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DIREITO CIVIL II - PARTE GERAL 
LIVRO III - DOS FATOS JURÍDICOS 
PROF. GIANELLI RODRIGUES 
Cap. III. DA condição, DO termo e DO encargo (modo) – (art. 121 ao 137)
Primeiramente devemos lembrar que na “Escada Pontiana” os elementos acidentais estão no “plano” da “efetividade”. Nenhum negócio jurídico é obrigado a apresentar esses elementos e quando não os apresenta, os negócios jurídicos se chamam puros. Se perguntarem em prova o que é um negócio puro? É aquele que só tem elementos essenciais (plano da existência e validade), ou seja, não apresentam nenhum elemento acidental e nem precisa apresentar. Se no negócio os agentes impõem uma condição, não significa que o negocio jurídico é impuro (é óbvio), é um negócio condicional. Se apresenta um termo, é um negócio à termo. E, finalmente, se apresenta um encargo é um negócio modal. Nada impede que os três elementos acidentais apareçam juntos. Pode aparecer só um, só dois ou os três. Vejamos um a um:
▪ CONDIÇÃO – É todo acontecimento futuro e incerto ao qual se subordina a eficácia do negócio jurídico. A condição, como já dissemos, está ligada ao plano da eficácia do negócio jurídico e não da sua validade. Não se implementando a condição, o negócio não produzirá os seus efeitos. O que caracteriza a condição é a sua incerteza. Por isso, é que se exige que a condição seja sempre um acontecimento futuro, ele não pode ser passado, mesmo que fosse ignorado pelas partes. Várias são as classificações quanto à condição, temos: as Condições Naturais e as Condições Humanas (ou Potestativas)
▪ Condições Naturais - São acontecimentos incertos, mas produzidos pela natureza. Ex.: Faremos uma excursão, se não chover. Doarei as sementes se chover.
▪ Condições Humanas ou Potestativas – São as que dependem da vontade humana, da parte interessada. Podem ser Lícitas ou Defesas. 
 Lícitas
Também podemos classificar as condições em: ou 
 Defesas (Vedadas; Proibidas)
 
 Ilícitas (doarei a casa se você matar meu inimigo)
As Defesas podem ser: Imorais (ligadas a condutas sexuais/religiosas etc)
 Meramente potestativas (só depende do beneficiado)
 Impossíveis (doarei a casa se você tocar o céu com o dedo)
Qual seria a diferença entre a condição potestativa, que é perfeitamente válida, e uma condição meramente potestativa, que é defesa? É que a condição meramente potestativa ou, simplesmente potestativa, é aquela que depende para o seu implemento o arbítrio da parte interessada, a sua exclusiva vontade. Ex.: Eu lhe doarei a casa se você levantar a mão, se você disser “Viva o Flamengo”. Isso depende exclusivamente da vontade da parte interessada. E, por que essa condição é vedada? Porque ela perderia o caráter de incerteza. Se o fato depende só e exclusivamente da vontade do interessado, ele não é mais incerto, porque a qualquer momento o interessado praticaria o ato. Já a condição potestativa depende da vontade do interessado, mas não só do interessado. Pode haver outras circunstâncias que impeçam o implemento da condição. Ex.: Eu dôo minha coleção de livros jurídicos ao meu sobrinho com a condição dele passar no exame da ordem. É evidente que ser aprovado no exame também depende da vontade do donatário, mas não só da sua vontade, inúmeras circunstâncias podem impedir que o donatário seja aprovado. Então, a diferença entre a condição potestativa e a meramente potestativa é que a 1ª depende da vontade do interessado e a 2ª depende só da vontade do interessado.
Já as condições lícitas são as que não se incluem entre as defesas. A classificação mais importante é a que divide as condições em: a)Suspensivas e b) Resolutivas
 
Condição Suspensiva – É aquela que impede que o negócio jurídico produza seus efeitos enquanto ela não se implementa. Daí chamar-se condição suspensiva. O negócio jurídico é celebrado, reúne todos os seus elementos essenciais, ingressa no mundo jurídico, mas os seus efeitos não se produzem. Como se ele não tivesse existido, porque nenhum dos seus efeitos se produz até que a condição se realize. A doação dos livros ao sobrinho com a condição dele passar no exame da ordem, enquanto o donatário não lograr a aprovação, os efeitos da doação não se produzirão, os livros não poderão ser reclamados pelo donatário. É como se a doação ainda não tivesse sido celebrada. Na condição suspensiva há uma fase, portanto, de expectativa em que se aguarda ou não o implemento da condição. E, essa fase de expectativa pode ser seguida de uma fase de consolidação, quando o negócio se consolida e passa a produzir seus efeitos. Ou então, pode ocorrer uma fase de frustração, quando a condição não se realiza e o negócio se torna ineficaz.
Condição Resolutiva – É o oposto da suspensiva. O negócio é celebrado, reúne todos os seus elementos essenciais, começa imediatamente a produzir os seus efeitos, só que esses efeitos cessam se a condição ocorrer. Ou seja, implementada a condição, o negócio se resolve, se desfaz. Ex.: Eu empresto o meu automóvel a um amigo com a condição resolutiva dele não se envolver em acidente de trânsito. Celebrado o comodato, o comodatário pode, de imediato, usar o veículo, porque a condição é resolutiva. Durante um ano ele usa até que se envolve num acidente. Neste caso, cessaram os efeitos do comodato, e ele então me devolverá o carro.
Obs.1: Há uma regra de grande interesse ético, dizendo que não adianta o interessado artificialmente, maliciosamente, provocar o implemento da condição suspensiva. Se ele assim o fizer ela será tida como não implementada. Ex.: Doação de um valioso imóvel com a condição do donatário ser aprovado no concurso municipal. O donatário sabe que suas chances de ser aprovado são remotíssimas, há mais de 100 mil inscritos no concurso para 2 vagas apenas e, ele não é um dos mais inteligentes. Na véspera do concurso, ele consegue corromper um membro da banca e consegue ser aprovado em 1º lugar. Descoberta a fraude é como se ele não tivesse sido aprovado, porque ele provocou maliciosamente o implemento da condição. Por que se estabelece essa regra? É porque se eu provoco maliciosamente o implemento da condição suspensiva, ela perde também a natureza de incerteza. Portanto, não adianta provocar artificialmente o implemento da condição suspensiva, porque ela será tida como não implementada. 
Obs.2: Do mesmo modo, a condição resolutiva. Se o interessado artificialmente impede o implemento da condição resolutiva, ela será tida como implementada. Ex.: Eu empresto o meu apto do Rio a um amigo com a condição resolutiva até o meu filho ser aprovado no exame da ordem (pois se ele passar ele se mudará para o Rio para estudar na EMERJ). Enquanto isso, meu amigo continua usando o imóvel como comodatário. Aí meu amigo percebe que é muito provável que meu filho passe no exame, então ele arruma um jeito de seqüestrar o meu filho quando este sai de casa para fazer o exame, só o libertando após encerrada a prova e, com isso, ele impede que ele seja aprovado. Descoberto o fato, a condição resolutiva será tida como implementada. E o meu amigo tem que sair do meu apartamento do Rio. 
Essas regras têm um grande conteúdo ético, mas, além disso, uma razão jurídica, as condições, nesses casos, perderiam o seu caráter aleatório, a incerteza.
Obs.3: Uma outra questão é saber se os efeitos do negócio retroagem até a data da sua celebração quando implementada a condição. Ex.: Eu dôo os livros ao sobrinho com a condição dele ser aprovado no exame da ordem. A doação foi celebrada em abril e a prova foi realizada em dezembro, quando ele foi aprovado. Pergunta-se: Os efeitos da doação, que são os de transmitira propriedade ao donatário, retroagirão até a data da celebração da doação em abril ou, ao contrário, se produzirão somente a partir do implemento da condição? O donatário será considerado proprietário dos livros desde abril ou só será proprietário a partir de dezembro? Seriam efeitos “ex tunc” (retroativos) ou “ex nunc” (não retroativos)? A regra geral é que os efeitos sejam “ex nunc”, enquanto não implementada a condição, o doador continuará proprietário dos livros e não o donatário. Só quando ele for aprovado no exame, se produzirá os efeitos. Mas, nada impede que as partes expressamente estabeleçam que uma vez implementada a condição, os efeitos retroagirão. Mas, isso terá que ficar ajustado entre as partes. Porque no silêncio, a regra geral, é que os efeitos se produzam após o implemento da condição. Mas não se esqueçam, essa preocupação só vale na condição suspensiva, porque na condição resolutiva, os efeitos começam a se produzir imediatamente.
Obs.4: Uma outra questão prática a respeito da condição é saber se o direito da parte já se considera adquirido mesmo antes que a condição se implemente. Essa questão já caiu várias vezes em prova. Para resolver essa questão vocês terão que comparar o art. 125 do Novo Código com o § 2º do art. 6º da LICC. Para efeito do exercício do direito ele não se considera adquirido enquanto a condição não se implementa. Então eu doei em abril a minha coleção de livros jurídicos ao sobrinho com a condição dele ser aprovado no exame da ordem (cuja prova já está marcada para dezembro). Enquanto ele não é aprovado, o seu direito, decorrente dessa doação, não se considera adquirido, é o que diz o art. 125, ele não poderá exigir a entrega dos livros, não poderá vender os livros a terceiros, ele ainda não é proprietário desses livros, porque a condição ainda não se implementou. Ele, portanto, não pode exercer o direito. Esse direito para efeito do seu exercício não é considerado adquirido. Ele não é considerado adquirido por uma razão óbvia, não se sabe ainda se esse direito se consolidará (ou seja, se ele vai passar no exame), se ele integrará o patrimônio da parte interessada. Como ele pode exercer um direito, cujo processo de aquisição ainda não se completou? É isso que o art. 125 do Código Civil nos diz. Enquanto não implementada a condição, não se considera adquirido o direito a que ela segue e que, por isso, não pode ser exercido. Mas o § 2º do art. 6º da LICC nos diz que, este direito já será considerado adquirido para efeito de não mais poder ser modificado por lei nova. Portanto, sob o ponto de vista do direito intertemporal, esse direito já é adquirido. Voltemos ao exemplo: a coleção de livros foi doada em abril com a condição do donatário ser aprovado no exame da ordem (prova em dezembro). Em abril não há lei nenhuma que proíba essa doação. Imaginemos que em julho uma lei nova proíba ou nulifique as doações de livros. Isso não afetará o direito do donatário, se ele passar no exame em dezembro, ele poderá reclamar a entrega dos livros, pois desde abril o seu direito já é adquirido para efeito de estar protegido contra a lei nova. A lei nova não poderá afetá-lo, mesmo sem poder exercer o direito. Portanto, há uma enorme diferença entre o art. 125 e o § 2º do art. 6º da LICC. A regra do art. 125 se refere ao exercício do direito e, para esse efeito, enquanto não se implementa a condição o direito não será adquirido. O § 2º do art. 6º da LICC se refere à proteção desse direito contra a lei nova. Sendo assim, para efeito de proteção contra lei futura, o direito condicional já é considerado adquirido, cuidado para não confundir, pois os 2 dispositivos tratam de matérias diferentes, um trata do exercício do direito e o outro trata da proteção do direito contra lei nova.
▪ TERMO – o que distingue o termo da condição é que enquanto a condição é sempre um acontecimento futuro e incerto. O termo é um acontecimento futuro e certo. “O TERMO ADVIRÁ. A CONDIÇÃO ADVIRÁ OU NÃO” O termo também atua no plano da eficácia do negócio jurídico. Enquanto o termo não advém, o negócio não produzirá os seus efeitos ou cessará os seus efeitos. Por isso, o termo pode ser inicial ou final, assim como a condição pode ser suspensiva ou resolutiva. Exemplo da uma condição suspensiva: eu dôo a coleção de livros ao aluno com a condição dele passar no exame da ordem. Exemplo de termo inicial: eu dôo a coleção de livros ao aluno quando ele fizer 21 anos. Ou seja, a doação só produzirá os seus efeitos quando o donatário fizer 21 anos. Outro exemplo: eu doarei os livros no dia 17 de dezembro de 2007. 
Termo Inicial - É o momento que o negócio jurídico começa a produzir os seus efeitos. Enquanto não advém o termo inicial, o negócio jurídico não produzirá os efeitos, é como se ele ficasse em suspenso (como na condição suspensiva) por isso é que eu digo que há uma correspondência entre o termo e a condição.
Termo Final – É quando o negócio cessara de produzir os seus efeitos, como na condição resolutiva. Ex.1: Eu alugo o meu apartamento dizendo que a locação iniciará dia 01/12/2003 e cessará no dia 01/12/2004. O dia 01/12/2003 é o termo inicial, que os romanos chamavam de “dies a quo” e o dia 01/12/2004 é o termo final que os romanos chamavam de “dies ad quem”, que não se confunde com a data de celebração do negócio. Ex.2: Eu assino o contrato de locação no dia 15/11/2003 e estabeleço que a locação se inicia a 01/12/2003 e termine a 01/12/2004. A data da celebração é 15/11, o negócio existe desde do dia 15/11. Porém, os seus efeitos só se produzirão a partir de 01/12/2003, que é o termo inicial. Mas, isso não quer dizer que a locação só nasceu no dia 01/12/2003. Na verdade, ela nasceu em 15/11/2003.
Obs.5: Também não se confunde o termo com o prazo. Termo é sempre um fato esperado e certo, a partir do qual começam ou cessam a produzir efeitos. Já o prazo é o espaço de tempo, o intervalo de tempo que fica entre o termo inicial e o termo final. O prazo está sempre ligado à idéia de intervalo (interregno) de tempo. Ex.: Celebrei um contrato escrito de locação no dia 15/11/2003, estabeleci que ela se inicia no dia 01/12/2003 e se finda no dia 01/12/2004. Data da celebração do negócio – 15/11/2003. Termo Inicial – 01/12/2003. Termo Final – 01/12/2004. Prazo – 1 ano (o intervalo entre o termo inicial e o temo final).
Obs.6: O Termo também pode ser Determinado ou Indeterminado: E isso confunde muito os estudantes, porque se eu digo que termo é um acontecimento certo, como ele poderia ser indeterminado? Não há nenhuma incoerência. Ele é certo, mas, pode ser indeterminado, quer dizer, eu tenho a mais absoluta certeza que ele ocorrerá, mas não sei quando. Ex.: Eu lhe dôo a casa quando o seu pai morrer. Porque que o pai do donatário vai morrer não há a menor dúvida, só não se sabe quando. Portanto, não estamos aí diante de uma condição, mas de um termo só que indeterminado. Se eu digo que lhe doarei a casa no dia 01/12/2004, isso é um termo determinado. Mas, se eu digo: quando seu pai morrer eu lhe doarei a casa, isso também é termo, só que indeterminado. É preciso ter muito cuidado, porque vai depender do próprio negócio distinguir se estamos diante de um termo ou de uma condição. Ex.: Doarei a casa quando seu pai morrer – isso é termo. Agora se eu digo: doarei a casa se seu pai morrer na viagem que fará à Europa no mês que vem – isso é condição suspensiva, porque ele pode voltar vivo. Então, a morte pode ser um temo e freqüentemente o é, e pode ser uma condição quando atrelada a outro acontecimento, vai depender do modo que se fez o negócio. 
Obs.7: Tal como acontece na condição, enquanto o termo inicial não advém, o direito não é adquirido. Ex.: em abril eu disse que doaria a coleção de livros no dia 01/12/2004, ou seja, enquanto essa data não chegar, o direito do donatário não é adquirido, ele ainda não pode exercer o direito, ele não pode reclamar os livros. Entretanto, já é adquirido para efeito de não mais ser modificado por lei nova. É a mesma regra que se aplica àcondição. Isto também está no § 2º do art. 6º da LICC, que se refere tanto à condição quanto ao termo.
▪ ENCARGO – Também chamado de MODO - Há diferenças marcantes entre a condição, o termo e o encargo. O termo e a condição podem ser introduzidos em qualquer negócio jurídico, seja ele oneroso ou gratuito. Mas, o encargo é privativo dos negócios gratuitos. Só há que se falar em encargo se o negócio jurídico a que ele segue for gratuito. Ex.: Doação, Comodato, Legado. Porque o encargo representa exatamente uma limitação à liberalidade. Ou seja, eu posso praticar uma liberalidade completa, eu dôo o meu automóvel a um amigo e, simplesmente, lhe transfiro a propriedade. Isso é chamado de liberalidade total ou pura, em me despi do meu patrimônio, transferindo o bem que me pertencia a um terceiro, um gesto de absoluto altruísmo. Mas, eu posso limitar essa generosidade, essa liberalidade. Eu quero ser generoso mas nem tanto. A maneira que se tem de limitar essa generosidade é apor um encargo a esse negócio jurídico. Também chamado modo. Por isso, que o negócio jurídico gratuito que contém um encargo se denomina negócio modal (doação modal, comodato modal). Ex.: Eu lhe dôo o meu fusca se você levar minha tia as sessões semanais de fisioterapia. 
Obs.8: O encargo pode ser estabelecido em benefício do próprio autor da liberalidade, o que é muito freqüente. Ex.: eu dôo meu automóvel a um amigo mas, com o encargo dele me levar ao meu escritório diariamente. O encargo pode ser estabelecido em benefício de um 3º, que não é o autor da generosidade. Ex.: eu dôo a casa a um amigo com o encargo dele pagar os estudos da minha sobrinha Maria até que ela venha a se formar. O encargo pode também ser estabelecido em benefício da própria sociedade ou de um grupo de pessoas. Ex.: eu dôo uma casa a um amigo, mas com o encargo dele manter ali uma creche para crianças carentes. Portanto, essa limitação da liberalidade pode beneficiar o próprio autor da generosidade, pode beneficiar 3ºs ou a própria sociedade ou pessoas indeterminadas.
* * * 
(Quando estudarmos os defeitos dos negócios jurídicos estudaremos o que acontece com as condições ilícitas e os encargos também considerados ilícitos: aguardem!!!!)

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