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Faculdade de Medicina Anatomia Sistema Digestório ESTÔMAGO E INTESTINOS LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL Prof. Me. Renam Bumlai Prof. Esp. Nilo Pérsio Artal OBJETIVOS Identificar dos órgãos abdominais. Conhecer a anatomia macroscópica do estômago e dos intestinos. Entender a relação entre os órgãos abdominais. Correlacionar a anatomia com a função normal. Correlacionar alterações patológicas com anatomia. Listar as características que o diferenciam do jejuno, íleo e intestino grosso. Descrever a estrutura do intestino delgado no interior do abdômen e as suas divisões e suprimento vasculonervoso; Descrever a estrutura do intestino grosso no interior do abdômen e as suas divisões e suprimento vasculonervoso; SISTEMA DIGESTÓRIO Cabeça Pescoço Tronco Tórax Abdômen Pelve Membros Superiores Membros Inferiores DIVISÃO ANTERIOR DA REGIÃO ABDOMINAL DIVISÃO ANTERIOR DA REGIÃO ABDOMINAL ESTÔMAGO ESTÔMAGO ESTÔMAGO T 11 L 1 T 12 Estômago ESTÔMAGO: ENDOSCOPIA SECREÇÃO GÁSTRICA - Glândulas Pilóricas (antro e piloro: 20% do estomago) - MUCO - GASTRINA - Glândulas Mucosas : MUCO Glândulas Oxínticas (gástricas): corpo e fundo (80% do estomago) Composta por 3 tipos de células; - células mucosa do colon: MUCO - células pépticas ou principais: PEPSINOGENIO - células parietais (oxínticas): ÁCIDO CLORÍDRICO FATOR INTRÍNSECO (absorção de vit B12 no íleo) OMENTO MAIOR E OMENTO MENOR - Folheto ou Prega do Peritônio com dupla lâmina - Fixam o estômago à parede do corpo ou a outros órgãos: Omento Menor: - conecta a pequena curvatura do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado ◦ Ligamento HepatoGástrico ◦ Ligamento HepatoDuodenal Omento Maior : conecta a grande curvatura do estômago ao diafragma , baço e cólon transverso. Composto de quatro lâminas de peritônio - Ligamento GastroCólico - Ligamento gastroEsplênico - Ligamento GastroFrênico OMENTO MAIOR E MENOR ANATOMIA TOPOGRÁFICA OMENTO MAIOR E MENOR VASCULARIZAÇÃO Tronco Celíaco Mesentérica Superior Mesentérica Inferior TRONCO CELÍACO Tronco Celíaco Gástrica Esquerda (Tronco Celíaco) Gástrica Direita (Hepática Comum) Gastromental Esquerda (A. Esplênica) Gástromental Direita (Gastroduodenal) Tronco Celíaco EED INTESTINO DELGADO Dividido em três segmentos: 1. DUODENO 2. JEJUNO 3. ÍLEO duodeno Parte mais curta, mais fixa e mais larga do intestino delgado Órgão parcialmente retroperitoneal Início → Óstio pilórico Término → Flexura duodenojejunal Segue um trajeto em formato de “C” ao redor da cabeça do pâncreas Recebe os ductos colédocos e pancreáticos Dividido em 4 partes: superior, inferior, ascendente e descendente. (partes 2 a 4 são retro peritoneais) JEJUNO e ÍLIO Constituem a porção móvel do Instestino delgado, com ínicio na flexura duodenojunal. Não apresentam limites nítidos entre si, com seu comprimento apresentando variações individuais e de acordo com o estado funcional, sendo mais curtos no vivo que no cadáver, onde apresentam. Em média, 4 a 5 m. O Ílio termina na fossa ilíaca direita, através de um orifício, denominado óstio ileocecal, que possui válvula de mesmo nome. Essa válvula se abre na primeira porção do intestino grosso: o ceco. O jejuno e o íleo apresentam numerosas alças intestinais que ocupam grande mobilidade por serem órgãos peritonizados que apresentam uma prega peritoneal, denominada mesentério, que os fixa a parede posterior do abdome através da sua raiz. Pelo mesentério transitam as artérias e as veias jejunais e ileais, os vasos linfáticos quilíferos (ricos em gordura) e os nervos sensitivos e motores autônomos que chegam ao intestino e dele partem vasos linfáticos do jejuno e íleo drenam para o início do ducto toráxico. JEJUNO ÍLEO Maior calibre Menor calibre Paredes mais espessas Paredes mais delgadas Pregas circulares maiores, mais juntas e mais numerosas Pregas circulares menores e mais separadas. Em alguns locais estão ausentes. Está na parte superior da cavidade abdominal. Está na parte inferior da cavidade abdominal. Os seus vasos mesentérios formas uma ou duas arcadas com a presença das artérias retas longas. Os seus vasos mesentéricos formam várias arcadas com a presença de um grande número de artérias retas curtas. Na terminação jejunal do mesentério, a gordura está depositada junto a raiz e quase está ausente na parede intestinal. Depósito de gordura estendendo-se da raiz à parede intestinal. Tecido linfático isolado na sua mucosa. Presença de agregados de tecido linfáticos: as placas de Peyer na mucosa. JEJUNO Netter. Atlas de anatomia humana. 5 ed°, 2011. ÍLEO Netter. Atlas de anatomia humana. 5 ed°, 2011. Células do epitélio intestinal e suas funções Células do epitélio intestinal Funções 1. Células caliciformes Secretam muco 2. Células de Paneth Secretam a lisozima (enzima bacteriana) 3. Células enteroendócrinas Produção do hormônio secretina. 4. Células absortivas Possuem grande quantidade de microvilosidades que favorecem a absorção dos nutrientes. Produzem várias enzimas digestivas que promovem a hidrolise de carboidratos, proteínas e lipídios. 5. Glândulas duodenais (de Brunner). Presentes no duodeno, produzem muco que ajuda a neutralizar a pepsina e o ácido clorídrico presente no quimo. 6. Glândulas intestinais (de Lieberkühn) Produção aquosa, o suco intestinal que, juntamente com o suco pancreático, auxilia na absorção de nutrientes do quimo. SUPRIMENTO VASCULAR ➢Artérias Artéria mesentérica superior 15 a 18 ramos da AMS para o jejuno e o íleo Os ramos unem-se formando alças ou arcos (arcadas arteriais) As arcadas dão origem a artérias retas = vasos retos Dupla série de arcadas para o íleo ➢Veias VMS drena o jejuno e o íleo Posteriormente ao cólon do pâncreas, une-se à veia esplênica para formar a veia porta do fígado. Vasos linfáticos • Vasos linfáticos especializados que absorvem a gordura = vasos quilíferos • Gordura absorvida = quilo • Vasos quilíferos encontrados nas vilosidades (projeções digitiformes da mucosa intestinal) • Vasos quilíferos drenam nos plexos linfáticos nas paredes do jejuno e do íleo • Vasos linfáticos passam entre as camadas do mesentério para os linfonodos mesentéricos e, então, para os linfonodos mesentéricos superiores ou ileocólicos • A linfa drena na cisterna do quilo Intestino grosso Caracterizado por: Tênias do cólon: 3 faixas longitudinais musculares espessas (ausente no apêndice vermiforme e no reto) Saculações do cólon causadas pela presença das tênias do cólon. Apêndices adiposos do cólon: lóbulos adiposos do omento. Divisão anatômica INTESTINO GROSSO DIVISÕES DO INTESTINO GROSSO ceco • Bolsa em fundo cego com aproximadamente 7,5 cm de diâmetro • • Não possui mesentério, mas pode estar ligado à parede abdominal por meio de pregas cecais do peritônio • • Invaginado pelo íleo para formar a valva ileocecal – não impede o refluxo • • Apêndice vermiforme • • Presente na face posteromedial do ceco • • Geralmente retrocecal • • Possui mesentério curto a partir do ceco: mesoapêndice • • Suprido pela artéria apendicular, ramo da artéria ileocólica Cólon ascendente No lado direito da parede posterior do abdome. Estende-se do ceco ao fígado, onde forma a flexura direita do cólon (flexura hepática). Secundariamente retroperitoneal • Suprimento vascular dos ramos/tributários de AMS/VMS Artéria e veia ileocólicas Artéria e veia cólicas direitas. Vasos linfáticos drenando para os linfonodos epicólicos e paracólicos Suprimento nervoso plexo mesentérico superior ao longo das artérias cólicas direita e média Plexo mesentérico inferior ao longo das artérias cólicas esquerdas COLÓN ASCENDENTE Cólon transverso Localizando-se entre a flexura direita e esquerda do colo, sendo a porção mais longa do intestino grosso, com 45 cm e que possui um mesocolo e juntos fazem uma curvatura para baixo aonível das cristas ilíacas. É móvel e também tem posição variável, podendo atingir desde L3 até a pelve. COLÓN TRANSVERSO Cólon descendente Inicia-se na flexura esquerda com cólon, terminando após trajeto vertical, ao nível da crista ilíaca, e continuando-se como cólon sigmóide. É um órgão parcialmente peritonizados. COLÓN DESCENDENTE Cólon sigmóide ▪ Caracterizado pelo formato em “S”, une o colo descendente ao reto, se estendendo da fossa ilíaca até o nível da terceira vértebra sacral. Possui mesentério longo, e portanto, grande mobilidade. Em sua porção final, há o desaparecimento das tênias, indicando a junção retossigmoide. COLÓN SIGMOIDE reto • Seu limite superior se situa anteriormente ao corpo da vértebra S3 • Possui aproximadamente 15 cm de comprimento • Conecta o cólon sigmoide ao canal anal • Segmento fixo e continuando-se com o canal anal • Canal anal RETO irrigação A artéria mesentérica superior é responsável pela irrigação do ceco; apêndice vermiforme; colos ascendente e transverso. Seus ramos, a artéria íleo-cólica, artéria apendicular, artéria cólica direita e artéria cólica média, irrigam respectivamente o seguimentos acima citados. Não obstante, o colo transverso ainda pode receber irrigação de um ramo da artéria mesentérica inferior, a artéria cólica esquerda. Já os colos descendente e sigmoide tem irrigação pela artéria mesentérica inferior, mais precisamente de seus ramos, a artéria cólica esquerda e sigmoidea. A drenagem venosa acompanha as artérias de mesmo nome e drenam para a veia porta por meio das veias mesentérica inferior e superior. inervação ➢O ceco e o apêndice vermiforme tem inervação tanto simpática quanto parassimpática. As fibras simpáticas tem origem da parte torácica da medula espinhal enquanto as parassimpáticas dos nervos vagos. Os colos ascendente e transverso tem inervação do plexo mesentérico superior, enquanto os descendente e sigmoide tem inervação simpática da parte lombar do tronco simpático e a parassimpática é proveniente dos nervos esplâncnicos pélvicos pelo plexo hipogástrico inferior. Efeitos autonômicos: ➢ o intestino grosso possui um conjunto de nervos intrínsecos, denominado plexo intramural. Quando estes nervos são estimulados pelo SNA parassimpático há aumento da peristalse, relaxamento esfincteriano e aumento do funcionamento intestinal de modo geral, incluindo as secreções glandulares. Diferentemente da ação simpática sobre o mesmo, que exerce efeitos contrários. imagens Conclusão O conhecimento da anatomia é fundamental para o entendimento histologia, fisiologia, semiologia médica, radiologia e investigação diagnóstica, além da fisiopatologia das doenças. Bibliografia MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. KOOGAN, Guanabara (Ed.). Intestino Grosso. In: MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R.. Moore Anatomia: Orientada para a Clínica. 7. ed. Guanabara Koogan, 2014. p. 243-253. MUGLIA, Valdair Francisco. Doença diverticular dos cólons: evolução da abordagem terapêutica e papel da tomografia computadorizada nos quadros agudos. 2017. Disponível . em: 08 maio. 2024. NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. SOBOTTA, Johannes et al.. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 3 v. Slide 1 Slide 2: OBJETIVOS Slide 3: SISTEMA DIGESTÓRIO Slide 4 Slide 5: DIVISÃO ANTERIOR DA REGIÃO ABDOMINAL Slide 6: DIVISÃO ANTERIOR DA REGIÃO ABDOMINAL Slide 7: ESTÔMAGO Slide 8: ESTÔMAGO Slide 9: ESTÔMAGO Slide 10: Estômago Slide 11: ESTÔMAGO: ENDOSCOPIA Slide 12: SECREÇÃO GÁSTRICA Slide 13: OMENTO MAIOR E OMENTO MENOR Slide 14: OMENTO MAIOR E MENOR Slide 15: ANATOMIA TOPOGRÁFICA OMENTO MAIOR E MENOR Slide 16: VASCULARIZAÇÃO Slide 17: TRONCO CELÍACO Slide 18: Tronco Celíaco Slide 19: Tronco Celíaco Slide 20: EED Slide 21 Slide 22: INTESTINO DELGADO Slide 23: duodeno Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27: JEJUNO e ÍLIO Slide 28 Slide 29: JEJUNO Slide 30: ÍLEO Slide 31: Células do epitélio intestinal e suas funções Slide 32: SUPRIMENTO VASCULAR Slide 33: Intestino grosso Slide 34: Divisão anatômica INTESTINO GROSSO Slide 35: DIVISÕES DO INTESTINO GROSSO Slide 36: ceco Slide 37: Cólon ascendente Slide 38: Cólon transverso Slide 39: Cólon descendente Slide 40: Cólon sigmóide Slide 41: reto Slide 42 Slide 43: irrigação Slide 44 Slide 45: inervação Slide 46: imagens Slide 47: Conclusão Slide 48: Bibliografia