝒙 𝟏, 𝟏 = −𝟒 O gráfico de f é o paraboloide z = 4 – x² - 2y², e o plano x = 1 intercepta-o na parábola z = 3 – 2y², x = 1. (rotulamos 𝑪𝟐 na figura). A inclinação da reta tangente a essa parábola no ponto (1, 1, 1) é 𝒇𝒚 𝟏, 𝟏 = −𝟒 172 EXEMPLO 04 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙³ + 𝒙2𝒚³ − 𝟐𝒚², ache 𝒂 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 𝒆 𝒇𝒚(𝒙, 𝒚) 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙² + 𝟐𝒙𝒚 3 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙²𝒚² − 𝟒𝒚 𝒃 𝒇𝒙 𝟐, 𝟏 𝒆 𝒇𝒚(𝟐, 𝟏) 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟑. 𝟐² + 𝟐. 𝟐. 𝟏 3 = 𝟏𝟔 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟑. 𝟐². 𝟏² − 𝟒. 𝟏 = 𝟖 173 EXEMPLO 05 Ache 𝝏𝒛 𝝏𝒚 se 𝒛 = 𝒙𝒚²𝒆𝒙𝒚 Escrevemos 𝒛 = 𝒙𝒚2 . (𝒆𝒙𝒚) e aplicamos a regra do produto: 𝝏𝒛 𝝏𝒚 = 𝒙𝒚². 𝒙𝒆𝒙𝒚 + 𝒆𝒙𝒚. 𝟐𝒙𝒚 𝝏𝒛 𝝏𝒚 = 𝒙𝒚𝒆𝒙𝒚(𝒙𝒚 + 𝟐) EXEMPLO 06 Se 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝟏+𝒚 ,calcule 𝝏𝒇 𝝏𝒙 𝒆 𝝏𝒇 𝝏𝒚 𝝏𝒇 𝝏𝒙 = 𝟏 𝟏 + 𝒚 . 𝒄𝒐𝒔 𝒙 𝟏 + 𝒚 𝝏𝒇 𝝏𝒚 = − 𝒙 𝟏 + 𝒚 2 . 𝒄𝒐𝒔 𝒙 𝟏 + 𝒚 175 DERIVAÇÃO IMPLÍCITA EXEMPLO 07 Determine 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝒆 𝝏𝒛 𝝏𝒚 se z é definido implicitamente como uma função de x e de y pela equação 𝒙³ + 𝒚³ + 𝒛³ + 𝟔𝒙𝒚𝒛 = 𝟏 Determinação de 𝝏𝒛 𝝏𝒙 : 𝟑𝒙² + 𝟑𝒛² 𝝏𝒛 𝝏𝒙 + 𝟔𝒙𝒚 𝝏𝒛 𝝏𝒙 + 𝟔𝒚𝒛 = 𝟎 → 𝝏𝒛 𝝏𝒙 = − 𝒙2 + 𝟐𝒚𝒛 𝒛² + 𝟐𝒙𝒚 Determinação de 𝝏𝒛 𝝏𝒚 : 𝟑𝒚² + 𝟑𝒛² 𝝏𝒛 𝝏𝒚 + 𝟔𝒙𝒚 𝝏𝒛 𝝏𝒚 + 𝟔𝒙𝒛 = 𝟎 → 𝝏𝒛 𝝏𝒚 = − 𝒚² + 𝟐𝒙𝒛 𝒛² + 𝟐𝒙𝒚 176 Funções de mais de duas variáveis. Exemplo 08 Determine 𝒇𝒙 , 𝒇𝒚 , 𝒆 𝒇𝒛 se 𝒇 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 𝒆𝒙𝒚𝒍𝒏𝒛 𝒇𝒙 = 𝒚𝒆 𝒙𝒚𝒍𝒏𝒛 𝒇𝒚 = 𝒙𝒆 𝒙𝒚𝒍𝒏𝒛 𝒇𝒛 = 𝟏 𝒛 𝒆𝒙𝒚 177 Exemplo 09 Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função 𝒇 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 𝒙𝒔𝒆𝒏(𝒚 − 𝒛) 𝒇𝒙 = 𝒔𝒆𝒏(𝒚 − 𝒛) 𝒇𝒚 = 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝒚 − 𝒛) 𝒇𝒛 = −𝒙𝒄𝒐𝒔(𝒚 − 𝒛) 178 Exemplo 10 Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função 𝒘 = 𝒍𝒏(𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝟑𝒛) 𝝏𝒘 𝝏𝒙 = 𝟏 𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝟑𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = 𝟐 𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝟑𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = 𝟑 𝒙 + 𝟐𝒚 + 𝟑𝒛 179 Exemplo 11 Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função 𝒘 = 𝒛𝒆𝒙𝒚𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒙 = 𝒛𝒆𝒙𝒚𝒛. 𝒚𝒛 = 𝒚𝒛²𝒆𝒙𝒚𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = 𝒛𝒆𝒙𝒚𝒛. 𝒙𝒛 = 𝒙𝒛²𝒆𝒙𝒚𝒛 𝒖 = 𝒛 𝒖′ = 𝟏 𝒗 = 𝒆𝒙𝒚𝒛 𝒗′ = 𝒙𝒚𝒆𝒙𝒚𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = 𝒖𝒗′ + 𝒗𝒖′ = 𝒙𝒚𝒛𝒆𝒙𝒚𝒛 + 𝒆𝒙𝒚𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = 𝒆𝒙𝒚𝒛 𝒙𝒚𝒛 + 𝟏 180 Exemplo 12 ∗ 𝒅 𝒅𝒙 𝒔𝒆𝒏−𝟏𝒙 = 𝟏 𝟏−𝒙2 . 𝒙′ Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função 𝒘 = 𝒙𝒚𝒔𝒆𝒏−𝟏(𝒚𝒛) 𝝏𝒘 𝝏𝒙 = 𝒚𝒔𝒆𝒏−𝟏(𝒚𝒛) 𝒖 = 𝒙𝒚 𝒖′ = 𝒙 𝒗 = 𝒔𝒆𝒏−𝟏 𝒚𝒛 𝒗′ = 𝟏 𝟏 − 𝒚2𝒛² . 𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = 𝒖𝒗′ + 𝒗𝒖′ → 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = 𝒙𝒚𝒛. 𝟏 𝟏 − 𝒚2𝒛² + 𝒙𝒔𝒆𝒏−𝟏(𝒚𝒛) 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = 𝒙𝒚. 𝟏 𝟏 − 𝒚2𝒛² . 𝒚 = 𝒙𝒚². 𝟏 𝟏 − 𝒚2𝒛² 181 Exemplo 13 ∗ 𝒅 𝒅𝒙 𝒂𝒙 = 𝒂𝒙𝒍𝒏 𝒂 . 𝒙′ Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função 𝒘 = 𝒙𝒚/𝒛 𝝏𝒘 𝝏𝒙 = 𝒚 𝒛 𝒙 𝒚 𝒛 −𝟏 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = 𝒙𝒚/𝒛. 𝒍𝒏𝒙. 𝟏 𝒛 𝒖 = 𝒚 𝒖′ = 𝟎 𝒗 = 𝒛 𝒗′ = 𝟏 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = 𝒙𝒚/𝒛. 𝒍𝒏𝒙. 𝒗𝒖′ − 𝒖𝒗′ 𝒗² 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = 𝒙𝒚/𝒛. 𝒍𝒏𝒙. −𝒚 𝒛² 182 Exemplo 14 Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função 𝒘 = 𝒙²𝒚𝒄𝒐𝒔 𝒛 𝒕 𝝏𝒘 𝝏𝒙 = 𝟐𝒙𝒚𝒄𝒐𝒔 𝒛 𝒕 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = 𝒙²𝒄𝒐𝒔 𝒛 𝒕 𝝏𝒘 𝝏𝒛 = −𝒙2𝒚𝒔𝒆𝒏 𝒛 𝒕 . 𝟏 𝒕 𝝏𝒘 𝝏𝒕 = −𝒙2𝒚𝒔𝒆𝒏 𝒛 𝒕 . − 𝒛 𝒕² 183 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR. Se f é uma função de duas variáveis, suas derivadas parciais 𝒇𝒙 𝒆 𝒇𝒚 são funções de duas variáveis, de modo que podemos considerar novamente suas derivadas parciais 𝒇𝒙 𝒙 , 𝒇𝒙 𝒚 , 𝒇𝒚 𝒙 , 𝒇𝒚 𝒚 chamadas derivadas parciais de segunda ordem de f. 184 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR. Se 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚), usamos a seguinte notação: 𝒇𝒙 𝒙 = 𝒇𝒙𝒙 = 𝒇𝟏𝟏 = 𝝏 𝝏𝒙 𝝏𝒇 𝝏𝒙 = 𝝏2𝒇 𝝏𝒙² = 𝝏2𝒛 𝝏𝒙² 𝒇𝒙 𝒚 = 𝒇𝒙𝒚 = 𝒇𝟏𝟐 = 𝝏 𝝏𝒚 𝝏𝒇 𝝏𝒙 = 𝝏2𝒇 𝝏𝒚𝝏𝒙 = 𝝏2𝒛 𝝏𝒚𝝏𝒙 𝒇𝒚 𝒙 = 𝒇𝒚𝒙 = 𝒇𝟐𝟏 = 𝝏 𝝏𝒙 𝝏𝒇 𝝏𝒚 = 𝝏2𝒇 𝝏𝒙𝝏𝒚 = 𝝏2𝒛 𝝏𝒙𝝏𝒚 𝒇𝒚 𝒚 = 𝒇𝒚𝒚 = 𝒇𝟐𝟐 = 𝝏 𝝏𝒚 𝝏𝒇 𝝏𝒚 = 𝝏2𝒇 𝝏𝒚² = 𝝏2𝒛 𝝏𝒚² Portanto, a notação 𝒇𝒙 𝒚 = 𝝏2𝒇 𝝏𝒚𝝏𝒙 significa que primeiro derivamos com relação a x e depois em relação a y, ao passo que no cálculo de 𝒇𝒚 𝒙 = 𝝏2𝒇 𝝏𝒙𝝏𝒚 a odem é invertida. 185 Exemplo 01 Determine as derivadas parciais segundas de 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙3 + 𝒙2𝒚3 − 𝟐𝒚² Solução: Inicialmente, determinamos 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 𝒆 𝒇𝒚(𝒙, 𝒚). 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙 2 + 𝟐𝒙𝒚³ 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙 2𝒚2 − 𝟒𝒚 Em seguida, determinamos as derivadas parciais de 2ª ordem: 𝒇𝒙𝒙 = 𝝏 𝝏𝒙 𝟑𝒙2 + 𝟐𝒙𝒚³ = 𝟔𝒙 + 𝟐𝒚³ 𝒇𝒙𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝟑𝒙2 + 𝟐𝒙𝒚³ = 𝟔𝒙𝒚² 𝒇𝒚𝒙 = 𝝏 𝝏𝒙 𝟑𝒙2𝒚2 − 𝟒𝒚 = 𝟔𝒙𝒚² 𝒇𝒚𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝟑𝒙2𝒚2 − 𝟒𝒚 = 𝟔𝒙2𝒚 − 𝟒 Exemplo 02 Ache as derivadas parciais segundasde 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙3𝒚2 − 𝟐𝒙2𝒚 + 𝟑𝒙 Solução: Inicialmente, determinamos 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 𝒆 𝒇𝒚(𝒙, 𝒚). 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙 2𝒚2 − 𝟒𝒙𝒚 + 𝟑 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟐𝒙 3𝒚 − 𝟐𝒙² Em seguida, determinamos as derivadas parciais de 2ª ordem: 𝒇𝒙𝒙 = 𝝏 𝝏𝒙 𝟑𝒙2𝒚2 − 𝟒𝒙𝒚 + 𝟑 = 𝟔𝒙𝒚2 − 𝟒𝒚 𝒇𝒙𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝟑𝒙2𝒚2 − 𝟒𝒙𝒚 + 𝟑 = 𝟔𝒙2𝒚 − 𝟒𝒙 𝒇𝒚𝒙 = 𝝏 𝝏𝒙 𝟐𝒙3𝒚 − 𝟐𝒙² = 𝟔𝒙2𝒚 − 𝟒𝒙 𝒇𝒚𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝟐𝒙3𝒚 − 𝟐𝒙² = 𝟐𝒙³ 187 Observe que 𝒇𝒙𝒚 = 𝒇𝒚𝒙 . Isso não é só uma coincidência. As derivadas parciais mistas 𝒇𝒙𝒚 = 𝒇𝒚𝒙 são iguais para a maioria das funções que encontramos na prática. O teorema, do matemático francês Alexis Clairaut (1713-1765), fornece condições sob as quais podemos afirmar que 𝒇𝒙𝒚 = 𝒇𝒚𝒙 . Teorema de Clairaut Suponha que f seja definida em uma bola aberta(um disco)D que contenha o ponto (a, b). Se as funções 𝒇𝒙𝒚 𝒆 𝒇𝒚𝒙 forem ambas contínuas em D, então 𝒇𝒙𝒚(𝒂, 𝒃) = 𝒇𝒚𝒙(𝒂, 𝒃) Alexis Claude de Clairaut foi uma criança prodígio na área da matemática: aos 10 anos leu o texto de cálculo de L’Hôspital, e aos 13 anos apresentou um artigo sobre geometria na academia Francesa de Ciências. Aos 18 anos, Clairaut publicou Recherches sur les courbes à double courbure, o primeiro tratado sistemático em geometria analítica tridimensional, em que incluiu o cálculo de curvas espaciais. Exemplo 03 Verifique se a conclusão do Teorema de Clairaut é válida, isto é 𝒇𝒙𝒚 = 𝒇𝒚𝒙 na função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙 𝟒𝒚³ − 𝒚𝟒 Solução: Inicialmente, determinamos 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 𝒆 𝒇𝒚(𝒙, 𝒚). 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟒𝒙³𝒚³ 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟑𝒙 𝟒𝒚² − 𝟒𝒚³ Em seguida, determinamos as derivadas parciais de 2ª ordem: 𝒇𝒙𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝟒𝒙³𝒚³ = 𝟏𝟐𝒙³𝒚² 𝒇𝒚𝒙 = 𝝏 𝝏𝒙 𝟑𝒙𝟒𝒚² − 𝟒𝒚³ = 𝟏𝟐𝒙³𝒚² Conclusão: 𝒇𝒙𝒚 = 𝒇𝒚𝒙 191 Derivadas parciais de ordem 3 ou maior também podem ser definidas. Por exemplo, 𝒇𝒙𝒚𝒚 = 𝒇𝒙𝒚 𝒚 = 𝝏 𝝏𝒚 𝝏²𝒇 𝝏𝒚𝝏𝒙 = 𝝏³ 𝝏𝒚²𝝏𝒙 e usando o Teorema de Clairaut podemos mostrar que 𝒇𝒙𝒚𝒚 = 𝒇𝒚𝒙𝒚 = 𝒇𝒚𝒚𝒙 se essas funções forem contínuas. Exemplo 04 Calcule 𝒇𝒙𝒙𝒚𝒛 se 𝒇 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 𝒔𝒆𝒏(𝟑𝒙 + 𝒚𝒛) 𝒇𝒙 = 𝟑𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒙 + 𝒚𝒛 𝒇𝒙𝒙 = −𝟗𝒔𝒆𝒏(𝟑𝒙 + 𝒚𝒛) 𝒇𝒙𝒙𝒚 = −𝟗𝒛𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙 + 𝒚𝒛) 𝒖 = −𝟗𝒛 𝒖′ = −𝟗 𝒗 = 𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒙 + 𝒚𝒛 𝒗′ = −𝒚𝒔𝒆𝒏(𝟑𝒙 + 𝒚𝒛) 𝒇𝒙𝒙𝒚𝒛 = 𝒖𝒗 ′ + 𝒗𝒖′ 𝒇𝒙𝒙𝒚𝒛 = 𝟗𝒚𝒛𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒙 + 𝒚𝒛 − 𝟗𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙 + 𝒚𝒛) 193 Exemplo 05 Calcule 𝒇𝒙𝒚𝒛 se 𝒇 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 𝒆 𝒙𝒚𝒛² 𝒇𝒙 = 𝒚𝒛²𝒆 𝒙𝒚𝒛² 𝒇𝒙𝒚 = 𝒙𝒚𝒛 𝟒𝒆𝒙𝒚𝒛² + 𝒛²𝒆𝒙𝒚𝒛² 𝒇𝒙𝒚 = (𝒙𝒚𝒛 𝟒 + 𝒛2)𝒆𝒙𝒚𝒛² 𝒖 = 𝒙𝒚𝒛𝟒 + 𝒛² 𝒖′ = 𝟒𝒙𝒚𝒛³ + 𝟐𝒛 𝒗 = 𝒆𝒙𝒚𝒛² 𝒗′ = 𝟐𝒙𝒚𝒛𝒆𝒙𝒚𝒛² 𝒇𝒙𝒚𝒛 = 𝒙𝒚𝒛 𝟒 + 𝒛² 𝟐𝒙𝒚𝒛𝒆𝒙𝒚𝒛² + 𝒆𝒙𝒚𝒛² 𝟒𝒙𝒚𝒛³ + 𝟐𝒛 194 Exemplo 06 Determine a derivada parcial indicada 𝒛 = 𝒖 𝒗 − 𝒘 ; 𝝏³𝒛 𝝏𝒖𝝏𝒗𝝏𝒘 𝝏𝒛 𝝏𝒘 = − 𝟏 𝟐 𝒖 𝒗 − 𝒘 −𝟏/𝟐 𝝏²𝒛 𝝏𝒗𝝏𝒘 = 𝟏 𝟒 𝒖 𝒗 − 𝒘 −𝟑/𝟐 𝝏³𝒛 𝝏𝒖𝝏𝒗𝝏𝒘 = 𝟏 𝟒 𝒗 − 𝒘 −𝟑/𝟐 Exemplo 07 Determine as derivadas parciais indicadas 𝒘 = 𝒙 𝒚 + 𝟐𝒛 ; 𝝏³𝒘 𝝏𝒛𝝏𝒚𝝏𝒙 ; 𝝏³𝒘 𝝏𝒙²𝝏𝒚 196 Exemplo 07 Determine as derivadas parciais indicadas 𝒘 = 𝒙 𝒚 + 𝟐𝒛 ; 𝝏³𝒘 𝝏𝒛𝝏𝒚𝝏𝒙 ; 𝝏³𝒘 𝝏𝒙²𝝏𝒚 𝝏𝒘 𝝏𝒙 = 𝟏 𝒚 + 𝟐𝒛 = 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟏 𝝏²𝒘 𝝏𝒚𝝏𝒙 = −𝟏 (𝒚 + 𝟐𝒛)² = − 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟐 𝝏³𝒘 𝝏𝒛𝝏𝒚𝝏𝒙 = 𝟐. 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟑. 𝟐 = 𝟒 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟑 197 Exemplo 07 Determine as derivadas parciais indicadas 𝒘 = 𝒙 𝒚 + 𝟐𝒛 = 𝒙. 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟏 ; 𝝏³𝒘 𝝏𝒙²𝝏𝒚 𝝏𝒘 𝝏𝒚 = −𝒙. 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟐 𝝏²𝒘 𝝏𝒙𝝏𝒚 = − 𝒚 + 𝟐𝒛 −𝟐 𝝏³𝒘 𝝏𝒙²𝝏𝒚 = 𝟎 198 AULA 08 PLANOS TANGENTES https://www.youtube.com/watch?v=PUOD_yP7ArE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 199 PLANOS TANGENTES Suponha que uma superfície S tenha a equação z = f (x, y), onde f tenha derivadas parciais contínuas de primeira ordem, e seja P(𝒙𝟎, 𝒚𝟎, 𝒛𝟎) um ponto em S. Sejam 𝑪𝟏 𝒆 𝑪𝟐 as curvas obtidas pela intersecção dos planos verticais 𝒚 = 𝒚𝟎 𝒆 𝒙 = 𝒙𝟎 com a superfície S. Então o ponto P fica em 𝑪𝟏 e em 𝑪𝟐 . Sejam as retas tangentes 𝑻𝟏 e 𝑻𝟐 à curva 𝑪𝟏 𝒆 𝑪𝟐 no ponto P. Então o plano tangente à superfície S no ponto P é definido como o plano que contém as retas tangentes 𝑻𝟏 e 𝑻𝟐 . 200 PLANOS TANGENTES Qualquer plano passando pelo ponto 𝑷 𝒙𝟎, 𝒚𝟎, 𝒛𝟎 tem equação da forma 𝑨 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝑩 𝒚 − 𝒚𝟎 + 𝑪 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝟎 Dividindo essa equação por C e tomando 𝒂 = − 𝑨 𝑪 e 𝒃 = − 𝑩 𝑪 , podemos escrevê-la como 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒂 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒃 𝒚 − 𝒚𝟎 (1) Se a equação (1) representa o plano tangente em P, sua intersecção com o plano 𝒚 = 𝒚𝟎 precisa ser a reta 𝑻𝟏. Impondo 𝒚 = 𝒚𝟎 na equação (1), obtemos 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒂 𝒙 − 𝒙𝟎 onde 𝒚 = 𝒚𝟎 e reconhecemos isso como a equação (na forma ponto-inclinação) de uma linha com a inclinação a. Sabemos que a inclinação da tangente 𝑻𝟏é 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . Portanto, 𝒂 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . Da mesma forma, tomando 𝒙 = 𝒙𝟎 na equação (1), obtemos 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒃 𝒚 − 𝒚𝟎 que precisa representar a reta tangente 𝑻𝟐 e portanto, 𝐛 = 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 201 PLANOS TANGENTES Sendo 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒂 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒃 𝒚 − 𝒚𝟎 𝒂 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 𝐛 = 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 Suponha que f tenha derivadas parciais contínuas. Uma equação do plano tangente à superfície 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚) no ponto 𝑷 𝒙𝟎, 𝒚𝟎, 𝒛𝟎 é dada por 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒚 − 𝒚𝟎 Observe a semelhança entre a equação do plano tangente e a equação da reta tangente 𝒚 − 𝒚𝟎 = 𝒇′ 𝒙𝟎 𝒙 − 𝒙𝟎 202 EXEMPLO 1 Determine o plano tangente ao paraboloide elíptico 𝒛 = 𝟐𝒙² + 𝒚² no ponto (𝟏, 𝟏, 𝟑) 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒚 − 𝒚𝟎 Solução: Se 𝒇(𝒙, 𝒚) = 𝟐𝒙² + 𝒚², então 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟒𝒙 → 𝒇𝒙 𝟏, 𝟏 = 𝟒 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝟐𝒚 → 𝒇𝒚 𝟏, 𝟏 = 𝟐 𝒛 − 𝟑 = 𝟒. 𝒙 − 𝟏 + 𝟐. 𝒚 − 𝟏 𝒛 = 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 203 EXEMPLO 1A Exercício 4 da página 829 Determine uma equação do plano tangente à superfície 𝒛 = 𝒙𝒆𝒙𝒚 no ponto (𝟐, 𝟎, 𝟐) 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒚 − 𝒚𝟎 Solução: 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚𝒆 𝒙𝒚 + 𝒆𝒙𝒚 → 𝒇𝒙 𝟐, 𝟎 = 𝟏 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝒙²𝒆 𝒙𝒚 → 𝒇𝒚 𝟐, 𝟎 = 𝟒 𝒛 − 𝟐 = 𝟏. 𝒙 − 𝟐 + 𝟒. 𝒚 − 𝟎 𝒛 = 𝒙 + 𝟒𝒚 204 EXEMPLO 1B Exercício 5 da página 829 Determine uma equação do plano tangente à superfície 𝒛 = 𝒙𝒔𝒆𝒏(𝒙 + 𝒚) no ponto (−𝟏, 𝟏, 𝟎) 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒚 − 𝒚𝟎 Solução: 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒄𝒐𝒔 𝒙 + 𝒚 + 𝒔𝒆𝒏 𝒙 + 𝒚 → 𝒇𝒙 −𝟏, 𝟏 = −𝟏 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒄𝒐𝒔 𝒙 + 𝒚 → 𝒇𝒚 −𝟏, 𝟏 = −𝟏 𝒛 − 𝟎 = (−𝟏). 𝒙 + 𝟏 + (−𝟏). 𝒚 − 𝟏 𝒙 + 𝒚 + 𝒛 = 𝟎 205 EXEMPLO 1C Exercício 6 da página 829 Determine uma equação do plano tangente à superfície 𝒛 = 𝒍𝒏 𝒙 − 𝟐𝒚 no ponto (𝟑, 𝟏, 𝟎) 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒚 − 𝒚𝟎 Solução: 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝟏 𝒙 − 𝟐𝒚 → 𝒇𝒙 𝟑, 𝟏 = 𝟏 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = −𝟐 𝒙 − 𝟐𝒚 → 𝒇𝒚 𝟑, 𝟏 = −𝟐 𝒛 − 𝟎 = 𝟏. 𝒙 − 𝟑 + (−𝟐). 𝒚 − 𝟏 𝒛 = 𝒙 − 𝟐𝒚 − 𝟏 206 APROXIMAÇÕES LINEARES Voltando ao EXEMPLO 1 Determine o plano tangente ao paraboloide elíptico 𝒛 = 𝟐𝒙² + 𝒚² no ponto (𝟏, 𝟏, 𝟑). Resposta: 𝒛 = 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 A função linear de duas variáveis 𝑳 𝒙, 𝒚 = 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 é uma boa aproximação de 𝒇(𝒙, 𝒚) quando 𝒙, 𝒚 está próximo de 𝟏, 𝟏 . A função L é chamada linearização def em 𝟏, 𝟏 , e a aproximação 𝒇 𝒙, 𝒚 ≈ 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 é denominada aproximação linear ou aproximação pelo plano tangente de f em 𝟏, 𝟏 . 207 APROXIMAÇÕES LINEARES Voltando ao EXEMPLO 1 Determine o plano tangente ao paraboloide elíptico 𝒛 = 𝟐𝒙² + 𝒚² no ponto (𝟏, 𝟏, 𝟑). Resposta: 𝒛 = 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 A função 𝑳 𝒙, 𝒚 = 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 é chamada linearização de f em 𝟏, 𝟏 , e a aproximação 𝒇 𝒙, 𝒚 ≈ 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 é denominada aproximação linear. Por exemplo, no ponto 𝟏, 𝟏; 𝟎, 𝟗𝟓 , a aproximação linear fornece 𝒇 𝒙, 𝒚 ≈ 𝟒𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝟑 → 𝒇 𝟏, 𝟏; 𝟎, 𝟗𝟓 = 𝟒. 𝟏, 𝟏 + 𝟐. 𝟎, 𝟗𝟓 − 𝟑 = 𝟑, 𝟑 que está bastante próximo do valor verdadeiro de 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟐𝒙2 + 𝒚2 → 𝒇 𝟏, 𝟏; 𝟎, 𝟗𝟓 = 𝟐. 𝟏, 𝟏 2 + 𝟎, 𝟗𝟓 2 = 𝟑, 𝟑𝟐𝟐𝟓 Se, entretanto, tomarmos um ponto longe de (1, 1), como (2, 3), não teremos mais uma boa aproximação. De fato, 𝑳 𝟐, 𝟑 = 𝟏𝟏, ao passo que 𝒇 𝟐, 𝟑 = 𝟏𝟕. Em geral, sabemos de 𝒛 − 𝒛𝟎 = 𝒇𝒙 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒙 − 𝒙𝟎 + 𝒇𝒚 𝒙𝟎, 𝒚𝟎 . 𝒚 − 𝒚𝟎 que uma equação do plano tangente ao gráfico de um função f de duas variáveis que tem derivadas parciais contínuas em um ponto 𝒂, 𝒃, 𝒇(𝒂, 𝒃) é 𝒛 = 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 208 APROXIMAÇÕES LINEARES A função linear cujo gráfico é esse plano tangente, a saber, é 𝑳(𝒙, 𝒚) = 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 é denominada linearização de f em (a, b),e a aproximação 𝒇(𝒙, 𝒚) ≈ 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 é chamada aproximação linear ou aproximação pelo plano tangente de f em (a, b). 209 EXEMPLO 2 Dada a função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒆𝒙𝒚, diferenciável em (𝟏, 𝟎), encontre sua linearização ali. Em seguida, use a linearização para aproximar 𝒇 𝟏, 𝟏;−𝟎, 𝟏 Solução: Derivadas parciais: 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚𝒆 𝒙𝒚 + 𝒆𝒙𝒚 → 𝒇𝒙 𝟏, 𝟎 = 𝟏 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝒙²𝒆 𝒙𝒚 → 𝒇𝒚 𝟏, 𝟎 = 𝟏 Determinação da linearização: 𝑳(𝒙, 𝒚) = 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 𝑳(𝒙, 𝒚) = 𝒇 𝟏, 𝟎 + 𝒇𝒙 𝟏, 𝟎 . 𝒙 − 𝟏 + 𝒇𝒚 𝟏, 𝟎 . 𝒚 − 𝟎 𝑳 𝒙, 𝒚 = 𝟏 + 𝟏. 𝒙 − 𝟏 + 𝟏. 𝒚 − 𝟎 = 𝒙 + 𝒚 Determinação da aproximação linear: 𝒇 𝒙, 𝒚 ≈ 𝒙 + 𝒚 𝒇 𝟏, 𝟏;−𝟎, 𝟏 ≈ 𝟏, 𝟏 − 𝟎, 𝟏 = 𝟏 210 EXEMPLO 2A Exercício 11 da página 829 Dada a função 𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝟏 + 𝒙𝒍𝒏 𝒙𝒚 − 𝟓 , diferenciável em (𝟐, 𝟑), encontre sua linearização ali. Solução: Derivadas parciais: 𝒇𝒙 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 𝒙𝒚 − 𝟓 + 𝒍𝒏 𝒙𝒚 − 𝟓 → 𝒇𝒙 𝟐, 𝟑 = 𝟔 𝒇𝒚 𝒙, 𝒚 = 𝒙² 𝒙𝒚 − 𝟓 → 𝒇𝒚 𝟐, 𝟑 = 𝟒 Determinação da linearização: 𝑳(𝒙, 𝒚) = 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 𝑳(𝒙, 𝒚) = 𝒇 𝟐, 𝟑 + 𝟔. 𝒙 − 𝟐 + 𝟒. 𝒚 − 𝟑 𝑳 𝒙, 𝒚 = 𝟏 + 𝟔𝒙 − 𝟏𝟐 + 𝟒𝒚 − 𝟏𝟐 𝑳 𝒙, 𝒚 = 𝟔𝒙 + 𝟒𝒚 − 𝟐𝟑 211 HUMIDEX 212 HUMIDEX 𝑰 = 𝒇 𝑻,𝑯 Considerando a coluna assinalada, temos: 𝒈 𝑻 = 𝒇 𝑻, 𝟔𝟎 𝒈′ 𝟑𝟎 ≈ 𝒈 𝟑𝟐 − 𝒈 𝟑𝟎 𝟐 = 𝒇 𝟑𝟐, 𝟔𝟎 − 𝒇(𝟑𝟎, 𝟔𝟎) 𝟐 = 𝟒𝟐 − 𝟑𝟖 𝟐 = 𝟐 𝒈′ 𝟑𝟎 ≈ 𝒈 𝟐𝟖 − 𝒈 𝟑𝟎 −𝟐 = 𝒇 𝟐𝟖, 𝟔𝟎 − 𝒇 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 −𝟐 = 𝟑𝟓 − 𝟑𝟖 −𝟐 = 𝟏, 𝟓 𝒈′ 𝟑𝟎 ≈ 𝟐 + 𝟏, 𝟓 𝟐 = 𝟑, 𝟓 𝟐 = 𝟏, 𝟕𝟓 𝑮 𝑯 = 𝒇 𝟑𝟎,𝑯 𝑮′ 𝟔𝟎 ≈ 𝑮 𝟔𝟓 − 𝑮 𝟔𝟎 𝟓 = 𝒇 𝟑𝟎, 𝟔𝟓 − 𝒇 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 𝟓 = 𝟒𝟎 − 𝟑𝟖 𝟓 = 𝟎, 𝟒 𝑮′ 𝟔𝟎 ≈ 𝑮 𝟓𝟓 − 𝑮 𝟔𝟎 𝟓 = 𝒇 𝟑𝟎, 𝟓𝟓 − 𝒇 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 −𝟓 = 𝟑𝟕 − 𝟑𝟖 −𝟓 = 𝟎, 𝟐 𝑮′ 𝟔𝟎 ≈ 𝟎, 𝟒 + 𝟎, 𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟑 213 EXEMPLO 3 Determine uma aproximação linear para o humidex 𝑰 = 𝒇 𝑻,𝑯 quando T está próximo de 30°C e H está próximo de 60%. Use essa estimativa do humidex quando a temperatura estiver a 31°C e a umidade relativa for 62%. Dados: 𝒇𝑻 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 ≈ 𝟏, 𝟕𝟓 𝒆 𝒇𝑯 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 ≈ 𝟎, 𝟑 𝒇(𝒙, 𝒚) ≈ 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 214 EXEMPLO 3 Determine uma aproximação linear para o humidex 𝑰 = 𝒇 𝑻,𝑯 quando T está próximo de 30°C e H está próximo de 60%. Use essa estimativa do humidex quando a temperatura estiver a 31°C e a umidade relativa for 62%. Dados: 𝒇𝑻 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 ≈ 𝟏, 𝟕𝟓 𝒆 𝒇𝑯 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 ≈ 𝟎, 𝟑 𝒇(𝒙, 𝒚) ≈ 𝒇 𝒂, 𝒃 + 𝒇𝒙 𝒂, 𝒃 . 𝒙 − 𝒂 + 𝒇𝒚 𝒂, 𝒃 . 𝒚 − 𝒃 𝒇(𝟑𝟎, 𝟔𝟎) ≈ 𝒇 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 + 𝒇𝑻 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 . 𝑻 − 𝟑𝟎 + 𝒇𝑯 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 . 𝑯 − 𝟔𝟎 𝒇 𝟑𝟎, 𝟔𝟎 ≈ 𝟑𝟖 + 𝟏, 𝟕𝟓. 𝑻 − 𝟑𝟎 + 𝟎, 𝟑. 𝑯 − 𝟔𝟎 𝒇 𝟑𝟏, 𝟔𝟐 ≈ 𝟑𝟖 + 𝟏, 𝟕𝟓. 𝟑𝟏 − 𝟑𝟎 + 𝟎, 𝟑. 𝟔𝟐 − 𝟔𝟎 𝒇 𝟑𝟏, 𝟔𝟐 ≈ 𝟑𝟖 + 𝟏, 𝟕𝟓. 𝟏 + 𝟎, 𝟑. 𝟐 = 𝟒𝟎, 𝟑𝟓°𝑪 215 AULA 09 REGRA DA CADEIA STEWART – VOLUME 2 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 216 REGRA DA CADEIA. A Regra da Cadeia para uma função de uma única variável nos dava uma regra para derivar uma função composta. Se 𝒚 = 𝒇 𝒙 𝒆 𝒙 = 𝒈 𝒕 , onde f e g são funções diferenciáveis, então 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = 𝒅𝒚 𝒅𝒙 𝒅𝒙 𝒅𝒕 . 217 REGRA DA CADEIA. Para as funções de mais de uma variável, a Regra da Cadeia tem muitas versões, cada uma delas fornecendo uma regra de derivação de uma função composta. 218 REGRA DA CADEIA. Caso 1. Suponha que 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚) seja uma função diferenciável de x e y, onde x = g(t) e y = h(t) são funções diferenciáveis de t. Então z é uma função diferenciável de t e 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝝏𝒇 𝝏𝒙 𝒅𝒙 𝒅𝒕 + 𝝏𝒇 𝝏𝒚 𝒅𝒚 𝒅𝒕 ou 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝒅𝒙 𝒅𝒕 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝒅𝒚 𝒅𝒕 REGRA DA CADEIA. Exemplo 1. Se 𝒛 = 𝒙²𝒚 + 𝟑𝒙𝒚𝟒, onde 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 e 𝒚 = 𝒄𝒐𝒔𝒕, determine 𝒅𝒛 𝒅𝒕 quando 𝒕 = 𝟎. Solução: 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝒅𝒙 𝒅𝒕 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝒅𝒚 𝒅𝒕 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝟐𝒙𝒚 + 𝟑𝒚𝟒 𝟐𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 + 𝒙² + 𝟏𝟐𝒙𝒚³ −𝒔𝒆𝒏𝒕 REGRA DA CADEIA. Exemplo 1. Se 𝒛 = 𝒙²𝒚 + 𝟑𝒙𝒚𝟒, onde 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 e 𝒚 = 𝒄𝒐𝒔𝒕, determine 𝒅𝒛 𝒅𝒕 quando 𝒕 = 𝟎. Solução: 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝟐𝒙𝒚 + 𝟑𝒚𝟒 𝟐𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 + 𝒙² + 𝟏𝟐𝒙𝒚³ −𝒔𝒆𝒏𝒕 Para 𝒕 = 𝟎: 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 = 𝒔𝒆𝒏𝟐. 𝟎 = 𝒔𝒆𝒏𝟎 = 𝟎 𝒚 = 𝒄𝒐𝒔𝒕 = 𝒄𝒐𝒔𝟎 = 𝟏 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝟐. 𝟎. 𝟏 + 𝟑. 𝟏𝟒 𝟐𝒄𝒐𝒔𝟐. 𝟎 + 𝟎² + 𝟏𝟐. 𝟎. 𝟏³ −𝒔𝒆𝒏𝟎 𝒅𝒛 𝒅𝒕 = 𝟔 REGRA DA CADEIA. Caso 2. Suponha que 𝒛 = 𝒇(𝒙, 𝒚) seja uma função diferenciável de x e y, onde x = g(s,t) e y = h(s,t) são funções diferenciáveis de s e t. Então 𝝏𝒛 𝝏𝒔 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒙 𝝏𝒔 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝝏𝒚 𝝏𝒔 e 𝝏𝒛 𝝏𝒕 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒙 𝝏𝒕 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝝏𝒚 𝝏𝒕 REGRA DA CADEIA. Exemplo 2. Se 𝒛 = 𝒆𝒙𝒔𝒆𝒏𝒚, onde 𝒙 = 𝒔𝒕² e 𝒚 = 𝒔²𝒕, determine 𝝏𝒛 𝝏𝒔 e 𝝏𝒛 𝝏𝒕 . Solução: 𝝏𝒛 𝝏𝒔 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒙 𝝏𝒔 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝝏𝒚 𝝏𝒔 e 𝝏𝒛 𝝏𝒕 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒙 𝝏𝒕 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝝏𝒚 𝝏𝒕 REGRA DA CADEIA. Exemplo 2. Se 𝒛 = 𝒆𝒙𝒔𝒆𝒏𝒚, onde 𝒙 = 𝒔𝒕² e 𝒚 = 𝒔²𝒕, determine 𝝏𝒛 𝝏𝒔 e 𝝏𝒛 𝝏𝒕 . 𝝏𝒛 𝝏𝒔 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒙 𝝏𝒔 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝝏𝒚 𝝏𝒔 e 𝝏𝒛 𝝏𝒕 = 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒙 𝝏𝒕 + 𝝏𝒛 𝝏𝒚 𝝏𝒚 𝝏𝒕 𝝏𝒛 𝝏𝒔 = (𝒆𝒙𝒔𝒆𝒏𝒚). (𝒕2) + (𝒆𝒙𝒄𝒐𝒔𝒚). (𝟐𝒔𝒕) 𝝏𝒛 𝝏𝒕 = (𝒆𝒙𝒔𝒆𝒏𝒚). (𝟐𝒔𝒕) + (𝒆𝒙𝒄𝒐𝒔𝒚). (𝒔²) REGRA DA CADEIA. Versão Geral. Suponha que u seja uma função diferenciável de n variáveis 𝒙𝟏, 𝒙𝟐, … , 𝒙𝒏 onde cada 𝒙𝒋 é uma função diferenciável de m variáveis 𝒕𝟏, 𝒕𝟐, … , 𝒕𝒎 . Então u é uma função de 𝒕𝟏, 𝒕𝟐, … , 𝒕𝒎 e 𝝏𝒖 𝝏𝒕𝒊 = 𝝏𝒖 𝝏𝒙𝟏 𝝏𝒙𝟏 𝝏𝒕𝒊 + 𝝏𝒖 𝝏𝒙𝟐 𝝏𝒙𝟐 𝝏𝒕𝒊 + ⋯+ 𝝏𝒖 𝝏𝒙𝒏 𝝏𝒙𝒏 𝝏𝒕𝒊 para cada 𝒊 = 𝟏, 𝟐,… ,𝒎. REGRA DA CADEIA. Exemplo 3. Se
Compartilhar