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Depoimento de um líder estudantil de Soweto

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(machete) Depoimento de um líder estudantil de Soweto (NASHININI)
A população negra africana é constantemente submetida a uma repressão tão grande, eu bastam pouco iniciativa para que se alcance certa pratica politica seguida pelos negros é na verdade traçada pelas atrocidades a que os brancos nos submeteram Eotmos capazes de identificar com a facilidade todos os elementos da opressão que sofremos, e de escolher os meios de combate-la. Não temos a necessidade de que nos ditem nossa conduta. Sabemos muito bem o que quer dizer “educação bantu”: um conceito e uma pratica introduzida pelo regime com a finalidade de ensinar as crianças negras a servirem ao homem branco, assim que elas se tornem membros ativos da força de trabalho. Além disso, nossas escolas foram divididas segundo critérios puramente étnicos, coisas que os estudantes jamais aceitaram. Recentemente, os departamento de administração e educação bantu decidiram que os estudantes negros deveriam aprender a “viver” em duas línguas, Inglês e africana, idioma inventado pelo branco e meio privilegiado de submissão do estudante negro, medida que nos levou a desencadear greves, especialmente nas escolas secundarias, onde essas norma foram aplicadas primeiro. As greves foram de maio a junho. Depois resolvemos partir para uma ação mais concreta e eficiente para denunciar mais essa medida repressiva. Depois de constatarmos varias escolas secundarias, decidimos organizar uma manifestação pacifica a 16 de junho no curso de uma dia inteiramente dedicado a revolta contra os africanos: “ Não somos boera”, foi o nosso slogan. Haviamos combinado nos encontrar no fim, em uma escola para um comício, a que se seguiria a publicação de um manifesto as autoridades rejeitando o novo idioma e manifestando nossas intenção de só voltar às aulas quando essa lei fosse revogada. Depois de percorrermos as ruas de Soweto durante a tarde, fomos para o encontro marcado. A poliela havia chegada primeiro e tentamos parlamentar – mas como única resposta, obtivemos bombas de gás lacrimogênio. Quando começamos a fugir da policia abriu fogo, indistintamente. Muitos de bis morreram. O balanço oficial foi de 177 mortos nos três primeiros dias de rebelião, mas aabemos que só em Soweto e nos arredores morreram 353. Mais de mil foram presos enquanto muitos eram dados como “desaparecido”.
As “forças da ordem” não esperam essa revolta caram visivelmente surpreendidos com essa primeira grande manifestação estudantil, fenômenos desconhecido na africa do sul, compreendemos imediatamente que a policia e o regime nos haviam declarado guerra, e que não recusariam diante de nada. Tambem nós ficamos muito chocados com o morticínio do primeiro dia – Mas esse choque transfomrou-se rapidamente em raiva, um ódio profundo que rapidamente se comunicou a toda população africana de Soweto. A partir disse momento, tudo o que simbolizava o branco e sua repressão foi destruído: sedes de órgãos municipais, bibliotecas, etc. O regime racista declarou , depois que entre os estudantes, haviam agitadores comunistas cuja intenção era derrubar o governo. Então nós, estudantes, gritamos em resposta que as leis conta os comunistas são na verdade leis de descriminação que permitem ao regime dedicar uma soma mínima a educação das crianças negras, enquanto quantias colossais são reservadas aos serviços de segurança ou da defesa.
Diante dessa atitude do governo depois dos três primeiros dias de protesto resolvemos continuar nossas manifestações, não só contra a imposição dos africanos mas também o fim de conseguir a libertação dos companheiros presos.
SOWETO – 16 de junho de 1976 – Mais de 600 mortos
Segundo a Unesco
-“ São poucos na historia os exemplos de uma policia que dispara sobre escolares sem armas e os mata em tal quantidade que o numero exato de mortos não pode nunca ser estabelecido”.
- Estes ao continua repressão casa vez mais brutal. E a luta vai continuar até que racismo seja completamente vencido pelos negros na África do sul.

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