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Educação Inclusiva para Autistas

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4
	
	Pró-Reitoria Acadêmica
Escola da Saúde da UnP
Curso de Graduação em Psicologia – Bacharelado
EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM CRIANÇAS COM AUTISMO
MARCOS FRANCISCO DOS SANTOS
RAIANA CARLA TARQUINO DE MEDEIROS
THAISE DA SILVA ARAUJO
NATAL 
DEZEMBRO - 2012
11
MARCOS FRANCISCO DOS SANTOS
RAIANA CARLA TARQUINO DE MEDEIROS
THAISE DA SILVA ARAUJO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM CRIANÇAS COM AUTISMO
 Trabalho apresentado a professora Vania Aparecida Calado da disciplina Psicologia da educação da turma 4NA, turno noturno do curso de psicologia. 
UNP – Natal
Natal – 01/12/2012
SUMÁRIO:
1- INTRODUÇÃO.......................................................................................................... p.4
2- QUE É AUTISMO........................................................................................................p.5
3- Inclusão de alunos autistas na rede de ensino regular............. p.6
4-CONCLUSÃO.................................................................................................. p.9
5- REFERÊNCIAS...................................................................................................... p.10
 
 1-INTRODUÇÃO 
	Esse trabalho de pesquisa é uma analise da educação inclusiva, tendo como foco a inserção de alunos com o “autismo”. O tema foi escolhido com o objetivo de investigar e entender o trabalho dos profissionais que têm o papel de educar essas crianças com necessidades especiais. Falaremos também do grande desafio das escolas de promover um projeto político pedagógico que contribua para o aprendizado desses alunos na rede de ensino regular. O autismo é considerado um transtorno mental e discutiremos essa definição e aquilo que interfere a educação de um aluno diagnosticado com autismo. O intento desse trabalho é de apenas relatar com uma visão critica a educação com alunos que são diagnosticados com autismo e como isso interfere na educação desse sujeito. Analisaremos alguns trechos que falam sobre autismo como o do DSM- VI e alguns artigos relacionados à educação e autismo. A priori, esse trabalho acadêmico vai ser uma grande interrogação seguida de varias outras. Essas interrogações serão direcionadas a educação inclusiva como um todo e especificando o foco da analise para o autismo.
o que é o autismo?
	O sujeito com autismo é conhecido por ser introvertido e ficar recluso das relações sociais e isso impede que seu desenvolvimento intelectual e social aconteça de maneira plena. É imensamente necessário definir o que é esse transtorno e como ele pode ser percebido para que seja feito um acolhimento cujo objetivo é fazer com que essa pessoa se desenvolva de maneira plena. O autismo vem de uma palavra grega que significa “si mesmo”. E de acordo com o manual de diagnóstico de doenças mentais: 
As características essências do Transtorno Autista consistem na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses. As manifestações do Transtorno variam imensamente, dependendo do nível do desenvolvimento da idade cronológica do individuo. O Transtorno Autista é chamado, ocasionalmente, de autismo infantil precoce, autismo na infância ou autismo de Kanner. O comportamento da interação social recíproca é amplo e persistente. Pode haver um acentuado comprometimento do uso de múltiplos comportamentos não verbais (p. ex., contanto visual direto, expressão facial, posturas e linguagem corporal) que regulam a interação social e a comunicação (Critério Ala). (DSM-IV-TR, 2002, pg. 99).
	Para qualquer criança, de modo geral, o inicio da vida escolar é permeada por uma imensidão de informações novas e a necessidade de adaptação a regras e costumes antes não experimentados. E para uma criança que não esta olhando nos olhos do colega de sala, nem do professor e suas linguagens corporais são diferenciadas? Como uma criança nessa situação pode ser inserida adequadamente numa instituição de ensino? Mais complicado ainda é essa situação do ponto de vista do professor que tem que lidar com uma sala com vários alunos e dentre eles um aluno com autismo. Existem relatos de estudos que indicam que bem no inicio da vida já existem características que indicam o autismo e segundo o livro Introdução a psicologia, de Davidoff:
Os sintomas de autismo infantil desenvolvem-se nos primeiros 30 dias de vida. Na infância, a criança não responde a outras pessoas. Talvez o bebê evite consistentemente o contato por meio do olhar e afaste-se das pessoas que cuidam dele. Os déficits sociais tende a persistir; crianças autistas mostram problemas especiais em partilhar experiências com os outros, segundo Sigman e Mundy (1985, apud DAVIDOF, 2001, pg. 583). Habilidades de comunicações são dificultadas; comumente, as crianças autistas permanecem mudas ou comportam-se “como papagaios”, repetindo o que é dito. O comportamento também é bizarro. Muitas crianças autistas resistem a qualquer tipo de mudança (como comer um novo alimento ou como ir a uma nova escola). Algumas se engajam em rituais repetitivos – balançar-se ou balançar os braços. O comportamento intensamente autodestrutivo, como bater a cabeça ou morder-se, também é característica. As crianças autistas respondem de maneira insuficiente ou exagerada a seu ambiente, mas não conseguem perceber o que está ocorrendo à sua volta e são incomumente vulneráveis a quedas, queimaduras e outros acidentes. Frequentemente, apresentam um interesse exagerado por objetos inanimados, principalmente aqueles que se movem. Uma criança autista poderia olhar para um ventilador ligado durante horas. (DAVIDOFF, 2001, pg. 583- 584) 
Inclusão de alunos autistas na rede de ensino regular
	“O êxito da educação inclusiva dependerá, em grande medida, da oferta de uma rede de apoio à escola, através do trabalho de orientação, assessoria e acompanhamento do processo de inclusão.” (LEITE, 2007, pg. 514). A necessidade de ferramentas de apoio e material humano para que a educação efetivamente aconteça com todas as crianças em suas diversidades de situações é bem clara, mas na pratica o que temos é um constrangimento de pais, docentes, diretores e aluno. É uma realidade que enxergamos agora e segundo Leite:
 Lidar com essa nova realidade traz novos desafios aos municípios e exige uma nova organização escolar, mas, para isto, faz-se necessário, primeiramente, compreender os aspectos que envolvem a educação na diversidade, incluindo os com deficiência que, embora devam estar integrados aos alunos comuns, muitas vezes necessitam de procedimentos diferenciados de ensino para que se garanta a sua aprendizagem e, consequentemente, o seu desenvolvimento. (ibid., 2007, pg. 517 – 518)
	 “As primeiras articulações entre a Psicologia e a Educação desencadearam uma visão associacionista e mecanicista do processo de ensino e aprendizagem, [...]” (SOARES, 2010, pg. 46) E essa visão fechada da psicologia da educação limitava a melhoria da qualidade do ensino para todos os alunos, existem diferenças que precisam ser avaliadas e a partir daí fazer ajuste no ensino de acordo com as necessidades dos alunos.
	O quadro que podemos ver é de uma complexidade quase infinita, temos que cuidar da educação de maneira homogênea e ao mesmo tempo diferenciada. O investimento do estado em políticas públicas devem ser as mesmas em todos os territórios e ao mesmo tempo diferenciadas, por existir variações na quantidade de sujeitos que possuem necessidades especiais para lograr um pleno aprendizado.
E nesse sentido Leite afirma que:
	A elaboração do Projeto Político Pedagógico, que inclua as necessidades educacionais dos alunos que frequentam a escola, exige que a equipe pedagógica realize um mapeamento de sua clientela, identificando "o perfil das necessidades [...] para decidir que serviços e recursos deverão criar e manter para satisfazer tais necessidades", segundoAranha (2000, p. 5 apud LEITE). É a partir da análise desse perfil que a escola deve mapear e estabelecer suas linhas de ação, para o planejamento da implantação de um sistema escolar inclusivo. Isso exige tempo, mas com um plano de trabalho bem elaborado, que permita traçar as prioridades e prever um continuum dessas ações, certamente a escola irá caminhar de forma gradativa, para que as mudanças ocorram na direção desejada e possam, ao longo do tempo, efetivar o sonho de uma escola pluralista, democrática e de qualidade, em conformidade com os princípios norteadores da Educação Inclusiva. (ibid., 2007, pg. 520).
 “Até agora, não existe nenhum tratamento específico para curar o autismo. Os tratamentos existentes podem ser divididos em farmacológicos e psicopedagógicos.” (ROGEL-ORTIZ, 2005, pg. 146). Pensar o autismo simplesmente como um problema acarreta outro problema, teremos poucas expectativas com relação ao desempenho daquele sujeito e consequentemente não iremos estimular o desempenho desse aluno, e isso agrava a situação. O aluno com autismo pode interagir e desempenhar as funções acadêmicas como qualquer outro, prova disso é que apesar de suas limitações, ele interage e não fica isolado sem contato com outros sujeitos, como se costuma pensar: “Em relação aos comportamentos dos alunos com autismo, observa- se semelhanças nas etapas escolares; a maioria deles interage com seus colegas ‘sempre’ ou ‘às vezes’[...]” (GOMES, 2010, pg.393).
 O que pode ser feito para ajudar na construção do aprendizado do aluno com autismo é assumir uma postura de acolhimento sem diferenciação, saber que ele possui capacidades e limitações e trabalhar em conjunto com outros profissionais para desenvolver as habilidades necessárias do aluno no âmbito acadêmico. E sobre essas interações, segundo Diniz: “O estabelecimento desses laços recíprocos mobiliza a criança para o desenvolvimento de atividades no seu meio físico, social e simbólico, condutores da sua atividade exploratória, manipuladora, criativa e imaginativa”. (DINIZ, 2010 pg. 72) O espaço deve se adequar as limitações do sujeito e não apenas as pessoas e isso pode ser usado a favor do aluno: “A linguagem do meio ambiente, que reflete uma forma de perceber o real num dado tempo e espaço, aponta o modo pelo qual a criança apreende as circunstâncias em que vive, [...]”(MARTISN, 1997, pg. 115)
 O autismo é algo que deve ser cuidado para que a educação dessa criança não seja comprometida, mas hoje vemos que existe certo alarme com relação aos problemas de aprendizado e relações sociais que levam a classificações que deve se dada atenção suficiente para detectar se realmente esse sujeito possui esse problema. Esse cuidado deve existir para que a criança não seja tratada com medicamentos, se ela pode ser cuidada de outras formas. Esse cuidado deve ser redobrado com o autismo por se tratar de um distúrbio que interfere no desenvolvimento do sujeito: “Autism is the most severe developmental disability.” (APA - American Psychiatric Association, 2012, site) Na atualidade existe uma miríade de distúrbios comportamentais que estão sendo tratados com medicamentos e isso preocupa, pois o uso abusivo desse tipo de tratamento pode acarretar outros problemas mais graves como a dependência química e a deterioração das funções cognitivas. E essa é uma preocupação global: “[...], a psiquiatrização da existência esta suscitando uma extraordinária explosão demográfica no índice de doentes mentais em todos os recantos do planeta.” (COELHO, 2012. Pg. 22).
 Tratar o sujeito como um ser que é construído por afetações sociais, históricas, culturais, biológicas e que essas afetações são interdependentes umas das outras pode ser o inicio de uma visão mais humanizada e realística do problema do autismo e consequentemente iremos nos aproximar das possíveis soluções. A escola tem um papel fundamental, mas sem o apoio de políticas públicas, a assistência multidisciplinar e a atuação da família na construção do aprendizado tornam-se inútil o esforço do professor em sala de aula.
 
CONCLUSÃO
	A educação inclusiva foi um dos grandes avanços das políticas públicas, pois rompeu com o paradigma de inferioridade de pessoas com deficiências e tem sido uma arma de combate contra o preconceito. Hoje os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento têm por direito serem aceitos em escolas no ensino regular, com participação e aprendizagem. Neste trabalho enfatizamos a educação inclusiva de alunos autistas, levando em consideração as limitações às necessidades de cuidados e atenção que essas crianças necessitam. Certamente que a educação inclusiva não depende apenas dos professores, mas, necessita da colaboração de toda rede apoio. Faz se necessário que o poder público ofereça oportunidades de capacitação aos profissionais, para que eles possam ter domínio de técnicas específicas para melhor atender os alunos com necessidades especiais, porém não podemos deixar de criticar a impunidades e o desrespeito que muitas famílias e crianças sofrem por causa do autismo ou de qualquer outra deficiência. Muitos profissionais negam a existência desses alunos, desacreditando no potencial de aprendizagem, muitas crianças são humilhadas em salas de aulas por alunos que se sentem superiores, todavia é necessário não apenas incluir esses alunos mas conscientizar a população os pais os alunos os profissionais e toda a sociedade das necessidades dessa crianças, mostrando que aceitá-las não é apenas uma obrigação, mas um ato de respeito.
Referências:
APA. American Psychiatric Association. Autism. Adapted from the Encyclopedia of Psychology. Acesso em: 02 de dezembro de 2012. Disponível em: http://www.apa.org/topics/autism/index.aspx
COELHO, J. R. A tragicomédia da medicalização: a psiquiatria e a morte do sujeito. José Ramos Coelho. – 1° edição. – Natal(RN): MJCM, 2012. 146pg.
DAVIDOFF, L. L. Introdução á Psicologia. Terceira Edição. Tradução de Lenke Peres; revisão técnica José Fernando Bittencourt Lômaco. São Paulo: Pearson Makron Books, 2001. 798pg.
DINIZ, E.  KOLLER; S. H. O afeto como um processo de desenvolvimento ecológico. Educ. rev. [online]. 2010, n.36, pp. 65-76. ISSN 0104-4060.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602010000100006. 
DSM-IV-TR- Manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Trad. Cláudia Dornelles;- 4° ed. Ver. – Porto Alegre: Artmed, 2002. 880pg.
GOMES, C. G. S.;  MENDES, E. G. Escolarização inclusiva de alunos com autismo na rede municipal de ensino de Belo Horizonte. Rev. bras. educ. espec.[online]. 2010, vol.16, n.3, pp. 375-396. ISSN 1413-6538.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-65382010000300005. 
LEITE, L. P.; OLIVEIRA, S. A. A. Construção de um sistema educacional inclusivo: um desafio político-pedagógico. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2007, vol.15, n.57, pp. 511-524. ISSN 0104-4036.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40362007000400004. 
MARTINS, J. C. Vygotsky e o papel das interações sociais na sala de aula: reconhecer e desvendar o mundo. Série Idéias n. 28, São Paulo: FDE, 1997. p. 111-122. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p111-122_c.pdf. 	
ROGEL-ORTIZ, F. J. Autismo. Gac. Méd.Méx [online].2005, vol.141, n.2, pp. 143-147.ISSN 0016-3813. 
SOARES, P. G.; ARAUJO, C. M. M. Práticas emergentes em Psicologia Escolar: a mediação no desenvolvimento de competências dos educadores sociais.Psicol. Esc. Educ. (Impr.) [online]. 2010, vol.14, n.1, pp. 45-54. ISSN 1413-8557.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572010000100005.

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