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MUTAÇÃO X REFORMA REGRAS X PRINCÍPIOS HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL MUTAÇÕES CONSTITUCIONAIS X REFORMAS CONSTITUCIONAIS As mutações são alterações no significado e sentido interpretativo de um texto constitucional, portanto são alterações informais, ao passo que as reformas são alterações do texto constitucional mediante mecanismos definidos pelo poder constituinte originário, sendo portanto alterações formais. MECANISMOS DE REFORMA Emendas constitucionais; Tratados internacionais sobre direitos humanos, Que forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional , em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros. MECANISMOS DE MUTAÇÃO Interpretação (judicial e administrativa): Jurisprudência da Corte Suprema e Resoluções do CNJ. Atuação do legislador: verifica-se quando o legislador por meio de ato normativo primário, procura alterar o sentido já dado a alguma norma constitucional. Por via de costumes constitucionais: práticas reiteradas que ensejaram mudanças no sentido interpretativo da Constituição, ex: poderes da CPI. REGRAS X PRINCÍPIOS Ambos são espécies de norma, não guardando entre si, hierarquia, especialmente diante da ideia de unidade da Constituição. A ideia de Canotilho, sobre o sistema jurídico português, serve para o nosso sistema constitucional, em que há “um sistema normativo aberto de regras e princípios” REGRAS São normas que são sempre satisfeitas ou não satisfeitas, consistem portanto em relatos descritivos de condutas a partir dos quais, mediante subsunção (enquadramento do fato à norma abstrata) chega-se à conclusão. A regra somente deixará de incidir sobre a hipótese do fato que contempla, se for inválida, se houver outra mais específica ou se não estiver em vigor. PRINCÍPIOS Tidos por mandamentos de otimização, são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas existentes. Os princípios são portanto uma ideia regulativa, ou seja uma ideia que serve para guiar a argumentação em um determinado sentido. REGRAS PRINCÍPIOS Dimensão da validade, especificidade e vigência; No conflito entre regras, uma delas será afastada pelo princípio da especialidade ou será declarada inválida; Mandamentos ou mandados de definição. Dimensão de importância, peso e valor. Ponderação, sopesamento, balanceamento entre princípios colidentes; Mandamentos ou mandados de otimização. PONDERAÇÃO DE REGRAS Barroso pondera que avançando nas ideias de Dworkin através do pensamento analítico de Alexy, podemos constatar a possibilidade da ponderação das regras, através de critérios como o ontológico e o axiológico. DERROTABILIDADE Ao contrário do que a atual exaltação de princípios poderia fazer pensar, as regras não são normas de segunda categoria. Na verdade elas desempenham função relevante pois trazem uma solução previsível, eficiente e geralmente equânime de solução de conflitos sociais. Contudo, muitos autores começam a reconhecer a derrotabilidade das regras, superando o modelo “tudo ou nada” de Dworkin. POSTULADOS NORMATIVOS Não se confundem com as regras e os princípios, sendo qualificados como metanormas ou normas de segundo grau, os postulados normativos portanto, instituem critérios de aplicação de outras normas situadas no plano do objeto da aplicação. Postulados Específicos: igualdade, razoabilidade e proporcionalidade. Postulados Inespecíficos: ponderação, concordância prática e proibição de excesso. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO MÉTODO JURÍDICO OU HERMENÊUTICO CLÁSSICO MÉTODO TÓPICO PROBLEMÁTICO OU MÉTODO DA TÓPICA MÉTODO HERMENÊUTICO CONCRETIZADOR MÉTODO CIENTÍFICO-ESPIRITUAL MÉTODO NORMATIVO-ESTRUTURANTE MÉTODO DA COMPARAÇÃO CONSTITUCIONAL MÉTODO JURÍDICO OU HERMENEUTICO CLÁSSICO Elemento genético Elemento gramatical ou filológico Elemento lógico Elemento sistemático Elemento histórico Elemento teleológico ou sociológico Elemento popular Elemento doutrinário Elemento evolutivo MÉTODO TÓPICO-PROBLEMÁTICO Parte-se de um problema concreto para a norma, atribuindo-se à interpretação um caráter prático. A Constituição é assim um sistema aberto de normas e princípios. MÉTODO HERMENÊUTICO CONCRETIZADOR Parte da Constituição para o problema, destacando-se os seguintes pressupostos interpretativos: Pressupostos subjetivos (pré-compreensões do intérprete) Pressupostos objetivos (o intérprete atua como mediador entre a norma e o caso concreto) Círculo hermenêutico (o intérprete vai do subjetivo ao objetivo e vice-versa) MÉTODO CIENTÍFICO ESPIRITUAL A análise da norma parte da realidade social e dos valores subjacentes do texto da Constituição. A constituição é dinâmica e se renova constantemente no compasso da sociedade MÉTODO NORMATIVO ESTRUTURANTE O teor de qualquer prescrição de direito positivo é apenas a ponta do iceberg, tendo como sua verdadeira leitura a leitura da situação normada MÉTODO DA COMPARAÇÃO CONSTITUCIONAL Estabelece uma comunicação entre as várias Constituições. Peter Haberle sustenta a canonização da comparação constitucional como um quinto método de interpretação, somando-se aos quatro métodos clássicos propostos por Savigny (gramatical, lógico, histórico e sistemático)’’’
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