Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

48
Questão 1
Texto 1
1 A partir de Ciranda de Pedra, de 1954,
2 cada livro de Lygia Fagundes Telles, mesmo
3 trazendo a sua marca, parece escrito por outra
4 Lygia. Quero dizer, ela não se repete. Ninguém
5 aprende a escrever de uma vez por todas. O
6 livro que estamos escrevendo nos ensina mas
7 só a resolver os problemas propostos por ele. O
8 que vamos escrever a seguir traz também os
9 seus desafios e as suas dificuldades inerentes.
10 De que tratam os contos de Lygia
11 Fagundes Telles? Ora, do que acontece ao
12 redor dela e ao redor de nós e também do
13 nosso interior, claro. Em suma, tratam dos
14 "naturais tormentos dos quais a condição
15 humana é herdeira", como já descobrira ou
16 suspeitara o príncipe da Dinamarca. E o que foi
17 que Lygia viu ao seu redor, ou ao redor de sua
18 mente ou dentro dela e que despertou o
19 mecanismo lygiano de criação? Obviamente o
20 que a sua inteligência e a sua sensibilidade
21 focalizaram em dado momento – instantes,
22 lampejos, sementes, pensamentos,
23 lembranças.
24 Todo escritor precisa ser astucioso em
25 benefício do leitor e a astúcia de Lygia está em
26 nos passar a impressão de que ela não
27 inventou as histórias que conta. É como se as
28 tivesse visto acontecendo, as tivesse anotado e
29 transcrito para nós. Quer dizer então que é fácil
30 escrever? Basta ver, anotar e transcrever? Não
31 exatamente.
32 Olhar todo mundo pode. Ver já é mais
33 complicado. Todo mundo vê – mas vê o quê? O
34 que está patente na superfície. Já o escritor
35 precisa ver o que está na superfície e o que
36 está por baixo, o que está em volta e mais, o
37 que está lá dentro, invisível aos distraídos. Por
38 ter essa visão profunda, a abrangente Lygia é a
39 escritora que é.
40 É preciso ainda dizer alguma coisa também
41 sobre sua linguagem. Ao longo do seu trabalho
42 – desse aprendizado incessante – ela foi
43 desbastando a frase quase ao ponto de criar
44 uma sintaxe própria, eliminando certas
45 partículas de presença tão óbvia e que bem
46 podem ficar subentendidas.
VEIGA. José J. Orelhas da obra Invenção e Memória.
Texto 2
História de Passarinho
47 Um ano depois os moradores do bairro
48 ainda se lembravam do homem de cabelo
49 ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.
50 Ele era um santo, disse a mulher
51 levantando os braços. E as pessoas em
redor
52 não perguntaram nada e nem era preciso,
53 perguntar o que se todos já sabiam que era
54 um bom homem que de repente abandonou
55 casa, emprego no cartório, o filho único,
56 tudo. E se mandou Deus sabe para onde.
57 Só pode ter enlouquecido, sussurrou a
58 mulher. Mas de uma coisa estou certa, tudo
59 começou com aquele passarinho, começou
60 com o passarinho. Que o homem ruivo não
61 sabia se era um canário ou um pintassilgo,
Ô!
62 Pai, caçoava o filho, que raio de passarinho
é
63 esse que você foi arrumar?!
64 Não sei, filho, deve ter caído de algum
65 ninho, peguei ele na rua, não sei que
66 passarinho é esse.
67 O menino mascava chicle. Você não sabe
68 nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem
69 marca de cigarro, nem marca de
passarinho,
70 você não sabe nada.
71 Em verdade, o homem ruivo sabia bem
72 poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava
73 certo, é que naquele instante gostaria de
74 estar em qualquer parte do mundo, mas em
75 qualquer parte mesmo, menos ali. Mais
76 tarde, quando o passarinho cresceu, o
77 homem ruivo ficou sabendo também o
78 quanto ambos se pareciam, o passarinho e
79 ele.
80 Ai! o canto desse passarinho,
81 resmungava a mulher, Você quer mesmo
me
82 atormentar, Velho. O menino esticava os
83 beiços tentando fazer rodinhas com a
fumaça
84 do cigarro que subia para o teto: Bicho mais
85 chato, Pai. Solta ele.
86 Antes de sair para o trabalho o homem
87 ruivo costumava ficar algum tempo olhando
88 o passarinho que desatava a cantar. O
89 homem então enfiava a ponta do dedo
entre
90 as grades, era a despedida e o passarinho,
91 emudecido, vinha meio encolhido oferecer-
92 -lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o
93 homem se afastava, o passarinho se atirava
94 meio às cegas contra as grades, fugir, fugir!
95 Algumas vezes, o homem assistiu a essas
96 tentativas que deixavam o passarinho tão
97 cansado, o peito palpitante, o bico ferido.
Eu
98 sei, você quer ir embora, você quer ir
99 embora mas não pode ir, lá fora é diferente
e
100 agora é tarde demais.
101 A mulher punha-se então a falar e falava
102 uns cinquenta minutos sobre as coisas
todas
103 que quisera ter e que o homem ruivo não
lhe
104 dera, não esquecer aquela viagem para
105 Pocinhos do Rio Verde e o Trem Prateado
106 descendo pela noite até o mar. Esse mar
que
107 se não fosse o Pai (que Deus o tenha!) ela
108 jamais teria conhecido porque em negra
hora
109 se casara com um homem que não
prestava
110 para nada, Não sei mesmo onde estava
com
111 a cabeça quando me casei com você, Velho.
112 Ele continuava com o livro aberto no
113 peito, gostava muito de ler. Quando a
mulher
114 baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas
115 sem saber mais a razão de tanta fúria), o
116 homem ruivo fechava o livro e ia conversar
117 com o passarinho. Decorridos os cinquenta
118 minutos das queixas, e como ele não
119 respondia mesmo, ela se calava exausta.
120 Puxava-o pela manga, afetuosa: Vai, Velho,
121 o café está esfriando, nunca pensei que
nesta
122 idade eu fosse trabalhar tanto assim. O
123 homem ia tomar o café. Numa dessas
vezes,
124 esqueceu de fechar a portinhola e quando
125 voltou com o pano preto para cobrir a
gaiola
126 (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então
127 sentou-se no degrau de pedra da escada e
ali
128 ficou pela madrugada, fixo na escuridão.
129 Quando amanheceu, o gato da vizinha
130 desceu o muro, aproximou-se da escada
131 onde estava o homem ruivo e ficou ali
132 estirado, a se espreguiçar sonolento de tão
133 feliz. Por entre o pelo negro do gato
134 desprendeu-se uma pequenina pena
135 amarelo-acinzentada que o vento
136 delicadamente fez voar. O homem inclinou-
se
137 para colher a pena entre o polegar e o
138 indicador. Mas não disse nada.
139 Calmamente, sem a menor pressa o
140 homem ruivo guardou a pena no bolso do
141 casaco e levantou-se com uma expressão
tão
142 estranha que o menino parou de rir para
ficar
143 olhando. Repetiria depois à Mãe, Mas ele
até
144 que parecia contente, Mãe, juro que o Pai
145 parecia contente, juro! A mulher então
146 interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou
147 louco.
148 Quando formou-se a roda de vizinhos, o
149 menino voltou a contar isso tudo mas não
150 achou importante contar aquela coisa que
151 descobriu de repente: o Pai era um homem
152 alto, nunca tinha reparado antes como ele
153 era alto. Não contou também que
estranhou
154 o andar do Pai, firme e reto, mas por que
ele
155 andava agora desse jeito? E repetiu o que
156 todos já sabiam, que quando o Pai saiu,
157 deixou o portão aberto e não olhou para
trás.
TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e Memória.
Considerando ainda a afirmação de J. J. Veiga sobre a sintaxe própria de Lygia Fagundes Telles (linhas
40-46), observe as opções a seguir. Essas opções incluem, para cada enunciado extraído do texto, um
correspondente em que ocorre uma alteração sintática, que vem grifada. Assinale a única opção em
que a alteração do enunciado NÃO objetiva substituir a sintaxe inovadora pela sintaxe tradicional.
A) “tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia
se era um canário ou um pintassilgo” (linhas 58-61) / tudo começou com aquele passarinho, começou
com o passarinho, que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo.
 
B) “Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que
naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo” (linhas 71-74) / Em verdade, o
homem ruivo sabia bem poucas coisas, mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante
gostaria de estar em qualquer parte do mundo.
 
C) “Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltouconjunctions that are classified as
a) contrastive.
b) conditional.
c) comparative.
d) additional. 
Gabarito:
C 
Resolução:
O período “Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats
for a hot Broadway show like Hamilton.” contém duas ocorrências da conjunção "as", utilizada para
estabelecer comparação entre o grau de cobiça dos pais pelas atividades de contação de histórias e
de espectadores da Broadway por assentos para espetáculos como "Hamilton" ("as coveted as": "tão
cobiçados quanto"). Assim, no contexto, nessas duas ocorrências, a conjunção "as" deve ser
classifficada como comparativa.
Questão 14
Texto 1
Emily Carr (1871-1945)
 Emily Carr was born on December 13, 1871, in Victoria, British Columbia, to
Richard and Emily
 Saunders Carr, the fifth child in a family of five girls. A brother, Dick, was born
in 1875. Carr
 began her training as an artist in her late teens. After the death of both
parents, rather than be
 subjected to the demands of her overbearing sister Edith, Carr approached
her legal guardian
5 to secure funds to attend the California School of Design. Little of her work
survives from this
 period, but she seems to have received basic instruction in oil painting and
watercolour and was
 able, upon her return to Victoria in 1893, to make a living as an art teacher.
In 1907, she began
 documenting the First Nations cultures of British Columbia.
 Carr continued to draw and paint throughout the 1930s until a heart attack in
1937 left her
10 bedridden and unable to paint. She began to devote all of her creative energy
to writing. Ira
 Dilworth, teacher and CBC executive, became her confidant and literary
advisor. Dilworth’s
 support of her autobiographical sketches gave her both the confidence and
the means to secure
 publication for her work. Her writing, initially broadcast on CBC Radio,
gathered popular appeal
 and endeared her to a public that for years had been hostile to her art.
15 Klee wyck, first published in 1941, was a huge popular success and a critical
success as well: Carr
 was awarded the Governor General's Literary Award for non-fiction in 1941.
Some of her other
 titles were The book of small (1942), The house of all sorts (1944), Growing
pains (1946) and The
 heart of a peacock (1953).
 Growing pains tells the story of Carr’s life, beginning with her girlhood in
pioneer Victoria and
20 going on to her training as an artist in San Francisco, England and France.
Also here is the
 frustration she felt at the rejection of her art by Canadians, of the years of
despair when she
 stopped painting.
 Carr is a natural storyteller whose writing is vivid and vital, informed by wit,
nostalgic charm, an
 artist's eye for description, a deep feeling for creatures and the idiosyncrasies
of humanity.
25 Emily Carr died in Victoria on May 2, 1945, with no idea that she would
ultimately become a
 Canadian icon.
Disponível em: . Adaptado.
Texto 2
 Mother was always a quiet woman − a little shy of her own children. I am
glad she was not
 chatty, glad she did not perpetually "dear" us as so many English mothers
that we knew did
 with their children. If she had been noisier or quieter, more demonstrative or
less loving, she
 would not have been just right. She was a small, grey-eyed, dark-haired
woman, had pink cheeks
5 and struggled breathing. I do not remember to have ever heard her laugh out
loud, yet she
 was always happy and contented. I was surprised once to hear her tell the
Bishop, "My heart is
 always singing." How did hearts sing? I had never heard Mother’s, I had just
heard her difficult,
 gasping little breaths. Mother’s moving was slow and weak, yet I always think
of her as having
 Jenny-Wren-bird's quickness. I felt instinctively that was her nature. I became
aware of this along
10 with many other things about my mother, things that unfolded to me in my
own development.
 Our picnic that day was perfect. I was for once Mother’s oldest, youngest, her
companion-child.
 While her small, neat hands hurried the little stitches down the long, white
seams of her sewing,
 and my daisy chains grew and grew, while the flowers of the bushes smelled
and smelled and
 sunshine and silence were spread all round, it almost seemed rude to crunch
the sweet biscuit
15 which was our picnic − ordinary munching of biscuits did not seem right for
such a splendid time.
 When I had three daisy chains round my neck, when all Mother's seams were
stitched, and when
 the glint of sunshine had gone quiet, then we went again through our gate,
locked the world out,
 and went back to the others.
 lt was only a short while after our picnic that Mother died. Her death broke
Father; we saw then how
20 he had loved her, how alone he was without her − none of us could make up
to him for her loss. […]
 I was often troublesome in those miserable days after Mother died. I
provoked my big sister and,
 when her patience was at an end, she would say, trying to shame me, "Poor
Mother worried
 about leaving you. She was happy about her other children, knowing she
could trust them to
 behave − good reasonable children − you are different!"
25 This cut me to the quick. For years I had spells of crying about it. Then by and
by I had a
 sweetheart. He wanted me to love him and I couldn’t, but one day I almost
did − he found me
 crying and coaxed.
 "Tell me."
 I told him what my big sister had said. He came close and whispered in my
ear, "Don’t cry, little
30 girl. If you were the naughtiest, you can bet your mother loved you a tiny bit
the best − that's the
 way mothers are."
CARR, Emily. Growing pains. Vancouver: Douglas & McIntyre, 2005.
"then we went again through our gate, locked the world out, and went back to the others." (l. 17-18)
Identifique a que se refere o pronome we. Com base no primeiro parágrafo do texto 1,
indique, também, a que se refere o termo the others. 
Gabarito:
(Resolução oficial)
"We": a autora do texto e sua mãe.
"The others": o pai e os irmãos da autora do texto.
Resolução:
 
Questão 15
Texto 1
Diga trinta e três 
1
Trinta e três. Quem diria. A adolescência foi na última
quinta, ainda há resquícios dela na estante de CDs,
no seu vocabulário, num canto do armário – uma
camisa xadrez que não vê a luz do sol desde um
show do Faith No More, em 1997 –, mas são
resquícios. Vez ou outra você está no supermercado,
comprando saco de lixo, queijo minas light e
amaciante, e vê uma turma de garotos e garotas
carregando
5
garrafas de Smirnoff Ice e sacolas de Doritos. Você
olha para as franjas lambidas dos meninos, para os
piercings das meninas e percebe, meio assustado,
que aquele é um mundo distante. Sente alguma
vergonha do seu carrinho. ?Diga trinta e três: trinta e
três. Diga: o que você fez? A essa altura da estrada,
uma parada é inevitável. Você desce do carro,
contempla a vista do mirante. Não é um olhar para
trás, como devem fazer?
10
?os velhos, ao fim da vida – ou devem evitar fazê-lo,
dependendo –, mas um olhar em volta: isso aqui sou
eu. Daqui pra frente, não vai mudar muito, vai? Já
deu tempo de descobrir que você não é um gênio da
matemática, nem um fenômeno da ginástica
olímpica.?
Trinta e três anos. A idade de Cristo, alguém diz, e
você logo pensa, repetindo um dos cacoetes de sua
faixa etária: o que ele já tinha alcançado com a
minha idade? Bom, tinha transformado água?
15
?em vinho, multiplicado peixes e pães, andado sobre
as águas, levantado defuntos e conquistado uma
multidão de fiéis em toda Judeia, Galileia, Samaria,
Efraim e arredores. E você, que não tem nem casa
própria? Também, naquele tempo era mais fácil –
você tenta se consolar –, não tinha tanta
concorrência e, oras, o cara era filho de Deus, o que
não só abre portas, abre até o mar Vermelho! Mas
você se compara, mesmo assim: Jesus deve ter
andado sobre as águas com o quê? Dezessete? Orson
Welles fez Cidadão?
20
?Kane com vinte e cinco. Rimbaud escreveu toda a
obra atéos dezenove! E você tão feliz por ter
conseguido mais quinze seguidores no Twitter...?
(O lance do mar Vermelho... Foi com Jesus ou com
Moisés? Céus, trinta e três anos e você não sabe uma
coisa dessas? Será que um dia vai saber? Quando
tem treze, ou vinte e três, acha que uma
hora vai aprender tudo o que não sabe, basta ficar
parado que as coisas naturalmente virão e entrarão
na
25
?sua cabeça. Agora você percebe que talvez passe a
vida ignorando certos assuntos. Mar Vermelho. As
regras do gamão. Francês.)?
Pense: um homem. Pense: uma mulher. Adultos, no
sentido mais abstrato, como um casal num livro de
inglês ou num vídeo de normas de segurança do
Detran. Espécimes maduros do Homo
sapiens sapiens: eles devem ter a sua idade. Talvez
tenham filhos. Você tem filhos, ou ainda não? Repare
no “ainda
30
não”, pois, de todas as coisas que você não
conquistou até agora, há que saber discernir entre as
que podem vir acompanhadas por um “ainda não” e
aquelas das quais é melhor desistir. Andar sobre as
águas, gênio da matemática, fenômeno da ginástica
olímpica: não é pra todo mundo. E aos trinta e três
anos, meu chapa, é hora de admitir: você é todo
mundo. Sei que é difícil. Viu filmes da Sessão da
Tarde demais, propagandas da Nike demais, foi
mimado demais para admitir que Deus não passou
mais tempo moldando a sua forma do
35
que a do vizinho do 71. É a não compreensão desse
banal infortúnio que faz com que haja em tantos
rostos de sua idade um brilho opaco, um fungo que
brota onde o sol não bate forte o suficiente: o
ressentimento. Acredite em mim: aos trinta e três
anos, de Jesus pra baixo, todo mundo é ressentido.
Não é que as pessoas vivam vidas ruins, as
aspirações é que são muito altas. A Sessão da Tarde,
as propagandas da Nike... Seu emprego é bom, mas
o salário é ruim. O salário é bom, mas o chefe é mala.
O chefe é você,
40
mas os prazos não te dão sossego. Sempre tem um
cunhado que ganha mais, um vizinho cuja grama é
mais verde, o próximo cuja mulher é mais fornida;
Jesus, aos trinta e três, o Orson Welles, aos vinte e
cinco – e o mau exemplo do Rimbaud eu nem
comento.
Trinta e três anos. Você para. Desce do carro. Olha
em volta. Você é o que queria ser quando crescesse?
Não exatamente? Por que não? Será que dá pra
mudar? Quanto dá pra mudar?
45
É preciso achar lugar no peito para as frustrações. É
preciso lidar com o ressentimento e não deixar, em
hipótese alguma, que ele se transforme em cinismo –
se ressentimento é fungo, cinismo é
ferrugem. Agora volte para o carro e siga em frente.
Se tudo der certo, você não está nem na metade do
caminho.
Diga trinta e três: trinta e três. Quem diria.
PRATA, Antonio. Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010, p. 170-172.
Texto 2
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
– Diga trinta e três.
– Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
– Respire.
..............................................................................................
– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 16. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2000. p. 128.
No segundo verso do poema (texto 2) lê-se: "A vida inteira que podia ter sido e que não foi". Como
podemos relacionar essa frase ao texto 1?
Gabarito:
(Resolução oficial)
Ambos os textos falam sobre o que a personagem não conseguiu fazer ao longo de sua vida. No
primeiro texto, ele se sente frustrado por se dar conta da efemeridade da vida e assim, não realizar
coisas significativas, e na frase citada, tendo em vista seu quadro clínico, a personagem se ressente
do que não poderá mais fazer.
Resolução:
 
Questão 16
Texto 1
Diga trinta e três 
1
Trinta e três. Quem diria. A adolescência foi na última
quinta, ainda há resquícios dela na estante de CDs,
no seu vocabulário, num canto do armário – uma
camisa xadrez que não vê a luz do sol desde um
show do Faith No More, em 1997 –, mas são
resquícios. Vez ou outra você está no supermercado,
comprando saco de lixo, queijo minas light e
amaciante, e vê uma turma de garotos e garotas
carregando
5
garrafas de Smirnoff Ice e sacolas de Doritos. Você
olha para as franjas lambidas dos meninos, para os
piercings das meninas e percebe, meio assustado,
que aquele é um mundo distante. Sente alguma
vergonha do seu carrinho. ?Diga trinta e três: trinta e
três. Diga: o que você fez? A essa altura da estrada,
uma parada é inevitável. Você desce do carro,
contempla a vista do mirante. Não é um olhar para
trás, como devem fazer?
10
?os velhos, ao fim da vida – ou devem evitar fazê-lo,
dependendo –, mas um olhar em volta: isso aqui sou
eu. Daqui pra frente, não vai mudar muito, vai? Já
deu tempo de descobrir que você não é um gênio da
matemática, nem um fenômeno da ginástica
olímpica.?
Trinta e três anos. A idade de Cristo, alguém diz, e
você logo pensa, repetindo um dos cacoetes de sua
faixa etária: o que ele já tinha alcançado com a
minha idade? Bom, tinha transformado água?
15
?em vinho, multiplicado peixes e pães, andado sobre
as águas, levantado defuntos e conquistado uma
multidão de fiéis em toda Judeia, Galileia, Samaria,
Efraim e arredores. E você, que não tem nem casa
própria? Também, naquele tempo era mais fácil –
você tenta se consolar –, não tinha tanta
concorrência e, oras, o cara era filho de Deus, o que
não só abre portas, abre até o mar Vermelho! Mas
você se compara, mesmo assim: Jesus deve ter
andado sobre as águas com o quê? Dezessete? Orson
Welles fez Cidadão?
20
?Kane com vinte e cinco. Rimbaud escreveu toda a
obra até os dezenove! E você tão feliz por ter
conseguido mais quinze seguidores no Twitter...?
(O lance do mar Vermelho... Foi com Jesus ou com
Moisés? Céus, trinta e três anos e você não sabe uma
coisa dessas? Será que um dia vai saber? Quando
tem treze, ou vinte e três, acha que uma
hora vai aprender tudo o que não sabe, basta ficar
parado que as coisas naturalmente virão e entrarão
na
25
?sua cabeça. Agora você percebe que talvez passe a
vida ignorando certos assuntos. Mar Vermelho. As
regras do gamão. Francês.)?
Pense: um homem. Pense: uma mulher. Adultos, no
sentido mais abstrato, como um casal num livro de
inglês ou num vídeo de normas de segurança do
Detran. Espécimes maduros do Homo
sapiens sapiens: eles devem ter a sua idade. Talvez
tenham filhos. Você tem filhos, ou ainda não? Repare
no “ainda
30
não”, pois, de todas as coisas que você não
conquistou até agora, há que saber discernir entre as
que podem vir acompanhadas por um “ainda não” e
aquelas das quais é melhor desistir. Andar sobre as
águas, gênio da matemática, fenômeno da ginástica
olímpica: não é pra todo mundo. E aos trinta e três
anos, meu chapa, é hora de admitir: você é todo
mundo. Sei que é difícil. Viu filmes da Sessão da
Tarde demais, propagandas da Nike demais, foi
mimado demais para admitir que Deus não passou
mais tempo moldando a sua forma do
35
que a do vizinho do 71. É a não compreensão desse
banal infortúnio que faz com que haja em tantos
rostos de sua idade um brilho opaco, um fungo que
brota onde o sol não bate forte o suficiente: o
ressentimento. Acredite em mim: aos trinta e três
anos, de Jesus pra baixo, todo mundo é ressentido.
Não é que as pessoas vivam vidas ruins, as
aspirações é que são muito altas. A Sessão da Tarde,
as propagandas da Nike... Seu emprego é bom, mas
o salário é ruim. O salário é bom, mas o chefe é mala.
O chefe é você,
40
mas os prazos não te dão sossego. Sempre tem um
cunhado que ganha mais, um vizinho cuja grama é
mais verde, o próximo cuja mulher é mais fornida;
Jesus, aos trinta e três, o Orson Welles, aos vinte e
cinco – e o mau exemplo do Rimbaud eu nem
comento.
Trinta e três anos. Você para. Desce do carro. Olha
em volta. Você é o que queria ser quando crescesse?
Não exatamente?Por que não? Será que dá pra
mudar? Quanto dá pra mudar?
45
É preciso achar lugar no peito para as frustrações. É
preciso lidar com o ressentimento e não deixar, em
hipótese alguma, que ele se transforme em cinismo –
se ressentimento é fungo, cinismo é
ferrugem. Agora volte para o carro e siga em frente.
Se tudo der certo, você não está nem na metade do
caminho.
Diga trinta e três: trinta e três. Quem diria.
PRATA, Antonio. Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010, p. 170-172.
Texto 2
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
– Diga trinta e três.
–Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
– Respire.
..............................................................................................
– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 16. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira. 2000. p. 128.
Nos textos 1 e 2, os autores empregaram a frase “Diga trinta e três”. Quais são os sentidos atribuídos
a ela em cada texto?
Gabarito:
(Resolução oficial)
No primeiro texto, a frase “Diga trinta e três” convida a personagem a refletir sobre a idade e sua
trajetória de vida até então. No segundo texto, em um contexto de exame médico, a frase em
questão é repetida pelo eu lírico a pedido do médico, com o objetivo de examinar a personagem,
verificando possíveis problemas respiratórios.
Resolução:
 
Questão 17
Texto 1
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
– Diga trinta e três.
– Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
– Respire.
..............................................................................................
– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 16. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira. 2000. p. 128.
Texto 3
Disponível em: .
Relacione o emprego do advérbio “ainda” na peça publicitária mencionada ao tema do texto 1.
Gabarito:
(Resolução oficial)
No texto 1, a última fala do doutor remete à condição terminal do doente, sendo o "tango argentino"
a prescrição irônica para que este aproveite os últimos dias de vida que lhe restam. O emprego do
advérbio "ainda", na peça publicitária, revela o pressuposto de que, antes que seja tarde, é
fundamental precaver-se contra doenças e acidentes fatais.
Resolução:
 
Questão 18
Texto 1
Nova data? Escola não libera muçulmanos para festa religiosa
Diretor afirmou que aqueles que não comparecessem às aulas levariam falta
1
Nesta quinta-feira (24), a religião Islã comemora a
Festa do Sacrifício, uma das datas religiosas mais
importantes para os muçulmanos. Apesar do feriado
religioso, uma escola no Reino Unido não liberou seus
alunos das aulas e informou que aqueles que não
comparecessem levariam falta. As informações são do
Independent.
2
Normalmente, em feriados religiosos, as escolas
tendem a dar uma "falta autorizada" aos alunos de
determinada religião. No entanto, a instituição afirmou
aos pais que os alunos muçulmanos não seriam
liberados e poderiam comemorar a data na sexta-feira
(25), quando a escola estará fechada pra um
treinamento dos professores.
"Sexta-feira não significa nada. O Eid al-Adha (Festa
do Sacrifício) é na quinta", disse a mãe de uma das
alunas da escola, que estranhou a decisão da
instituição, já que as crianças normalmente são
liberadas.
3
A carta enviada pela diretoria aos pais dizia: "Nós
permitimos que os estudantes registrados como
muçulmanos tenham um dia de falta autorizada para
celebrar a ocasião. A sexta-feira, 25 de setembro,
quando a Academia estará fechada para alunos, foi
reservada para isso. Nesse dia todos os alunos terão
direito a uma falta autorizada".
4
Muitos pais ficaram insatisfeitos e alunos não foram à
escola, apesar da posição da diretoria. No feriado da
Festa do Sacrifício, os muçulmanos reservam o dia
para rezar, trocar presentes e comemorar com a
família e amigos.
Disponível em: .
Texto 2
Menina vítima de intolerância religiosa diz que vai ser difícil esquecer pedrada
Criança é do candomblé e foi agredida na saída do culto. Avó iniciou campanha na internet e recebeu
apoio de amigos.
1
A marca da violência está na cabeça da menina de 11
anos que foi agredida no Subúrbio do Rio
por intolerância religiosa, mas esta não é a maior
cicatriz. “Achei que ia morrer. Eu sei que vai ser difícil.
Toda vez que eu fecho o olho eu vejo tudo de novo.
Isso vai ser difícil de tirar da memória”, afirmou
Kailane Campos, que é candomblecista e foi
apedrejada na saída de um culto. Ela deu a declaração
em entrevista ao
2
RJTV desta terça-feira (16).
A garota foi agredida no último domingo (14) e,
segundo a avó, que é mãe de santo, todos estavam
vestidos de branco, porque tinham acabado de sair do
culto. Eles caminhavam para casa, na Vila da Penha,
quando dois homens começaram a insultar o grupo.
Um deles jogou uma pedra, que bateu num poste e
depois atingiu a menina.
3
“O que chamou a atenção foi que eles começaram a
levantar a Bíblia e a chamar todo mundo de ‘diabo’,
‘vai para o inferno’, ‘Jesus está voltando’", afirmou a
avó da menina, Káthia Marinho.
Na delegacia, o caso foi registrado como preconceito
de raça, cor, etnia ou religião e também como lesão
corporal, provocada por pedrada. Os agressores
fugiram num ônibus que passava pela Avenida Meriti,
no mesmo bairro. A polícia, agora, busca imagens das
câmeras de segurança do veículo para tentar
identificar
4
os dois homens.
A avó da criança lançou uma campanha na internet e
tirou fotos segurando um cartaz com as frases: “Eu
visto branco, branco da paz. Sou do candomblé, e
você?”. A campanha recebeu o apoio de
amigos e pessoas que defendem a liberdade religiosa.
Uma delas escreveu: “Mãe Kátia, estamos juntos
nessa”.
5
Iniciada no candomblé há mais de 30 anos, a avó da
garota diz que nunca havia passado por uma situação
como essa.
Disponível em:.
Os textos 1 e 2 têm um tema em comum. Qual é esse tema? Justifique sua resposta.
Gabarito:
(Resolução oficial)
Os dois textos noticiam casos de intolerância religiosa. No Texto 1, a intolerância é cometida quando
uma escola nega o direito de que seus alunos muçulmanos faltem aula para comemorarem um dia
sagrado para eles. No Texto 2, não só há intolerância moral (como no Texto 1), mas, também, chega
a haver agressão física, pois uma menina candomblecista é ferida na saída de um culto.
Resolução:
 
Questão 19
The Amazon is the greatest river in the world, although not the longest. It has the greatest volume of
water of any river, and also the ______ drainage basin – the area where it flows. The streams that feed
it start near the Pacific, in the icy heights of the Andes Mountains in Peru. They flow eastwards, across
Brazil, joining into bigger and bigger rivers. Eventually, they all unite in the gigantic Amazon, which
meets the Atlantic at the equator. Its total length is 6,437 kilometres and it flows through about one-
third of South America.
Passengers on an ocean liner heading for the mouth of the Amazon might actually meet the river
about 320 kilometres from the coast, because the great force of the Amazon sends its waters right
out into the Atlantic. Seen from the air, these waters make a long, muddy stain in the sea.Children’s britannica, v. 1, 1973. Adaptado.
De acordo com o texto, o rio Amazonas
(A) recebe navios transatlânticos ao longo de 320 quilômetros.
(B) corre de leste para oeste, chegando até os Andes, no Peru.
(C) é o mais extenso do mundo, com 6.437 quilômetros.
(D) nasce no Atlântico, próximo à linha do Equador.
(E) deságua com tanta força que suas águas não se misturam logo às do mar.
Gabarito:
E
Resolução:
De acordo com o texto, o rio Amazonas deságua com tanta força que suas águas não se misturam
logo às do mar, podendo ser identificadas a até 320 km da costa do Atlântico ("Passengers on an
ocean liner heading for the mouth of the Amazon might actually meet the river about 320 kilometres
from the coast, because the great force of the Amazon sends its waters right out into the Atlantic"). 
Questão 20
The Amazon is the greatest river in the world, although not the longest. It has the greatest volume of
water of any river, and also the ______ drainage basin – the area where it flows. The streams that feed
it start near the Pacific, in the icy heights of the Andes Mountains in Peru. They flow eastwards, across
Brazil, joining into bigger and bigger rivers. Eventually, they all unite in the gigantic Amazon, which
meets the Atlantic at the equator. Its total length is 6,437 kilometres and it flows through about one-
third of South America.
Passengers on an ocean liner heading for the mouth of the Amazon might actually meet the river
about 320 kilometres from the coast, because the great force of the Amazon sends its waters right
out into the Atlantic. Seen from the air, these waters make a long, muddy stain in the sea.
Children’s britannica, v. 1, 1973. Adaptado.
A palavra “Eventually”, na quarta frase do primeiro parágrafo, pode ser substituída, sem mudança de
sentido na frase, por
(A) turning out.
(B) at once.
(C) going away.
(D) at last.
(E) getting on.
Gabarito:
D
Resolução:
A palavra “eventually”, na quarta frase do primeiro parágrafo, pode ser substituída por "at last",
mantendo-se o sentido de "afinal".a contar isso tudo” (linhas 148-149) /
Quando se formou a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo.
 
D) “Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho,
que desatava a cantar.” (linhas 86-88) / Antes que saísse para o trabalho o homem ruivo
costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar.
Gabarito:
D
Resolução:
Na frase original, a autora utiliza uma oração subordinada adverbial em sua forma reduzida, e a
expressão grifada utiliza o mesmo tipo de oração em sua forma desenvolvida, sendo que ambas as
formas são previstas e aceitas pela norma culta. A alternativa D, portanto, está correta.
 
Na alternativa A, a autora prefere a repetição do termo passarinho ao invés da retomada do mesmo
pelo pronome relativo, como sugere a sintaxe tradicional. 
 
Em B, ela opta por separar a segunda oração (coordenada adversativa) da primeira (coordenada
assindética), sendo que a sintaxe tradicional separaria tais orações com vírgula.
 
Em C, a autora quebra a regra de colocação pronominal segundo a qual a conjunção temporal
"quando" serviria como fator de atração para o pronome oblíquo "se", determinando a próclise.
Questão 2
Texto I
5
Uma mesa cheia de feijões.
O gesto de os juntar num montão único. E o gesto de
os separar, um por um, do dito montão.
O primeiro gesto é bem mais simples e pede menos
tempo que o segundo.
10
Se em vez da mesa fosse um território, em lugar de
feijões estariam pessoas. Juntar todas as pessoas
num montão único é trabalho menos complicado do
que o de personalizar cada uma delas.
O primeiro gesto, o de reunir, aunar, tornar uno todas
15
as pessoas de um mesmo território, é o processo da
CIVILIZAÇÃO.
O segundo gesto, o de personalizar cada ser que
pertence a uma civilização, é o processo da CULTURA.
É mais difícil a passagem da civilização para a cultura
20
do que a formação de civilização.
A civilização é um fenômeno colectivo.
A cultura é um fenômeno individual.
Não há cultura sem civilização, nem civilização que
perdure sem cultura.
 
 
Almada Negreiros
Vocabulário
aunar – juntar em um todo; unir
Texto II
O dia em que nós formos inteiramente brasileiros e só brasileiros a humanidade estará rica de mais
uma raça, rica de uma nova combinação de qualidades humanas. As raças humanas são acordes
musicais (...) Quando realizarmos o nosso acorde, então seremos usados na harmonia da civilização.
Mário de Andrade
 
Assinale a alternativa que correlaciona, quanto ao sentido do termo “civilização”, o fragmento de
Mário de Andrade (texto II) com o fragmento de Almada Negreiros (texto I).
(A) O texto II personaliza individualmente o termo “civilização”, tornando-o sinônimo do conceito de
“cultura” como ocorre no texto I.
(B) O texto I se vale da metáfora do “acorde musical” para especificar o conceito de “civilização”
como um fenômeno individual como se apresenta no texto I.
(C) O texto I emprega “juntar feijões em uma mesa”, enquanto o texto I emprega “realizarmos o
nosso acorde”, ambos para designar as ações que transformam indivíduos em um conjunto maior que
se pode chamar de “civilização”.
(D) O texto I considera que “cultura” significa personalizar cada ser que pertence a uma “civilização”,
enquanto o texto III afirma que “civilização” tem limites territoriais como “cultura”.
(E) O texto III aponta que “civilização” é algo que vai além do território nacional, enquanto o texto I
aponta que o termo “cultura” designa um fenômeno que vai muito além do individual.
Gabarito:
C
Resolução:
A afirmação presente em C é a única correta, pois de fato os textos I e III se utilizam de metáforas
diferentes (“juntar feijões em uma mesa” e “realizarmos o nosso acorde”) para se referirem ao
processo da civilização, que envolve a coletividade.
Questão 3
Texto I
5
Uma mesa cheia de feijões.
O gesto de os juntar num montão único. E o gesto de
os separar, um por um, do dito montão.
O primeiro gesto é bem mais simples e pede menos
tempo que o segundo.
10
Se em vez da mesa fosse um território, em lugar de
feijões estariam pessoas. Juntar todas as pessoas
num montão único é trabalho menos complicado do
que o de personalizar cada uma delas.
O primeiro gesto, o de reunir, aunar, tornar uno todas
15
as pessoas de um mesmo território, é o processo da
CIVILIZAÇÃO.
O segundo gesto, o de personalizar cada ser que
pertence a uma civilização, é o processo da CULTURA.
É mais difícil a passagem da civilização para a cultura
20
do que a formação de civilização.
A civilização é um fenômeno colectivo.
A cultura é um fenômeno individual.
Não há cultura sem civilização, nem civilização que
perdure sem cultura.
 
 
Almada Negreiros
Vocabulário
aunar - juntar em um todo; unir
Texto II
5
Pasolini foi o mais aguerrido defensor da diferença,
ao detectar uma verdadeira mutação antropológica do
mundo moderno: a condição humana e a condição
burguesa passavam tristemente a coincidir. Tratava-se de
um poder invisível, diluído e onipresente. Tudo se tornava
10
igual a tudo em todo lugar. Era a melancolia da
semelhança, inspirando boa parte de seus desesperados
Escritos corsários. Era o fascismo de consumo que
devastava a singularidade das culturas. Era o fim dos
substratos sagrados, como vemos acontecer em Medeia.
15
O sujeito dava espaço ao consumidor. O corpo passava à
condição de mercadoria. Uma erotomania generalizada a
braços dados com o bom-mocismo desenxabido do
politicamente correto. Toda razão para Garaudy: o Ocidente
é um acidente. Um acidente que se imagina universal.
20
Tanto assim que, de Roma a Nova York, de Buenos Aires
a Paris, Pasolini deparava-se com jovens cada vez mais
parecidos entre si, a um só tempo infelizes e orgulhosos,
mesquinhos e arrivistas. Em Isfahan, por exemplo, muitos
começavam a usar um corte de cabelo à europeia. Para
25
dizer que não eram iguais aos bárbaros, aos mortos de
fome dos arredores: “somos burgueses, eis aqui nossos
cabelos compridos, que provam nossa modernidade
internacional de privilegiados.” Recusavam a própria
cultura para ingressar — acéfalos — no submundo da
 
modernidade. Quem poderá pressentir a profundidade do
abismo que os ameaça ou a tristeza que os cerca? Quem
os poderá salvar de si mesmos?
Marco Lucchesi
Vocabulário
Medeia - personagem da mitologia grega
erotomania - exageração, às vezes mórbida, dos sentimentos
amorosos e do fascínio por contatos sexuais; mania de sexo
Garaudy - Roger Garaudy, pensador francês
Isfahan - cidade no Irã
Texto III
O dia em que nós formos inteiramente brasileiros e só brasileiros a humanidade estará rica de mais
uma raça, rica de uma nova combinação de qualidades humanas. As raças humanas são acordes
musicais (...) Quando realizarmos o nosso acorde, então seremos usados na harmonia da civilização.
Mário de Andrade
 
Assinale a alternativa que apresenta comentário adequado a um dos fragmentos dos textos I e II, com
base em aspectos sintáticos, morfológicos e semânticos.
(A) Pasolini foi o mais aguerrido defensor da diferença, ao detectar uma verdadeira mutação
antropológica do mundo moderno: a condição humana e a condição burguesa passavam tristemente
a coincidir. (texto II, linhas 1-4)
Comentário: O uso dos dois pontos interfere ironicamente no esclarecimento do que foi enunciado.
(B) O gesto de os juntar num montão único. E o gesto de os separar, um por um, do dito montão.
(texto I, linhas 2-3)
Comentário: O emprego da conjunção coordenativa “E” implica sempre a obrigatoriedade do uso do
ponto final na oração anterior.
(C) Uma erotomania generalizada a braços dados com o bom-mocismo desenxabido do politicamente
correto. (texto II, linhas 12-14)
Comentário: A expressão “politicamente correto” está em processo de gramaticalização e, no
fragmento, constitui uma locução de valor conjuntivo.
(D) O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilização é o processo da
CULTURA. (texto I, linhas 13-14)
Comentário: O emprego do pronome demonstrativo “o” apresenta uma função coesiva, quecaracteriza, no fragmento, o termo determinante do substantivo.
(E) Tanto assim que, de Roma a Nova York, de Buenos Aires a Paris, Pasolini deparava-se com jovens
cada vez mais parecidos entre si, a um só tempo infelizes e orgulhosos, mesquinhos e arrivistas.
(texto II, linhas 16-19)
Comentário: A locução conjuntiva explicativa “tanto assim que” introduz argumentos para uma
opinião anteriormente expressa.
Gabarito:
E
Resolução:
Apenas a alternativa E está correta, pois de fato a locução conjuntiva "tanto assim que" introduz
argumentos para uma opinião anteriormente exprime. Essa locução expressa o sentido de
consequência. Em A, o uso dos pontos não revela nenhuma interferência irônica no esclarecimento
realizado. Eles apenas sinalizam com ênfase a introdução desse esclarecimento. Em B, o uso da
conjunção "E" não implica a obrigatoriedade do uso de ponto final na oração anterior. Aliás, o mais
comum é que não haja esse ponto e que as duas orações se somem em um único período. Em C, a
expressão "politicamente correto" é correntemente usada em nossa língua e não constitui uma
locução conjuntiva, mas tem valor de substantivo, vindo determinada pelo artigo. E em D, o pronome
demonstrativo "o" caracteriza, no fragmento, não o determinante, mas o próprio substantivo "gesto".
Questão 4
Texto I
5
O homem pensa ter na Cidade a base de toda
a sua grandeza e só nela tem a fonte de toda a
sua miséria. Vê, Jacinto! Na Cidade perdeu ele a
força e beleza harmoniosa do corpo, e se tornou
esse ser ressequido e escanifrado ou obeso e
10
afogado em unto, de ossos moles como trapos,
de nervos trêmulos como arames, com
cangalhas, com chinós, com dentaduras de
chumbo, sem sangue, sem fibra, sem viço, torto,
corcunda — esse ser em que Deus, espantado,
15
mal pôde reconhecer o seu esbelto e rijo e nobre
Adão!
Na Cidade findou a sua liberdade moral: cada
manhã ela lhe impõe uma necessidade, e cada
necessidade o arremessa para uma
20
dependência: pobre e subalterno, a sua vida é
um constante solicitar, adular, vergar, rastejar,
aturar; rico e superior como um Jacinto, a
sociedade logo o enreda em tradições, preceitos,
etiquetas, cerimônias, praxes, ritos, serviços mais
25
disciplinares que os de um cárcere ou de um
quartel... A sua tranquilidade (bem tão alto que
Deus com ela recompensa os santos) onde está,
meu Jacinto?
Sumida para sempre, nessa batalha
 
desesperada pelo pão ou pela fama, ou pelo
poder, ou pelo gozo, ou pela fugidia rodela de
ouro!
Eça de Queiroz
Vocabulário
escanifrado - magro, enfraquecido
unto - gordura
chinós - cabeleira postiça, peruca
Texto II
5
Este grafite está estampado ali no Parque dos Patins, um lugar
muito frequentado pelo público infantil, na Lagoa Rodrigo de Freitas
no Rio. Veja só. É uma mulher fantasiada, com um fuzil atravessado
nas costas, uma metralhadora na mão esquerda e uma pistola na
direita. Lá no fundo, dá para ver o morro do Corcovado e o Cristo
 
Redentor. Deve haver quem ache que é arte de rua. A coluna acha
um horror. É apenas mais um retrato que emporcalha a paisagem
carioca. Com todo respeito.
Anselmo Gois. O Globo, 29 jun. 2010.
Quanto à construção linguística do texto I e a legenda do texto II, pode-se afirmar que
(A) a progressão das ideias nos dois textos se efetiva por um narrador de primeira pessoa, enunciado
como personagem “Jacinto” (texto I) e um narrador de terceira pessoa referido de modo genérico
como uma “coluna” de jornal (texto II).
(B) a interlocução se apresenta diferentemente nos dois textos: como um substantivo “Jacinto” (texto
I, linha 3) e como desinência de terceira pessoa do singular do modo imperativo em “Veja só.” (texto
II, linha 3) em referência à pessoa com quem se fala.
(C) o emprego do pronome pessoal “lhe” (texto I, linha 14) referindo-se a “homem” aproxima o
narrador do leitor; o emprego do pronome demonstrativo “este” e do advérbio “ali” (texto II, linha 1)
aproximam espacialmente o narrador da imagem destacada no grafite.
(D) o uso da vírgula marca a enumeração de verbos substantivados (texto I, linhas 17-18); a vírgula
usada na descrição da mulher fantasiada (texto II, linha 3) encadeia a enumeração de ações
simultâneas.
(E) a palavra “Cidade” escrita com maiúscula (texto I, linha 1) produz um sentido de especificidade; a
expressão “Parque dos Patins” (texto II, linha 1), com maiúsculas, nomeia um substantivo de valor
irrestrito.
Gabarito:
B
Resolução:
O problema da alternativa A consiste no fato de que, nos dois textos, o foco narrativo é de terceira
pessoa, não de primeira. Quanto à afirmação de C, o pronome "lhe" não aproxima o narrador do
leitor, mas serve para fazer referência ao protagonista; do mesmo modo, o pronome "este" e o
advérbio "ali" não servem para aproximar o narrador da imagem, mas sim para localizar o leitor em
relação à imagem comentada. Quanto à alternativa D, ela está incorreta, pois as vírgulas presentes
na linha 3 do texto II servem para enumerar as características da mulher fantasiada, e não suas
ações. A alternativa E está incorreta, pois a palavra Cidade está escrita com maiúscula por ser
tomada em sentido absoluto, como personagem da história. Além disso, a expressão "Parque dos
Patins" está escrita com maiúsculas por referir-se ao nome próprio do lugar onde se encontra a
imagem comentada.
Questão 5
Texto 1
 
 
Texto 2
Palmadinha fora de lei
Carolina Romanini
Alexandre Salvador
Naiara Magalhães
 
(...) O presidente Lula assinou um projeto de
lei que modifica o Estatuto da Criança e do
Adolescente em seu artigo 18. Pelo novo texto,
fica vedado aos pais usar castigos corporais de
5
 
 
 
 
qualquer tipo na educação dos filhos. Um
parágrafo define o castigo corporal como “ação de
natureza disciplinar ou punitiva com o uso de
força física que resulte em dor ou lesão à criança
ou adolescente”. De acordo com a nova lei, que
10
 
 
 
 
ainda precisa ser aprovada pelo Congresso
Nacional, o pai ou mãe que, por exemplo, der uma
palmada na mão do filho que insiste em enfiar o
dedo na tomada elétrica poderá se sujeitar a penas
que variam da advertência à obrigatoriedade de se
15
 
 
 
 
submeter a acompanhamento psicológico ou
programas de orientação à família.
A alteração no texto do estatuto tem raízes
num projeto de lei apresentado em 2003 pela
deputada Maria do Rosário (PT-RS) e rejeitado
20
 
 
 
 
pelo Legislativo. A proposta da deputada surgiu a
partir de uma pesquisa realizada ao longo de trinta
anos pela Universidade de São Paulo com
crianças que sofriam castigos físicos na infância.
O estudo apontou que elas chegavam à vida adulta
25
 
 
 
 
traumatizadas e se mostravam mais agressivas em
situações corriqueiras do dia a dia. “Esse projeto é
100% preventivo. A intenção não é punir pais e
familiares. Queremos, apenas, que as pessoas
estejam alertas para as consequências desse tipo
30
 
 
 
 
de ato”, diz Maria do Rosário.
A intenção é boa, mas a nova lei antipalmada
levanta uma série de questionamentos de ordem
legal e cultural. Em primeiro lugar, para combater
castigos físicos severos, a lei é redundante. O
35
 
 
 
 
Código Penal e o Código Civil já contêm artigos
que punem os maus-tratos. (...) A nova lei suscita,
ainda, a questão sobre até que ponto o estado tem
direito de intervir no que se passa dentro dos
lares. Ninguém de bom-senso defende o
40
 
 
 
 
espancamento de crianças – mas será desejável
que o estado legisle sobre a palmadinha, que
muitos pais ainda consideram positiva do ponto
de vista pedagógico, apesar de todas as
condenações da psicologia moderna? “A lei
45
 
 
 
 
confronta o poder familiar, que é o direito do pai e
da mãe de exercer sua autoridade”, diz a
advogada Renata di Pierro, especialista em direito
de família.
(...) A psicóloga Jonia Lacerda, do Instituto
50
 
 
 
 
de Psiquiatria da USP, pondera que, no caso de
criança muito pequena, lançar um olhar mais
duro, segurá-la pelo braço ou mesmo dar um tapa
leve no bumbum pode ser mais adequado e
eficiente que discorrer durante horas sobre uma
55
 
 
 
 
regra queela infringiu. Diz Jonia: “A criança de
até 5 anos ainda não tem plena capacidade
intelectual para entender conceitos abstratos. Para
ela, a linguagem corporal, muito mais direta e
clara que a verbal, pode ser mais apropriada em
60
 
 
 
 
algumas situações”. (...)
De acordo com a psicóloga Marilda Lipp,
professora da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas, (...) a palmada passa a ser um
problema quando se torna a principal forma de
65
 
 
 
 
comunicação dos pais com os filhos. Quando o
pai ou a mãe se excedem no uso do tapinha na
mão ou no bumbum – um risco na fase em que as
crianças tendem a se tornar desafiadoras e
irônicas, entre os 3 e os 5 anos de idade –, o
70
 
 
 
 
recurso perde a função pedagógica e se torna
apenas uma maneira de os pais descarregarem a
própria raiva. Os especialistas ressaltam que a
violência física contra meninos e meninas deve,
obviamente, ser evitada. Mas consideram que o
75
 
 
 
 
texto agora incorporado ao Estatuto da Criança e
do Adolescente, além de exagerar ao proibir
castigos leves e pedagógicos, cria a ilusão de que
toda e qualquer violência contra menores de idade
será coibida. Diz a educadora Guiomar Mello:
80
 
 
 
 
“Há outros tipos de violência mais sutis, como a
pressão psicológica, a chantagem emocional e a
expectativa exagerada sobre os filhos, que podem
causar tanto sofrimento quanto a agressão física”.
(...)
Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano 43, n. 29, 21 jul. 2010, p. 87-92.
 
Texto 3
Dói mais do que você pensa
Geraldinho Vieira
 
 
Marque com um X as alternativas que são
usadas na sua casa para dar um jeito naquele
moleque que não obedece, que lhe responde ...
naquele menino que, afinal, precisa de limites:
5
 
 
 
 
( ) palmadas e puxões de orelhas;
( ) tapa na cabeça, tapa na bunda e tapa na
cara;
( ) só uns tapinhas;
( ) murro, cascudos e beliscões;
10
 
 
 
 
( ) chinelada, surra de cinto e chute na bunda;
( ) xingamentos,humilhações, gritos e insultos;
( ) corte da mesada, quarto escuro, trancar no
banheiro;
( ) não dar ouvidos;
15
 
 
 
 
( ) a mão erguida;
( ) o olhar fulminante.
Muito bem, nada de “jujubas, caramelos,
sundae de chocolate”, como canta Marisa Monte.
O negócio é “palmada, cascudo, fica quieto
20
 
 
 
 
menino!”. Se você andou marcando X na lista
acima, não se sinta só, não pense que é só na sua
casa: 42% dos peruanos, 67% dos venezuelanos,
45% dos uruguaios e 68% dos argentinos também
ajudam a forjar crianças agressivas e deprimidas,
25
 
 
 
 
que amanhã serão os adultos da guerra, da
intolerância, do autoritarismo. E essas crianças
vão castigar suas crianças e a gente vai seguindo
com cara de quem não sabe por que é que assim
caminha a humanidade ... É a chamada
30
 
 
 
 
“transmissão geracional da violência”. (...)
Pode ser que você volte à lista e pense “bom,
na verdade aqui em casa só usamos umas formas
mais lights, porque afinal de contas ...”. É, né?! A
maior parte das pessoas tem mesmo dificuldade
35
 
 
 
 
em reconhecer tais atos como violência. Pais e
mães acreditam que estão batendo para educar,
acham que “crianças que não apanham ficam sem
limites”, mas se esquecem de que estão utilizando
a mesma justificativa para conter ou punir a
40
 
 
 
 
violência das crianças quando estas apresentam
comportamento agressivo: a criança apanha
porque bateu no irmão! (...)
Mas, como as crianças se sentem quando são
castigadas? O que se passa com elas quando ficam
45
 
 
 
 
presas em quartos escuros ou são humilhadas?
Elas são capazes de entender por que os pais as
agridem (mesmo quando dizem bater para
educar)?
Um estudo realizado pelo Instituto Promundo
50
 
 
 
 
(RJ) ouviu 600 pais e 65 crianças em três
comunidades cariocas para compreender melhor
como eles percebem o fenômeno dos castigos
físicos e humilhantes. A maioria delas admitiu
sentir medo, tristeza e raiva quando sujeitadas à
55
 
 
 
 
punição física ou humilhante. De novo, nada de
jujubas e caramelos: tristeza e infelicidade;
depressão e dor; raiva e rejeição; menosprezo e
marginalização; humilhação; impotência (não
podem revidar).
60
 
 
 
 
Nas entrevistas, segundo informe da Agência
de Notícias dos Direitos da Infância, “muitas
crianças disseram ficar muito ressentidas nos
momentos em que sentem que seus pais não as
escutam nem levam seus desejos em
65
 
 
 
 
consideração. Além de uma escuta atenta por
parte de pai e mãe, muitas descreveram tentativas
desesperadas de tentar se fazer ouvir pelos
adultos”.
Sabe-se que o castigo físico, quando aplicado
70
 
 
 
 
por um longo período, não surte mais o efeito
desejado pelos adultos, ou seja, o comportamento
infantil indesejado segue acontecendo. O que as
crianças afirmam é que nem lembram o motivo
pelo qual foram castigadas. Na verdade, as
75
 
 
 
 
vítimas tendem a perder a concentração nos
estudos e aumentam as possibilidades de se
tornarem pessoas agressivas, competidoras e com
predisposição a desenvolver, no futuro, relações
violentas. (...)
Texto adaptado. Disponível em: .
Acesso em: 20 set. 2010.
 
Assinale o que for correto a respeito das funções da linguagem presentes nos textos 1, 2 e 3.
 
01) O primeiro parágrafo do texto 2 (linhas 1-16) tem a função referencial ou denotativa como
predominante, uma vez que, nesse trecho, a preocupação maior é com a transmissão de informações
a respeito de um fato da realidade.
 
02) Nos textos 1 e 3, o uso de verbos conjugados no imperativo, de adjuntos adverbiais e de
substantivos abstratos evidencia a função conativa, cujo propósito é o de persuadir o destinatário,
influenciando seu comportamento.
 
04) As definições, como a que aparece no texto 2 (linhas 5-9), são exemplos da função
metalinguística, que é aquela na qual se usa a mensagem para falar da própria mensagem.
 
08) No texto 3, no trecho “De novo, nada de jujubas e caramelos: tristeza e infelicidade; depressão e
dor; raiva e rejeição...” (linhas 55-57), observa-se a expressão das emoções e do estado de espírito
do emissor da mensagem e, por isso, esse trecho pode ser interpretado como evidência da função
emotiva.
 
16) No texto 2, as explicações dadas pelas psicólogas Jonia Lacerda (linhas 49-60) e Marilda Lipp
(linhas 61-72) e pela educadora Guiomar Mello (linhas 79-83) são exemplos típicos da função fática,
já que essa função tem como propósito estabelecer comunicação ou contato com o emissor.
Gabarito:
05
Resolução:
01 + 04 = 05
A afirmativa 02 é incorreta, pois somente os verbos no imperativo evidenciam uso de função
conativa, cujo propósito é influenciar o receptor da mensagem. A afirmativa 08 está incorreta, já que,
no trecho transcrito, não se pode dizer que o emissor expresse suas emoções ou estado de espírito.
Ele apenas usa expressões conhecidas de uma música, as quais remetem a uma infância feliz, para
associá-las, por oposição, a sentimentos negativos que fazem parte da infância de muitas crianças.
Assim, pode-se dizer que, ao empregar uma antítese para expressar sua crítica, o autor faz uso da
função poética da linguagem. Quanto à afirmativa 16, as explicações dadas pelas profissionais
citadas evidenciam uso da função referencial, uma vez que seu principal propósito é informar os
receptores, acrescentando dados específicos sobre o assunto em questão.
Questão 6
The alternative which correctly completes the sentence “Without rebellion against the mediocrity and
the squalor of life, we would still live in a primitive state, and history …… .” is 
A) has been stopped.
B) will have stopped.
C) would have stopped.
D) would has stopped.
Gabarito:
C
Resolução:
Para acertar esta questão, era preciso reconhecer na sentença um tipo de condicional; no caso, a
third conditional (também chamada de type 3). A terceira condição é uma estrutura usada para falar
de situações irreais no passado ("em um passado em que não houvesse ocorrido a rebelião contra a
mediocridade, a história teria sido diferente"). 
No exemplo em questão, a condicional se apresentaabreviada, estando sua primeira oração
reduziada a "Without rebellion against the mediocrity and the squalor of life".
Uma forma desenvolvida da oração pode ajudar a compreender a formação e a escolha pela
alternativa C. Em uma paráfrase livre, teríamos:
"If the rebellion [...] had not existed, we would stiil live in a primitive state, and history would have
stopped".
Seguindo a estrutura:
If Clause (if + subject + past perfect verb) + Main Clause (subject + would (OR could, OR might) have
+ past participle)
Questão 7
Texto 1
Isso é um assassinato e eu endosso. A autora [da adaptação] quer que a Academia se manifeste. Para
ela, vai ser a glória. Mas vários acadêmicos se manifestaram. Eu me manifestei. Há temas em que a
instituição não pode se baratear. Essa mulher quer que nós tenhamos essa discussão como se ela
estivesse propondo a ressurreição eterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela. Confio
na vigilância da sociedade. Vamos para a rua protestar.
PIÑON, Nélida. Disponível em: .
Texto 2
Não defenderia, jamais, que Secco [autora da adaptação] fosse impedida de realizar seu projeto, mas
não me parece que a proposta devesse merecer apoio do Ministério da Cultura e ser realizada com a
ajuda de leis que, afinal, transferem impostos para a cultura. Trata-se, na melhor das hipóteses, de
ingenuidade; na pior, de excesso de "sagacidade". Não será a adulteração de obras, para torná-las
supostamente mais legíveis por ignorantes, que irá resolver o problema do acesso a textos literários
históricos – mesmo porque, adulterados, já terão deixado de ser o que eram.
GONÇALVES, Marcos Augusto. Disponível em: .
Examine os enunciados:
• "Vamos para a rua protestar." (Texto 1)
• "Não será a adulteração de obras, para torná-las supostamente mais legíveis por ignorantes"
(Texto 2)
O termo "para", em destaque nos enunciados, expressa, respectivamente, sentido de
a) movimento e finalidade.
b) modo e conformidade.
c) tempo e comparação.
d) movimento e comparação.
e) conformidade e finalidade.
Gabarito:
A
Resolução:
Do exame dos trechos em questão, temos que no primeiro a preposição "para" indica movimento em
direção a algo ou a algum lugar; no segundo, a mesma preposição estabelece relação de finalidade
entre as orações (no caso, semanticamente, a finalidade da "adulteração das obras").
Questão 8
TEXT
A library tradition is being refashioned to emphasize early literacy and better prepare young children
for school, and drawing many new fans in the process.
Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats for a hot
Broadway show like “Hamilton.” Lines stretch down the block at some branches, with tickets given
out on a first-come-first-served basis because there is not enough room to accommodate all of the
children who show up.
Workers at the 67th Street Library on the Upper East Side of Manhattan turn away at least 10 people
from every reading. They have been so overwhelmed by the rush at story time — held in the branch’s
largest room, on the third floor — that once the space is full, they close the door and shut down the
elevator. “It is so crowded and so popular, it’s insane,” Jacqueline Schector, a librarian, said.
Story time is drawing capacity crowds at public libraries across New York and across the country at a
time when, more than ever, educators are emphasizing the importance of early literacy in preparing
children for school and for developing critical thinking skills. The demand crosses economic lines, with
parents at all income levels vying to get in.
Many libraries have refashioned the traditional readings to include enrichment activities such as
counting numbers and naming colors, as well as music and dance. And many parents have made
story time a fixture in their family routines alongside school pickups and playground outings — and,
for those who employ nannies, a nonnegotiable requirement of the job.
In New York, demand for story time has surged across the city’s three library systems — the New York
Public Library, the Brooklyn Public Library, and the Queens Library — and has posed logistical
challenges for some branches, particularly those in small or cramped buildings. Citywide, story time
attendance rose to 510,367 people in fiscal year 2015, up nearly 28 percent from 399,751 in fiscal
2013.
“The secret’s out,” said Lucy Yates, 44, an opera coach with two sons who goes to story time at the
Fort Washington Library every week.
Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches an hour
before doors open. To prevent overcrowding, tickets are given out at the New Amsterdam and
Webster branches, both in Manhattan, the Parkchester branch in the Bronx, and a half-dozen
branches in Brooklyn, including in Park Slope, Kensington and Bay Ridge.
The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and holds sessions
outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people.
In Queens, 41 library branches are scheduled to add weekend hours this month, and many will
undoubtedly include weekend story times. As Joanne King, a spokeswoman for the library explained,
parents have been begging for them and “every story time is full, every time we have one.”
Long a library staple, story time has typically been an informal reading to a small group of boys and
girls sitting in a circle. Today’s story times involve carefully planned lessons by specially trained
librarians that emphasize education as much as entertainment, and often include suggestions for
parents and caregivers about how to reinforce what children have learned, library officials said.
Libraries around the country have expanded story time and other children’s programs in recent years,
attracting a new generation of patrons in an age when online offerings sometimes make trips to the
book stacks unnecessary. Sari Feldman, president of the American Library Association, said such
early-literacy efforts are part of a larger transformation libraries are undergoing to become active
learning centers for their communities by offering services like classes in English as a second
language, computer skills and career counseling.
Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than a decade
of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in preparing
young children for school. In 2004, as part of that effort, the association developed a curriculum,
“Every Child Ready to Read,” that she said is now used by thousands of libraries.
The New York Public Library is adding 45 children’s librarians to support story time and other
programs, some of which are run in partnership with the city government. It has also designated 20 of
its 88 neighborhood branches, including the Fort Washington Library, as “enhanced literary sites.” As
such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and distribute 15,000
“family literacy kits” that include a book and a schedule of story times.
“It is clear that reading and being exposed to books early in life are critical factors in student
success,” Anthony W. Marx, president of the New York Public Library, said. “The library is playing an
increasingly important role in strengthening early literacy in this city, expanding efforts to bring
reading to children and their families through quality, free story times, curated literacy programs,
after-school programs and more.”
For its part, the Queens Library plans to expand a “Kick Off to Kindergarten” program that attracted
more than 180 families for a series of workshops last year. Library officials said that more than three-
quarters of the children who enrolled, many of whom spoke a language other than English at home,
developed measurable classroom skills.
Available at: .
One of the New York branches continues to add story times and
a) has offered meetings outside duringthe summer.
b) gives tickets to handicapped children.
c) has attracted a new generation of caregivers.
d) plans to expand story time to California. 
Gabarito:
A 
Resolução:
Segundo o texto, uma das bibliotecas de Nova Iorque aumenta o número de sessões de contação de
histórias devido ao seu sucesso e promove também sessões ao ar livre no verão, juntando até 200
interessados ("The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and
holds sessions outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people").
Questão 9
TEXT
A library tradition is being refashioned to emphasize early literacy and better prepare young children
for school, and drawing many new fans in the process.
Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats for a hot
Broadway show like “Hamilton.” Lines stretch down the block at some branches, with tickets given
out on a first-come-first-served basis because there is not enough room to accommodate all of the
children who show up.
Workers at the 67th Street Library on the Upper East Side of Manhattan turn away at least 10 people
from every reading. They have been so overwhelmed by the rush at story time — held in the branch’s
largest room, on the third floor — that once the space is full, they close the door and shut down the
elevator. “It is so crowded and so popular, it’s insane,” Jacqueline Schector, a librarian, said.
Story time is drawing capacity crowds at public libraries across New York and across the country at a
time when, more than ever, educators are emphasizing the importance of early literacy in preparing
children for school and for developing critical thinking skills. The demand crosses economic lines, with
parents at all income levels vying to get in.
Many libraries have refashioned the traditional readings to include enrichment activities such as
counting numbers and naming colors, as well as music and dance. And many parents have made
story time a fixture in their family routines alongside school pickups and playground outings — and,
for those who employ nannies, a nonnegotiable requirement of the job.
In New York, demand for story time has surged across the city’s three library systems — the New York
Public Library, the Brooklyn Public Library, and the Queens Library — and has posed logistical
challenges for some branches, particularly those in small or cramped buildings. Citywide, story time
attendance rose to 510,367 people in fiscal year 2015, up nearly 28 percent from 399,751 in fiscal
2013.
“The secret’s out,” said Lucy Yates, 44, an opera coach with two sons who goes to story time at the
Fort Washington Library every week.
Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches an hour
before doors open. To prevent overcrowding, tickets are given out at the New Amsterdam and
Webster branches, both in Manhattan, the Parkchester branch in the Bronx, and a half-dozen
branches in Brooklyn, including in Park Slope, Kensington and Bay Ridge.
The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and holds sessions
outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people.
In Queens, 41 library branches are scheduled to add weekend hours this month, and many will
undoubtedly include weekend story times. As Joanne King, a spokeswoman for the library explained,
parents have been begging for them and “every story time is full, every time we have one.”
Long a library staple, story time has typically been an informal reading to a small group of boys and
girls sitting in a circle. Today’s story times involve carefully planned lessons by specially trained
librarians that emphasize education as much as entertainment, and often include suggestions for
parents and caregivers about how to reinforce what children have learned, library officials said.
Libraries around the country have expanded story time and other children’s programs in recent years,
attracting a new generation of patrons in an age when online offerings sometimes make trips to the
book stacks unnecessary. Sari Feldman, president of the American Library Association, said such
early-literacy efforts are part of a larger transformation libraries are undergoing to become active
learning centers for their communities by offering services like classes in English as a second
language, computer skills and career counseling.
Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than a decade
of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in preparing
young children for school. In 2004, as part of that effort, the association developed a curriculum,
“Every Child Ready to Read,” that she said is now used by thousands of libraries.
The New York Public Library is adding 45 children’s librarians to support story time and other
programs, some of which are run in partnership with the city government. It has also designated 20 of
its 88 neighborhood branches, including the Fort Washington Library, as “enhanced literary sites.” As
such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and distribute 15,000
“family literacy kits” that include a book and a schedule of story times.
“It is clear that reading and being exposed to books early in life are critical factors in student
success,” Anthony W. Marx, president of the New York Public Library, said. “The library is playing an
increasingly important role in strengthening early literacy in this city, expanding efforts to bring
reading to children and their families through quality, free story times, curated literacy programs,
after-school programs and more.”
For its part, the Queens Library plans to expand a “Kick Off to Kindergarten” program that attracted
more than 180 families for a series of workshops last year. Library officials said that more than three-
quarters of the children who enrolled, many of whom spoke a language other than English at home,
developed measurable classroom skills.
Available at: .
One of the reasons for the relevance of early literacy is that it
a) helps children to interact with their nannies.
b) develops critical thinking skills.
c) emphasizes social interaction.
d) can teach kids to count numbers and name colors. 
Gabarito:
B 
Resolução:
De acordo com o texto, uma das razões apontadas pelos educadores como importantes em relação à
alfabetização precoce é sua participação no desenvolvimento do pensamento crítico ("educators are
emphasizing the importance of early literacy in preparing children for school and for developing
critical thinking skills").
Questão 10
TEXT
A library tradition is being refashioned to emphasize early literacy and better prepare young children
for school, and drawing many new fans in the process.
Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats for a hot
Broadway show like “Hamilton.” Lines stretch down the block at some branches, with tickets given
out on a first-come-first-served basis because there is not enough room to accommodate all of the
children who show up.
Workers at the 67th Street Library on the Upper East Side of Manhattan turn away at least 10 people
from every reading. They have been so overwhelmed by the rush at story time — held in the branch’s
largest room, on the third floor — that once the space is full, they close the door and shut down the
elevator. “It is so crowded and so popular, it’s insane,” Jacqueline Schector, a librarian, said.
Story time is drawing capacity crowds at public libraries across New York and across the country at a
time when, more than ever, educators are emphasizing the importance of early literacy in preparing
children for school and for developing critical thinking skills. The demand crosses economic lines, with
parents at all income levels vying to get in.
Many libraries have refashioned the traditional readings to include enrichment activities such as
counting numbers andnaming colors, as well as music and dance. And many parents have made
story time a fixture in their family routines alongside school pickups and playground outings — and,
for those who employ nannies, a nonnegotiable requirement of the job.
In New York, demand for story time has surged across the city’s three library systems — the New York
Public Library, the Brooklyn Public Library, and the Queens Library — and has posed logistical
challenges for some branches, particularly those in small or cramped buildings. Citywide, story time
attendance rose to 510,367 people in fiscal year 2015, up nearly 28 percent from 399,751 in fiscal
2013.
“The secret’s out,” said Lucy Yates, 44, an opera coach with two sons who goes to story time at the
Fort Washington Library every week.
Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches an hour
before doors open. To prevent overcrowding, tickets are given out at the New Amsterdam and
Webster branches, both in Manhattan, the Parkchester branch in the Bronx, and a half-dozen
branches in Brooklyn, including in Park Slope, Kensington and Bay Ridge.
The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and holds sessions
outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people.
In Queens, 41 library branches are scheduled to add weekend hours this month, and many will
undoubtedly include weekend story times. As Joanne King, a spokeswoman for the library explained,
parents have been begging for them and “every story time is full, every time we have one.”
Long a library staple, story time has typically been an informal reading to a small group of boys and
girls sitting in a circle. Today’s story times involve carefully planned lessons by specially trained
librarians that emphasize education as much as entertainment, and often include suggestions for
parents and caregivers about how to reinforce what children have learned, library officials said.
Libraries around the country have expanded story time and other children’s programs in recent years,
attracting a new generation of patrons in an age when online offerings sometimes make trips to the
book stacks unnecessary. Sari Feldman, president of the American Library Association, said such
early-literacy efforts are part of a larger transformation libraries are undergoing to become active
learning centers for their communities by offering services like classes in English as a second
language, computer skills and career counseling.
Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than a decade
of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in preparing
young children for school. In 2004, as part of that effort, the association developed a curriculum,
“Every Child Ready to Read,” that she said is now used by thousands of libraries.
The New York Public Library is adding 45 children’s librarians to support story time and other
programs, some of which are run in partnership with the city government. It has also designated 20 of
its 88 neighborhood branches, including the Fort Washington Library, as “enhanced literary sites.” As
such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and distribute 15,000
“family literacy kits” that include a book and a schedule of story times.
“It is clear that reading and being exposed to books early in life are critical factors in student
success,” Anthony W. Marx, president of the New York Public Library, said. “The library is playing an
increasingly important role in strengthening early literacy in this city, expanding efforts to bring
reading to children and their families through quality, free story times, curated literacy programs,
after-school programs and more.”
For its part, the Queens Library plans to expand a “Kick Off to Kindergarten” program that attracted
more than 180 families for a series of workshops last year. Library officials said that more than three-
quarters of the children who enrolled, many of whom spoke a language other than English at home,
developed measurable classroom skills.
Available at: .
The sentence “Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some
branches an hour before doors open.” is
a) compound.
b) complex.
c) complex-compound.
d) simple. 
Gabarito:
B
Resolução:
O período “Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches
an hour before doors open” é formado por subordinação (complex sentence), pois é composto por
uma oração principal (independent clause) – “Stroller-pushing parents and nannies begin" – e uma
oração subordinada (dependent clause) – "to line up for story time outside some branches an hour
before doors open”.
Questão 11
TEXT
A library tradition is being refashioned to emphasize early literacy and better prepare young children
for school, and drawing many new fans in the process.
Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats for a hot
Broadway show like “Hamilton.” Lines stretch down the block at some branches, with tickets given
out on a first-come-first-served basis because there is not enough room to accommodate all of the
children who show up.
Workers at the 67th Street Library on the Upper East Side of Manhattan turn away at least 10 people
from every reading. They have been so overwhelmed by the rush at story time — held in the branch’s
largest room, on the third floor — that once the space is full, they close the door and shut down the
elevator. “It is so crowded and so popular, it’s insane,” Jacqueline Schector, a librarian, said.
Story time is drawing capacity crowds at public libraries across New York and across the country at a
time when, more than ever, educators are emphasizing the importance of early literacy in preparing
children for school and for developing critical thinking skills. The demand crosses economic lines, with
parents at all income levels vying to get in.
Many libraries have refashioned the traditional readings to include enrichment activities such as
counting numbers and naming colors, as well as music and dance. And many parents have made
story time a fixture in their family routines alongside school pickups and playground outings — and,
for those who employ nannies, a nonnegotiable requirement of the job.
In New York, demand for story time has surged across the city’s three library systems — the New York
Public Library, the Brooklyn Public Library, and the Queens Library — and has posed logistical
challenges for some branches, particularly those in small or cramped buildings. Citywide, story time
attendance rose to 510,367 people in fiscal year 2015, up nearly 28 percent from 399,751 in fiscal
2013.
“The secret’s out,” said Lucy Yates, 44, an opera coach with two sons who goes to story time at the
Fort Washington Library every week.
Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches an hour
before doors open. To prevent overcrowding, tickets are given out at the New Amsterdam and
Webster branches, both in Manhattan, the Parkchester branch in the Bronx, and a half-dozen
branches in Brooklyn, including in Park Slope, Kensington and Bay Ridge.
The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and holds sessions
outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people.
In Queens, 41 library branches are scheduled to add weekend hours this month, and many will
undoubtedly include weekend story times. As Joanne King, a spokeswoman for the library explained,
parents have been begging for them and “every story time is full, every time we have one.”
Long a library staple, story time has typically been an informal reading to a small group of boys and
girls sitting in a circle. Today’s story times involve carefully planned lessons by specially trained
librarians that emphasize education as much as entertainment, and often includesuggestions for
parents and caregivers about how to reinforce what children have learned, library officials said.
Libraries around the country have expanded story time and other children’s programs in recent years,
attracting a new generation of patrons in an age when online offerings sometimes make trips to the
book stacks unnecessary. Sari Feldman, president of the American Library Association, said such
early-literacy efforts are part of a larger transformation libraries are undergoing to become active
learning centers for their communities by offering services like classes in English as a second
language, computer skills and career counseling.
Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than a decade
of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in preparing
young children for school. In 2004, as part of that effort, the association developed a curriculum,
“Every Child Ready to Read,” that she said is now used by thousands of libraries.
The New York Public Library is adding 45 children’s librarians to support story time and other
programs, some of which are run in partnership with the city government. It has also designated 20 of
its 88 neighborhood branches, including the Fort Washington Library, as “enhanced literary sites.” As
such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and distribute 15,000
“family literacy kits” that include a book and a schedule of story times.
“It is clear that reading and being exposed to books early in life are critical factors in student
success,” Anthony W. Marx, president of the New York Public Library, said. “The library is playing an
increasingly important role in strengthening early literacy in this city, expanding efforts to bring
reading to children and their families through quality, free story times, curated literacy programs,
after-school programs and more.”
For its part, the Queens Library plans to expand a “Kick Off to Kindergarten” program that attracted
more than 180 families for a series of workshops last year. Library officials said that more than three-
quarters of the children who enrolled, many of whom spoke a language other than English at home,
developed measurable classroom skills.
Available at: .
The sentence “Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more
than a decade of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role
in preparing young children for school.” is an example of
a) direct speech.
b) reported speech.
c) adjectival clause.
d) direct and indirect speech. 
Gabarito:
B 
Resolução:
O período “Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than
a decade of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in
preparing young children for school.” é um exemplo de discurso relatado ou indireto (reported
speech), empregado para narrar ou relatar informações. No caso, o conteúdo relatado é a fala de Ms.
Feldman sobre o que motivou a crescente demanda pelas atividades de contação de histórias; temos
o verbo dicendi "say" no passado, "said" ("disse"), introduzindo tal conteúdo ("Ms. Feldman said the
increased demand for story time [...]").
Questão 12
TEXT
A library tradition is being refashioned to emphasize early literacy and better prepare young children
for school, and drawing many new fans in the process.
Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats for a hot
Broadway show like “Hamilton.” Lines stretch down the block at some branches, with tickets given
out on a first-come-first-served basis because there is not enough room to accommodate all of the
children who show up.
Workers at the 67th Street Library on the Upper East Side of Manhattan turn away at least 10 people
from every reading. They have been so overwhelmed by the rush at story time — held in the branch’s
largest room, on the third floor — that once the space is full, they close the door and shut down the
elevator. “It is so crowded and so popular, it’s insane,” Jacqueline Schector, a librarian, said.
Story time is drawing capacity crowds at public libraries across New York and across the country at a
time when, more than ever, educators are emphasizing the importance of early literacy in preparing
children for school and for developing critical thinking skills. The demand crosses economic lines, with
parents at all income levels vying to get in.
Many libraries have refashioned the traditional readings to include enrichment activities such as
counting numbers and naming colors, as well as music and dance. And many parents have made
story time a fixture in their family routines alongside school pickups and playground outings — and,
for those who employ nannies, a nonnegotiable requirement of the job.
In New York, demand for story time has surged across the city’s three library systems — the New York
Public Library, the Brooklyn Public Library, and the Queens Library — and has posed logistical
challenges for some branches, particularly those in small or cramped buildings. Citywide, story time
attendance rose to 510,367 people in fiscal year 2015, up nearly 28 percent from 399,751 in fiscal
2013.
“The secret’s out,” said Lucy Yates, 44, an opera coach with two sons who goes to story time at the
Fort Washington Library every week.
Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches an hour
before doors open. To prevent overcrowding, tickets are given out at the New Amsterdam and
Webster branches, both in Manhattan, the Parkchester branch in the Bronx, and a half-dozen
branches in Brooklyn, including in Park Slope, Kensington and Bay Ridge.
The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and holds sessions
outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people.
In Queens, 41 library branches are scheduled to add weekend hours this month, and many will
undoubtedly include weekend story times. As Joanne King, a spokeswoman for the library explained,
parents have been begging for them and “every story time is full, every time we have one.”
Long a library staple, story time has typically been an informal reading to a small group of boys and
girls sitting in a circle. Today’s story times involve carefully planned lessons by specially trained
librarians that emphasize education as much as entertainment, and often include suggestions for
parents and caregivers about how to reinforce what children have learned, library officials said.
Libraries around the country have expanded story time and other children’s programs in recent years,
attracting a new generation of patrons in an age when online offerings sometimes make trips to the
book stacks unnecessary. Sari Feldman, president of the American Library Association, said such
early-literacy efforts are part of a larger transformation libraries are undergoing to become active
learning centers for their communities by offering services like classes in English as a second
language, computer skills and career counseling.
Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than a decade
of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in preparing
young children for school. In 2004, as part of that effort, the association developed a curriculum,
“Every Child Ready to Read,” that she said is now used by thousands of libraries.
The New York Public Library is adding 45 children’s librarians to support story time and other
programs, some of which are run in partnership with the city government. It has also designated 20 of
its 88 neighborhood branches, including the Fort Washington Library, as “enhanced literary sites.” As
such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and distribute 15,000
“family literacy kits” thatinclude a book and a schedule of story times.
“It is clear that reading and being exposed to books early in life are critical factors in student
success,” Anthony W. Marx, president of the New York Public Library, said. “The library is playing an
increasingly important role in strengthening early literacy in this city, expanding efforts to bring
reading to children and their families through quality, free story times, curated literacy programs,
after-school programs and more.”
For its part, the Queens Library plans to expand a “Kick Off to Kindergarten” program that attracted
more than 180 families for a series of workshops last year. Library officials said that more than three-
quarters of the children who enrolled, many of whom spoke a language other than English at home,
developed measurable classroom skills.
Available at: .
The sentences “As such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and
distribute 15,000 'family literacy kits' that include a book and a schedule of story time.” and “For its
part, the Queens Library plans to expand a 'Kick Off to Kindergarten' program that attracted more
than 180 families for a series of workshops last year.” contain, respectively, a
a) defining relative clause and a defining relative clause.
b) defining relative clause and a non-defining relative clause.
c) non-defining relative clause and a defining relative clause.
d) non-defining relative clause and a non-defining relative clause. 
Gabarito:
A 
Resolução:
No período “As such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and
distribute 15,000 'family literacy kits' that include a book and a schedule of story time.”, temos uma
oração subordinada adjetiva restritiva (defining relative clause), "that include a book and a schedule
of story time". Também em “For its part, the Queens Library plans to expand a 'Kick Off to
Kindergarten' program that attracted more than 180 families for a series of workshops last year.",
temos uma oração subordinada adjetiva restritiva (defining relative clause), "that attracted more than
180 families for a series of workshops last year”. Ambas as orações definem ou diferenciam o
antecedente, e fornecem informações essenciais sobre eles, servindo para definir sobre o que se está
falando.
Questão 13
TEXT
A library tradition is being refashioned to emphasize early literacy and better prepare young children
for school, and drawing many new fans in the process.
Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as seats for a hot
Broadway show like “Hamilton.” Lines stretch down the block at some branches, with tickets given
out on a first-come-first-served basis because there is not enough room to accommodate all of the
children who show up.
Workers at the 67th Street Library on the Upper East Side of Manhattan turn away at least 10 people
from every reading. They have been so overwhelmed by the rush at story time — held in the branch’s
largest room, on the third floor — that once the space is full, they close the door and shut down the
elevator. “It is so crowded and so popular, it’s insane,” Jacqueline Schector, a librarian, said.
Story time is drawing capacity crowds at public libraries across New York and across the country at a
time when, more than ever, educators are emphasizing the importance of early literacy in preparing
children for school and for developing critical thinking skills. The demand crosses economic lines, with
parents at all income levels vying to get in.
Many libraries have refashioned the traditional readings to include enrichment activities such as
counting numbers and naming colors, as well as music and dance. And many parents have made
story time a fixture in their family routines alongside school pickups and playground outings — and,
for those who employ nannies, a nonnegotiable requirement of the job.
In New York, demand for story time has surged across the city’s three library systems — the New York
Public Library, the Brooklyn Public Library, and the Queens Library — and has posed logistical
challenges for some branches, particularly those in small or cramped buildings. Citywide, story time
attendance rose to 510,367 people in fiscal year 2015, up nearly 28 percent from 399,751 in fiscal
2013.
“The secret’s out,” said Lucy Yates, 44, an opera coach with two sons who goes to story time at the
Fort Washington Library every week.
Stroller-pushing parents and nannies begin to line up for story time outside some branches an hour
before doors open. To prevent overcrowding, tickets are given out at the New Amsterdam and
Webster branches, both in Manhattan, the Parkchester branch in the Bronx, and a half-dozen
branches in Brooklyn, including in Park Slope, Kensington and Bay Ridge.
The 67th Street branch keeps adding story times — there are now six a week — and holds sessions
outdoors in the summer, when crowds can swell to 200 people.
In Queens, 41 library branches are scheduled to add weekend hours this month, and many will
undoubtedly include weekend story times. As Joanne King, a spokeswoman for the library explained,
parents have been begging for them and “every story time is full, every time we have one.”
Long a library staple, story time has typically been an informal reading to a small group of boys and
girls sitting in a circle. Today’s story times involve carefully planned lessons by specially trained
librarians that emphasize education as much as entertainment, and often include suggestions for
parents and caregivers about how to reinforce what children have learned, library officials said.
Libraries around the country have expanded story time and other children’s programs in recent years,
attracting a new generation of patrons in an age when online offerings sometimes make trips to the
book stacks unnecessary. Sari Feldman, president of the American Library Association, said such
early-literacy efforts are part of a larger transformation libraries are undergoing to become active
learning centers for their communities by offering services like classes in English as a second
language, computer skills and career counseling.
Ms. Feldman said the increased demand for story time was a product, in part, of more than a decade
of work by the library association and others to encourage libraries to play a larger role in preparing
young children for school. In 2004, as part of that effort, the association developed a curriculum,
“Every Child Ready to Read,” that she said is now used by thousands of libraries.
The New York Public Library is adding 45 children’s librarians to support story time and other
programs, some of which are run in partnership with the city government. It has also designated 20 of
its 88 neighborhood branches, including the Fort Washington Library, as “enhanced literary sites.” As
such, they will double their story time sessions, to an average of four a week, and distribute 15,000
“family literacy kits” that include a book and a schedule of story times.
“It is clear that reading and being exposed to books early in life are critical factors in student
success,” Anthony W. Marx, president of the New York Public Library, said. “The library is playing an
increasingly important role in strengthening early literacy in this city, expanding efforts to bring
reading to children and their families through quality, free story times, curated literacy programs,
after-school programs and more.”
For its part, the Queens Library plans to expand a “Kick Off to Kindergarten” program that attracted
more than 180 families for a series of workshops last year. Library officials said that more than three-
quarters of the children who enrolled, many of whom spoke a language other than English at home,
developed measurable classroom skills.
Available at: .
The sentence “Among parents of the under-5 set, spots for story time have become as coveted as
seats for a hot Broadway show like Hamilton.” contains

Mais conteúdos dessa disciplina