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74 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ENFERMEIRO dencia o tipo de placentação nestes casos) e de malformações fetais clinicamente não suspeitas. Idealmente, o exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas, utilizando-se o comprimento cabeça–nádega para determinar a idade gestacional. A partir da 15ª semana, a estimativa de idade gestacional será feita pela medida do diâmetro biparietal. Todavia, os possí- veis benefícios da ultrassonografia de rotina durante a gestação sobre outros resultados permanecem ainda incertos, de modo que a não realização deste exame não constitui omissão, nem diminui a qualidade do pré-natal (CROWTHER et al., 1999). Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnós- tico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico e torna-se desnecessária a solicitação do TIG. O diagnóstico da gravidez pode ser efetuado em 90% das pacientes por intermédio dos si- nais clínicos, dos sintomas e do exame físico em gestações mais avançadas. As queixas principais são devidas ao atraso menstrual, à fa- diga, à mastalgia, ao aumento da frequência urinária e aos en- joos/vômitos matinais [grau de recomendação D (1) ]. Sinais de presunção de gravidez: o Atraso menstrual,Ma- nifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação ex- cessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária e sonolência); o Modificações anatômicas (aumento do volume das ma- mas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgo- mery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal). Sinais de probabilidade: o Amolecimento da cérvice uteri- na, com posterior aumento do seu volume; o Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais); o Po- sitividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. Sinais de certeza: o Presença dos batimentos cardíacos fe- tais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas); o Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais Após a confirmação da gravidez, em consulta médica oude enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal. Os procedimentos e as condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamen- te e avaliados em toda consulta de pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na Ficha de PréNatal e no Cartão da Gestante. A partir desse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento de pré- natal: sequência de consultas (mensalmente, se possível), visitas domiciliares e grupos educativos. Deverão ser fornecidos: o O Cartão da Gestante, com a identificação preenchida, o número do Cartão Nacional da Saú- de, o hospital de referência para o parto e as orientações sobre este; o O calendário de vacinas e suas orientações; A solicitação dos exames de rotina; o As orientações sobre a participação nas atividades educativas (reuniões e visitas do- miciliares). É importante enfatizar que duas informações essenciais que devem constar explicitamente no Cartão da Gestante são as re- lacionadas ao nome do hospital de referência para o parto e as relativas às intercorrências durante a gestação. Se, no decorrer da gestação, surgir alguma situação que caracterize risco gestacional, com mudança do hospital ou da maternidade de referência, isso também deve estar escrito no cartão. Esta informação é considerada fundamental para que a mu- lher e seu companheiro ou familiares possam reivindicar o direi- to de atendimento na respectiva unidade de saúde. Classificação de risco gestacional: A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser vista pelas gestantes e equipes de saúde como parte de uma experiência de vida saudável que envolve mudanças dinâmicas do olhar fí- sico, social e emocional. No entanto, devido a alguns fatores de risco, algumas gestantes podem apresentar maior probabilidade de evolução desfavorável. São as chamadas “gestantes de alto risco”. Com o objetivo de reduzir a morbimortalidade materno- infantil e ampliar o acesso com qualidade, é necessário que se identifiquem os fatores de risco gestacional o mais precocemen- te possível. Dessa forma, o acolhimento com classificação de risco pres- supõe agilidade no atendimento e definição da necessidade de cuidado e da densidade tecnológica que devem ser ofertadas às usuárias em cada momento. De maneira geral, o acolhimento, em especial à gestan- te, objetiva fornecer não um diagnóstico, mas uma prioridade clínica, o que facilita a gestão da demanda espontânea e, con- sequentemente, permite que haja impacto na história natural de doenças agudas graves e potencialmente fatais, que, se não atendidas como prioridades, podem levar à morte, por exemplo, uma gestante com síndrome hipertensiva. Portanto, é indispensável que a avaliação do risco seja per- manente, ou seja, aconteça em toda consulta. Em contrapartida, quando são identificados fatores associados a um pior prognós- tico. Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica Fatores relacionados às características individuais e às con- dições sociodemográficas desfavoráveis: − Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos; -Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; − Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente; -Situação conjugal insegura; − Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular); − Condições ambientais desfavoráveis; o Altura menor do que 1,45m; o IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; o Macrossomia fetal; o Síndromes hemorrági- cas ou hipertensivas; o Intervalo interpartal menor do que dois 75 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ENFERMEIRO anos ou maior do que cinco anos; o Nuliparidade e multiparida- de (cinco ou mais partos); o Cirurgia uterina anterior; o Três ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual: o Ganho ponderal inadequado; o Infecção urinária; o Anemia. Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao prénatal de alto risco O pré-natal de alto risco abrange cerca de 10% das gesta- ções que cursam com critérios de risco, o que aumenta significa- tivamente nestas gestantes a probabilidade de intercorrências e óbito materno e/ou fetal. Atenção especial deverá ser dispensada às grávidas com maiores riscos, a fim de reduzir a morbidade e a mortalidade materna e perinatal (grau de recomendação . Fatores relacionados às condições prévias: − Cardiopatias; − Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); − Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); o Endocrinopatias (especialmente dia- betes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); − Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e ta- lassemia); − Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 se- manas de idade gestacional – IG); o Doenças neurológicas (como epilepsia); o Doenças psiqui- átricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depres- são grave etc.); − Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); o Alterações genéticas maternas; o Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; o Gine- copatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); − Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxo- plasmose,infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malforma- ção fetal) e outras DSTs (condiloma); − Hanseníase; -Tuberculose; o Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; − Qualquer patologia clínica que necessite de acompanha- mento especializado. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: − Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; o História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obsté- trico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI); o Abortamento habitual; o Esterilidade/infertilidade. Fatores relacionados à gravidez atual: o Restrição do cres- cimento intrauterino; o Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; Gemela- ridade; Malformações fetais ou arritmia fetal; Distúrbios hiper- tensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hiper- tensão gestacional ou transitória); Obs.: É necessário que haja evidência de medidas conse- cutivas que sugiram hipertensão. Nestas situações, não se deve encaminhar o caso com medida isolada. Em caso de suspeita de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se encaminhar a paciente à emergência obstétrica. O Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicial- mente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação); Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamen- to com sulfato ferroso; o Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciá- ria (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); o Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; Evidência laboratorial de proteinúria; o Diabetes mellitus gestacional; o Desnutrição materna severa; o Obesidade mórbi- da ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional); o NIC III (nestes casos, deve-se enca- minhar a gestante ao oncologista); Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); o Adolescentes com fatores de risco psicossocial.Fatores de risco que indicam encaminhamento à ur- gência/ emergência obstétrica Os profissionais de saúde dos hospitais regionais e da emer- gência obstétrica deverão avaliar as gestantes encaminhadas e confirmar, ou não, o diagnóstico inicial, assim como determinar a conduta necessária para cada caso: internação hospitalar, refe- rência ao pré-natal de alto risco ou contrarreferência para acom- panhamento pela atenção básica. São fatores de risco: o Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de placenta, placenta prévia), in- dependentemente da dilatação cervical e da idade gestacional; o Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90, medida após um mínimo de 5 minutos de repouso, na posição sentada. Quando estiver associada à proteinúria, pode-se usar o tes- te rápido de proteinúria; Obs.: Edema não é mais considerado critério diagnóstico (grau de recomendação C). Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hiperten- sas: escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito; o Eclâmpsia (crises con- vulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia); − Crise hipertensiva (PA > 160/110); − Amniorrexe prematura: perda de líquido vaginal (consis- tência líquida, em pequena ou grande quantidade, mas de forma persistente), podendo ser observada mediante exame especular com manobra de Valsalva e elevação da apresentação fetal; − Isoimunização Rh; o Anemia grave (hemoglobina = 37,8C), na ausência de sinais ou sintomas clínicos de Ivas; o Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes; o Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que necessite de internação hospitalar; o Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no membro infe- rior, edema localizado e/ou varicosidade aparente); − Investigação de prurido gestacional/icterícia; o Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometi- mento sistêmico com menos de 20 semanas; o Vômitos inexpli- cáveis no 3º trimestre; o Restrição de crescimento intrauterino; o Oligoidrâmnio; o Casos clínicos que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma etc. Nos casos com menos de 20 semanas, as gestantes podem ser encaminhadas à emergência clínica. 76 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ENFERMEIRO Óbito fetal Uma vez encaminhada para acompanhamento em um ser- viço de referência especializado em pré-natal de alto risco, é importante que a gestante não perca o vínculo com a sua equi- pe de atenção básica onde iniciou o seu acompanhamento de pré-natal. É importante também que a equipe seja informada a respeito da evolução da gravidez e dos tratamentos administra- dos à gestante por meio da contrarreferência, assim como são importantes a busca ativa e o acompanhamento das gestantes em sua área de abrangência, por meio da visita domiciliar men- sal do ACS. Calendário de consultas As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de aten- dimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal. O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular, garantindo-se que todas as avalia- ções propostas sejam realizadas e que tanto o Cartão da Gestan- te quanto a Ficha de Pré-Natal sejam preenchidos. O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: Até 28ª semana – mensalmente; Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. A maior frequência de visitas no final da gestação visa à ava- liação do risco perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto prema- turo, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal. Não existe “alta” do pré-natal antes do parto. Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encami- nhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal, incluindo ava- liação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. Estudos clínicos randomizados demonstram que a conduta de induzir o trabalho de parto em todas as gestantes com 41 se- manas de gravidez é preferível à avaliação seriada do bem-estar fetal, pois se observou menor risco de morte neonatal e perina- tal e menor chance de cesariana no grupo submetido à indução do parto com 41 semanas. O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puer- pério deverá ter sido realizada. Cálculo da idade gestacional Os métodos para esta estimativa dependem da data da úl- tima menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último ciclo menstrual referido pela mulher I. Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa: É o método de escolha para se calcular a idade gesta- cional em mulheres com ciclos menstruais regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais hormonais: o Uso do calendário: some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas); o Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês do último ciclo mens- trual e observe o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. II. II. Quandoa data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu: Se o pe- ríodo foi no início, meio ou fim do mês, considere como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proce- da, então, à utilização de um dos métodos descritos . III. Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos: Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade gestacional e a data 72 Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Aten- ção Básica provável do parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos fetais, que habitualmente ocorrem entre 18 e 20 semanas. Pode-se utilizar a altura uterina e o to- que vaginal, considerando-se os seguintes parâmetros: o Até a 6ª semana, não ocorre alteração do tamanho uterino; o Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal; o Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual; o Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica; o Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; o Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz um- bilical; o A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional. Quando não for possível deter- minar clinicamente a idade gestacional, solicite o mais precoce- mente possível a ultrassonografia obstétrica. Controle da pressão arterial (PA) Os guidelines recomendam a medida da PA em todas as consultas de pré-natal (grau de recomendação C). Conceitua-se hipertensão arterial na gestação a partir dos seguintes parâmetros: o A observação de níveis tensionais abso- lutos iguais ou maiores do que 140mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 90mmHg de pressão diastólica, manti- dos em medidas repetidas, em condições ideais, em pelo menos três ocasiões. Este conceito é mais simples e preciso. A PA dias- tólica deve ser identificada pela fase V de Korotkoff. O aumento de 30mmHg ou mais na pressão sistólica (máxi- ma) e/ou de 15mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conheci- dos até a 16ª semana de gestação, representa um conceito que foi muito utilizado no passado e ainda é utilizado por alguns. Entretanto, apresenta alto índice de falsos positivos, sendo utilizado de melhor forma como sinal de alerta e para agenda- mento de controles mais próximos. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) na gestação é clas- sificada nas seguintes categorias principais: o Pré-eclâmpsia: caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 300 mg/24h) após a 20ª semana de gestação em mulheres previa- mente normotensas; o Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia