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RLVS – G4b T2 RODÍZIO SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO E SAÚDE MENTAL – 9° Período AULA 2 Prof.: Josué MÓDULO NEUROLOGIA 2ª PROVA: cai AVE. AVE AVE ISQUÊMICO ETIOLOGIA: • Embólico – 45% dos casos (PRINCIPAL): o Cardioembólico (favorecido por FA, doenças valvares – como endocardite infecciosa, IAM de parede anterior extenso). o Arteroembólico (formação de placas de ateroma nas carótidas que se rompem e formam trombos, os quais se desprendem, gerando então êmbolos que obstruem artérias cerebrais, sendo a ACM - a. cerebral média - a principal artéria acometida). • Criptogênico (não sabe esclarecer a origem) – 30% dos casos. • Trombótico lacunar – 20% dos casos (infarto das aa. penetrantes, que são pequenos vasos derivados das aa. principais do cérebro e que penetram a massa cinzenta; são infartos de pequena escala, menor que 2 cm no exame de imagem) FATORES DE RISCO: HAS, DM, tabagismo, hipercolesterolemia, idade > 60 anos, D. de Chagas; • Outros FR importantes na população jovem ( 15 a 20 min → AVCi (até que se prove o contrário). o Maioria dos AIT duram menos que 15 min (mas podem durar até 24h conforme classificação antiga); acima de 15-20 min é bem provável que se trate de um AVEi, e o manejo será considerando isso. • 1ª conduta: TC de crânio sem contraste. o Importante p/ descartar sangramento. o Pode vir normal ou apresentar alterações difíceis de serem detectadas. o Sinais precoces de AVEi na TC: hiperdensidade de ACM, apagamento de giros. RLVS – G4b T2 • Avaliar NIHSS e Glasgow. o NIHSS – importante p/ determinar o grau de déficit neurológico do paciente e p/ acompanhar o déficit durante o período de internação. o NIHSS 22 → risco aumentado de sangramento (AVE muito extenso); evitar trombólise. • Avaliação etiológica: hemograma, coagulograma, lipidograma, função renal, ECG (buscando FA), ecocardiograma (buscando identificar trombos intracardíacos), doppler de carótidas e vertebrais (buscando êmbolos ou obstrução nesses vasos). *Escala de Glasgow. *TC de crânio – permite identificar hipodensidade no território arterial correspondente. Hipodensidade na TC é um sinal característico de AVEi que surge 24-48h após o insulto inicial. TTO AGUDO: • Cabeceira a 30º; • Dieta inicialmente suspensa (jejum); • Hidratação adequada; • Solicitar exames: ECG, hemograma completo, glicemia plasmática, eletrólitos, ureia, creatinina, coagulograma, gasometria arterial e marcadores de necrose miocárdica; • Controle da glicemia (80-140); RLVS – G4b T2 • Controle da PA: o Só tratar se ≥ 220 x 110 mmHg - paciente que não será trombolisado; ▪ Reduzir 15% no primeiro dia; Labelatol é 1ª escolha (não tem no BR) e nitroprussiato de sódio se PAD > 140 mmHg; o Ou tratar se ≥185 x 110 mmHg candidato a trombolítico, com IAM, dissecção aórtica, encefalopatia hipertensiva; • AAS 160 a 300mg nas primeiras 48 horas; o A conduta de dupla antiagregação (AAS + clopidogrel) é controversa na neurologia. • Enoxaparina 40 mg SC 1x/dia; • Estatina de alta potência. Se paciente não for submetido à trombólise é necessário administrar AAS + estatinas + enoxaparina inicialmente. Se for trombolisar, administra tais medicações 24-48h após a trombólise. Trombólise: • Até 4,5 horas do início dos sintomas (ictus). • DROGA DE ESCOLHA: Rt-PA (alteplase) 0,9 mg/kg (máx. 90 mg) – 10% em bólus em 1 min e o restante em 60 min; • Inclusão: > 18 anos, diagnóstico clínico de AVCi, déficit significativo, TC sem hemorragia; o NIHSS entre 4-22 • Exclusão: RNI > 1,7, uso de anticoagulantes orais, AVCi ou TCE grave nos 3 meses antecedentes, história pregressa de HSA ou AVCh, PAS > 185 ou PAD > 110, coma ou estupor, cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo nas últimas 2 semanas, hemorragia geniturinária ou gastrintestinal nas últimas 3 semanas (exceto menstruação), plaquetas– hemiplegia fáscio-braqui-crural com hemianestesia, pupilas míoticas e afasia; o Cerebelo (10-30%) – vertigem, náuseas, vômitos e ataxia cerebelar; o Ponte (10-15%) – tetraplegia, coma e pupilas puntiformes e fotorreagentes; Perda de consciência em quase todos os quadros e PA elevadíssima. *Sangue na TC é hiperdenso (fica branco). Tratamento: Objetiva conter danos; manejo realizado pelo neurocirurgião. • Manter PIC 60 mmHg; • Tratar PAS entre 150 -220 com labelatol ou esmolol, objetivando PAS 220 → manejar PAM de acordo com PPC (manter PPC > 60 mmHg); • Controle da glicemia (80-140); • Cirurgia - indicações: hematoma cerebelar > 3 cm ou entre 1 e 3 cm com repercussão neurológica, hematoma lobar ou putaminal volumoso; • DVE (derivação ventricular externa) se hidrocefalia com repercussão clínica; Hemorragia subaracnóidea: Etiologia: ruptura de aneurismas saculares intracranianos congênitos e MAV (malformações arteriovenosas). • Aneurismas ocorrem principalmente em bifurcações proximais: artéria comunicante anterior, posterior e cerebral média. Clínica: cefaleia holocraniana, súbita, excruciante, acompanhada por náuseas e vômitos (PIOR CEFALEIA DA VIDA), paralisia do III nervo, vertigem, irritação meníngea, perda de consciência, outros déficits neurológicos; • Pode haver distúrbios autonômicos (taqui ou bradicardia, sudorese intensa, alteração do padrão respiratório). • Tríade de Cushing (hipertensão arterial, bradicardia, alteração do padrão respiratório) presente nos quadros graves – é um indicador de gravidade, maior risco de óbito. • Pode ter papiledema. Escala de FISHER – escala de gravidade: RLVS – G4b T2 I. Sem hemorragia II. Lâmina fina (mort. 30%) III. Lâmina mais proeminente (mort. 30%) IV. Hemorragia subaracnóidea + hemorragia intraparenquimatosa (mort. 50%) Quanto maior o FISHER, maior o risco de mortalidade (embora FISHER II e III apresentam um risco praticamente semelhante). Tratamento: • TTO do aneurisma roto → o mais precocemente possível. o E depois tratar as complicações que surgirem. • Evitar ressangramento: TTO do aneurisma, repouso absoluto, ansiolíticos (p/ evitar estresse), analgesia, controle da PA; o Inclusive prescrição de laxantes p/ diminuir o esforço do paciente. • Vasoespamos (4 a 14 dias) – trata com hipervolemia e hemodiluição, nimodipina (BCC que reduz o risco de vasoespasmo); o Paciente está bem e subitamente ocorre RNC = vasoespasmo. o Nifedipino também pode ser usado, mas tem menor eficácia. • Hidrocefalia – corticoides, DVE; o Manitol e solução hidrossalina também. • Convulsões – trata com fenitoína. o Não faz prevenção. CEFALEIAS CEFALEIAS PRIMÁRIAS • Cefaleia tensional – MAIS COMUM NO PA • Migrânea/enxaqueca – 2ª mais comum • Cefaleia em salvas (Trigemino-autonômica - TGA) – 3ª mais comum O tratamento das cefaleias crônicas primárias divide-se em duas partes: (1) abortivo; (2) profilático. RLVS – G4b T2 TENSIONAL ENXAQUECA EM SALVAS LOCALIZAÇÃO Frontal, occipital ou holocraniana Geralmente bilateral Temporal, parietal ou retro-orbital Geralmente unilateral e predomina em apenas um lado (pode ser bilateral em mulheres jovens – fase fértil) Tipos: comum (sem aura) e clássica (com aura) Orbital (retro ou supra), unilateral TIPO Aperto/pressão/dolorimento Pulsátil/latejante Latejante/facada DURAÇÃO 40 min-7dias 4-72h 15-180 min INTENSIDADE Leve/moderada Moderada/severa (moderada impacta no exercício das atividades habituais; severa faz com que a pessoa não saia de casa ou se saiu, retorne p/ casa) Severa SINTOMAS ASSOCIADOS Fotofobia (+/+) OU fonofobia Náuseas Fotofobia E fonofobia Náuseas e vômitos Osmofobia (piora da dor com odores) Pródromo: alteração do humor, mal-estar nas 24-48h precedentes. Sintomas do trigêmeo – latejamento, edema orbitário, hiperemia conjuntival, coriza, lacrimejamento (UNILATERAIS, do mesmo lado da dor). FATORES DESENCADEANTES Estresse, alimentação, privação de sono Consumo de vinho, período menstrual etc. PREVALÊNCIA Homens (5:4) Alguns consideram que a cefaleia tensional não tem preferência por sexo – é tão frequente em homens quanto mulheres. Mulheres (2:1) Homens jovens (2:1) TTO ABORTIVO Analgésicos simples (paracetamol, dipirona) Se não responder, utiliza AINES Remédio deve ser ingerido no início da dor – se aura ou pódromos, já iniciar a analgesia (após a dor iniciar, há produção de citocinas Oxigênio em máscara não reinalante – 10-12L/min por 15 a 20 min RLVS – G4b T2 Dor leve → nenhum; quarto escuro e evitar barulho; sem melhora usa analgésicos simples ou AINES Dor moderada → AINES; sem melhora usa triptanos Dor severa → triptanos (sumatriptano – dose máx. 100-200mg, ação rápida; naratriptano – 2,5-5mg/dia, tempo de ação maior, ação tardia), ergotamina (EA: náuseas e vômitos). CI triptanos: HAS não controlada, DCV (pois o fármaco faz vasoconstrição, maior risco de IAM); Antieméticos – metoclopramida; Neurolépticos - clorpromazina Se não responder ou O2 não disponível – triptanos (sumatriptano, 6 mg, SC, máximo de 3 injeções/dia) TTO PREVENTIVO/PROFILÁTICO Deve estabelecido quando 15 ou mais episódios de dor por mês, por pelo menos 3 meses. Amitriptilina/nortriptilina – a partir de 25mg Deve ser estabelecido quando 2 ou mais episódios por mês Topiramato (CI em pacientes c/ nefrolitíase; EA: hiporexia) Valproato (EA: alopecia, ganho de peso) BB – metroprolol, propranolol Flunarizina/cinarizina Amitriptilina/nortriptilina (não é evidência A) – a partir de 12,5 mg Deve ser estabelecido desde o início BCC – verapamil (demora 30-40d p/ diminuir a frequencia das crises); Enquanto BCC não faz efeito pode utilizar TTO temporário: Corticoide (10- 15d), triptano (naratriptano), bloqueio de ramo do trigêmeo Opção ao BCC: carbonato de lítio, ergotamina RLVS – G4b T2 *CUIDADO COM CEFALEIA TENSIONAL – é o tipo de cefaleia mais emulado por tumor, hematoma. *Enxaqueca após 72h = estado migranoso. *Enxaqueca com aura (conhecida como enxaqueca clássica) –sinais e sintomas neurológicos focais que precedem, acompanham ou surgem após a crise de cefaleia (mais comum que a aura anteceda a enxaqueca). A aura pode ser representada por: escotomas cintilantes, parestesias periorais ou dimidiadas, hipoestesias ou paresias dimidiadas, vertigem + diplopia (enxaqueca basilar), hemiplegia (enxaqueca hemiplégica familiar). *Enxaqueca – pode apresentar 4 fases: 1º. pródromo: sintomas inespecíficos (estresse, falta de atenção etc.) – 24h 2º. aura – antes do período doloroso 3º. período doloroso 4º. fase de recuperação – paciente fica estressado, sonolento, com falta de atenção; pode durar dias após a enxaqueca *A maioria das cefaleias primárias é diagnosticada com 50 anos • 10 P: Posicional, tosse, mudança de padrão etc. RLVS – G4b T2 Exame de escolha → RNM de crânio. Em alguns casos, investiga primeiro com TC de crânio sem contraste. CEFALEIAS SECUNDÁRIAS • Uso excessivo de medicação: o Quando se utiliza analgésicos simples > 15d/mês por 3 meses o Uso de AINES ou analgésicos combinados (cafeína) > 10d/mês por 3 meses o Crônica – aolongo do tempo fica com característica indefinida o TTO: abandonar a medicação por um período e orientar o paciente a suportar dores mais leves; iniciar medicação p/ a cefaleia primária o Dor pode ser devido a tumor • Cervicogênica; o Devido a desgaste da coluna cervical • Hipertensão intracraniana: o Cefaleia moderada a grave o Náuseas e vômitos (inclusive em jato) o Rebaixamento do nível de consciência o Presença de papiledema o Diferente de HIC idiopática – geralmente mulheres obesas de 40 anos; é um tipo de cefaleia posicional, quando a paciente deita dificulta a drenagem do LCR e causa dor; confirma a cefaleia com a drenagem do LCR, se houver melhora tem a confirmação. TTO: MEV; pode entrar c/ DIU (acetozalamina) o Hipotensão intracraniana – cefaleia posicional que ocorre na posição ortostática; aparece no pós cirúrgico; resolução espontânea; TTO se não houver melhora: cafeína (reduz a drenagem do LCR, aumentando a PIC). • Arterite de Células Gigantes; o Doença reumatológica – formação de pequenos nódulos na a. temporal devido a processo autoimune; geralmente unilateral mas pode ser bilateral; comum em paciente idoso, > 60 anos. Claudicaçao de mandíbula. o Baixa incidência o VHS bem aumentado (> 50) o Diagnóstico – confirmado por biópsia o TTO: corticoide alta dosagem (prednisona 80-100 mg/dia) RLVS – G4b T2 EPILEPSIA Crise convulsiva x epilepsia: • Crise convulsiva é uma alteração aguda e transitória da função cortical cerebral caracterizada por descargas neuronais anômalas, excessivas e sincronizadas. Dependendo da localização e extensão do processo, um amplo espectro de manifestações clínicas pode ocorrer, desde os típicos abalos musculares até experiências sensoriais ou psíquicas subjetivas. • Epilepsia é um termo genérico (e não uma doença específica) que se refere ao fenótipo de crises convulsivas recorrentes e espontâneas, isto é, não necessariamente provocadas por algum fator reversível ou evitável. Por definição, é preciso que tenha havido duas ou mais crises convulsivas espontâneas (num intervalo > 24h) para se estabelecer o diagnóstico de epilepsia. ETIOLOGIAS: lesões cerebrais, traumas, neurocisticercose, pós-AVC, síndromes epilépticas, idiopática, abstinência de álcool, distúrbios metabólicos, drogas ilícitas (cocaína e anfetamina), doenças degenerativas, medicações. TIPOS DE CRISES: • Crise focais – restritas a um hemisférico: o Sem sintomas discognitivos: clônus de mão, parestesias, alterações visuais, auditivas etc. o Com sintomas discognitivos (perda de consciência); • Crises generalizadas – ambos os hemisférios são afetados: o Ausência típica: perda de consciência súbita e breve, mantém o tônus; o Ausência atípica: lapsos mais duradouros, com sinais motores grosseiros; o Crise tônico-clônica (fase tonica – grito ictal, mordeura, hiperatividade simpática; fase clônica paralisia flácida generalizada); o Crises tônicas ou atônicas puras; o Crise atônica; o Crise mioclônica; CONDUTA: 1º Episódio: • Fazer diagnóstico diferencial com outros eventos paroxísticos: o Síncope – escurecimento visual progressivo; perda de consciência gradual; retorno em segundos; sintomas pós-ictais são pouco frequentes; o Crises psicogênicas – simulação (EEG normal), transtorno conversivo; • Identificar fatores precipitantes. RLVS – G4b T2 • Decidir se é necessário lançar mão de profilaxia com drogas antiepilépticas. Um exame de neuroimagem também é rotineiramente solicitado após um primeiro episódio de crise convulsiva, à procura de lesões que justifiquem o quadro! O método de escolha é a Ressonância Nuclear Magnética (RM), de preferência com aparelhos de alta resolução (ex.: scanner de 3 tesla) que têm maior sensibilidade para a detecção de alterações na arquitetura cortical. STATUS EPILÉPTICO: • Status epilepticus (estado de mal epiléptico) → crise convulsiva contínua ou repetidas (“subentrantes”) sem recuperação da consciência entre episódios; • Não apresenta mais critério temporal – duração maior que 5 minutos, geralmente; • Após 30 minutos, a mortalidade aproxima-se de 20%. RLVS – G4b T2 DEMÊNCIAS DEFINIÇÃO: • Déficit de memória + o Afasia (linguagem); o Apraxia (executar atividade motora); o Agnosia (identificar objetos); o Disfunção executiva (planejamento e organização); • Basta apenas 1 dos déficits p/ diagnóstico. A deficiência de memória já não é mais obrigatória. o O déficit de memória não costuma estar presente no quadro inicial. • Precisa ter prejuízo pessoal, familiar ou social p/ ser demência. Se não houver prejuízo trata-se de um declínio cognitivo leve (pré-demência) o Prejuízo pessoal – pessoa se machuca etc. o Prejuízo social – pessoa sai na rua de cueca etc. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: • Anamnese detalhada, sendo assistida por acompanhante relatando história cognitiva e alterações comportamentais; • História medicamentosa (anticolinérgicos, sedativos, analgésicos); • RNM, VitB12, VDRL, TSH, Hep, HIV; • MEEM (mini-mental) = teste cognitivo amplamente utilizado na prática clínica; o Pontuação de corte não é consenso. Depende dos anos de escolaridade, idade. o Alguns determinam corte com 25 RLVS – G4b T2 • Causas reversíveis de demência: álcool, distúrbios metabólicos (ex. hipo/hipertireoidismo), infecções do SNC (ex. neurossífilis, HIV), neoplasias do SNC, TCE, depressão, alterações sensoriais (ex. déficit auditivo, déficit visual). o Depressão grave gera dificuldade de concentração, atenção, declínio de memória o Abstinência ou consumo exagerado de álcool Alzheimer • Tipo mais comum de demência, acomete pacientes idosos; • História natural: amnésia anterógrada com perda de senso geográfico → apraxia ideomotora e construcional → afasia, acalculia e graus variados de agnosia e anosognosia →déficit cognitivo grave, apatia e incapacidade de deambulação; • Neuroimagem: RNM ou SPECT; • Tratamento: anticolinesterásicos (donepezila, rivastigmina, galantamina, tacrina), memantina (associar nos casos moderados a graves), ISRS (se depressão associada), neurolépticos (se alucinação e delírios); Demência dos Corpos de Lewy • Alucinações + flutuações cognitivas + intolerância aos neurolépticos; • História natural: esquecimento leve e episódios rápidos de delírio → piora das funções cognitivas e dos delírios (queda) → distúrbios psiquiátricos (psicose, agitação e confusão mental); • Tratamento: rivastigmina e galantamina; Demência vascular • Quadro clínico heterogêneo, podendo apresentar comprometimento cognitivo severo; • Piora súbita + evolução em degrau; • Classificação: por múltiplos infartos, por infarto estratégico, vascular subcortical (afeta função executiva antes da memória); • Profilaxia secundária das doenças cerebrovasculares é medida mais relevante; • Associa frequentemente com Alzheimer, sendo utilizadas as mesmas medicações no TTO; Demência frontotemporal • Dêmencia pré-senil - acomete pacientes entre 40 e 65 anos; • Variantes: comportamental, afasia progressiva primária e demência semântica; • Sem tratamento específico; Alzheimer Corpos de Lewy Demência vascular Demência frontotemporal Idade >40a (idade comum 60 anos) Cerca de 60 anos Terceira idade(esquece fatos do presente e passado, palavras) Variantes: 1 – comportamental 2 – afasia primária 3 – Demencia semântica (perda da compreensão) DIAGNÓSTICO Comprovação pós- mortem com autopsia Diagnóstico altamente favorecido pela neuroimagem: RNM com redução do hipocampo e do córtex SPECT cerebral: redução do metabolismo nessas áreas Feito clinicamente e só pode ser confirmado patologicamente com a presença dos corpos de Lewy. Exame de imagem (TC ou RNM) – vários infartos cerebrais, a maior parte do tipo lacunar. Exames de imagem: TC, RNM, SPECT cerebral TRATAMENTO Anticolinesterásicos (donepezila, galantamina, Rivastigmina) Se quadro moderado/grave – associa memantina Neurolépticos Neurolépticos – piora o quadro, mas é o usado p/ tratar a irritabilidade Anticolinesterásico (mas não melhora muito) IDEAL = prevenção Sem TTO específico *Demência de pequenos vasos não cursa com piora em degraus PARKINSONISMO • Idade > 55 anos; • Tétrade: tremor em repouso, bradicinesia, rigidez em roda denteada e instabilidade postural; • Marcha e fácies parkisoniana; • Inicialmente o quadro é assimétrico no Parkinson. • Evolução lenta. Inicialmente tremor unilateral, do tipo contar dinheiro. Progressivamente o tremor vai se tornando bilateral, com bradicinesia associada, fácies parkinsoniana (apática), marcha de pequenos passos, roda dentada. RLVS – G4b T2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: • Parkinson – exclusão; • Doença de Wilson – Anéis de Kayser-Fleischer. • Paralisia supranuclear progressiva (quedas sucessivas); • Hidrocefalia comunicante normobárica/pressão normal (marchando, maluco, molhado); o Incontinência urinária, alteração de marcha, alteração comportamental/memória. o TTO: drenagem de LCR • Demência vascular; • Degeneração corticobasal (apraxia); • Tremor essencial; • Medicamentos (haloperidol, metoclopramida, cinarizina, flunarizina) – geram Parkinson medicamentoso. TRATAMENTO: • Selegilina/Rasagilina – inibe MAO-B, impedindo degradação de dopamina → única droga neuroprotetora; o Indicada para casos iniciais da doença. • Biperideno/triexifenil (anticolinérgicos) – pacientes jovens ( 50 anos ou qualquer idade com doença debilidade: ampicilina + ceftriaxona (ou cefotaxima) + vancomicina (se resistência a pneumococo); • Após procedimento, neutropênicos, pós-trauma: ampicilina + ceftazidima + vancomicina. • Glicocorticoides (atualmente indicada para todos os casos) => se pneumococo, acrescentar rifampicina; • Manitol e fenitoína s/n; PROFILAXIA: • Meningococo: rifampicina (contato por > 4 horas por 5 a 7 dias, profissionais de saúde expostos a secreções); • Haemophilus: rifampicina (quando houver criança com menos de 4 anos além do caso índice, 2 crianças em menos 24 meses em creches e escolas)